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Abordagens metodológicas na Engenharia de Produção em uma instituição de ensino superior particular

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Academic year: 2021

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Abordagens metodológicas na Engenharia de Produção em uma

instituição de ensino superior particular

Kauana Kelly de Oliveira (Universidade de Araraquara - UNIARA) kauana.khau@gmail.com Francisco Andrea Simões Braga (Universidade de Araraquara - UNIARA) fasbraga@uniara.com.br

Resumo:

Uma das etapas mais importantes das pesquisas científicas é a determinação da metodologia da pesquisa, no entanto muitos equívocos ocorrem nesta etapa da investigação. Esse trabalho tem como objetivo, compilar os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) de uma Instituição de Ensino Superior (IES) especificamente do curso de graduação em Engenharia de Produção e a partir disso, analisar dentro de um período especifico, quais as metodologias de pesquisa são mais utilizadas nessas pesquisas. Além disso, buscou-se identificar a partir da metodologia mais presente nesses trabalhos, se houve o emprego de uma estrutura para condução da pesquisa. A IES analisada localiza-se na cidade de Araraquara/SP, interior do estado de São Paulo. Foram analisados os trabalhos no período de 2010 a 2016, totalizando 312 trabalhos. A metodologia de pesquisa foram classificadas segundo os autores

Miguel (2005), Nakano (2012) e Berto e Nakano (2000). Com base na análise realizada, foi possivel formular recomendações a IES a fim de obter um maior rigor metodológico como forma de permitir a replicação e verificação da lógica de raciocínio utilizada pelo autor dos TCCs.

Palavras chave: Engenharia de Produção, Metodologia, Trabalho de conclusão de curso, Graduação

Methodological approaches in Production Engineering in a private

higher education institution

Abstract:

One of the stages more important of scientific research is the determination of the methodology of the research, however, many misconceptions happen in this investigation stage. This work has as objective, compiles the Works of the Course Conclusion (Final Paper) of an institution of higher education (IES) specifically of the course of graduation in Production Engineering and, from this, analyzes a specific period of time, which the research methodologies are more used in these research. In addition, it sought to identify from the methodology more present in these works, if there was the use of a structure to leading of the research. The institution of higher education analyzed is located in the city of Araraquara, inner of the state of São Paulo. It was analyzed the works in a period from 2010 to 2016, totaling 312 works. The methodology of research was classified accordingly to the authors Miguel (2005), Nakano (2012) and Berto and Nakano (2000). With base on the analysis realized, it was possible to formulate recommendations to the institution of higher education to obtain a larger methodological rigor as way to allow the replication and verification of logic of the reasoning used by the author of TCCs.

Key-words: Production Engineering, Methodology, Completion of course work, University graduate

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1. Introdução

O curso de Engenharia de Produção teve início no Brasil em 1957, na instituição de ensino Escola Politécnica da universidade de São Paulo e alguns anos depois em 1967 na Faculdade de Engenharia Industrial de São Bernardo do Campo. Desde então o curso de Engenharia de Produção vem crescendo, possivelmente pelo fato dos desafios e as necessidades atuais do mundo empresarial. Pode se dizer que a função de um Engenheiro de Produção é produzir cada vez mais e melhor, otimizar o uso de recursos e materiais, sendo capazes de solucionar problemas e gerenciar sistemas produtivos (FAÉ; RIBEIRO, 2005).

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um documento no qual apresenta o resultado de estudo, onde deve ser expressado o conhecimento do assunto adotado e é obrigatório para a conclusão do curso (ABNT NBR 14724, 2011, p. 4). Contribui na ampliação dos conhecimentos tecnológicos e científicos do estudantes, podendo ter um comportamento teórico ou teórico-prático, que se desenvolve dentro de uma das áreas da Engenharia de Produção (MALLMANN et al., 2016).

Uma pesquisa visa encontrar respostas para os problemas que são apresentados, isso ocorre quando não há muitas informações suficientes que responda o problema ou quando a informação disponível está desorganizado a ponto de não poder devidamente associado ao problema (GIL, 2002). Possibilita encontrar novos fatos ou dados, relações ou leis, seja qual for o campo de conhecimento, é preciso um procedimento científico e consiste em conhecer a realidade ou descobrir verdades parciais (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Marconi e Lakatos (2003) mencionam quais são os seis passos para o desenvolvimento de uma pesquisa, que são: escolha do tópico ou problema pra investigação; definir e diferenciar o problema; levantar as hipóteses de trabalho; coletar, sistematizar e classificar os dados; analisar e interpretar os dados e então gerar um relatório do resultado da pesquisa.

Para que a pesquisa tenha uma boa condução, a metodologia precisa ter as informações necessárias, como a informação de qual será o tipo de pesquisa, a população, como será feito a coleta de dados e qual a forma de analise destes dados, desta forma a metodologia tem como objetivo determinar e traçar os procedimentos que irão conduzir a pesquisa (MALLMANN et al., 2016).

Desta forma, a metodologia é um fator fundamental da pesquisa científica. A metodologia de um trabalho é importante pois busca uma base científica apropriada, na procura de uma melhor abordagem de pesquisa que encaminhe as questões da pesquisa em seus relativos métodos e técnicas para sua elaboração e condução (MIGUEL, 2007).

Berto e Nakano (2000) fizeram um levantamento dos tipos de pesquisa utilizado nos trabalhos publicados nos anais do Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP), nos anos de 1996 a 1998 e o maior tipo de pesquisa utilizado foram os estudos teórico-conceituais. Outro levantamento feito por Nakano (2012) nos anos de 1999 a 2004, mostra que teve um aumento do tipo de pesquisa de estudo de caso e uma queda de teórico conceitual.

Durante muito tempo ignorava-se a questão metodológica de pesquisa na engenharia de produção, pelo fato de que os trabalhos em geral não consideravam claramente as regras de abordagem metodológica de pesquisa e até mesmo os métodos e as técnicas para a coleta e análise dos dados, tendo algumas exceções de poucas iniciativas do mesmo (MIGUEL, 2012).

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O presente artigo tem como objetivo compilar e analisar os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) de uma Instituição de Ensino Superior (IES) especificamente do curso de graduação em Engenharia de Produção a fim de descobrir dentro de um período especifico, quais as metodologias de pesquisa são mais utilizadas nessas pesquisas.

O curso de graduação de Engenharia de Produção teve início no ano de 1999, sendo 5 anos de duração, com turmas nos períodos diurno e noturno. A primeira turma de diurno diplomados em 2003 contou com 21 formandos. Já os diplomados noturnos teve a primeira turma de diplomados em 2007 com 10 formandos e a última turma em 2016 com 46 formandos. A queda de formandos diurno se justifica pelo fato de que o interesse pelo turno noturno se tornou maior, sendo que hoje a Instituição de Ensino tem apenas turmas noturnas, sendo notável o aumento de formandos entre o período de 2007 a 2016.

Desta forma, este trabalho busca responder a seguinte questão: “Qual é o maior índice de tipos de metodologia de pesquisa na Instituição de Ensino Superior, especificamente do curso de graduação em Engenharia de Produção?”

A metodologia adotada para a pesquisa consiste no teórico-conceitual, de forma qualitativa e exploratória. Foi feito um levantamento dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) de uma Instituição de Ensino particular, especificamente do curso de Engenharia de Produção, no período de 2010 a 2016, será analisado todos os trabalhos através dos tipos de metodologia de pesquisa e classificar de acordo com os tipos de pesquisa mais utilizados.

A estrutura deste artigo contém 6 seções, começando com essa introdução que traz a contextualização da problemática, referenciais bibliográficas, justificativas para seu estudo, objetivos e estruturação do presente artigo. A segunda seção é a revisão bibliográfica, que traz o aspecto teórico, conceitual e empírico, onde foi realizada a caracterização de tipos de pesquisa utilizados na Engenharia de Produção. Na terceira seção está descrito a metodologia adotada para essa pesquisa. A quarta seção mostra a coleta de dados e análise de resultados, onde foram apresentados todos os dados e resultados obtidos. A quinta seção é a conclusão do trabalho, na qual responde a questão da pesquisa. E por fim, a última seção são as referências bibliográficas, que mostra quais foram as referências utilizadas para a realização deste trabalho.

2. Revisão bibliográfica

2.1 Metodologias de Pesquisa na Engenharia de Produção

A metodologia de pesquisa oferece elementos de estudo para o planejamento e desenvolvimento, constituído de uma investigação científica relacionada a um caso observado na realidade da vida, utilizando a combinação de um ou vários métodos de observação, explicando, aplicando ou replicando se possível ou necessário para benefício de outros casos ou algo que seja semelhante (BERTO; NAKANO, 1998).

Há diferentes formas de métodos de pesquisa que podem ser utilizados na Engenharia de Produção (EP) e qual utilizar na pesquisa depende de vários fatores, tais como: tempo, recursos, a possibilidade de ter acesso aos dados, o tipo de problema da pesquisa e assim por diante (FLEURY, 2012). De acordo com Miguel (2005), Berto e Nakano (2000), Nakano, (2012) as metodologias de pesquisa mais comuns em engenharia de produção e gestão das operações são as descritas a seguir:

2.2 Levantamento tipo Survey

Levantamento tipo survey também pode ser chamado de pesquisa de avaliação, tendo como objetivo, ajudar no conhecimento de uma área específica de interesse. Ocorre através da

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coleta de dados/informações sobre um sujeito ou sobre o ambiente na qual esse faça parte. Os dados sobre determinado acontecimento são coletados em uma amostra para então poder extrair conclusões sobre o acontecimento investigado. Nele o pesquisador normalmente avalia uma amostra que seja significativa, um problema para ser investigado com a finalidade de extrair conclusões sobre a amostra (MIGUEL; HO, 2012).

O levantamento tipo survey, desde do início da investigação tem que ser muito bem planejado. Este tipo de pesquisa é muito importante quando queira obter um horizonte explicativo de um fenômeno ou quando determina testar teorias, porém qualquer que seja o objetivo, não pode faltar o rigor metodológico. Sua estruturação é seguida da ligação com o nível teórico, projeto da survey, testar procedimentos de aplicação, coletar dados para teste da teoria, análise de dados e gerar relatório (MIGUEL; HO, 2012).

2.3 Estudo de caso

Estudo de caso é um estudo do tipo empírico que visa investigar um fenômeno atual dentro do contexto da vida real, na qual geralmente ocorre quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão definidos de forma clara. Ele busca deixar esclarecido o motivo que foi definido tal decisão ou um conjunto de decisões, como foi implementado e quais os resultados (YIN,2001). É um estudo aprofundado e trabalhoso sobre uma realidade, pessoa, grupo ou instituição e que teve a possibilidade do conhecimento detalhado do objeto de pesquisa (BERTO; NAKANO, 1998).

Pode ser considerado também como um tipo de histórico do fenômeno tirado de diversas fontes de evidências, onde a ocorrência é significativa, decorrente de eventos que retratem o fenômeno. Com a condução do estudo de caso, há a possibilidade de desenvolver novas teorias e de haver aumento da compreensão em relação a acontecimentos reais e contemporâneos (MIGUEL; SOUSA, 2012).

O estudo de caso tem uma forma diferente de análise empírica, porém há muito descaso pelos pesquisadores, pela falta de rigorosidade da pesquisa do estudo de caso, que em muitas vezes o pesquisador foi desatento, permitindo que deixasse passar evidencias equivocadas ou perspectivas tendenciosas para induzir o significado da descoberta e das conclusões (YIN, 2001).

Miguel e Sousa (2012) estruturam a condução de um estudo de caso: definir uma estrutura conceitual-teórica, planejar o caso, conduzir teste piloto (instrumentos e métodos para coleta de dados), coletar os dados, analisar os dados e então gerar relatório.

2.4 Pesquisa-ação

Pesquisa-ação é um dos métodos qualitativos de abordagens de problemas, envolvendo muitas das formas de pesquisa voltada para a ação, sendo um tipo de pesquisa de natureza empírica associado com uma ação ou com a resolução de um problema grupal, envolvendo de modo cooperativo ou participativo os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema. O pesquisador e o objeto de estudo ajudam na identificação e na solução de um problema, e então as descobertas encontradas irão contribuir para a base de conhecimento em um domínio empírico particular (TURRIONI; MELLO, 2012).

De acordo com os mesmos autores, o termo pesquisa relaciona-se na elaboração do conhecimento e o termo ação relaciona-se a alterar intencionalmente um dado fato. Pesquisa-ação é a elaborPesquisa-ação do conhecimento que guia a prática, com um dado fato modificado fazendo parte do processo de pesquisa, no qual o conhecimento é gerado e juntamente a realidade é alterada, cada um ocorrendo devido ao outro (TURRIONI; MELLO, 2012).

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Segundo Miguel (2007), há dez principais características da pesquisa-ação, que são: 1- O pesquisador não é apenas um observador, ele está presente na ação; 2- Inclui dois objetivos: resolver um problema e contribuir para a ciência; 3- Interage todos os envolvidos e conta com a cooperação dos mesmos; 4- Objetiva desenvolver um entendimento holístico;

5- Essencialmente ligada na mudança;

6- Precisa ter entendimento da estrutura étnica;

7- Inclui todos os tipos de coleta de dados, qualitativos e quantitativos; 8- É preciso ter pré-conhecimento do ambiente ao todo;

9- Tem que ser realizada em tempo real;

10- Necessita de critérios próprios de qualidade passa sua avaliação

Turrioni e Mello (2012) mencionam que para uma pesquisa ser adequada, é preciso que suas conclusões ou inferências sejam verdadeiras, desta forma, como qualquer outro método de pesquisa científica, a pesquisa-ação deve ser traçada pela confiabilidade e validade, na qual faz-se possível medir sua qualidade e rigor científico. Pelo fato da pesquisa-ação ser classificada como um método de pesquisa qualitativo, leva a muitos questionamentos sobre o controle das variáveis, se a relações de causa/efeito estão identificadas de forma clara e se foi estabelecido condições para a argumentação da pesquisa. Para Gil (2002) a pesquisa-ação pode ser vista em certas partes com falta de objetividade que deve caracterizar os procedimentos científicos, pelo fato de que há envolvimento ativo do pesquisador e ação das pessoas envolvidos no problema.

Sua estrutura ocorre da seguinte forma: definir contexto e propósito, definir estrutura conceitual-teórica, selecionar unidade de análise e técnicas de coleta de dados, coletar dados, analisar dados e planejar ações, avaliar resultados e gerar relatório (TURRIONI; MELLO, 2012).

2.5 Modelagem (ou modelamento) e Simulação

O uso de um modelo proporciona entender melhor o local que procura analisar, com a identificação de problemas, formulação de estratégias, as oportunidades, colaborando e sistematizando no procedimento de tomada de decisões. Pode-se determinar como um modelo, a imagem de uma situação ou realidade, sendo ela vista por uma pessoa ou um grupo de pessoas, buscando contribuir para a análise de tal situação de forma sistemática, porém o modelo dele ser sustentavelmente detalhado para que possa compreender elementos essenciais e representar o sistema real, e ele deve ser bastante simplificado de modo a ser tratado por métodos de análise e resolução conhecidos (MORABITO NETO; PUREZA, 2012).

Modelagem pode ser definida como o emprego de técnicas matemáticas para descrever o funcionamento de um sistema ou de parte de um sistema produtivo (NAKANO, 2012; BERTO; NAKANO, 2000). São descritos através da linguagem matemática e computacional, onde utilizam método matemático, estatístico e experimentais (simulação) para que valores numéricos das propriedades do sistema que está sendo analisado seja calculado e então examinar os resultados de diferentes ações possíveis no sistema (MORABITO NETO; PUREZA, 2012).

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Já Simulação pode ser definida como o emprego de técnicas computacionais para simular o funcionamento de sistemas produtivos a partir de modelos matemáticos (NAKANO, 2012; BERTO; NAKANO, 2000). É uma importante ferramenta de planejamento onde procura simular, através de relações lógicas, o funcionamento de sistemas reais, que muitas das vezes são complexos demais para serem modelados através de funções matemáticas, em busca de verificar seu comportamento em cenários diferentes (MORABITO NETO; PUREZA, 2012). 2.6 Estudo de campo

Estudo de campo busca aprofundar nas questões propostas do que na distribuição das características da amostra. Com isso seu planejamento apresenta maior flexibilidade, mesmo que ocorra mudança em seus objetivos ao longo da pesquisa. O estudo de campo ocorre por meio da análise direta das atividades do grupo estudado e por entrevistas com informantes para que se entenda o que ocorre no local. O pesquisador passa a maior parte do tempo realizando a pesquisa pessoalmente, pois isso faz com que o pesquisador tenha melhor compreensão de tudo que acontece no local de estudo (GIL, 2002).

Pelo fato do estudo ser desenvolvido no próprio local em que ocorre o caso, consequentemente seus resultados geralmente são mais seguros e como o pesquisador tem mais participação no local, faz com que a chance da resposta ser mais confiável. Entretanto os dados são coletados por apenas um pesquisador, isso faz com que tenha risco de subjetivismo na análise e na interpretação dos resultados da pesquisa (GIL, 2002).

2.7 Experimento

Experimento envolve coleta de dados, porém os resultados são persuadidos pelo pesquisador com intervenções e normalmente é preciso que tenha um grupo-controle para fazer a avaliação dos resultados experimentais (MIGUEL; HO, 2012). Experimento não é obrigatoriamente realizada em laboratório, mesmo que a maioria de pesquisas de laboratório sejam experimentais (GIL, 2002; MIGUEL, 2005). É definir um objeto de estudo, escolher as variáveis que poderiam ser propício a influencia-lo e então determinar qual a forma de controle e observar os efeitos que a variável causa no objeto (GIL, 2002).

Trata-se de um estudo sobre a relação causal entre duas ou mais variáveis de um sistema de acordo com o controle do pesquisador (MIGUEL, 2005; BERTO; NAKANO, 2000). Porém há várias limitações por existir inúmeras variáveis que são difíceis ou mesmo impossíveis de ser manipuladas, como por exemplo, características humanas como sexo, histórico familiar ou idade, não podendo ser analisadas às pessoas de forma aleatória (GIL, 2002).

2.8 Teórico/conceitual

Teórico/conceitual são discussões conceituais com base na literatura, revisões bibliográficas e modelagens conceituais (NAKANO, 2012; BERTO; NAKANO, 2000). As definições precisas de um domínio específico são detalhadas minuciosamente e então explicadas do porquê e como as relações são logicamente ligadas para que a teoria apresente previsões específicas (WACKER, 1998).

Não é necessário que haja uma aplicação ou teste para que seja uma boa teoria (WACKER, 1998). Fornece uma explicação aceitável e persuasiva para as características para saber o porquê deve esperar tal ligação com os dados (WHETTEN, 1989). Há quatro elementos que constituem uma teoria: definições do conteúdo ou variáveis; ter domínio onde a teoria se aplica; ter um conjunto de relações de variáveis; e previsões específicas (WACKER, 1998). 2.9 Pesquisa bibliográfica

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Pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de um material já pronto, sendo ele principalmente livros e artigos científicos. Mesmo que a maioria dos estudos seja necessário algum tipo de trabalho dessa natureza, existem pesquisas elaboradas especificamente apoiado em fontes bibliográficas (GIL, 2002). A pesquisa bibliográfica busca identificar, conhecer e acompanhar o andamento da pesquisa em alguma área do conhecimento e permite detectar uma visão para pesquisas futuras, ajudando a incentivar ideias para desenvolver novos projetos de pesquisa (MIGUEL, 2005).

A pesquisa bibliográfica permite ao investigador uma cobertura de uma série de fenômenos muito ampla, mais do que se fosse uma pesquisa feita diretamente, torna-se importante quando o problema de pesquisa exige dados muito dispersos pelo espaço. Entretanto, geralmente as fontes secundárias apresentam dados coletados ou processados de forma equivocada, desta forma, o trabalho que se basear nessas fontes tenderá a retratar ou mesmo a ampliar esses erros. Na busca de que isso ocorra cada vez menos, é apropriado que os pesquisadores tenham segurança das condições em que os dados foram obtidos, analisando-os profundamente cada informação para encontrar possíveis incoerências ou contradições e utilizar fontes diversas (GIL, 2002).

3. Metodologia de pesquisa

O presente trabalho é uma pesquisa de caráter teórico/conceitual, pelo fato de se uma discussão baseada na análise da literatura (NAKANO, 2012; BERTO; NAKANO, 2000), que se resulta em um levantamento qualitativo que apresenta qual é a metodologia de pesquisa mais utilizada pelos alunos da instituição de ensino e se realmente a estrutura da metodologia de pesquisa utilizada é seguida conforme a literatura. Seu objetivo é caracterizado como exploratório. De acordo com Gil (2008) pesquisas exploratórias são elaboradas com o intuito de oferecer um ponto de vista geral, ocorre na abordagem de temas que não são tão discutidos e oferecem por fim um problema com maior esclarecimento, passível de investigações mais sistematizadas.

A Instituição de Ensino (IE) particular é localizada na cidade de Araraquara/SP. A coleta, organização e registros dos dados foram realizados por meio de uma planilha com os seguintes campos de dados: ano, autor e procedimento metodológico. Na avaliação do procedimento metodológico, foi verificado qual a metodologia declarada pelo autor, foi verificado se a metodologia foi declarada no título, verificado também se possui estrutura descrita ou justificativa da metodologia.

4. Análise e discussão dos dados

Os dados analisados foram disponibilizados em formato digital pelo atual professor que ministra as aulas na disciplina de “Trabalho de Conclusão de Curso”, onde compreende o ensinamento das práticas e procedimentos metodológicos. Os dados compreendem o período de 2010 a 2016, pois a partir de 2010 os referidos trabalhos de conclusão de curso (TCC) começaram a ser enviados à coordenação do curso em formato digital. Além disso, a escolha por esse período de tempo se deu em virtude do alto volume de TCC possíveis de serem analisados, totalizando 312.

Até o ano de 2013 os TCCs tinham formato mais complexo, onde os trabalhos compreendiam desde a capa, sumário, lista de quadros, figuras e tabelas até a conclusão final e referencias bibliográficas. A partir do ano de 2014 os TCCs passaram a ter a estrutura semelhante a artigos de congressos, compreendendo os elementos: resumo, introdução, revisão bibliográfica, metodologia de pesquisa, analisa dos dados e resultados, conclusão e referencias bibliográficas.

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A análise dos dados foi realizada por ano de conclusão e entrega do TCC. Essa análise buscou identificar em cada um dos TCCs, o procedimento metodológico descrito pelo autor. Inicialmente essa informação foi diretamente buscada pela leitura do item “metodologia de pesquisa” para a identificação da declaração dos autores quanto ao seu enquadramento metodológico, sem entrar a principio no mérito quanto ao tipo declarado. Em alguns casos o procedimento metodológico não estava descrito nesse item, então buscou-se obtê-la em outros itens, tais como no resumo, na descrição do objetivo e até mesmo no título e na conclusão. Em alguns casos não foi possível identificar o procedimento metodológico, pois o autor não o descreveu, não sendo realizada inferência quanto a classificação.

Durante a realização da coleta e análise dos dados, não foi julgado a pertinência quanto à escolha do tipo de pesquisa escolhida pelo autor, sendo que os trabalhos com declaração explícita do autor nesse aspecto, a mesma foi aceita, mesmo quando havia evidente incompatibilidade entre a tipologia declarada e a efetivamente praticada. Também não foi analisada a adequação entre a finalidade e tipo de pesquisa ao problema ou tema proposto. Os dados coletados foram então registrados em uma planilha para posterior elaboração de gráficos e análises, conforme apresentado a seguir. A tabela 1 apresenta o registro dos TCCs analisados.

Tabela 1 – Estratificação dos dados (Elaborado pelos autores)

A figura 1 representa o gráfico dos dados analisados por período separados por cada procedimento metodológico.

Figura 1 – Gráfico dos dados analisados (Elaborado pelos autores)

Total % Total % Total % Total % Total % Total % Total %

Modelagem 1 2% 1 0% Simulação 1 2% 1 0% Experimento 0 0% Estudo de campo 2 4% 1 2% 3 1% Survey 1 2% 4 8% 1 2% 6 2% Teórico / Conceitual 1 2% 2 4% 3 1% Pesquisa-ação 5 20% 3 7% 11 26% 11 20% 11 23% 5 10% 9 18% 55 18% Estudo de Caso 18 72% 32 74% 26 62% 33 61% 25 52% 31 63% 33 65% 198 63% Não descrito 2 8% 8 19% 5 12% 8 15% 5 10% 12 24% 5 10% 45 14% Total Procedimento Metodológico 25 43 42 54 2010 2011 2012 2013 48 49 51 Ano Total 312 2014 2015 2016 0 10 20 30 40 50 60 2010 2011 2012 2013 2014 2014 2016

Simulação Experimento Estudo de campo Survey Teórico / Conceitual

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Já o figura 2 representa o total de procedimentos metodológicos adotados, separados por tipo.

Figura 2 – Gráfico dos procedimentos metodológicos adotados (Elaborado pelos autores)

Analisando os dados individualmente por ano, observa-se que de 2010 a 2012 todos os TCCs foram classificados como “Pesquisa-ação” e “Estudo de Caso”, não havendo trabalhos nas demais categorias. Considerando todo o período analisado (2010 a 2016), 63% do total da amostra correspondem a pesquisas classificadas como “Estudo de Caso”. Os dados corroboram com os trabalhos realizados por Berto e Nakano (2000) e Costa (2013) onde evidenciam o Estudo de Caso como trabalhos com grande número de incidências em congressos nacionais. Deve-se o fato do grande número de pesquisa assim classificas devido a consideração de que nem sempre elas são conduzidas com o rigor metodológico exigido, dando a impressão de ser uma pesquisa mais branda.

Outra explicação provável para esse elevado e destacado número diz respeito ao perfil do aluno presente na instituição de ensino estudada, correspondendo a alunos que além de estudarem, também trabalham ou realizarem estágios em empresas, culminando na possibilidade de se realizar pesquisas dentro do seu ambiente de trabalho, muitas vezes por ter fácil acesso as informações.

Para autora Alves-Mazzotti (2006), há muito “abuso” no uso do termo “Estudo de Caso” e muitos deles não o são considerados, pois muitas pesquisas consideram qualquer investigação que foque em uma unidade como um estudo de caso ou abrangerem um número reduzido de sujeitos. Com grande frequência, a unidade de análise não passa por critério de seleção que a permita se tornar um “caso” passível de investigação por meio do estudo de caso. Outro fato destacado pela autora diz respeito ao equívoco de se avaliar esse tipo de pesquisa como de fácil condução, em razão de lidar com uma ou poucas unidades.

A partir do ano de 2013 alguns TCCs foram realizados com outros procedimentos metodológicos, porém um número bem baixo (14), correspondendo a 4% do total de trabalhos no período.

As metodologia “Modelagem” e “Simulação” corresponderam a apenas 2 trabalhos realizados no período, algo observado também por Berto e Nakano (2000). Uma possível explicação para este fato é o desconhecimento por parte dos alunos desta alternativa metodológica e também ao desconhecimento de parte do corpo docente sobre essa opção, tanto que os trabalhos categorizados como tal foram orientados por docente que já tinha familiaridade com a técnica. 0% 1% 2% 1% 18% 63% 14% Experimento Estudo de campo Survey Teórico / Conceitual

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Já a metodologia estudo de campo apresentou apenas 3 trabalhos realizados no período, valor discrepante se comparado ao levantamento realizado por Berto e Nakano (2000), onde evidenciam grande números de artigos nessa categoria.

A metodologia “Survey” apresentou 6 trabalhos realizados no período, número também considerado baixo. Deve-se o fato desse tipo de pesquisa demandar um certo custo para sua realização, além do tempo para coleta, retorno dos questionários, análise dos dados, dentre outros fatores, conforme também observado por Berto e Nakano (2000), podendo ser acrescido a dificuldade devido ao curto período de tempo disponível pelos alunos da instituição de ensino analisada.

Em particular a metodologia “Teórico conceitual”, houve apenas 3 trabalhos no período analisado, destoando dos trabalhos e levantamentos realizados por Berto e Nakano (2000) e Costa (2013), onde essa metodologia é a mais presente nos artigos publicados em congressos nacionais. Pode se dizer que isso se deve ao fato da grande complexidade exigida para esse tipo de pesquisa, além do curto tempo disponível dos alunos para poder concluir uma pesquisa dessa natureza.

Observa-se também que o único procedimento metodológico não adotado por nenhum TCC foi o “Experimento”. Deve-se a isso o fato de ser um tipo de pesquisa complexa de ser realizada, além de ser inadequada para a solução de problemas dentro da Engenharia de Produção.

Outra observação importante na análise dos dados diz respeito a não descrição do procedimento metodológico adotado na pesquisa, correspondendo a 14% (45 TCCs) do total de amostras do período. Esse grande número causou surpresa até mesmo para o atual professor que ministra as aulas na disciplina de “Trabalho de Conclusão de Curso”, ainda mais por esse tema ser amplamente descritos durante as aulas.

Outro dado analisado foi a evidencia de uma estrutura para condução do tipo de pesquisa declarada. Apenas 25 dos trabalhos analisados faziam referencia e utilizavam alguma estrutura para conduzir a pesquisa, dado esse que também foi observado nos trabalho de Filippini e Voss (1997) e Berto e Nakano (2000). A falta dessa estrutura descrita implica não somente na falta de formalidade da estrutura do trabalho, mas também prejudica uma eventual replicação ou generalização dos resultados da pesquisa. Além disso, essa lacuna impede verificar a lógica de raciocínio utilizada.

A partir da evidencia de que a maior parte dos TCCs utiliza o “Estudo de Caso” como procedimento metodológico, uma análise mais detalhada foi realizada nesses 198 trabalhos de forma a confrontar se realmente os trabalhos referem-se a um estudo de caso. Essa avaliação utilizou como critério de análise, a adoção da estrutura para estudo de casos descrito por Yin (2005), Miguel e Sousa (2012) ou por Miguel (2007) ou qualquer outra estrutura que possua embasamento teórico. Como resultado dessa análise, evidenciou-se que 7 trabalhos não são classificados como estudo de caso. Além disso, foi verificado que apenas 7 trabalhos citaram e utilizaram uma estrutura de estudo de caso, afirmando o que foi descrito no parágrafo anterior.

Já o procedimento metodológico “Pesquisa-ação” figurou como segunda metodologia mais encontrada, compreendendo 55, o que representa 18% dos trabalhos analisados no período. Esse fato também se deve ao perfil do aluno, conforme explanado anteriormente.

Observa-se dessa forma que o uso do termo “Estudo de Caso” é utilizado de forma equivocada em diversos trabalhos, assim como foi evidenciado por Berto e Nakano (2000). Segundo os autores, isso se deve ao fato de muitos autores utilizarem a terminologia como

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figura de linguagem e não como indicação ou explicitação do tipo de pesquisa utilizada. Outro motivo apontado diz respeito ao fato do objeto de estudo referir-se à uma única empresa faz com que o rótulo “Estudo de Caso” seja utilizado, mesmo que o levantamento de dados e a análise da organização não abordem a profundidade exigida por esse tipo de pesquisa.

5. Conclusão

A partir dos dados coletados e da análise realizada, respeitando-se as limitações da pesquisa, foi possível chegar a algumas conclusões importantes sobres os Trabalhos de Conclusão de Cursos (TCCs) da Instituição de Ensino estudada.

As metodologias de pesquisa “Estudo de Caso” e “Pesquisa-ação” são as mais utilizadas nos TCCs, porém observa-se que muitas vezes são usadas de forma equivocada, muitas vezes não categorizando como o declarado. Além disso, pode-se dizer que essas pesquisas são realizadas sem um rigor metodológico adequado e sem uma estrutura conceitual. Por conta disso, sugere-se que essas metodologias devam receber maior atenção quanto ao seu correto uso e a aplicação de estruturas para conduzi-las, fazendo com que elas tenham maior rigor metodológico como forma de permitir sua replicação e verificação da lógica de raciocínio utilizada pelo autor do trabalho.

Outro ponto que merece atenção refere-se aos trabalhos que não declararam qual a metodologia de pesquisa utilizada, pois essa informação é fundamental e faz parte da estrutura de um trabalho cientifico. Como sugestão, recomenda-se que os orientadores dos TCCs verifiquem e exijam a descrição da metodologia de pesquisa adotada.

É importante estimular os alunos do curso de Engenharia de Produção quanto as publicações em congressos nacionais como forma de estimula-los a agregar conhecimento e aplicação dos ensinamentos obtidos durante a sua graduação. Além disso, permitiria uma avaliação mais rigorosa do trabalho realizado, visto que os mesmos passariam por revisores mais experientes e exigentes.

Por fim, como contribuição dessa pesquisa, os autores elaborarão um relatório contendo todos os dados extraidos das amostras estudadas e o disponibilizará a IES como forma de apresentar os resultados e as sugestões de melhoria frente aos pontos negativos evidenciados nos TCCs. A fim de preencher as lacunas desse trabalho, sugere-se a realização de novas pesquisas como, por exemplo, uma Survey com os autores dos TCCs a fim de coletar a motivação dos mesmos pela escolha do tipo de pesquisa realizada. Propõe-se também avaliar as áreas e subáreas da Engenharia de Produção que se enquadram os TCCs a fim de avaliar o perfil desses trabalhos.

REFERÊNCIAS

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