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039. PROVA OBJETIVA Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Específi cos 044. ASSI STENTE SOCI AL

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(1)

PREFEITURA MUNICIPAL DE LOUVEIRA

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ONCURSO

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ÚBLI CO

039. P

ROVA

O

BJETIVA

Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Especí

fi

cos

044. A

SSI STENTE

S

OCI AL

I NSTRUÇÕES

Š VOCÊRECEBEUSUA FOLHADE RESPOSTASEESTE CADERNOCONTENDO 50 QUESTÕESOBJETI VAS.

Š CONFI RASEUNOMEENÚMERODEI NSCRI ÇÃONACAPADESTE CADERNO.

Š LEIACUIDADOSAMENTEASQUESTÕESEESCOLHAARESPOSTAQUEVOCÊCONSIDERACORRETA.

Š RESPONDAATODASASQUESTÕES.

Š ASSI NALENA FOLHADE RESPOSTAS, COM CANETADETI NTAAZULOUPRETA, AALTERNATI VAQUEJULGARCERTA.

Š A DURAÇÃODAPROVAÉDE 3 HORAS.

Š A SAÍ DADOCANDI DATODO PRÉDI OSERÁPERMI TI DAAPÓSTRANSCORRI DAS 2 HORASDOSEUI NÍ CI O.

Š AOTERMI NARAPROVA, VOCÊENTREGARÁAO FI SCALA FOLHADE RESPOSTASELEVARÁESTE CADERNO.

AGUARDEAORDEM DOFI SCALPARAABRI RESTECADERNO DEQUESTÕES.

19.08.2007

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CONHECIMENTOS GERAIS

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 05.

Um cara desses

Quando os filhos são pequenos, chutam a canela da emprega- da, e os pais acham “natural”, fingem que não vêem. Já maiores um pouco, comem o que querem, na hora em que querem, não falam bom-dia para o porteiro e desrespeitam a professora. Na adolescência, vão para o colégio mais caro, para o judô, para a natação, para o inglês e gastam o resto do tempo na praia e na internet. Resolvido.

Dos pais, ouvem sempre a mesma ladainha: o governo não presta, os políticos são todos ladrões, o mundo está cheio de va- gabundos e vagabundas. “E quero os meus direitos!” Recolher o INSS da empregada, que é bom, não precisa.

É assim que os filhos, já adultos, saudáveis, em universidades, são capazes de jogar álcool e fósforo aceso num índio, pensando que era “só um mendigo”, ou de espancar cruel e covardemente uma moça num ponto de ônibus, achando que era “só uma pros- tituta”.

A perplexidade dos pais não é com a monstruosidade, mas com o fato de que seu anjinho está sujeito – em tese – às leis e às prisões como qualquer pessoa: “Prender, botar preso junto com outros bandidos? Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com uns caras desses?”, indignou-se Ludovico Ramalho Bruno, pai de Rubens, 19.

Dá para apostar que ele votou contra o desarmamento, que quer (no mínimo) “bater em tudo quanto é bandido” e que defende a redução da maioridade penal. Cadeia não é para o filho, que tem estudo e dinheiro, um futuro pela frente. É para o garoto do morro, pobre e magricela, que conseguir escapar dos tiroteios e roubar o tênis do filho.

Isso se resolve com o Estado sendo Estado, com justiça, humanidade e educação – não só com ensino para todos e profes- sores mais bem treinados e mais bem pagos, mas também com a elementar compreensão de que “o problema”, e os réus, não são os pobres. Ao contrário, eles são as grandes vítimas.

(Folha de S.Paulo, Eliane Cantanhêde, 29.06.2007)

01. A característica do comportamento de certos pais em relação a seus filhos, discutida no primeiro parágrafo, é a

(A) indiferença.

(B) satisfação.

(C) responsabilidade.

(D) conivência.

(E) intolerância.

02. No segundo parágrafo, a aproximação entre exigir os próprios direitos e não recolher o INSS da empregada indica

(A) egoísmo e hipocrisia.

(B) consciência política e poder econômico.

(C) educação e cultura.

(D) demagogia e mesquinhez.

(E) respeito às leis e responsabilidade social.

03. O argumento central do texto é que

(A) é preciso separar claramente jovens que cometem erros eventuais daqueles que praticam crimes constantemente.

(B) a classe média julga seus jovens superiores aos pobres e à aplicação das punições previstas em lei.

(C) os jovens pobres, apesar de cometerem crimes mais graves do que os mais ricos, devem ter também uma segunda chance.

(D) o Estado deve oferecer educação de qualidade a todos, pois esta é a única forma de melhorar o país.

(E) os pais devem compreender melhor seus filhos, para não serem surpreendidos por atitudes monstruosas.

04. Assinale a alternativa em que o trecho, reescrito, encontra-se adequadamente pontuado.

(A) Os pais acham “natural” e fingem que não vêem os filhos, quando pequenos, chutarem a canela da empregada.

(B) Não falam bom-dia para o porteiro, já maiores, um pouco, e desrespeitam a professora; comem, o que querem, na hora em que querem.

(C) Vão na adolescência para o colégio mais caro, para o judô, para a natação, para o inglês e gastam, o resto do tempo, na praia e na internet.

(D) É assim que já adultos, saudáveis em universidades os filhos são capazes, de jogar álcool e fósforo aceso, num índio.

(E) A perplexidade dos pais é com o fato, de que seu anjinho está sujeito – em tese – às leis e às prisões, como qualquer pessoa, e não com a monstruosidade.

05. Assinale a alternativa correta, de acordo com a norma culta.

(A) No trecho – Dos pais, ouvem sempre a mesma ladainha...

– o termo ladainha é sinônimo de conselho.

(B) Em – A perplexidade dos pais não é com a monstruo- sidade... – o termo perplexidade é um adjetivo, pois qualifica a atitude dos pais.

(C) No trecho – Cadeia não é para o filho, que tem estudo e dinheiro, um futuro pela frente. – o termo para indica direção.

(D) No trecho – Dá para apostar que ele votou contra o desarmamento... –, no início do penúltimo parágrafo, o pronome ele refere-se ao pai de Rubens, um dos rapazes envolvidos.

(E) Em – ... professores mais bem treinados e mais bem pagos, mas também com a elementar compreensão...

– a expressão mas também pode ser substituída, sem comprometimento de sentido, por tampouco.

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06. Considere as frases:

I. Muitos pais buscam culpados às atitudes dos filhos, sem refletirem à própria responsabilidade.

II. Jovens, capazes de monstruosidades, como espancar à pessoas inocentes, devem ser julgados pela gravidade de seus atos e não pela classe social à que pertencem.

III. À indignação social soma-se o reconhecimento de que é preciso reestruturar as relações entre as classes no Brasil.

O uso da crase e as regências verbal e nominal estão de acordo com a norma culta apenas em

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) I e III.

07. Apesar da ocupação antiga, Louveira só se tornou muni- cípio em

(A) 1988, com a nova Constituição do Brasil.

(B) 1955, após tornar-se distrito de Jundiaí.

(C) 1889, em conseqüência da Proclamação da República.

(D) 1920, com a chegada dos imigrantes italianos.

(E) 1965, emancipando-se de Vinhedo.

08. A sede da Prefeitura do Município de Louveira (Paço Muni- cipal) está localizada

(A) na rodovia Romildo Prado.

(B) na rua 21 de março.

(C) no prédio da antiga Estação de Louveira.

(D) na rua Antonio Schiamanna.

(E) no bairro Santo Antônio.

09. No mês de junho deste ano, uma equipe de esportistas de Louveira participou de evento no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, conquistando seis medalhas. Trata-se do Sul- Americano de

(A) Futsal.

(B) Natação.

(C) Jiu-Jitsu.

(D) Tênis.

(E) Vôlei.

10. Entre o final de junho e início de julho, ocorre em Louveira a festa religiosa

(A) do Divino Espírito Santo, no Bairro da Abadia.

(B) em louvor a São Pedro, no bairro Cestarolli.

(C) da bênção de São Cristóvão, no bairro Santo Antônio.

(D) da Renovação Eucarística, na Igreja Matriz.

(E) de Nossa Senhora da Conceição, no bairro Jardim Niero.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

11. A revisão curricular, em processo nas instituições educacionais de ensino, desde 1996, trouxe novos significados à formação profissional do Assistente Social. Dentre eles, pode-se indicar (A) a permanente exigência de apropriação e desenvolvimen-

to de referenciais neo-positivistas de análise e de modos de atuação na realidade social.

(B) a aproximação às necessidades do mercado de trabalho e maior competência para o enfrentamento do capitalismo.

(C) a constatação do significado teórico-instrumental e po- lítico-ideológico para a formação profissional.

(D) o desenvolvimento de novas competências para a sobre- vivência profissional no mercado de trabalho.

(E) a garantia de direção social ao projeto pedagógico do ensino do Serviço Social.

12. Nesses novos tempos, o maior desafio para atuação do Assis- tente Social é desvelar as necessidades reais que determinam as demandas da ação profissional. Esse desafio exige um profissional com

(A) amplo respeito aos direitos humanos e atenção às exi- gências do mercado capitalista.

(B) opção teórico-metodológica, sinalizadora de uma mili- tância política de esquerda.

(C) capacitação especializada em processos macrossociais que contextualizam as questões sociais.

(D) tendência de reaproximação aos paradigmas conserva- dores para análise da conjuntura social.

(E) qualificação teórico-crítica e prático-operativa capaz de intervir sobre essas demandas.

13. O projeto ético-político do Serviço Social frente à crise con- temporânea deve ser construído observando-se

(A) o significado sócio-histórico das transformações da so- ciedade contemporânea, englobando a crise capitalista e as transformações do mundo do trabalho.

(B) a mudança da concepção do papel do Assistente Social para regulação e controle social.

(C) a sustentabilidade monetária no país, que garante a dimi- nuição das desigualdades sociais e de trabalhos informais, e o sistema capitalista.

(D) as formas fixas de produção e reprodução social presentes no mundo do trabalho.

(E) o processo de produção de capital e a crise no plano das subjetividades induzidas ao consumo pelo sistema capitalista.

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14. O Assistente Social que dirige e fundamenta sua ação profissional não no reconhecimento do direito social de seus usuários, e sim, no paternalismo e no clientelismo, está sendo

(A) emancipador.

(B) político.

(C) assistencialista.

(D) utópico.

(E) empirista.

15. O capitalismo é estruturalmente excludente. Portanto, o fenô- meno da exclusão social não é novo. O importante é saber que existe uma distinção entre exclusão social e pobreza. Ou seja, (A) a exclusão social é definida pela linha de pobreza que

separa os cidadãos dos miseráveis e pobres.

(B) a exclusão social comporta elementos além da dimensão aquisitiva ou de retenção de bens.

(C) pobre é quem não tem bens, mas que é assistido pelas políticas públicas.

(D) há uma relação determinística entre os dois fenômenos:

exclusão e pobreza.

(E) a pobreza está relacionada à impossibilidade de poder partilhar do social, e exclusão refere-se à impossibilidade em poder participar do político.

16. A prática profissional, ao ser condicionada a determinadas condições adversas, sejam institucionais, materiais e/ou espirituais, gera, muitas vezes, no profissional, o sentimento de impotência e desmotivação. Essa questão, contudo, (A) implica um compromisso ético-político.

(B) não é exclusiva do profissional de Serviço Social e precisa ser enfrentada.

(C) é um desafio facilmente superado na sociedade contem- porânea.

(D) transforma o processo de trabalho do Assistente Social como singular na sociedade civil.

(E) insere o profissional na sociedade capitalista como um trabalhador qualquer.

17. A origem do processo de exclusão social é proveniente de três ordens de fatores.

São eles:

(A) flexibilização, desregulamentação social e reformas estatais.

(B) seguridade social, movimentos sociais e políticas eco- nômicas.

(C) reformas estatais, inovações tecnológicas e reengenharias administrativas no mercado de trabalho.

(D) avanço tecnológico, mercado informal e lutas de classes.

(E) terceiro setor, mercado de trabalho informal e seguridade social.

18. Os movimentos contemporâneos de reconceituação do Ser- viço Social indicam para a compreensão do Serviço Social enquanto

(A) profissão feminina com uma expressão histórica de subalternidade.

(B) trabalho profissional com uma visão histórica e con- creta.

(C) prática profissional atravessada por uma condição de gênero.

(D) profissão inserida à margem da produção e reprodução das relações sociais.

(E) prática profissional baseada no humanismo e na assis- tência.

19. Complemente a definição, identificando a alternativa que contém, respectivamente, os termos corretos.

“Movimentos sociais são __________________ de caráter sócio-político, construídas por____________________ per- tencentes a diferentes classes e camadas sociais.

(A) temas e problemas ... forças societárias (B) inovações ... esferas públicas

(C) ações coletivas ... atores sociais

(D) demandas e assessorias ... entidades sociais (E) redes sociais ... setores governamentais

20. A reforma e a modernização do Estado do Brasil favoreceram a criação de novos mercados pela privatização de vários setores públicos. Desse projeto neoliberal surgiu o que chamamos de (A) Estado mínimo.

(B) Estado de Bem Estar Social.

(C) Estado do Welfare State.

(D) Estado Democrático.

(E) Estado de Coesão Social.

21. A orientação geral que fundamenta a formação e a capaci- tação profissional do Assistente Social volta-se a uma nova visão de totalidade em que o significado social e o político da profissão desvelam as possibilidades de atuação contidas principalmente na

(A) permanente mudança de conteúdos curriculares do pro- jeto de formação profissional.

(B) produção e reprodução da vida social e do mundo do trabalho.

(C) premissa de que o estágio curricular é desnecessário para o processo de formação profissional.

(D) consideração do público como lócus privilegiado de ação profissional.

(E) formatação atual do Estado enquanto regulador da vida em sociedade.

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22. No Brasil, os direitos sociais foram formalmente consagra- dos na Constituição de 1988. Apesar disso, existem práticas sociais e políticas de cerceamento concreto desses mesmos direitos. Pode-se afirmar que

(A) a cidadania inexiste no país.

(B) a questão da cidadania no país representa um problema fundamental e sem solução para a garantia de acesso e direitos.

(C) o cerceamento a direitos está relacionado à cultura afro- brasileira.

(D) o reconhecimento desses limites não invalida a luta pelo reconhecimento e afirmação dos direitos nos marcos do capitalismo.

(E) o modelo capitalista relaciona acesso a direitos sociais com a necessidade de acumulação de capital.

23. A área da assistência social vive um momento singular de redefinição conceitual e reordenamento institucional. Estabe- lece-se a organização do SUAS, em todo território nacional, a partir de 2003. Essa sigla significa.

(A) Sistema Único de Atenção à Saúde.

(B) Sistema Universal de Assistência Social.

(C) Sistema Único da Assistência Social.

(D) Sistema Universal de Atendimento à Saúde.

(E) Sistema Universal de Assistência à Saúde.

24. Assinale a alternativa que complementa o parágrafo seguinte.

A nova política pública de assistência social, resultante de um processo contínuo de lutas e conquistas, principalmente a partir da Constituição Federal de 1988, exige que os (A) gestores e trabalhadores da área realizem um esforço

para compreender o momento atual e rompam com os padrões tradicionais de subalternidade.

(B) trabalhadores da assistência social improvisem ações que marquem historicamente o caráter inovador da pro- fissão.

(C) gestores da política pública sejam pós-graduandos e especializados em orçamento público.

(D) assistentes sociais superem suas dificuldades pessoais de trabalho em equipes profissionais.

(E) trabalhadores da área, sejam assistentes sociais ou não, delimitem o seu campo de atenção e as necessidades sociais dos segmentos populares.

25. A Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS regulamenta e dá abrangência e significado à assistência social no Brasil.

A partir daí concebemos

(A) os programas e projetos socioassistenciais inovadores.

(B) a possibilidade de total cobertura do campo socioassis- tencial aos mais pobres.

(C) a resistência do cidadão e de sua família em receber serviços e benefícios sociais.

(D) a assistência social enquanto direito a qualquer cidadão brasileiro.

(E) o fomento de ações que impulsionam a poupança po- pular.

26. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, o trecho apresentado.

A Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004, ao definir as bases para o novo modelo de gestão para a política pública de assistência social, regula e organiza em todo o território brasileiro o atendimento e

por meio de serviços e benefícios continuados.

(A) às necessidades de proteção … seguridade sociais (B) à incapacidade … riscos sociais

(C) às dificuldades de sobrevivência … autonomia familiar (D) às situações de risco … de violência sexuais

(E) à insuficiência de rendimentos individuais … grupais

27. O Projeto Sentinela pode ser considerado como uma das principais realizações decorrente da política de Assistência Social. Esse projeto compreende

(A) ações relacionadas à proteção social à família carente, favorecendo os vínculos familiares.

(B) pisos salariais às famílias carentes, bem como proteção social básica à criança e ao adolescente que trabalham em atividades de risco.

(C) serviços e benefícios a famílias vítimas de abuso ou exploração sexual, proporcionando-lhes auto-estima.

(D) ações de caráter continuado de proteção social a famílias moradoras de favelas urbanas desenvolvidas nos Centros de Referência Especializados em Assistência Social.

(E) procedimentos técnicos especializados para atendimentos socioassistenciais às crianças e aos adolescentes vítimas de violência sexual.

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28. Várias realizações foram executadas na formatação e opera- cionalização da política da assistência social no atual governo federal. Dentre elas, vale citar a

(A) maior regulação da LOAS pelas Conferências Nacionais de Assistência Social.

(B) implementação do SUAS somente para as regiões mais pobres do país.

(C) articulação entre políticas sociais e financeiras com maior controle e regulação social.

(D) integração de programas sociais como PAIF/PETI, com ênfase no Programa Bolsa-Família.

(E) ampliação dos serviços do Programa Benefício de Pres- tação Continuada (BPC).

29. A efetivação do trabalho profissional dos Assistentes Sociais em instituições e/ou organizações, sejam públicas ou privadas, deve-se pautar por

(A) conhecimento teórico-metodológico e técnico-operativo adequados aos regulamentos internos dessas instituições e/ou organizações.

(B) um trabalho político e voluntário como forma de expres- são maior de ação profissional.

(C) uma visão compreensiva da profissão, tendo em vista a relação do conjunto dos espaços de intervenção e o caráter interdisciplinar da ação.

(D) preocupar-se continuamente com as demandas emer- genciais e imediatistas sem relacionar o orçamento institucional existente.

(E) buscar a afirmação do seu projeto ético-político nas relações com as chefias e mandatários institucionais.

30. Eticamente, pode-se citar como valor central da profissão de Serviço Social a

(A) liberdade.

(B) política.

(C) ideologia.

(D) subalternidade.

(E) sobrevivência.

31. Dentre os direitos e responsabilidades gerais do Assistente Social previstos no código de Ética Profissional – Resolução n.º 273 de 1993, encontra-se, como um dos seus principais deveres, (A) participar da formulação, gerenciamento e avaliação de

políticas públicas no país.

(B) ter, sem restrições, ampla autonomia no exercício pro- fissional em qualquer instituição social.

(C) desempenhar suas atividades profissionais, com eficiên- cia e responsabilidade, observando a legislação em vigor.

(D) utilizar o seu número de registro no Conselho Regional no exercício profissional.

(E) adulterar os resultados e fazer declarações falaciosas sobre situações ou estudos de que tome conhecimento.

32. O Programa Bolsa Família pode ser avaliado como o maior e mais ambicioso programa de transferência de renda da histó- ria do nosso país. Foi criado para atender a duas finalidades básicas:

(A) combater a violência e o abuso sexual.

(B) atender a pessoa idosa e sua família.

(C) assistir à criança e aos adolescentes trabalhadores.

(D) combater a miséria e a exclusão social.

(E) apoiar, técnica e financeiramente, os gastos das políticas públicas.

33. Os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) são espaços físicos localizados em áreas de pobreza. Esses centros prestam

(A) atendimento socioassistencial, articulando os serviços sociais disponíveis e potencializando a rede de proteção social básica.

(B) acompanhamento psiquiátrico a famílias pobres em um determinado território.

(C) assistência social com o objetivo de colocação da família como centro de referência, fortalecendo os seus vínculos internos e externos de solidariedade.

(D) apoio financeiro ao grupo familiar que possui crianças e adolescentes inseridos, de forma irregular, no mercado de trabalho.

(E) benefício assistencial continuado, previsto na Consti- tuição Federal e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social.

34. Segundo Yasbek (1996) “…como mediador, o assistente social transita entre dois mundos complementares: o universo dos dominantes e dos dominados, numa posição muitas vezes ambígua na medida em que se situa num campo de interesses contrapostos…”

Entende-se, portanto, que

(A) o Serviço Social possui limites de ação colocados pela administração pública contra a sociedade civil.

(B) o Serviço Social profissional está sempre mediando a relação do Estado e outras instituições com os setores excluídos e subalternizados da sociedade.

(C) o profissional de Serviço Social mede o grau de carência dos usuários dos serviços institucionais.

(D) o Assistente Social tem como atribuição indutora a tarefa de exclusão e controle de usuários que não necessitam das políticas sociais.

(E) o Serviço Social é uma profissão que toma para si po- sições muito ambíguas na medida em que trabalha com interesses contrapostos.

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35. As Políticas Sociais, principalmente pós-64, caracterizaram-se pela subordinação a interesses econômicos e políticos. A matriz orientadora dessa formatação pode ser denominada como (A) conservadora e oligárquica.

(B) comunista e participativa.

(C) democrática e clientelista.

(D) psicológica e assistencial.

(E) política e emancipadora.

36. Os programas e projetos sociais que dão concretude às políticas socioassistenciais podem ser consideradas como processos de (A) participação social.

(B) parceria com entidades sociais.

(C) relação de confronto e de conquista social.

(D) mediação e de enfrentamento à pobreza.

(E) ação e prática disseminadoras.

37. O planejamento participativo constitui uma ferramenta para a intervenção na realidade. Deve caracterizar-se como (A) uma ferramenta para que as instituições e governos

possam ter uma ação direcionada à construção externa da realidade social, observando-se procedimentos admi- nistrativos tecnicistas.

(B) um instrumento direcionado à geração de riqueza mate- rial e social, contribuindo para a ação política de alguns grupos sociais mais politizados e atuantes.

(C) um conjunto de conceitos e modelos a favor do avanço do capitalismo nos países em desenvolvimento onde a participação social é mais adequada.

(D) um procedimento que norteie a organização da sociedade capitalista contemporânea sem permitir a influência de determinados grupos sociais.

(E) um conjunto de procedimentos, técnicas e instrumentos que permita organizar a participação de grupos, movi- mentos e instituições na intervenção na realidade social com uma direção conjuntamente estabelecida.

38. Assistente Social, ao procurar compreender a realidade social em sua dimensão sócio-histórica e de totalidade concreta para o seu trabalho profissional, estará baseando-se no paradigma teórico

(A) funcionalista.

(B) neopositivista.

(C) reformista.

(D) sociocrítico.

(E) fenomenológico.

39. Bezerra (2000:2) afirma que “o Estatuto da Criança e do Ado- lescente (1990) institui a criação de projetos socioeducativos em meio aberto, referindo-se ao atendimento à criança e ao adolescente como uma ação complementar à escola, mas não esclarece seus objetivos ou o seu papel.” Baseado nesse texto, pode-se afirmar que

(A) a efetivação desses pressupostos, na prática cotidiana, é impossível de ser alcançada por falta de recursos.

(B) essa discussão ainda não foi devidamente aprofundada entre os profissionais do Serviço Social.

(C) esses aspectos têm sido menos discutidos no contexto da assistência social do que no campo educacional.

(D) a liberdade assistida não tem conseguido se efetivar na prática por falta de escolas de profissionalização da criança e do adolescente.

(E) não há ainda uma definição correta sobre os projetos socioeducacionais na prática profissional.

40. Os reflexos das mudanças trazidas pelas reformas do Estado, coerentes com o ideário neoliberal, podem ser percebidos por meio de

(A) ampla variabilidade de serviços sociais prestados pelo Estado à sociedade civil.

(B) privatização de serviços sociais com excelente qualidade de atendimento à população carente.

(C) responsabilização ao Estado para o atendimento global das necessidades e demandas sociais.

(D) atribuição das dificuldades existentes ao mau funciona- mento das políticas públicas atuais.

(E) baixa cobertura dos programas sociais, setorização das políticas e formalização de recursos a uma parcela da população.

41. Faleiros (1999), ao abordar a pesquisa em Serviço Social, levanta três problemas que dificultam ou cerceiam o seu desenvolvimento. São eles:

(A) a metodologia quantitativa, a qualitativa e a quanti-qua- litativa.

(B) a falta de leitura de pesquisas, o imediativismo e a aco- modação.

(C) a desvalorização das pesquisas e a falta de conhecimento teórico e filosófico de metodologia científica.

(D) a alta capacitação metodológica e a falta de interesse e de aplicação das pesquisas realizadas.

(E) o pragmatismo, a acomodação e a insuficiência de for- mação para a pesquisa.

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42. A questão social é considerada como

(A) um fenômeno social contemporâneo sem solução.

(B) o objeto de trabalho do Assistente Social.

(C) o fundamento da Sociologia Crítica.

(D) a finalidade política do Serviço Social Crítico.

(E) o maior problema da humanidade.

43. Segundo Minayo (2000), a pesquisa social pode ser concebida como uma atitude e uma prática teórica de constante busca, que define um processo intrinsecamente inacabado, perma- nente e caracterizado como qualitativo. Isso significa que a pesquisa

(A) se preocupa basicamente com a mensuração de variáveis independentes e dependentes numa relação causal posi- tivamente determinada.

(B) se propõe a uma intervenção social objetivando a trans- formação da realidade social, seu controle e vigilância científica.

(C) é qualitativa quando prevê a apreensão e a compreensão do significado da realidade social com o seu dinamismo da vida individual e coletiva.

(D) necessita de validação de seus resultados com base es- tatística em médias, medianas, modas e desvio-padrão.

(E) possui um caráter qualitativo em função de a abordagem teórico-metodológica positivista valorizar as histórias orais dos sujeitos da pesquisa.

44. O ECA prediz que o Conselho de Direito e o Conselho Tu- telar são espaços de participação política da sociedade civil garantidos por lei. Especialmente quanto ao Conselho Tutelar, é correto afirmar que

(A) existirá em cada município, no mínimo, um Conselho Tutelar composto por cinco membros escolhidos pela comunidade para um mandato de três anos.

(B) há a obrigatoriedade de zelar pelo cumprimento dos di- reitos da criança e da sua família definidos pelo ECA.

(C) o município dispõe sobre o seu local de funcionamento, a remuneração de seus membros indicados pelo Juiz da Infância e da Juventude.

(D) para ser conselheiro há a necessidade de residir no muni- cípio, ter reconhecida idoneidade moral e mais de vinte e cinco anos.

(E) o Ministério Público pode intervir nas ações do Conse- lho Tutelar, inclusive com poder de indicação de seus membros.

45. Conforme o artigo 54, capítulo IV do Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do Estado assegurar às crianças o atendimento em creche e pré-escolas na faixa etária de (A) zero a doze anos.

(B) zero a seis anos.

(C) três a dez anos.

(D) três a doze anos.

(E) um a sete anos.

46. Faleiros (1996) afirma “Hoje as categorias de análise nem sempre acompanham a velocidade das mudanças que se tor- nam cada vez mais complexas... . Essa complexidade teórico- prática é um dos grandes desafios do Serviço Social.” Assinale a alternativa que interpreta, adequadamente, o pensamento do autor.

(A) A interdisciplinaridade configura-se como o melhor mo- delo teórico para a explicação dos movimentos sociais.

(B) O ponto de vista funcionalista do Serviço Social é su- ficiente para se compreenderem as relações culturais/

sociais/culturais e familiares.

(C) A globalização e o desenvolvimento tecnológico são os fenômenos mais significativos que condicionam o exercício profissional do Assistente Social.

(D) É preciso uma referência teórico-prática ao problema de relações de força, na prática profissional, para se entenderem as questões presentes.

(E) A compreensão teórica sobre a correlação de forças rela- tivas à acumulação ou apropriação da riqueza em nível local e global é suficiente ao exercício profissional.

47. O reconhecimento da importância da família no contexto da vida social está explícito no artigo 226 da Constituição Federal do Brasil. Portanto, a discussão sobre o lugar da família no âmbito das políticas sociais tem-se encaminhado a partir de duas perspectivas distintas. São elas:

(A) uma que evidencia os desafios da operacionalização de uma política social voltada à família, e outra que se caracteriza pela falta de assistência socioeconômica do Estado para com as famílias pobres.

(B) uma que defende a centralidade da família, apostando na sua capacidade de cuidado e da proteção, e outra que entende que essa capacidade deve ser garantida especial- mente pelas políticas públicas.

(C) a primeira que evidencia a centralidade da família no âmbito de interesses estatais e societários, e a outra que defende a atenção do terceiro setor para programas de responsabilidade social.

(D) uma perspectiva que é de total garantia de direitos à criança, ao adolescente e ao idoso, e a outra perspectiva que enfatiza o não dever do Estado para com a proteção das famílias.

(E) a primeira perspectiva que reconhece explicitamente a importância da família na vida social, e a segunda que indica ao Estado processos de penalização às famílias na situação de risco.

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48. O novo Código de Ética Profissional (1993) do Serviço Social reafirma o projeto profissional comprometido com as classes trabalhadoras e dá outro tratamento à dimensão da profissão.

Esse código de Ética propõe

(A) acesso a bens e serviços relativos aos programas e polí- ticas mais socializadas.

(B) manutenção dos princípios e valores inscritos no código de Ética (1986) sem modificações significativas.

(C) fortalecimento da concepção conservadora e de valores da sociedade capitalista.

(D) fundamentação no humanismo cristão com ênfase no individualismo e na defesa da justiça social.

(E) ampliação da liberdade, concebida como autonomia, emancipação e defesa da eqüidade e justiça social.

49. Conforme Maria da Glória Gohn (1998), “o crescimento das ONG´s nesse final de milênio é um fenômeno mundial:

constituíram-se em um fenômeno associativo e em uma nova forma de organização e participação popular no país”. Com base nesse conceito, é correto afirmar que as ONG’s (A) são formas de organização popular, no país, principal-

mente no meio rural, com atuação específica ao meio ambiente e agravamento da questão social.

(B) são fenômenos associativos que ocorrem no espaço urbano, construídos a partir do estímulo de um partido político com interesse em ampliação de seus membros.

(C) apresentam um perfil político-ideológico específico, atu- ando em programas e projetos organizados e financiados pelo Banco Mundial.

(D) desenvolvem usualmente os programas concebidos pelo poder público, dentro das políticas públicas, com total apoio orçamentário do Estado.

(E) são redes sociopolíticas de composição socioeconômica diferenciada, atuando em programas construídos em pareceria com inúmeros atores.

50. Há uma espécie de círculo vicioso e dual na imagem dos pobres nas ciências sociais: ou são considerados alienados e desqualificados ou são glorificados como os virtuosos por sobreviverem na sociedade capitalista. Para os assistentes sociais, é importante compreender que

(A) os estudos sobre a pobreza não constituem uma crítica à sociedade brasileira.

(B) a visão constituída do pobre está numa relação simétrica e inversa à visão da sociedade brasileira.

(C) os pobres são parte de um sistema mais amplo e não há como diferenciá-los.

(D) não é possível estabelecer, no sistema capitalista, uma lógica de identificação dos pobres bons e maus.

(E) os pobres constituem-se uma classe social subalterna e perigosa à sociedade em geral.

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Referências

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