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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

TDAH ou falta de limites: uma questão que precisa ser

descoberta

Maria José Lopes Matturo

Orientadora Prof. Mary Sue Carvalho

Rio de Janeiro 2016

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Educação Especial e Inclusiva

TDAH ou falta de limites: uma questão que precisa ser

descoberta

Rio de Janeiro 2016

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AGRADECIMENTOS

Ao meu marido Marco Antônio pelo apoio e compreensão desta busca e as minhas companheiras de turma, pela troca.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta conquista aos meus filhos, marido e alunos que me instigam a aprender e experimentar novas estratégias de trabalho.

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RESUMO

Os transtornos comportamentais infantis tem sido objeto de estudo para vários profissionais da área da saúde mental infantil e preocupação para os profissionais da área de educação, pais, familiares e alunos. A presente pesquisa buscou discutir, refletir e conceituar, em especial sobre o Transtorno de Déficit De Atenção e Hiperatividade (TDAH), pois tem prejudicado o rendimento escolar de uma grande parte das crianças e adolescentes e as características que os alunos apresentam quando tem o transtorno tem sido confundidas com “falta de limites”.

No âmbito escolar o mau comportamento que os alunos vem apresentando tem recebido rótulos e diagnósticos que podem comprometer o desenvolvimento cognitivo, psicomotor, emocional e social, tanto de alunos que tem algum transtorno comprovado quanto para aqueles que simplesmente precisam receber limites em casa e na escola.

A pesquisa traz um breve histórico sobre o estudo do desenvolvimento e o comportamento infantil nos últimos séculos, os avanços e prejuízos das transformações que ocorreram na estrutura familiar dos indivíduos e uma importante discussão e definição da Educação Inclusiva, não só para crianças que apresentem algum transtorno comportamental como para qualquer indivíduo, que por algum motivo necessita de um atendimento educacional especial. Este estudo buscou enfatizar mais o comportamento de crianças com TDAH, uma vez que um número significativo de crianças tem chegado nas escolas com várias características que prejudicam o processo ensino aprendizagem dos mesmos , angustiam e provocam a necessidade de novas tentativas de ação pedagógica.

O estudo buscou trazer autores, especialistas da área da saúde mental infantil e educadores que discutem a necessidade da aquisição de novos conhecimentos que possam favorecer o desenvolvimento integral dos

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alunos que são recebidos atualmente em nossas escolas, para que a Educação Inclusiva ocorra de fato.

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Metodologia

Para a realização desta pesquisa sobre o tema Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, as características de alunos que sofrem com este transtorno comportamental foram utilizadas as obras do Dr. Gustavo Teixeira (2006/ 2014), que traz uma contribuição muito importante sobre o que o autor chama de “transtornos escolares” que influenciam no comportamento de crianças e adolescentes e prejudicam o rendimento escolar e o processo de ensino aprendizagem. O autor também aponta várias possibilidades de trabalho para os profissionais que lidam com esses indivíduos. No intuito de conceituar as transformações da família com o passar dos anos e sua influência no desenvolvimento emocional, psicológico e social da criança a pesquisa lançou mão de um artigo em uma Revista de Psicopedagogia, escrita por Casarin e Ramos (2007) que abordam de forma muito clara o assunto.

Fonseca (2014), em seu livro se apropriou do conceito de Inclusão social, utilizando como fonte de pesquisa a LDB 9394/96, O CNE/ CEB, MEC, 2001 e a Declaração de Salamanca (1988), que também foi objeto de estudo para este trabalho. Tânia Zagury (2007) também pode contribuir com a sua obra, pois para esta pesquisa propôs-se refletir sobre as dificuldades que os pais têm em impor limites aos seus filhos e o quanto isto interfere no ambiente escolar.

Para concluir a pesquisa foi utilizada como referencial teórico o livro Sérgio Cortella (2014) que pode enriquecer muito o estudo , quando convida os professores a ousar mais , experimentando novas práticas em seu trabalho a investir corajosamente na mudança de olhar sobre o ato de ensinar no atual contexto das novas tecnologias de informação, utilizando em favor de uma formação adequada ao público que hoje nos deparamos.

Alguns sites também influenciaram a elaboração da presente pesquisa, conceituando, discutindo e refletindo sobre a inclusão social, educação inclusiva e o papel do professor, atuando com objetivos claros e

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possíveis, não só com alunos que apresentam NEE, mas para uma prática pedagógica mais consciente e efetiva.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I 12

Breve histórico: Desenvolvimento infantil e comportamental de crianças e

adolescentes

CAPÍTULO II 25

Conceituando o Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade, Principais características e possíveis causas.

CAPÍTULO III

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O papel da família, escola / professor na inclusão de crianças com TDAH e as estratégias de ação

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 40

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INTRODUÇÃO

Atualmente os problemas comportamentais da infância e adolescência tem sido objeto de estudo e preocupação para pais, educadores e profissionais da saúde mental infantil. . A falta de limites das crianças e a ausência de uma estrutura familiar, pode estar contribuindo para uma possível confusão e uma “rotulação” de crianças com falta de limites, com crianças que apresentem transtorno de déficit de atenção / hiperatividade ( TDAH) .

O transtorno de Déficit de atenção / hiperatividade é um dos transtornos comportamentais com maior incidência na infância e adolescência. Neste contexto, torna-se bastante relevante para a presente pesquisa, conceituar e abordar as características do TDAH, para que se possam traçar estratégias de trabalho que permitam incluir estas crianças e possibilitar um processo de aprendizagem com êxito.

Estudos demonstram que 20% de crianças e adolescentes em idade escolar necessitam de auxílio na área da saúde mental e um número expressivo de brasileiros apresenta “prejuízos acadêmicos”. O estudo deste tema pretende apontar para a importância da parceria entre pais, professores e profissionais da área de saúde mental infantil, reconhecendo que um trabalho de cooperação é a maneira mais provável de se obter êxito na aprendizagem das crianças de um modo geral.

O papel de educar integralmente as crianças ensinar a respeitar regras, tem se tornado função da escola. Neste contexto, o professor no lugar de trabalhar a escolarização, tem assumido a responsabilidade de educar, no sentido mais amplo da palavra, para que a convivência seja boa no ambiente escolar e os princípios básicos possam fazer parte da formação destes alunos.

De acordo com esta realidade, torna-se bastante relevante saber diferenciar os transtornos, que Teixeira (2014) chama de escolares com a falta de limites na

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criança pequena, uma vez que o TDAH necessita de um acompanhamento especializado e uma intervenção direcionada.

Um estudo aprofundado sobre as características do Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade pode favorecer o entendimento sobre o comportamento dos indivíduos portadores desta síndrome e permitir uma redução no número de equívocos cometidos na atuação de profissionais da área de educação, sobretudo favorecer uma aprendizagem mais prazerosa e significativa a estes indivíduos que apresentam dificuldades de aprendizagem e comportamentais.

Considera-se bastante relevante para o atual contexto educacional, onde as diferenças precisam ser vistas não como problema, mas como diversidades, conceituar e discutir o verdadeiro significado de Inclusão Social, sua importância na formação integral de todos os indivíduos, em suas diferenças e/ ou deficiências. Para isso é fundamental reconhecer a importância de um trabalho consciente , multidisciplinar.

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CAPÍTULO I

Breve histórico: O olhar para o desenvolvimento e

comportamento infantil

No passado as crianças e adolescentes não eram vistos sob a ótica contemporânea que hoje percebemos e segundo Teixeira (2014), a visão de seres humanos em crescimento, desenvolvimento e formação, ”possuidores de desejos” pensamentos e necessidades especiais não era uma realidade no século passado. As crianças eram consideradas “mini adultos”, que ainda segundo o autor mencionado, não tinham o direito de brincar, estudar ou se comportar como crianças. Até a forma de se vestir era semelhante a dos mais velhos.

Posteriormente, no século XVIII, com a revolução industrial é que a família passou a ser vista como núcleo unificado dos valores morais e éticos da sociedade. Neste contexto Teixeira (2014) afirma que a criança passou a ser mais valorizada e protegida. Surgiram novas literaturas que abordavam a educação infantil, a pedagogia, onde tratamento e os cuidados maternos começavam a ser defendidos.

Jean Jacques Rousseau, segundo o autor mencionado anteriormente, introduziu a concepção de que a criança era um ser com características próprias em suas ideias e interesses, não podendo mais ser vistos como miniaturas e propôs a utilização de brinquedos, esportes, linguagem, canto, aritmética e geometria, com a intenção de estimular o desenvolvimento infantil respeitando as diferenças quando comparados aos adultos.

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A partir da valorização de outros representantes da sociedade, segundo o autor em análise, a própria medicina passou a estudar os aspectos do comportamento infantil. Ainda no século XVII (1621), o médico inglês Robert Burton publica “A anatomia da melancolia” (p.19), obra que descreve uma depressão infantil. Anos mais tarde, Thomas Willis apresenta manuscritos sobre a psicose na infância.

Posteriormente, ainda segundo Teixeira (iden), no início do século XIX Pinel e Prichard (médicos psiquiatras franceses) descrevem alterações comportamentais em pacientes jovens que apresentam sintomas antissociais recorrentes. Pinel chamou de “mania sem delírio” e Pichard, “Insanidade moral”.

Em meados do século XIX, surgiram as primeiras referências aos transtornos hipercinéticos na literatura médica (TDAH), quando, segundo Teixeira (iden) o médico alemão Heinrich Hoffmann descreveu em sua obra (1854), a “insanidade impulsiva”, que seria o comportamento hiperativo.

No início do século XX o estudo comportamental infantil crescia intensamente, quando segundo o autor em análise, ocorreu o primeiro congresso de psiquiatria infantil de Paris, na França, em 1937. Esse acontecimento histórico marcou o início de uma nova especialidade médica. No Brasil, segundo Teixeira (iden), Stanislau Krynski e Antônio Braco Lefevre criaram , em 1967, a Associação Brasileira de Neuropsiquiatria Infantil (ABENEPI), abrindo mais espaços ao desenvolvimento de estudos comportamentais da infância e adolescência em nosso país.

Segundo Goldstein e Goldstein (1994) nos últimos 100 anos os problemas característicos de crianças hiperativas eram categorizados e rotulados de formas diferentes. Em vários momentos, século XX, referem-se a “crianças acometidas de inquietação, falha no controle moral, disfunção cerebral mínima, distúrbio pós- encefálico distúrbio de falta de atenção por hiperatividade, entre outros. De acordo com os autores, mesmo com a mudança de nomenclatura, os problemas têm permanecido constante ao longo do tempo.

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Segundo Teixeira (2014) novamente, com o passar dos séculos tem sido possível perceber o quanto a falta de conhecimento tem prejudicado a sociedade. Milhares de pessoas inocentes morrem em guerras, conflitos étnicos e religiosos por conta da ganância e de poder. Na política a manutenção de uma população ignorante, sem acesso a educação e à informação se tornou, de acordo com a linha de pensamento do autor, há centenas de anos uma maneira fácil e barata de manipular uma grande massa eleitoral. O autor demonstra uma inquietação para o fato de constatar uma evolução nos estudos da neurociência e da medicina em diversos cetros de pesquisa, principalmente nos Estados Unidos e Europa, enquanto no Brasil observa-se o surgimento de cada vez mais “terapias alternativas”, ou segundo ele pseudotratamentos sem comprovação científica que tentam desqualificar o trabalho sério de pesquisadores e cientistas, ludibriando a população.

Neste contexto a presente pesquisa pretende refletir sobre a importância do conhecimento a cerca deste assunto, para que a busca de uma prática inclusiva seja mais efetiva e novas estratégias de trabalho possam se tornar mais viáveis.

1.1. Conceituando o Transtorno de Déficit de Atenção/

Hiperatividade

O (TDAH) é um transtorno neurológico, que de acordo com Rotta,Ohlweiler e Reisgo (2006) , apud Sampaio ( 2014) ,por causar hiperatividade / impulsividade e falta de atenção, contribui para uma dificuldade de aprendizagem, que pode levar a um prejuízo acadêmico significativo às crianças e adolescentes que tem o transtorno. Isto ocorre, normalmente, quando não são assistidas adequadamente pela escola , tendendo a perder, de acordo com os autores mencionados, o estímulo pelos estudos. Ainda segundo

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o estudo em análise, 70% das crianças com TDAH apresentam por comorbidade o transtorno de aprendizagem, entretanto podem apresentar melhoras significativas dos sintomas de desatenção, hiperatividade e /ou impulsividade na escola e em casa, quando recebem o uso correto de medicação e acompanhamento especializado.

O transtorno neurológico em análise, ainda segundo os autores mencionados, tem caráter hereditário bastante presente nos casos de crianças diagnosticadas e precisam de apoio para (re) organizar condutas e direcionar as ações, favorecendo equilíbrio entre o trabalho e a rotina familiar. Seu diagnóstico é clínico, ou seja, não existem exames laboratoriais ou imagens que o identifique.

O TDAH pode ser subdividido em três tipos: TDAH do tipo desatento, do tipo hiperativo/ impulsivo e TDAH do tipo combinado, segundo DR. Gustavo Teixeira.

O transtorno do tipo “desatento”, para Teixeira, deve haver pelo menos seis sintomas de desatenção e menos de seis de hiperatividade/ impulsividade. Trata-se do tipo mais comum no sexo feminino e apresenta altos índices de baixo rendimento escolar. De acordo com Teixeira (iden), são crianças desorganizadas, esquecidas, facilmente distraídas, cometem erros por descuido, não copiam, não cumprem as tarefas de forma satisfatória, parecendo estar “no mundo da lua”, segundo o autor.

No TDAH do tipo hiperativo/ impulsivo, há pelo menos seis sintomas de hiperatividade/ impulsividade e menos de seis sintomas de desatenção, compreendendo crianças e adolescentes hiperativos. Crianças com este diagnóstico, segundo o autor analisado, tendem a ser mais agressivas e com maiores taxas de rejeição entre os colegas. São agitadas, inquietas e impulsivas.

No terceiro grupo (do tipo combinado) corresponde ao perfil mais prevalente de pacientes com o diagnóstico de TDAH. Há a presença de pelo menos seis sintomas de hiperatividade/ impulsividade e também de desatenção. São indivíduos que apresentam maior prejuízo no funcionamento

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global, ocorrendo grandes prejuízos acadêmicos e sociais, sendo, segundo Teixeira (iden), um dos principais motivos de encaminhamento aos serviços de neuropsiquiatria da infância e adolescência.

Normalmente o diagnóstico é alcançado quando a criança já possui um “prejuízo”, segundo o autor, que prejudica seu funcionamento social, acadêmico ou ocupacional. Este prejuízo pode ser grave, causando perda da autoestima, tristeza, falta de motivação nos estudos e prejuízos nos relacionamentos sociais, caso o diagnóstico e tratamento não sejam alcançados.

O tratamento, segundo o autor analisado, envolve uma abordagem multidisciplinar, associando o uso de medicamentos a intervenções psicoeducaivas e psicoterapêuticas. As intervenções psicoeducativas estão relacionadas com a educação e aprendizagem dos pais, professores e pacientes, acerca do transtorno, afirma Sampaio (2014). Para o desenvolvimento deste trabalho são oferecidos materiais didáticos, folders, livros e programas de treinamento para os pais e professores a fins de ensiná-los a lidar com o transtorno.

Teixeira (2006) traz um alerta importante para um diagnóstico mal feito ou as intervenções não feitas ou mesmo inadequadas, pois segundo estudos mencionados pelo autor, relacionam o uso de substâncias psicoativas (drogas) na adolescência ao TDAH. Entre 20 e 50% de pacientes dependentes químicos de álcool apresentam história de TDAH na infância. Entre abusadores de cocaína e opióides a prevalência dessa associação pode chegar até 45% dos casos. O autor levanta a hipótese de adolescentes tornarem-se mais precocemente usuários de droga com o fato de estar em busca de aliviar os sintomas de inquietação motora, hiperatividade e agitação, que o transtorno acarreta. Desta forma, segundo o autor a importância de identificar o quanto antes o TDAH e suas comorbidades em crianças pode ser uma medida eficaz na prevenção ao uso de substâncias psicoativas na adolescência.

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1.2. Principais características de crianças e adolescentes com

Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade – Quais são

as causas?

Segundo Teixeira (2014), o TDAH é um transtorno comportamental com maior incidência na infância e adolescência e está presente em cerca de 5% da população em idade escolar, em diversos países. É uma síndrome clínica que, segundo o autor, apresenta uma “tríade sintomatológica: déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade, mas não necessariamente os três sintomas simultâneos.

Para Goldstein e Goldstein (2002), a Hiperatividade resulta de quatro tipos de deficiências (atenção, impulsividade, excitação e frustração ou motivação), que podem causar problemas em casa, na escola e com os amigos. Segundo os autores os problemas ocorrem com base na pouca habilidade da criança e nas exigências impostas à criança pelo ambiente.

As principais características da maioria de crianças com TDAH são:

• Dificuldades em focar em um único objeto;

• Se distraem com muita facilidade e agem, em geral, como se estivessem “no mundo da lua”;

• Podem não terminar tarefas escolares;

• Tem dificuldades de se organizar;

• Freqüentemente perdem materiais escolares, chaves, dinheiro, brinquedos...

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• A inquietação também, de acordo com Teixeira (idem) é uma característica própria de crianças com a síndrome em análise, que prejudica os indivíduos envolvidos a se manterem sentados em uma cadeira por um determinado tempo;

• Podem abandonar, por exemplo, a mesa no meio de um almoço familiar;

• Costumam falar em demasia;

• Apresentam dificuldades em brincar silenciosamente;

• Se mostram, na maioria das vezes, impulsivos e barulhentos.

• Inicialmente podem apresentar um baixo rendimento escola, depois começa a não acompanhar sua turma e consequentemente podem ser reprovados.

Na adolescência os danos podem ser graves, acadêmicos e sociais e segundo Teixeira (2014) muitos abandonam a escola, faculdade ou abusam do uso de drogas e álcool, se tornando adultos inseguros, pouco habilidosos socialmente, com dificuldades no mercado de trabalho.

Acredita-se que as causas do TDAH podem ter origem multifuncional, sendo que o fator mais importante é a herança genética. Muitas crianças, segundo o autor, possuem familiares com o mesmo diagnóstico. A incidência pode chegar a dez vezes mais que famílias de crianças com TDAH, comparados a população em geral. Filhos de pais hiperativos possuem mais chances de terem o transtorno , assim como irmãos de crianças hiperativas possuem duas vezes mais chances de apresentarem o diagnóstico, quando comparados com irmãos sem o transtorno.

Teixeira afirma que estudos demonstram que o cérebro destes indivíduos funciona diferente dos que não tem o transtorno. Há um desequilíbrio de substâncias químicas que ajudam o cérebro a regular o comportamento. Pesquisas neurológicas, ainda segundo a linha de pensamento do autor, sugerem alterações no córtex pré- frontal e estruturas subcorticais do cérebro. Prejuízos nos testes de atenção, aquisição e função

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executiva sugerem um déficit do comportamento inibitório e de funções executivas.

Apesar d não ter validade clínica comprovada, segundo o autor (iden), estudos científicos identificam nos exames de neuroimagem uma diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e das taxas metabólicas em regiões dos lobos frontais de crianças com TDAH.

Há hipóteses de uma complicação durante a gravidez ou parto que resultem danos ao cérebro do bebê, como traumatismos, intoxicações e infecções estarem relacionadas ao TDAH. Alguns estudos suspeitam de que crianças criadas em um ambiente doméstico caótico, vítimas de negligências, abandonos e maus- tratos poderiam apresentar prejuízos na maturação do sistema nervoso central, interferindo na organização neuronal e formação desse cérebro em desenvolvimento. Desta forma essas alterações poderiam levar aos sintomas de TDAH.

O tratamento do TDAH deve envolver, segundo os autores analisados, o uso de medicamentos associados a intervenções psicossociais e psicoterápicas.

As medicações de primeira escolha para o transtorno analisado são os psicoestimulantes. No Brasil, até o momento (palavras de Teixeira 2006) , o único existente é o metilfenidato. Trata-se de um fármaco seguro eficiente e muito bem tolerado pelos pacientes. Podemos contar também com medicamentos considerados de segunda escolha em caso de “fracasso” na utilização do metilfenidato, como os antidepressivos tricíclicos e os antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina.

O autor faz uma alerta em sua obra afirmando que aos olhos da Ciência não existe estudos que comprovem teorias que liguem o surgimento do TDAH a dietas, aditivos alimentares, açúcares ou problemas ortomoleculares, justificando a necessidade de nutrientes especiais, vitaminas ou dietas nutritivas.

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1.3 Como avaliar crianças com TDAH

“È imprescindível para uma avaliação de TDAH uma equipe multidisciplinar ( ...) O tratamento não ocorre de forma unilateral , ou seja apenas focando a criança . Deverá ocorrer de forma aprofundada, atingindo a criança, a família e a escola em suas necessidades particulares”.

( Ohlweiler e Riesgo 2006 apud Sampaio 2014) p.141 )

De acordo com Sampaio é o professor que geralmente começa a perceber as características que marcam crianças com transtornos comportamentais e deve observar os sinais, sabe distinguir os sintomas específicos da síndrome. Entretanto não é ele, nem a escola que faz o diagnóstico, evitando um desequilíbrio na família, mas encaminhando para uma avaliação multidisciplinar.

Segundo Teixeira (2014), a correta intervenção nos diversos transtornos comportamentais dependerá de uma série de fatores, mas vale ressaltar que será primordial a união entre pais, educadores e profissionais da área da saúde mental infantil, como médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogo, entre outros.

A avaliação comportamental em crianças com TDAH depende de uma cuidadosa e criteriosa investigação clínica, que segundo o autor mencionado acima, deve ser feita de forma detalhada, dividida em cinco etapas: avaliação com os pais, da escola, complementares, aplicação de escalas padronizadas e avaliação da criança ou adolescente

A investigação com os pais deve buscar a história detalhada do desenvolvimento da criança, desde a gestação, possíveis problemas gestacionais; histórico do bebê, acompanhamento pediátrico e marco do desenvolvimento motor.

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Para Goldstein e Goldstein (1994) para ajudar uma criança hiperativa a ser bem sucedida, é essencial compreender o comportamento desse indivíduo, vendo o mundo através dos olhos dele e diferençando o comportamento que resulta da falta de capacidade do comportamento que corresponde a uma desobediência deliberada.

Ainda de acordo com os autores citados, crianças com TDAH necessitam de pais pacientes, compreensivos e apoiadores, que aceitam seu filho e estão conscientes da hiperatividade. Sendo assim farão uma diferença significativa no tratamento dos filhos.

1.4. Como se comportam na escola alunos com TDAH

Alunos com transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade, em geral deixam de prestar atenção em detalhes ou, segundo Teixeira (2014), cometem erros por descuido em atividades; apresentam dificuldades em manter atenção nas tarefas ou atividades lúdicas. Parecem não escutar quem lhes dirigem a palavra, não seguem instruções e não terminam deveres escolares e apresentam dificuldades para organizar tarefas e atividades.

Os mesmos evitam, antipatizam ou relutam em envolve-se em atividades que exijam esforço mental constante, como tarefas ou deveres de casa. Querem fazer várias coisas ao mesmo tempo; envolvem-se em situações de risco; falam sem parar. Pode apresentar baixa tolerância a frustração; Provocar situações constrangedoras. Mostram-se impacientes, impulsivos e/ ou compulsivos; Irrita-se, constrange-se, magoa-se com facilidade; Alguns têm uma tendência a ser criativo e intuitivo.

As crianças que possuem TDAH costumam agitar pés e mãos; apresentam dificuldades de brincar ou se manter em silêncio em atividades de lazer na escola. Correm ou escalam em demasia, em horas impróprias, normalmente não esperam sua vez, agem como se estivessem a “todo vapor”.

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Teixeira (iden) sugere em sua obra algumas dicas para os alunos favorecerem seu processo de aprendizagem:

• Ler sobre o TDAH para conhecer e entender melhor esse transtorno;

• Sempre que tiver dúvidas, perguntar ao professor;

• Dividir trabalhos extensos em várias partes;

• Criar uma agenda de compromissos;

• Fazer uma lista de suas atividades diárias e seus respectivos horários;

• Manter uma rotina diária de estudos, com horários pré- estabelecidos;

Neste contexto conhecer bem as características do comportamento das crianças que apresentam este transtorno evita que haja uma confusão ou rotulação inadequada com a de crianças que não tem limites ou não possuem uma estrutura familiar, onde haja uma educação sobre regras para uma boa convivência.

Ser família é ser atuante em sua função e não depositar esta responsabilidade para os outros, como a escola. Cada qual tem seu compromisso e comprometimento e, com isso cada um cumpri o seu dever e o direito de educar para ensinar, e todos juntos partilham de um bem comum que é o bem estar de nossas crianças e nossos jovens, fortalecendo um ser a ultrapassar fronteiras para se tornar íntegro e ocupar um espaço na sociedade, contribuindo para um mundo melhor”. (SILVA, LUCY, 2011, p.127 apud FRAnklin , Priscila, 2014 p.28)

Zagury (2007), neste aspecto contribui com sua obra alertando os pais para as conseqüências sociais da liberdade excessiva e da falta de autoridade. A autora criou a expressão “geração peito de frango”, caracterizando os pais de hoje. Segundo ela, no passado, não tiveram o direito de expressar-se e, no presente, pela postura excessivamente “psicologizante” adotaram, tornaram-se tímidos e sem autoridade, permitindo que, em muitos casos, seus filhos se transformassem no que chamou “pequenos tiranos”.

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Atualmente os educadores estão diante de uma difícil tarefa: educar e escolarizar. Sabe-se que o papel da escola não é o de substituir os pais, mas os professores têm assumido mais do que se espera de sua função social.

Cortella (2014) cita em seu livro uma afirmação de Clarice Lispector que nos traz um desafio: “Aquilo que desconheço é minha melhor parte” (p.47), ou seja, é preciso fazer melhor aquilo que fazemos. Para que aquilo que realizamos sirva para a vida em abundância. O conhecimento é um poder.E é ele que pode transformar a nossa prática. Estas constatações servem não só para os profissionais da área de educação, como para os pais que desejam conhecer e contribuir mais no favorecimento da aprendizagem de seus filhos e possibilitar formar seres humanos mais felizes, equilibrados.

Em uma sociedade de mudanças velozes, com a aceleração dos modos de pensar, fazer e conviver, segundo Cortella (iden), a Educação Escolar precisa estabelecer bases em três pilares:

1. Sólida base científica

2. Formação de solidariedade social.

3. Constituição de cidadania ativa.

O autor em análise nos convoca a admitir que a Ciência é um patrimônio da humanidade, um produto da ação humana. Não se trata de uma atividade que resulta de indivíduos, mas do conjunto humano em qualquer lugar. Sendo um patrimônio coletivo, é preciso que a apropriação não seja exclusiva. Ele continua afirmando que não podemos fazer do conhecimento científico um privilégio, que deve ser repartido no conjunto da humanidade.

A presente pesquisa considerou estas reflexões acima resumidas bastante relevantes para a discussão de questões sérias que ocorrem no ambiente escolar e que se perpetuam na maioria das vezes, por falta de conhecimento científico.

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um mundo de mudança veloz, estamos nós, no século XXI , nascidos no século XX, usando métodos que vinham do século XIX. E quando dá errado em sala de aula, qual o nosso argumento? “Esses alunos não sabem nada” ou não querem saber de nada”. ( Cortella, p. 23)

O autor, neste contexto, está referindo-se a alunos ditos “normais”, pois se pensarmos em crianças com algum transtorno que comprometa sua aprendizagem estará diante de questões muito mais complexas. Logo se pode concluir que a busca do conhecimento daqueles que estão diante de nós, enquanto educador se torna vital.

O grande pensado alemão IMManuel KANT ( apud Cortella, p.29) já afirmava noo século XVIII : “ Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar”. Algo muito positivo no trabalho pedagógico é quando o professor/ escola/ educador entra em “estado de atenção”, pois a Escola precisa acompanhar as mudanças que já ocorreram em todas as áreas, com a multiplicidade de tecnologias que fizeram com que houvesse o que o autor chamou de “emagrecimento” da Escola, como fonte de conhecimento letrado, ou seja, deixou de ser interessante, em sua maioria, como também perdeu parte da tarefa que carregava antes como maior valor.

Neste contexto torna-se fundamental a consciência do papel que exercemos na vida de uma criança, onde cada um tem sua importância e influência no desenvolvimento cognitivo, emocional, psicomotor e social da criança.

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Capítulo II

A família, suas transformações ao longo dos

séculos e a aprendizagem escolar

Para compreender melhor o tema da presente pesquisa considerou-se importante fazer um breve histórico sobre o conceito de família e aprendizagem escolar. Ramos e Casarin (2007) em seu artigo, afirma que na história do Brasil, a família passou por diferentes períodos, os quais se relacionavam com o contexto sociocultural e econômico no país. O Brasil Colônia foi marcado pela escravidão e pela produção rural às exportações, o modelo era uma família extensa, patriarcal e os casamentos baseavam-se em interesses econômicos. A mulher era destinada aos afazeres domésticos e à educação dos filhos.

A partir das últimas décadas do século XIX, segundo os autores acima citados, identifica-se um novo modelo de família. Com o fim do trabalho escravo, com as novas práticas sociais e com o início da modernização do país, criou-se um terreno fértil à proliferação do modelo de família nuclear burguesa, originário da Europa. Trata-se de uma família constituída por pai, mãe e poucos filhos. O homem continua detentor da autoridade, enquanto a mulher assume uma nova posição: "dona de casa". Desde cedo, a menina é educada para desempenhar seu papel de mãe e esposa, zelar pela educação dos filhos e pelos cuidados com o lar.

Nos últimos anos, a divisão dos papéis entre o homem e a mulher sofreu grandes transformações. A educação formal recebida, no que se refere a gênero já não apresenta muitas diferenças. As mulheres lutam por igualdade de condições no trabalho e ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Sendo assim, a clássica divisão de tarefas Pai/ provedor, mãe/ rainha do lar, segundo a autora, hoje é quase inexistente. Nos últimos vinte anos, várias mudanças no plano socioeconômico e cultural, relacionadas ao processo

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de globalização, vêm interferindo na dinâmica e estrutura familiar e, conseqüentemente, estimulando alterações em seu padrão tradicional de organização. Embora, esse processo tenha começado com a Revolução Industrial, a interferência nas configurações familiares passa por grandes mudanças; depois da II Guerra mundial, a mão de obra feminina aumentou em virtude da ausência masculina no mercado de trabalho.

Neste sentido surgem as cobrança por parte da própria mulher, que enfrenta uma nova condição e um acúmulo de papéis, tendo a sensação de abandonar os filhos, por passar muito tempo fora de casa. Entretanto apesar das modificações no atual perfil da família, ainda segundo Ramos e Casarin(2007) a família continua tendo seu papel fundamental, insubstituível, não deixando de ser um importante núcleo de crescimento e aprendizado para os adultos, assim como para as crianças e adolescentes. Ramos reforça a grande importância que a família tem na formação da criança e afirma que, ela é indispensável à garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos, independentemente da estrutura familiar, ou da forma como vêm se estruturando. A escola tem seu papel de continuar a educar o sujeito, sem se tornar responsável por esse processo, uma vez que a responsabilidade fundamental é do núcleo familiar:

“É a família que propicia a construção dos laços afetivos e a satisfação das necessidades no desenvolvimento da pessoa. Ela desempenha um papel decisivo na socialização e na educação. É na família que são absorvidos os primeiros saberes, e onde se aprofundam os vínculos humanos”.

Nelson Elinton Fonseca Casarin ( 2007 p 4)

Ainda segundo os autores em análise, A família não é somente o berço da cultura e a base da sociedade futura, mas é o centro da vida social. Ela afirma que a educação bem sucedida serve de apoio à criatividade e ao comportamento produtivo escolar. A família tem sido, e será, a matriz do desenvolvimento da personalidade e do caráter das

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pessoas. E ela a responsável pelo processo de amadurecimento psíquico e proporciona uma sustentação necessária à individuação. Os pais são responsáveis pela sustentação emocional dos filhos, para que estes encontrem sucesso na aprendizagem escolar, orientando-os para lidar com as frustrações em relação aos modelos de aprendizagem formal.

Neste contexto Zagury (2007) traz uma contribuição bastante significativa quando aponta para o cuidado que os pais precisam ter em educar seus filhos , ensinando os limites, sabendo dizer sim ou não, nas horas certas, sem sentir-se culpados. São eles que poderão permitir que seus filhos se tornem pessoas capazes de, pela postura ética, transformar a sociedade, fundamental para evitar a marginalização dos jovens.

Os problemas vividos nas relações familiares vêm acentuando-se, gradativamente, ao longo da história. Porém, nos últimos anos, as mudanças foram significativas. A falta de tempo, os desencontros e a solidão denotam as dificuldades dos adultos dentro de suas casas. Ainda seguindo a linha de pensamento da autora, a maioria das pessoas parece precisar do que ela chama de “bolsos forrados de dinheiro”, mas possivelmente sem saúde, e principalmente sem familiares à sua volta. Trabalhar é necessário, porém deve-se analisar o contexto familiar no qual deve-se vive e as necessidades desdeve-se.

Neste atual contexto apresentado, as crianças que hoje são recebidas nas escolas tem se comportado de forma inadequada, desrespeitando regras, apresentando falta de limites, respeito e dificultando a tarefa dos profissionais da área de educação que seria escolarizar. É na família que as transformações individuais e coletivas são maturadas e podem se desenvolver nos padrões da sociedade em que se vive. Mas, isso demanda tempo de convívio.

Para Ramos e Casarin (iden), a reorganização das pessoas em grupo é um processo constante, pois é através dela que acontece a evolução pessoal e a estrutura necessária à formação de novas bases e identificações. A criança precisa de segurança, estabilidade, afetividade e compreensão para sentir-se adequada diante dos processos de aprendizagem. Um ambiente desfavorável

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incrementa a agressividade, o sentimento de incapacidade e, conseqüentemente, o comportamento anti – social, principalmente de crianças que sofrem de algum transtorno comportamental, como o TDAH, ao qual a pesquisa vem enfatizando.

A falta, ou escassez, de relações familiares adequadas, devido ao pouco tempo de convívio, ou desajustamentos pessoais, provoca a carência das funções materna e paterna, fragiliza os laços amorosos. Isto pode propiciar os problemas comportamentais infantis, que também podem ser confundidos com transtornos de comportamento, conforme tem ocorrido nas escolas, prejudicando o processo ensino aprendizagem.

Todo ser humano procura identificação e aceitação em um grupo. Se a família não estiver provendo essa identificação e organização necessária, de acordo com a obra analisada, ele irá buscá-las fora do convívio parental. Logo, surge o transtorno de aprendizagem, que pode levar o sujeito à marginalização, ao fracasso escolar, o que comumente percebemos. É no sistema familiar que são expressas as inquietações, as conquistas, os medos e as metas pessoais. Para tanto, é necessário preservar a individualidade dos seus membros e, ao mesmo tempo, o sentimento coletivo. Isso representa uma forma de apoio mútuo em família. A criança ou adolescente necessita do apoio da família e de um lugar na relação parental. Nesse sentido, o sujeito vai constituindo sua maturidade e iniciando o processo de individuação. Isto significa dizer que a família é uma célula reprodutora de outras, pois o indivíduo ao atingir a maturidade e individuação irá formar outra célula, no caso, outra família.

O papel da família vai além de prover os meios necessários à sobrevivência. Ramos e Casarin (iden) afirmam que o casal que decide ter filhos, a responsabilidade é ampla. A criança deve ter suas necessidades básicas satisfeitas, receber afeto, usufruir do aprendizado que permita tornar-se um tornar-ser capaz de viver em sociedade. Por outro lado, tornar-se a família não oferecer a base necessária ao desenvolvimento da criança, ou do adolescente, este irá buscá-la em outros grupos. O perigo se instala nesse momento, pois, se o sujeito não encontrar apoio e atenção nos membros do seu grupo mais próximo, certamente irá buscá-los fora. Assim, a fragilidade do adolescente

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aflora quando não vislumbra expectativas de crescimento e autonomia no futuro. Em se tratando de crianças que tem o TDAH, por exemplo, torna-se ainda mais complicado seu relacionamento com o grupo, escola e seu bom desempenho escolar.

A presente pesquisa pode demonstrar que vários autores apresentam uma linha de pensamento semelhante , quando concordam que a existência de uma parceria entre todos os envolvidos no processo educacional de uma criança é fundamental ,apresentando ou não algum transtorno comportamental infantil. Qualquer indivíduo deve se sentir seguro e amparado para que cresça mais feliz e equilibrado.

As palavras têm um significado, pois uma comunicação eficiente diminui a chance de desvios de compreensão. Portanto, ainda segundo Ramos (iden), é necessário o diálogo na tarefa de educar. Poderíamos dizer que as relações parentais, regidas pelo comprometimento e diálogo, são essenciais para uma situação confortável entre as pessoas na família.

A família deve ser entendida como sendo uma estrutura protetora, que desempenha a tarefa de orientar a criança ou adolescente, de forma a favorecer o seu crescimento e aprendizado no contexto social, conforme abordado anteriormente neste trabalho.

Para os autores acima relacionados, com o passar do tempo, essa idéia sofre transformações até o ponto de tornar-se uma função da escola. Por outro lado, a escola é colocada como auxiliadora da família na construção de conhecimento e formação social. Hoje se pode perceber que, a família e a escola têm uma tarefa complicada, devido às transformações que a sociedade vem sofrendo ao longo do tempo. Como conseqüência, observa-se, pais e professores queixarem-se em relação tarefa de educar.

Com o aumento da jornada de trabalho, devido tanto à necessidade de trabalhar mais para aumentar o rendimento familiar quanto ao crescimento das cidades, diminuiu consideravelmente o tempo que os pais dispunham para

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compartilhar com os filhos, mas sabe-se que a criança carece de muito afeto e de uma troca com os adultos que vá além da satisfação das suas necessidades fisiológicas. A diminuição desse afeto, dessa troca, empobrece consideravelmente a criança e limita suas possibilidades de amadurecimento. Paradoxalmente, ainda de acordo com a autora (iden), para poder satisfazer as necessidades fisiológicas e materiais dos filhos, os pais precisam trabalhar cada vez mais, os filhos procuram de alguma forma, suprir a necessidade de afeto, assim como buscar meios para atrair a atenção dos pais. Na sociedade atual, a situação escolar é importante para os pais e perturba-os constatar que seus filhos não estão bem nas atividades escolares, em muitos casos.

Zagury( 2007) traz uma importante contribuição com sua obra , no sentido de orientar os pais; convida-os a refletir sobre quando dizer sim ou não aos filhos, respeitando suas vontades, mas impondo limites de forma consciente . “ É fundamental acreditar que dar limites aos filhos é iniciar o

processo de compreensão e apreensão do outro”. Ela afirma que negar alguma

coisa para os filhos parece um crime, um modelo antiquado de educar, afinal, segundo a autora, tantas obras publicadas indicam tudo que não se deve fazer e tão pouco oferece realmente uma diretriz para orientar quem quer educar bem seus filhos.

Por outro lado Teixeira (2014), eu seu livro relata a experiência de uma mãe que tem um filho com TDAH e lhe pede ajuda, pois fez o que considerou possível para mudar o comportamento de seu filho em casa e na escola:

“Eu já botei de castigo, bati , gritei tirei a televisão e o vídeo game do quarto... Nada funciona. E, ainda por cima tem gente que diz que é a mãe que não sabe dar educação ao seu filho”.(...) Já fui chamada na escola três vezes este mês. Ele não presta atenção em nada, e eu rendimento acadêmico está péssimo.

( Teixeira, 2014 relatando a fala de uma mãe p.73 )

O autor com a preocupação de ajudar pais e professores a lidar com as dificuldades comportamentais das crianças com transtorno fala em seu livro, sobre a “terapia cognitivo- comportamental” , que pode ajudar a criança no controle de sua agressividade, auxiliar a modular seu comportamento social,

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ensinar estratégias de solução de problemas, controle da impulsividade e na regulação de sua atenção.

Existem grupos de apoio aos familiares e portadores de TDAH, segundo Teixeira ( iden), que tem por objetivo oferecer informações sobre o TDAH, transtornos associados , como a depressão ou transtornos de ansiedade, além de suporte emocional .Nestas reuniões e encontros participam médicos , psicólogos , terapeutas familiares, fonoaudiólogos, psicopedagogos e demais profissionais de saúde mental. Os pais das crianças devem ser pacientes, persistentes e orgulhosos, não só aqueles que apresentam algum transtorno, mas todos merecem se sentir amado e protegido.

A família deve ter paciência, segundo Goldstein e Goldstein (2002) para instruir os professores sobre os distúrbios de atenção de a infância oferecer recursos, compreensão e apoio. Os pais de crianças hiperativas devem ser persistentes em seus esforços de ajudar seu filho a obter “sucesso” na escola, segundo os autores. Devem aprender a superar os obstáculos e a assumir compromissos, além de reconhecer quais tipos de intervenção são possíveis de serem executadas pelos professores e educadores especiais. Devem também estar dispostos a oferecer auxílio adicional na forma de sugestão para os programas de orientação comportamental que possam ser realizados na escola e seguidos em casa.

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CAPÍTULO III

Inclusão Educacional

Para compreender melhor o papel da escola na inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais, considerou-se relevante para esta pesquisa, buscar definir o que é inclusão, com base no CNE/CEB Nº 17/2001, MEC, apud Fonseca (2014):

“É a garantia a todos do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade, sociedade essa que deve estar orientada por relações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo ma equiparação de oportunidades de desenvolvimento com qualidade, em todas as dimensões de vida.

( CNE/CEB Nº 17/2001, MEC, apud Fonseca 2014 p.18) Segundo a referência acima mencionada, a Inclusão Social é a certeza do acesso a todos os alunos com necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino. A escola, com um compromisso de uma educação de qualidade para todos os alunos, pratica a inclusa através de seu projeto pedagógico, que deve ter um caráter emancipador e global, que prevê um conjunto de práticas inclusivas, bem como serviços para apoiar, complementar, suplementar e ainda segundo a Fonseca ( iden) , buscar substituir os serviços de atendimento comuns que servem para possibilitar o desenvolvimento das potencialidades de alunos com NEE. A inclusão educacional é fator determinante para a inclusão social e exercício da cidadania ( CNE/ CEB Nº 17/2001, MEC, apud Fonseca p.18)

Fonseca, em seu livro (iden) relembra as políticas educacionais que existem no Brasil, o que consta nos documentos nacionais sobre o assunto. Documento este que recebe influencia desta nova perspectiva de uma educação de qualidade para todos. De acordo com a obra em análise, mesmo

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antes da Declaração de Salamanca, a Constituição da República do Brasil (1988) já dispunha, em seu capítulo III, artigo 208, o “dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de :III – atendimento educacional especializado aos portadores de Deficiência , preferencialmente na rede regular de ensino”. (p.20).

Entretanto, baseada em Fonseca (2014) foi com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( Lei nº 9.394 , de 1996), que dedica o Capítulo V inteiramente à Educação Especial, que as políticas nacionais passaram , efetivamente , a se pautar pela perspectiva da inclusão de alunos com necessidades especiais no ensino regular.

Apesar da existência de Leis, os ideais de uma escola inclusiva de qualidade ainda estão longe da concretização. As marcas da exclusão, segregação e marginalização ainda permeiam a vida escolar de muitos alunos, principalmente daqueles oriundos das camadas mais populares. A autora nos convida a refletir sobre os problemas relacionados ao processo de inclusão de alunos com NEE.

Até o início do século XXI, Segundo Alonso (2016), o sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviço: a escola regular e a escola especial – ou o aluno frequentava uma, ou a outra. Atualmente faz parte da realidade do nosso sistema escolar um único tipo de escola: a regular, que deve acolher todos os alunos , apresentar meios e recursos adequados e, oferecer , de acordo com a própria legislação vigente ( mencionada anteriormente) apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem. O esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais no Brasil, segundo artigo em análise, é a resposta para uma situação que perpetuava a segregação dessas pessoas e cerceava o seu pleno desenvolvimento. A Educação Inclusiva compreende a Educação Especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço pra todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todo aluno pode ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar. Entretanto há necessidades que exigem da escola atitudes específicas, como por exemplo,

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utilização de recursos e apoio especializado para garantir a aprendizagem de todos os alunos.

Neste sentido, Segundo o artigo ( iden), a Educação inclusiva é o ato de educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar, respeitando os direitos e a liberdade humana ,que é o primeiro passo para a construção da cidadania. A autora afirma que a opção por uma educação inclusiva não significa negar as dificuldades dos alunos e encarar como problema,pelo contrário, é ver as diferenças como diversidade. É essa variedade, a partir da realidade social que pode ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças. Para a autora , manter a diversidade , apresentada na escola, encontrada na realidade social, representa oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais, com ênfase nas competências, capacidades e potencialidades do educando.

Alonso (iden) convida o educador a refletir sobre a abrangência e o significado de Educação Inclusiva, pois neste contexto, estamos considerando as diversidades dos indivíduos e seu direito a equidade e colocando em prática o que CARVALHO ( 2005 apud Alonso ,2016) define como “o direito de

aprender a aprender ,aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver” .

Nesta mesma linha de pensamento a Educação Especial deve ser vista no contexto da Educação Geral, ou seja, o portador de necessidades especiais deve ser atendido no mesmo ambiente que os demais. A esta tendência contemporânea dá o nome de Educação Inclusiva.

3.1 O papel da escola / professor na inclusão de crianças com

TDAH e as possíveis estratégias de ação

“ O papel do professor é de extrema importância no sentido de estabelecer parceria com a família e focar apenar nos sintomas

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e necessidades de investigar para descartar ou confirmar hipóteses e favorecer a aprendizagem da criança” .

( Rohde e Benczik, 1999 p. 66 )

Segundo Teixeira (2014), a determinação de rotinas de estudo, com horários predeterminados e combinados com a criança, tal como a aplicação de pausas regulares durante o estudo, associados a ambientes silenciosos, longe de estímulos visuais como brinquedos, televisão rádio, telefone ou outros materiais escolares que não o de estudo naquele momento, podem auxiliar muito na melhoria do rendimento escolar. O autor analisado na presente pesquisa sugere algumas medidas que podem favorecer a aprendizagem de crianças com TDAH:

• Criar um elo de comunicação professor- responsáveis ( agenda), atitude que beneficia todas as crianças, pois permite uma comunicação diária sobre a rotina escolar;

• Sentar a criança que sofre do transtorno próximo ao quadro, longe de janelas;

• Agendar disciplinas que exijam mais atenção no início das aulas, pois neste momento os alunos estão mais descansados e atentos;

• Estipular pequenas pausas a cada 40 minutos de aula, de acordo com Teixeira (iden)

Sampaio (2014) também contribui, neste sentido quando propõe algumas estratégias de trabalho para a escola com o objetivo de permitir que a inclusão ocorra adequadamente:

ü Os profissionais da instituição devem estar sendo preparados continuamente;

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ü Compreender que o aluno com TDAH precisa do auxílio de um tutor /mediador, caso a turma tenha um número razoável de alunos;

ü Posição da equipe pedagógica sobre o uso da medicação indicada, que em muitos casos, precisa ser ministrada no ambiente escolar;

ü Elo: escola criança família = contato permanente

ü As ações devem visar o cumprimento de regras e não aplicação de punições e estigmatização do aluno.

ü O aluno deve participar da construção com o auxílio do professor para permitir que o aluno com transtornos comportamentais, em especial o focado nesta pesquisa, se sinta autor e sujeito de suas ações.

ü Atentar para a quantidade de crianças com (NEE), de acordo com Sampaio (iden), o TDAH é muito ativo e por apresentar dificuldades de aprendizagem associado ao transtorno não é interessante.

ü Questionar conceitos e modelos de avaliação dos conteúdos: a criança com TDAH.

Neste contexto Fonseca (2014), enriquece esta pesquisa afirmando que cada necessidade é única, ou seja, todo indivíduo que apresenta características similares ao transtorno de comportamento deve ser estudado com muita atenção. A experimentação, segundo a autora, deve ser muito utilizada, pois permite observar como a ajuda técnica desenvolvida está contemplando as necessidades percebidas.

A autora ( acima mencionada) aborda em seu livro, a necessidade de ressaltar que, toda a prática pedagógica da escola deve ser pensada e construída pela equipe pedagógica da escola, de acordo com as necessidades dos alunos e atendendo ao plano nacional de educação. Para isso é preciso:

• Compreender a situação que envolve o estudante, ou seja, ouvi-lo, entender seus desejos; identificar características físicas e

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psicomotoras; observar a dinâmica do estudante no ambiente escolar, reconhecendo o contexto escolar.

• Conversar com usuários (estudantes, colegas e família); buscar soluções existentes (família, catálogo); pesquisar materiais que podem ser utilizados.

Apesar da autora em análise não abordar em seu livro o TDAH, percebe-se na leitura de sua obra que atitudes corajosas e conscientes cabem em diversas situações seja para crianças com TDAH, com espectro autista ou para a grande maioria dos transtornos. Segundo Fonseca (iden), é fundamental que se reflita sobre a prática pedagógica na educação inclusiva e, sobretudo na aquisição de novos conhecimentos sobre as características, potencialidades e as limitações dos alunos com necessidades educacionais especiais;

fundamentos teóricos sobre a utilização em sala de aula de recursos e apoios pedagógicos que auxiliem no acesso à aprendizagem.

O universalismo que queremos hoje é aquele que tenha como ponto em comum a dignidade humana. A partir daí, surgem muitas diferenças que devem ser respeitadas. Temos o direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza." (Boaventura de Souza Santos apud Alonso)

A Educação Especial engloba uma imensa diversidade de necessidades educacionais especiais, assim como uma equipe multidisciplinar , composta pelos mais diversos profissionais e especialistas, cujo objetivo principal é promover uma melhor qualidade de vida àqueles que por algum motivo, necessitam de um atendimento mais adequado à sua realidade física, mental, sensorial e social.

CORTELLA (2014) em sua obra traz uma reflexão importante referindo-se aos professores sobre mudança, citando um ditado árabe: “Homens são como tapetes, às vezes precisam ser sacudidos” (p.33). Ele afirma que esta sacudidela é que nos permite uma transformação da própria postura. Entretanto mudar causa tensão, que pode ocasionar uma rigidez, que é o que se quer manter, e flexibilidade, que é o que nos obriga a altera a postura, segundo o autor citado. É necessário ser flexível, não só em Educação, mas em qualquer outra esfera da vida.

Sabe-se que ser flexível é diferente de ser volúvel. Volúvel, ainda segundo Cortella, é aquele que muda por qualquer coisa, que não tem

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convicções, não tem raízes, agora ser flexível é aquele capaz de alterar determinadas posturas, sem perder a “rota”.

“A atitude de mudança é que responde à possibilidade do novo. Aliás, só quem não teme o novo (o novo, não a novidade) é capaz de mudanças significativas”.

(CORTELLA 2014, p.34)

Segundo o autor acima citado, só é um bom ensinante quem for um bom aprendente. UM paradigma especial que um educador precisa observar é “humildade pedagógica”, que é a noção de que alguém sabe sobre determinados temas, mas não sabe tudo sobre o próprio tema.

De acordo com os autores abordados no estudo, há um equívoco entre os professores de que se o aluno apresentar laudo informando a deficiência o mesmo deverá ser aprovado, pois a criança estaria amparada pelo mesmo. Entretanto de acordo com todo o contexto analisado, inclusive orientados pelas leis que, desde a Declaração de Salamanca (1994) o que deve ocorrer na verdade é a flexibilização de currículo para os alunos que apresentam deficiência, adequando mobiliários, ambiente , utilizando recursos educativos e Equipe de apoio. Cabe ao Gestor da escola fazer as devidas modificações/ e ou ajustes, contemplando no Projeto Político Pedagógico como este trabalho deve ser desenvolvido, monitorado e mensurado. Ao professor, de acordo com a abordagem dos autores estudados neste trabalho,em posse de laudos que comprovem a necessidade de adaptar currículo, elaborar a flexibilização de currículo, avaliando, sondando , observando, fazendo entrevistas, traçando o trabalho pedagógico condizente com as necessidades do aluno, aí sim terá meios para aprovar ou reprovar o aluno. Afinal, o que ficou claro no presente trabalho é que, todos os autores, estudiosos sobre o assunto : todos concordam que as possibilidades existem, são alcançáveis, mas exigem um trabalho colaborativo, participativo de uma equipe multidisciplinar, onde todos devem ter clareza do seu papel, inclusive a criança.

(39)

CONCLUSÃO

A presente pesquisa pode concluir que o primeiro passo para alcançar uma Educação Inclusiva, onde os direitos de todas as crianças, sejam assegurados apresentando transtornos comportamentais ou não, é reconhecer a necessidade de um olhar mais sensível e humano. Sabendo que há enormes desafios pela frente, para pais , professores, crianças e outros profissionais que estudam o comportamento humano, mas as possibilidades de alcançar êxito se tornam mais fáceis na medida que o trabalho acontece em equipe.

É importante admitir que quanto mais enfadonha, desinteressantes forem as tarefas propostas, maiores serão as dificuldades encontradas. Tentar entender a “hiperatividade” concentra-se em problemas específicos, e não na pouca habilidade, podendo obscurecer em vez de melhora a compreensão.

De acordo com os estudos feitos durante esta pesquisa pode- se perceber que a atenção é um processo complexo que envolve diferentes habilidades, ou seja é injusto enfatizar que uma criança desatenta nunca presta atenção , que um indivíduo impulsivo nunca planeja uma ação ou que uma criança agitada não ficará sentada. Enfim o caminho é longo e árduo, mas é alcançável.

Neste contexto torna-se fundamental repensar a prática pedagógica desenvolvida com alunos que apresentam transtornos ou aqueles que apenas precisam ser vistos como sujeitos históricos de sua própria formação, sobretudo ter a consciência das ações educacionais.

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BIBLIOGRAFIA

CASARIN, Fonseca Nelson Elinton e Ramos, Jacques Maria Beatriz .

Família e aprendizagem escolar : Contextualização Teórica

Editora Revista Psicopedagogia: versão impressa ISSN 0103-8486. . vol.24 nº. 74 São Paulo 2007 Disponível em http:/

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_serial&pid=0103-8486&lng=pt&nrm=iso. (Atualizado em Novembro 11, 2015).Acessado em 3/01/2016.

CORTELLA, Mário Sérgio. Educação, Escola E Docência: Novos tempos, novas atitudes. São Paulo: Cortes, 2014

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GOLDSTEIN San ,GOLDSTEIN,Michael. Hiperatividade: Como desenvolver

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HADDAD, Patrícia Jane. Cabeça nas nuvens: Orientando pais e

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TEIXEIRA, Gustavo Henrique. Transtornos Comportamentais na Infância e

Adolescência, 1ª ed., Rio de Janeiro: Editora Rubio Ltda, 2006

TEIXEIRA, Gustavo. Manual dos Transtornos Escolares: Entendendo os

problemas de crianças e adolescentes na escola, 5ª edição, Rio de Janeiro,

Best Seller, 2014.

ZAGURY, TANIA ZAGURY. LIMITES SEM TRAUMA: Construindo cidadãos, 80ª edição, Rio de Janeiro: Editora Saraiva 2006

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 01 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 07 SUMÁRIO 09 INTRODUÇÃO 10 CAPÍTULO I 12

Breve histórico: O olhar para o desenvolvimento e comportamento infantil

1.1. Conceituando o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade 14

1.2. Principais características de crianças e adolescentes TDAH – 17

Quais são as causas 1.3. Como avaliar crianças com TDAH 20

1.4. Como se comportam na escola 22

CAPÍTULO II 25

A família, suas transformações ao longo dos séculos e a aprendizagem escolar

CAPÍTULO III 32

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3.1. O papel da escola / professor na Inclusão de crianças com TDAH e as

possíveis estratégias de ação 34

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 40

Referências

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