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A atitude filosófica

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Academic year: 2021

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• Conhece-te a ti mesmo (frase inscrita no oráculo de

Delfos – É a pedra angular da filosofia de Sócrates e de seu método, a maiêutica)

• O que é um oráculo? 2 significados

• Síbila é o nome da transmissora da mensagem divina. • No 1º filme da série Matrix, há uma sibila que

pergunta a Neo se ele leu o que está escrito sobre a porta de entrada da casa que acaba de entrar.

(3)

• Ele diz que não e ela lê para ele:

• Nosce te ipsum – Conhece-te a ti mesmo.

• O oráculo diz a ele que somente ele poderá saber se

livrará o mundo do poder da Matrix e somente conhecendo a si mesmo ele terá a resposta.

• Há um paralelo entre essa cena e o um

(4)

• Em Delfos, na Grécia, havia um santuário dedicado ao Deus Apolo,

e sobre o portal de entrada desse santuário estava escrito Nosce te ipsum.

• Sócrates foi ao oráculo consulta-lo, pois diziam que ele era o mais

sábio ateniense.

• Desejava saber o que era sábio e se podia ser chamado de sábio. • O oráculo perguntou-lhe o que sabia e ele respondeu: só sei que

nada sei.

• O oráculo disse que não só era sábio, mas o mais sábio de todos,

(5)

Neo e a Matrix

• Análise dos nomes:

• Neo: novo, renovado, jovem na força e no ardor da

juventude.

• Morfeu: Era um espírito filho do sono e da noite que

possuía asas e era capaz de voar num único instante, em absoluto silêncio para as extremidades do mundo.

Esvoaçando sobre um ser humano ou pousando

levemente sobre a sua cabeça, tocando – o com uma papoula vermelha, tinha o poder, não só de fazê-lo adormecer e sonhar, mas também de aparecer-lhe no sonho, tomando a forma humana.

(6)

• Dessa forma, no filme, Morfeu se comunica pela primeira

vez com Neo.

• Em vários momentos Morfeu lhe pergunta se tem a

impressão de estar sonhando.

• Até o momento que lhe oferece uma pílula azul e uma

vermelha, ao que Neo escolhe a vermelha ( como a papoula da mitologia) que o fará ver a realidade.

• E morfeu quem lhe mostra a Matrix. Assim compreende

(7)

• Definições de Matrix: Do latim mater: mãe, útero. Na linguagem

técnica é o molde de fundição de uma peça, o circuito de

codificadores e decodificadores das cores primárias e dos sons e, na informática, a rede de guias de entradas e saídas de elementos lógicos

• No filme, a Matrix tem todos esses sentidos.

• Ela é um útero universal onde estão todos cuja vida real é uterina

e cuja vida virtual é forjada pelos circuitos de codificadores e

decodificadores de cores e sons e pelas redes de guias de entrada e saída de sinais lógicos.

(8)

• O computador antes era chamado de cérebro

eletrônico.

• Vencer a Matrix é destruir a aparência,

restaurar a realidade e assegurar que os seres

humanos possam perceber e compreender o

mundo verdadeiro e viver realmente nele.

(9)

Neo e Sócrates

• Porque Neo foi o escolhido?

• Pq era um perito em informática e desconfiava da

realidade. Sempre teve dúvidas sobre como a realidade era percebida.

• Pq Sócrates é considerado o patrono da Filofia?

• Pq jamais se contentou com as opiniões estabelecidas

(10)

• Ele costumava dizer que era impelido por um

espírito interior que o levava a desconfiar das

aparências e procurar a realidade verdadeira

das coisas.

• Provou p muita gente, através de suas

incansáveis perguntas que, as pessoas na

realidade não sabiam o que estavam fazendo

ou dizendo ou acreditavam.

(11)

• Sócrates instigava as pessoas a descobrirem a

diferença entre parecer e ser, entre crença ou opinião e verdade ( discorrer)

• O ideal de Sócrates mexeu fortemente com os

poderosos de Athenas ao ponto de Sócrates ser condenado à morte, acusado de espalhar dúvidas

sobre as ideias e os valores Atenienses e corromper a juventude.

• O paralelo entre Sócrates e Neo continua com o mito

(12)
(13)

• Imaginem uma caverna, na qual não se pode ver

o mundo exterior. Apenas uma fresta de luz é

projetada nas paredes da caverna, onde

também são projetadas sombras.

• Dentro dessa caverna há seres humanos

acorrentados vivendo sem poder mover a

cabeça na direção da entrada, sem nunca ter

visto o mundo exterior nem a luz do sol. Estão

quase no escuro, imobilizados.

(14)

• Dentro da caverna há um fogo, que projeta as sombras na

parede da caverna.

• Do lado de fora pessoas passam conversando e

carregando nos ombros figuras ou imagens de homens, mulheres e animais, e essas sombras também são

projetadas nas paredes da caverna.

• Não tendo visto o exterior, os prisioneiros acreditam que

as sombras são as coisas que as projetam e que os sons são produzidos pelas sombras. Acreditam também que os sons produzidos pelos artefatos que essas pessoas

(15)
(16)

• Há um claro engano, por parte dos prisioneiros.

• Essa confusão não tem por causa um defeito na natureza

dos prisioneiros, e sim as condições adversas nas quais se encontram.

• O que aconteceria se fossem libertados dessa condição

miserável?

• Um dos prisioneiros, inconformado com a condição na

qual se encontra, decide abandoná-la. Fabrica um instrumento que serve para desatar seus grilhões.

(17)

• Sai da caverna.

• Num primeiro instante fica totalmente cego pela

luminosidade do sol, com o qual seus olhos não

estão acostumados.

• Há dificuldades nessa nova situação. Corpo

dolorido, incredulidade, deslumbramento, e

retorna a caverna para livrar-se da dor e do

espanto. Lá fora não consegue enxergar com

nitidez e caverna lhe é familiar e conhecido.

(18)

• Indisposto para entrar novamente na caverna,

permanece em seu exterior e seus olhos começam a se adaptar a luz. Encanta-se. Tem a felicidade de

finalmente ver as próprias coisas descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão via apenas sombras.

• Decide ficar longe da caverna dali pra frente, nunca

mais habitar seu interior, porém tem pena dos outros prisioneiros e decide voltar ao seu interior para

contar aos outros o que viu e convencê-los a se libertarem também.

(19)

• O que acham que acontece quando volta e conta

a verdade aos outros prisioneiros?

• Zombam dele e não acreditam em sua palavra.

Se não conseguirem silenciá-lo com sua

zombaria, tentarão fazê-lo espancando-o. Se

ainda assim ele insistir em afirma-lo, acabarão

por mata-lo. Mas quem sabe alguns poderão

ouvi-lo e contra a vontade dos demais também

decidir sair da caverna rumo à realidade?

(20)

• O que é a caverna?

• O mundo das aparências em que vivemos. As sombras projetadas

são as coisas que percebemos. Os grilhões e as correntes são nossos preconceitos e opiniões. Nossa crença de que o que estamos percebendo é a realidade.

• Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. • O que é a luz do sol? A verdade. O que é o mundo iluminado pelo

sol da verdade? A realidade. Qual o instrumento que liberta o prisioneiro rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A filosofia.

(21)

Nossas crenças

costumeiras

(22)

• Emitimos várias opiniões em nossa vida cotidiana. • Exemplos: Ela ficou maluca! Ele está sonhando!

Glorinha está mais vívida que Maria!

• Quando se trata do namorado, ou mesmo de um

filho, as pessoas tende a enxergarem a realidade distorcida, de modo a favorecerem seus queridos.

• Somos muito subjetivos. “ Quem ama o feio, bonito

(23)

• Quando pergunto que horas são, há vários

pressupostos nessa pergunta.

• O tempo existe, ele passa, pode ser medido em horas

e dias. O que já passou é diferente de agora e o que há de vir também há de ser diferente desse

momento. O passado pode ser lembrado ou esquecido e o futuro, desejado ou temido.

• Há coisas ou ideias que acreditamos sem questionar.

(24)

• Quais são as crenças presentes nessas

afirmativas?

• “Ele está sonhando”.

• “Ela ficou maluca”.

• “Onde há fumaça, há fogo”. (causa e efeito)

• Não saia na chuva para não se resfriar.

(25)
(26)

• Ao fazermos uma comparação do tipo Glorinha

está mais vívida que Maria ou, essa casa é mais

bonita que aquela, acreditamos que as coisas ou

pessoas podem ser comparados e avaliados.

• Se disséssemos que o sol é maior do que vemos

estamos acreditando que nossa percepção

alcança as coisas de modos diferentes. Por

exemplo, a caneta, a percebemos como ela é, já

o sol, é maior do que o disco de luz que vemos

ao longe.

(27)

• Nossa visão pode ver as coisas diferentemente do que

elas são. Mas nem por isso diremos que estamos sonhando ou que ficamos malucos.

• A percepção visual varia de acordo com a distância,

ou seja, depende das condições de visibilidade ou da localização e movimento do objeto.

• Na briga, quando chamamos o outro de mentiroso,

está presente a crença de há diferença entre verdade e mentira. A verdade diz as coisas exatamente como são, a mentira faz o contrário, distorce a realidade.

(28)

• No entanto, consideramos a mentira diferente do

sonho, da loucura e do erro, pq quem erra, sonha e mente se ilude involuntariamente, enquanto o

mentiroso decide voluntariamente deformar a realidade e os fatos.

• Erro e mentira são falsidades diferentes. Somente no

mentira há a intenção.

• Disso decorre que somos seres dotados de vontade, e

(29)

• Nem sempre classificamos a mentira como algo

ruim. Ex. novelas, romances e filmes.

Acreditamos que quando alguém nos avisa que

está mentindo, a mentira é aceitável.

• Quando distinguimos verdade de mentira ou

mentiras aceitáveis de inaceitáveis, não estamos

só nos referindo a conhecimento e

desconhecimento da realidade, mas também ao

caráter da pessoa, à sua moral.

(30)

• Acreditamos que a pessoa, porque possui

vontade, pode ser moral ou imoral, pois

cremos que vontade é o poder de escolher

entre o bem e o mal.

• Acreditamos que exercer tal poder é exercer

liberdade. Acreditamos que somos livres para

escolhermos voluntariamente nossas ações,

nossas idéias, nossos sentimentos.

(31)
(32)

• Numa briga quando alguém pede para os que estão

brigando para colocarem a cabeça no lugar, e que sejam objetivas, ou no caso dos namorados que são incapazes de ver as coisas como são, sendo muito subjetivos, também há várias crenças silenciosas.

• Se alguém tenta defender um ponto de vista que

envolva alguém ou algo que gosta muito, ou está apaixonado, perde a objetividade. Deixa-se guiar

(33)

• Ter objetividade é ter uma atitude imparcial.

• Ser subjetivo é ser guiado pelas emoções. (amor,

ódio, medo, desejo).

• Disso depreende-se que não só a objetividade e

a subjetividade existem mas também são

diferentes, a primeira percebe perfeitamente a

realidade e não a deforma enquanto a segunda

não percebe a realidade e a deforma.

(34)

• Ao dizermos que alguém é legal pela

semelhança de gostos com essa pessoa,

acreditamos que o que nos torna semelhantes

ou diferentes das outras pessoas são as normas

e valores morais, políticos, religiosos e artísticos.

• Nossa vida cotidiana é toda feita de crenças

silenciosas, da aceitação de coisas e ideias que

nunca questionamos porque nos parecem

(35)

E se não for bem assim

(36)

• Quando em Matrix Neo pergunta a Morfeu: Onde estamos?

Morfeu lhe responde que a pergunta correta seria quando, não onde.

• Morfeu lhe mostra a realidade.

• Ao ir ao oráculo, Neo se depara com crianças prodígio fazendo

coisas impossíveis na realidade física, ao que a criança lhe explica: A colher não existe. O que neo vê não existe e o que existe não é visto por ele. É quando o oráculo lhe mostra a inscrição sobre a porta. “ Conhece-te a ti mesmo”, sugerindo que antes que comece a desvender os enigmas do mundo externo, que comece por

(37)

• Cremos que nossa vontade é livre para escolher entre o bem e o

mal.

• Cremos também na necessidade de obedecer às normas e as

regras da nossa sociedade.

• Que acontece, porém, quando, numa situação, nossa vontade nos

indica que é bom fazer ou querer algo que nossa sociedade proíbe ou condena? Ou, ao contrário, quando nossa vontade julga que será um mal ou uma injustiça querer ou fazer algo que nossa

sociedade exige ou obriga? Há momento que vivemos um conflito entre o que nossa liberdade deseja e o que nossa sociedade

(38)

• O tempo é relativo. Pode passar mais rápido ou

devagar.

• No céu, tudo parece se mover quando na

verdade o que se move é a Terra.

• Esses exemplos se assemelham às experiências

de Neo. Por um lado tudo parece correto e como

tem de ser, por outro, parece que tudo poderia

estar errado ou ser ilusão.

(39)

• Temos a crença na liberdade mas somos

dominados pelas regras da nossa sociedade.

• Temos a experiência do tempo parado ou do

tempo ligeiro, mas o relógio não comprova

essa experiência. No caso do céu, a

(40)
(41)

• Os conflitos entre nossas crenças e os saberes

estabelecidos são as principais circunstâncias

que nos fazem mudar de atitude.

• Quando o que sempre acreditamos é

contrariado por uma outra forma de

conhecimento, entramos em crise.

(42)

• Aí nos indagamos, sou livre quando quero e

faço algo que contraria a minha sociedade ou

sou livre quando domino minha vontade e a

obrigo a aceitar o que minha sociedade

determina. Sou livre quando sigo minha

(43)

• Para respondermos essa pergunta necessitamos

de outras perguntas como “O que é liberdade?”,

“O que é a vontade?, “O que é a sociedade?”, “O

que são o bem e o mal, o justo e o injusto?”

• Nos exemplos dados do sol, do tempo e da

Terra, também indagamos se estamos

percebendo o que é real ou não. Necessitamos

fazer perguntas mais profundas para

entendermos como “O que é tempo”, “o que é

perceber”, “o que é realidade”.

(44)

• O que está por trás de tais perguntas? O fato de

que estamos mudando de atitude. Estamos

quebrando a prática costumeira de aceitar as

coisas como são e estamos tendo uma atitude

filosófica.

• Isso indica que quem não se contenta com o que

está pré – estabelecido, está exprimindo o

desejo de saber.

(45)

Buscando a saída da caverna

ou a atitude filosófica.

(46)

• Imaginenos uma pessoa que ao invés de emitir as

opiniões normais do nosso dia a dia como, por

exemplo, “que horas são” ou “Ele está sonhando” ou “Ela é mentirosa”, dissesse: “O que é o tempo” ou “o que é o sonho, loucura ou a razão” ou “O que é o

falso?, o que é a mentira?, o que é a verdade?

• Uma pessoa que assim fizesse, estaria se distanciando

da vida cotidiana e de si mesma, pois estaria indagando as crenças e os sentimentos que alimentam silenciosamente nossa existência.

(47)

• Ao fazer isso, estamos desejando conhecer porque

cremos no que cremos, porque sentimos o que sentimos e estaria começando a cumprir o que o oráculo de delfos dizia: “Conhece-te a ti mesmo” e estaria adotando a atitude filosófica.

• Assim, a resposta a pergunta: “O que é filosofia?”

seria: “ A decisão de não aceitar como naturais, óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana, jamais aceita-los sem antes os haver investigado e compreendido”.

(48)

• Certa vez perguntaram a um filósofo: “Para

que Filosofia” ao que ele respondeu: “Para

não darmos nossa aceitação imediata às

coisas, sem maiores considerações”.

Referências

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