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Evolução e estrutura atual das
políticas sociais no Brasil
José Aparecido Carlos Ribeiro
Técnico da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do IPEA Salvador, 21 de junho de 2012
O fenômeno do “Welfare State” só pode ser entendido no contexto de transformação que integra uma
determinada etapa do desenvolvimento econômico e político das sociedades ocidentais. Isto porque
“corresponde a uma efetiva reestruturação das relações
entre o Estado, os grupos sociais e os indivíduos, que emerge no quadro de uma clara ruptura com a ideologia e a organização liberal da economia e da sociedade. (...) Nova estrutura que supõe a intervenção econômica e a regulação social por parte do Estado, alterando sob
essa forma, princípios próprios de funcionamento e reprodução da economia capitalista competitiva.”
(Aureliano e Draibe 1989, p.117)
Devemos evitar a visão linear de que a história da
constituição da seguridade social consiste apenas em um movimento de ampliações gradativas na cobertura dos diferentes tipos de riscos sociais.
O “Welfare State” apresenta um complexo conjunto de
políticas sociais, desenvolvido no intuito de prover a cobertura dos riscos advindos da invalidez, da velhice, da doença, do acidente de trabalho e do desemprego.
Mas não se esgota aqui. Sua emergência,
desenvolvimento, e crise, só adquirem sentido quando confrontados às mudanças mais gerais entre o Estado, a atividade econômica, e a mobilização política da
sociedade
(Aureliano e Draibe 1989, p.118)
Os Sistemas de Proteção Social dos países
industrializados apresentam elaborados esquemas de redistribuição de renda e gastam uma proporção
considerável da Renda Nacional em programas sociais.
Em uma intrincada rede de tributos e transferências,
recursos são redistribuídos em múltiplos sentidos, entre ricos e pobres, entre jovens e idosos, entre famílias
com e sem crianças, entre saudáveis e doentes...
O reconhecimento de novos riscos sociais e a elevação dos valores dos benefícios concedidos permitiram que o salário deixasse de ser o único elemento constitutivo da renda disponível da classe trabalhadora.
(Aureliano e Draibe 1989, p.118)
O impacto redistributivo desses sistemas é tamanho que
alguns grupos da população devem a maior parcela de sua renda disponível às transferências sociais do Estado
BEHRENDT (2000:1).
Em sua trajetória histórica, cada sociedade incorpora o reconhecimento de determinados riscos sociais,
exigindo que o Estado assuma a responsabilidade pela sua defesa e proteção frente a esses riscos. Tais
processos constituem em cada país sistemas de
proteção social com maior ou menor abrangência, mas que são dinâmicos, estando a maior parte do tempo “em construção” ou “em reforma”.
Para uma abrangente resenha das diversas
interpretações sobre a constituição e funcionamento do Welfare State – abordando autores como Peter Flora, Jean Alber, Ian Gough, Klaus Offe, Pierre Rosanvallon, Richard Titmus, e T.H. Marshall -, v. AURELIANO, L. & DRAIBE, S. (1989) e ARRETCHE (1995).
Conjunto de políticas sociais, cobertura a riscos diversos
Relações entre Estado, Economia e Mobilização
Impacto Redistributivo
Desmercadorização
“Welfare State”?
Sistema de Políticas Sociais
“O alcance da seguridade social brasileira pode ser
parametrizados por duas balizas: ele não é tão amplo quanto os sistemas europeus nem é tão restrito como dizem alguns analistas”. (Sposati, 2009:13)
Ademais, não é “apenas” Seguridade Social.
Política Social Promoção social (Oportunidades e Resultados) Proteção social (seguridade social) Solidariedade e seguro social a indivíduos e grupos em resposta a direitos, contingências, riscos e necessidades sociais Geração, utilização e fruição das capacidades
de indivíduos e grupos sociais
Contigências, riscos e necessidades Tipo da ação
Objetivos
despreparo para o trabalho e exercício da
cidadania
distorções de renda e riqueza material;
distorções de alocação de bens e serviços coletivos; e
Marginalização de indivíduos e/ou grupos pela
falta de oportunidades no mercado.
incapacidade de ganhar a vida por conta
própria devido a fatores externos, que
independem da vontade individual;
posição vulnerável no ciclo vital do ser humano (por exemplo crianças e idosos); e
situações de risco e contingências como em
POLÍTICA SOCIAL Promoção social (Oportunidades e Resultados) Proteção social (seguridade social) Saúde Previdência Social Geral e Servidor público Assistência Social Saneamento Básico Habitação e Urbanismo Educação Trabalho e Renda Desenvolvimento Agrário Cultura POLÍTICAS TRANSVERSAIS POLÍTICAS SETORIAIS Igualdade Racial Igualdade de Gênero Crianças e adolescentes Idosos Juventude
Política Social Promoção social (Oportunidades e Resultados) Proteção social (seguridade social) Saúde Previdência Social Regime Geral e Servidor público Assistência Social Saneamento Básico Habitação e Urbanismo Educação Trabalho e Renda Desenvolvimento Agrário Cultura APARATO DISPONÍVEL POLÍTICAS SETORIAIS
Sistema Único de Saúde SUS Sistema Previdenciário RGPS (Centralizado) RPPS (descentralizado) Sistema Único de Assistência Social SUAS
Não tem sistema
Sistema Federativo de Educação (Descentralizado) Sistema Público de Empregos (SPE) (frágil e centralizado/descentralizado)
Não tem sistema
(estratégia dos Territórios da cidadania)
Não tem sistema
(Sistema em processo de discussão)
Ministério da Saúde
Secretarias de estados e municípios 63.267 ambulatórios
6.101 internações 7.162 urgências
21.357 diagnose e terapia Ministério da Previdência Social 2.320 Agências da Previdência 193 Prev cidades
agencias do RPPS
Ministério do Desenvolvimento Social Secretarias de estados e municípios 5.142 Cras cadastrados
4.244 Cras c/cofinanciamento fed. 3.635 Cras C/cofinanciamento PAIF
Ministério das Cidades
Secretarias de estados e municípios Companhias de Saneamento estaduais Companhias de Saneamento municipais Ministério das Cidades
Agências da Caixa Econômica Federal Secretarias de estados e municípios
Ministério da Educação
Secretarias de estados e municípios 244 escolas federal
39.833 escolas Estadual 133.844 escolas municipais Ministério do Trabalho
Secretarias de estados e municípios 1.266 postos do Sine
Rede de qualificação Agencias de microcrédito
Ministério do Desenvolvimento Agrário 23 agências do incra
Territórios da cidadania
Ministério da Cultura
Secretarias de estados e municípios 252 fundações de cultura
7.048 bibliotecas públicas
GESTÃO/ORGANIZAÇÃO
13 POLÍTICA SOCIAL Promoção social (Oportunidades e Resultados) Proteção social
(seguridade social) Saúde
Previdência Social Geral e Servidor público Assistência Social Educação Trabalho e Renda Desenvolvimento Agrário PROGRAMAS/AÇÕES POLÍTICAS SETORIAIS Aposentadorias e Pensões Trabalho e renda (Seguro desemprego)
(1) Departamento de Atenção Básica, Ministério da Saúde. Ano: 2009 (2) RIPSA. IDB (2008)
(3) MDS. Ano: 2009
(4) Em 2009, de acordo com o MEC, foram adquiridos 103,5 milhões de livros para o Ensino Fundamental, 11,2 milhões para o Ensino Médio e 2,8 milhões para alfabetização de jovens e adultos
PRODUTOS/RESULTADOS 24 milhões de beneficiários Programa Bolsa-Família Beneficiários de Prestação Continuada 12,4 milhões de famílias (51 milhões de pessoas) (3)
1,6 milhão de pessoas com deficiência;
1,5 milhão de idosos
Agentes Comunitários de Saúde Equipes de Saúde da Família Equipes de Saúde Bucal Consultas Médicas
94% dos municípios com 49,5% da população brasileira
coberta pelo Saúde da Família
11 milhões de internações
19 mil transplantes
188 mil pacientes HIV em tratamento
Cobertura vacinal acima de 92% 2,5 consultas per capita/ano
Seguro desemprego 7,2 milhões de beneficiários
Educação Infantil Educação Básica
(Ensino Fundamental e Médio) Graduação
Distribuição de livros didáticos
4,2 milhões de alunos
37,6 milhões de alunos 1,2 milhão de alunos 117,5 milhões de livros(4)
Proger 2 milhões de Operações de
crédito realizada (2007) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) 1,7 milhão de contratos de financiamento
Social Promoção social
Igualdades Oportunidades/resultados
(Geração, utilização e fruição das capacidades de indivíduos e grupos
sociais)
Diminui/aumenta custos produção
Demanda
Proteção social (seguridade social) Solidariedade
( indivíduos e grupos em resposta a direitos, risco, contingências e
necessidades sociais) Econômico Oferta Político Ampliação da participação política e social Circuito de influencia Aumento da Inovação e Produtividade Consumo
(Novo padrão de consumo das famílias, grupos e indivíduos)
Investimento
(Ampliação da infraestrutura social)
Ambiental Conservação e recuperação ambiental Ampliação da Democracia Crescimento da economia + Aumento da produtividade Justiça social + Inclusão produtiva Proteção Fatores do desenvolvimento Políticas Setoriais Seguridade Social: oPrevidência Social oAssistência Social oSaúde Trabalho e Renda Educação Desenvolvimento Agrário Cultura Infraestrutura Social: oHabitação e Urbanismo oSaneamento Básico Políticas Transversais Igualdade de gênero Igualdade Racial Criança e adolescente Juventude Envelhecimento Políticas Sociais
Efeito das transferências da Política Social sobre a renda das familias 1978,1988, 1988 e 2008 86,7 8,1 5,2 86,0 9,5 4,4 79,3 15,6 5,2 76,5 19,3 4,1 0 20 40 60 80 100 (%) 1978 1988 1998 2008
Crescimento da renda, 1995-2009 (%)
65,0 56,2 46,7 31,1 11,6 0 75 20% mais pobres 20-40 40-60 60-80 20% mais ricosFonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 1995 e 2009. Exclusive área rural da Região Norte (exceto Tocantins).
Renda aumentou para todos, mas crescimento entre os mais pobres foi muito maior
Crescimento médio anual da renda domiciliar per capita em US$ PPC por dia segundo décimos de sua distribuição
5,1 3,8 3,7 3,7 3,8 3,6 4,2 4,4 4,4 3,5 3,2 3,4 2,9 2,8 2,5 2,8 1,9 1,7 1,3 0,7 13,5 12,3 12,1 11,3 10,9 10,3 9,7 8,8 7,9 6,9 0-10% 10-20% 20-30% 30-40% 40-50% 50-60% 60-70% 70-80% 80-90% 90-100% 1993-1998 1998-2003 2003-2008
22
Indicadores sociais brasileiros
1980, 1995 e 2008Áreas de Atuação Indicadores
1980 1995 2008 Renda e ―PIB per capita (R$ de 2008) 12.310 12.430 14.660 Desigualdade ―Desigualdade de renda - Gini 0,582 (1981) 0,601 0,544
―Razão 20/20 23,7 27,4 18,9
―Proporção da população vivendo com menos de R$ 120 per capita (linha de elegibilidade para o Bolsa Família em 2006)
36,6% (1976) 28,6%(1996) 20,1% (2006)
Previdência Social ―% da PEA coberta pela Previdência 59 (1988) 56 (1998) 59,6
―% de domicilios com individuos de mais de de 60 anos que recebem aposentadoria ou pensão
61,80% 72,80% 73,70%
Saúde ―Taxa de Mortalidade Infantil (por mil Nascidos Vivos)
75,2 39,4 19 ―Esperança de Vida ao Nascer (anos) 60,1 68,5 72,1(2007)
23
Indicadores sociais brasileiros
1980, 1995 e 2008Áreas de Atuação Indicadores
1980 1995 2008 Questão Agrária Concentração Fundiária - índice de Gini para
propriedade da terra
0,823 (1992) 0,838 (1998) 0,816 (2003)
Emprego e Renda Taxa de Desemprego Aberto RMSP (Seade) 7,2
(jan/1985)
7,9 (jan/1995)
8,5 (dez/2009)
Taxa de Cobertura Efetiva do seguro-desemprego
nd 65,9 62,9 (2007)
Educação Taxa de freqüência à escola (7 a 14 anos) 75,1% 90,2% 97,9% Taxa de analfabetismo (15 anos ou mais) 25,4% 15,6% 10,0% Número médio de anos de estudos (15 anos ou
mais)
3,7 5,5 7,4
Saneamento Abastecimento de Água (urbano) 79,6 % (1981) 82,3% (1992) 91,60% Esgoto Sanitário (urbano) 57,4% (1981) 66,1%(1992) 80,5% Coleta de Lixo (urbano) 65,8% (1981) 79,8% (1992) 97,6%(2007)
Salário Mínimo Seguridade Social Pensões e aposentadorias Assistência Social Beneficiários de Prestação Continuada Seguro de desemprego Idosos
persoas em idade ativa
Persnas com deficiência Idosos pobres Empregados formais Mercado de Trablho Regulação Direxta Regulação Indireta Empregados formais Funcionários públicos
Empregados domésticos formaisa
Empregados informais Conta propria
Empregados domésticos informais
BENEFICIÁRIOS (em 2009) 13,8 milhões de pessoas diretamente 38,6 milhões de pessoas (diretos e indiretos) 20% da população Gasto Público (em 2009) 6% do PIB BENEFICIARIOS (em 2009) 9,5 milhões de pessoas diretamente 34,2 milhões de pessoas (diretos e indiretos) 18% da população BENEFICIARIOS TOTAL ( 2009) 23,3 milhões de pessoas diretamente 72,8 milhões de pessoas (diretos e indiretos) 38% da população
Salário Mínimo
(R$ setembro/2011)
231 550 0 100 200 300 400 500 600 700 1 9 8 5 ,0 1 19 87 ,0 1 1 9 8 9 ,0 1 1 9 9 1 ,0 1 1 9 9 3 ,0 1 1 9 9 5 ,0 1 19 97 ,0 1 1 9 9 9 ,0 1 2 0 0 1 ,0 1 2 0 0 3 ,0 1 2 0 0 5 ,0 1 2 0 0 7 ,0 1 2 0 0 9 ,0 1 2 0 1 1 ,0 1Jan/1995 a Jun/2011: +138%, ou 5.4% a.a.
Fonte: Ipeadata. Deflator: INPC.
Hoje, para quase todas as famílias, ter um membro que recebe o SM
garante por si só que a família estará acima da linha de pobreza extrema.
Evolução do Salário Mínimo – 1940 a 2011
y = 7E-06x3 - 0,0095x2 + 3,3769x + 246,86 0 200 400 600 800 1.000 1 9 4 0 .0 7 1 9 4 1 .1 1 1 9 4 3 .0 3 1 9 4 4 .0 7 1 9 4 5 .1 1 1 9 4 7 .0 3 1 9 4 8 .0 7 1 9 4 9 .1 1 1 9 5 1 .0 3 1 9 5 2 .0 7 1 9 5 3 .1 1 1 9 5 5 .0 3 1 9 5 6 .0 7 1 9 5 7 .1 1 1 9 5 9 .0 3 1 9 6 0 .0 7 1 9 6 1 .1 1 1 9 6 3 .0 3 1 9 6 4 .0 7 1 9 6 5 .1 1 1 9 6 7 .0 3 1 9 6 8 .0 7 1 9 6 9 .1 1 1 9 7 1 .0 3 1 9 7 2 .0 7 1 9 7 3 .1 1 1 9 7 5 .0 3 1 9 7 6 .0 7 1 9 7 7 .1 1 1 9 7 9 .0 3 1 9 8 0 .0 7 1 9 8 1 .1 1 1 9 8 3 .0 3 1 9 8 4 .0 7 1 9 8 5 .1 1 1 9 8 7 .0 3 1 9 8 8 .0 7 1 9 8 9 .1 1 1 9 9 1 .0 3 1 9 9 2 .0 7 1 9 9 3 .1 1 1 9 9 5 .0 3 1 9 9 6 .0 7 1 9 9 7 .1 1 1 9 9 9 .0 3 2 0 0 0 .0 7 2 0 0 1 .1 1 2 0 0 3 .0 3 2 0 0 4 .0 7 2 0 0 5 .1 1 2 0 0 7 .0 3 2 0 0 8 .0 7 2 0 0 9 .1 1 2 0 1 1 .0 3Fase de queda do Salário Mínimo
(35 anos e queda de 63% em termos reais)
Fase de subida do Salário Mínimo
(15 anos e subida de 104% em termos reais)
Forte Crescimento do PIB
Estagnação do PIB Ditadura Militar
Participação do SM por decil da renda, por
região – 1995 e 2009
3 7 8 6 9 9 8 9 6 3 0 6 15 20 16 24 22 23 13 6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 9 9 9 8 6 5 4 2 2 1 17 16 15 14 15 9 7 4 3 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1030
Gasto público na Política Social
Em % do PIB
Fontes: Para 1980,1985 e 1990: Médici e Maciel (1996); Para 1995: Fernandes et alli (1998); 2005: elaboração própria
13,9 13,3 19,0 19,2 21,9 0 5 10 15 20 25 % do PI B 1980 1985 1990 1995 2005
31
Gasto público na Política Social, participação %
das esferas de governo
Fontes: Para 1980,1985 e 1990: Médici e Maciel (1996); Para 1995: Fernandes et alli (1998); 2005: elaboração própria
0% 20% 40% 60% 80% 100% Municipal 10,6 13,4 12,8 16,7 16,3 Estadual 23,6 24,6 26,9 23,7 21,8 Federal 65,8 62,0 60,4 59,6 61,9 1980 1985 1990 1995 2005
Multiplicador = 1,37%de crescimento no PIB = 1,85%de crescimento da renda das familias.
Sistema Tributário Nacional:
56% do incremento inicial do GPS volta ao Estado em impostos e contribuições
Incremento de 1,0% de PIB no GPS Transferências monetárias RGPS– 24 milhões de beneficios (18 milhões = SM) RPPS– 4,3 milhões (> SM) BPC– 3,4 milhões de beneficios (= SM) PBF– 12,4 milhões de beneficios (<SM) Consumo - Pessoal
Técnicos/profissionais da área social (técnicos
administrativos, professores, médicos, assistentes socias, psicologos, engenheiros, etc..)
Consumo intermediário
43,2 milhões de
beneficios transferidos mensalmente (33,8 milhões = SM)
4,7 milhões de empregos gerados diretamente
( > ou = SM)
Bens e materiais de consumo necessários aos serviços sociais
117 milhões de livros/ano; 7,3 bilhões de merendas/ano; 10,6 milhões de cestas básicas; remédios; material de escritorio, de atendimento hospitalar e outros, etc.
Gasto Público Social - GPS (21,9% PIB) GPS 1,57 Multiplicador
Crescimento do PIB para cada 1% de PIB gasto
PIB
Efeitos multiplicadores para gastos de 1% de
PIB em cada setor, no PIB - SAM, 2006
1,85 1,76 1,70 1,44 1,40 1,38 1,23 0,88 0,71 0,0 2,0 Educação pública Outro consumo da adm pub S aúde pública Bolsa Família Exportação commodities BPC RGPS RPPS Juros da dívida pública V ar iaç ão % PIB
35
Brasil: Carga Tributária (%) por Décimos de Renda, 2002-2003, a partir da P OF
32,8 10,7 14,6 16,4 16,4 17,6 18,3 19,4 20,7 24,2 29,1 3,7 2,8 4,1 4,5 4,9 5,7 6,9 7,7 8,8 12,0 27,0 24,8 23,9 23,2 23,3 23,3 24,1 23,4 22,7 0 5 10 15 20 25 30 35 1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o 10o
Gasto Social Federal
Nos 15 anos de 1995 a 2009, o GSF cresceu 3,7% do
PIB;
e146% em valores reais, acima da inflação
Gasto Social Federal
De 1995 a 2003, o GSF cresceu 1,7% do
Gasto Social Federal
De 2004 a 2009, o GSF cresceu 2,0% do
Gasto Social Federal
Nos 15 anos de 1995 a 2009, o GSF per capita
cresceu 104%,
Gasto Social Federal
De1995 a 2003, o GSF per
capita cresceu 30%,
Gasto Social Federal
De 2004 a 2009, o GSF
per capita cresceu 56%,
O Gasto Social Federal e a Crise
Neste período, na maior parte do tempo o GSF é pró-cíclico:
O Gasto Social Federal e a Crise
Na Crise de98/99, o GSF desacelera junto
O Gasto Social Federal e a Crise
Na Crise de2002/2003, o GSF desacelera junto com o
O Gasto Social Federal e a Crise
Na Crise de 2008/2009, novidade: o GSF acelera quando o PIB freia.Gastos Tributários
Esta forma indireta de gasto público
mobilizará em 2011, segundo estimativas da
Receita Federal:
3,53% do PIB, se considerados as renúncias
de origem tributária (2,98% do PIB) e os de
origem previdenciária (0,55% do PIB)
Gastos Tributários
Carga Tributária Bruta (total) em 2009:
33,6% do PIB
Gastos Tributários (federais) em 2009:
3,35% do PIB
Gastos Tributários
2006 2007 2008 2009 2010
Gastos Tributários (% PIB) 2,80% 2,92% 2,88% 2,81% 2,90% Renúncias Previdenciárias (% PIB) 0,53% 0,54% 0,52% 0,54% 0,53% GTrib + Rprev (% PIB) 3,33% 3,46% 3,40% 3,35% 3,43%
54
Gasto Tributário
Gasto tributário federal: valores estimados e efetivos
(Em R$ milhões de 2009, corrigidos pelo IPCA1 médio)
Ano Valor estimado % do
PIB
Valor efetivo Diferença (%) 2004 30.968,28 1,40 43.900,52 29,46% 2005 37.447,73 1,69 49.084,24 23,71% 2006 48.823,56 1,99 66.155,14 26,20% 2007 58.458,85 77.340,22 24,41% 2008 79.773,65 2,77 n.d. 2009 101.956,49 3,20 n.d. 2010 113.875,42 3,42
Fonte: Demonstrativo de Gastos Governamentais Indiretos de Natureza Tributária, vários anos (Receita Federal do Brasil).
Nota: 1 Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Obs.: 1. n.d. = não disponível.
Gastos Tributários
Em 2011, estima-se que chegará a 3,53% do
PIB – cerca de R$ 137 bilhões:
Gtrib: 2,98% do PIB – R$ 116 bilhões
Rprev: 0,56% do PIB – R$ 21 bilhões
Conclusões
Os gastos tributários + renúncias
previdenciárias mobilizam recursos da ordem
de 3,53% do PIB.
É um volume significativo, menos conhecido e
debatido do que deveria, apesar da extensa
variedade de dados publicados periodicamente
pela Receita Federal;
Conclusões
Não se trata aqui de defender sua redução
ou extinção, longe disso;
Mas sim reconhecer que este conjunto de recursos,
como qualquer outra política pública, pode gerar impactos virtuosos, mas também distorções;
E merece, portanto, ser discutido e analisado em termos
da sua qualidade, eficiência, eficácia e efetividade, tanto quanto os recursos diretamente executados pelo
orçamento.
Toda essa variedade de instrumentos está bem
Conclusões
Questões para se pensar:
quanto maior minha renda, maior a dedução do
IRPF: se estou na alíquota de 15%, o Estado me
“ajuda” com 15% dos meus gastos em Saúde
(sem limite) e Educação (até o limite);
Se estou na alíquota de 27,5%, o espaço pra
dedução será maior.
E, se tenho renda menor e sou isento de IRPF, o
Estado não terá como compensar em nenhuma
parcela meus gastos com Saúde e Educação.
Fontes: Renda: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD.
Fatores PPC: Nações Unidas, Divisão de Estatísticas (Banco Mundial, ICP 2005).
Inflação média anual do Brasil e dos EUA: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook, 2009.
Pobreza extrema é hoje menos de um quinto daquela
em 1990...
25,6 20,8 19,6 16,4 16,8 17,0 15,4 14,9 14,0 11,3 12,0 9,7 8,1 6,7 6,1 4,8 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Meta ONU = 12,8%Porcentagem da população sobrevivendo com menos de US$ PPC 1,25 por dia
Meta Brasil = 6,4%
A redução da pobreza extrema foi observada em todas
as regiões, mas as desigualdades regionais persistem...
Fontes: Renda: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD.
Fatores PPC: Nações Unidas, Divisão de Estatísticas (Banco Mundial, ICP 2005).
Inflação média anual do Brasil e dos EUA: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook, 2009.
49,1 40,6 40,8 33,1 34,9 35,5 31,4 30,5 28,3 23,9 25,0 21,2 17,8 15,2 13,4 10,3 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Nordeste Sul Norte Sudeste Centro-Oeste
Porcentagem da população sobrevivendo com menos de US$ PPC 1,25 por dia, Brasil e regiões
Porcentagem da renda nacional detida por
estratos de renda
34 36 33 34 34 34 34 34 34 34 34 35 35 36 36 37 38 64 62 64 64 64 64 64 64 63 63 64 63 62 61 61 61 60 38 33 59 65 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 20% m ais ricos 20-80% interm ediários 20% m ais pobresAumentos da renda média são principais
responsáveis pela redução da pobreza
Fontes: Renda: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD.
Fatores PPC: Nações Unidas, Divisão de Estatísticas (Banco Mundial, ICP 2005).
Inflação média anual do Brasil e dos EUA: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook, 2009. 2,2 2,4 2,3 2,3 2,2 2,2 2,3 2,4 2,3 2,5 2,6 2,8 2,9 3,0 2,9 3,1 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Evolução da desigualdade na renda domiciliar per capita segundo o coeficiente de Gini: Brasil, 1995 a 2008
Brasil em 2009: 0,538
Porcentagem de crianças de zero a quatro anos com peso abaixo do esperado para a idade por grandes regiões
5,4 6,3 3,6 1,4 1,7 3,2 2,2 1,4 1,9 1,5
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 1996 2006
Porcentagem de crianças de zero a quatro anos com peso abaixo do esperado para a idade por quintos da distribuição de poder aquisitivo familiar 9,2 5,5 2,5 2 1,6 3,7 2,3 1,2 0,5 1,2 20% inferior 20-40% 40-60% 60-80% 20% superior 1996 2006
Fonte:
CGIAE/DASIS/SVS/MS * Dado preliminar
Taxa de mortalidade na infância (por mil nascidos vivos). Brasil, 1990 a 2008* e proteção até 2015
Brasil poderá atingir a meta antes do prazo
53,7 22,8 17,9 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 * 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Ó b it o s p o r m il n a s c id o s v iv o s
Brasil Projeção Meta
Observa-se redução significativa da
mortalidade em menores de 1 ano
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 * 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Projeção
Meta = 15,7
Taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) por mil nascidos vivos – Brasil e regiões, 1990 a 2008 e projeção até 2015
Fonte: CGIAE/DASIS/SVS/MS
BA: 26,30 (2009) Brasil: 20,01 (2009)
Taxa de freqüência a escola, segundo as faixas etárias – Brasil 1992 - 2008 Faixa Etária 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 0 a 3 anos - - 7,6 7,4 8,1 8,7 9,2 10,6 11,7 11,7 13,4 13,0 15,4 17,1 18,1 4 a 6 anos 54,1 57,8 53,5 53,8 56,3 57,9 60,2 65,6 67,0 68,5 70,6 72,0 76,1 77,6 79,8 7 a 14 anos 86,6 88,6 90,2 91,2 93,0 94,7 95,7 96,5 96,9 97,2 97,1 97,3 97,6 97,6 97,9 15 a 17 anos 59,7 61,9 66,6 69,4 73,3 76,5 78,5 81,1 81,5 82,3 81,9 81,7 82,1 82,1 84,1 18 a 24 anos 22,6 24,9 27,1 28,4 29,4 32,1 33,9 34,0 33,9 34,0 32,2 31,6 31,7 30,9 30,5 25 a 29 anos 5,8 6,4 7,0 7,6 8,5 9,4 10,4 12,3 12,5 12,9 12,5 12,5 13,0 12,4 12,3 Fonte: Microdados da Pnad (IBGE).
Elaboração:Disoc/Ipea.
Nota: 1 A Pnad não foi realizada em 1994 e 2000. 2 Raça negra é composta de pretos e pardos.
3 A partir de 2004 a Pnad passa a contemplar a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Obs.: Nas pesquisas de 1992 e 1993 a freqüencia à escola era investigada apenas para pessoas com 5 anos ou mais de idade.
Acesso ao ensino fundamental: ampliação do acesso e redução das desigualdades regionais, por raça/cor (e renda) 81,3 86,2 66,5 87,5 75,3 94,4 95,0 92,3 95,4 93,6 94,9 95,1 94,3 95,4 94,7 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
Brasil Urbana Rural Branca Preta e parda
1992 2005 2008
Taxa de escolarização líquida, faixa etária de 7 a 14 anos (Fundamental)
Taxa de escolarização líquida na faixa etária de 15 a 17 anos, segundo os quintos de rendimento domiciliar per capita - Brasil
2005 e 2008 22,4 31,4 43,5 56,7 71,9 29,6 42,5 54,0 67,5 78,5 -10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
1º Quinto 2º Quinto 3º Quinto 4º Quinto 5º Quinto
% 2005
2008
Para além das metas... No Ensino Médio, há desigualdades por sexo, cor/raça, localização e região. Há ainda uma correlação entre renda e freqüência no ensino médio...
Taxa de Frequência bruta à Educação Infantil, por diversas características - Brasil - 1995/2001/2005/2006/ 2007/2008 1995 2001 2005* 2006* 2007* 2008* 1995 2001 2005* 2006* 2007* 2008* Brasil 7,5 10,5 12,9 15,3 16,9 18,1 53,4 65,5 72,0 76,0 77,6 79,7 Norte 5,7 7,2 5,7 8,0 7,7 8,4 55,1 60,1 60,2 64,4 68,5 72,5 Nordeste 7,1 10,6 11,6 13,3 14,1 14,9 56,1 70,6 77,6 80,4 82,7 84,8 Sudeste 8,1 11,3 15,5 19,1 21,7 22,0 55,1 68,0 75,8 80,9 81,5 82,9 Sul 8,6 11,8 15,9 18,3 21,3 24,6 44,9 55,4 62,0 66,3 67,9 69,1 Centro-Oeste 5,4 6,6 10,0 11,4 13,2 15,3 47,8 54,4 62,9 66,9 65,9 71,6 Cor Branca 8,7 11,3 14,3 16,9 19,1 20,6 56,2 67,8 74,1 78,4 79,6 81,8 Preta ou parda 6,2 9,6 11,5 13,8 14,8 15,5 50,5 63,3 70,1 74,0 75,9 78,2 Urbano 9,1 11,8 12,9 17,5 19,3 20,5 59,2 69,0 75,7 79,4 80,3 82,2 Rural 2,7 4,6 15,0 6,7 6,4 7,2 35,8 50,8 57,2 62,5 66,2 69,6 1° quinto 5,3 6,6 8,4 9,4 9,9 10,7 43,1 56,5 63,5 67,7 70,8 72,7 2° quinto 5,5 7,8 10,2 12,2 13,6 15,0 49,0 60,9 68,8 73,9 75,9 77,5 3° quinto 6,4 10,4 13,7 17,8 18,9 20,7 56,1 67,7 76,3 80,4 79,6 83,0 4° quinto 7,9 13,5 17,1 21,9 25,5 26,2 60,3 74,2 80,8 85,2 86,0 88,5 5° quinto 17,1 25,7 28,6 32,2 35,3 37,0 71,3 88,8 90,2 91,7 91,7 93,8
Taxa de Frequência Bruta à Educação Infantil, por sexo, cor, situação de domicílio, Grandes Regiões e faixas de rendimento mensal familiar per capita, segundo os grupos de idade - Brasil - 1995/2001/2005/2006/ 2007/2008
* Inclusive a população rural da região Norte
Características
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - 1995, 2001, 2005, 2006, 2007 e 2008
4 a 6 anos de idade 0 a 3 anos de idade
Situação do Domicílio
Analfabetismo:
Brasil (2009) – 9,7
77
Elas ganham menos do que os homens
Relação entre rendimento-hora da população ocupada, por sexo e cor/raça, segundo classes de anos de estudo - 1998 e 2008
Proporção do rendimento-hora das mulheres em relação ao dos homens Proporção do rendimento-hora dos pretos e pardos em relação ao dos brancos 1998 2008 1998 2008 Total 81,9 84,1 48,4 56,7 Até 4 anos 77,5 83,4 67,4 72,8 De 5 a 8 anos 67,0 72,3 72,9 72,9 De 9 a 11 anos 66,2 70,6 70,0 77,4 12 Anos ou mais 59,6 65,4 73,2 68,4
78
Os cursos relacionados aos cuidados apresentam maior participação das mulheres
91,72 90,69 82,27 81,78 74,27 73,76 69,32 63,42 38,58 37,87 18,11 16,95 8,28 9,31 17,73 18,22 25,73 26,24 30,68 36,58 61,42 62,13 81,89 83,05 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Serviço social Pedagogia Enfermagem Psicologia, Fisioterapia, Nutrição, Fonoaudiologia Gestão de pessoal / recursos humanos Letras Turismo Odontologia Economia Física, Química, Matemática Engenharias Informática, dados, informação
Feminino Masculino
Distribuição percentual das matrículas por sexo, em cursos superiores selecionados - Brasil, 2007
75 140 Meta = 35 0 25 50 75 100 125 150 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Ó bi to s po r 1 00 m il na sc id os v iv os RMM Projeção Meta Fonte: CGIAE/DASIS/SVS/MS Nota: Valores ajustados
Redução de 46% entre 1990 e 2008
Razão de mortalidade materna (por 100 mil nascidos vivos)*. Brasil, 1990 a 2007 e proteção até 2015
Houve importante redução da morte materna, mas o
Brasil ainda não está próximo de alcançar a meta 6
83 76 55 99 90 68
Partos assistidos por profissionais qualificados (%)
Gestantes que tiveram 4 ou mais consultas pré-natal (%)
Mulheres de 15 a 49 anos que usam algum método
contraceptivo (%) 1996 2006
Fonte: Ministério da Saúde, Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS)
Houve importantes avanços na saúde sexual e
Fonte: CGIAE/DASIS/SVS/MS 17,4 8,7 17,7 9,0 19,0 8,5 0 5 10 15 20
Câncer de mama Câncer de colo de útero
Ó bi tos por 1 00 m il m ul he re s 1990 2000 2007
Taxa de mortalidade por câncer de mama e de colo de útero entre
mulheres de 30 a 69 anos (por 100 mil mulheres). Brasil, 1990, 2000 e 2007
Risco de morrer por câncer de mama cresceu (não
cumprindo), enquanto houve estabilidade do risco de morrer por câncer de colo de útero (tem cumprido a meta 6B)
Distribuição etária da população por sexo
Brasil, 2000 e 2040
Esperança de vida aos 60:
Brasil (2009) – 21,3 anos
Bahia (2009) – 22,0 anos
Cobertura Previdenciária (pop. + 60 anos):
Brasil (2009) – 77,37 %
Evolução anual da população brasileira por faixa etária
1980-2050
0 5 10 15 20 25 30 35 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 P op ulação (M ilh ões ) 0 a 3 anos 4 a 5 anos 6 a 14 anos 15 a 17 anosDistribuição percentual dos arranjos
domiciliares brasileiros. 1992 e 2008
87
Variação na proporção da população urbana sem acesso à
água de rede geral com canalização interna - Brasil e UFs - 1992 e 2008 (%) -100,0 -90,0 -80,0 -70,0 -60,0 -50,0 -40,0 -30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0 A C A L A M A P B A C E DF E S G O MA MG MS MT P A P B P E P I P R R J R N R O R R R S S C S E S P TO B R
Fonte: Ipea, com base em microdados da PNAD/IBGE, 1992, 2008
88
80,4% da população urbana e 23,1% da
população rural possui acesso a serviços de
esgoto adequados. Deve alcançar a meta 10
% da população com acesso a esgotamento sanitário por meio de rede coletora ou fossa séptica, segundo situação
censitária - Brasil - 1992, 1995, 1999, 2003, 2006, 2009 66,1 68,5 73,9 75,6 77,8 80,4 10,3 13,1 15,7 17,1 20,1 23,1 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 1992 1995 1999 2003 2006 2008 urbana rural*
Fonte: IPEA, com base na PNAD IBGE 1992-2008* exclusive a população rural de RO, AC, AM. RR, PA e AP, que passou a fazer parte da amostra da PNAD a partir de 2004
89
Variação na proporção da população urbana sem condições
adequadas de moradia - Brasil e UFs - 1992 e 2008 (%)
-70,0 -60,0 -50,0 -40,0 -30,0 -20,0 -10,0 0,0 A C A L A M A P B A C E DF E S G O MA MG MS MT P A P B P E P I P R R J R N R O R R R S S C S E S P TO B R
90
Moradia Inadequada por UF – 2008 (%)
Percentual de moradores em domicílios particulares permanentes urbanos sem condições adequadas de moradia, segundo Unidade
Federativa - 2008 76,5 76,4 71,5 70,8 65,4 65,2 59,9 59,2 57,7 52,5 50,4 50,0 49,2 44,1 42,4 37,7 35,3 34,3 32,0 31,5 30,2 29,7 27,4 26,4 24,4 19,2 18,9 13,2 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 MS AP PA AC GO TO AL RO AM CE MT RN PE PB MA BA PI BR RJ RS PR ES RR SC SE MG SP DF
Fonte: IPEA, com base em microdados da PNAD/IBGE 1992-2008
91 Elaboração: ORBIS – ODM sínteses estaduais
92
Referencias:
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State: teorias explicativas". BIB: Boletim Bibliografico de Ciências
Sociais, 39. Rio de Janeiro, 1995.
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State” brasileiro”. in A política social em tempo de crise: articulação
institucional e descentralização. Brasília: Convênio MPAS/CEPAL, 1989.
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