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z = R exp (iθ) Re (z) = R cos θ. dz = ir exp (iθ) dθ ir exp (iθ) R cos θdθ 1 + cos 2θ

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Academic year: 2022

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Texto

(1)

Neste caso, temos, paraC1,sendo z = Rexp (iθ)

= Rcosθ+iRsenθ, vemos que

Re (z) = Rcosθ.

Então, sendo

dz = iRexp (iθ)dθ e, portanto,

ˆ

C1

dzRe (z) = ˆ

0

iRexp (iθ)Rcosθdθ

= iR2 ˆ

0

cos2θdθ−R2 ˆ

0

senθcosθdθ

= iR2 ˆ

0

1 + cos 2θ 2 dθ−1

2R2 ˆ

0

sen2θdθ

= iR2π.

Ao longo deC2,temos:

ˆ

C2

dzRe (z) = ˆ π

0

iRexp (iθ)Rcosθdθ

= iR2 ˆ π

0

cos2θdθ−R2 ˆ π

0

senθcosθdθ

= iR2 ˆ π

0

1 + cos 2θ 2 dθ−1

2R2 ˆ π

0

sen2θdθ

= iR2π 2.

E no caso de C3, obtemos os seguintes resultados para cada reta. Para C3a

usamos

z = (1−τ)R+iτ R e

Re (z) = (1−τ)R,

(2)

dando

ˆ

C3a

dzRe (z) = (−1 +i)R2 ˆ 1

0

(1−τ)dτ

= (−1 +i)R2

1−1 2

= i−1 2 R2. ParaC3b usamos

z = −τ R+i(1−τ)R e

Re (z) = −τ R.

Obtemos, então, ˆ

C3b

dzRe (z) = (1 +i)R2 ˆ 1

0

τ dτ

= (1 +i)R21 2

= 1 +i 2 R2. Logo,

ˆ

C3a+C3b

dzRe (z) = i−1

2 R2+1 +i 2 R2

= iR2.

Um resultado importante para integrais complexas

Suponha que em uma curvaC no plano complexo uma funçãof(z)seja tal que

|f(z)| 6 M,

para todos os pontos deC.O valorM é um limitante superor de|f(z)|.Então, podemos ver que

ˆ

C

f(z)dz 6

ˆ

C

|f(z)| |dz|

6 M ˆ

C

|dz|

= M L, onde

L ≡

ˆ

C

|dz|

é claramente o comprimento da curvaC.

(3)

Teorema de Cauchy

Vamos demonstrar o teorema de Cauchy: se uma funçãof(z)é analítica ef0(z) é contínua em cada ponto de uma regiãoRdo plano complexo e na fronteiraC deR,então temos que

˛

C

f(z)dz = 0.

Vamos usar o teorema de Stokes e as condições de Cauchy & Riemann para demonstrar o teorema de Cauchy. Para isso, escrevemos a funçãof(z)como

f(z) = u(x, y) +iv(x, y), com

z = x+iy.

Consideremos agora uma função vetorial dada por:

F(r) ≡ Fxˆx+Fyˆy.

Sobre uma curva no planoxy,temos

dr = ˆxdx+ˆydy.

Pelo teorema de Stokes temos:

˛

C

F·dr = ˆ

R

d2rˆz·(∇ ×F). Mas,

F·dr = Fxdx+Fydy e

ˆ

z·(∇ ×F) = ∂Fy

∂x −∂Fx

∂y . Sendo assim, o teorema de Stokes pode ser reescrito como

˛

C

(Fxdx+Fydy) = ˆ

R

d2r ∂Fy

∂x −∂Fx

∂y

.

Vamos usar esse resultado no caso da integral def(z)acima. Podemos reescr- ever a integral complexa que queremos calcular como:

˛

C

f(z)dz =

˛

C

[u(x, y) +iv(x, y)] (dx+idy)

=

˛

C

[u(x, y)dx−v(x, y)dy]

+i

˛

C

[u(x, y)dy+v(x, y)dx].

(4)

Usando o teorema acima tanto na parte real como na parte imaginária desta integral complexa, obtemos:

˛

C

f(z)dz = ˆ

R

d2r

−∂v(x, y)

∂x −∂u(x, y)

∂y

+i ˆ

R

d2r

∂u(x, y)

∂x −∂v(x, y)

∂y

. As condições de Cauchy & Riemann são:

∂u(x, y)

∂x = ∂v(x, y)

∂y e

∂v(x, y)

∂x = −∂u(x, y)

∂y . Portanto, a integral acima dá:

˛

C

f(z)dz = ˆ

R

d2r

∂u(x, y)

∂y −∂u(x, y)

∂y

+i ˆ

R

d2r

∂v(x, y)

∂y −∂v(x, y)

∂y

= 0, que é o que queríamos demonstrar.

(5)

Para mostrar isso basta usarmos o teorema de Cauchy:

˛

C

f(z)dz = 0, que, neste caso, ca:

˛

C2

f(z)dz+

˛

−C1

f(z)dz = 0,

onde−C1 é a mesma curva acima, C1, mas percorrida no sentido inverso. No entanto, é evidente que, invertendo o sentido,dz troca de sinal e obtemos:

˛

−C1

f(z)dz = −

˛

C1

f(z)dz.

Logo,

˛

C2

f(z)dz−

˛

C1

f(z)dz = 0, ou seja,

˛

C2

f(z)dz =

˛

C1

f(z)dz.

(6)

Novamente, podemos seguir os sentidos das curvas do desenho e escrever:

˛

C

f(z)dz+

˛

C1

f(z)dz+

˛

γ

f(z)dz+

˛

C2

f(z)dz = 0, isto é,

˛

C

f(z)dz+

˛

C1

f(z)dz+

˛

γ

f(z)dz−

˛

C1

f(z)dz = 0,

já que, obviamente, no limite em queC1tende a car sobreC2,por percorrerem sentidos diferentes e os valores da função nesses pontos serem os mesmos, já que a função é analítica, segue que

˛

C1

f(z)dz+

˛

C2

f(z)dz = 0.

Então,

˛

C

f(z)dz+

˛

γ

f(z)dz = 0, ou seja,

˛

C

f(z)dz = −

˛

γ

f(z)dz.

Se, por outro lado, trocarmos

γ → −γ, obtemos:

˛

C

f(z)dz = −

˛

−γ

f(z)dz

=

˛

γ

f(z)dz,

que é o que o livro-texto arma, mas desenha o sentido deγao contrário. Nesta versão, a gura acima devia mostrar −γ ao invés de γ e aqui, nesta última equação,γpercorre o sentido anti-horário e não o horário, como na gura acima.

A fórmula integral de Cauchy

Sef(z)é analítica em uma curva fechadaC e dentro da região cuja fronteira é a curvaC,então, para um pontoz0 dentro dessa região, vale a fórmula integral de Cauchy:

f(z0) = 1 2πi

˛

C

f(z) z−z0

dz.

(7)

Podemos olhar para uma pequena circunferência Cε de raio εcentrada emz0. Então, o integrando acima, isto é,f(z)/(z−z0),é uma função analítica tanto emCcomo emCεe entre essas duas curvas fechadas. Vamos usarθcomo sendo o parâmetro da curvaCεassim:

z = z0+εexp (iθ). Então,

dz = iεexp (iθ)dθ

e ˛

C

f(z) z−z0dz =

˛

Cε

f(z) z−z0dz

= ˆ

0

f(z0+εexp (iθ)) z0+εexp (iθ)−z0

iεexp (iθ)dθ

= ˆ

0

f(z0+εexp (iθ))idθ.

Como a funçãof(z)é analítica emz0,segue que

ε→0limf(z0+εexp (iθ)) = f(z0), não importando o valor deθ.Com isso, vemos que

˛

C

f(z) z−z0

dz = ˆ

0

f(z0)idθ

= f(z0)i ˆ

0

= 2πif(z0), ou seja,

f(z0) = 1 2πi

˛

C

f(z) z−z0

dz, como queríamos demonstrar.

Vamos agora demonstrar a desigualdade de Cauchy.

Comecemos com a primeira derivada. Então, f0(z0) = lim

∆z→0

f(z0+ ∆z)−f(z0)

∆z

(8)

= 1 2πi lim

∆z→0

1

∆z

˛

C

f(z)

z−z0−∆zdz−

˛

C

f(z) z−z0

dz

= 1

2πi lim

∆z→0

1

∆z

˛

C

f(z)

1

z−z0−∆z − 1 z−z0

dz

= 1

2πi lim

∆z→0

1

∆z

˛

C

f(z)

z−z0−z+z0+ ∆z (z−z0−∆z) (z−z0)

dz

= 1

2πi lim

∆z→0

˛

C

f(z) 1

(z−z0−∆z) (z−z0)dz

= 1

2πi

˛

C

f(z) (z−z0)2dz.

Repetindonvezes este procedimento, obtemos:

f(n)(z0) = n!

2πi

˛

C

f(z) (z−z0)n+1dz.

Agora podemos escrever:

f(n)(z0) =

n!

2πi

˛

C

f(z) (z−z0)n+1dz

6 n!

˛

C

f(z) (z−z0)n+1dz

= n!

˛

C

|f(z)|

|z−z0|n+1|dz|

6 M n!

˛

C

1

|z−z0|n+1|dz|. ComoC é uma circunferência de raioR centrada emz0,segue que

f(n)(z0)

6 M n!

2πRn+1

˛

C

|dz|

= M n!

2πRn+12πR e, portanto,

f(n)(z0)

6 M n!

Rn , como queríamos demonstrar.

(9)

Séries de Taylor e de Laurent

Sef(z)é analítica dentro e sobre uma circunferênciaCcentrada no pontoz0 e zestá dentro da região englobada porC,então

f(z) =

X

n=0

f(n)(z0)

n! (z−z0)n. Para demonstrar este resultado, sabemos já que

f(z) = 1 2πi

˛

C

f(z0) z0−zdz0. Podemos escrever:

1

z0−z = 1

z0−z0+z0−z

= 1

(z0−z0)

1−zz−z0−z00

.

Como, por hipótese,zestá dentro da região englobada porC,segue que

|z−z0| < |z0−z0|,

poisz0 está sobre a circunferênciaC.E é por isso que precisamos sempre supor queC é uma circunferência aqui, onde a série de Taylor converge para todos os pontosz dentro da região englobada por C.Logo, não há problema algum em notar que

1 1−zz−z0−z00

=

X

n=0

z−z0

z0−z0 n

.

Para ver isto, basta notarmos que, sendo ξ ≡ z−z0

z0−z0

,

sabendo que

|ξ| < 1, podemos escrever:

(1−ξ)

X

n=0

ξn =

X

n=0

ξn−ξ

X

n=0

ξn

=

X

n=0

ξn

X

n=0

ξn+1

(10)

=

X

n=0

ξn

X

n=1

ξn

= 1 +

X

n=1

ξn

!

X

n=1

ξn

= 1 +

X

n=1

ξn

X

n=1

ξn

!

= 1.

Logo,

X

n=0

ξn = 1

1−ξ

= 1

1−zz−z0−z00

.

Com isso,

f(z) = 1 2πi

˛

C

f(z0) (z0−z0)

1−zz−z0−z00

dz0

= 1

2πi

˛

C

f(z0) (z0−z0)

X

n=0

z−z0

z0−z0

n

dz0

=

X

n=0

"

1 2πi

˛

C

f(z0) (z0−z0)n+1dz0

#

(z−z0)n

=

X

n=0

f(n)(z0)

n! (z−z0)n, como queríamos demonstrar.

Teorema da identidade

Vamos seguir o livro e escrever

h(z) = f(z)−g(z).

Assim, sez∈S,vemos queh(z) = 0.Nós precisamos cobrir toda a regiãoRcom círculos de todos os tamanhos, de forma que todos os pontos deR pertençam a algum desses círculos. Agora podemos pensar nos círculos que tenham pontos tanto emRcomo em sua subregiãoStambém. Para um desses círculos, vamos pegar agoraz0∈Sez∈R−S.Comoh(z)é analítica emR,segue que podemos

(11)

expandirh(z)em série de Taylor em torno dez0, isto é,

h(z) =

X

n=0

h(n)(z0)

n! (z−z0)n.

Comoz0∈S, já sabemos queh(z0) = 0e, portanto, por serh(z)analítica em torno dez0 dentro ainda de S, lá temos que ter todas suas derivadas nulas e, portanto,

h(z) = 0

em todos os pontos do círculo que estávamos considerando. Agora podemos incluir como a região ondeh(z) = 0não sóS, mas a união deS com o círculo mencionado. Vemos, portanto, que procendendo de forma análoga podemos mostrar queh(z) se anula em toda a região R. Este resultado é chamado de teorema da identidade.

Referências

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