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(1)

Clara Nunes Correia

L Ponto de partida

Os estudos de lingüística, ao mesmo tempo que descrevem e

ana-lisam as formas disponíveis em cada sistema, assentam essa descrição

em propostas metateóricas de forma a delimitar uma compreensão

sobre o funcionamento das línguas naturais. Ao definir um conjunto

de hipóteses, a lingüística constrói os mecanismos abstractos que

regulam a produção e o reconhecimento de formas.

No quadro teórico onde me situo (Teoria Formal Enunciativa,

doravante TFE) entende-se a actividade da linguagem como uma

acti-vidade de produção e de reconhecimento de formas lingüísticas. A

partir da sub-teoria dos níveis de representação metalinguística

pro-põe-se um modelo de descrição dos factos da língua assumindo-se que

o nível textual - ou lingüístico - é representante de um primeiro nível

a que o lingüista não tem directamente acesso: o nível nocional. Será

neste nível que às noções - feixes de propriedades físico-culturais - se

associam as operações que se evidenciarão no nível textual como

mar-cas gramaticais pertinentes.

A diversidade de formas que podem ser apreendidas nos textos

leva a que se associe à formalidade da sequencialidade das formas

lin-güísticas uma não linearidade dos efeitos de sentido que a interrelação

das formas desencadeia (Robert 1997: 25) Esta constatação toma-se

(2)

evidente quando se analisam algumas questões que se prendem com a

construção de categorias gramaticais como a determinação nominal.

Na literatura sobre a determinação nominal existem descrições de

línguas que possuem formas diferenciadas de marcação de

determina-ção. Assim, línguas como o português, o francês, o italiano e o inglês

utilizam diferentes classes de determinantes (artigos definidos,

indefi-nidos, determinante 0, partitivo, numerais, possessivos,

demonstrati-vos,. ..) como marcas de determinação nominal. As línguas sem artigo,

como o japonês, o coreano ou o mandarim, evidenciam a

determina-ção nominal através de classificadores, ou através da ordem das

pala-vras, ou, ainda, através de processos morfológicos como a sufixação

ou a prefixação.

Se se tiver em conta esta pluralidade de formas de marcação de

determinação nominal pode-se dizer que a importância da

diferencia-ção classificatória dos determinantes em classes é praticamente nula.

A análise tradicional da determinação, incidindo sobre as classes de

determinantes, prende-se, de uma maneira geral, com uma visão de

classificação superficial de unidades que só é estabilizada a partir da

definição de operações subjacentes a cada uma dessas marcas.

A proposta teórica-metodológica onde se baseia este trabalho

parece, assim, suportar a hipótese de que mais pertinente do que

dis-cutir as classificações tradicionais, é mostrar os valores das diferentes

formas que a determinação nominal manifesta nas diferentes línguas,

aceitando-se que, quando existentes, os determinantes são marcadores

de operações.' Deste modo, a análise lingüística da determinação

nominal terá que "(...) optar pela construção de um modelo de análise

construído a partir de observações teorizadas da descrição minuciosa

de diferentes línguas. Dever-se-á estudar as propriedades gerais,

inde-pendentes das condições locais, os sistemas operatórios para além da

diversidade dos marcadores (...)". (Culioli 1976: 36)

Se se entender que a determinação nominal é definida a partir de

"um conjunto de operações elementares" (Culioli [1975] 1999: 38)

verifica-se que o valor dos determinantes, em qualquer língua,

ultra-passa a diferença morfológica aceite tradicionalmente entre artigos (ou

determinantes)^ definidos e indefinidos, demonstrativos ou outros.

* "(•••) a linguagem, enquanto actividade significante de representação, só é acessível através dos textos, isto é, do agenciamento de marcadores: estes agenciamentos são as marcas das operações" (Cuholi 1976: 36).

(3)

Para a TFE as operações de identificação-qualitativa (fléchage), e

de extracção são as operações centrais para a análise da determinação

nominal, encontrando-se em Culioli definidas estas operações tendo

em conta que "(...) o objectivo [de uma definição preliminar de

ope-rações fundamentais que incidem sobre as categorias de determinação

e de quantificação / qualificação] é o de se mostrar como, a partir da

observação, (...) se pode construir uma categoria gramatical (no

sen-tido de produzir uma representação metalinguística explícita), sem nos

fixarmos na definição ou de determinantes produtivos numa

determi-nada língua, como acontece, por exemplo, com o conceito de 'artigo

definido', ou de operadores lógicos, tais como o operador 'iota'

(Rus-sel) ou 'epsilon' (Hilbert e Bemays). (...)" (Culioli [1975] 1999: 38).

2. Os determinantes em português europeu: um caso de estudo

2.1. a operação de determinação e os operadores de determinação

Na análise da distribuição dos determinantes nominais em

portu-guês verifica-se que, à semelhança do que acontece nomeadamente

com a generalidade das línguas românicas, os determinantes se

agru-pam em classes morfológicas cuja função será a de especificar o

Nome. As classes de artigos definidos, indefinidos, numerais,

demons-trativos, possessivos, interrelacionam-se com os diferentes Ns,

apre-sentando no português uma distribuição constante, e definindo

algu-mas restrições nos enunciados onde ocorrem^:

a) os SNs que ocorrem quer em enunciados genéricos, quer em

enunciados específicos apresentam-se, de uma forma aparentemente

indiferente, com qualquer determinante (definido, indefinido, 0...)

(1) Um homem não chora/O homem chegou à lua/Vi um homem no jardim/Vi o homem no jardim/Vi homens no jardim/ Homens são homens

3

literatura, encontra-se sistematicamente esta oposição. Para autores como Prado Ibán (1993) ou Vater (1986) o conceito de determinante está ligado a uma classe e o conceito de 'artigo' a uma sub-classe de determinantes. Anscombre (1986a) e (1986b), por seu lado, refere que o 'determinante' é uma categoria da Estmtura Profunda de uma dada língua, enquanto que o artigo é a marca de superfície dessa categoria.

(4)

b) os numerais ocorrem preferencialmente com nomes discretos,

mas podem coocorrer também com nomes não-discretos, em

contex-tos muito restricontex-tos:

(2) Tenho duas casas / Ontem bebi duas águas / Tive duas alegrias

quando o encontrei

c) os demonstrativos

este/ esse/ aquele

não coocorrem, regra

geral,

com

o ou

um:

(3) Vês esta casa? / Essa alegria é contagiante / Aquele livro é

inte-ressante

d) os indefinidos (ou quantificadores), como

outro,

podem

coo-correr com qualquer determinante

(4) Um outro caso de estudo é o caso das baleias / O outro rapaz

che-gou atrasado / Dá-me outro livro da estante.

e) os possessivos coocorrem com os demonstrativos e com os

artigos definidos. Exceptuam-se os casos de enunciados com SNs

vocativos em que os possessivos podem ocorrer sem qualquer

deter-minante:

(5) Esta tua proposta é um desastre / Ouvi o teu cão ladrar / Meu

filho!

Ao dar-se conta da diversidade de exemplos como os

apresenta-dos acima, pretende-se, a partir apresenta-dos determinantes em presença,

reconstruir as operações de determinação nominal, tendo sempre

pre-sente a totalidade do enunciado onde os determinantes ocorrem.

Assim, se se partir do exemplo clássico:

(6) Comprei um livro. O livro tinha a capa rasgada.

(5)

(i)

um é

a marca da operação de extracção. Neste caso o operador

Qnt é preponderante em relação a Qlt.

(ii)o artigo definido é a marca da operação de identificação

qua-litativa. - o operador qualitativo Qlt é activado, sendo

prepon-derante em relação ao operador quantitativo (Qnt);

Reafirmando-se o princípio teórico de que nos textos não há

ter-mos isolados, através do localizador abstracto

(e_),

as ocorrências da

noção /livro/, determinadas quer pelo indefinido

um,

quer pelo

defi-nido

o,

são o resultado de uma localização em relação à Situação de

Enunciação. A análise proposta para o português é válida para todas as

línguas, mesmo as que não possuem a marca morfológica de

determi-nante.

2.2. o determinante

0

Quando se observam textos do português europeu é freqüente

verificar-se que existe a possibilidade da ocorrência de SNs sem

determinante. Essa ausência de marca foneticamente realizada tem

sido tratada na literatura apenas como uma ausência de determinante.

As gramáticas omitem a sua existência analisando os casos em que

não há determinante expresso como omissão dos artigos (definidos,

indefinidos, ou do partitivo), ou dão conta da sua existência como

determinante de Ns que ocorrem em casos especiais (títulos de jomais,

'expressões fixas', provérbios etc).

No entanto a análise dessa hipótese parece levar a alguns

parado-xos, sobretudo quando não é totalmente clara a razão que suporta essa

intersubstituição, ou o privilégio desses casos especiais. Assim, e por

defender que a ausência de marca foneticamente realizada é

represen-tante de operações diferenciadas das operações que outros

determi-nantes representam, proponho-me, neste ponto do trabalho, encontrar

os valores dessa não realização, procurando mostrar a inevitabilidade

de se acrescentar à lista dos determinantes do português um novo

determinante - o determinante 0.

Os exemplos

(7 a) Fernando Pessoa marcou a poesia portuguesa / Leio Fernando

Pessoa com prazer

(6)

(1

c) Chegam aviões a toda a hora

(7 d) Comi bolo ao almoço / Comi bolos ao almoço

(7 e) Perdi livros pelo caminho

ajudam-nos a verificar que, apesar de o estudo deste determinante não

ter sido considerado nas gramáticas do português europeu, parece

evi-dente que a 'ausência' de um determinante a anteceder os Ns em

dife-rentes enunciados, merece um estudo que ultrapasse a constatação da

sua não-existência.

A delimitação da existência (e do valor) do determinante 0 deverá

ser feita tendo em conta propostas que partam de hipóteses

consisten-tes de aceitação de um determinante, que sem ter realização fonética,

possa interferir na construção do valor referencial dos SNs, definidos

como sintacticamente simples."* É esta, por exemplo, a posição de

Anscombre (1990), que defende para o francês a existência de um

determinante 0.^

Na perspectiva enunciativa, o seu valor advém-lhe, por um lado,

das operações de determinação e, por outro, da operação de localização

abstracta que localiza cada enunciado com os parâmetros enunciativos

(So e To): "(•••) ^ ausência de marca é o vestígio (...) da forma como o

enunciador pode escolher a localização dos objectos lingüísticos em

relação quer ao contexto, quer à Situação de Enunciação tendo em

conta as restrições impostas ao nível da relação predicativa

[subja-cente a cada enunciado] (...)" (Mazodier 1997: 98).

Se tomarmos como referência alguns trabalhos desenvolvidos,

como os trabalhos de Fuchs & Léonard (1980), Bouscaren

et ai.

(1984) e Mazodier (1997), poderemos distinguir os diferentes valores

deste determinante. Como idéia fundamental poder-se-á defender que

o determinante 0 marca um reenvio da ocorrência à noção, tendo um

valor essencialmente qualitativo, isto é, em que Qlt é activado em

relação a Qnt.

^ Sobre esta denominação ver, entre outros. Santos (1997).

(7)

As propostas para uma definição do determinante 0 encontram na

análise dos estudos sobre a genericidade dos enunciados alguns pontos

que importa reter. Se se analisar o exemplo 'homens são homens' (ex.

7 b) verifica-se que é o valor genérico do enunciado em causa que

permite quer na posição pré-verbal, quer na posição pós-verbal a

existência de Ns sem marcas de determinante, sublinhando-se o facto

de, neste exemplo, haver uma interdição de coocorrência de outros

quaisquer determinantes sem que esse valor genérico possa ser

alte-rado, como se toma evidente nos exemplos seguintes

(7 b')?Os homens são os homens

(7 b")?Uns homens são uns homens

Parece, assim, ser evidente que o determinante 0, em enunciados

como (7 b), é o único determinante que permite que se active uma

operação diferente da operação de extracção ou da operação de

identi-ficação-qualitativa - a operação de percurso. Ao percorrerem-se todas

as ocorrências da noção /homem/ sem que haja possibilidade de se

fixar o valor de qualquer dessas ocorrências, todos os elementos da

classe são, topologicamente, equidistantes em relação a um centro

atractor havendo uma total identificação entre a classe de ocorrências

da noção e a noção.

As restrições que podem ser encontradas na coocorrência deste

determinante com nomes com propriedades semânticas diferentes

obriga a uma delimitação da totalidade dos valores e das relações que

se definem não só em relação ao N, mas à totalidade do enunciado.

Este é o caso da coocorrência do determinante 0 com Ns discretos que

ocupam uma posição de sujeito [± plural]. Nestes casos verificou-se

que só haveria possibilidade de coocorrência deste tipo de Ns com o

determinante 0 em situações específicas, como por exemplo em títulos

de imprensa, em provérbios ou em construções afins.

Assim, são perfeitamente aceitáveis seqüências como

(8 a) Avião [misterioso] sobrevoa Paris

(8 b) Aviões sobrevoam Paris

(8 c) Tremor de terra sente-se em Lisboa

(8 d) Cão que ladra não morde

(8)

A

possibilidade de se substituir o determinante 0 por qualquer

outro determinante (sobretudo o indefinido) existe em qualquer das

construções, à excepção de (8 e) que só permite que 0 seja substituído

pelo definido [+plural]. Por outro lado, e de acordo com A.C.M.

Lopes (1992: 110 e segs.), exemplos como (8 d), pelo facto de

possuírem um modificador nominal regra geral uma relativa restritiva

-não obriga a que esses modificadores delimitem "(...) um conjunto

específico de objectos, uma vez que não implicam uma localização

espácio-temporal do referente. (...) [devendo essas orações relativas

ser interpretadas como] relativas não especificadoras^. (...)" (ibidem).

É com base nesta restrição que se inviabiliza a hipótese de as

constru-ções proverbiais com a estrutura "(...) [(Det) N que V] SV]]

deriva-rem de uma estrutura semântica do tipo 'Se SN SVi, então SN

SV2'(...)" (idem: 111), estrutura que caracteriza os SNs genéricos,

conferindo-lhes uma interpretação de quantificação universal. Como

facilmente se deduz, o valor de quantificação universal é o valor

mani-festado pela operação de percurso apresentada acima, mantendo-se,

também neste caso, válida a hipótese do valor do determinante 0.

A possibilidade de substituição de 0 por outros determinantes

obriga a que os valores das operações implicadas sejam, naturalmente,

diferentes, o que não parece constituir um ponto importante de

discus-são já que, e de acordo com a TFE, se poderá afirmar que o definido

só ocorre se houver uma identificação qualitativa em relação a um

pré--construído, enquanto que o indefinido é marcador de uma operação

de extracção ou de falsa-extracção. Note-se que a utilização de

quanti-ficadores será necessariamente diferente em (8 a) e (8 b), por um lado,

e em (8 d) e (8 e), por outro: o quantificador universal seria mais

natu-ral com o segundo grupo de exemplos, graças ao valor genérico dos

SNs em causa, enquanto que o quantificador existencial seria mais

natural com o primeiro grupo.

Se a partir da observação de um conjunto alargado de exemplos é

possível defender que o determinante 0 é não só mais freqüente, como

mais natural, em construções com os Ns não-discretos, os casos

apre-sentados acima mostram que essa coocorrência é igualmente possível

com Ns discretos, numa posição pré-verbal, não havendo,

(9)

mente, qualquer bloqueio em relação à categoria número. Como

hipótese justificativa, e contrariando o que habitualmente se defende,

recorrerei a Fuchs & Léonard (1980) de forma a demonstrar que é o

funcionamento dos Ns'' que permite, de facto, construções como as

exemplificadas em (8), não sendo marginais em relação ao

funciona-mento de todas as outras construções com determinante 0.

A proposta de Fuchs & Léonard (1980), centrada nas operação de

localização abstracta, tem como objectivo a construção de

proprieda-des sobre um determinado enunciado, mostrando que, sempre que 0

permite que haja substituição por outro determinante, existe uma

interacção entre fenômenos predicativos e enunciativos (op.cit.: 2),

tendo o determinante 0 um valor essencialmente qualitativo. O valor

quantitativo deste determinante verifica-se quando o N apresenta um

funcionamento não-discreto. Por outro lado, a operação de localização

abstracta desencadeia um valor de autolocalização em enunciados com

os Nprs com determinante 0, incluindo-se neste grupo, por extensão,

os Ns que ocorrem em posição pré-verbal (exemplificados em (8)).

Ao analisarem as construções com determinante 0,

contrastiva-mente em inglês e francês, Fuchs & Léonard (1980) tomam evidente

que os Ns determinados por 0, mesmo quando discretos, poderão ter

um funcionamento compacto ou denso. Qualquer N denso ao ser

localizado numa relação predicativa desencadeia uma quantificação (o

que permite, por exemplo, que em (8 a) ou (8 b) o determinante 0

possa ser substituído por qualquer outro determinante).

No entanto, com Ns compactos, a localização abstracta é

exclusi-vamente qualitativa. É esta a razão por que em (8 d) e (8 e) a operação

desencadeada é a operação de percurso, caracterizadora dos

enuncia-dos genéricos.

(10)

3. Valores e marcadores: interacção entre cognição e linguagem

No debate existente à volta do papel da lingüística como

disci-plina que interage - ou mesmo se integra - com [/ nas] as ciências

cognitivas encontram-se algumas posições divergentes: ou existe uma

dependência lógica o caso dos modelos generativos, por exemplo

-ou uma relação de interacção. As propostas de Culioli podem ser

inte-grados nesta última hipótese.

Ao entender a linguagem como actividade não autônoma inerente

ao ser humano, Culioli define a cognição como uma problemática

humana que também não é autônoma em relação à linguagem. Esta

interacção permite entender que a delimitação do objecto de estudo da

lingüística não passe pela análise de uma dada língua enquanto

siste-ma estruturado de signos lingüísticos, siste-mas pela construção de

ciados onde existem marcas relevantes para a construção desse

enun-ciado, (de Vogüé 1992: 99-100).

Sendo a actividade epilinguística o resultado dos ajustamentos

entre os níveis 1 (nível nocional) e 2 (nível textual) operada pelos

enunciadores e co-enunciadores como produtores e reconhecedores de

formas lingüísticas, o lugar da lingüística - e dos lingüistas - assentará

nesse plano de ajustamentos construindo modelos que sejam

adequa-dos a essa actividade.

A produtividade dessa proposta metodológica e epistemológica

emerge sobretudo do modelo construído pela própria teoria. Auroux

(1992), por exemplo, reforça-a ao defender que, neste programa de

trabalho, não existe dualidade entre pensamento e linguagem: as

ope-rações mentais não se dissociam das representações lingüísticas, elas

coincidem no nível metalinguístico sendo o enunciado não uma

repre-sentação, mas o resultado de representações.

(11)

ter-mos definem-se simultaneamente os valores desses terter-mos e as opera-ções que lhes são subjacentes.

Referências Bibliográficas

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Referências

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