ASMA
OCUPACIONAL
Diagnóstico
Relevância do tema
Asma é uma doença prevalente
Não há diagnóstico de asma
ocupacional na rede SUS
Ausência de fluxo para o diagnóstico
Inexistência de protocolo para
diagnóstico e acompanhamento da
asma ocupacional
ASMA RELACIONADA AO
TRABALHO (ART): DEFINIÇÃO
“Asma Ocupacional é uma doença
caracterizada por obstrução reversível ao
fluxo aéreo e/ou hiperresponsividade
brônquica devido a causas e condições
atribuíveis a um determinado ambiente de
trabalho ( gases, vapores, fumos e
poeiras)”
Asthma in the workplace.
A prevalência da asma ocupacional
varia em função da substância a qual
o trabalhador fica exposto.
Pode ser elevada como 50%
naqueles expostos a enzimas
proteolíticas
Pode ser baixa, cerca de 5% em
alguns grupos de pacientes expostos
a poeira de madeira de cedro.
“uma causa ocupacional deve ser
investigada para toda asma iniciada em
adultos”
Chan-Yeung e Malo, 1995
ASMA RELACIONADA AO TRABALHO
1. ASMA AGRAVADA PELO TRABALHO
2. ASMA OCUPACIONAL
2.1 SÍNDROME DA DISFUNÇÃO REATIVA DAS VIAS
AÉREAS (SDRVA)
Diagnosis and Management of Work-Related Asthma: ACCP Consensus Statement CHEST / 134 / 3 / SEPTEMBER, 2008 SUPPLEMENT
Critérios para a Diagnóstico
1. Ausência de antecedentes respiratórios.
2. O início acontece após um único incidente de
exposição específico ou acidente.
3. Exposição a um gás, fumos, fumaça ou vapor
presentes em concentrações muito altas e
SÍNDROME DA DISFUNÇÃO REATIVA DAS VIAS
AÉREAS (SDRVA)
Asma Relacionada ao Trabalho
Existem mais de 380 substâncias
implicadas na ART
Mais de 140 tipos diferentes de atividade
profissional relacionada a asma
ADP - UFMG
TIPOS DE ASMA OCUPACIONAL
Imunulógica (com período de latência)
Mediada por IgE
(atopia e tabagismo predisponentes):
substâncias APM
:
animais, cereais, plantas, látex, enzimas
substâncias BPM (haptenos): platina, anidridos, antibióticos
Mediada por Células: Linfócitos T ativados
(CD4 ou CD8):
substâncias de BPM
:
isocianatos,
níquel, metais duros
Não imunológica:
mecanismos: inflamatório
(amônia,
cloro),
farmacológico (
OF, TDI, Ac, plicático),
irritante
(ar frio, exercício)
, endotoxinas
(poeira de algodão)
b y g u e st o n N o v e m b e r 1 2 , 2 0 1 3 h ttp :// a n n h y g .o x fo rd jo u rn al s.o rg / D o w n lo a d ed f ro m
INHALATION ACCIDENTS REPORTED TO THE SWORD
SURVEILLANCE PROJECT 1990-1993
Beverley Sallie and Corbett McDonald
Department of Occupational and Environmental Medicine, National Heart and Lung Institute, Dovehouse Street, London SW3 6LY, U.K.
Consensos internacionais
Critérios que devem ser adotados
(A) diagnóstico de asma;
(B) início da asma após a entrada no local de trabalho;
(C) associação entre sintomas de asma e trabalho;
(D) um ou mais dos seguintes critérios ( ART )
(1) exposição a agentes no trabalho que possam apresentar risco de desenvolvimento de asma ocupacional; (2) mudanças no volume expiratório forçado no primeiro segundo ou no pico de fluxo expiratório (PFE) relacionadas à atividade de trabalho;
(3) mudanças na reatividade brônquica relacionadas à atividade de trabalho;
(4) positividade para um teste de broncoprovocação específico; ou
(5) início da asma com uma clara associação com exposição a um agente irritante no local de trabalho.
J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 2):S45-S52; Fernandes ALG, Stelmach R, Algranti E
Instrumentos Diagnóstico
Asma Relacionada ao Trabalho
(ART) :
Instrumentos mais utilizados:
Questionário
Prova de Função Respiratória
Dosagem de IgE
(Prick Test e PatchTest)
Métodos Diagnósticos
Questionário: simples, sensível,baixa
especificidade
Testes imunológicos: Prick test, Patch test :
Simples, sensível. Pode ser utilizado para
SAPM e algumas SBPM; pouco disponível
comercialmente
Responsividade brônquica inespecífica
(metacolina, histamina, carbacol). Simples,
Medidas do VEF1 antes, e após o
trabalho, simples, barato, baixa
sensibilidade e especificidade
Responsividade brônquica: específico e se
positivo, confirma. Realiza-se em centros
muito especializados; caro; teste neg. não
exclui AO
Dosagem de IgE específica: específico e
caro e requer infra-estrutura apropriada
para realização do mesmo.
J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 2):S45-S52; Fernandes ALG, Stelmach R, Algranti E
Padrão de resposta dupla, inclui uma resposta imediata e
outra tardia medida pelo FEV1 após a exposição a uma
SAPM em um paciente com AO.
Diagnosis and Management of Work-Related Asthma: ACCP Consensus Statement.
CHEST / 134 / 3 / SEPTEMBER, 2008 SUPPLEMENT
INSTRUMENTOS DIAGNÓSTICOS
• História clínica e ocupacional
• Testes cutâneos e sorológicos
– IgE específica
• Testes de função pulmonar
pontuais (ex: espirometria)
seriados (ex: curvas de pico de fluxo)
• Provocação brônquica:
específica e inespecífica
UFMG
Occupational Safety and Health Information Series. A guide to the management of occupational asthma. OSHS, New Zeland,1995
Curvas de Pico de Fluxo Expiratório:
como
programar os registros
Duração:
conforme história clínica- ocupacional
. sintomas imediatos: 1 a 2 semanas, registros
2/2 hrs, sem período de afastamento
. sintomas tardios: 3 a 5 semanas,4 registros/dia,
com período de afastamento
tempo de recuperação, periodicidade de manipulação
com os agentes suspeitos
Critério de análise: visual e estatístico
melhor PFE - pior PFE x 100%
média dos PFE
O valor é considerado anormal
quando estiver acima de 20%.
Burge PS. Single and serial measurements of lung
function in the diagnosis of occupational asthma. Eur
J Respir Dis Suppl. 1982;123:47-59
Fernandes ALG, Stelmach R, Algranti E. J Bras Pneumol.
2006;32(Supl 2):S45-S52
ASMA OCUPACIONAL
0 100 200 300 400 500 600SegundaTerça Quarta Quinta Sexta SábadoDomingoSegunda Terça Quarta Quinta Sexta SábadoDomingo
Trabalho
Fora do trabalho
•Pico de fluxo seriado.
CESTEH/ENSP/FIOCRUZ
Medidas seriadas de PFE
0 50 100 150 200 250 300 350 400 A A A S D A A A A A S D A A T T T S D T T T T T S D T T dias P FE ( l/ m in)
Oasys - programa free - plota a curva, parâmetros de análise e expressa os resultados de forma probabilística. As curvas também podem
ser analisadas de forma estatística.
http://www.occupationalasthma.com
ADP - UFMG
CONFIABILIDADE DAS
CURVAS DE PICO DE FLUXO
23,5% de resultados falsos. Quirce S
et al. Am. J. Respir. Crit. Care Med. 1995
7,4% de resultados falsos. Gannon
PFG et al. Eur. Respir. J. 1993
3 a 18 casos por milhão de indivíduos por ano nos
EUA.
50 por milhão de indivíduos por ano no Canadá.
187 por milhão de indivíduos por ano na Finlândia.
17 casos por milhão de indivíduos registrados em SP
Espanha, a prevalência de AO é de 5%.
EUA de 14%, Finlândia de 29%, e chega a 36% de
todos os casos de asma no Canadá.
A ART é responsável por 5% a 10% de todos os casos
de asma em adultos,, o que demonstra sua
importância como problema de saúde pública.
Informações epidemiológicas
Incidência & Prevalência
J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 2):S45-S52; Fernandes ALG, Stelmach R, Algranti E
Incidência anual de asma por milhão por ocupação,
1992-97. (McDonald et al 2000)
Ocupação
Incidência
Pintores
1464
Padeiros
951
Químicos
573
Trabalho Substâncias/agentes
Construtor, Carpinteiro, Marceneiro, indústria de Papel, Polidor, Lixador, Lenhador
Neurospora, Carvalho, madeira compensada, Peroba, Sequóia, cedro vermelho, cedro Branco.
Incidência Condições Sintomas
Incidência variável, entre 3.4 e 13.5% de pessoas nos E.U.A. Mecanismo IgE-dependente: No caso do cedro vermelho o alergênio é ácido de plicatico; quinonas;pentaclorofenol; neurospora.
Sensibilização está diretamente ligado ao tamanho das partículas de serragem. Colas, vernizes, isocianatos e tratamentos de madeira também contribuem.
Asma pode aparecer entre 1 e 10 anos de exposição. É precedido freqüentemente de rinite, conjuntivites e urticárias. Pode ser imediato ou tardio e permanece comsintomas por anos, mesmo afastado da exposição.
Diagnóstico Referências
Prick teste (extrato de serragem)
Medidas seriadas de pico de fluxo expiratório.
Alergia de J. Clin. Immunol. 2001,107:554 Cabañes Higuero N. et al. Tórax 2000,118:1183 Petsonk E.L. al de et. Medicina Interna 2000,39:947 Obata H. et al. Alergia de J. Clin. Immunol. 2000,106:400 -Quirce S. et al. Alergia de J. Clin. Immunol. 1996,97:1409 -Tarlot S.M. a Ann. Alergia 1991,66:253 - o Ariano R. et al. Aust. NZ J. Med. 199,27:452 -o W-o-od-padeir-o R. et al. Alergia 1997,52:196 -Fernandez-Rivas M. et al.