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Faculdade Assis Gurgacz - FAG. Curso de Arquitetura e Urbanismo CAU

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Curso de Arquitetura e Urbanismo – CAU

MERCADO PÚBLICO: UMA PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA PATO BRANCO/PR

LUCIAN PATRICK BRANDALIZE

Cascavel Novembro de 2010

(2)

Curso de Arquitetura e Urbanismo - CAU

MERCADO PÚBLICO: UMA PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA PATO BRANCO/PR

Atividade acadêmica de avaliação do discente Lucian Patrick Brandalize, pela Banca composta por: Fúlvio Natércio Feiber, Dilvan D”Agostini e Flávio Henrique da Rosa Uren– membros da banca; conforme disposto no Trabalho de Curso de Arquitetura e Urbanismo.

Cascavel Novembro de 2010

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LUCIAN PATRICK BRANDALIZE

MERCADO PÚBLICO: UMA PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA PATO BRANCO/PR

DECLARAÇÃO

Declaro, que realizei em (outubro de 2010) a revisão linguístico-textual, ortográfica e gramatical da monografia de Trabalho de Curso denominado: MERCADO PÚBLICO: UMA PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA PATO BRANCO/PR, de autoria de LUCIAN PATRICK BRANDALIZE, discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo - FAG.

Tal declaração contará das encadernações e arquivo magnético da versão final do TC acima identificado.

Cascavel, 30 de Outubro de 2010.

Lígia Machado de Souza Bacharel em Letras/UNIOESTE/2002

RG nº 6178.712-7/PR

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

LUCIAN PATRICK BRANDALIZE

MERCADO PÚBLICO: UMA PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA PATO BRANCO/PR

Trabalho apresentado no Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG, como requisito básico para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do arquiteto professor Fúlvio Natércio Feiber - Doutor.

BANCA EXAMINADORA

Arquiteto Orientador Faculdade Assis Gurgacz

Fúlvio Natércio Feiber Doutor

Arquiteto Avaliador Faculdade Assis Gurgacz

Dilvan D`Agostini Especialista

Arquiteto Avaliador Universidade Paranaense Flávio Henrique da Rosa Uren

Doutor

Cascavel Novembro de 2010

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Á meu Pai, meu exemplo de vida, que desde o inicio me apoiou não apenas financeiramente, mas principalmente, com sua paciência e compreensão, me ensinando a encarar a vida sempre da melhor forma possível.

Á toda minha família, que muitas vezes quis matá-los, mas que a qualquer hora morreria por eles.

Aos meus avôs Raul e Ivo (in memorian).

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao Fúlvio Natércio Feiber, meu professor, orientador e acima de tudo, meu amigo, que me ensinou e me fez gostar de arquitetura.

Ao meu chefe Edgar Miotto, pela compreensão de minhas ausências, e ao apoio durante o curso.

Ao meu padrinho, madrinha e minha prima, que sempre me apoiaram e encontraram os livros “impossíveis” de serem comprados.

Aos meus pais Ivo e Gicelda e ao meu irmão Cristian, pela confiança em mim depositada, por me apoiarem em tudo e por sempre estarem ao meu lado.

Finalmente agradeço à minha futura esposa Flávia Tosta Padilha, por seu amor constante, generoso e incomum, e principalmente por sua compreensão e paciência.

(7)

EPÍGRAFE

“Não existe Arquitetura bonita ou feia. Existe Arquitetura boa e ruim.”

(Oscar Niemeyer)

“O modernismo é o Rock’n’Roll da Arquitetura.”

(Fúlvio Natércio Feiber)

“Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto, é realidade.”

(Raul Seixas)

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Os Mercados Públicos Municipais, registro das origens e tradições de cidades, reúnem a diversidade cultural e a venda de secos e molhados, constituindo-se em um centro de convívio para a população, com suas manifestações culturais expressas pela gastronomia, artesanato, comércio e lazer. Com base nesta premissa, o presente estudo baseia-se no problema da real necessidade da inserção de um Mercado Público no município de Pato Branco, região sudoeste do Paraná.

Parte-se da hipótese que a população não tem um local que reúna atividades de lazer, oferta variada de produtos e infra-estrutura. Neste contexto, o objetivo geral é elaborar uma proposta projetual que reúna essas necessidades, e para isso baseia- se na aplicação da metodologia, que consiste em revisão bibliográfica, pesquisa de campo e desenvolvimento da proposta propriamente dita. Como resultado, apresenta-se o anteprojeto do Mercado Público de Pato Branco, que tem como premissas a sustentabilidade e a intervenção da área em questão, objetivando principalmente a qualidade de vida da população, que passará a contar com um espaço multifuncional, inexistente no município. A sustentabilidade se configura pela concepção dos módulos dos boxes, que captam a água pluvial e são responsáveis pela ventilação e iluminação naturais. Já a intervenção da área se configura por trazer a população para o local, que hoje se encontra abandonado. Desta forma, conclui-se que o Mercado Público trará diversos benefícios para o município, assim como para a sua população. A área de implantação do projeto terá mais vida e a população será privilegiada com uma ampla infra-estrutura de serviços e lazer.

Palavras chave: Mercado Público. Sustentabilidade. Estrutura modular. Arquitetura flexível. Intervenção urbana.

(9)

ABSTRACT

The Municipal Public Markets, register of the origins and traditions of cities, join the cultural diversity and the sale of products, setting itself up as a centre of familiarity for the population, with his cultural demonstrations expressed by the gastronomy, craftwork, commerce and leisure. Based on this premise, the present study is found on the problem of the real necessity of the insertion of a Public Market in the city of Pato Branco, south-west region of Paraná. It begins on the hypothesis that the population has not a place that joins activities of leisure, varied offer of products and infrastructure. In this context, the general objective is to prepare a proposal that joins these necessities, and for that is employed the application of the methodology, which consists of bibliographical revision, field work and development of the proposal. As result, it is presented the draft of the Public Market of Pato Branco, that has as premises the sustainability and the intervention of the area, aiming principally at the quality of life of the population, that will start to dispose of a multifunctional area, non- existent in the city. The sustainability is shaped by the conception of the boxes' modules, which catch the pluvial water and are responsible for the natural ventilation and lighting. The intervention of the area is shaped on bringing the population to the area, where today is abandoned. In this way, we can conclude that the Public Market will bring several benefits to the city, as well as for its population. The area of introduction of the project will have more life and the population will be privileged by a spacious infrastructure of services and leisure.

Key words: Public market. Sustainability. Modular structure. Flexible architecture.

Urbane intervention.

(10)

Trabalho impresso em papel reciclado devido à importância e preocupação do autor com a sustentabilidade.

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LISTA DE ABREVIATURAS

FAG CAU IBGE

Faculdade Assis Gurgacz

Curso de Arquitetura e Urbanismo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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ANEXO 01 ANEXO 02

Planta Parcial da Quadra

Consulta Obrigatória de Viabilidade para Elaboração de Projeto

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FIGURA 01: Mercado Les Halles em Paris... 30

FIGURA 02: Mercado Les Halles em Paris (interior)... 30

FIGURA 03: Pavilhões do Mercado Les Halles em Paris... 30

FIGURA 04: Proposta da forma modular... 36

FIGURA 05: Módulos agrupados... 37

FIGURA 06: Travessia do rio Chopim... 39

FIGURA 07: Municipio de Pato Branco, década de 50... 40

FIGURA 08: Localização de Pato Branco... 41

FIGURA 09: Municipio de Pato Branco, 2010... 42

FIGURA 10: Municipio de Pato Branco, neve em 1965... 43

FIGURA 11: Vista aérea do Mercado Municipal de Curitiba... 45

FIGURA 12: Acesso lateral pela Rua General Carneiro... 46

FIGURA 13:Interior do Mercado após reformulação... 47

FIGURA 14:Planta térrea do Mercado... 47

FIGURA 15:Planta superior do Mercado... 48

FIGURA 16: Mercado Municipal do Rio de Janeiro... 49

FIGURA 17: Foto aérea da Av. Perimetral... 50

FIGURA 18: Mercado Municipal Paulistano... 51

FIGURA 19: Vista interna do Mercado Municipal Paulistano... 52

FIGURA 20: Planta geral do Mercado... 53

FIGURA 21: Aeroporto Internacional de Wuxi... 54

FIGURA 22: Vista interna do Aeroporto Internacional de Wuxi... 54

(14)

FIGURA 25: Praça pública coberta... 56

FIGURA 26: Detalhe da treliça espacial ... 57

FIGURA 27: Planta esquemática do terreno... 61

FIGURA 28: Volumetria do terreno... . 62 FIGURA 29: Imagem do terreno via satélite... 62

FIGURA 30: Testada para a Rua Tapajós... 63

FIGURA 31: Área a ser implantado o Mercado... 63

FIGURA 32: Testada para a Rua Tapejara... 63

FIGURA 33: Vegetação rasteira do terreno... 63

FIGURA 34: Concepção dos pilares da Sagrada Familia... 64

FIGURA 35: Concepção dos pilares ... 65

FIGURA 36: Estrutura espacial... 65

FIGURA 37: Corte esquemático... 66

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1 INTRODUÇÃO ... 17

1.1 ADERÊNCIAS À LINHA, GRUPO E TEMÁTICA DE PESQUISA ... 18

1.1.1 Á linha de pesquisa ... 19

1.1.2 Ao grupo de pesquisa... 19

1.1.3 Á temática da pesquisa ... 19

1.2 ASSUNTO ... 19

1.3 TEMA ... 20

1.4 JUSTIFICATIVAS ... 20

1.4.1 Sócio-cultural ... 20

1.4.2 Acadêmico-científica ... 21

1.4.3 Profissional ... 21

1.5 PROBLEMA DE PESQUISA ... 21

1.6 HIPÓTESE ... 22

1.7 OBJETIVOS ... 22

1.7.1 Objetivo geral ... 23

1.7.2 Objetivos específicos... 23

1.8 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ... 24

1.8.1 Procedimento técnico ... 24

1.8.2 Abordagem ... 24

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE TEÓRICO ... 26

2.1 HISTÓRICO SOBRE OS MERCADOS ... 26

2.1.1 História do comércio ... 26

2.1.2 Surgimento dos mercados ... 28

2.2 ARQUITETURA ... 31

2.2.1 Conceituação de Arquitetura ... 32

2.2.2 Intervenção Urbana ... 33

2.2.3 Espaços Públicos ... 34

2.2.4 Arquitetura Flexível ... 35

2.2.5 Cobertura Modulada ... 36

2.2.6 Malha Espacial ... 37

(16)

2.3 PATO BRANCO – PARANÁ ... 38

2.3.1 História do município ... 38

2.3.2 Território e população... 41

2.3.3 Clima e solo ... 42

3 CORRELATOS E OBRAS REFERENCIAIS ... 44

3.1 Mercado Municipal de Curitiba ... 44

3.2 Mercado Municipal do Rio de Janeiro ... 49

3.3 Mercado Municipal Paulistano ... 51

3.4 Aeroporto Internacional de Wuxi – China ... 53

3.5 Espaço Cultural José Lins do Rego ... 55

3.6 SÍNTESE DOS CORRELATOS E OBRAS REFERENCIAIS ... 58

4 DIRETRIZES PROJETUAIS PARA O 10º PERÍODO ... 60

4.1 ASPECTOS URBANÍSTICOS E DEMAIS LEGISLAÇÕES ... 60

4.2 CARACTERIZAÇÃO DO SÍTIO DE INTERVENÇÃO ... 61

4.3 CONCEITUAÇÃO E PARTIDO ... 63

4.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO ... 67

5 CONSIDERAÇÕES ... 69

REFERENCIAS ... 71

(17)

O presente trabalho tem por objetivo fazer um embasamento teórico para a elaboração de uma proposta de projeto arquitetônico de um Mercado Público para a cidade de Pato Branco – Paraná. Dentro dos conceitos que serão apresentados, pretende-se demonstrar a importância do mercado para a sociedade a qual está inserida, por meio de valor simbólico como obra arquitetônica, bem como elemento estruturador da identidade de determinado grupo social, beneficiando a população com um local de encontros, compras e lazer.

Com uma população de 70.160 habitantes (IBGE-2009), Pato Branco é considerado a Capital do Sudoeste do Paraná. É destaque pela economia agropecuária na criação de gado, aves, suínos e ovinos e na agricultura com a produção de soja, milho e hortifrutigranjeira.

Os mercados surgiram com a necessidade de suprir as demandas comerciais das cidades e também para organizar espaços que se tornaram caóticos com o aumento da população e a falta de planejamento urbano.

Mercados Municipais não são apenas locais de venda de secos e molhados, mas constituem também o registro das origens e tradições da cidade. Eles resumem a diversidade cultural proveniente da variedade étnica que formou a sociedade local, mostrando que são importantes centros de convívio do povo com suas manifestações culturais expressadas através da gastronomia, artesanato e comércio de produtos alimentícios, e ainda são locais que propiciam lazer, pois o consumidor pode, através de uma compra pelo mercado, absorver toda a diversidade cultural que ele pode oferecer.

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A intenção da proposta para o Mercado em Pato Branco é devido a alguns problemas que existe em relação às feiras realizadas no Mercado do Produtor, como falta de infra-estrutura e higiene, local para carga e descarga, e principalmente pela falta de boxes, já que o número de feirantes é maior que o espaço ofertado.

As pessoas estão cansadas de ver tudo igual demais; um shopping Center, por suas lojas iguais usarem o mesmo logo e o mesmo padrão para suas vitrines, acaba confundindo as pessoas da cidade a ponto de não se saber em qual cidade está. Os mercados e as feiras são pontos de referencia na cidade fazendo com que se possa lê-la com clareza. O mercado é uma acupuntura de identidade numa época que muitas se descaracterizam (LERNER, 2005, p.122).

A proposta do Mercado Público de Pato Branco objetiva a elaboração de projeto arquitetônico, compreendendo temas relevantes, como arquitetura flexível que visa a alteração do seu ambiente conforme o tempo de hoje e o de amanhã, utilizando-se de conceitos da cobertura modular e estrutura espacial . A implantação o Mercado deverá fazer-se em um local estratégico de preferência um terreno de posse municipal.

1.1 ADERÊNCIAS À LINHA, GRUPO E TEMÁTICA DE PESQUISA

A seguir serão apresentadas as aderências que definem diretrizes para a elaboração da presente pesquisa.

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1.1.1 Á linha de pesquisa

A pesquisa insere-se na linha Arquitetura e Urbanismo. Trata de questões relevantes na área de proposta projetual. Esta pesquisa de cunho teórico embasará a proposta projetual do Mercado Público para a cidade de Pato Branco.

1.1.2 Ao grupo de pesquisa

Inserido no grupo de pesquisa Projetos de Arquitetura no Contexto Urbano – ProARQ, a pesquisa sob o tema Mercado Público: UMA PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA PATO BRANCO/PR remete-se a importância da proposta para a cidade e região, e principalmente para toda a população.

1.1.3 Á temática da pesquisa

O Mercado Público abrange a temática da pesquisa quando relaciona o comércio, o mercado, as feiras e a arquitetura, juntos, formando a proposta projetual.

1.2 ASSUNTO

Proposta projetual de Mercado Público para o município de Pato Branco/PR, a fim de favorecer o pequeno, médio e grande produtor do município.

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1.3 TEMA

MERCADO PÚBLICO: UMA PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA PATO BRANCO/PR.

1.4 JUSTIFICATIVAS

A necessidade da implantação de um mercado público na cidade de Pato Branco já existe há tempo. Em 2009, foi inaugurado o Mercado do Produtor, tirando os produtores de um barracão alugado pelos feirantes. A ótima aceitação dos seus produtos e o seu grande crescimento faz, com que a demanda seja maior do que o ofertado, no que se refere ao espaço e à infra-estrutura, principalmente se for considerado que o número de feirantes é maior que o número de boxes existentes.

Para Libório (2006, p. 230) “Os mercados mostram a alma de uma cidade: o que ela produz, consome comercializa e barganha”.

Unindo a falta de infra-estrutura para todos, os agravantes elencados na situação atual, é pertinente a implantação de um espaço que concentre movimentações comerciais, culturais e sociais, formando-se assim o mercado público.

1.4.1 Sócio-cultural

Acredita-se que a opção do lugar para a elaboração da proposta de implantação do Mercado Público será na cidade de Pato Branco - PR, por ser

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economicamente forte na agricultura e pecuária no Sudoeste do Paraná e ainda não possuir esta tipologia de projeto.

1.4.2 Acadêmico-científica

A cidade possui o Mercado do Produtor, estrutura com 551,00 metros quadrados, conta com 37 boxes, cujo espaço atende a agricultura familiar. Os espaços são destinados a pequenos agricultores, sendo que nem todos têm o privilégio de ter seu próprio box, já que o meio de aquisição para o uso foi através de licitação e o número de produtores é superior ao espaço ofertado, deixando fora inúmeros produtores, além de não ter espaços na área da cultura, lazer, recreação e gastronomia.

1.4.3 Profissional

Através da proposta para a implantação do Mercado, a população terá um local adequado que reunirão diversos segmentos de comercialização, espaço para feiras e manifestações públicas.

1.5 PROBLEMA DE PESQUISA

O problema central da pesquisa se volta à indagação sobre a real necessidade da inserção de um Mercado Público na cidade de Pato Branco.

(22)

Neste sentido, a pesquisa se propôs a analisar os anseios da população, dos produtores e do Poder Público, a fim de melhorar a qualidade de vida ofertada no município.

1.6 HIPÓTESE

Até 2008 era realizada em Pato Branco a feira do Produtor Rural, em um barracão alugado pelos feirantes. Este problema foi resolvido há um ano, com a inauguração do Mercado do Produtor, mas o novo local não suporta toda a necessidade dos produtores, já que nem todos têm o privilégio de ter seu próprio box, e o espaço não atende todas as necessidades.

Além disso, a população não tem área de lazer na cidade, nem mesmo no Mercado do Produtor, que não oferece qualquer tipo de infra-estrutura, como restaurantes, variedade de produtos, entre outros.

Com a proposta de um Mercado Público para o município, além dos feirantes terem a oportunidade da venda do seu produto, a população terá um local onde concentre variedades gastronômicas, culturais suportando todas as suas necessidades.

1.7 OBJETIVOS

Os objetivos determinam o que se pretende alcançar, é sinônimo de meta, fim. Dividem–se em gerais e específicos, sendo que os gerais esclarecem o foco

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central, e os específicos os pontos a serem abordados, concretizando assim os objetivos gerais.

1.7.1 Objetivo geral

Elaboração da proposta projetual do Mercado Público no Município de Pato Branco/PR, envolvendo conceitos e conteúdos de caráter simbólico, histórico, cultural e social da arquitetura, sendo um elemento estruturador do entorno e ligação entre o presente e o passado do município.

1.7.2 Objetivos específicos

• Elaborar referencial teórico para o desenvolvimento da proposta projetual;

• Definir o terreno adequado para a elaboração da proposta;

• Propor um local que abrigue manifestações populares, atos públicos e integração de toda a comunidade;

• Explorar dados culturais, históricos e econômicos;

• Entender padrões arquitetônicos para serem adotados pelos seus princípios de modulação, ordem, forma e função;

• Elaborar uma proposta que faça parte da cidade, que interaja com a população por meio da sua arquitetura e de sua funcionalidade.

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1.8 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Nesta etapa foram definidos os procedimentos, para que seja possível a elaboração da proposta projetual.

1.8.1 Procedimento técnico

Os traços gerais da pesquisa foram através de pesquisas bibliográficas e digitais, sócios culturais, levantamento em campo e buscar embasamento em Leis Federais, Estaduais e Municipal como o Plano Diretor.

A pesquisa exploratória, é feita por meio de levantamento bibliográfico, entrevista com profissional atuante na área, entre outros métodos que possam agregar, proporcionando a primeira aproximação, criando uma familiaridade com o processo e mostrando a real importância do problema.

1.8.2 Abordagem

O tratamento do assunto para a elaboração da proposta foi através da pesquisa de campo, a ciência que recolhe os dados, sendo por levantamento local e regional, vivenciando a falta da proposta para o município, havendo entrevistas com profissionais atuantes na área, pesquisas bibliográficas e Leis, tendo por fim a apresentação do resultado, sendo que são esperados resultados que contribuam de

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maneira positiva para o desenvolvimento de uma proposta projetual do Mercado Público de Pato Branco.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE TEÓRICO

A revisão bibliográfica é realizada como parte inicial de um estudo, nos próximos capitulos, será apresentado o histórico do Mercado Público, a história do Municipio que vai ser projetado, além de todos os conceitos explorados para a elaboração da proposta projetual.

2.1 HISTÓRICO SOBRE OS MERCADOS

Mercado Público, Central ou Municipal, os nomes são muitos, porém sua função na sociedade é única. Além de ser um local agradável onde a principio não deve existir distinção de classes sociais ou raciais, proporciona a cidade um utensílio urbano de grande importância, pois nele pessoas podem alimentar-se, socializar-se, interagir, conhecer e diverti-se devido ao que ele proporciona (MARCON, 2007, p.19).

2.1.1 História do comércio

Na história, o homem produziu sua subsistência e posteriormente um excedente, com a finalidade de trocar ou vender. Essa relação demonstra claramente uma negociação comercial, o comércio.

A palavra comércio significa ato de negociar, vender, revender, comprar algo, em síntese são todas as relações de negócios.

(27)

De acordo com Ferreira (1999, p. 314), mercado é definido como:

Lugar onde se comerciam gêneros alimentícios e outras mercadorias;

Povoação, cidade ou país onde há grande movimento comercial;

empório; Conjunto de atividades de compra e venda de determinado bem ou serviço, em certa região; comércio; O conjunto de Compradores e vendedores e sua interação; Demanda por determinado bem, ou serviço.

As relações comerciais foram praticadas pelas sociedades mais primitivas apesar de não haver mercadorias propriamente dita e mesmo vivendo da coleta e da caça ainda assim essas realizavam negociações comerciais, a troca, que foi por muito tempo a única forma de realização do comércio.

No decorrer do tempo o homem promoveu uma série de evoluções, dentre essas estavam à criação de mecanismos comerciais para facilitar o fluxo de mercadorias e um melhor entendimento nesse sentido, então foram produzidas as moedas, bancos, as financeiras, bolsas de valores entre outras (http://www.olharcomercial.com.br).

O comércio exerceu uma colaboração muito importante nas sociedades, no desenvolvimento de novas tecnologias, técnicas e principalmente na responsabilidade de implantação de infra-estrutura como estradas, ferrovias, portos, pontes, com a intenção de facilitar o fluxo de mercadorias em nível planetário, até resultar no processo de globalização.

As rotas comerciais tiveram papel crucial no surgimento das cidades pelo mundo. Mercadores árabes e judeus percorriam as cidades oferecendo seus produtos, em muitos dos locais de paradas das caravanas surgiam às cidades.

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2.1.2 Surgimento dos mercados

Devido à necessidade de suprir as demandas comerciais das cidades e também para organizar espaços que se tornaram caóticos com o aumento da população e falta de planejamento urbano, surgiu então o mercado, com características especificas e facilidades na hora de comprar.

O crescimento das cidades iniciou-se ao longo dos vales dos rios, e seu aparecimento está relacionado ao aperfeiçoamento da navegação e do transporte aquático de massa. Em seguida, a utilização de animais de carga, veículos de rodas e a implantação de estradas calcadas permitiram a ampliação dos transportes, possibilitando distribuir os excedentes e adquirir outras especialidades produzidas em lugares distantes: funções desempenhadas por uma nova instituição denominada mercado (OLIVEIRA, 2006).

Os registros mais remotos sobre as cidades remetem ao templo o desempenho das funções do mercado como: fornecimento, armazenagem e distribuição de produtos. O mercado podia existir como unidade própria, embora na forma de abrigos temporários, algo que ainda permanece, nos dias de hoje, nas feiras semanais de várias cidades do mundo. A conquista de um lugar permanente do mercado na cidade é conseqüência direta tanto do tamanho e crescimento populacional – que seja capaz de desencadear bons negócios aos mercadores – quanto da produção local, que permita a realização dos excedentes comercializáveis (OLIVEIRA, 2006).

A princípio, os mercados não eram fixos, mas, com o tempo, isso se fez necessário, exigindo espaços amplos, o que as cidades européias da Idade Média não dispunham; no interior das muralhas, os espaços eram pequenos, e para

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conseguir aumentá-los, seria necessário desocupar espaços de moradia. Assim, antes de se tornar fixo, o mercado era realizado no mesmo espaço das festas e execuções.

As cidades eram protegidas por muralhas e para vender, no seu interior, os comerciantes tinham que pagar. Muitos mercados, então, instalaram-se junto das muralhas, ou seja, fora dos muros, isto é, próximo ao núcleo urbano, mas não na área central. Hoje, as cidades cresceram e os mercados tornaram-se centrais.

O Mercado Les Halles (Figura 01) foi um marco e serviu de inspiração para vários artistas e arquitetos de muitos países. Lês Halles é uma região localizada na área central de Paris. Desde o século XII, o lugar passou a ser caracterizado como um imenso “bazar”, pois a área abrigava o Mercado Central da cidade; com o crescimento da cidade, a área tornou-se preocupação de seus dirigentes devido aos problemas de higiene, segurança e circulação, fazendo que eles pensassem em remover o mercado da região. Em 1848, foi lançado um concurso arquitetônico e o vencedor foi o arquiteto Victor Baltard que propôs a continuação do mercado no local; foram, então, construídos doze pavilhões cobertos de estrutura metálica e cobertura de vidro (figura 02). Dez pavilhões foram terminados em 1870 e os outros dois em 1936 (figura 03) (PROJECT, 2008).

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Fig. 01: Mercado Les Halles em Paris Fonte: http://mipropiacocina.blogspot.com

Fig. 02: Mercado Les Halles em Paris (interior)

Fonte: http://isg-cosasquehacenquelavidavalgalapena.blogspot.com

Fig. 03: Pavilhões do Mercado Les Halles em Paris Fonte: http://isg-cosasquehacenquelavidavalgalapena.blogspot.com

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Durante anos a área ficou vazia e foi apelidado pelos parisienses de Le trou des Halles “o buraco de Halles”. A cidade continuou a crescer e os problemas de higiene permaneceram, o que levou a transferência do mercado, em 1969, para as regiões de La Vilette e Rungis. Na década de 70, ocorreu um novo concurso para transformar a área em um grande shopping Center subterrâneo de cinco pavimentos.

2.2 ARQUITETURA

A seguir são definidos os principais conceitos explorados no trabalho de pesquisa para elaboração da proposta projetual, são eles:

- O conceito, a característica e a capacidade que a arquitetura possui de transmitir para as pessoas algo além da sua simples presença;

- A intervenção Urbana que visa aumentar as potencialidades de uma área pouco explorada com a implantação do mercado;

- A importância de um espaço público convidativo e hospitaleiro, acolhendo a população para o qual foi construído;

- O valor de uma Arquitetura flexível, podendo mudar seu ambiente conforme o seu tempo, atendendo as necessidades de hoje e àquelas que surgirão amanhã;

- O funcionamento de uma cobertura modular como uma estrutura independente, que pode ser interligado a outros, funcionando como um único conjunto;

(32)

- A aplicação de malhas espaciais, permitindo um melhor dimensionamento da infra-estrutura, podendo vencer maiores vãos com menor gasto de materiais.

Em seguida, os tópicos são descritos de forma mais aprofundada em subtítulos próprios.

2.2.1 Conceituação de Arquitetura

A palavra Arquitetura deriva do grego e significa construção principal, faz referencia à arte ou técnica de projetar e edificar o ambiente habitado pelo ser humano organizando os espaços. “É a arte de compor e construir edifícios para qualquer finalidade visando sempre ao conforto humano, à realidade social e ao sentido plástico da época em que se vive” (MANSINI, 2008, p.17).

A arquitetura faz parte das belas-artes, junto com escultura, pintura, música e o teatro; para se conseguir uma obra de arte arquitetônica, é preciso conciliar requisitos técnicos que abrangem a qualidade dos materiais utilizados e a solidez estrutural com a utilidade adequando os espaços aos usos. Um edifício deve tocar a sensibilidade, convidar a todos a sua contemplação, a observação de suas formas, ao arranjo de janelas, às cores, aos jogos de luz e sombra; esses elementos devem dar uma sensação de unidade para que se possa criar ou resgatar uma identidade para a cidade (COLIN, 2000, p.25).

A arquitetura possui como característica a capacidade de transmitir para as pessoas algo além da sua simples presença. Como o grau de desenvolvimento e os modos de vida da população para a qual foi construído, seus ideais estéticos, pode lembrar os feitos militares e as práticas religiosas, pode ser o testemunho da mestria

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de quem o concebeu e de suas preocupações morais, e até falar de si mesmo e da arquitetura (COLIN, 2000, p.76).

2.2.2 Intervenção Urbana

Intervenção urbana constitui o ato de valorização no patrimônio existente, dinamização do comércio original, geração de novos empregos, melhorias na infra- estrutura. Enfim, trata-se de busca de ações, que atraí usuários, moradores, investidores, turistas para dinamizar e economia local e melhorar a qualidade de vida de todos.

Para intervir em uma área da cidade é preciso avaliar a sua herança histórica e patrimonial, seu caráter funcional e sua posição relativa na estrutura urbana. A idéia de intervenção sustenta-se na identificação de um processo de deterioração, conceitos que são associados freqüentemente à perda de função, ao dano ou à ruína das estruturas físicas, ou ao rebaixamento do nível dos valores das transações econômicas de um determinado lugar (VARGAS E CASTILHO, 2006, p.

03).

As intervenções precisam provocar na cidade para que ela possa recuperar- se da deterioração; para isso é indispensável uma intervenção para revitalizar a área. A revitalização deve caracterizar-se por critérios funcionais, políticos sociais e ambientais. São esses critérios que darão uma nova vitalidade à vida econômica e social da cidade (VAZ, 1995, p.1-2).

(34)

Para Lerner (2005, p.13), é fundamental que uma boa acupuntura urbana promova a manutenção ou o resgate da identidade cultural de um local ou de uma comunidade. Muitas cidades, hoje, necessitam de uma acupuntura porque deixaram de cuidar de sua identidade cultural.

2.2.3 Espaços Públicos

O conceito de público é sinônimo, em termos espaciais, de coletivo. Público é um espaço acessível a todos e a responsabilidade da sua manutenção é coletiva.

É preciso usar a forma para que a comunidade sinta-se pessoalmente responsável pelos espaços públicos (HERTZBERGER,1999,p.12 e 45).

O comércio sempre foi a razão mais importante para que acontecesse um intercâmbio social, fazendo o homem do campo vir para a cidade, vender os seus produtos e gastar o que recebeu em outros produtos, trocando experiências e criando uma rede de interatividade social (HERTZBERGER,1999,p.68).

Os edifícios públicos precisam ser mais convidativos e hospitaleiros, acolhendo a população para o qual foi construído. A arquitetura tem papel fundamental para transformar o edifício num espaço agradável, fazendo do espaço interior do edifício público uma extensão do meio em que este está instalado. A escolha da forma, dimensões e os materiais que serão utilizados pesam muito para encontrar essas características (HERTZBERGER,1999,p.82 e 83).

(35)

2.2.4 Arquitetura Flexível

Construir, mudar e desmontar: esta é à base dos projetos arquitetônicos flexíveis, podendo mudar seu ambiente conforme o seu tempo.

Os arquitetos precisam desenvolver projetos que atendam as necessidades de hoje e àquelas que surgirão amanhã, inclusive pensar em como desmontar as construções que levantamos hoje, para reaproveitar os materiais e evitar demolições, é economicamente mais racional e ambientalmente mais amigável já prever como uma construção pode ser removida, do que simplesmente demoli-la ou implodi-la (PIVA, 2006).

A Arquitetura Flexível é introduzida em espaços públicos, permitindo as mudanças de funções de seus ambientes. De acordo com Bratke (1995. p. 107),

“com a mudança estrutural das profissões, a necessidade de espaço tende a aumentar ainda mais no futuro, para o setor de prestação de serviços, comércio e planejamento”.

A apropriação do espaço poderá interagir favoravelmente quando se inova a proposta de espaço dinâmico e flexível, nos edifícios comerciais, permitindo a qualquer tempo, que o usuário adapte seus espaços as suas novas necessidades.

Esse também pode ser um diferencial no que se refere à vida útil da edificação comercial moderna, haja vista as intensas transformações observadas no modo de vida da sociedade contemporânea, marcado por novas tecnologias, necessidades e objetivos (CÍRICO; FEIBER e PLATCHEK, 2006).

(36)

2.2.5 Cobertura Modulada

Do ponto de vista do comportamento estrutural, as coberturas oferecem um vasto ambiente onde se pode equacionar uma maior diversidade possível de sistemas construtivos quer sejam eles mistos ou utilizando um só tipo de material. O conhecimento da geometria de uma forma pode levar à compreensão de seus atributos físicos e de seu equacionamento matemático. Este conhecimento auxilia a dimensioná-la e a ordenar suas partes, quando transformadas em uma construção (http://www.metalica.com.br/cobertura-modulada-utilizando-perfis-metalicos-

tubulares).

Segundo o conceito do elemento modular proposto por PELLICO (2006), é uma cobertura com apenas um apoio por módulo (figura 04), sua forma poliédrica permite a utilização de barras retas, porém quando os módulos são justapostos, sua conformação se aproxima ao perfil de um arco, constituindo um espaço cujo teto se configura em abóbadas.

Fig. 04: Proposta da forma modular.

Fonte: http://www.metalica.com.br

A forma modular proposta é poliédrica e constituída por retângulos e triângulos, estando os retângulos ladeados por triângulos o que favorece o enrijecimento do conjunto. As arestas se posicionam em diagonais conformando

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pórticos de formato aproximadamente parabólico. Quando os módulos são agrupados, transforma-se em uma única edificação (figura 05) (http://www.metalica.com.br/cobertura-modulada-utilizando-perfis-metalicos-

tubulares).

Fig. 05: Módulos agrupados.

Fonte: http://www.metalica.com.br

A cobertura modular funciona como uma estrutura independente, podendo ser interligado a outros, funcionando ao fim como um único conjunto, permitindo expansão progressiva, crescimento e possibilidade de ampliação.

2.2.6 Malha Espacial

No Brasil, a primeira treliça espacial importante surgiu no ano de 1970. A cobertura do Pavilhão de Feiras e Exposições do Anhembi, projetada com barras tubulares em alumínio, pelo engenheiro anglo-canadense Cedric Marsh (http://www.metalica.com.br/aplicacao-das-malhas-espaciais-na-arquitetura).

“as estruturas espaciais são aquelas compostas de malhas planas ou curvas, tridimensionais, interligadas por elementos estruturais chamados barras ou membros, conectados entre si por intermédio de peças ou dispositivos especiais, chamados juntas ou nós. Na maioria dos casos, são formadas por duas malhas, uma inferior, chamada também banzo inferior, outra superior, denominada banzo superior, malhas estas que geralmente

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são interligadas em suas juntas por diagonais, que formam assim um conjunto de tetraedros ou pirâmides, regulares ou não, resultando o que é chamado de malha espacial” (http://www.metalica.com.br/aplicacao-das- malhas-espaciais-na-arquitetura).

Sua rigidez no plano horizontal (aplicável às malhas planas) permite uma maior otimização no dimensionamento da infra-estrutura de suporte, recebendo suas respectivas cargas reativas de modo mais uniforme, podendo vencer maiores vãos com menor gasto de materiais.

Graças à modularidade da distribuição dos nós, torna-se muito fácil a fixação de qualquer equipamento para instalações em geral, forros, passarelas, ou demais artefatos necessários à operacionalidade da edificação. Entre as novas formas possíveis, as estruturas espaciais constituem um instrumento eficaz para os arquitetos e engenheiros, devido a sua grande diversidade e flexibilidade (http://www.metalica.com.br/aplicacao-das-malhas-espaciais-na-arquitetura).

2.3 PATO BRANCO – PARANÁ

Um breve relato sobre a história do município onde será implantada a proposta arquitetônica, com dados de território, população e clima.

2.3.1 História do município

O Território da atual Pato Branco está situado nos antigos Campos dos Biturunas, índios da nação Tupi que habitavam. Com a ocupação da área por Pedro de Siqueira Cortes e Joaquim Ferreira dos Santos, em 1836/40, a região passou a ser chamada de Campos de Palmas. Desde 1853, porém, com a criação da

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Província do Paraná, já havia também a disputa com Santa Catarina, dirimida em 1916, com a divisão quase ao meio da área disputada, e ficando o atual Sudoeste do Paraná (KRUGER, 2004).

Numa picada que então ligava a Vila de Clevelândia a Barracão, nas cabeceiras do rio Pato Branco, Luiz Gonzaga tinha roças e paióis, que acabaram se transformando em pouso de viajantes e comerciantes. Partindo desse ponto, na tentativa de atravessar o rio Chopim (figura 06) encontraram terras férteis e rica fauna, voltando e ali se instalando mais tarde com as famílias (KRUGER, 2004).

Fig. 06: Travessia do rio Chopim.

Fonte: http://www.portalpatobranco.com.br/

Chamaram ao local primeiro Vila de Clevelândia, depois Vila Nova de Clevelândia e Vila Nova.

A expansão continuou com a vinda de agricultores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que inicialmente sofreram com a diferença da alimentação, já que não havia gado, as frutas, o trigo e o arroz com que estavam acostumados, e com o transporte a cavalo por matas virgens de araucárias. Em 1928 começou a demarcação dos lotes vendidos para os colonos, pelos engenheiros Francisco Gutierrez Beltrão e Carlos Coelho Júnior. (KRUGER, 2004).

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Até a década de 1930, a única atividade econômica era a extração da erva- mate, abundante e com bons preços no mercado argentino. A partir daí veio à agricultura, que cedeu lugar á criação de suínos, seguida do extrativismo da madeira.

Em 1951 foi criado o município de Pato Branco (figura 07), cuja instalação ocorreu em 14.12.1952. A área do município incluía os atuais municípios de Itapejara do Oeste, Verê, Dois Vizinhos, Mariópolis, Bom Sucesso do Sul e parte de Renascença (KRUGER, 2004).

Fig. 07: Municipio de Pato Branco, década de 50.

Fonte: http://www.portalpatobranco.com.br/

Na época de 50 a suinocultura era a cultura de subsistência, existiam apenas quatro lojas comerciais. Foi no fim da época de 1970 que Pato Branco conheceu o maior surto de progresso da sua historia. Os filhos dos moradores concluíam seus estudos nos grandes centros e voltavam. Intensificava a chegada de profissionais liberais. A cidade adquiriu aspecto urbano, tem suas ruas pavimentadas e arborizadas (KRUGER, 2004).

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Na década de 1990 desenvolveu-se o comércio, tornando-se a cidade pólo regional de comércio varejista.

2.3.2 Território e população

Distribuída num território de 577.684 km2, Pato Branco tem o IDH 0,849 - 34º do Brasil e 3° do Paraná, sua população é de 70.160 habitantes (IBGE-2009), sendo que 1.755 são, produtores com nota de produtor rural, município localizado na região Sudoeste do Paraná (figura 08).

Fig. 08: Localização de Pato Branco.

Fonte: http://media.photobucket.com/

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Fig. 09: Municipio de Pato Branco, 2010.

Fonte: http://www.portalpatobranco.com.br/

O município é um dos poucos do Sudoeste com taxa de crescimento populacional positiva, na faixa dos 1,86% anuais, coloca-se como a 34ª melhor cidade em qualidade de vida do Brasil, destacando-se na microrregião como um centro de serviços com ênfase nos setores da saúde e da educação (KRUGER, 2004).

2.3.3 Clima e solo

O Clima do município é subtropical úmido mesotérmico. Os verões são quentes, e com maior quantidade pluviométrica. O inverno vai de junho a agosto, sendo ás vezes muito rigoroso, com geadas e excepcionalmente com nevadas (figura 10) (KRUGER, 2004).

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Fig. 10: Municipio de Pato Branco, neve em 1965.

Fonte: http://www.portalpatobranco.com.br

As chuvas são bem distribuídas ao longo de todo ano, isto é, sem uma estação seca definida, mas com um verão, outono, inverno e primavera sensivelmente perceptíveis. O clima é também influenciado pela altitude moderada da região e também pela continentalidade (em razão da distância em relação ao litoral).

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3 CORRELATOS E OBRAS REFERENCIAIS

Dando maior contribuição a pesquisa realizada, foram selecionadas algumas obras, cujas análises ajudarão a solucionar os problemas arquitetônicos e criará subsídios necessários á elaboração do projeto.

As experiências passadas tornam-se grandes aliados para dar base ao projeto, ajudam a selecionar melhor as soluções a serem adotadas. Juntando experiências, é possível com criatividade e adaptação desenvolver um lugar que consiga “carregar” tamanha importância para a cidade e sua população (KRUPKOSKI, 2008, p.35).

3.1 Mercado Municipal de Curitiba

O Mercado Municipal de Curitiba está localizado na região central da cidade. O complexo é um quadrilátero formado pela Rua da Paz, Avenida Affonso Camargo, Rua General Carneiro e Avenida Sete de Setembro, localizado no bairro Jardim Botânico (figura 11).

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Fig. 11: Vista aérea do Mercado Municipal de Curitiba.

Fonte: http://www.mercadomunipaldecuritiba.com.br/

A primeira proposta para a construção de um mercado público para vender frutas e verduras em Curitiba, foi feita por volta de 1820. Porém, o primeiro mercado só começa a funcionar a partir de 1864 e após várias mudanças de endereço, em 1958, é inaugurado o Mercado Municipal, onde se encontra em atividade até hoje. O atual mercado foi criado na gestão de Ney Aminthas de Barros Braga que, em 1955, assina a Lei Municipal número 1.136 consolidando a criação do Mercado, o responsável pelo projeto arquitetônico foi o engenheiro Saul Raiz, depois prefeito de Curitiba, ficando o engenheiro Affonso Ives de Camargo Neto com a responsabilidade da obra (www.mercadomunicipaldecuritiba.com.br).

O mercado evoluiu, tornou-se abrangente em toda a área de alimentação e também expandiu-se para o setor de serviços. Hoje, anos depois de ter sido inaugurado, é uma instituição da cidade. Revitalizado em 2002 e com a renovação do espírito dos empreendedores, concentra lojas, boxes, restaurantes com produtos e serviços de qualidade (SGANZELA, 2005, p.09).

A obra foi construída com o intuito de liberar espaços internos. Para isso foi utilizada uma cobertura com estrutura metálica em forma de arcos (figura 12). As

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características iniciais da obra tiveram como influencia o estilo modernista com um toque Art Déco (MARCON, 2007, p.34).

Fig. 12: Acesso lateral pela Rua General Carneiro.

Fonte: http://www.mercadomunipaldecuritiba.com.br/

Das duas maiores reformas, a segunda teve o maior impacto. Realizada em 2002 com a reformulação total dos pavilhões, foram substituídas as bancas que vendem hortifrutigranjeiros, os boxes comerciais (figura 13), o piso, toda a parte hidráulica, rede de esgoto e pintura interna, além da instalação de uma praça de alimentação e um espaço cultural. O comércio varejista de alimentos, cereais, flores, etc., passaram a se localizar no pavilhão central que abrigava lanchonetes e restaurantes que foram transferidos para o segundo pavilhão conforme mostra nas plantas do mercado (figura 14 e 15) (www.mercadomunicipaldecuritiba.com.br).

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Fig. 13: Interior do Mercado após reformulação.

Fonte: http://www.mercadomunicipaldecuritiba.com.br/

Fig. 14: Planta térrea do Mercado.

Fonte: http://www.mercadomunicipaldecuritiba.com.br/

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Fig. 15: Planta superior do Mercado.

Fonte: http://www.mercadomunicipaldecuritiba.com.br/

De acordo com Marcon (2007, p.37-38), no segundo pavilhão, as características modernistas são mais perceptíveis, com formas mais ortogonais, porém, com cobertura em arcos. As janelas são dispostas em fita e o acesso possui uma laje em balanço.

Além de frutas, verduras e legumes, vindos de vários pontos do país e do mundo, o Mercado Municipal também têm, entre cerca de 300 boxes, floricultura, mercearias, utilidades domésticas, massas e molhos, calçados, carnes exóticas, cafés, aquários de peixes ornamentais e materiais de pesca, presentes e lembranças, confecções, bebidas, delicatessen, temperos e especiarias, açougues e peixarias. Oferece também serviços de sapataria, relojoaria, tabacaria, loteria e barbearia, entre outros (www.mercadomunicipaldecuritiba.com.br).

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3.2 Mercado Municipal do Rio de Janeiro

Idealizado desde 1891, teve os terrenos disponibilizados pelo prefeito Antônio Coelho Rodrigues em 1900. Contudo, foi apenas na administração reformadora de Pereira Passos, em 5 de julho de 1903, que o projeto de 12.500,00m2, do engenheiro Alfredo Azevedo Marques, teve suas obras iniciadas, sendo inaugurado em 14 de dezembro de 1907.

O mercado carioca era formado por vinte e quatro pavilhões dispostos em torno de um central, inscritos num quadrado de 150,00m por 150,00m, entrecortados por um conjunto de dezesseis ruas, reservadas as diagonais ao comércio ambulante (figura 16). O complexo era subdividido em aproximadamente setecentos compartimentos, com 24,00m2 cada, entre os diversos tipos de atividades comerciais (OLIVEIRA, 2006).

Fig. 16: Mercado Municipal do Rio de Janeiro.

Fonte: http://www.flickr.com/photos/lucypassos

O pavilhão central abrigava o comércio de flores e frutas, apresentando o entorno tratado paisagisticamente, com a introdução de árvores que lhe preservasse

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da exposição aos raios solares diretos. Nesta área sombreada, os transeuntes podiam se servir em pequenas mesas para degustação de comidas e bebidas.

As aberturas de acesso nas fachadas possuíam fechamentos com persianas corrediças de aço, limitando a entrada no mercado, quando fechado, que era feita apenas através dos portões principais (OLIVEIRA, 2006).

O patrimônio histórico e cultural da cidade foi demolido na década de 1950, para ocasião da construção do Viaduto da Perimetral (figura 17), mercado que foi considerado como a maior edificação em ferro, importada da Europa, erguida no território brasileiro.

Fig. 17: Foto aérea da Av. Perimetral.

Fonte: http://www.flickr.com/photos/lucypassos

Avenida Perimetral ou elevado da Perimetral é parte de um grande conjunto de viadutos que ligam a Avenida Brasil ao Aterro do Flamengo. É uma obra do

Governador Negrão de Lima da década de 50

(http://www.flickr.com/photos/claudiolara).

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3.3 Mercado Municipal Paulistano

O Mercado Municipal Paulistano (Figura 18) é uma referência quando o assunto são mercados, pois é conhecido nacional e internacionalmente pela comercialização de produtos das mais variadas regiões e países e pelo ambiente carregado de historia que o prédio monumental oferece (KRUPKOSKI, 2008, p.35).

Fig. 18: Mercado Municipal Paulistano.

Fontehttp://sampa-place.blogspot.com

Projeto do escritório Ramos de Azevedo, construído entre 1926 a 1932, bem ao lado do Rio Tamanduateí, o que possibilitava a presença dos barcos com produtos vindo das chácaras. Em 25 de janeiro de 1933, às margens do rio Tamanduateí, numa área de 12,600m2, ele foi inaugurado, quando São Paulo contava com uma população de um milhão de habitantes.

(www.mercadomunicipal.com.br).

O estilo eclético foi adotado para o projeto que tem como características o uso de fachadas sólidas, com colunas internas e externas em estilo grego, jônico ou dórico, telhas de vidros, clarabóias e vitrais (figura 19). Tudo isso foi utilizado

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transformando os vitrais em verdadeiros retratos da produção agrícola da época (KRUPKOSKI, 2008, p.35).

Fig. 19: Vista interna do Mercado Municipal Paulistano.

Fontehttp://sampa-place.blogspot.com

Nos seus 12.600m2, o mercado abriga 291 boxes (figura 20), 1.600 funcionários e movimenta por dia 350 toneladas de alimentos, recebendo em média 14 mil visitantes todos os dias. É visto como o mais tradicional ponto “gourmet” da cidade de São Paulo.

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Fig. 20: Planta geral do Mercado.

Fontehttp://sampa-place.blogspot.com

A diversidade étnica e cultural existente na cidade de São Paulo é evidenciada no Mercado Municipal, tornando-o protagonista do gênero na cidade, o local se tornou uma espécie de elo entre classes sociais, o que é uma grande vantagem para a própria população, pois une pessoas que usufruem de variados tipos de comércio em apenas um local (KRUPKOSKI, 2008, p.35)

3.4 Aeroporto Internacional de Wuxi – China

O privilégio de desenvolver o primeiro projeto brasileiro para um aeroporto na China coube ao arquiteto Sérgio Parada, que tem escritório em Brasília, ele é o responsável pelo desenho do aeroporto internacional de Wuxi (figura 21 e 22), cidade de cerca de 4,5 milhões de habitantes na província de Jiangsu, leste da China (www.arcoweb.com.br).

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Fig. 21: Aeroporto Internacional de Wuxi.

Fontehttp://www.arcoweb.com.br

Fig. 22: Vista interna do Aeroporto Internacional de Wuxi.

Fontehttp://www.arcoweb.com.br

Conceitualmente, o projeto pertence à tendência de tratar os aeroportos como grandes portais de acesso às cidades. “Eles deixaram de serem edifícios intermodais de transporte e passaram a ter conteúdo programático com maior abrangência de atividades e serviços”. Nesse sentido, o desenho do novo terminal de passageiros, procura mostrar a comunidade chinesa e internacional o seu significado para a cidade (www.arcoweb.com.br).

O terminal de passageiros, que tem papel crucial nesse aspecto, é composto por 12 grandes guarda-chuvas metálicos (figura 23), caracterizados como módulos

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estruturais da cobertura e também distribuidores dos serviços. Esses módulos quadrados, com 37,50 metros de lado, estão agrupados em duas linhas de seis unidades, intercaladas por rasgos de 2,50 metros, que permitirão a entrada de iluminação natural.

Fig. 23: Detalhe dos guardas-chuvas metálico.

Fontehttp://www.arcoweb.com.br

A linguagem mais simples da cobertura é alternativa plástica ao rebuscamento que acabou por se tornar quase um clichê nos aeroportos internacionais construídos recentemente. O desenho derivado dos guarda-chuvas é um dos fatores que levou seu projeto a ser escolhido na competição da qual participou (www.arcoweb.com.br).

3.5 Espaço Cultural José Lins do Rego

Espaço Cultura José Lins do Rego, projeto do Arquiteto Sérgio Bernardes, executado em João Pessoa – Paraíba com 50.000,00m2 (figura 24).

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A definição desse edifício para a cidade teria como objetivo geral: Existir um Espaço Cultural como ponto de encontro do povo paraibano, onde a festa de espírito é que importa desde a literatura de cordel aos romancistas mais apurados, desde o Bumba-meu-boi aos concertos de música erudita (http://arqpb.blogspot.com).

Fig. 24: Fachada do Espaço Cultural José Lins do Rego.

Fontehttp://arqpb.blogspot.com

A Asa Branca do Nordeste Brasileiro protegendo seu povo foi o conceito para sua cobertura, formando uma grande praça pública, só que protegida (figura 25).

Fig. 25: Praça pública coberta.

Fontehttp://arqpb.blogspot.com

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A cultura, os acontecimentos, as manifestações culturais, caracterizam-se pela sua formulação mais ou menos viva. Pois não existe passividade em cultura, mas se exigem reflexão, os espaços serão mais resguardados se propõe manifestação, exibição, são menos limitados, mais abertos convidando a espontaneidade.

Fig. 26: Detalhe da treliça espacial.

Fontehttp:// www.caciomurilo.com.br

Para atingirem seus locais de manifestação, estudo ou reflexão, rampas com declividade suave fazem as ligações à Praça Pública integrando-se ao conjunto de um todo unido. Descendo suavemente da grande superfície de proteção as platéias do auditório – Centro de Convenções – e do Teatro aterrissam suavemente na Praça Pública. Os espaços sugestionam automaticamente a que sejam convividos por todos, qualquer que seja o grau de desenvolvimento do seu intelecto (http://arqpb.blogspot.com).

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3.6 SÍNTESE DOS CORRELATOS E OBRAS REFERENCIAIS

Os mercados e as obras pesquisadas possuem características parecidas entre si, várias soluções foram usadas para maximizar o conforto térmico no seu interior, uso de clarabóias, cúpulas em vidros ou materiais translúcidos eram usados, permitindo assim a iluminação de seus ambientes, o uso de estruturas metálicas vencendo maiores vãos, etc.

O Mercado Municipal de Curitiba começou a ser construído em 1956 sendo entregue em 1958. De 1900 a 1930, a arquitetura brasileira passou por uma fase sem originalidade adotando o ecletismo como meio de esconder a falta do novo. Em 1945, o movimento modernista começou a despontar e o Mercado de Curitiba absorveu algumas de suas características sem deixar o passado de lado como se pode perceber no uso do estilo Art Déco. Na sua concepção, teve a intenção de liberar os espaços internos, utilizando uma cobertura metálica em formas de arcos.

O segundo pavilhão possui fachada voltada para o modernismo com formas ortogonais e marcada pelas janelas expostas horizontalmente, seguindo um ritmo, e uma laje em balanço dando função de marquise muito comum em edifícios modernistas.

Já o Mercado Municipal do Rio de Janeiro, é ressaltado pela grandiosidade dos quatro pavilhões que era formado disposto em torno de um central, inscritos num quadrado de 150,00m por 150,00m, entrecortados por um conjunto de dezesseis ruas.

A grandiosidade do Mercado Municipal Paulistano é um retrato da época em que foi construído onde foi adotado seu estilo eclético. O uso de fachadas sólidas, com colunas internas e externas em estilo grego, jônico ou dórico, telhas de vidros,

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clarabóias e vitrais. A diversidade étnica e cultural existente na cidade de São Paulo é evidenciada no Mercado Municipal, tornando-o protagonista do gênero na cidade.

O Aeroporto Internacional de Wuxi – China, projetado pelo arquiteto Sérgio Parada, se destaca pela solução da cobertura. O desenho derivado de um guarda- chuva caracterizado como módulos estruturais e também distribuidores de serviço, são agrupados em linhas e intercalados por rasgos, que permitem a iluminação natural.

A definição do edifício Espaço Cultural José Lins do Rego é que a cidade tenha um ponto de encontro para o povo. Construído em João Pessoa – Paraíba, projetado pelo arquiteto Sérgio Bernardes, seu conceito foi para a cobertura onde formasse uma grande praça pública, só que protegida.

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4 DIRETRIZES PROJETUAIS PARA O 10º PERÍODO

Para Zevi (1996), existem cinco maneiras de se articular uma critica a um determinado monumento: análise urbanística; análise arquitetônica; análise volumétrica; análise dos elementos decorativos; e análise da escala.

Com base na referência teórica, as diretrizes e análises estão descritas nos próximos subtítulos.

4.1 ASPECTOS URBANÍSTICOS E DEMAIS LEGISLAÇÕES

A área destinada á proposta projetual do Mercado Público fica entre a Rua Tapajós, Rua Tapejara e Travessa do Esperanto (anexo 01). O terreno é de propriedade da Prefeitura Municipal de Pato Branco, onde antigamente funcionava a garagem da prefeitura, mas com a expansão do município, o local ficou impróprio, já que se encontrava no centro da cidade.

De acordo com a consulta obrigatória de viabilidade para elaboração de projeto (anexo 02), a área pode ser edificada para fins de comércio e serviços gerais, com taxa de ocupação máxima de 55% e com altura máxima de 8 pavimentos.

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4.2 CARACTERIZAÇÃO DO SÍTIO DE INTERVENÇÃO

O terreno com 8.800,00 metros quadrados, sendo 100 metros de comprimentos e 88 metros de largura (figura 27) está sobre uma vegetação rasteira em um platô de 99m por 85m, já que existe um declive de 5m com inicio na Rua Tapajós e término na Rua Tapejara (figura 28). O terreno escolhido para a proposta localiza-se na área central oeste da cidade de Pato Branco, Bairro Bortot. Possui três frentes: a principal voltada a Rua Tapajós (Nordeste), Rua Tapejara (Sudoeste) e Travessa do Esperanto (Sudeste).

Fig. 27: Planta esquemática do terreno.

FontePrópria do autor

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Fig. 28: Volumetria do terreno.

FontePrópria do autor

Conforme mostra a imagem via satélite (figura 29), o terreno ainda possui ruínas sem valor simbólico para a cidade, construções do antigo uso da garagem da Prefeitura. Hoje o terreno encontra-se abandonado em uma região nobre da cidade (figura 30, 31, 32 e 33), visando que a implantação do Mercado é uma intervenção urbana com fins de melhorar e incentivar o desenvolvimento local, onde pretende ser um local de identidade para a cidade.

Fig. 29: Imagem do terreno via satélite.

Fonte Google Earth

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Fig. 30: Testada para a Rua Tapajós. Fig. 31: Área a ser implantado o Mercado.

FontePrópria do autor FontePrópria do autor

Fig. 32: Testada para a Rua Tapejara. Fig. 33: Vegetação rasteira do terreno.

FontePrópria do autor FontePrópria do autor

Distam aproximadamente 600 metros da rodoviária municipal, 900 metros da igreja matriz e 100 metros da Avenida Tupi, que é a principal do município.

4.3 CONCEITUAÇÃO E PARTIDO

O projeto do Mercado Público pretende criar um espaço capaz de abrigar todas as diferentes culturas que formam a cidade, sendo um ponto de encontro de pessoas, seja para fazer compras, ou para manifestações artísticas e culturais, fazendo o papel de aglutinador, unindo todas as classes em um só lugar.

Para Lerner (2005, p.61), a cidade é um cenário de encontro e o Mercado proporcionaria isso dando-lhe mais vida. “Uma boa acupuntura é ajudar a trazer

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gente para a rua, criar pontos de encontro e, principalmente, fazer com que cada função urbana catalise bem o encontro entre as pessoas” (LERNER, 2005, p.47).

A proposta pela cidade: tornar-se ponto de referencia, e difusor da cultura local, responsável pelo desenvolvimento da região; e pelo lado arquitetônico, criar uma identidade para o local e para toda a região, através de um estilo contemporâneo, unindo a arquitetura flexível com estrutura metálica.

A concepção projetual para o Mercado Público privilegiou uma arquitetura voltada à natureza. Para tal, tornou-se a escolha de um sistema construtivo modular pré-fabricado, voltado a uma arquitetura flexível, que atenda as necessidades atuais e podendo mudar conforme as que surgirão no futuro.

O sistema ideal escolhido foi a que remeteu a imagem metafórica de uma árvore, tendo como referencia a obra do Arquiteto Antoni Gaudi, na obra Sagrada Família, em Barcelona Espanha (figura 34).

Fig. 34: Concepção dos pílares da Sagrada Familia.

Fonte Instituto Tomie Ohtake

A árvore deu embasamento à estrutura, onde a copa deu forma à cobertura e seus troncos aos pilares (figura 35).

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Fig. 35: Concepção dos pílares.

Fonte Própria do autor

A estrutura metálica de 16m x 16m (figura 36), é uma treliça espacial, onde seus vãos são de 1m x 1m. Na cobertura optou-se por telhas de aço termo acústicas, e os pilares com tubos e perfis de aço de alta resistência.

A cobertura fará a captação de água pluvial através de um condutor central no módulo, onde a água poderá ser utilizada para uso geral do prédio.

Fig. 36: Estrutura espacial.

Fonte Própria do autor

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Por se tratar de um sistema modular, após ser interligado a outro, funcionará como um único conjunto. Uma das características projetual relevante é a questão dos aspectos bioclimáticos envolvidos na concepção (figura 37). Entre um módulo e outro, um rasgo de 3 metros protegido por vidro, que alem de permitir a entrada de luz natural, irá definir os caminhos internos do mercado.

Fig. 37: Corte esquemático.

Fonte Própria do autor

O conforto ambiental será respeitado através de uso de ventilação cruzada, quanto do efeito “chaminé”.

No fechamento dos vãos da edificação, alem da alvenaria tradicional, empregou-se vidro e grandes lajes em concreto atirantado, que além de servir como piso para a área de gastronomia no segundo pavimento, servirá como cobertura para as salas internas.

A linguagem arquitetônica foi instituída de acordo com as potencialidades do terreno. O acesso principal será pela Rua Tapajós onde o nível do terreno esta alinhado com a rua. A entrada de veículos será pela Rua Tapejara, onde será

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