Os capixabas presenciaram o pior acidente da histó-ria do Espírito Santo no setor de petróleo e gás e o
mais grave do país nos últimos 14 anos. Na manhã do dia 11, uma explosão na casa de bombas do na-vio-plataforma Cidade de São Mateus, da norueguesa
BW Offshore, matou nove trabalhadores e deixou 26 feridos. A direção do Sindpetro e a Fup se mobilizaram em a apoio as famílias e tiveram participação ativa na comissão de investigação do acidente.
A diretoria do Sindipetro-ES participou de uma entrevista para o jornal A Gazeta em que expôs com propriedade suas perspectivas diante do processo da Operação Lava Jato. Os diretores analisaram que os desvios e crimes ocorridos são frutos das indicações políticas aos cargos de gerência e defenderam a Petrobrás como patrimônio dos brasileiros.
JANEIRO
Separando o joio do trigo
FEVEREIRO
Maior tragédia no setor de petróleo e gás
A cada ano que recomeça, temos a vontade de olhar para trás e rever tudo que fizemos e construímos. Junto com essa vontade de renovação, vem o sentimento que estamos tornando nossa luta cada vez mais forte. O ano de 2015
não foi um ano fácil para a categoria petroleira, muitas batalhas foram travadas e o Sindipetro-ES esteve a frente de todas elas, com o apoio da categoria, resistimos e combatemos as ameaças e ataques aos nossos direitos. Vivemos uma
greve histórica, com uma paralisação de 23 dias. O sindicato também marcou presença em diversas atividades com os trabalhadores de norte a sul do Estado. Manifestações. Paralisações. Atos. Espaços de formação. Seminários. Congressos.
Negociações. Foi um ano de intensas realizações e de bastante aprendizado.
O Sindipetro-Es juntamente com outras entidades sindicais ocuparam as ruas de Vitória para protes-tar contra o Projeto de Lei 4330/2004 que estende a terceirização para as atividades - fins das empre-sas e precariza ainda mais as relações e condições de trabalho.
Desde a tragédia do navio-plataforma, o sindicato esteve firme cobrando medidas urgentes de mais se-gurança para os trabalhadores. A entidade protocolou
documento, exigindo a fiscalização da ANP na P-58 e destacou 48 pendências. Após a fiscalização, a P-58 teve suas atividades interrompidas comprovando
a falta de segurança da plataforma.
MARCO
P-58 tem atividades suspensas
ABRIL
A grande batalha contra terceirização
O 24° Congresso Estadual dos Petroleiros aconteceu no Hotel Senac Ilha do Boi, em Vitória. O evento con-tou com importantes debates sobre a conjuntura políti-ca e econômipolíti-ca do país e a importância da Petrobrás.
Durante o encontro, foram eleitos os delegados que representaram os petroleiros capixabas na V PlenaFUP.
MAIO
24 Congresso Estadual
Os petroleiros intensificaram as mobilizações contra o PLS 131 de autoria do então senador José Serra, que retirou a obrigatoriedade da Petrobrás na exploração do pré-sal dando brechas para o desmonte da estatal e sua entrega para as multinacionais. Com a catego-ria organizada, o PLS saiu da pauta do Senado e foi encaminhado para uma Comissão Especial.
JUNHO
Petroleiros unidos
Trabalhadores e trabalhadoras da área de petróleo e gás de todo o Brasil participaram da V PlenaFUP, em Guararema, São Paulo. Com o tema “Defender a Pe-trobrás é defender o Brasil”, a atividade resultou em um indicativo de greve geral. O evento ainda contou com a presença do ex-presidente Lula e a negociação histórica do ACT.
No dia 26, dois trabalhadores terceirizados morreram carbonizados após explosão em uma caldeira da BR Distribuidora, no Porto de Tubarão, em Vitória. O Sindi-petro-ES acompanhou o caso e mobilizou a categoria e a sociedade para as demandas urgentes de maior
seguran-ça para os trabalhadores da área de petróleo e gás.
Diante da intransigência da direção da Petrobrás em negociar a pauta do Acordo Coletivo, os petroleiros de todo país deflagraram greve geral em defesa da Petrobrás pública e de seus empregos. Foram várias reuniões com a estatal e não foi possível avançar no atendimento às reivindicações.
JULHO
V PlenaFUP em São Paulo
AGOSTO
Terceiro acidente fatal do ano envolvendo
trabalhadores terceirizados
Na mesa de negociação, a empresa desconsiderou as propostas construídas na V PlenaFUP e os petroleiros decidiram em assembleias manter a pauta de reivin-dicações e o estado de greve.
SETEMBRO
Acordo Coletivo
OUTUBRO
Foi uma greve históriaca em defesa do País e das conquistas da categoria petroleira, obtidas após anos de muita luta. A adesão foi massiva e a greve durou 23 dias no Espírito Santo. A Petrobrás cedeu e abriu diálogo para discutir a nossa Pauta pelo Brasil. Também garantimos nosso Acordo Coletivo e o reajuste de 9,53% nos salários.
Depois de um ano difícil e de tantas lutas, os petroleiros e petroleiras capixabas se reuni-ram para confraternizar. A festa de fim de ano selou a união e o fortalecimento da categoria.
DEZEMBRO
Festa de fim de ano
NOVEMBRO
Greve histórica: a maior paralisação
dos últimos anos
Mais de mil trabalhadores do TIMS começaram o ano com seus empregos ameaçados. O sindicato mobilizou a categoria para uma paralisação de 24h em protesto ao desrespeito da empresa. Em reunião para discutir a situação, Paulo Hartung teve a ousadia de dizer que a privatização dos campos terrestres é uma boa solução.
Um ano após a maior tragédia no setor de petróleo e gás no estado e o mais grave no país nos últimos 14 anos, o Sindipetro-ES mobilizou um ato no aeroporto para relembrar as 9 vítimas fatais da explosão da plataforma FPSO Cidade de São Mateus e também
para cobrar punição dos responsáveis.
JANEIRO
Novo ano, velhas lutas
FEVEREIRO
Um ano da maior tragédia no setor
de petróleo e gás
O ano de 2016 foi de muitos dissabores, não só para os petroleiros, mas para todos os trabalhadores brasileiros. O país sofreu um grande golpe político. A democracia foi posta em cheque. Diante de um cenário caótico, uma luz de esperança. Os trabalhadores de diversas categorias se uniram. A luta virou luta de
trabalhador e de estudante. E os petroleiros estiveram juntos, acompanhando e somando o movimento de luta. Estivemos nas ruas, nos atos em defesa do pré-sal, nas manifestações da greve geral, acompanhamos e nos solidarizamos com as
ocupações secundaristas. O ano de 2016, apesar das adversidades, foi um ano em que o Sindicato se aproximou dos movimentos sociais.
Porque a nossa luta não é só pela categoria petroleira, a nossa luta é pelos trabalhadores brasileiros.
Os petroleiros e petroleiras capixabas somaram-se ao movimento de luta do Dia Nacional de Mobilização que reuniu em Brasília centenas de trabalhadores de diversas categorias para o grande ato em defesa das estatais brasileiras e do pré-sal como patrimônio do povo.
A diretoria do Sindipetro-ES começou o ano com o I Seminário sobre Assédio Moral e Saúde do Trabalha-dor. A atividade aconteceu no auditório do Hotel Ilha do Boi, em Vitória, contou tanto com a participação dos petroleiros e petroleiras, como também com os trabalhadores de outras categorias.
Diretores do Sindipetro-ES estiveram reunidos com o então Secretário da Casa Civil do governo do Espírito Santo, Paulo Roberto Ferreira, para agendar audiência com o governador Paulo Hartung (PMDB) para discutir a venda dos campos terrestres no Estado.
ABRIL
I Seminário sobre Assédio Moral
e Saúde do Trabalhador
Preparamos uma edição especial do jornal Boca deFerro para o Dia Internacional da Mulher em 8 de Março, com textos de resgate sobre a luta por direitos nas últimas décadas, os desafios e obstáculos que elas enfrentam no mercado de trabalho.
Mulheres de Luta
MAIO
Diretoria do Sindipetro-ES se reúne com
representante do governo do estado
MARÇO
Petroleiros vão a Brasília para o
Dia Nacional de Mobilização
Os petroleiros capixabas participaram da sexta edição da PlenaFUP que aconteceu no Instituto Federal Fluminense, em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro. Com o tema “Manter acesa a chama da resistência”, a categoria deba-teu sobre o golpe midiático e político que o Brasil sofreu,
JULHO
Sexta edição da PlenaFUP
Junho foi um mês agitado para a categoria que alémde ter se organizado para mais um Congresso Esta-dual, ainda se articulou para a paralisação nacional do dia 10. O protesto da categoria foi contra a política de desmonte da empresa, entregue pelo governo ilegítimo de Michel Temer a Pedro Parente.
JUNHO
Um mês de luta
A comunicação do Sindipetro lançou nas redes sociais e na rua a campanha “Defender a Petrobrás é Defender o Brasil”. No facebook foi publicada uma série com 10 quadrinhos contando a história da luta dos petroleiros. Além de estar nas redes sociais, a campanha também ganhou as ruas de Vitória, de São Mateus e Linhares em busdoor e outdoors.
Defesa dos campos terrestres
O sindicato participou de uma audiência na
Assembleia Legislativa do Espírito Santo para cobrar do governador uma agenda sobre a venda dos campos terrestres. A sessão contou ainda com a presença do ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli. Um abaixo-assinado foi entregue solicitando ao Estado a permanência dos campos de petróleo de São Mateus nas mãos da estatal.
Reunidos no Seminário da Transpetro que ocorreu na Bahia, a categoria discutiu sobre a relevância da subsidiária para a sobrevivência da Petrobrás. As principais pautas foram a resistência dos
trabalhado-res contra a venda da emptrabalhado-resa e a importância da unidade entre os trabalhadores de terra e mar.
Esquenta da Greve Geral
Setembro foi marcado ainda por mais movimentações populares nas ruas, e os petroleiros estiveram presentes. No mês, aconteceu o esquenta rumo ao movimento de greve geral. Diversas categorias estiveram unidas nas
ruas lutando pelos direitos dos trabalhadores e as ameaças de retrocessos do governo golpista.
AGOSTO
Defender a Transpetro é
defender o Brasil
SETEMBRO
Petrobrás oferece reajuste zero
para os trabalhadores
A Petrobrás se reuniu com os representantes sindicais e teve a ousadia de oferecer um reajuste zero para os trabalhadores. Não bastasse isso, a empresa propôs 4,97% de reajuste na RMNR, redução de hora extra, retirada do auxílio-almoço substituindo por tíquete-refeição.Os petroleiros capixabas mantiveram-se resistentes e disseram não à proposta desonesta da Petrobrás.
Operação Para Pedro
O mês foi marcado também por mais uma operação Para Pedro. A ação tem o objetivo de alertar e
cons-cientizar os trabalhadores e trabalhadoras sobre os procedimentos e itens de segurança previstos pelas Normas Regulamentadoras e ANP e que muitas vezes são negligenciados pelos gestores.
Ocupações secundaristas
Em outubro, os capixabas viram nascer a primavera se-cundarista. A primeira escola a ser ocupada foi o Ifes de
São Mateus, seguida pelo Ifes de Cachoeiro de Itape-mirim. Com os dois institutos ocupados, logo as escolas estaduais na Grande Vitória também foram ocupadas. O Sindipetro-ES esteve acompanhando de perto o movi-mento e, além apoiar a ocupação legítima dos estudan-tes, também fez doações de alimentos e equipamentos.
A diretoria do Sindipetro esteve reunida com o novo gerente geral da UO-ES, Ricardo Pereira Morais. Os diretores fizeram um relato sobre como são as rela-ções das gerências capixabas com os trabalhadores e expôs a falta de diálogo dos gestores com a categoria e a insegurança nas plataformas. O novo gerente se comprometeu com a pauta.
OUTUBRO
PL
4567
é aprovado, mais um golpe
contra o trabalhador
Os capixabas estiveram mobilizados contra o PL 4567, projeto que entrega a exploração do pré-sal para o capital estrangeiro determinando o fim da participação mínima de 30% da Petrobrás. Mesmo diante das manifestações contrárias, o projeto de lei foi aprovado com 292 votos a favor e 101 contrários.
Novembro
Diretores se reúnem com novo gerente
geral da UO-ES
O Sindipetro-ES mobilizou a categoria petroleira para somar na luta. Dois grandes atos foram realizados no estado: um na capital e um em São Mateus. A classe trabalhadora e a juventude foram para as ruas
contra os retrocessos e a retirada de direitos como a PEC 55 (241), contra o PL 4567, contra a reforma
FUP promove mais um ato contra a venda
dos campos terrestres
Petroleiros realizaram um ato em frente ao Edise, no Rio de Janeiro, contra o PL 4.567 e a conduta privativista do atual presidente da Petrobrás, Pedro Parente.
Festa de fim de ano
Encerrando o movimentado ano de 2016, a categoria petroleira mereceu um descanso. E para isso, o Sindipetro-ES preparou uma festa bem alegre para os trabalhadores e seus familiares. A festa de confraternização aconteceu na Serra, em Linhares e em São Mateus.
DEZEMBRO
Negociações do ACT
As negociações entre os petroleiros e a Petrobrás con-tinuaram. No ano anterior, um documento foi assinado pelo então presidente da estatal, Aldemir Bendine, em que ele se comprometeu em implementar o que havia sido negociado. Porém, sob o governo golpista, a nova diretoria simplesmente resolveu modificar o documento desrespeitando os trabalhadores e mostrando mais uma vez a falta de honestidade nas negociações.
Ato contra assédio moral
E os petroleiros fecharam o ano com mais um ato de protesto contra o assédio moral e a insegurança nos ambientes de trabalho. A direção do Sindipetro-ES e os companheiros da P-57 e P-58 atrasaram o embarque no Aeroporto de Vitória para chamar a atenção dos gestores e da sociedade para os graves problemas da categoria.
Expediente
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