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ESCOLA SUPERIOR BATISTA DO AMAZONAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA KERLY FERREIRA GOUVEIA

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ESCOLA SUPERIOR BATISTA DO AMAZONAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA

KERLY FERREIRA GOUVEIA

TERAPIA EM PACIENTE ONCOLÓGICO CANINO GERIÁTRICO DA RAÇA BOXER - RELATO DE CASO

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KERLY FERREIRA GOUVEIA

TERAPIA EM PACIENTE ONCOLÓGICO CANINO GERIÁTRICO DA RAÇA BOXER - RELATO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel. Escola Superior Batista do Amazonas. Curso de Graduação em Medicina Veterinária.

Orientadora Professora Ma. Jandiara Kelly de Oliveira Araújo

Manaus 2017

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G719t Gouveia, Kerly Ferreira

Terapia em paciente oncológico canino geriátrico da raça boxer: Relato de Caso / Kerly Ferreira Gouveia– Manaus: Escola Superior Batista do Amazonas - ESBAM, 2017.

Fls: 34

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel. Escola Superior Batista do Amazonas. Curso de Graduação em Medicina Veterinária.

Orientadora: Profª Ma. Jandiara Kelly de Oliveira Araújo

1. Cão 2. Neoplasias 3. Idoso I. Título

CDU: 636

Ficha Catalográfica

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Dedico...

Aos meus pais, Josias José Ferreira e

Francisca Adativa Ferreira, por todo amor,

valor e dedicação, que me deram em toda a

minha vida, vocês foram a minha maior

inspiração e sem vocês eu não teria

conseguido esta vitória.

Ao meu esposo José Nelson Gouveia Junior,

sem seu apoio eu não estaria realizando meu

grande sonho.

Aos meus filhos Moisés Ferreira Gouveia,

Israel Ferreira Gouveia e José Nelson

Gouveia Neto, minha neta Valentina Silva

Gouveia.

Aos meus irmãos Marinez, Marineide,

Jackson e Victor, vocês jamais serão

esquecidos, pois sei que esta vitória, também

de vocês.

Aos meus sobrinhos Alice e André Menezes,

pelo carinho e apoio.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, à Deus, nosso pai, sempre presente todos os dias da minha vida, que me sustentou, dando forças em todos os momentos difíceis dessa caminhada.

A todos os meus familiares, que estiveram ao meu lado em todos os momentos, quando estive acamada, e que compartilharam meu sonho.

A minha orientadora Jandiara Kelly, pela paciência e humildade em compartilhar suas experiências e conhecimentos, sua atenção fez toda a diferença nesta caminhada. Como, também meus agradecimentos são extensivos aos professores da ESBAM, pela atenção, carinho, respeito e por todas as oportunidades que nos deram durante o período de graduação.

Aos amigos que conquistei durante toda essa jornada, aos parceiros de estudo, em especial alguns que guardarei em minhas memórias, como o Oseias, Adriane, Janaína, e tantos outros que passaram pelo nosso caminho, saibam que todos os obstáculos que passamos, valeram a pena.

A Kika pela oportunidade de cuidar e de estar ao seu lado, espero que permaneça junto a nós por muito tempo, e aos meus inúmeros filhos do coração, que preenchem minha vida com um amor inexplicável, sou grata a Deus.

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" Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei”.

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LISTA DE FIGURA

Quadro 1. Alterações fisiológicas em animais idosos 8

Figura 1. Paciente canino com Mastocitoma 11

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SUMÁRIO

CAPITULO I

1 REVISÃO DE LITERATURA: 8

1.1 Importância do câncer para cães geriátricos 8

1.2 Peculiaridades fisiológicas do paciente oncológico idoso 8

1.3 Principais Neoplasias Malignas em cães 11

1.3.1 Mastocitoma cutâneo 12

1.3.2 Carcinoma Mamário 12

1.3.3 Tratamento terapêuticos para cães neoplásicos geriátricos 14

REFERÊNCIAS 14

CAPITULO II

2 ARTIGO: TERAPIA EM PACIENTE ONCOLÓGICO CANINO

GERIÁTRICO DA RAÇA BOXER - RELATO DE CASO

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CAPITULO I

1 REVISÃO DE LITERATURA

1.1 Importância do câncer para cães geriátricos

O câncer é uma enfermidade de natureza maligna que acomete tanto humanos, como animais, além de ser responsável pelo maior número de casos de mortalidade no mundo, seja por morte espontânea ou por eutanásia, principalmente em cães (ASCOLI et al, 2016; (VETTORATO et al., 2017).

Embora neoplasias possam acontecer em cães em diversas faixas etárias (ASSUMPÇÃO, 2010), há uma maior frequência em animais adultos e idosos, de 9 a 13 anos, quando comparados com animais mais jovens, de 4 a 8 anos (CARNEIRO et al., 2010).

Entre os aspectos que mais predispõe o surgimento do câncer em animais domésticos está o aumento do tempo de vida dos animais, que pode estar associado a uma maior convivência dos animais com o ser humano, tornando-o integrante direto do seio familiar, intensificando os cuidados e tendo uma maior preocupação com o bem-estar desses animais (DE NARDI et al., 2002; BARROS et al., 2017).

A preocupação com o bem-estar e com a qualidade de vida dos pacientes geriátricos é necessária, haja vista que os tumores mais prevalentes, como os de origem cutânea e mamário, acometem cães com média de idade de 13,5 anos(FERNANDES et al., 2013; SCATTONE e DEL FAVA, 2014; BARROS et al., 2017)

Animais idosos apresentam alterações fisiológicas que reduzem a capacidade de reserva funcional de diversos órgãos, sendo necessário analisar com muita cautela a abordagem terapêutica ou os cuidados a serem empregados no tratamento de determinadas enfermidades nestes pacientes (CARVALHO, 2011).

1.2 Peculiaridades fisiológicas do paciente oncológico idoso

O animal geriátrico pode ser definido como aquele que já tenha vivido cerca de 75% de sua expectativa de vida, devendo ser observado não somente a idade cronológica, mais também a idade fisiológica do paciente, uma vez que alterações fisiológicas associadas com a idade do animal determinam o grau de envelhecimento (VACARRIN et al., 2014).

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Assim como no ser humano, o processo de envelhecimento nos animais é progressivo, com alterações corporais significativas e perda gradativa de funções fisiológicas vitais, até a sua morte (HOSKINS, 2004).

Portanto, quando o ser humano atinge a terceira idade a partir dos 60 anos, o cão de diversas raças e tamanhos atinge essa fase em diferentes idades (TRULHA, 2010)

O envelhecimento é comum a todos, e principalmente seus efeitos sobre os sistemas orgânicos senis, que correspondem a alterações progressivas e irreversíveis, sendo que os animais idosos raramente possuem uma única doença e sim, uma combinação particular e múltipla de doenças orgânicas com níveis variados de disfunção ou, doenças pré-existentes (MORAES et al., 2013; BECKER, 2010), conforme observado no Quadro 1.

Quadro 1. Alterações fisiológicas em animais idosos Efeitos metabólicos

 Diminuição do metabolismo;  Redução da resposta imunológica;

Desenvolvimento de doenças imunomediadas;

Efeitos Físicos

 Aumento do peso;

 A pele torna-se mais fina, hiperpigmentada e sem elasticidade;  Hiperqueratose nos coxins e nariz;

 Osteoartrite;

 Doenças periodontais;

 Mucosa gástrica torna-se atrofiada e fibrosada;

 Número de hepatócitos diminui e ocorre fibrose hepática;  Diminui a secreção de enzimas pancreáticas;

 Redução do funcionamento dos pulmões;  Nefropatia;

 Pneumonias;

 Incontinência urinária;  Prostatopatias;

 Ovários aumentam e glândulas mamárias tornam-se fibrocísticas ou neoplásicas;

 Diminui o débito cardíaco;

 Médula óssea torna-se gordurosa e hipoplásica;

Disfunção cognitiva;

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O paciente geriátrico apresenta frequência redução do débito cardíaco, que aliado à desidratação crônica e à perda de elasticidade do sistema cardiovascular, levam à redução da atividade de mecanismos compensatórios do sistema cardíaco (MORAES, 2013, VACCARIN et al., 2014).

Por essa razão é comum o surgimento de doenças produzidas por alteração diversas, sendo algumas das patologias associadas ao envelhecimento, as alterações degenerativas, particularmente no sistema músculo esquelético, artrite e, artrose; variações endócrinas e metabólicas, as cardiopatias, as alterações cognitivas e as neoplasias malignas que são as afecções mais comumente observadas em cães idosos, algumas com grande dificuldade de diagnóstico e tratamento (PANTOJA, 2010).

São poucos os estudos sobre os efeitos do envelhecimento no organismo animal, sendo importante o conhecimento de todos os aspectos, no intuito de melhorar a capacidade de. Utilizar medicamentos em animais idosos envolve o entendimento das mudanças estruturais e funcionais dos vários órgãos e sistemas relacionados com a idade, implicando alterações na farmacocinética e farmacodinâmica para vários medicamentos (GOMES E CALDAS, 2008).

Uma situação que dificulta a administração de fármacos, principalmente em procedimentos cirúrgicos, sendo importante a classificação do risco anestésico nestes pacientes, pois procedimentos anestésicos a partir de 75 minutos, aumentam as complicações, a morbidade e a mortalidade nos cães idosos, principalmente em animais com hematócrito e hemoglobina baixa (CARVALHO, 2011).

Também devem ser evitados os fármacos com metabolização hepática e excreção renal, pois o envelhecimento leva a perdas na capacidade de metabolização e depuração hepática de fármacos solúveis e, no cão idoso, ocorre redução da capacidade de filtração e excreção renal, levando a uma meia-vida prolongada e, por conseguinte, ao aumento da duração do efeito dos anestésicos, além de ocasionar a diminuição da capacidade pulmonar, que pode ser agravado se existir doenças respiratórias pré-existentes (VACCARIN et al., 2014).

Há um risco potencial de reações adversas aos medicamentos e de interações medicamentosas em pacientes idosos, devendo-se levar em consideração o número de fármacos a serem utilizados, o tempo de utilização e a dose prescrita (GOMES E CALDAS, 2008).

A mesma prática no uso de quimioterápicos deve ser considerada, haja vista os efeitos adversos que podem afetar todos os sistemas, mesmo que o objetivo deste tratamento seja controlar a progressão da doença e prolongar a sobrevivência do paciente após o diagnóstico, pois, segundo DOUCET (1999) medicamentos que possuem maior meia vida (tempo necessário para a eliminação de 50% da droga) e aqueles com janela terapêutica estreita (dose terapêutica

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muito próxima da dose tóxica) são os mais comumente associados a efeitos adversos e, muitos quimioterápicos possuem essas duas características (STEFFENON, 2014).

Dentre os principais efeitos da longevidade está o declínio dos aspectos fisiológicos do organismo, é uma circunstância que leva a construção de outras implicações progressivas, como estresse, infecções, depressão e problemas nutricionais, que em longo prazo, podem resultar em doenças mais graves como o aparecimento de neoplasias malignas (RAMOS, 2011; MOUSINHO, 2015).

1.3 Principais Neoplasias Malignas em cães

As neoplasias mais frequentes em cães são as de pele e seus anexos (46,1%), como Mastocitoma, Carcinoma de células escamosas (CCE), Hemangiossarcoma e Histiocitoma seguida das neoplasias da glândula mamária (24,4%), sistema genital (9,6%) e sistema alimentar (6,9%) (ANDRADE, 2012).

As mais prevalentes são o câncer mamário representando (45,64%) e o Mastocitoma (11,7%), sendo que 46,15% desta última situação comprometem cães da raça Boxer (DE NARDI et al., 2002).

Figura 1. Paciente canino com Mastocitoma.

Fonte: Arquivo Pessoal (2017).

Enquanto, que em estudos sobre o perfil do câncer canino, as neoplasias mais observadas em cães geriátricos, são o carcinoma mamário e o mastocitoma (TRULHA, 2010; RAMOS, 2011; FERNANDES et al, 2013; ASCOLI et al., 2016).

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1.3.1 Mastocitoma Cutâneo

O Mastocitoma cutâneo é uma neoplasia cutânea observada frequentemente em cães (Figura 1), de etiologia desconhecida, se origina na camada da derme, conhecida como mastócitos. Sua etiologia é desconhecida, sendo as principais hipóteses processo infeccioso, medicamentoso, atividade viral e de alterações de natureza genética (BRAZ et al., 2017).

Ainda que possa atingir cães de qualquer raça e idade, as raças braquiocefálicas e os de meia idade a idosos parecem estar mais predispostos. Acomete frequentemente o tronco e as regiões perineal, genital e inguinal e também podem atingir extremidade de membros, cabeça e pescoço (PALMA et al., 2009).

O diagnóstico desta neoplasia é baseado essencialmente nas técnicas citopatológica e histopatológica, a primeira é realizada através da punção aspirativa por agulha fina de células do tumor, pouco invasiva a baixo custo, enquanto que o exame histopatológico avalia o tecido após o estadiamento do tumor, possibilitando avaliar o grau de invasividade da neoplasia, sendo importante ressaltar que a citologia apresenta é mais utilizada na avaliação de processos neoplásicos em relação ao exame histopatológico, em torno de 69,69% (RASKIN e MEYER, 2003; BRAZ et al, 2016)

Para avaliação de risco metástico são empregados exames radiográficos e de imagem (RASKIN e MEYER, 2003; PRADO et al., 2012; BRAZ et al, 2016), contudo o índice mitótico é considerado o fator prognóstico mais confiável para sobrevida em paciente com câncer de pele, independente do ponto de corte utilizado na análise, principalmente em cães com Mastocitoma grau II (PATNAIK et al., 1984; NATIVIDADE et al., 2014).

Os animais podem ser tratados com cirurgia, radioterapia, quimioterapia, criocirurgia ou a combinação de uma ou mais terapêuticas. O prognóstico é classificado em três graus: grau I (bem diferenciado), grau II (moderadamente diferenciado) e grau III (pouco diferenciado) conforme o crescimento da anaplasia celular, no entanto, na maioria dos casos, o tempo de evolução é curto e, consequentemente, a sobrevida é baixa (PRADO et al., 2012).

1.3.2 Carcinoma Mamário

Os tumores das glândulas mamárias em cadelas são os tipos de neoplasia mais comuns na espécie canina, cujos fatores desencadeantes são fatores hormonais, nutricionais, genéticos e ambientais, bem comoafeta mais comumente, fêmea não castrada com faixa etária entre oito a dez, conforme Figura 2 (SILVA, 2016; RIPOLI et al., 2016).

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Figura 2. Paciente canina com Câncer Mamário

Fonte: Arquivo Pessoal (2017).

A predisposição racial entre cadelas varia de acordo com o perfil de cada espécie, sendo algumas raças caninas acometidas com maior frequência, do que outras, tais como, Boston Terrier, Cocker Spaniel, Fox Terrier, Pastor Alemão e Poodle. Enquanto, que as raças Chihuahua, Beagle e Boxer Terrier apresentam menores riscos de manifestarem neoplasias mamárias (QUEIROGA e LOPES, 2002).

O diagnóstico é formado, a partir da anamnese, exame físico e histopatológico, procurando avaliar o estado do animal, principalmente em animais acima de cinco anos que necessitam de exames mais específicos e complementares para diagnóstico diferenciado, como hemograma completo, perfil bioquímico sérico e urinálise, e para avaliar o quadro metástico, exames como tomografias, radiografias, ultrassonografia abdominal, citologias, eletrocardiografia, bem como o tipo tumoral (RASKIN e MEYER, 2003; PRADO et al., 2012; MACPAHIL, 2015).

O tratamento mais empregado é a excisão cirúrgica, como a nodulectomia, mamectomia, mastectomia em bloco e mastectomia total uni ou bilateral, com uso ou não de tratamentos adjuvantes como quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, sendo a abordagem terapêutica a ser empregada e o prognóstico no câncer de mama, dependente do número de mamas acometidos, tamanho e localização da formação, fixação a tecidos adjacentes, presença de metástase, invasão ganglionar e estado geral do paciente neoplásico (FOSSUM, 2002; QUEIROGA e LOPES, 2002; POTTER et al., 2016).

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1.3.3 Tratamento terapêuticos para cães neoplásicos geriátricos

Esse novo cenário do câncer promoveu avanços na medicina veterinária, com profissionais cada vez mais interessados em conhecer novas terapêuticas, além de procurar melhorar as convencionais, como as técnicas cirúrgicas, radioterapia e quimioterapia (VIEIRA et al., 2011). O maior interesse é o de conhecer a biologia tumoral, a fim de obter a melhor abordagem e o manejo do cão portador de neoplasia, e por consequência, melhores chances de sucesso no tratamento instituído (MARTINS et al., 2011).

Entretanto, a abordagem terapêutica oncológica em paciente geriátrico, por exemplo, vai depender da avaliação das condições físicas do paciente, além dos fatores clínicos, classificação histológica ou graduação do tumor e, apresentação e localização do tumor pois, o tratamento é o mesmo empregado aos animais de outras faixas etárias, envolvendo: Excisão cirúrgica, quimioterapia, radioterapia, criocirurgia ou a combinação de tratamentos, adequando, porém, o protocolo terapêutico escolhido, ao contexto da enfermidade e ao quadro clínico de cada paciente (FOALE e DEMETRIOU, 2011).

REFERÊNCIAS

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ABORDAGEM TERAPEUTICA EM PACIENTE ONCOLÓGICO CANINO GERIÁTRICO DA RAÇA BOXER - RELATO DE CASO

THERAPEUTIC APPROACH IN ONCOLOGICAL CANCER PATIENT OF GERMANY OF THE BOXER RACE - CASE REPORT

Kerly Ferreira Gouveia [a]*, Jandiara Kelly de Oliveira Araújo[b], José Allan Soares de Araújo[c], Rubens Antônio Couto da Costa[d]

[a] Curso de Medicina Veterinária, Escola Superior Batista do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.

[b] Mestra em Aquicultura, Escola Superior Batista do Amazonas, Manaus, AM, Brasil.

[c] Mestre em Medicina Veterinária em Ruminantes e Equídeo; Professor, orientador e coordenador de curso, Escola Superior Batista do

Amazonas, Manaus, AM, Brasil.

[d] Especialista em Oncologia, Centro Universitário do Norte, Manaus, AM, Brasil.

*Autora correspondente

E-mail: kerlyferreiragouveia@gmail.com

Resumo

Com o aumento da estimativa de vida dos animais de companhia, a medicina veterinária tem passado por um processo de aperfeiçoamento para melhor tratar pacientes geriátricos com processos neoplásicos. Este estudo de caso, tem por objetivo descrever a abordagem terapêutica utilizada em uma paciente canina oncológica geriátrica da raça Boxer, a fim de contribuir com a melhora da condição de vida e bem-estar deste paciente veterinário. Foi atendida paciente canina da raça boxer, de 12 anos, inteira, pesando 26kg, apresentando vários nódulos na região mamária e quatro nódulos médios na região craniofacial e pescoço, tendo passado por triagem diagnóstica clínica e laboratorial, com colheita de exame citológico que confirmou o quadro de Mastocitoma e câncer mamário. No entanto, apresentou quadro de pneumonia e Erliquiose, sendo primeiramente tratada para estas implicações e, após a recuperação de quadro anêmico, foi realizada a ovariosalpingohisterectomia, seguida de remoção da cadeia mamária e retirada de nódulo de Mastocitoma do pescoço, tendo recebido anestesia inalatória e medicação de eleição para a recuperação cirúrgica; após a alta médica, a paciente se recupera gradativamente das comorbidades, a fim de condicioná-la a continuidade da abordagem terapêutica das neoplasias malignas. O aparecimento de comorbidades juntamente às neoplasias, aumentam a complexidade do estado clínico do animal geriátrico, sendo necessário, diagnosticá-las adequadamente, a fim de viabilizar a abordagem terapêutica mais adequada, que não somente atenda a exigência cronológica, mas permita maior qualidade de vida ao paciente geriátrico oncológico.

Palavras-Chave: Cão, Neoplasias, Idoso.

Abstract

With increasing estimates of the lives of companion animals, veterinary medicine has undergone an improvement process to better treat geriatric patients with neoplastic processes. This case study aims to describe the best therapeutic approach for the geriatric canine oncologist of the Boxer breed, in order to contribute to the improvement of the life and well-being of this veterinary patient. A 12-year-old female boxer dog weighing 26 kg was presented, presenting several nodules in the mammary region and four middle nodules in the craniofacial region and neck, and undergoing clinical and laboratory diagnostic screening, with a cytological examination that confirmed the Mastocytoma and breast cancer. However, the patient presented a picture of comorbidities, pneumonia and Erliquiosis. The patient was initially treated for the complications and after an anemic recovery, an ovarian alveolysis was performed, followed by removal of the mammary chain and removal of the Mastocytoma nodule from the neck, receiving inhalation anesthesia and elective medication for surgical recovery; after discharge, the patient gradually recovers from comorbidities, in order to condition her continuity of the therapeutic approach of the malignant neoplasias. I conclude the importance of this case study, in the interest of making feasible oncological therapeutic approaches, which not only meets the chronological requirement, but also the quality of life of neoplastic geriatric patients.

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Introdução

O câncer é o maior responsável pelo número de casos de mortalidade de animais no mundo, principalmente nas espécies felinas e caninas (Vettorato et al., 2017).

Os processos neoplásicos podem acontecer em diversas faixas etárias (Assumpção, 2010), mais ocorrem com maior frequência em animais adultos e idosos (Carneiro et al., 2010).

Estudos sobre o perfil do câncer canino mostram que as neoplasias mais observadas em cães geriátricos, são o carcinoma mamário e o Mastocitoma (Trulha, 2010; Ramos, 2011; Fernandes et al, 2013; Ascoli et al., 2016).

Resultando em um número maior de pacientes geriátricos oncológicos que demandam de decisões terapêuticas que ajustem à fase de vida e ao bem-estar animal (Vieira et al., 2011). Esse gênero de paciente apresenta uma fisiologia diferenciada que reduz a capacidade de reserva funcional de diversos órgãos, tornando-se complicador a qualquer tipo de abordagem terapêutica ou de cuidados a serem empregados nessas patologias, ainda mais quando existem doenças pré-existentes (Carvalho, 2011).

Diante desse novo cenário, são necessários relatos de caso de pacientes geriátricos com diversas neoplasias malignas para direcionar a abordagem terapêutica mais adequada a ao tratamento desses tipos de enfermidades, a fim de proporcionar, maior qualidade de vida e bem-estar a esse tipo de paciente.

Por isso, o interesse deste estudo de caso em descrever a melhor terapia para paciente canina geriátrico oncológica, diagnosticada com dois processos neoplásicos diferentes, haja vista que a escolha da terapia em pacientes geriátricos tem que levar em consideração diversos aspectos, particularmente as alterações fisiológicas e impacto a qualidade de vida.

Relato de Caso

Este relato de caso foi desenvolvido em uma clínica veterinária de Manaus-AM, tendo recebido certificado de autorização do CEUA/ ESBAM de n. 59/2017 para a sua execução.

Foi atendida paciente canina geriátrica da raça boxer, de 12 anos, não castrada, pesando 26 kg, vacinada, não vermifugada, temperatura de 38º C, com queixa de tumoração na região mamária bastante inflamada e dois nódulos cutâneos na região do crânio e do pescoço.

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No exame clínico foi observada a presença de vários nódulos na região mamária inguinal posterior e quatro nódulos médios na região craniofacial, pescoço e escápula.

Foi solicitado exame citológico por agulha aspirativa fina (CAAF), conforme figura 1, hemograma completo e bioquímica sérica, como também foi feito radiografia do tórax, ultrassom e eletrocardiograma para confirmar o diagnóstico suspeito de neoplasia maligna e avaliação de possível quadro metástico, não tendo sido observado invasão neoplásica.

Figura 1. Paciente canina geriátrica com lesões mamária

Fonte: Arquivo Pessoal (2017).

Após vinte dias, ocorreu o retorno médico, com o laudo do Citopatológico que confirmou o quadro clínico da paciente, sugerindo Mastocitoma e Adenoma e carcinoma mamário.

Também, não foi achado nenhuma alteração nos outros exames complementares, como alteração na glicose ou nas enzimas hepáticas, bem como não se evidenciou quadro de anemia, sendo a paciente encaminhada a oncologia para decisão da melhor abordagem terapêutica, bem como, foi sugerida a realização do histopatológico.

No entanto, a paciente apresentou quadro febril, secreção nasal, cansaço e tosse, voltando ao atendimento clínico, onde foi feita a auscultação pulmonar sugerindo quadro de pneumonia.

Sendo prescrito para a pneumonia Amoxilina com clavulanato de potássio - Agemoxi CL® de 250mg/kg, VO, BID por quinze dias.

Na ocasião, foi realizada a pesquisa de hemoparasitose, que apresentou resultado negativo.

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Após 21 dias, a paciente retornou à consulta com o clínico e com o oncologista, que solicitou hemograma completo e raio X do tórax, para risco cirúrgico.

Contudo, foi confirmado trombocitopenia, tendo sido sugerido teste rápido para hemoparasitose, que confirmou que a paciente estava com Erliquiose.

Para tratar a Erliquiose foi sugerida a auto-hemoterapia associada ao tratamento convencional, Predinisolona - Alcort® de 20mg/kg, VO, SID, por dez dias, mas a Doxiclina - Doxitec® de 200mg/Kg, VO, BID, por 28 dias, sendo importante saber que esse tratamento é basicamente aplicação intramuscular de percentual de sague autólogo, logo após a retirada, para aumento das hemácias e plaquetas.

Após 15 dias, a paciente canina geriátrica retornou com o clínico cirurgião, devido a trauma na lesão mamária, com líquido seroso, sendo solicitado novo hemograma e raio X do tórax para exérese da cadeia mamária e dos Mastocitomas.

O hemograma completo revelou que a paciente geriátrica ainda apresentava quadro anêmico leve, mas as plaquetas estavam normais, sendo sugerida a realização da excisão nesse mesmo dia.

A paciente foi submetida a cirurgia, iniciando com MPA (Medicamento pré-anestésica) com Acepromazina - Acepram® de 0,1mg/kg, associada ao Cloridrato de Tramadol – Tramal® de 0,2mg/kg, IM. Indução com Propofol - Propovan® de 0,5mg/kg. Feito intubação com tubo traqueal 8.0mm. Utilizando Isoflurano como anestésico inalatório em circuito semifechado.

Foi realizada a ovariosalpingohisterectomia, seguida da remoção de toda a cadeia mamária com margem de procedimento tradicional de exérese com ligadura de vasos e artérias, e remoção de linfonodos inguinais e, sutura com fio nylon 3.0 em técnica simples interrompido. Por último, foi removido somente um nódulo do pescoço, pois a cirurgia já estava excedendo quatro horas, de acordo com a Figura 2.

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Figura 2. Paciente em procedimento cirúrgico.

Fonte: Arquivo Pessoal (2017).

Pós cirurgia, foi administrado um composto à base de MLK - 1mL de Morfina + 7,5mL de Lidocaína + 0,3 mL de Cetamina + 500mL soro fisiológico, tendo permanecido em observação por 24hs.

Enquanto que a extensão lesionada do carcinoma mamário e do mastocitoma foram encaminhada a avaliação histopatológico tradicional, sendo confirmado após vinte dias quadro neoplásico de adenoma complexo grau I e matocitoma cutâneo grau I (Patinak) e baixo grau (Kiupel).

Após alta médica, foi prescrito Meloxicam – uso veterinário - Meloxvet® de 6mg/kg, ½ comp, SID, por sete dias; Cefalexina - Cefex de 500mg, BID, 10 dias.

No terceiro dia de antibioticoterapia, a paciente começou a ter êmese, continuando no dia seguinte, sendo informado ao médico que prescreveu nova medicação, Enrofloxacino – Enronil® 150mg/kg, BID por 7 dias.

Finalizadas as medicações pós cirúrgicas, a paciente passou por novo hemograma para verificar se a mesma recuperou-se da anemia, para início do tratamento quimioterápico.

Entretanto, a paciente ainda estava bastante anêmica, devido a Erliquiose e a perda de sangue no momento da cirurgia, retornando assim a prescrição da Doxiclina - Doxitec® de 200mg/Kg, VO, BID, por mais 15 dias.

Até o momento, a paciente ainda encontra-se em tratamento para a anemia (Figura 3), aguardando condições favoráveis a realização da abordagem terapêutica para tratamento do Mastocitoma e da neoplasia mamária, com prognóstico reservado.

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Figura 3. Paciente em recuperação

Discussão

Foi observado, na anamnese que a paciente canina encontrava-se na senilidade e não era castrada, condição que predispõe o surgimento de neoplasias. Segundo De Nardi et al. (2002) e Barros et al. (2017), o câncer em animais domésticos está relacionado com o aumento do tempo de vida. Assim como, fêmeas não castradas entre oito a dez anos são mais predispostas ao processo neoplásico, principalmente das glândulas mamárias (Silva, 2016; Ripoli et al., 2016).

A paciente apresentava bom estado nutricional, com os critérios preventivos em dia e temperatura normal, aparentemente tratava-se de um animal saudável. De acordo com Becker (2010), Animais senis apresentam alterações metabólicas, com aumento do percentual de peso corporal representada por aumento de gordura, que pode estar relacionada ao sedentarismo.

Os processos neoplásicos visíveis no animal foram confirmados através de exames laboratoriais, citológico e histopatológico, além de exames complementares. O procedimento de diagnóstico para neoplasias pode utilizar citologia e histopatológico, sendo que a primeira técnica apresenta uma eficácia de 69,69%, é bem mais acessível e menos invasiva (Raskin e Meyer, 2003; Prado et al., 2012; Braz et al, 2016), além de exames de maior complexidade exigir contenção do paciente veterinário, causando estresse e comportamento agressivo , em alguns casos.

A abordagem terapêutica empregada nas comorbidades que surgiram no decorrer da triagem diagnóstica, pneumonia e erliquiose, foi de acordo com protocolos terapêuticos para esse tipo de enfermidade. Becker (2010) esclarece em seus estudos que entre as diversas

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doenças comuns em pacientes geriátricos, estão as doenças pulmonares, neurológicas, além de doenças causadas por parasitas, tal como foi observado no animal do presente estudo.

As múltiplas intervenções que a paciente canina recebeu, para retirar os tumores mamários e o Mastocitoma, além da castração, foi um processo adjuvante para condicionar o bem-estar do animal. Para Foale e Demetriou (2011), a abordagem terapêutica oncológica vai depender das condições físicas do paciente e fatores clínicos, como a classificação histológica ou a graduação do tumor, apresentação e localização do tumor, pois o tratamento é o mesmo empregado aos animais de outras faixas etárias, a excisão cirúrgica, quimioterapia, radioterapia, criocirurgia ou a combinação de tratamentos, observando o contexto da enfermidade e o quadro do paciente geriátrico. Contudo, pacientes geriátricos, apresentam alterações fisiológicas que reduzem a capacidade de reserva funcional de diversos órgãos, o que pode complicar qualquer tipo abordagem terapêutica ou cuidados a serem empregados no tratamento de determinadas enfermidades, ainda mais quando existem doenças pré-existentes (Carvalho, 2011).

Foi usado a técnica de Mastocitoma total, plástica em duplo V, bastante empregada em cadelas com carcinoma mamário é considerada uma técnica simples, mas promoveu uma rápida cicatrização. Segundo Henderson (1980) e Johnston (1998) a técnica em forma de V, promove pouca remoção de tecido, consequentemente ocorre pouca formação de tecido morto, edemas e seromas, evitando acúmulos de líquidos e baixa microbiota no tecido excisado. Também, os cuidados e dieta podem ter contribuídos com a rápida cicatrização.

A paciente ainda não concluiu a terapêutica oncológica, devido a anemia e por não apresentar condições favoráveis a realização desse procedimento, apresentando prognóstico reservado. O uso de fármacos quimioterápicos requer muito cuidado em pacientes geriátricos, haja vista os efeitos adversos nestes animais, podendo afetar todos os sistemas, portanto, mesmo que o objetivo do tratamento seja controlar a progressão da doença e prolongar a sobrevivência do paciente após o diagnóstico, deve-se evitar níveis considerados inaceitáveis de toxicidade para o animal (Steffenon, 2014).

Segundo Doucet (1999) medicamentos que possuem maior meia vida (tempo necessário para a eliminação de 50% da droga) e aqueles com janela terapêutica estreita (dose terapêutica muito próxima da dose tóxica) são os mais comumente associados a efeitos adversos e, muitos quimioterápicos possuem essas duas características, exigindo, portanto, um maior cuidado na administração a pacientes idosos.

No entanto Vieira et al. (2011) acrescentam que são necessárias, terapêuticas que não se baseiem na idade cronológica, mas na avaliação do estado de saúde geral do indivíduo, proporcionando o prolongamento e qualidade de vida do paciente. Dessa forma, pode-se afirmar

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que tanto o tutor, quanto o profissional veterinário, estão procurando ofertar tratamento adequado a paciente canina geriátrica nesta fase da vida e dentro da condição clínica em que ela se apresenta.

Conclusão

O aparecimento de comorbidades juntamente às neoplasias aumentam a complexidade do estado clínico do animal geriátrico, sendo necessário, diagnosticá-las adequadamente, a fim de viabilizar a abordagem terapêutica mais adequada, que não somente atenda a exigência cronológica, mas permita maior qualidade de vida ao paciente geriátrico oncológico, sendo de suma importância relatos que exponham a abordagem terapêutica utilizada em casos clínicos como este abordado no presente artigo.

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