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BARRAGEM DE CHAGLLA PRINCIPAIS ASPECTOS. Marcela Wamzer JEISS Engenheira Civil Intertechne Consultores S.A.

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COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS

XXX–SEMINÁRIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS

FOZ DO IGUAÇU –PR,12 A 14 DE MAIO DE 2015 RESERVADO AO CBDB

BARRAGEM DE CHAGLLA – PRINCIPAIS ASPECTOS

Marcela Wamzer JEISS

Engenheira Civil – Intertechne Consultores S.A. Alex Martins CALCINA

Engenheiro Civil – Intertechne Consultores S.A. Carlos Lúcio PINTO

Engenheiro Civil – Odebrecht Infraestrutura Leonardo BORGATTI

Engenheiro Civil – Odebrecht Infraestrutura

RESUMO

A Barragem de Chaglla, localizada no Peru, faz parte das estruturas que compõem o Aproveitamento Hidroelétrico de Chaglla, atualmente em construção, cuja potência instalada será de 450 MW. Trata-se de uma barragem de enrocamento com face de concreto de 210 m de altura e volume de 8.400.000 m³, que apresenta uma série de particularidades que condicionaram o projeto, tais como o formato do vale com ombreiras muito íngremes, o emprego de veda-juntas especiais e o uso tanto de materiais não convencionais para este tipo de barragem.

O artigo apresenta as soluções adotadas para o projeto, com base no conhecimento do estado da arte de barragens de Enrocamento com Face de Concreto de grande altura que buscam garantir o adequado comportamento da barragem.

ABSTRACT

Chaglla Dam, located in Peru, is part of the Chaglla Hydroelectric Project and will have an installed capacity of 450 MW. The Chaglla Concrete Face Rockfill Dam is 210 m high, with a volume of 8.400.000 m³. The dam design has a set of particularities that conditioned important design features, such as a narrow valley with a low shape factor (A/H²), steep abutments, the use of a particular waterstop set and non conventional material zoning.

In addition to the adopted design criteria, this paper presents solutions based on the state of the art in dam design, adapted to the site conditions in order to guarantee the best possible performance for the dam.

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1. INTRODUÇÃO

A Usina Hidrelétrica de Chaglla está localizada no Peru, na borda dos Andes voltada para a região da floresta Amazônica, no departamento de Huánuco. A construção foi iniciada em abril de 2011 e tem previsão para entrar em operação no final do ano de 2015, o que representará cerca de 10% da geração de energia elétrica peruana.

A concessionária do aproveitamento é a empresa EGH (Empresa de Generación Huallaga S.A.), a construção está a cargo da OPIC (Odebrecht Perú Ingeniería y Construcción S.A.C.) e o projeto em desenvolvimento pela Intertechne Consultores S.A.

O arranjo geral do empreendimento está apresentado na Figura 1.

Figura 1. Arranjo Geral do Aproveitamento Hidroelétrico de Chaglla

Para utilizar-se dos materiais de construção existentes nas proximidades, as condições de arqueamentos resultante do formato muito fechado do vale e visando ainda suportar de maneira segura as condições sísmicas locais, concebeu-se a solução da barragem como sendo a de uma estrutura de enrocamento com face de concreto de 210m de altura, cujo volume do aterro atingiu 8.400.000 m³ e comprimento de crista de 270m. O desvio do rio Huallaga foi efetuado por um túnel não revestido situado na margem esquerda com 1.113 m de comprimento em seção arco-retângulo e diâmetro de 12,5m. O vertedouro, também situado na margem esquerda, foi concebido para uma vazão de 5.630m³/s (cheia máxima provável) e consiste em três túneis em seção arco-retângulo de 14,75 m de diâmetro, com comprimento total de 2.518m e estruturas de controle com comportas radiais situadas junto às saídas de jusante.

Adjacente às estruturas do vertedouro, estão localizados os túneis de adução da PCH, com potencia instalada de 6 MW, e do circuito de geração principal, cuja extensão do túnel é de aproximadamente 14,5km até a casa de força principal.

A Barragem de Enrocamento com Face de Concreto de Chaglla, objeto deste artigo,

BEFC CHAGLLA TÚNEL DE DESVIO

TÚNEL DE ADUÇÃO TÚNEIS DO VERTEDOURO

VERTEDOURO PCH

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barragem. São apresentados neste artigo além dos critérios de projeto adotados, os resultados do modelo tridimensional de tensão e deformação e as soluções dos tipos de veda-juntas que serão utilizados.

2. ASPECTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS LOCAIS E TRATAMENTOS DE FUNDAÇÃO

A Usina Hidrelétrica de Chaglla está situada em maciço rochoso pertencente ao grupo Pucará, constituído predominantemente por rochas calcárias.

O vale do rio Huallaga, onde se encontra inserida a barragem, apresenta formato geométrico assimétrico. No leito do rio e avançando na direção da ombreira esquerda encontra-se um terraço aluvionar pouco espesso, enquanto que na margem oposta o talude é formado diretamente por encosta rochosa bastante íngreme.

Em razão da geomorfologia do vale não há significativa cobertura de solo na região de fundação da barragem.

Tendo em vista a pouca espessura constatada de aluvião no leito do rio, a solução inicial com plinto flutuante foi substituída por bloco de concreto fundado diretamente em calcário maciço. Em razão da morfologia local, nesta região se observou a presença de juntas de alívio situadas numa faixa mais superficial da fundação, atingindo até uma profundidade de cerca de 10,0 m. Abaixo deste horizonte a rocha se mostrou bastante estanque.

Nesta faixa de maciço mais superficial aliviado, além da linha de injeção de impermeabilização sob a projeção do plinto, foram realizadas injeções de impermeabilização e consolidação ao longo de toda a área de projeção do bloco de apoio.

Nas ombreiras o plinto ficou fundado em rocha menos alterada, em maciços de classes II e III, segundo a classificação RMR de Bieniawski. O tratamento de fundação nessas regiões foi concebido com uma linha central de impermeabilização mais profunda e linhas adicionais de consolidação mais rasas.

3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA BARRAGEM

Para a definição de dimensão e da superfície de fundação do plinto foram levados em consideração a qualidade do maciço de fundação segundo a classificação RMR (Bieniawski Classification), o respectivo gradiente hidráulico máximo suportado pelo tipo de maciço rochoso, além do formato do vale com ombreiras íngremes com inclinação média de aproximadamente 70° na margem direita e de 50° na margem esquerda, conforme se constata na Figura 2.

(4)

Figura 2. Vale do Rio Huallaga

De maneira a manter o gradiente hidráulico da ordem de 1/15 da carga de água (compatível com a qualidade do maciço rochoso de fundação encontrado no local), e para permitir um espaço que acomodasse as cortinas de injeção, o plinto típico desenvolvido pela margem esquerda consiste em um tramo horizontal, e outro vertical, conforme é apresentado na Figura 3. Já na margem direita, em função da forte inclinação da ombreira, até a El. 1080 o plinto apresenta geometria similar à da margem esquerda e acima desta cota foi efetuada uma transição geométrica, passando da seção em “L”, para uma seção cujo todo o comprimento necessário fica alojado numa estrutura vertical, cuja seção típica é mostrada na Figura 4.

Este ajuste da geometria do plinto além de permitir a redução de volume de escavação da encosta, possibilitou também reduzir a altura das bancadas de escavação, solução importante tendo em vista que todos os trabalhos foram realizados manualmente por operários pendurados nas encostas em sistema de rapel.

Figura 3. Seção Típica do Plinto Margem Esquerda e Direita até El. 1080,00

~50°

(5)

Figura 4. Seção Típica do Plinto Margem Direita acima da El. 1080,00

Quando dispostas as características do vale e módulo de deformabilidade do aterro de enrocamento previsto no gráfico proposto por Pinto (2007), exposto na Figura 5, cujo fator de forma (A/H², onde A= área da face de concreto e H=altura da barragem) é bastante baixo, cerca de 1,50, é possível observar que Chaglla fica posicionada numa zona do gráfico em que se requerem cuidados especiais para o projeto e execução da barragem, tendo a linha azul como um divisor entre barragens que apresentaram melhor desempenho das que mostraram algum tipo de incidente durante a operação.

Figura 5. Relação do Fator A/H² (Pinto, 2007)

Esta condição levou à necessidade de se privilegiar o uso de materiais mal graduados e técnicas de construção que garantissem menores deformações e minimizassem os efeitos de arqueamentos decorrentes da morfologia do vale.

A Figura 6 apresenta a seção típica da barragem com o zoneamento dos materiais, e a Figura 7 a tabela dos materiais empregados e as respectivas espessuras adotadas para as camadas de compactação.

(6)

Figura 6. Seção Típica da Barragem

ZONA DESCRIÇÃO φ MÁX. (cm) FINOS % ESPESSURA DE

CAMADA (cm) 1A SILTE - MATERIAL COLMATANTE 0,10 - 25 (SOLTA)

1B RANDOM 20,00 SEM FINOS 40 (SOLTA)

2A AREIA 1,91 (3/4") < 5% 40,00

2B TRANSIÇÃO ÚNICA 10,00 < 8% 40,00

3A ENROCAMENTO DE ROCHA SÃ 35,00 < 10% 40,00

3B' CASCALHO NATUAL DO LEITO DO RIO 50,00 < 8% 60,00

3B ENROCAMENTO DE ROCHA SÃ 50,00 < 8% 60,00

3C ENROCAMENTO DE ROCHA SÃ 70,00 < 5% 80,00

3C' ENROCAMENTO DE ROCHA SÃ 35,00 < 5% 40,00

3Ca ENROCAMENTO COM FINOS 70,00 < 10% 80,00

3D ENROCAMENTO DE ROCHA SÃ 70,00 < 8% 80,00

3E ENROCAMENTO FINO 30,00 < 10% 60,00

4

BLOCOS DE ROCHA SÃ ARRUMADOS NA FACE DE JUSANTE DA BARRAGEM COM A MAIOR FACE NA HORIZONTAL

120,00 - - F FILTRO 20,00 < 5% 40,00 T MATERIAL DE ROCHA MEDIANAMENTE OU POUCO ALTERADA OU FRATURADA 35,00 < 15% 40,00

Figura 7. Tabela de Materiais e Espessura das Camadas de Compactação

Os materiais pétreos que estão sendo empregados no aterro da barragem são os provenientes das escavações obrigatórias, pedreiras, e secundariamente de cascalhos retirados da calha do rio, que pelo reduzido volume disponível estão sendo utilizados nas regiões mais críticas da barragem.

Os materiais da barragem foram zoneados de maneira a criar uma zona gradual de rigidez, sendo na ombreira direita, região com encosta muito íngreme, privilegiada a colocação sob o plinto de um material de módulo de deformabilidade mais elevado que os dos materiais adjacentes, denominado como cascalho 3B’, conforme indicado na Figura 8.

3B

3C

BLOCO DE CONCRETO 3E 3Ca

3D T 4 1B 2A 3A 2B F

(7)

Figura 8. Materiais de Transição

Além dos materiais convencionais, foi empregado um material denominado como “T”, constituído por rocha muito fraturada, com algum percentual de finos na zona “morta” da barragem, afastado suficientemente do paramento de jusante para que não influenciasse a condição de estabilidade da barragem.

Este material é composto por curva granulométrica ampla, elevado CNU (≥40), indícios necessários para gerar um aterro compacto e com reduzido índice de vazios. Os dados parciais de instrumentação durante o período construtivo estão confirmando se tratar de um material de elevado módulo de deformabilidade como exposto adiante.

As medidas construtivas adotadas em Chaglla e empregadas nas barragens altas mais recentes, visando garantir o comportamento adequado da barragem e alcançar módulos de deformabilidade esperados, são as seguintes:

 Uso de espessura reduzida de lançamento de camadas,

 Emprego de rolos pesados (entre 18 t e 21 t – superior a 5 tf/m).

 Uso molhagem intensa durante o processo de espalhamento e compactação na praça de trabalho, com volume entre 150 a 200l/m³.

Até o momento, cerca de 70% do aterro da barragem foi construído, e tem-se obtidos reduzidos índices de vazios em todos os materiais, com valores em torno de 0,20 para os materiais 3B e 3C, 0,30 para o material 3D e inferiores a 0,20 para os materiais de cascalho 3B’ e para o material T.

Os resultados da instrumentação das caixas suecas apresentam valores de módulo de deformabilidade superiores aos médios esperados, em torno de 100 MPa, chegando a 120 MPa para o material 3C, 145 MPa para o material 3B e superior a 250 MPa para o material T. PLINTO 2B 2A CASCALHO MATERIAL 3B’

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4. ESTUDO DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO REALIZADOS

Para simular o comportamento da barragem considerando o efeito do vale, foram realizados estudos de tensão e deformação tridimensional utilizando o MEF (Método de Elementos Finitos), empregando-se o software MIDAS GTS.

Foi utilizado modelo elástico-linear, em 5 etapas de carregamento do aterro baseadas na sequencia construtiva da barragem e por último a etapa de carregamento do reservatório.

As análises indicaram dois resultados principais, o estado de tensão na face e os efeitos de arqueamento do aterro, os quais possibilitaram promover ajustes importantes de projeto, relacionados ao zoneamento e uso de materiais de construção, assim como para definir as zonas de tração e compressão previstas para ocorrerem na laje.

A Figura 9 mostra a tendência de comportamento observada na região das lajes da barragem, indicando as prováveis zonas com tendência de compressão e de tração, as quais permitiram definir como dividir a face de concreto em lajes com 15m de largura para a zona de compressão e lajes com 7,5m de largura para as zonas de tração, configurando um sistema reticulado para absorver as tensões e deformações que serão impostas pelo reservatório.

Na margem direita é possível observar tensões mais elevadas decorrentes da elevada inclinação dessa encosta (acentuadas pela cor vermelha), justificando o emprego de material mais rígido nesta região (material 3B’), já apresentado na Figura 8.

Figura 9. Tensões na Face da Barragem

Apesar da forte inclinação da encosta, o efeito de arqueamento do aterro no sentido transversal (ombreira-ombreira) não é tão expressivo devido a geometria trapezoidal do

CRISTA DA BARRAGEM ZONA DE TRAÇÃO (MARGEM DIREITA) ZONA DE TRAÇÃO (MARGEM ESQUERDA) ZONA DE COMPRESSÃO

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Já a forma de “silhueta” existente na fundação da barragem quando se caminha no sentido montante-jusante, mostra uma maior influencia resultando num efeito de arqueamento no sentido do fluxo, como pode ser observado nas Figuras 10 e 11, em que ocorre concentração de tensões na região do filtro e na porção de jusante do aterro.

Em razão da barragem estar situada em zona de elevada sismicidade, o efeito mencionado no sentido montante-jusante poderá ser benéfica à estrutura, gerando uma condição de travamento natural, o que deve minimizar os possíveis efeitos deletérios causados por um terremoto.

Figura 10. Seção Transversal – Tensões Verticais

Figura 11. Planta El. ~1040 – Tensões Verticais

5. VEDAJUNTAS ADOTADOS

O sistema de veda-juntas desenvolvido para a Barragem de Chaglla levou em consideração o uso de elementos múltiplos, combinando materiais já empregados nas barragens mais recentes de grandes alturas, como Shuibuya, Nam Ngum 2, Paute Mazar e Bakun, com ajustes e soluções inéditas. Tais recomendações foram expressas pelos autores Pinto e Materón [6], [9].

As soluções dos tipos de veda-juntas foram definidas considerando-se a previsão de

FLUXO

EL. ~1040,00

FLUXO

(10)

São apresentadas na sequência as soluções dividas por local e tipo de aplicação.

5.1 JUNTA PERIMETRAL

O veda-junta perimetral é constituído por um elemento de cobre na parte inferior da laje, uma placa de material compressível, EPDM, entre a laje e o plinto, além de um sistema externo de proteção desenvolvido especialmente para Chaglla. Detalhes deste veda-junta podem ser vistos na Figura 12.

Na margem direita, em razão da conjunção de altura da barragem / formato do vale e da forte inclinação do talude da margem direita, as estimativas de aberturas de juntas nas zonas tracionadas resultaram em aberturas da ordem de 25 cm, portanto, os veda-juntas foram concebidos para absorver tal nível de deformação.

O veda-junta na parte superior da interface laje / plinto combina um elemento corrugado de EPDM, sustentado por uma trama de tecido, a aramida, cujo material é o mesmo utilizado para a confecção de coletes à prova de bala. Este veda-junta, mostrado na Figura 13, é denominado como Ômega e foi desenvolvido pela empresa Jeene. Em testes realizados em laboratório o veda-junta suportou a abertura prevista com cargas que atingiram cerca de 1,5 vezes a carga do reservatório (300 mca ante 200mca), o que somente é possível pela incorporação da aramida ao sistema.

Além dos dois veda-juntas mencionados, a junta perimetral conta com mais um elemento de proteção externa constituído por material elástico, denominado JE-210, confinado por uma manta de EPDM.

Figura 12. Junta Perimetral

LAJE DE CONCRETO PLINTO PLACA EPDM COBRE VEDA-JUNTA CORRUGADO ÔMEGA + MANTA ARAMIDA JE-210 MANTA EPDM

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Figura 13. Detalhe Veda-junta Corrugado Ômega

5.2 JUNTA DE TRAÇÃO

O vedajunta previsto entre lajes nas zonas de tração da face são similares aos que estão sendo instalados na junta perimetral e descrito no item 5.1. A única diferença é a substituição do elemento superior do vedajunta, constituído por material elástico – GB confinado por manta de EPM-GB na junta perimetral, por um material colmatante constituído por “fly-ash” confinado por um elemento metálico em forma de meia-cana, conforme mostrado no detalhe da Figura 14. Este tipo de veda-junta é largamente utilizado nas barragens altas construídas no México como La Yesca (208 m de altura) e El Cajón (189 m de altura).

Figura 14. Junta de Tração

5.3 JUNTA DE COMPRESSÃO

Nas juntas de compressão o sistema foi concebido com base na determinação de uma previsão de compressão entre lajes adjacentes, onde se concluiu que a abertura da junta deve ser de 4,2 cm, de modo a permitir o deslocamento da laje em região de

VEDAJUNTA CORRUGADO ÔMEGA (EPDM) MANTA TECIDO ARAMIDA CILINDRO DE NYLON VEDA-JUNTA CORRUGADO ÔMEGA + MANTA ARAMIDA FLY-ASH PROTEÇÃO METÁLICA

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Entre as lajes está sendo instalado um vedajunta constituído por EPDM, concebido para absorver a maior parte das tensões de compressão sem que sejam transmitidos às bordas das lajes de concreto adjacentes.

Este elemento foi fabricado para suportar tensões de compressão de até 17 MPa, com deformação de 50%, para evitar transmitir essas tensões para as bordas das lajes de concreto adjacentes.

No sentido de aumentar a segurança entre lajes nas zonas comprimidas, nas bordas das lajes está sendo instalada uma armadura de reforço (anti-spalling) para combater os eventuais esforços de compressão e evitar o esmagamento da laje.

Um detalhe dos veda-juntas previsto nas zonas de compressão é apresentado na Figura 15.

Figura 15. Junta de Compressão

Adicionalmente, no trecho onde a laje estará submetida aos maiores esforços transmitidos pelo reservatório, e às condições mais severas de deformação, está sendo lançada uma camada de material colmatante até a El. 1100, sobre toda a face de montante.

6. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à Intertechne Consultores S.A. por disponibilizar os dados utilizados neste trabalho, à EGH (Empresa de Generación Huallaga S.A.) e OPIC (Odebrecht Perú Ingeniería y Construcción S.A.C.) pela autorização do uso dos dados referente a sua obra.

7. PALAVRAS-CHAVE

Barragem de Enrocamento com Face de Concreto, tensão e deformação, veda-juntas.

FLY-ASH

PROTEÇÃO METÁLICA

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] CRUZ P. T., et al. (2009) Concrete Face Rockfill Dams, Oficina de Textos, São Paulo.

[2] JINSHENG J., et al. (2009) Modern Rockfill Dams, China Institute of Water Resources and Hidropower Research, China.

[3] CONCRETE FACE ROCKFILL DAMS: Concepts for design and construction, Commission Internationale des Grands Barragens, Paris, 2010.

[4] STRAUBAAR R., et al. (2009) Design Considerations of a High Rockfill Dam Nam Ngum 2 CFRD, Lao PDR, The 1st International Symposium on Rockfill Dams, China.

[5] JUTAO H., et al, (2010) Adaptability of Slab Joint Waterstops to Very High CFRDs, Hydropower & Dams, Issue One.

[6] PINTO, N.L.S. (2009) The Design and Construction of Extra High CFRDs, Hydropower & Dams, Issue Three, 2009.

[7] MARTÍN L. S., et al. (2011) Vertical Plinth Desing in Ancoa Dam, The Second International Symposium on Rockfill Dams, Rio de Janeiro.

[8] PINTO, N.L.S. (2007) Very high CFRD dams – Behavior and design features. In: III Symposium on CFRD-Dams Honoring J. Barry Cooke.

[9] MATERÓN, B., et al. (2011) Considerations on the Seismic Design of High Concrete Face Rockfill Dams (CFRDs), Icold.

Referências

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