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Relações Internacionais e Globalização DAESHR014-13SB (4-0-4)

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Academic year: 2021

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Relações Internacionais e

Globalização

DAESHR014- 13SB

(4-0-4)

Professor Dr. Demétrio G. C. de Toledo – BRI demetrio.toledo@ufabc.edu.br

UFABC – 2017.I (Ano 2 do Golpe)

Aula 5

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Colapso

da

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Quarta-feira, 22 de fevereiro, às 14h00, palestra com

(5)

Módulo I: Origens de nosso tempo presente

Aula 5 (2ª-feira, 20 de fevereiro): Colapso da URSS. Texto base:

HOBSBAWM, Eric. (1994) “Fim do socialismo”, p. 447-482,

Texto complementar:

MEDEIROS, Carlos Aguiar de (2011) “A economia política da transição na Rússia”, in: ALVES, A. G. M. P. (2011), p. 13-34.

ALEKSIÉVITCH, Svetlana (2016) Vozes de Tchernóbil: a

história oral do desastre nucelar.

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Para falar com o professor:

• São Bernardo, sala 322, Bloco Delta, 2as-feiras e 6as-feiras,

das 13-15h (é só chegar).

• Atendimentos fora desses horários, combinar por email com o professor: demetrio.toledo@ufabc.edu.br

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Rússia: primeiro, uma perguntinha

Onde fica a Rússia

mesmo,

geograficamente

falando?

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Rússia: formação histórica

• Situada entre duas macroestruturas civilizacionais – Europa ou Ásia –, a Rússia tem sido objeto de constante fascínio e inquirição.

• Definir o “caráter” russo, ou a “alma russa”, como diria Dostoievsky – se europeia ou asiática – tem sido ao longo dos séculos uma das grandes perguntas que russos e outros têm se colocado.

• Qual o traço histórico-cultural-civilizacional que predomina no processo de formação histórica da Rússia?

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Rússia: formação histórica

• Historicamente, a Europa Ocidental/Latina terminava nas fronteiras do Império Bizantino.

• Rússia: para lá do Império Bizantino!

• Eslavos: maior grupo linguístico indo-europeu na Europa.

• Principado de Rus Kiev: séculos IX a XIII (cf. Alexander

Nevsky, de Sergey Eisenstein, 1938).

• Principado de Moscu: séculos XIII-XVI.

• Rússia Tzarista: 1547-1721, fundada por Ivan Grozny, mais conhecido como Ivan, o Terrível (cf. Ivan, o Terrível, de Sergey Eisenstein, 1944, 187 minutos de filme, muito bom para ver entre um bloquinho e outro no carnaval).

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Distribuição de falantes de línguas eslavas na Europa (e na Ásia, também)

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Cena de Ivan, o Terrível, de Sergey Eisenstein (1944)

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Rússia: formação histórica

• Rússia Imperial: 1721-fevereiro de 1917, fundada por Pedro, o Grande, introdutor da autocracia (1672–1725). • Catarina, a Grande, princesa alemã, tzarina da Rússia

Imperial (762–1796) seguiu e aprofundou o processo de “modernização” e “europeização” iniciado por Pedro, o Grande.

• Alexandre II (), aboliu a servidão em 1861; assassinado pelo Nardonaya Volya em 1881.

• Narodniks (povo, como em folk ou volks), populismo russo. Lema: “ir ao povo”. Radicais, precursores do

bolchevismo, atuantes entre 1860-1870, suas

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Rússia: antesovieticun

• No século XIX a efervescência do pensamento social e político russo e as sucessivas ondas “modernizadoras” pelas quais passou o país colocaram a Rússia no centro das discussões sobre a possibilidade de uma revolução socialista em um´país atrasado recentemente saído da servidão.

• Marx travou longa troca epistolar com radicais russos sobre a viabilidade de uma formação social transitar da servidão para o socialismo sem passar pelo capitalismo.

Ainda que difícil, Marx não descartava essa

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Rússia: antesovieticun

• Apesar das dificuldades sociais e políticas internas, no século XIX a Rússia é inequivocamente uma das grandes potências europeias (e/ou asiáticas). Na Ásia Central, a Rússia disputa o Grande Jogo com a Grã-Bretanha, à época a potência hegemônica do capitalismo histórico. • A Rússia experimenta a partir da segunda metade do

século XIX uma aceleração do seu desenvolvimento econômico, sobretudo após a abolição da servidão (1861).

• No começo do século XX, no entanto, o vigor do desenvolvimento das potências

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Rússia: antesovieticun

• No começo do século XX, no entanto, o vigor do desenvolvimento econômico, industrial e tecnológico das potências ascendentes, sobretudo EUA, Alemanha, França e Japão, atualizam as questões relativas ao desenvolvimento russo e a sua condição de potência europeia (e/ou asiática).

• A Guerra Russo-Japonesa (1904-1905), que termina com a derrota russa, mergulha o país em sérias dificuldades e coloca em dúvida sua condição de potência.

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Rússia: antesovieticun

• Desde então, a Rússia mergulharia em um longo período revolucionário que culminaria com a revolução de outubro de 1917 (precedida pela revolução de 1905 e pela revolução de fevereiro de 1917).

• Sobre esta última, ver O encouraçado Potemkin, de Serguei Eisenstein (1925).

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Cena de O encouraçado Potemkin, de Serguei Eisenstein (1925)

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Rússia: período soviético

• A Revolução Russa de Outubro de 1917 extinguiu o tsarismo na Rússia e implantou um sistema de poder baseado nos sovietes, assembleias de trabalhadores.

• À Revolução Russa segue-se a guerra civil russa, contrapondo brancos e vermelhos.

• Em 1923 os vermelhos (bolsheviques) vencem a guerra civil e assumem o poder na Rússia sob liderança de

Vladimir Ilyich Ulyanov, mais conhecido como Lênin.

• Lênin morre em 1924, aos 53 anos. Segue-se uma disputa pela liderança da URSS, vencida por Joseph Vissarionovich Stálin, que lideraria a URSS de 1924 até o ano de sua morte, 1953.

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Rússia: formação da URSS

• União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) começa a se constituir ao final da guerra civil russa, no ano de 1922, composta por Rússia, Ucrânia, Bielorússia, Geórgia, Azerbaijão e Armênia (em 1922), Uzbequistão e Turcomenistão (em 1924), Tadjiquistão (em 1929), Kazaquistão e Kirguistão (em 1936), Lituânia, Letônia, Estônia e Moldávia (em 1940), num total de 15 repúblicas.

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URSS: principais eventos

• 1917: Revolução Bolshevique (outubro)

• 1922: fim da guerra civil entre brancos e vermelhos, com vitória destes últimos.

• 1924: morte de Lênin; Stálin assume o poder. • 1936-1938: Expurgo stalinista.

• 1939: Pacto Molotov-Ribbentrop.

• 1941: invasão nazista da URSS; início da Grande Guerra Patriótica, resultando na morte de mais de 20 milhões de soviéticos (militares e civis).

• 1945: soviéticos chegam a Berlin em 8 de maio (9 de maio em Moscou, data em que se celebra o Dia da Vitória).

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URSS: principais eventos

• 1953: morte de Stálin.

• 1953-1964: Nikita Serguêievitch Khrushchov sucede Stálin no comando da URSS. EM 1956, no XX Congresso do Partido Comunista da URSS, Krushchov faz o “Discurso Secreto”, denunciando as técnicas de poder de Stálin.

• 1960: Rompimento entre URSS e China (RPC).

• 1964-1982: Leonid Ilitch Brejnev assume a liderança da URSS. Acirramento da Guerra Fria seguido de deténte (1969).

• Fim dos anos 1979-1985: novo acirramento da Guerra Fria.

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URSS: principais eventos

• 1984-1985: Konstantin Ustinovich Chernenko.

• 1985-1991: Mikhail Sergueievitch Gorbachev.

Perestroika (reestrutração econômica e política) e glasnost (liberdade de informação e de expressão) são

as palavras de ordem que irão orientar o reformismo de Gorbachev, que esperava poder reformar o socialismo em direção a uma economia socialista de mercado (mercado com preços formados por oferta e demanda) sem abrir mão dos avanços sociais do socialismo.

• 1986: Desastre Nuclear de Tchernóbil.

• 1989: Queda do Muro de Berlin; queda dos regimes socialistas em todos os satélites da União Soviética.

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URSS: principais eventos

• 1991: Tentativa de golpe de Estado contra Gorbachev fracassa. Boris Nicoláievitch Iéltsin, presidente da URSS de 1990-1991, assume a liderança contra o golpe. Proibição do PCUS. Dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Independência das 12 repúblicas que permaneciam na URSS (os Estados bálticos haviam se tornado independentes em 1989). Iéltsin se torna o primeiro presidente da Federação Russa (1991-1999).1

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URSS: causas da queda

• “(...) À medida que a década de 1970 passava para a de 1980, foi ficando cada vez mais claro que havia alguma coisa de seriamente errada em todos os sistemas socialistas (...). A diminuição do ritmo da economia soviética era palpável: a taxa de crescimento de quase tudo que nela contava, e podia ser contado, caiu constantemente de um período de cinco anos para outro após 1970 (...). Se não estava de fato em regressão, a economia avançava no passo de um boi cada vez mais cansado. Além disso, muito longe de se tornar um gigante do comércio mundial, URSS parecia

estar regredindo internacionalmente”. (Hobsbawn

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URSS: causas da queda

• “[A URSS] tornara-se algo assim como uma colônia exportadora de energia para economias industriais mais avançadas”. (Hobsbawn 1994: 457)

• “Na verdade, na década de 1970 era claro que não só o crescimento econômico estava ficando para trá mas mesmo os indicadores sociais básicos, como o da mortalidade, estavam deixando de melhorar. Isso minou a confiança no socialismo mais do que qualquer outra coisa, pois sua capacidade de melhorar a vida da gente comum através da maior justiça social não dependia basicamente de sua capacidade de gerar maior riqueza”. (Hobsbawn 1994: 457)

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URSS: causas da queda

• “O problema do ‘socialismo realmente existente’ na Europa era que, ao contrário da URSS do entreguerras, praticamente fora da economia mundial e portanto imune à Grande Depressão, agora o socialismo estava cada vez mais envolvido nela, e portanto não imune aos choques da década de 1970 (...) O ‘socialismo real’, porém, agora enfrentava não apenas seus próprios problemas sistêmicos insolúveis, mas também os de uma economia mundial mutante e problemática, na qual se achava cada vez mais integrado”. (Hobsbawn 1994: 458)

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URSS: causas da queda

• “Neste ponto, devemos retornar da economia para a política do ‘socialismo realmente existente’, pois a política, tanto a alta quanto a baixa”. (Hobsbawn 1994: 460)

• “Em 1985, um reformador apaixonado, Mikhail Gorbachev, chegou ao poder como secretário-geral do partido” (Hobsbawn 1994: 461)

• “A ‘era de estagnação’ (zastoi) que Gorbachev denunciou fora na verdade uma era de aguda fermentação política e cultural entre a elite soviética” (Hobsbawn 1994: 461)

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URSS: causas da queda

• “(...) As camadas educadas e tecnicamente

competentes que mantinham de fato a economia soviética funcionando tinham aguda consciência de que sem uma mudança drástica, na verdade fundamental, ela iria inevitavelmente afundar mais cedo ou mais tarde, não apenas por causa da inata ineficiência e inflexibilidade do sistema, mas porque a fraqueza era agravada pelas demandas de status de superpotência militar, que não podia ser sustentada por uma economia em declínio. A tensão militar sobre a economia na verdade aumentara perigosamente desde 1980 [guerra do Afeganistão]”. (Hobsbawn 1994: 461-462)

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URSS: causas da queda

• “Mas que podia fazer o novo líder soviético para mudar a situação da URSS, além de pôr fim, o mais cedo possível ao confronto da Segunda Guerra Fria com os EUA, que estava dessangrando a economia? Esse, claro, era o objetivo imediato de Gorbachev, e foi seu maior êxito, pois, num período surpreendentemente curto, ele convenceu mesmo os governos ocidentais céticos de que essa era de fato a intenção soviética”. (Hobsbawn 1994: 464)

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URSS: causas da queda

• “As linhas segundo as quais [a URSS] ia rachar-se já estavam traçadas: de um lado, o sistema de autonomia de poder territorial em grande parte corporificado na estrutura federativa do Estado, de outro os complexos econômicos autônomos”. (Hobsbawn 1994: 469)

• “Os últimos anos da União Soviética foram uma catástrofe em câmera lenta. A queda dos satélites europeus em 1989 e a relutante aceitação por Moscou da reunificação alemã demonstraram o colapso da União Soviética como potência internacional, mais ainda como superpotência. (...) Apesar disso, manteve as Forças Armadas e o complexo industrial-militar da ex-superpotência (...).” (Hobsbawn 1994: 476)

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URSS: causas da queda

• “Assim a destruição da URSS conseguiu a reversão de quase quatrocentos anos de história russa, e a volta do país à era de antes de Pedro, o Grande (1672-1725). Como Rússia, sob um czar, ou como URSS, fora uma grande potência desde meados do século XVIII, e sua desintegração deixou um vazio entre Trieste e Vladivostok que não existira antes na história moderna, exceto por pouco tempo durante a Guerra Civil de 1918-1920: uma vasta zona de desordem, conflito e catástrofe potencial. Essa era a agenda para os diplomatas e militares do mundo no fim do milênio”. (Hobsbawn 1994: 479)

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Referências

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