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EFEITOS DA TAFLUPROSTA E DA BRINZOLAMIDA SOBRE A PRESSÃO INTRAOCULAR E O DIÂMETRO PUPILAR DE CÃES SAUDÁVEIS.

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA MEDICINA VETERINÁRIA E

ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

EFEITOS DA TAFLUPROSTA E DA BRINZOLAMIDA SOBRE

A PRESSÃO INTRAOCULAR E O DIÂMETRO PUPILAR DE

CÃES SAUDÁVEIS.

Nathalie Moro Bassil Dower

CUIABÁ – MT 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA MEDICINA VETERINÁRIA E

ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

EFEITOS DA TAFLUPROSTA E DA BRINZOLAMIDA

SOBRE A PRESSÃO INTRAOCULAR E O DIÂMETRO

PUPILAR DE CÃES SAUDÁVEIS.

Autor: Nathalie Moro Bassil Dower Orientador: Prof. Dr. Alexandre Pinto Ribeiro Co-Orientador: Profa. Dra. Kelly Cristiane Ito Yamauchi

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, área de concentração: Sanidade Animal, da Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso para obtenção do título de Mestre em Ciências Veterinárias.

CUIABÁ – MT 2016

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Dados I nternacionais de Catalogação na Fonte.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

M867e Moro Bassil Dower, Nathalie.

EFEITOS DA TAFLUPROSTA E DA BRINZOLAMIDA SOBRE A PRESSÃO INTRAOCULAR E O DIÂMETRO PUPILAR DE CÃES SAUDÁVEIS / Nathalie Moro Bassil Dower. -- 2016

65 f. : il. color. ; 30 cm.

Orientadora: Alexandre Pinto Ribeiro. Co-orientador: Kelly Cristiane Ito Yamauchi.

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Cuiabá, 2016.

Inclui bibliografia.

1. análogos das prostaglandinas. 2. inibidores da anidrase carbônica. 3. pressão intraocular. 4. cão. 5. miose. I. Título.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por me guiar e me fazer compreender que na vida tudo tem um motivo e um momento certo para acontecer. Agradeço por ter traçado essa trajetória em minha vida e me guiar por este caminho.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Alexandre Pinto Ribeiro, pelos ensinamentos nos dois anos de mestrado, e por ter confiado e acreditado na minha capacidade.

A minha co-orientadora, Prof. Kelly Cristiane Ito Yamauchi, pelo incentivo em fazer o mestrado, pelos ensinamentos durante esses anos, e principalmente pela amizade fiel que construímos desde a minha residência!

A Camila Maciel, querida amiga e na época bolsista, e ao Fábio, por dividiram suas semanas e principalmente os finais de semana comigo cuidando dos meus cães e compartilhando muitas horas de experimento. Obrigada por estar sempre disposto a ajudar, pelas brincadeiras e pelas horas de riso mesmo quando as coisas não estavam fáceis.

A Dona Eloisa e Ana Paula por me proporcionarem seus animais e confiarem aos meus cuidados.

As minhas colegas de pós-graduação, Thais, Geovanna e Gabriela por terem tido a compreensão e a colaboração com o fornecimento da sala de Oftalmologia para acomodação dos animais do projeto.

Ao meu namorado Flávio pelo amor, apoio incondicional e pela paciência nos momentos de estreses.

Aos meus pais Margarida e Rondon pelo imenso carinho e confiança, pelo apoio financeiro, por acreditarem na minha capacidade, mas acima de tudo, por permitirem que eu voasse para longe em busca do meu sonho, mesmo sabendo que os momentos de pouso seriam curtos e que os sonhos me instigariam a ir sempre mais longe.

Aos meus irmãos Leonardo e Gustavo pelo amor, apoio, confiança e sabedoria.

Em especial a todos os cães que fizeram parte do meu experimento de mestrado. Obrigada pelas lambidas, latidos, sorrisos e pulos de alegria que marcavam a minha chegada todos os dias ao Hospital Veterinário. Obrigada pela confiança, por terem se doado mesmo que involuntariamente para a concretização

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EPÍGRAFE

"Duvide sempre de ti mesmo, até que os dados não deixem lugar para dúvidas.”

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RESUMO

EFEITOS DA TAFLUPROSTA E DA BRINZOLAMIDA SOBRE A PRESSÃO INTRAOCULAR E O DIÂMETRO PUPILAR DE CÃES SAUDÁVEIS.

Objetivou-se estudar os efeitos da administração tópica da tafluprosta a 0.0015% e da brinzolamida a 1% sobre a pressão intraocular (PIO) e o diâmetro pupilar (DP) em cães saudáveis. Dois experimentos com intervalo de 10 dias foram realizados. Onze cães foram tratados com 1 gota de tafluprosta às 8h30 e 20h30, ou brinzolamida às 8h30, 14h30 e 20h30 durante 4 dias e nos olhos contralaterais foram instilados uma única gota de solução salina e classificado como olho controle A PIO e o DP foram mensurados às 8h00, 11h00, 14h00, 17h00 e 20h00 durante dois dias (basal), quatro dias de tratamento e um de pós-tratamento. Ao final de quatro dias, a tafluprosta e a brinzolamida foram capazes de reduzir de forma significativa a PIO em 2 e 1,42 mmHg respectivamente ao período basal. Comparações entre os fármacos demostrou que, ao final dos quatro dias de tratamento, a tafluprosta apresentou redução de 0,62 mmHg em relação à brinzolamida (p>0,05). Ao final do período, o valor médio da PIO dos olhos tratados com brinzolamida reduziu 0,90 mmHg, em comparação aos olhos controle (p<0,05 ao terceiro e quarto dia). Relativamente à tafluprosta, a redução foi de 3,06 mmHg (p<0,001). Comparativamente ao período basal, observou-se redução de 0,34 mm no DP nos olhos tratados com brinzolamida e de 2,55 mm com tafluprosta. Todavia, ao final do período de tratamento, o valor médio do DP dos olhos tratados com brinzolamida reduziu 0,18 mm, frente aos 3,25 mm após instilações de tafluprosta, em comparação aos olhos controle. Comparações entre os fármacos, demonstraram que o tratamento com tafluprosta ensejou redução de 2,23 mm comparativamente ao DP dos olhos tratados com brinzolamida (p < 0,001). Conclui-se que três instilações diárias de brinzolamida 1% ou duas instilações de tafluprosta 0.0015% em cães saudáveis reduzem a PIO e o DP de forma significativa, sugerindo novos experimentos com a utilização dos fármacos em animais com glaucoma e hipertensão intraocular. Apesar de apresentar valores mais baixos, não se observou significância estatística entre tafluprosta e brinzolamida, relativamente a redução da

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PIO. A redução do DP induzida pela brinzolamida, pode não apresentar relevância clínica, não se recomendando que o fármaco seja prescrito para indução de miose.

Palavras-Chave: análogos das prostaglandinas, inibidores da anidrase carbônica, pressão intraocular, cão, miose.

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ABSTRACT

EFFECTS OF TAFLUPROSTA AND BRINZOLAMIDE ON INTRAOCULAR PRESSURE AND PUPIL DIAMETER IN HEALTHY DOGS

This study aimed to evaluate the effects of topical administration of 0.0015% tafluprost and 1% brinzolamide on intraocular pressure (IOP) and pupil diameter (PD) in healthy dogs. Two experiments were carried out after a washout period of 10 days. Eleven dogs were treated with 1 drop of tafluprosta at 8:30 a.m. and 8:30 p.m., and brinzolamide at 8:30 a.m., 14:30 and 20.30 p.m. for 4 days. IOP and PD were measured at 8 and 11 a.m.; 2, 5, and 8 p.m for two days (baseline), 4 days of treatment, and 1 of post-treatment. Following 4 days, tafluprosta and brinzolamide were able to reduce IOP by 2 and 1.42 mmHg, respectively, compared to baseline. Comparisons between drugs showed a reduction of 0.62 mm Hg at the end of 4 days of treatment period (P > 0.05). At the end of this period, the average IOP of eyes treated with brinzolamide reduced only 0.90 mmHg, in comparision to the control eyes (P < 0,05 at 3rd and 4rd days); while tafluprosta reduced IOP by 3.6 mmHg (P < 0.001). Comparisons between baseline and treated eyes, showed reductions of PD by 0.34 (brinzolamide) 2.55 mm (tafluprosta). However, at the end of this period, comparisons with the control eyes showed that the average PD of the brinzolamide treated eyes decreased only 0.18 mm vs. 3.25 mm seen in tafluprost treated eyes. It can be concluded that for 4 days of treatment with 0.0015% tafluprosta and 1% brinzolamide were able to decrease significantly the IOP and the OS and can be indicated for the treatment of glaucoma and ocular hipertension. Although slighter values of IOP were observed in eyes treated with tafluprost, statistical significance were not seen when both drugs were compared. The decrease in PD induced by brinzolamide may not be clinically relevant, suggesting that the drug is not recommended to induce miosis in the dog.

Key-words: prostaglandina analogues, carbonic anhydrase inhibitors, ocular hypertension, miosis.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Imagem do procedimento de tonometria de aplanação para aferição da pressão intraocular (A) e a de paquimetria (B), para aferição do

diâmetro pupilar em cães saudáveis

...20

Figura 2 Média e erro padrão dos valores de pressão intraocular (PIO) (mmHg) de olhos de cães que receberam brinzolamida e de olhos controle, nos diferentes momentos de avaliação ...22

Figura 3 Média e erro padrão dos valores de pressão intraocular (PIO) (mmHg) de olhos de cães que receberam tafluprosta e de olhos controle, nos diferentes momentos de avaliação ...23

Figura 4 Média e erro padrão dos valores de pressão intraocular (PIO) (mmHg) de olhos de cães que receberam brinzolamida e de olhos que receberam tafluprosta, nos diferentes momentos de avaliação ...24

Figura 5 Média e erro padrão dos valores de diâmetro pupilar (DP) (mm) de olhos de cães que receberam brinzolamida e de olhos controle, nos diferentes momentos de avaliação ...26

Figura 6 Média e erro padrão dos valores de diâmetro pupilar (DP) (mm) de olhos de cães que receberam tafluprosta e de olhos controle, nos diferentes momentos de avaliação ...27

Figura 7 Média e erro padrão dos valores de diâmetro pupilar (DP) (mm) de olhos de cães que receberam brinzolamida e de olhos que receberam tafluprosta, nos diferentes momentos de avaliação ...28

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LISTA DE ABREVIATURAS E/OU SÍMBOLOS

ANOVA Análise de variância de única via

APG Análogo de prostaglandina

CEUA Comitê de ética no uso de animais CGR Células ganglionares da retina

BAK cloreto de benzalcônio

DP Diâmetro pupilar

IAC Inibidores de anidrase carbônica

Mm Milímetro mmHg Milímetro de mercúrio pH Potencial hidrogeniônico % Por cento > Maior que < Menor que

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA ... 12

1.1 Pressão intraocular ...11 1.2 Glaucoma ...11 1.3 Controle Farmacológico ...12 2 OBJETIVO ... 18 3 MATERIAL E MÉTODOS ... 19 3.1 Aspectos Éticos ... 19 3.2 Animais ... 19 3.2.1 AVALIAÇÃO OFTÁLMICA ... 19 3.2.2 AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA ... 20 3.3 Grupos Experimentais ... 20 3.4 Estatística ... 21 4 RESULTADOS ... 22

4.1 Pressão Intraocular (PIO) ... 22

4.1.1 BRINZOLAMIDA ... 22 4.1.2 TAFLUPROSTA ... 23 4.1.3 BRINZOLAMIDA VS TAFLUPROSTA ... 25 4.2 Diâmetro Pupilar (DP) ... 26 4.2.1 BRINZOLAMIDA ... 26 4.2.2 TAFLUPROSTA ... 28 4.2.3 BRINZOLAMIDA VS TAFLUPROSTA ... 30 5 DISCUSSÃO ... 31 6 CONCLUSÃO ... 35 REFERÊNCIAS ... 36

APÊNDICE A – ARTIGO CIENTÍFICO ... 41

APÊNDICE B – COMPROVANTE DE SUBMISSÃO ... 51

APÊNDICE C – WEBQUALIS ... 52

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1 INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA

1.1 Pressão intraocular (PIO)

A pressão intraocular (PIO) é o resultado do equilíbrio dinâmico entre a produção e a drenagem do humor aquoso (KNIESTEDT, 2008; MARTINS et al., 2009). Em cães, aproximadamente 85 a 90% do humor aquoso são drenados pelo ângulo iridocorneal (via convencional), sendo o restante (aproximadamente 15%) drenado pela via não convencional (uveoescleral) (MARTINS et al., 2009). O humor aquoso é livre de células e de proteínas e é produzido por secreção ativa e ultrafiltração no epitélio que recobre o corpo ciliar. Sua composição é controlada pela filtração efetuada pelas paredes dos vasos sanguíneo no corpo ciliar e as junções entre as células do epitélio ciliar (PLUMMER et al., 2013).

Elevação na pressão intraocular (PIO) ocorre em razão da drenagem inadequada do humor aquoso pelo ângulo irido-corneal, que pode ser causada por alterações genéticas, como no glaucoma de ângulo aberto, estreito ou fechado; por conteúdo inflamatório proveniente do tecido uveal decorrente de alterações infecciosas, ulcerações corneais, de cirurgias intraoculares; por tecido neoplásico adjacente ou por luxação anterior da lente (PLUMMER et al., 2013).

1.2 Glaucoma

O glaucoma é uma das causas mais comuns da cegueira e deterioração visual em cães (MARTINS et al., 2009; PLUMMER et al., 2013). A doença refere-se a um grupo de neuropatias ópticas multifatoriais associados à perda progressiva de células ganglionares da retina (CGR), levando, em seres humanos, a um padrão característico de perda de campo visual (CHERECHEANU, 2013).

A etiopatogenia do glaucoma ainda não está totalmente esclarecida, mas admite-se o aumento da PIO como o fator responsável pelas lesões oculares (MARTINS et al., 2009). Os primeiros sinais passam desapercebidos pelos proprietários dos animais, o que dificulta o sucesso do tratamento. Na maioria das vezes, os indicativos da doença só são notados quando a PIO já se encontra muito elevada. Um dos sinais mais comuns do aumento da PIO é a presença de vasos episclerais ingurgitados e a hiperemia conjuntival (MARTINS et al., 2009). A dor é

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outro sinal importante e pode ser expressa pelo animal ao esfregar os olhos contra o solo ou com as patas (MARTINS et al., 2009).

O glaucoma canino pode ser classificado de acordo com sua possível causa (primário, secundário ou congenito), com a aparência gonioscópica do ângulo de filtragem (ângulo iridocorneal: aberto, estreito ou fechado; fenda esclerociliar: aberta, estreita ou colapsada) e quanto a duração ou o estágio da doença (agudo ou crônico) (PLUMMER et al., 2013).

O glaucoma primário ocorre em razão de anormalidades genéticas nos ligamentos pectíneos e nas trabéculas do ângulo iridocorneal, produzindo a drenagem inadequada do humor aquoso. Cirurgias intraoculares, doenças sistêmicas, imunomediadas e neoplásicas promovem à quebra da barreira hemato-aquosa e elevam o quantitativo de proteínas e células no humor aquoso, que podem obstruir essa via de drenagem, aumentado, consequentemente, a PIO (PLUMMER et al., 2013). Nessas condições, o controle farmacológico da PIO torna-se indispensável e geralmente é atingido com fármacos que atuam diretamente reduzindo a síntese de humor aquoso, ou por fármacos que aumentam sua drenagem não convencional (WILLIS, 2004; PLUMMER et al., 2013).

1.3 Controle farmacológico

Tais fármacos são classificados segundo seu mecanismo de ação em agonistas colinérgicos e análogos da prostaglandina (agentes que aumentam a drenagem do humor aquoso sem reduzir a sua formação), agonistas adrenérgicos e inibidores de anidrase carbônica (agentes capazes de reduzir a produção de humor aquoso) e antagonistas adrenérgicos (agentes indutores de alterações em ambas as condições de dinâmica desse fluído ocular) (WILLIS, 2004). Desde a introdução de medicamentos de redução da PIO, há mais de 100 anos, a capacidade de controlar a PIO em pacientes humanos com glaucoma tem melhorado significativamente (TORIS et al., 2008).

Os análogos das prostaglandinas (APGs) atuam como agonistas em receptores específicos para prostaglandina F. Após instilados, são biotransformadas em prostaglandinas, incluindo a prostaglandina E

2, com grande potencial para ativar o sistema adenilato ciclase, remodelando a matriz extracelular do músculo ciliar da

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íris, aumentando, dessa forma, a drenagem do humor aquoso pela rota uveoescleral, sendo portanto, capaz de reduzir a PIO (SAGARA et al., 1999; THIEME et al., 2001).

Latanoprosta, bimatoprosta, travaprosta e unoprostona são APGs que apresentam grande capacidade de reduzir a PIO e o diâmetro pupilar (DP) em cães saudáveis (OFRI et al., 2000; CARVALHO et al., 2006, TAKIYAMA et al., 2009; SMITH et al., 2010; PIRIE et al., 2011; SARCHAHI et al., 2012) e glaucomatosos (GELATT et al. 2004; GELATT e MACKAY, 2001; 2002; 2004).

Investigações conduzidas em Beagles glaucomatosos comprovaram a eficácia do bimatoprosta 0,03%, do latanoprosta 0,005% e do travoprosta 0,004% em reduzir a PIO na ordem de 39,6, 24,2 e 26,6 mmHg, respectivamente (GELATT e MACKAY, 2001; 2002; 2004). Igualmente, a unoprostona foi capaz de reduzir significativamente a PIO e de produzir miose de longa duração em cães glaucomatosos, na concentração de 0,15% e a intervalos de 12h (GELATT et al., 2004). Outra pesquisa demonstrou não haver diferença significativa, em relação à ação do travoprosta e do latanoprosta, na redução da PIO em olhos de cães normais (CARVALHO et al., 2006).

A tafluprosta é um APG que apresenta propriedades farmacológicas similares a latanoprosta e a travaprosta, mas que não contém preservativos em sua fórmula (SWYMER e NEVILLE et al., 2012). Assim como os demais APGs, o fármaco também atua em receptores de prostaglandina do tipo F e indiretamente em receptores de prostaglandina E2 do tipo 3, por prostaglandinas produzidas pela estimulação dos receptores de prostaglandina F (OTA et al., 2007). Em camundongos, o fármaco foi mais eficiente em reduzir a PIO, quando comparado à latanoprosta (OTA et al., 2005; AKAISHI et al., 2009). Já em cães saudáveis, a tafluprosta reduziu a PIO e o DP de forma similar à latanoprosta (TAKIYAMA et al., 2009). Um estudo utilizando ultrassonografia biomicroscópica evidenciou que a tafluprosta reduz o diâmetro do ângulo irirdocorneal e eleva a largura da entrada da fenda ciliar de cães saudáveis (KWAK et al., 2016). Em humanos glaucomatosos, a tafluprosta apresentou a mesma capacidade hipotensora que a latanoprosta, ensejando menos alterações corneais quando comparada à latanoprosta, após 6 meses de uso contínuo (GE et al., 2015; HAMACHER et al., 2008; FOGAGNOLO et al., 2015).

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relatados após o uso de APGs em cães, manifestando-se com mais intensidade após o uso da travaprosta, que com outros APGs (MARTINS et al., 2009). Kwak et al. (2016) relataram em um estudo conduzido em cães saudáveis, que os mesmos, apresentaram hiperemia conjuntival leve em todos os olhos tratados com tafluprosta. Por remodelarem a matrix extracelular, os APGs promovem, em cães, a ruptura da barreira hematoaquosa, sendo que a sua prescrição deve ser cautelosa, em cães com hipertensão ocular, oriunda de inflamação intraocular prévia (JOHNSTONE et al., 2008). Outros efeitos colaterais em humanos, como hiperpigmentação das pálpebras e da íris, não foram observados em animais após o uso dessas medicações (MARTINS et al., 2009).

Durante a produção de humor aquoso, íons bicarbonato são transportados juntamente com o cátion sódio para a câmara posterior do bulbo ocular, estabelecendo um gradiente osmótico; trata-se de condição cuja ocorrência depende da enzima anidrase carbônica (WILLIS, 2004). A anidrase carbonica está associada a produção de aquoso, e a inibição dessa enzima reduz a produção deste humor (MARTINS et al., 2009).

Dorzolamida e brinzolamida são inibidores da anidrase carbônica (IACs) e reduzem a atividade da anidrase carbônica II, secretada pelas células do epitélio não pigmentar do corpo ciliar, impedindo que íons bicarbonato sejam transportados junto ao cátion sódio para câmara posterior do olho. Dessa forma, ocorre diminuição do gradiente osmótico e consequentemente, redução da síntese do humor aquoso e da PIO (WILLIS, 2004). O emprego sistêmico de alguns inibidores da anidrase carbônica, como a acetazolamida, a diclorfenamida e a metazolamida, estão em desuso face à ocorrência frequente de efeitos colaterais, notadamente a acidose metabólica (ABRAMS, 2001), razão pela qual a via tópica tem merecido a preferência, quando da utilização desses fármacos, tais como a brinzolamida e dorzolamida (WILLIS, 2004). Ressalta-se não haver efeito sinérgico quando se combinam as vias tópica e sistêmica (GELATT e MACKAY, 2001). Na concentração a 2%, a dorzolamida se mostrou eficaz em reduzir a produção do humor aquoso e, por conseguinte, a PIO de cães saudáveis, quando administrada a intervalos regulares de oito horas (CAWRSE et al., 2001). Seu maior efeito hipotensor (3.8 mm Hg, 22.5%) foi atingido 6 horas após a sua instilação (WHELAN et al., 1999; CAWRSE et al., 2001). Efeito similar foi observado em Beagles glaucomatosos (GELATT e MACKAY, 2001; PLUMMER et al., 2006). Em cães saudáveis, a

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brinzolamida apresenta efeitos similares aos da dorzolamida, reduzindo a PIO entre 3,5 a 8,7mmHg, decorridos 6,5 horas de sua instilação (WHELAN et al., 1999).

Relativamente aos possíveis efeitos adversos do uso oftálmico dos IACs relata-se que pode haver maior tolerabilidade, por parte do paciente, com o uso da brinzolamida, haja vista que o seu pH de 7,5 ser mais próximo da neutralidade, quando comparado ao pH 5,6 da dorzolamida (WILLIS, 2004; BECKWITH-COHEN et al., 2015). Nos cães, a administração tópica de dorzolamida a 2% tem sido associada a blefarite, que tende a melhorar, após a descontinuação do fármaco (WILLIS, 2004). Entretanto, observou-se o desenvolvimento de ceratopatia difusa e punctata, em um relato de 6 cães (10 olhos) sob terapia com dozolamida ou brinzolamida (BECKWITH-COHEN et al., 2015); tendo os autores observado que os sinais clínicos tiveram início, entre 133 e 269 dias, após o início da terapia, sendo que em apenas 4 cães, os sinais de ceratopia se resolveram entre 12 a 24 dias da descontinuidade da brinzolamida ou da dorzolamida (BECKWITH-COHEN et al., 2015).

Embora nunca reportado em cães, dois gatos desenvolveram hipocalemia e sinais de acidose metabólica, após o uso oftálmico de brinzolamida e dorzolamida (TOFFLEMIRE et al., 2013).

Soluções oftálmicas, em sua maioria, são dotadas de preservativos, introduzidos para prevenir a replicação de contaminantes que diminuem a meia vida dos agentes e suscitam infecções secundárias. O principal deles é o cloreto de benzalcônio. Na córnea, ele enseja perda aguda de adenosina trifosfato, com concomitante defosforilação da miosina de cadeia leve, necessária à contração da actina do citoesqueleto, responsável pela manutenção da integridade da barreira epitelial e da adesão e migração das células epiteliais (GUO et al., 2007; XIONG et al., 2008; PELLINEN et al., 2012).

No único estudo realizado em cães com a brinzolamida, a ação do fármaco foi avaliada por apenas 10,5 horas (WHELLAN et al., 1999). Nos dois estudos realizados em cães com a tafluprosta, a ação dos fármacos foi avaliada por apenas 10,5 (TAKIYAMA et al., 2009) e 36 horas (KWAK et al., 2016), respectivamente, sendo que em ambos os estudos, não se considerou o efeito cumulativo do fármaco, haja vista que apenas uma instilação foi utilizada. Admite-se que um tempo maior de avaliação seja necessário para concluir o período em que o fármaco atinja seu máximo efeito sobre a PIO e o DP (SARCHAHI et al., 2012; TOFFLEMIRE et al.,

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2015). Em humanos glaucomatosos, a redução da PIO é maior em pacientes tratados com APGs associados ou não ao timolol, comparativamente àqueles tratados com IACs associados ao timolol (CHISELITA et al., 2005; BABIC et al., 2015). Entretanto, nenhum estudo conduzido em cães, comparou a eficácia de APGs com IACs no que concerne a redução da PIO.

Considerando que em cães, a tafluprosta apresenta efeitos hipotensores similares aos da latanoprosta (TAKIYAMA et al., 2009), com a chance de produzir menos danos corneais (FOGAGNOLO et al., 2015), aliado ao fato da brinzolamida também promover efeitos hipotensores similares aos da dorzolamida, com a vantagem de apresentar pH mais neutro (WILLIS, 2004) e de possuir maior potencial inibitório sobre a anidrase carbônica II (PINARD et al., 2013), o presente estudo objetivou avaliar e comparar a eficácia da tafluprosta a 0,0015% e da brinzolamida a 1%, em reduzir a PIO e o diâmetro pupilar, em cães saudáveis, considerando seu efeito cumulativo e uma avaliação mais prolongada.

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2 OBJETIVO

Avaliar e comparar os efeitos da tafluprosta e brinzolamida na pressão intraocular e diâmetro pupilar de cães saudáveis, considerando seu efeito cumulativo e uma avaliação mais prolongada.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Aspectos Éticos

Este estudo teve aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal de Mato Grosso (protocolo n° 23108.092583/15-89).

3.2 Animais

Foram selecionados 11 cães de forma aleatória, de ambos os sexos, das raças York Shire (n=6), Shih-Tzu (n=2) e Poodle (n=3) e com idades entre 1 e 5 anos (média de 2,5 anos) e peso entre 1,8 kg e 6,3 kg (média de 3,18kg). Todos os indivíduos selecionados encontravam-se dentro dos padrões considerados normais para a espécie aos exames clínico, oftálmico e hematológico.

3.2.1 AVALIAÇÃO OFTÁLMICA

Todos os animais foram submetidos à avaliação dos anexos oftálmicos, da superfície ocular e da câmara anterior (Lâmpada de fenda, SL-15®, Kowa, Japão), e também realizado testes de fluoresceína e schirmmer. Tonometria de aplanação (Tono-Pen® XL; Medtronic Solan, USA) foi utilizada para aferição da pressão intraocular (considerando valores com 5% de desvio padrão) e oftalmoscopia indireta (Oftalmoscópio binocular indireto OHN 3.5 FC, Eyetec, São Carlos - Brasil e Lente 20 D Double Aspheric®, Volk, USA) para a avaliação do nervo óptico e da retina. Todos os exames oftálmicos foram realizados pelo mesmo médico veterinário oftalmologista.

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3.2.2 AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA

Todos os animais foram submetidos à avaliação hematológica composta por hemograma completo (eritrograma e leucograma). Para tanto, colheu-se 1 ml de sangue total da veia jugular externa de cada cão, sendo 1 ml acondicionado em frasco com anticoagulante (Tubo à vácuo estéril com EDTA K3, aspiração de 5 ml, Vacuplast Colect Line, Brasil) para a realização do mesmo.

3.3 Grupos Experimentais

Os animais selecionados foram alojados em uma sala e mantidos com luminosidade de 500 lux, com ciclo de 12 horas claro e 12 horas escuro, umidade relativa de 56,8% e temperatura de 20ºC (Medidor Multifunção ITMP-600, INSTRUTEMP, Instrutemp Instrum Medição Ltda, Alemanha). Foram alimentados com ração seca balanceada para espécie, sempre oferecida às 8h00 e as 20h00 e mantidos com água potável à vontade.

Dois experimentos foram realizados separadamente, com intervalo de 10 dias para eliminação dos fármacos.

Em cada experimento, a PIO (Figura 1B) e o DP (Figura 1A) foram aferidos por sete dias consecutivos às 8h00, 11h00, 14h00, 17h00 e 20h00 para que os cães se adaptassem aos procedimentos e aos examinadores.

Decorridos 7 dias, os parâmetros foram avaliados nos dois dias consecutivos, nos mesmos horários descritos previamente, para estabelecimento de valores basais de PIO e DP. No dia seguinte, um olho de cada cão foi escolhido de forma aleatória e tratado por quatro dias consecutivos com uma gota de brinzolamida 1% (AZOPT; Alcon, São Paulo, Brasil), às 8h30m, 14h30 e 20h30 ou de tafluprosta 0.0015% (SAFLUTAN; MSD, Campinas, Brasil), às 8h30m e 20h30. Os olhos contralaterais receberam uma gota de solução salina estéril e foram utilizados como controle.

(22)

Durante os 4 dias de tratamento, todos os parâmetros foram avaliados às cegas, nos mesmos horários pré-estabelecidos e continuaram sendo aferidos nos mesmos horários, até o dia seguinte do término dos tratamentos.

No segundo experimento, os mesmos protocolos foram adotados, alternando-se apenas o fármaco utilizado no olho tratado.

Figura 1 – Imagem do procedimento de tonometria de aplanação para aferição da pressão introcular

(A) e a de paquimetria (B), para aferição do diâmetro pupilar em cães saudáveis.

3.4 Estatística

Para análise estatística, empregaram-se os testes de análise de variância para medidas repetidas de via única, seguida pelo teste de múltiplas comparações de Newman-Keuls. Realizaram-se comparações entre os valores de PIO e DP dos olhos controle e tratados durante o período basal.

Os valores médios de PIO e DP dos olhos tratados e controle, aferidos nos dois dias de período basal, foram comparados com os valores médios dos olhos tratados e controle, aferidos durante cada dia do período de tratamento e pós-tratamento. Comparações entre os valores diários médios de PIO e DP dos olhos tratados e controle também foram realizadas entre si durante o período de tratamento. Comparações entre os olhos tratados com tafluprosta e brinzolamida foram realizadas com os mesmos testes.

No período pós-tratamento, os valores médios de PIO e DP dos olhos tratados com tafluprosta e brinzolamida foram comparados ao teste pareado de T Student. Em todas as ocasiões, valores de P < 0,05 foram considerados significativos.

(23)

4 RESULTADOS

Os resultados encontram-se descritos como média ± erro padrão da média.

4.1 Pressão Intraocular (PIO)

4.1.1 BRINZOLAMIDA

A evolução da PIO durante o período basal, tratamento e pós-tratamento estão representadas na Figura 2. Ao final do período basal, os valores médios dos olhos tratados e dos olhos controle foram, respectivamente 16,73 ± 0,24 e 16,47 ± 0,19 mmHg. Sendo que em nenhum dos períodos avaliados houve diferença significativa entre olho tratado e olho controle (p = 0,4940).

Nas comparações entre a PIO dos olhos tratados com brinzolamida, realizadas entre a média geral de cada dia de tratamento e a média geral dos dois dias de período basal, observou-se redução significativa (p < 0,001) de 1,51 mmHg (9,03%), 1,06 mmHg (6,34%), 1,15 mmHg (6,88%) e 1,51 mmHg (9,03%), do primeiro ao quarto dia de tratamento. Durante o mesmo período, os olhos controle não apresentaram alteração significativa, comparativamente ao período basal (p = 0,1292).

Comparações dos valores médios da PIO entre os quatro dias de tratamento não diferiram significativamente nos olhos tratados (p = 0,3904) e nos controles (p = 0,1097). Durante o período de tratamento, a PIO mais alta e a PIO mais baixa observada, foram de 20 e 12 mmHg nos olhos controle, e de 20 e 10 mmHg nos olhos tratados.

Nas comparações entre a média geral dos olhos tratados e a média geral dos olhos controle durante o período de tratamento, observou-se redução significativa da PIO, apenas no terceiro (-1.06mmHg) (6,08%) (P < 0.05) e no quarto dia de tratamento (-1.16mmHg) (7,09%) (P < 0.01).

(24)

No período pós-tratamento (15,38 ± 0,28 mmHg), a média geral da PIO dos olhos tratados manteve-se 1.35 mmHg abaixo da média geral da PIO observada no período basal (16,73 ± 0,24 mmHg) (p < 0,001). No mesmo período, a média geral dos olhos controle não se alterou significativamente, quando comparada ao período basal (p = 0,1211).

Figura 2 - Média e erro padrão dos valores de pressão intraocular (PIO) (mmHg) de olhos de cães

que receberam brinzolamida e de olhos controle, nos diferentes momentos de avalição.

4.1.2 TAFLUPROSTA

A evolução da PIO em relação aos níveis basais e após instilação de tafluprosta 0,0015% (8h00 e 20h00) estão representadas na Figura 3. Ao final do período basal, os valores médios dos olhos tratados e dos olhos controle foram, respectivamente 16,95 ± 0,19 e 16,90 ± 0,21 mmHg. Sendo que em nenhum dos períodos avaliados houve diferença significativa entre olho tratado e olho controle (p=0,4894).

(25)

Nas comparações entre os olhos tratados com tafluprosta, realizadas entre a média geral de cada dia de tratamento e a média geral dos dois dias de período basal, observou-se redução significativa (p < 0,001) de 1,57 mmHg (9,27%), 2,4 mmHg (14,16%), 2,37 mmHg (13,99%) e 2,26 mmHg (13,34%), do primeiro ao quarto dia de tratamento; durante o mesmo período, comparativamente ao período basal, os olhos controle apresentaram elevação de 0,2 mmHg (1,18%) (p > 0,05), 1,32 mmHg (7,81%) (p < 0,001), 0,92 mmHg (5,44%) (p < 0,001), 1,42 mmHg 8,40%) (p < 0,001), do primeiro ao quarto dia de tratamento. Comparações dos valores médios da PIO entre os quatro dias de tratamento não diferiram significativamente entre si, nos olhos tratados (p = 0,2534), mas foram significativamente mais elevadas do segundo ao quarto dia de tratamento nos olhos controles (p < 0,001). Durante o período de tratamento, a PIO mais alta e a PIO mais baixa observada, foi de 23 e 11 mmHg nos olhos controle e de 21 e 11 mmHg nos olhos tratados.

Observou-se redução significativa (p < 0,001) de 1,64 mmHg (9,6%), 3,44 mmHg (18,89%), 3,00 mmHg (16,83%) e 3,54 mmHg (19,33%), do primeiro ao quarto dia de tratamento, nas comparações entre a média geral de cada olho tratado com tafluprosta e a média geral dos olhos controle.

No período pós-tratamento, a média geral da PIO manteve-se 1,66 mmHg (9,79%) abaixo da média geral da PIO observada no período basal (p < 0,001), onde a PIO basal apresentava 16,96 mmHg e a PIO de pós-tratamento apresentava 15,30 mmHg. No mesmo período, a média geral dos olhos controle manteve-se 1.43mmHg acima da média geral da PIO observada no período basal (p < 0,01).

(26)

Figura 3 - Média e erro padrão dos valores de pressão intraocular (PIO) (mmHg) de olhos de cães

que receberam tafluprosta à 0,0015% e de olhos controle, nos diferentes momentos de avalição.

4.1.3 BRINZOLAMIDA VS TAFLUPROSTA

A evolução da PIO em olhos que receberam tafluprosta e os que receberam brinzolamida estão representadas na Figura 4. Ao final do período basal, os valores médios dos olhos tratados com brinzolamida 1% e dos olhos tratados com tafluprosta 0,0015% foram, respectivamente 16,72 ± 0,30 e 16,81 ± 0,28 mmHg. Sendo que, em nenhum dos períodos avaliados houve diferença significativa entre os tratamentos (p = 0,9816).

Nas comparações realizadas entre a média geral de cada dia de tratamento, observou-se que os olhos tratados com tafluprosta apresentaram uma diferença de 0,16 mmHg (1,05%), 1,12 mmHg (7,15%), 1,00 mmHg (6,42%), 0,52 mmHg (3,49%), do primeiro ao quarto dia de tratamento, quando comparados aos olhos tratados com brinzolamida. Todavia, tais reduções ao longo do período de tratamento, não foram significativas (p > 0,05).

(27)

No período pós-tratamento, a média geral da PIO da tafluprosta (15,38 ± 0,32 mmHg) manteve-se exatamente o mesmo valor da PIO observado no período de pós-tratamento da brinzolamida (15,38 ± 0,28 mmHg, p = 1,00).

Figura 4 - Média e erro padrão dos valores de pressão intraocular (PIO) (mmHg) de olhos de cães

que receberam brinzolamida à 1% e de olhos que receberam tafluprosta 0,0015%, nos diferentes momentos de avalição.

4.2 Diâmetro Pupilar (DP)

4.2.1 BRINZOLAMIDA

A evolução do DP durante o período basal, tratamento e pós-tratamento estão representadas na Figura 5. Ao final do período basal, os valores médios dos olhos tratados e dos olhos controle foram, respectivamente 5,02 ± 0,09 e 4,76 ± 0,09 mmHg. Sendo que em nenhum dos períodos avaliados houve diferença significativa entre olho tratado e olho controle (p = 0,0601).

Nas comparações entre os olhos tratados com brinzolamida, realizadas entre a média geral de cada dia de tratamento e a média geral dos dois dias de período

(28)

basal, observou-se redução de 0,25mm (5%) (p < 0,01), 0,14mm (2,71%) (p > 0,05), 0,31mm (4,97%) (p < 0,001) e 0,43 mm (8,59%) (p < 0,001), do primeiro ao quarto dia de tratamento. Durante o mesmo período, os olhos controle apresentaram redução significativa (p < 0,001), comparativamente ao período basal apenas no terceiro (-0,34 mm) e quarto dia (-0,36 mm).

Nas comparações dos valores médios do DP entre os dias de tratamento dos olhos controle, observou-se redução significativa (p < 0,01) de 0,25 mm no terceiro dia e 0,27 mm no quarto dia de tratamento. Nos olhos tratados, tal redução foi significativa (p < 0,01), apenas na comparação entre o segundo e o quarto dia (-0,29 mm). Durante o período de tratamento, o DP mais alto e o DP mais baixo observado, foi de 6,66 e 2,75 mm nos olhos controle e de 6,63 e 3,01 mm nos olhos tratados.

Nas comparações entre a média geral de cada olho tratado com brinzolamida e a média geral dos olhos controle, observou-se redução significativa do DP, nos olhos controle, comparativamente aos olhos tratados apenas no terceiro dia de tratamento (-0,29 mm, p < 0,01).

No período pós-tratamento, a média geral do DP dos olhos tratados manteve-se 0,25 mm abaixo da média geral do DP obmanteve-servada no período basal (p = 0,0672). No mesmo período, a média geral dos olhos controle não se alterou significativamente, quando comparada ao período basal (p = 0,0849). Nessa fase, os olhos tratados com brinzolamida, apresentaram valores de DP similares àqueles observados no período basal e aos olhos controle, decorridos 15 horas da última instilação da brinzolamida.

(29)

Figura 5 - Média e erro padrão dos valores de diâmetro pupilar (DP) (mm) de olhos de cães que

receberam brinzolamida à 1% e de olhos controle, nos diferentes momentos de avalição.

4.2.2 TAFLUPROSTA

A evolução do DP em relação aos níveis basais e após instilação de tafluprosta 0,0015% (8h00 e 20h00) estão representadas na Figura 6. Ao final do período basal, os valores médios dos olhos tratados e dos olhos controle foram, respectivamente 5,07 ± 0,10 e 5,33 ± 0,10 mm. Sendo que em nenhum dos períodos avaliados houve diferença significativa entre olho tratado e olho controle (p = 0,026).

Nas comparações entre os olhos tratados com tafluprosta, realizadas entre a média geral de cada dia de tratamento e a média geral dos dois dias de período basal, observou-se redução significativa (p < 0,001) de 2,38mm (47%), 2,64mm (52,14%), 2,49mm (50%) e 2,73mm (53,91%), do primeiro ao quarto dia de tratamento; durante o mesmo período, comparativamente ao período basal, os olhos controle apresentaram aumento de 0.72 mm (12,28%) (p < 0,001), 0,66 mm (12,13%) (p < 0,001), 0,20 mm (3,95%) (p > 0,05), 0,19 mm (3,62%) (p > 0,05), do primeiro ao quarto dia de tratamento. Comparações dos valores médios do DP entre

(30)

os 4 dias de tratamento não diferiram significativamente nos olhos tratados, do primeiro ao quarto dia (p > 0,05). Todavia, observou-se redução de 0,35 mm ao quarto dia de tratamento, comparativamente ao primeiro dia (p < 0,05). Durante o período de tratamento, o DP mais alto e o DP mais baixo observado, foi de 8,40 e 2,42 mm nos olhos controle e de 6,21 e 0,41 mm nos olhos tratados.

Observou-se redução significativa (p < 0,001) de 3,29 mm (55,09%), 3,54 mm (59,4%), 2,96 mm (53,57%) e 3,18 mm (57,69%), do primeiro ao quarto dia de tratamento, nas comparações entre a média geral de cada olho tratado com tafluprosta e a média geral dos olhos controle.

No período pós-tratamento, a média geral do DP dos olhos tratados, manteve-se 0,5 mm abaixo da média geral obmanteve-servada no período basal (p > 0,05). No mesmo período, a média geral dos olhos controle manteve-se 0.1 mm acima da média geral do DP observada no período basal (p > 0,05). Nessa fase, os olhos tratados com tafluporsta, apresentaram valores de DP similares àqueles observados no período basal e aos olhos controle, decorridos 18 horas da última instilação da tafluprosta.

Figura 6 - Média e erro padrão dos valores de diâmetro pupilar (DP) (mm) de olhos de cães que

(31)

4.2.3 BRINZOLAMIDA VS TAFLUPROSTA

A evolução do DP em comparação as instilações da tafluprosta e brinzolamida estão representadas na Figura 7. Ao final do período basal, os valores médios dos olhos tratados com brinzolamida 1% e dos olhos tratados com tafluprosta 0,0015% foram, respectivamente 5,02 ± 0,10 e 5,06 ± 0,10 mmHg. Sendo que em nenhum dos períodos avaliados houve diferença significativa entre os tratamentos (p = 0,0799).

Nas comparações entre a média geral de cada dia de tratamento, observou-se redução significativa (p < 0,001) de 2,08 mm (43,65%), 2,45 mm (50,31%), 2,13 mm (45,39%), 2,25 mm (49,08%), nos olhos tratados com tafluprosta, comparativamente aos olhos que receberam brinzolamida, do primeiro ao quarto dia de tratamento.

No período pós-tratamento, a média geral dos olhos tratados com tafluprosta (5,00 ± 0,17 mm) não diferiram significativamente da média geral dos olhos tratados com brinzolamida (4,76 ± 0,11 mm) (p = 0,1423). Nessa fase, os olhos tratados com tafluprosta, apresentaram valores de DP similares àqueles observados no período basal e aos olhos tratados com brinzolamida, decorridos 18 horas da última

(32)

Figura 7 - Média e erro padrão dos valores de diâmetro pupilar (DP) (mm) de olhos de cães que

receberam brinzolamida à 1% e de olhos que receberam tafluprosta 0,0015%, nos diferentes momentos de avalição.

5 DISCUSSÃO

A presente pesquisa demonstrou que ao final de quatro dias, três instilações diárias de brinzolamida a 1% foram capazes de reduzir a PIO em 1,42 mmHg, comparativamente ao período basal. Todavia, ao final dessa fase, o valor médio da PIO dos olhos tratados com brinzolamida foi de 0,9 mmHg relativamente menor, em comparação aos olhos controle. Estudo prévio demonstrou que cães saudáveis tratados com uma única instilação de brinzolamida, a PIO decresceu entre 3,5 a 8,7mmHg, decorridos 6,5 horas de sua instilação (WHELAN et al., 1999).

Em nosso estudo, comparativamente ao período basal, observou-se redução de 1,49 mmHg na PIO média, ao final do primeiro dia e de 1,69 mmHg ao final do quarto dia de tratamento. Embora essas reduções tenham sido significativas relativamente ao período basal, não se constatou efeito aditivo da brinzolamida sobre a diminuição da PIO ao longo dos 4 dias de tratamento. Resultado similar, foi

(33)

constatado, em cães saudáveis tratados por seis dias consecutivos com dorzolamida 2% (CAWRSE et al., 2001).

Cães glaucomatosos tratados duas ou três vezes ao dia com dorzolamida 2% apresentaram redução nos valores da PIO nos olhos controle (GELATT e MACKAY, 2001; PLUMMER et al., 2006). Efeito do fármaco no olho contralateral é um evento que pode ser observado devido a absorção tópica do fármaco por vasos conjuntivais do olho tratado e pela ingestão oral do fármaco, após ele ser absorvido pelos ductos nasolacrimais e drenados na região do palato (PLUMMER et al., 2006). No estudo de Whelan et al. (1999), os pesquisadores não reportaram o efeito da brinzolamida e da dorzolamida sobre a PIO dos olhos que não foram tratados. Em outro estudo realizado em cães saudáveis, tratados a cada 8 horas com dorzolamida 2%, não se observou redução da PIO nos olhos controles (CAWRSE et al., 2001). Nossos resultados demonstraram que relativamente a PIO dos olhos controles não apresentaram alterações nos valores desse parâmetro.

Relativamente ao experimento realizado com a tafluprosta a 0,0015%, a presente pesquisa demonstrou, ao final de quatro dias, que duas instilações diárias do fármaco foram capazes de reduzir a PIO em 2 mmHg, comparativamente ao período basal e em 2,9 mmHg, comparativamente aos olhos controle. Estudo prévio demonstrou que cães saudáveis, tratados com uma única instilação de tafluprosta, apresentaram redução da PIO similar aos olhos tratados com a mesma posologia de latanoprosta (TAKIYAMA et al., 2009). Todavia, não foram reportados valores numéricos e a partir de que horário a tafluprosta 0,0015% passou a reduzir a PIO (TAKIYAMA et al., 2009).

Em um estudo recente, Kwak et al. (2016) observaram queda significativa na PIO, decorridas 4 horas da instilação do fármaco de trafluprosta. Sendo que a redução máxima da PIO foi de 6 mmHg (39%), ocorreu 8 horas após uma única instilação e teve a duração de 20 horas (KWAK et al., 2016). Todavia, no estudo de Kwak et al. (2016), não se realizaram experimentos comparando os efeitos dos olhos tratados com o período basal. Em nosso estudo, relativamente ao olho controle, a PIO apresentou a primeira redução significativa, decorridos 9 horas, da primeira instilação. Kwak et al. (2016) constataram que a PIO permaneceu significativamente mais baixa que o período basal, mesmo 20 horas com uma única instilação de tafluprosta. Na presente pesquisa, a PIO também se manteve 1.66

(34)

mmHg abaixo da média geral da PIO observada no período basal, decorridos 24 horas da última instilação da tafluprosta.

Na presente pesquisa, constatou-se redução significativa da PIO já no primeiro dia de tratamento com tafluprosta, diferindo dos resultados de um experimento em que a latanoprosta foi testada em cães saudáveis e reduziu a PIO de forma significativa apenas no segundo dia de tratamento, com apenas uma instilação diária (SARCHAHI et al., 2012). Determinou-se em beagles glaucomatosos que a instilação de latanoprosta e de travaprosta, a cada 24 horas, produz os mesmos efeitos que duas instilações com intervalos de 12 horas, mas que quando qualquer dos fármacos são utilizados duas vezes ao dia, menos flutuações diárias são observadas na PIO (GELATT e MACKAY, 2001; 2004). Por esse motivo, optou-se na presente pesquisa por duas instilações diárias, com intervalos de 12 horas. Todavia, em nosso experimento, flutuações diurnas foram observadas na PIO durante os 4 dias de tratamento.

Em nosso estudo a brinzolamida 1% foi capaz de apresentar uma redução de 0,45 mm no quarto dia de tratamento comparativamente ao período basal. Todavia, ao final do período de tratamento, o valor médio do DP dos olhos tratados com brinzolamida reduziu 0,02 mm, em comparação aos olhos controle; e no terceiro e quarto dia de tratamento, os valores dos olhos controle ainda foram menores que os valores dos olhos tratados. Estudo realizado em cães com glaucoma primário, a utilização da dorzolamida 2% isoladamente não ensejou diminuição significativa do DP nos olhos tratados e nos controles (PLUMMER et al., 2006). Embora a redução do DP observada em nosso estudo tenha sido significativa, relativamente ao período basal, os autores reportam que ela pode não ter relevância clínica, pois não se constaram alterações entre os olhos tratado e controle, não sendo, portanto, o fármaco indicado para produção de miose.

No presente estudo, instilações diárias de tafluprosta em olhos de cães saudáveis causou redução significativa no DP. Ao final de quatro dias, duas instilações diárias de tafluprosta a 0.0015%, com intervalos regulares de 12 horas foram capazes de reduzir o DP em 2,56 mm, comparativamente ao período basal. Todavia, ao final do período, o valor médio do DP dos olhos tratados com tafluprosta reduziu 3,25 mm, em comparação aos olhos controle. A redução máxima média do DP em nossos estudos foi de 5.8 mm nos olhos tratados com tafluprosta durante quatro dias de tratamento, e segundo Kwak et al. (2016), a redução máxima obtida

(35)

no estudo foi de 8,44 mm, em apenas um único dia.

Observou-se, em nosso estudo, que apesar da redução média na PIO de 0,62 mmHg ao final de quatro dias de tratamento nos olhos tratados com tafluprosta em comparações com o período de tratamento da brinzolamida, não foram constatadas diferenças significativas. Há de se considerar, que tais resultados possam diferir em cães glaucomatosos.

Relativamente as comparações entre os olhos tratados com tafluprosta e brinzolamida, observou-se redução significativa da DP nos olhos tratados com tafluprosta, já desde o primeiro até o quarto dia de tratamento. Tal resultado já era esperado, haja vista que em resultados reportados em experimentos prévios com diferentes APGs, relatou-se a formação de forte miose após uma única instilação dessa classe de fármacos (MARTINS et al., 2009).

(36)

6 CONCLUSÃO

Três instilações diárias de brinzolamida 1% e duas instilações diárias de tafluprosta 0.0015% em cães saudáveis foram capazes de reduzir a PIO forma significativa. Apesar dos valores de PIO mais baixos observados nos olhos tratados com tafluprosta, tal redução não foi significativa, relativamente aos olhos tratados com brinzolamida. A tafluprosta induz a forte formação de miose que tende retornar aos valores basais, decorridos 18 horas da última instilação. Quando a redução do DP observada após o uso da brinzolamida 1%, pode não apresentar relevância clínica, não se recomendando que o fármaco seja prescrito para indução de miose.

(37)

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APÊNDICE A – ARTIGO CIENTÍFICO

Effects of 1% brinzolamide on intraocular pressure and pupil diameter in healthy dogs.

Efeitos da brinzolamida 1% sobre a pressão intraocular e o diâmetro pupilar em cães saudáveis.

Nathalie Moro Bassil Dower1 Camila do Espirito Santo MacielI Paulo Roberto SpillerI

Fábio Dumit PizzinattoI Kelly Cristiane Ito YamauchiII Lucas Alaião GonçalvesII Alexandre

Pinto RibeiroIII*

ABSTRACT

This study aimed to evaluate the effects of instillations of 1% brinzolamide on the intraocular pressure (IOP) and pupil diameter (PD) of healthy dogs. Dogs received one drop of 1% brinzolamide at 8:30 AM, 2:30 PM, and 8:30 PM during four consecutive days (treatment period). IOP and PD were assessed at 8 AM, 11 AM, 2 PM, 5 PM, and 8 PM, for 7, 4, and one days, during acclimation, treatment, and post-treatment periods, respectively. At the end of treatment period, 1% brinzolamide was able to decrease overall IOP by 1.42 mmHg when compared with the baseline period (valor de p). Overall IOP values in brinzolamide-treated eyes decreased only 0.93 mmHg when compared to the control eyes (valor de p). PD decreased 0.45 mm in the brinzolamide-treated eyes when compared to the baseline period (valor de p). However, by the end of the treatment period, the average daily PD values in the brinzolamide-treated eyes decreased by only 0.02 mm when compared with the control eyes (valor de p). Three times daily instillations of 1% brinzolamide in healthy dogs significantly decrease IOP and PD and may be used to treat intraocular hypertension and glaucoma. The decrease in PD may not be clinically relevant, suggesting that the drug is not recommended to induce miosis in the dog.

Key-words: carbonic anhydrase inhibitors, ocular hypertension, miosis

1 Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, MT, Brasil. II Universidade de Cuiabá (UNIC), Cuiabá, MT, Brasil.

III* Departamento de Clínica Veterinária, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), 78060-900,Cuiabá,

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RESUMO

Objetivou-se estudar o efeito da administração tópica da brinzolamida 1% sobre a pressão intraocular (PIO) e o diâmetro pupilar (DP) em cães saudáveis. Os cães foram tratados com 1 gota de brinzolamida 1% às 8h30, 14h30 e 20h30 durante 4 dias consecutivos. A PIO e o DP foram mensurados ás 8h00, 11h00, 14h00, 17h00 e 20h00 durante dois dias de basal, 4 dias de tratamento e um de pós-tratamento. Ao final de quatro dias, a brinzolamida foi capaz de reduzir a PIO geral em 1.42 mmHg, comparativamente ao período basal. O valor médio da PIO dos olhos tratados com brinzolamida reduziu apenas 0.93mmHg, em comparação aos olhos controle. Observou-se redução de 0.45 mm no DP, dos olhos tratados comparativamente ao período basal. Todavia, ao final do período, o valor médio do DP dos olhos tratados com brinzolamida reduziu apenas 0.02 mm, em comparação aos olhos controle. Conclui-se que três instilações diárias de brinzolamida 1% em cães saudáveis reduz a PIO e o DP de forma significativa e pode ser indicada para o tratamento do glaucoma e da hipertensão intraocular. A redução do DP, pode não apresentar relevância clínica, não se recomendando que o fármaco seja prescrito para indução de miose.

Palavra chave: inibidores de anidrase carbônica, hipertensão intraocular, miose.

INTRODUCTION

In dogs, the increase in intraocular pressure (IOP) occurs in patients with primary glaucoma due to genetic abnormalities in the pectinate ligaments and in the iridocorneal angle trabeculae, which leads to inadequate aqueous humor drainage. Intraocular surgeries and systemic, immune-mediated, and neoplastic diseases lead to the breakdown of the blood-aqueous barrier, increasing the influx of proteins and cells into the aqueous humor, which may clog this drainage pathway and, consequently, increase IOP (PLUMMER et al., 2013). In both conditions, the pharmacological control of IOP is required and is usually attained with drugs that directly reduce aqueous humor synthesis or drugs that increase non-conventional aqueous humor outflow (WILLIS, 2004).

Dorzolamide and brinzolamide are carbonic anhydrase inhibitors (CAIs) that reduce the activity of carbonic anhydrase II secreted by non-pigmented ciliary epithelial cells, which keeps

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bicarbonate ions from being transported along with the sodium cation to the posterior chamber of the eye. Thus, the osmotic gradient decreases and, consequently, so does the aqueous humor production and the IOP synthesis (WILLIS, 2004). Dorzolamide significantly decreases IOP in healthy (WHELAN et al., 1999; CAWRSE et al., 2001) and glaucomatous (GELATT & MACKAY, 2001; PLUMMER et al., 2006) dogs. In healthy dogs, the effects of brinzolamide are similar to those of dorzolamide and decreases IOP by 3.5 to 8.7 mmHg after 6.5 h of instillation (WHELAN et al., 1999). In the only study carried out on dogs with brinzolamide (WHELAN et al., 1999), the drug action was assessed for only 10.5 h. One shoud consider that longer periods of evaluation may be necessary to conclude the time point in which the drug reaches its maximum effect on IOP and pupillary diameter (PD). Comparisions between brinzolamide and dorzolamide in man showed that the former had a significantly higher tolerability than the later drug, probably because of having more neutral pH (SILVER & GROUP, 2000; SUGRUE, 2000). Considering that the hypotensive effects of brinzolamide are similar to dorzolamide in dogs, and greater inhibitory potential on carbonic anhydrase II (PINARD et al., 2013), than dorzolamide, the present study aimed to assess the effects of 1% brinzolamide over the IOP and pupillary diameter in healthy dogs.

MATERIALS AND METHODS

Twelve dogs were enrolled in this study. Breeds were Shih-Tzu (n=2), Poodle (n=4), and Yorkshires (n=6), with average age and weight of 2.5 years 3.18 kg, respectively. Dogs were selected if no abnormalities were detected after a full clinical, ophthalmic, and hematological exam. Selected animals were kept in a room with 500 lux luminosity, 56.8% relative humidity, 20 °C temperature

(Medidor Multifunção ITMP-600, Instrutemp Instrumentos de Medição Ltda, Brazil), exposed to 12

hours of light/dark cycle, were fed with a dog dry pellet twice daily, and provided with water ad

libitum.

In order to acclimate the dogs to the procedures and examiners, IOP (Tono-Pen® XL; Medtronic Solan, USA) and PD (Lee Tools, Shanghai, China) were measured for seven consecutive days at 8 AM, 11 AM, 2 PM, 5 PM, and 8 PM. Following the acclimation period of seven days, the parameters were assessed for two consecutive days at the same time points aforementioned to

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