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RODRIGO PICON SONHO DESPEDAÇADO

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Academic year: 2021

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SONHO

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RODRIGO PICON

SONHO

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4 @ 2013 by RODRIGO PICON SONHO DESPEDAÇADO PICON, Rodrigo, 1991- 1ª Edição Junho de 2013 Capa L. S. Bertolino 1. Drama 2. Tragédia

É proibida a reprodução desta obra, em parte ou totalmente, por meio eletrônico, mecânico, fotocópia ou de outra forma, sem

autorização expressa do autor, conforme Lei 9610/98.

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O que você faria se descobrisse a chance de viver novamente

com alguém que já faleceu?

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"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

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“O rapaz estava deitado na cama, fitando a aliança que adquirira. Estava escrito em seu interior ‘Unidos com amor’. Dante bolara uma frase – ‘Unidos com amor. Para sempre’; simples e singela - e a dividiu em duas partes, escrevendo-as separadamente nas alianças; assim, a frase só seria completa se as duas alianças estivessem juntas. E agora uma delas se encontrava sete palmos abaixo da terra.”

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Nota do autor

Sonho Despedaçado conta uma belíssima história de amor, onde um rapaz se apaixona perdidamente por uma garota e vive suas primeiras experiências no campo da paixão. Mas, Sonho Despedaçado também é uma história de tragédia, onde o mesmo rapaz se vê jogado em um poço de tristeza e angústia ao ver perder sua namorada de forma cruel, por um erro – talvez não um erro, mas sim uma vingança, seria o melhor a dizer. E, agora, no interior desse pesadelo desesperador, o pobre garoto se verá no limiar entre a sanidade e a obsessão.

Sonho Despedaçado é uma belíssima obra, escrita pela primeira vez em 2008, para ser um conto, mas foi reescrito em 2012, transformando-se em livro. A obra possui – e muito – o meu apreço. Espero que gostem de ler o meu livro na mesma intensidade que eu gostei de escrevê-lo.

Uma boa leitura a todos

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- Onde estou? – perguntou o rapaz, tão logo abriu seus olhos. Percebeu se encontrar deitado no chão frio de uma rua aparentemente vazia. Era noite e tudo se encontrava mergulhado na escuridão de uma noite de lua cheia. Levantou-se. Não se importou com o fato de ter acordado deitado no chão de uma rua deserta.

O rapaz postou-se a caminhar pela rua. Procurava por indícios que o faziam descobrir qual era aquele local. Repentinamente, escuta um barulho vindo à sua direita. Parecia uma porta batendo furiosamente. O jovem virou o foco do olhar para o dito lugar. Escutou passos furiosos vindos em sua direção, mergulhados na escuridão que reinava naquela noite. Titubeou; temeu ser um assaltante, ou outro alguém hostil. Naquele instante, em sua mente, veio um flash de consciência, alertando-o para o fato de ele não se encontrar em uma cena apropriada: acordara em um lugar diferente de onde dormira; acordara no chão, no meio da rua; era noite, e a escuridão reinava no local.

Contudo, para sua surpresa, eis que surge, da escuridão profana, uma formidável mulher. Era morena, seu corpo era suntuoso, suas formas delicadas e belas. Tinha olhos azulados e cabelos enegrecidos. Era relativamente mais baixa que o rapaz.

A mulher não havia reparado na presença do jovem; ou não se importou. Continuou sua corrida, que, pelo semblante da jovem, parecia ser uma fuga. Ao chegar ao lado do jovem, tropeçou. O rapaz tentou segurá-la, mas não

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logrou êxito, indo ao chão com a garota em seus braços. No chão, com a garota sobre o rapaz, os dois se entreolham. O mundo parou naquele instante, à espreita do desenrolar daquele acontecimento.

Enquanto se entreolhavam, os jovens chegavam suas respectivas cabeças uma em direção à outra. Foram se aproximando; a distância, a cada segundo, foi-se diminuindo, diminuindo, diminuindo, até o momento em que a respiração de um era sentido no rosto do outro.

O rapaz congelou-se, enfeitiçado pelo azul daquele belo olhar. A garota continuou a chegar sua cabeça em direção à do garoto. Estavam com as cabeças tão próximas, que os narizes já se encontravam. Só faltavam os lábios...

Repentinamente, para surpresa do rapaz, ele acorda, na sua cama. Estava vestindo um pijama azul claro.

- De novo esse sonho? – perguntou, com a mão sobre a parte esquerda do rosto

O rapaz se espreguiçou; em seguida, descobriu-se por completo e levantou-se da cama. Começou, em seguida, a se preparar para mais um dia.

Aquele rapaz era Dante de Oliveira, 19 anos, estudante de Física na universidade da cidade onde morava. Dante era praticamente um gênio, não perdia nenhuma aula e sempre conseguia tirar as melhores notas de sua turma. Não gostava de ser classificado como nerd ou CDF, apenas dizia “fazer o seu trabalho”. Era discriminado em geral pelos companheiros de faculdade por, além de levar seu curso a sério, não ir às festas universitárias e não levar uma vida de

bon vivant, beijando e transando com qualquer garota e, de

preferência, com o maior número delas em um curto intervalo de tempo. Só namorara uma vez quando era mais novo, e não se preocupava muito com esse fato. Além desse problema, Dante sofria com o fato de ter vários alunos em sua sala que faziam o curso só para se considerarem universitários.

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Aquele dia, como os demais, transcorreu normalmente. Era dia de prova, e Dante passou metade do dia estudando para aquele teste. Considerava a matéria, Cálculo Diferencial e Integral II, fácil. Por volta das 18 horas, arrumou-se e partiu em direção à sua faculdade.

Morava cerca de meia hora a pé da faculdade. Como queria chegar cedo, acabou por pegar um ônibus, chegando cerca de dez minutos depois. Adentrou no enorme prédio da universidade, em direção à sua sala. As carteiras de sua sala já se encontravam parcialmente ocupadas, e o local estava cheio de estudantes afoitos, praticamente engolindo seus livros, no velho e conhecido estudo de última hora.

Dante caminhou até sua carteira, a oitava da última fileira à direita, encostada com a parede. Colocou sua mochila no local e partiu em direção à saída da sala. Entretanto, seu caminhar foi interrompido pela voz de Márcio, um aluno encrenqueiro, marrento e brigão, de seus vinte e poucos anos, com nariz grande e fino e o rosto magro, esquálido.

- Dante! – disse Márcio. Em dias de prova, Márcio sentava-se na carteira logo atrás de Dante

Dante não gostava de Márcio. Virou o corpo em direção ao rapaz e fitou-o com cara de desprezo e mau humor.

- O que é, Márcio? – perguntou, ríspido

- Acalme-se, Dante. Não precisa ser rude assim comigo! – disse Márcio, com ar de zombaria, enquanto levantava-se da cadeira

Dante não deu atenção à zombaria do rapaz. Cruzou os braços e perguntou-lhe, do mesmo modo:

- O que quer, Márcio?

- Sabe o que quero. Cola para a prova de hoje! - Por que não estuda, ao invés de querer ficar dependendo dos outros?

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