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Capítulo 5. Estratégia de controle do Gafanhoto do Mato Grosso

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Capítulo 5

Estratégia de controle do Gafanhoto do Mato Grosso M. Lecoq1, B. Magalhães2, M. Faria3, W. Guerra4

1CIRAD, Locust Ecology and Control, TA A50/D, Campus Internacional de

Baillarguet, 34398 Montpellier Cedex 5 – France.

2Embrapa Sede, Parque Estação Biológica – Final W3 Norte, Brasília, DF,

CEP 70770-901.

3Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação

Biológica - Final W5 Norte, Brasília, DF, CEP 70770-900

4Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Superintendência

Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Mato Grosso, Alameda Molina S/Nº, Várzea Grande, MT, CEP 78115-901

Dois pontos importantes na implementação de uma estratégia de combate ao gafanhoto com micoinseticida são os testes de eficácia do produto biológico e sua segurança para o ambiente. Além disso, é importante definir uma estratégia de controle que permita otimizar as potencialidades do produto (LOMER et al., 1999, 2001).

Cada espécie de gafanhoto pode representar um problema específico e a estratégia de controle deve ser adaptada para cada caso. Toma-se o exemplo de Rhammatocerus schistocercoides, uma espécie bem conhecida e séria praga no estado do Mato Grosso (LECOQ, 2000; MIRANDA et al., 1996), utilizada como sistema-modelo no desenvolvimento do micoinseticida pela Embrapa (MAGALHÃES et al., 2000, 2001 e Capítulo 3 deste relatório). 5.1. Histórico da invasão do gafanhoto do Mato Grosso e estratégias de controle

Rhammatocerus schistocercoides tornou-se uma séria praga particularmente nos anos 80 devido ao desenvolvimento da agricultura em diversas regiões do Mato Grosso e Rondônia, anteriormente povoadas unicamente por algumas tribos indígenas. Tradicionalmente, esses índios são grandes consumidores desses insetos que ocorrem em surtos (pululam) regularmente nessas áreas.

Face à amplitude e a severidade das pululações desta praga em 1984 e 1985, o controle foi inicialmente improvisado de modo a atender essa emergência. O crescimento rápido das populações, suas migrações significativas e a sucessão acelerada de passagens de enxames, impediram os agricultores de proteger suas lavouras fazendo com que eles solicitassem intervenção do governo para evitar um desastre (CURTI e BRITTO, 1987). Foram distribuídos inseticidas aos agricultores para proteger suas culturas contra os bandos de ninfas. Contudo, foi necessário realizar diversas

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pulverizações aéreas de urgência, pois os tratamentos terrestres não estavam sendo suficientes para conter as perdas.

A seguir, o combate ao gafanhoto passou a ser coordenado em escala nacional. Em 1986, um Programa Nacional de Combate ao Gafanhoto foi criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Este programa esteve ligado à Secretaria Nacional de Proteção de Plantas e contou com a participação da Embrapa, Embrater, Secretarias de Agricultura e Delegacias Federais de Agricultura dos estados afetados. Este programa era dedicado ao combate aos gafanhotos em todo o território brasileiro, particularmente ao R. schistocercoides no Mato Grosso e em Rondônia. Todos esses esforços foram complementados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) com um apoio financeiro significativo de cerca de 175.000 dólares americanos. Com esses recursos foi possível organizar cursos de formação sobre combate aos gafanhotos para técnicos dos setores públicos e privados, e contratar vários consultores que contribuíram, em colaboração com os responsáveis nacionais, para a organização das campanhas de combate (LECOQ e PIEROZZI JUNIOR, 1994).

Esses consultores recomendaram a limitação dos tratamentos ‘’à proteção de culturas em focos localizados na plantação ou na sua vizinhança”. Entretanto, a maior parte das ninfas encontravam-se nas áreas de pasto e de cerrado. Foi recomendado, também, o estabelecimento de um centro de informação em Cuiabá (MT); a utilização de meios disponíveis para localizar pululações (equipes de combate, agricultores, rede de divulgação); o uso de aviões e helicópteros para determinação e pulverização de inseticidas de baixa toxicidade ao homem, ao gado e às culturas; e a utilização intensiva de meios de comunicação de massa e os equipamentos públicos de rádios. Uma estratégia de combate baseada em duas épocas de tratamento foi definida por Curti e Britto (1987). Uma fase de tratamento contra ninfas, através de pulverizações terrestres na estação das chuvas visando proteger as culturas utilizando uma estratégia de controle essencialmente curativa. Um outra fase envolveu tratamentos aéreos contra os adultos na estação seca e destinada ao controle de enxames, para diminuir o tamanho das populações. Esta fase não visava, salvo alguma exceção, proteger as culturas, uma vez que geralmente não são cultivadas durante a estação seca. Constituiu, entretanto, uma medida preventiva que visava a redução populacional na estação seca, limitando assim o número de indivíduos capazes de reproduzir-se e gerar bandos de ninfas no início da estação das chuvas seguinte, quando as culturas são novamente implantadas.

De 1984 a 1986, inicialmente a localização de enxames teve que ser realizada por meio de prospecção terrestre. Mas logo em seguida, as prospecções foram realizadas com ajuda de um avião IPANEMA equipado com dispositivo

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para pulverização - Micronair 3000. A partir de 1987, os helicópteros agrícolas BELL G-47 foram introduzidos para detecção e tratamento imediato de enxames em migração, em complemento aos aviões agrícolas equipados com Micronair AO 5000 (CURTI e BRITTO, 1987).

O Programa Nacional de Combate ao Gafanhoto permitiu a elaboração de uma estratégia de controle de emergência mais eficaz, embora, como relata-se a seguir, esta estratégia deve certamente evoluir levando em conta os resultados de pesquisas recentes. No início, dentro de um contexto econômico brasileiro difícil, o Programa teve um balanço muito positivo, provocando redução das áreas de pululação, protegendo as culturas nas diversas regiões afetadas e permitindo um aumento das informações sobre este gafanhoto, inteiramente desconhecido na época das primeiras pululações (LECOQ e PIEROZZI JUNIOR, 1994).

A desativação do Programa em Mato Grosso a partir de 1989, certamente possibilitou um novo aumento das populações de gafanhotos no início da década de 1990. Novas operações de controle foram então necessárias até 1994. Depois, o problema diminuiu de importância, mas a vigilância sanitária permaneceu em alerta.

A partir de 1987, alguns técnicos responsáveis pelas operações de controle de gafanhotos no Mato Grosso afirmavam que seria possível reduzir rapidamente a população de gafanhotos a um nível aceitável com o uso de inseticidas químicos. Afirmavam também que estes gafanhotos não poderiam ser eliminados totalmente e que seria então necessário continuar a conviver com eles. Provavelmente sempre estiveram presentes, mas no passado, sem agricultura, não havia problemas. Esses gafanhotos continuarão por muito tempo a ocupar aquela área que é, de fato, seu habitat natural tradicional nos períodos de pululações que sucedem períodos de calmaria, dependendo das flutuações das condições ambientais (LECOQ e PIEROZZI JUNIOR, 1995a).

O combate a gafanhotos deveria, por conseguinte, ser conduzido não de maneira esporádica e em resposta às crises, mas de forma contínua e sistemática. Conviria adotar uma estratégia contínua de prevenção apoiada ao mesmo tempo em uma vigilância regular das populações de gafanhotos e no conhecimento da ecologia da espécie. Este conhecimento que era quase nulo na época das pululações dos anos 80 foi depois muito ampliado. Na realidade, foram necessários vários anos para que as espécies fossem identificadas corretamente. Os conhecimentos adquiridos permitiram lançar as bases de uma estratégia de prevenção a longo prazo, onde um micopesticida poderia certamente tornar-se uma opção.

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5.2. Fundamentos da estratégia de luta contra o gafanhoto do Mato Grosso, R. schistocercoides

5.2.1. Conhecimentos recentes sobre a biologia e a ecologia do gafanhoto do Mato Grosso

Na década de 1990, um projeto de pesquisa conduzido pela Embrapa Monitoramento por Satélite em colaboração com o CIRAD permitiu conhecer melhor a biologia, a ecologia e as causas das pululações de R. schistocercoides que, até então, eram atribuídas ao efeito do desmatamento e a ocupação agrícola agressiva e acelerada a partir dos anos 80 (LECOQ, 2000; MIRANDA et al., 1996). Os resultados deste projeto tornaram a por em questão as hipóteses anteriores relativas, em especial, ao caráter novo das pululações de gafanhotos no Mato Grosso, a influência do desenvolvimento da agricultura ou ainda a ameaça que este gafanhoto poderia representar para os estados vizinhos (LAUNOIS-LUONG e LECOQ, 1996; LECOQ et al., 1997; LECOQ e PIEROZZI JUNIOR, 1994, 1995a, b, 1996; MIRANDA et al., 1994).

Uma das informações mais importantes do projeto é ter mostrado a possibilidade de estabelecer uma nova estratégia de controle de R. schistocercoides, com fundamentação científica, privilegiando as operações locais e pontuais de combate preventivo (MIRANDA et al., 1996).

Os resultados que permitiram estabelecer esta estratégia são, em particular, a prova da antiguidade das pululações e a ausência de ligação direta com os desmatamentos em áreas agrícolas recentes. De modo algum, trata-se de um fenômeno novo ligado à introdução recente da agricultura nesta região, como foi divulgado naquela época. Diversos índices mostraram que as pululações de R. schistocercoides no Mato Grosso constituem um fenômeno antigo cuja importância está, às vezes, atrelada à mitologia de tribos indígenas locais. Assim, os indígenas Parecis fizeram do “Gafanhoto” um dos Deuses importantes da criação do mundo que desempenha o papel de Prometeu, que dá o fogo aos homens (LECOQ e PIEROZZI JUNIOR, 1995a).

As relações entre a ocupação agrícola, pecuária ou tradicional das terras e as pululações de gafanhotos agora são melhor compreendidas. Estas pululações têm um determinismo essencialmente meteorológico e parecem ligadas ao regime das chuvas, especialmente durante os meses de outubro, período crítico do ciclo do gafanhoto (LAUNOIS-LUONG e LECOQ, 1996).

O estudo do comportamento de vôo dos enxames mostrou a sua fraca capacidade de deslocamento (LECOQ e PIEROZZI JUNIOR, 1996). Esta espécie não ameaça o Brasil de uma invasão como tinha sido previsto inicialmente e não se constitui em risco para os estados vizinhos. Entretanto, a ameaça é

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forte nos estados que contêm áreas de pululação, como é o caso do Mato Grosso.

Durante as pululações, os bandos de ninfas formados por esta espécie são freqüentemente encontrados em áreas próximas às lavouras, cerca de cem metros a alguns quilômetros no máximo (LECOQ; FOUCART; BALANÇA, 1999). São estes bandos próximos que constituem sobretudo uma ameaça séria às lavouras. Esta ameaça faz-se cada vez mais clara com o adiantamento da estação das chuvas, o envelhecimento das ninfas e o aumento da sua capacidade de deslocamento. Estes bandos são, em abril, a origem dos enxames que se deslocam nas áreas e podem invadir com freqüência as plantações

Tais bandos de ninfas, embora vizinhos das áreas cultivadas, passam em geral quase ou completamente despercebidos porque estão situados fora das áreas habitualmente freqüentadas pelas populações locais. Os bandos não se deslocam a grandes distâncias como, tipicamente, fazem os enxames. Além disso, ainda que sejam freqüentemente, abundantes e densos, os bandos de ninfas permanecem muito discretos numa vegetação natural que lhes serve de refúgio e alimento, e que freqüentemente os dissimula com eficácia.

Assim, para explicar os estragos num determinado local, não há necessidade de procurar populações de gafanhotos de origem mais ou menos remota, como por exemplo nas reservas indígenas, mesmo que essas reservas tenham um papel não negligenciável na dinâmica das populações em escala regional. Na realidade, as populações de espécies pragas estão muito próximas das culturas. Passam a maior parte da estação das chuvas protegidas nas áreas de campo e campo-cerrado sobre o solo arenoso, na vizinhança dessas áreas de culturas, frequentemente dentro das mesmas propriedades. Estas populações de ninfas, que passam freqüentemente despercebidas, devem ser alvo de atenção no âmbito de uma estratégia local de combate preventivo.

5.2.2. Combater bandos de ninfas ou enxames?

Convém justificar a escolha da opção de tratamento contra as ninfas. A lógica seria privilegiar a ação contra os bandos de ninfas. Os bandos são bem menores do que os enxames e mais sensíveis aos inseticidas. Portanto, as doses a serem utilizadas são menores e as operações de tratamento deveriam ser menos dispendiosas, sendo os bandos mais fáceis de destruir pois não há risco de que levantem vôo com a aproximação dos equipamentos de pulverização. Sob esta ótica, o período mais favorável para os tratamentos é aquele que se inicia imediatamente após as eclosões das ninfas, a partir do mês de novembro, e termina entre março e abril.

Os enxames, ao contrário, ocupam uma superfície muito maior que a superfície ocupada pelos bandos de ninfas. Por exemplo, um bando de ninfas

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jovens que ocupa uma área aproximada de 1.000 m² vai gerar o nascimento de um enxame que durante o dia, em vôo, ocupará uma superfície que pode ir até à 20 ou 30 hectares. Os adultos são mais resistentes aos inseticidas e necessitam uma dosagem de princípio ativo por hectare mais elevada. Por último, os adultos são capazes de fugir quando da aproximação dos equipamentos de pulverização e escapar à aspersão do produto. Consequentemente, pode haver necessidade de aplicações noturnas. A opção que consiste em privilegiar o combate aos bandos de ninfas é a que tinha sido tomada inicialmente pelos responsáveis pelo combate aos gafanhotos, no início dos anos 80. Contudo, a luta contra as ninfas se tornou muito árdua, ou mesmo impossível. As ninfas são mesmo difíceis de localizar na imensidade das áreas de campo e campo-cerrado, tanto à pé, quanto por automóvel ou via aérea. Os bandos de ninfas ficam camuflados na vegetação e é quase impossível percebe-los à distância. Eles são detectados apenas a alguns metros, ou poucas dezenas de metros de distância. Além dessas dificuldades de localização, acrescentam-se as dificuldades de deslocamento durante a estação das chuvas, a imensidade das superfícies a serem supervisionadas, a falta de estradas, a abundância e a freqüência das precipitações. Tais precipitações reduzem o tempo disponível para a realização dos tratamentos e podem lavar os insetos, retirando o produto imediatamente após sua aplicação, limitando severamente a sua eficácia. As dificuldades de tratamento na estação das chuvas são tais que anulam as vantagens já mencionadas. A ponto de, quando das últimas grandes pululações nos anos 80, os responsáveis pelo controle considerarem o período de ocorrência de adultos, de maio a outubro, a época mais adequada para tratamento visando a redução do nível das populações de gafanhotos. Enxames de gafanhotos podem então facilmente ser localizados por prospeção em helicóptero. Estes enxames constituem, devido à sua grande dimensão, um alvo ideal para tratamentos aéreos, praticados essencialmente no início da manhã ou no final da tarde, enquanto os gafanhotos estão pousados e são pouco ativos (COSENZA et al., 1990; CURTI, 1987a; CURTI e BRITTO, 1987). Além disso, quando os gafanhotos atingem a fase adulta, a maior parte das colheitas já foi feita, sendo esse o momento ideal para pulverizações aéreas destinadas a diminuir as populações da praga. Entre 1984 e 1988, estas operações de combate aos enxames visavam essencialmente reduzir o nível global das populações de gafanhotos, dado que durante todo o período de presença de imagos, as culturas em geral já haviam sido colhidas e o solo arado. Tratava-se por conseguinte de uma luta preventiva destinada a proteger as colheitas da estação das chuvas seguintes. As áreas de cana-de-açúcar são evidentemente exceção, visto que podem ser atacadas pelos adultos durante toda a estação seca. O período de ocorrência de ninfas, de novembro a abril, era considerado na época o melhor para se realizar uma proteção em áreas próximas das

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culturas (controle curativo). O combate aos bandos de ninfas fora das culturas era considerado muito difícil pelas razões já expostas.

Os resultados do projeto conduzido pela Embrapa e o Cirad nos anos 90 mostraram contudo que essa estratégia merecia ser reconsiderada (MIRANDA et al., 1996). Essa estratégia tinha contribuído para desmobilizar os proprietários de terra e induzi-los a considerar que qualquer operação de tratamento local era inútil, uma vez que os enxames poderiam rapidamente invadir seus campos de novo a partir de áreas remotas. De fato, este projeto de pesquisa demonstrou que o problema, pelo contrário, é claramente local. Em outros termos, os gafanhotos que representam risco para as culturas são a princípio os que nascem e desenvolvem-se na sua vizinhança imediata, num raio de apenas alguns quilômetros. Portanto, a nova estratégia a ser adotada não consiste na tentativa de uma redução global do nível das populações no estado do Mato Grosso, ou mesmo na sua erradicação. Por outro lado, a estratégia a ser adotada é a implementação do controle integrado que permite a convivência com essa espécie que ameaça o Mato Grosso desde épocas remotas, muito antes que esta região fosse assim denominada.

Trata-se, portanto, de ações pontuais e regulares para reduzir localmente o nível destas populações. Visto por esta ótica, o combate aos bandos de ninfas na estação das chuvas torna-se uma solução interessante e praticável - ainda que não seja a única – uma vez que as superfícies a serem supervisionadas e tratadas são significativamente menores. Essas áreas são de fato circunscritas às áreas de reprodução do gafanhoto próximas das zonas de culturas a serem protegidas ao invés de todo campo-cerrado. Essas áreas de reprodução, localizadas em regiões de savana sobre solo essencialmente arenoso, são bem menores. A sua localização geográfica, se era conhecida totalmente pelos autóctones, agora é conhecida com muito mais precisão graças aos resultados dos estudos cartográficos realizados no âmbito do projeto (MIRANDA et al., 1996).

5.3. Aplicação da estratégia

5.3.1. Vigilância das populações de gafanhotos

A estratégia preconizada por Miranda et al. (1966) se baseia, portanto, em ações preventivas tornadas possíveis pela evidência da característica local das pululações e o conhecimento dos biótopos dos gafanhotos, onde a espécie reproduz-se e onde formam-se os bandos de ninfas.

As áreas a serem prospectadas inicialmente são os biótopos de reprodução. Essas áreas foram cartografadas e esses mapas podem constituir-se em documentos estratégicos muito úteis para a condução das operações de vigilância e de tratamentos preventivos. Em cada propriedade ou comunidade, pode-se dispor de um mapa do problema do gafanhoto no seu ambiente imediato

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e fazer o balanço das principais áreas, geralmente não cultivadas, onde os gafanhotos podem reproduzir-se livremente durante a estação das chuvas antes de invadir as culturas, tanto na fase de ninfa na estação das chuvas quanto na fase adulta durante a estação seca.

Uma vigilância dessas áreas de reprodução pode ser encarada facilmente em nível local, pelos próprios agricultores ou pelos agentes do MAPA. Os bandos de ninfas localizados poderão então ser tratados imediatamente.

Contudo, como para a maior parte das espécies, as pululações de gafanhotos do Mato Grosso não são contínuas. Depois de muito tempo, anos calmos e anos com pululações parecem suceder-se a um ritmo rápido. Provavelmente, isso esteja relacionado com um maior ou menor impacto de alguns fatores abióticos em pontos bem precisos do ciclo biológico do gafanhoto. Conseqüentemente, fases de pululações intensas alternam com períodos de remissão.

Recentemente, os dois períodos de pululações mais intensas e bem documentados ocorreram de 1983 a 1988 e de 1992 a 1993. No passado, as fases de pululações mais severas ocorreram no fim do século 19 e início do século 20, seguidamente por volta dos anos 1907-1914, 1944, 1947-1952. Esses dados não podem ser considerados muito precisos ou definitivos, pois as informações - saídas de uma região então pouco povoada e quase inexplorada - estão muito fragmentadas (LECOQ e PIEROZZI JUNIOR, 1995a). No entanto, eles mostram efetivamente o retorno do fenômeno, que tem-se tornado um problema desde a introdução de práticas agrícolas nessa região.

Ainda que a importância econômica do problema tenha diminuído após 1993, populações gregárias importantes mantiveram-se localmente até 1999, com numerosos, densos e grandes bandos de ninfas. Em contrapartida, a partir do ano 2000 as populações gregárias diminuíram, ficando raras em 2001, ou mesmo inexistentes em 2002.

Nessa recente redução populacional, o desenvolvimento da agricultura desempenhou um papel de redutor das superfícies favoráveis à reprodução gafanhoto. Contudo, tal baixa do nível das populações de gafanhotos não é nova. Sem dúvida, outras reduções existiram no passado. Além disso, os meios propícios para o desenvolvimento do gafanhoto ainda existem apesar do desenvolvimento da agricultura. É o caso de todas as reservas indígenas e de todas as áreas de reserva legais intactas dentro das fazendas que representam uma considerável parte da superfície de vegetação natural. Trata-se naturalmente das áreas menos propícias para as culturas mas também, em geral, das mais favoráveis à reprodução gafanhotos.

É provável que essa recente remissão ou ausência ou extrema redução populacional seja conseqüência de más condições ecológicas no início da

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estação das chuvas. Por exemplo, um início muito tardio das chuvas em 2002 que pode ter causado forte mortalidade embrionária e ninfal das populações de gafanhotos. A Chapada dos Parecis conserva bem intacto o seu potencial, devendo ocorrer novas pululações no futuro favorecidas por condições ecológicas propícias.

A experiência mostra que os problemas com gafanhotos são caracterizados por tais sucessões de períodos de pululações e de remissão. A probabilidade de recrudescimento é evidentemente desconhecida, mas convém estar alerta. A estratégia de gestão de problema com gafanhotos deve por conseguinte considerar a alternância entre remissão e pululação. Os interesses em jogo, os atores em questão e a sua motivação, as ações desejáveis e possíveis não são os mesmos para cada um dessas fases. Isto reflete-se igualmente sobre as ações de vigilância como também sobre a condução das operações de tratamento.

5.3.2. A prática das operações de combate As ações no período de remissão

A periodicidade das pululações de gafanhotos pode ter conseqüências nefastas. Durante os períodos de remissão, o problema freqüentemente é esquecido e a vigilância é atenuada. É no entanto durante estes períodos que uma vigilância permanente poderia detectar precocemente os inícios de aumentos populacionais e intervir rapidamente sobre os primeiros bandos de ninfas. É o princípio do combate preventivo, citado anteriormente, que é praticado sobre outras espécies de gafanhotos pragas.

Contudo, é necessário encarar a realidade prática. Os bandos de ninfas estão no meio de áreas imensas de vegetação natural de cerrado e campo-cerrado, pouco ou não freqüentadas. No período de calmaria, ninguém irá perder tempo em procurar e tratar esses eventuais bandos de ninfas que não representam, para os agricultores, nenhum perigo imediato, ainda que estes bandos estejam situados em áreas de vegetação natural das fazendas.

Durante estes períodos de remissão, os produtores geralmente não estão motivados, a ameaça não é tão evidente. Uma vigilância eficaz pode ser mantida apenas pelo MAPA no âmbito de uma estratégia de vigilância e de prevenção a longo prazo. Para tanto, deve-se manter a vigilância, prospectar regularmente as áreas passíveis de pululações, conduzir observações periódicas sobre alguns sítios-chave, recolher informações junto aos habitantes locais e observar regularmente a situação das populações de gafanhotos. Trata-se, portanto, de não deixar-se surpreender no caso de aumento populacional e de poder realizar intervenções precoces quando necessário. Tais intervenções, fora de qualquer período de emergência, poderiam ser extremamente vantajosas se realizadas com micopesticida.

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O período de remissão dever ser também a ocasião, graças à uma vigilância regular, de se construir gradualmente uma base de dados históricos sobre o nível das população, condições ecológicas (chuva principalmente, inclusive durante a estação seca). Esses referenciais são indispensáveis para um acompanhamento racional da população de gafanhotos. A longo prazo, tais referenciais poderiam permitir o aumento do nível de compreensão dos acontecimentos e realizar prognósticos sobre a evolução das populações. Trata-se de uma vigília mínima, pouco dispendiosa, que só o MAPA está em condições de realizar na ausência de pululações de importância econômica.

As operações de combate preventivo dirigidas contra os bandos de ninfas podem ser realizadas durante o desenvolvimento das ninfas, de novembro a abril, de acordo com as seguintes etapas :

- Identificação, na vizinhança das culturas a serem protegidas, das áreas onde possam conter populações de ninfas, isto é, áreas de vegetação natural em solos arenosos e arredores; estas áreas são, conforme a região, mais ou menos ligadas à rede hidrográfica. Os mapas dos biótopos favoráveis aos gafanhotos publicados pelo projeto Embrapa/Cirad sobre a ecologia do gafanhoto do Mato Grosso poderão ser muito úteis, mesmo que depois de sua edição as áreas de culturas tenham aumentado. - Vigilância das áreas de reprodução. A partir do mês de novembro e durante

toda a estação das chuvas, prospecção regular das áreas onde a presença de bandos de ninfas são prováveis.

- Tratamento preventivo dos bandos de ninfas detectados nas áreas de vegetação natural e, eventualmente, nas culturas se for o caso; cada bando descoberto deverá ser tratado imediatamente. Os bandos de ninfas são geralmente pequenos - ainda menores se localizadas precocemente. No entanto, as prospecções e os tratamentos, sobretudo no período de remissão, somente serão viáveis caso disponha-se de equipamentos leves e baratos, como atomizador UBV à pilha ou à bateria, ou pulverizador de jato direcionado.

- Realização de tratamentos complementares, se necessário, ao fim da estação das chuvas e durante toda a estação seca contra enxames.

Ações no período de pululação

Durante os períodos pululação espera-se que a evidência do problema motivará os produtores a realizar os tratamentos sobre as suas culturas e manter vigilância das áreas de cerrado próximas das culturas. A aplicação de tais medidas de combate constitui de resto uma medida preventiva de curto prazo para proteção dessas culturas.

Conforme já mencionado, as investigações recentes mostraram que os enxames de gafanhotos não vêm de muito longe mas geralmente das zonas

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de cerrado próximas das fazendas. Portanto, no caso de pululações severas deve-se proceder vigilância e controle no interior das propriedades.

No passado, os produtores, persuadidos que os enxames de gafanhotos vinham de zonas remotas e que não podiam fazer muita coisa, não tinham muita motivação para empreender ações de controle. Evidentemente, agora convém que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sensibilize os produtores sobre o seu papel na implementação de combates curativo nas culturas e preventivo nas áreas de vegetação natural próximas. Além disso, como em período de remissão, o combate na estação das chuvas deve ser enfatizado. Assim, convém:

· procurar, assinalar e tratar bandos de ninfas nas áreas de vegetação natural na vizinhança das lavouras, distantes 100 metros a cerca de 1 quilômetro. Se possível, utilizar um micoinseticida;

· tratar bandos de ninfas nas áreas de lavouras com um inseticida químico, ou com micoinseticida no caso de agricultura biológica ou em áreas onde um inseticida químico acarretar problemas.

Na estação seca, deverão ser feitas inspeções, sinalizações e tratamento dos enxames de gafanhotos. Estes tratamentos serão realizados, sempre que possível, sobre enxames em repouso pela manhã ou à noite. A razão para essa hora de aplicação é que a superfície a ser tratada é cerca de dez vezes menor que a superfície de enxames em vôo. Isto representa economia de tempo e quantidade de inseticida a ser aplicado. Meios aéreos devem ser evidentemente previstos no caso de fortes pululações e de enxames grandes.

5.4. O lugar do micoinseticida na estratégia de luta contra o gafanhoto do Mato Grosso

Em todas as operações de combate ao gafanhoto, o inseticida empregado deve sempre que possível ser formulado para aplicação a UBV, uma vez que esta formulação é a escolha geralmente recomendada. Uma das vantagens da adoção desta técnica é que não há necessidade de se dispor de grandes quantidades de água, como ocorre nas aplicações de formulações CE (concentrado emulsionável). As formulações UBV permitem realizar o tratamento de 1 hectare com 1 litro de produto. O inseticida não deve ser lavado rapidamente após tratamento pela ação das chuvas freqüentes na regiões. Isto pode ser evitado pelo uso de formulações oleosas que permitem maior aderência do produto à superfície das folhas. Diversos inseticidas foram experimentados contra R. schistocercoides (COSENZA et al., 1990; NAKANO et al., 1991 por exemplo). Fenitrotion e malation são os dois produtos mais utilizados. O fipronil foi testado por Lecoq e Balança (1998) mas, embora eficaz e bem adaptado, não foi utilizado até agora, nem mesmo homologado para o combate ao gafanhoto no Brasil. Além disso, o uso dos

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1Os biótopos acridianos são numerosos dentro das reservas e as práticas indígenas (brûlis em especial) favorecem o desenvolvimento de gafanhotos (MIRANDA et al., 1996). Estas reservas constituem verdadeiros refúgios onde os gafanhotos podem continuar sua reprodução sem dificuldades.

inseticidas químicos contra gafanhotos no Brasil pode causar problemas, como já ocorreu em passado recente. Desde 1984, a utilização maciça de inseticidas no controle de R. schistocercoides no Mato Grosso provocou controvérsia entre os responsáveis pelas operações de controle da época. De um lado havia os ecologistas e do outro lado os defensores dos índios. De fato, existem opiniões divergentes quanto ao uso de inseticidas químicos. Para alguns técnicos, o tratamento químico pode ser indispensável e se constituir “num mal necessário” para evitar uma catástrofe econômica. As pulverizações de inseticidas químicos são consideradas como o único método disponível e os inseticidas utilizados podem ser pouco tóxicos para o homem e o ambiente, se aplicados de acordo com as regras do bom uso.

Contudo, de maneira semelhante à toxicidade dos inseticidas, os métodos de tratamento, a sua amplitude, os problemas de poluição e das pulverizações eventuais nas reservas indígenas levantaram muita controvérsia naquela época. Estas reservas constituem uma repositório potencial de gafanhotos1. Estes gafanhotos constituem alimento para certas tribos indígenas que poderiam ser contaminadas pelo tratamento com produtos químicos. Os Nhambiquaras, em especial, apreciam e comem gafanhotos quando a caça não é boa.

Por todas estas razões, uma solução de substituição pelo menos parcial dos inseticidas em uso mostrou-se por muito tempo como uma necessidade. Esta solução pode agora ser oferecida através do uso de um micoinseticida ou inseticida biológico à base de conídios do fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae var. acridum, em suspensão numa solução oleosa. O desenvolvimento de tais produtos está em curso em diferentes regiões do mundo, especialmente na Austrália e na África (LOMER et al., 2001). Na África, o “Green Muscle” foi desenvolvido pelo projeto LUBILOSA e se encontra em experimentação em larga escala. Na Austrália, outro micoinseticida - o “Green Guard” - já foi incorporado há alguns anos na estratégia de combate ao gafanhoto pela Comissão de Combate à Praga do Gafanhoto (Australian Plague Locust Comission).

No caso do Brasil, o projeto de investigação Embrapa/CIRAD concluiu que a utilização de um micoinseticida seria a alternativa mais promissora para combater esta praga (MIRANDA et al., 1996). O projeto recomendou o desenvolvimento de tal produto para substituir os inseticidas químicos usados na região contra o gafanhoto. Isto é particularmente interessante no que diz respeito ao ambiente, possível aplicação em controle preventivo, e conciliação dos interesses dos agricultores e das populações indígenas. O projeto ressaltou também que o gafanhoto do Mato Grosso é sem dúvida um alvo muito adequado para tal produto, tanto com relação às condições ecológicas locais de alta umidade e à biologia do inseto, que possui somente uma geração por ano e um longo desenvolvimento ninfal de cerca de 6 meses.

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Um micoinseticida pode não ser uma solução de substituição total aos inseticidas tradicionais, mas pode ocupar um lugar de destaque entre as opções de escolha de uma tática de prevenção à curto e médio prazos. A inocuidade do produto para o ambiente indicada nas experimentações (vide capítulo 4), dá idéia de que o produto poderia ser utilizado efetivamente em zonas de vegetação natural dos produtores privados e até nas reservas indígenas, onde o uso de inseticida químico é proibido ou de uso muito restrito.

O principal problema está relacionado à capacidade limitada de se alcançar produção do micoinseticida em larga escala, seguida de longos períodos de remissão da praga. Esta limitação pode ser minimizada através de convênios com empresas de produção de micoinseticidas em operação no mercado brasileiro, e do desenvolvimento de formulações que permitam o armazenamento do produto por mais de 12 meses.

5.5 Referências

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