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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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9 7 8 8 5 8 9 9 4 6 0 6 3Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Agroindústria Tropical
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Raimundo Braga Sobrinho Jorge Anderson Guimarães José de Arimatéia Duarte de Freitas
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Fortaleza, CE 2008
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organizadores. – Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, Banco do Nordeste do Brasil, 2008.
338 p.: il.
ISBN 978-85-89946-06-3 978-85-7791-013-7
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Rubens Sonsol Gondim
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Wanderson da Rocha Mizael
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Wellington Martins Mosqueira da Fonseca
Engenheiro mecânico, Pós-graduação em Gestão da Qualidade, Gerente de Desenvolvimento e Certificação de Produtos do BVQI do Brasil, Sociedade Certificadora Ltda.
Capítulo
17
Controle Biológico de Pragas do
Meloeiro
Elton Lúcio de Araújo, Daniell Rodrigo Rodrigues Fernandes, Leandro Delalibera Geremias, Marcos Antônio Filgueira, Jorge Anderson Guimarães, Antônio L. M. Mesquita e Raimundo Braga Sobrinho
Introdução
O controle de pragas realizado na Região Semi-Árida de Mossoró/Assu, RN e no Baixo Jaguaribe, CE sempre foi baseado, principalmente, no uso de agro-tóxicos. Dessa forma, as principais pragas associadas ao meloeiro nessa região, i.e., a mosca-branca Bemisia
tabaci (Genn.) biótipo B, a mosca-minadora Liriomyza
spp. e a broca-das-cucurbitáceas Diaphania nitidalis Cramer e Diaphania hyalinata L., são controladas quase que exclusivamente por meio da pulverização de inseticidas químicos. No entanto, as exigências do mer-cado externo por frutos de alta qualidade, com menos resíduos de agrotóxicos, e o intenso surto populacional da mosca-minadora nos últimos seis anos, tornando-se o principal problema fitossanitário da cultura do melo-eiro, fizeram com que os produtores desta região bus-cassem novas alternativas para o manejo de pragas (FERNANDES, 2004).
Assim, após inúmeras reuniões com produtores locais e entidades de ensino e pesquisa, decidiu-se enfatizar o uso do controle biológico para auxiliar no problema do desequilíbrio biológico no agroecossistema do meloeiro. Na última safra (2006-2007), os produtores de melão de Mossoró e Assu mobilizaram-se no sen-tido de incrementar o uso de inimigos naturais para o
controle da mosca-minadora, de acordo com os precei-tos do manejo integrado das pragas sugeridos pelo programa da Produção Integrada de Melão. Portanto, visando atender as demandas do setor produtivo, no sentido de maximizar o uso do controle biológico de pragas do meloeiro, os pesquisadores estão reunindo esforços a fim de aumentar o conhecimento sobre a diversidade dos inimigos naturais associados às pra-gas do meloeiro e, ao mesmo tempo, estudar seus aspectos bioecológicos, com ênfase nos inimigos na-turais da mosca minadora.
Controle Biológico
O controle biológico pode ser definido como um fenômeno natural que consiste na regulação do nú-mero de plantas e animais por inimigos naturais, que se constituem nos principais agentes de mortalidade biótica do ecossistema (PARRA et al., 2002). Desse modo, todas as espécies de plantas e animais têm inimigos naturais associados aos seus vários estágios de vida. O número de organismos associados aos in-setos é bastante diversificado, compreendendo desde microorganismos patogênicos até peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. No entanto, mesmo com toda esta variedade de inimigos naturais, a maioria dos programas de controle biológico de insetos-praga são
202 Proteção Integrada da Planta
desenvolvidos com microorganismos entomo-patogênicos e com insetos entomófagos (GALLO et al., 2002).
Insetos entomófagos são os que se alimentam de outros insetos e podem ser classificados como dores e parasitóides. De modo geral, os insetos preda-dores são maiores que suas presas, possuem vida livre durante todo seu período de desenvolvimento, devo-ram suas presas mastigando-as ou sugando seu con-teúdo interno e necessitam de mais de uma presa para se alimentar e completar seu ciclo de vida. Entre os predadores destacam-se as joaninhas (Coccinelidae), tesourinhas (Dermaptera), bichos-lixeiros (Chrysopidae), formigas (Formicidae), vespas (Vespidae), libélula (Odonata), entre outros. Já os parasitóides, são geral-mente menores que suas presas (hospedeiros), possu-em vida livre apenas no estádio adulto e necessitam de apenas um único hospedeiro para completar seu ciclo de vida. Entre os parasitóides, os grupos mais comuns são os braconídeos, os figitídeos, os eulofídeos e os pteromalídeos (VAN DEN BOSCH et al., 1982).
Segundo Parra et al. (2002), os parasitóides po-dem ser divididos em endo e ectoparasitóides. Os endoparasitóides se desenvolvem no interior de seu hospedeiro (ovos, larvas, ninfas, pupas ou adultos), podendo ainda ser solitários (quando uma única larva do endoparasitóide se desenvolve no interior do hospedeiro) ou gregários (quando várias larvas do endoparasitóide se desenvolvem no corpo do hospe-deiro). Já os ectoparasitóides se desenvolvem fora do corpo do hospedeiro, sendo que as larvas destes se alimentam inserindo as peças bucais através do tegumento do hospedeiro. Os ectoparasitóides tambem podem ser solitários ou gregários.
Os microorganismos patogênicos ou entomo-patógenos são os que causam doenças nos insetos, podendo levá-los a morte. Geralmente, esses micro-organismos penetram na cutícula do inseto ou são ingeridos e agem internamente no corpo dos insetos. Entre eles, destacam-se principalmente os fungos, vírus, bactérias, etc (Alves, 1998).
Tipos de Controle Biológico
O controle biológico pode ser dividido em três tipos: a) controle biológico clássico; b) controle bio-lógico natural e c) controle biobio-lógico aplicado.
O controle biológico clássico é baseado na
in-trodução, ou seja, na importação de inimigos
natu-rais exóticos, oriundos de uma região (estado, país etc.) para outra, com sua posterior colonização. O controle biológico natural é baseado na
conserva-ção dos inimigos naturais nativos, já existentes no
ambiente, buscando alternativas para o aumento de suas populações por meio da manipulação do ambiente (uso de inseticidas seletivos, evitar práticas culturais inadequadas, preservar hábitat ou fontes de alimentos para os inimigos naturais, etc.). Já o controle biológico aplicado é baseado na multiplicação de inimigos naturais em laboratório e posterior liberação destes em grandes quantidades, no campo, visando o rápido con-trole da praga alvo (PARRA et al., 2002).
Controle Biológico no Brasil
No Brasil, iniciativas do uso do controle biológi-co biológi-começaram biológi-com a introdução do parasitóide
Prospaltella berlesi Howard dos Estados Unidos para
controlar a cochonilha-do-pessegueiro Pseudacalaspis
pentagona (Targ-Tozz) no ano de 1921. Desde então,
inúmeras espécies de parasitóides e predadores foram introduzidas, a fim de controlar insetos-praga em dife-rentes culturas (PARRA et al., 2002).
Na década de 40, com o surgimento dos organo-clorados houve a paralisação de todas as iniciativas de controle biológico no País, as quais só foram retoma-das na década de 60, com a introdução de um parasitóide dos EUA para controlar a cochonilha-dos-pastos Antonina graminis (Mask). Atualmente, mere-ce destaque, entre outros, os programas de controle biológico da broca-da-cana-de-açúcar Diatraea
saccharalis Fabr. com a vespa Cotesia flavipes Cameron
e o controle da minadora-dos-citros Phyllocnistis
citrella Stainton com o parasitóide Ageniaspis citricola
Logvinovskya (PARRA et al., 2002).
Controle biológico de pragas
no meloeiro
Até recentemente, o controle biológico no melo-eiro, na Região Semi-Árida do Nordeste brasilmelo-eiro, era negligenciado, mantido em segundo plano, devido à confiabilidade e eficiência do controle químico. Como conseqüência, são poucos os trabalhos sobre inimigos
203
Controle Biológico de Pragas do Meloeiro
naturais de pragas do meloeiro (FERNANDES, 1998). Grande parte das informações existentes apenas re-lata a associação de determinados inimigos naturais com determinadas pragas, principalmente a mosca-branca e a mosca-minadora.
De acordo com Fernandes et al. (2000), dentre os insetos predadores, geralmente detectados nas áreas cultivadas com meloeiro, pode-se destacar joaninhas, bicho-lixeiro e vespas. Esses predadores estão associ-ados, geralmente, à mosca-branca, predando pratica-mente todas suas fases de vida (ovo, ninfa e adulto). Em determinadas áreas são constatadas grandes quan-tidades de bicho-lixeiro nas folhas do meloeiro, os quais certamente estão desempenhando importante papel na regulação da mosca-branca e, possivelmente, da mosca-minadora. No entanto, a ação do bicho-lixeiro sobre as larvas da minadora dentro das galerias ainda não foi totalmente esclarecida. Em observações realiza-das nas folhas do meloeiro, verificou-se que algumas minas ocasionadas pelas larvas da mosca-minadora estavam rompidas, demonstrando que alguma espécie de predador estaria predando as larvas da mosca-minadora dentro das galerias (ARAÚJO, et al., 2005). No entanto, a real ação de predadores sobre a mosca minadora é apenas objeto de especulação e necessita ser estudada, a fim de se observar o potencial que tais agentes possuem sobre essa praga.
Em levantamentos realizados recentemente, Fernandes (2006) obteve nove famílias de parasitóides (Braconidae, Mymaridae, Eulophidae, Pteromalidae, Elasmidae, Diapriidae, Figitidae, Scelionidae e Encyrtidae) na cultura do meloeiro em Mossoró, RN. Tal fato demonstra a existência de uma grande diver-sidade de parasitóides visitando a cultura do melo-eiro. Contudo, é preciso definir a associação desses agentes aos seus respectivos hospedeiros e sua ação na regulação das populações das espécies-praga.
Em vários países, os parasitóides do gênero
Encarsia e Eretmocerus (Aphelinidae) são os
princi-pais agentes de controle biológico da mosca-branca, biótipo B. Exemplares destes gêneros têm sido conti-nuamente introduzidos e criados em laboratório a fim de auxiliarem nos programas de controle biológico dessa praga (CASTINERAS, 1995; PAVIS et al., 2003). No Brasil, os relatos mais comuns sobre parasitóides de
mosca-branca no meloeiro se referem às espécies do gênero Encarsia (FERNANDES, 2000).
Estudos recentes realizados na Região de Mossoró/ Assu, RN e Baixo Jaguaribe, CE demonstraram que a ocorrência de braconídeos do gênero Opius é bastante comum nas áreas cultivadas com meloeiro, principal-mente no início da safra, após as chuvas, quando a vegetação ainda permanece verde no semi-árido. Esses braconídeos são endoparasitóides de larvas-pupas de mosca-minadora e, em algumas amostras de campo, têm sido observados índices de parasitismo superior a 30% (ARAÚJO et al., 2005; FERNANDES, 2006). Além de Opius sp., parasitóides da família Eulophidae estão comumente associados a mosca minadora no semi-árido (FERNANDES, 2006).
Os relatos sobre a ação dos entomopatógenos infectando pragas em áreas de meloeiro são escassos. Provavelmente, tal fato esteja relacionado com a carên-cia de pesquisas nessa área ou, provavelmente, pelo fato de que a maioria das áreas cultivadas com essa cucurbitácea no Brasil esteja localizada na Região Semi-Árida, onde há baixos índices de precipitação pluvial e baixa umidade, o que desfavorece o desenvolvimento deste tipo de entomopatógeno. Na literatura nacional, são comuns os relatos de mosca-branca infectada por fungos, principalmente Beauveria bassiana, em várias culturas (ALVES, 1998).
Na safra de 2000-2001, pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia realizaram pes-quisas na região de Mossoró/Assu com isolados do fungo B. bassiana, e concluíram que o percentual de controle de ninfas de mosca-branca com esse microorganismo foi baixo. Outro entomo-patógeno bastante conhecido e utilizado na agricultura é a bac-téria Bacillus thuringiensis. Sabe-se que os insetici-das biológicos à base de Bt são eficientes no controle de muitos lepidópteros-praga, inclusive da broca-das-cucurbitáceas. Entretanto, devemos ressaltar que o Bt não age sobre a mosca branca e a mosca-minadora. Os vírus do grupo dos Baculovirus, também, atuam sobre lagartas de lepidópteros, contudo não há relatos de espécies de Baculovirus infectando a broca-das-cucurbitáceas ou outras pragas, na cultura do meloeiro (FERNANDES et al., 1998).
204 Proteção Integrada da Planta
Perspectiva de Uso do Controle
Biológico de Pragas no Meloeiro
Como informado no início deste capítulo, recen-temente os produtores de melão da região de Mossoró/ Assu, RN e Baixo Jaguaribe, CE demonstraram interes-se em incrementar o uso de inimigos naturais no con-trole de pragas do meloeiro, principalmente devido aos altos surtos de mosca-minadora. Neste sentido, os pes-quisadores da UFERSA (Universidade Federal Rural do Semi-Árido) e da Embrapa Agroindústria Tropical ini-ciaram trabalhos de pesquisa visando conhecer os prin-cipais inimigos naturais da mosca-minadora na cultura do meloeiro.
Por meio desses trabalhos, constatou-se a ocor-rência de quatro espécies de microhimenópteros parasitóides (ecto e endoparasitóides) associados às larvas-pupas da mosca-minadora, sendo três espécies pertencentes à família Eulophidae e uma espécie per-tencente à família Braconidae. A identificação precisa desses inimigos naturais encontra-se ainda em fase de estudo pelos taxonomistas. Além destes, vários outros inimigos naturais foram detectados, no entanto, ainda não se sabe a qual ou a quais pragas estão associadas, exatamente. Vale ressaltar que os trabalhos de levan-tamento continuam em execução, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a abundância e distri-buição dos parasitóides, além de aumentar o conhe-cimento sobre os predadores da mosca-minadora.
Novos projetos estão sendo elaborados e sub-metidos aos órgãos financiadores, visando, também, conhecer melhor os inimigos naturais associados à mosca-branca e à broca-das-cucurbitáceas em áreas de meloeiro no semi-árido. Deve-se ter em mente que o controle biológico da mosca-minadora não obterá resultados satisfatórios se não forem desenvolvidas alternativas para o controle de outras pragas, como a mosca-branca, pois os produtos utilizados para o ma-nejo desta praga poderiam prejudicar os parasitóides da mosca minadora. Portanto, deve-se pensar no con-trole dessas pragas num sentido amplo, integrado, baseado nos preceitos do manejo integrado de pragas. Além disso, o desenvolvimento de técnicas com enfoque no incremento do controle biológico natural da mosca-minadora é o objetivo do projeto que visa o desenvolvimento da metodologia de multiplicação do
endoparasitóide nativo Opius sp. Esse inimigo natural foi um dos endoparasitóides identificados nos traba-lhos de levantamento citado anteriormente. Este proje-to, que está sendo desenvolvido no Laboratório de Entomologia da UFERSA, envolve alunos de gradua-ção e pós-graduagradua-ção da instituigradua-ção. Atualmente, o Laboratório de Entomologia da UFERSA já domina a técnica de criação do Opius sp., e novos estudos estão sendo desenvolvidos a fim de otimizar a criação do referido parasitóide, em condições de laboratório, para uma posterior utilização em campo. Este setor da UFERSA, em parceria com a FAPERN (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do RN) e o CNPq (Con-selho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), já iniciou o desenvolvimento de um pro-jeto que visa elaborar as técnicas de manejo do parasitóide Opius sp., em condições de campo.
Além dos trabalhos de levantamentos dos inimi-gos naturais e das atividades que visam o parasitóide
Opius sp., pesquisadores da UFERSA e EMPARN
(Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte) visitaram uma experiência bem sucedida de controle biológico da mosca-minadora na Colômbia. Em virtude disso, em julho de 2006, uma missão técni-ca de pesquisadores da UFERSA e EMPARN esteve naquele país, com o objetivo de conhecer essa expe-riência. Na ocasião, foi realizada uma visita aos labo-ratórios e unidades experimentais da Universidad
Militar Nueva Granada, sediada na cidade de Bogotá,
onde foram observadas todas as técnicas de criação e utilização do ectoparasitóide Diglyphus begini (Ashm.) (Hymenoptera: Braconidae). Na ocasião, os pesquisadores brasileiros iniciaram uma negociação com os representantes colombianos, objetivando uma possível introdução do D. begini na região de Mossoró/Assu. Retornando ao Brasil, houve o inicio dos trâmites legais com a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna-SP) e o Departamento de Entomologia da ESALQ/USP, com a finalidade de introduzir o parasitóide e proceder a sua quarentena no Laboratório Quaren-tenário Costa Lima, para posterior utilização nas áreas produtoras de melão da Região de Mossoró. Após a confirmação de apoio para uma possível introdução do inimigo natural, os pesquisadores da EMPARN enca-minharam uma solicitação formal para introdução do parasitóide no Brasil. Atualmente (março, 2007), segun-do os pesquisasegun-dores da EMPARN, o processo está em
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Controle Biológico de Pragas do Meloeiro
avaliação no Ministério da Agricultura. Por outro lado, os pesquisadores da UFERSA já solicitaram aos ór-gãos estaduais ligados à agricultura do (RN), apoio para estruturação de um laboratório para recepção e multiplicação do D. begini. Além disso, a pedido dos pesquisadores da Universidad Militar Nueva
Grana-da, a UFERSA iniciou as negociações para o
estabe-lecimento de um convênio técnico científico entre as duas instituições, visando à elaboração de um projeto para o desenvolvimento de trabalhos com o D. begini no Brasil, envolvendo alunos e pesquisadores da pós-graduação das duas instituições. Dessa maneira, há uma expectativa por parte dos pesquisadores e produ-tores da região, de que a introdução, criação e utiliza-ção do D. begini seja realizada ainda na safra 2007-2008.
Considerações Finais
De acordo com o que foi exposto constata-se que o incremento da utilização do controle biológico no manejo de pragas do meloeiro é uma necessidade ur-gente dos produtores de melão do semi-árido do (RN) e (CE). Contudo, esta necessidade só se transformará em realidade caso os esforços realizados entre os se-tores ligados à produção e à pesquisa forem somados, pois, sabe-se que há uma notada falta de recursos humanos e de infra-estrutura do setor de pesquisa no país, principalmente na Região Nordeste. Por outro lado, deve-se ressaltar que mesmo diante dessas difi-culdades muitos resultados positivos já foram alcança-dos e muitos outros deverão ser obtialcança-dos em breve e, dessa forma, serão de grande relevância para permitir a convivência com a mosca-minadora.
Agradecimentos
Aos estagiários do Curso de Agronomia da UFERSA, em especial a Leonardo S. Freitas, Sérgio A. M. Pinheiro e Alexandre C. M. Netto, pela valiosa co-laboração na condução dos trabalhos de pesquisa. A FAPERN e ao CNPq, pelo apoio financeiro para reali-zação dos primeiros trabalhos sobre a mosca-minadora no RN.
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