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BOLETIM DO LEITE

BOLETIM DO LEITE

Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP www.cepea.esalq.usp.br

QUALIDADE DO LEITE

INSUMOS

Quais são as diferenças da rotina de ordenha entre propriedades com baixa e alta contagem bacteriana?

Pág. 4

A colheita de soja encerrou em maio, confirmando as expectativas de produção recorde para a safra 2006/07. Pág. 6

FIQUE ATENTO

A cidade de Sidrolândia (MS) está prestes a receber a primeira indústria de leite em pó do estado. Pág. 8

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2006

Em abril, o volume de leite captado pelas empresas diminuiu 4,14% em relação a março, segundo o Índice de Captação de Leite (ICAP-L) do Cepea. Comparado a abril de 2006, a redução é menor, de 0,8%, mesmo assim um alerta sobre a falta de lei-te – tão comentada pelo mercado e, de fato, confirmada pelos números.

Observando a série de volume captado do Cepea, constata-se que poucas vezes o vo-lume de um mês foi menor que o do mesmo período do ano anterior. A última

ocor-rência deste tipo havia sido em agosto de 2006, quando a produção foi 2,99% menor que a de agosto de 2005.

A queda na captação esteve relacionada à baixa qualidade da forragem oferecida aos animais – qualidade dos pastos – e, principal-mente à perda do poder de compra do produ-tor de leite, sobretudo em relação ao milho. Comparando-se abril deste ano ao mes-mo período de 2006, a relação leite/milho piorou 18% para o pecuarista do estado de São Paulo, sendo necessários 5 litros de leite a mais para a compra de uma saca do insumo. Já para o farelo de soja, ocorreu o contrário: houve uma melhora de 5,7% do poder de compra do produtor de leite. Em 2006, eram necessários 848 litros de leite para a compra de uma tonelada do insumo; neste ano, apenas 800 litros.

A melhora ao produtor de leite frente ao farelo, contudo, não compensa a piora em relação ao milho, uma vez que um concen-trado para vacas leiteiras necessita de uma quantidade maior de energia (milho) do que de proteína (farelo). Caso fosse formu-lado um concentrado apenas com milho e farelo de soja na proporção de 60/40 – co-mumente usada como referencial –, o re-sultado seria um aumento no custo deste concentrado de 8,4%.

O volume captado pelos laticínios em abril – referente à produção de sete estados – é 16%

menor que o e dezembro de 2006. Quanto ao preço pago aos produtores – também média ponderada de sete estados –, o valor recebido em maio, referente à produção en-tregue em abril, foi 17,2% maior que o rece-bido em janeiro, referente ao volume entre-gue em dezembro. Em abril do ano passado, o volume captado era 11% menor que o de dezembro anterior, e os preços ao produtor tinham subido 18% (janeiro/06 a maio/06). De março para abril, a maior queda de vo-lume captado ocorreu novamente no Rio Grande do Sul, com um recuo de quase 12%. O segundo estado onde a produção mais diminuiu é Goiás, com redução de 7,16%; na seqüência, vem Minas Gerais, com queda de 3,51%. Em São Paulo, a cap-tação seguiu estável, com leve aumento de 0,12%. O único estado a registrar aumento no volume comprado pelas indústrias em abril foi o Paraná, de 2,25%.

As sucessivas quedas nos volumes capta-dos pelas empresas continuam impulsio-nando os valores recebidos pelos produ-tores de leite dos sete estados incluídos na pesquisa do Cepea. No pagamento de maio, referente à produção de abril, o valor médio dos sete estados foi de R$ 0,5851/litro (bruto), alta de 7,9% em re-lação ao mês anterior, o que correspon-de a pouco mais correspon-de 4 centavos por litro. O maior aumento, de 11,27%, ocorreu no

m

ercado

de

leite

a

o

P

rodutor

m

aio

/07

1 Valor Bruto: Inclusos frete e INSS 2 Valor Líquido: Livre de frete e INSS

REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO

PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Noroeste Metropolitana Porto Alegre Média Estadual - RS 0,6887 0,3840 0,5922 0,4768 0,5184 0,3442 0,4672 0,4543 0,6457 0,3918 0,5631 0,4775 Mesorregiões do

Rio Grande do Sul - RS REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO

PREÇO BRUTO1 PREÇO LÍQUIDO MÉDIO2 Centro Oriental Paranaense Oeste Paranaense Norte Central Paranaense Média Estadual - PR 0,6284 0,5287 0,6013 0,5649 0,5462 0,4432 0,4851 0,4580 0,6208 0,4111 0,5627 0,5286 0,5890 0,4831 0,5472 0,5182 Mesorregiões do Paraná - PR REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO

PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 São José do Rio Preto Macro Metropolitana Paulista Vale do Paraíba Paulista Média Estadual - SP 0,6705 0,4723 0,6415 0,6157 0,6112 0,5210 0,5705 0,5269 0,6344 0,5342 0,6124 0,6016 0,6543 0,5239 0,6176 0,5902 Mesorregiões de São Paulo - SP REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO

PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Centro Goiano Sul Goiano Média Estadual - GO 0,6783 0,5513 0,6159 0,5798 0,6582 0,5295 0,5989 0,5608 0,6661 0,5380 0,6055 0,5682 Mesorregiões de Goiás - GO REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO

PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO

MÉDIO2

Centro Sul Baiano

Sul Baiano Média Estadual - BA 0,4625 0,4017 0,4456 0,3975 0,5000 0,4094 0,4828 0,4629 0,4786 0,4083 0,4590 0,4294 Mesorregiões da Bahia - BA REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO

PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Oeste Catarinese Vale do Itajaí Média Estadual - SC 0,5501 0,4390 0,4988 0,4781 0,5300 0,4100 0,4600 0,4500 0,5433 0,4317 0,4896 0,4703 Mesorregiões de Santa Catarina - SC REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO

PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Triângulo Mineiro/ Alto Paranaíba Sul/Sudoeste de Minas Vale do Rio Doce Média Estadual - MG 0,6440 0,5494 0,6037 0,5624 0,6408 0,5021 0,6052 0,5664 0,7027 0,5800 0,6315 0,5884 0,6409 0,5380 0,5981 0,5590 Mesorregiões de Minas Gerais - MG

Preços pagos ao produtor em

maio/07 referentes ao

leite entregue em abril/07

R$/litro tipo C

(3)

3

Rio Grande do Sul, onde o preço médio passou de R$ 0,5060/litro – bruto, sem o desconto de impostos nem de frete – para R$ 0,5631/litro. Mesmo no Paraná, onde o volume captado em abril foi maior que o de março, o preço aumentou 9,5%.

Pesquisas do Cepea mostram que os preços de derivados lácteos, no atacado paulista, também continuaram subindo. O leite em pó, comercializado em sacos de 25kg (in-dustrial) foi o que apresentou maior au-mento, de quase 20% em abril sobre março, com o quilo chegando à média de R$ 8,26. Na sequência, esteve o leite em pó sachê 400g, com alta de 13,6%, elevando o quilo para R$ 9,39. Para esses dois produtos, os valores de abril são os maiores, em termos nominais, desde o início do levantamento - em junho de 2004.

O leite em pó exportado também teve aumentos significativos. De acordo com dados do Ministério Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o pre-ço médio do leite em pó exportado pelo Brasil atingiu US$ 2.750/t em abril. No mesmo mês de 2006, o preço médio foi de US$ 2.120/t e em abr/05, de US$ 1.500/t. Em relação a março deste ano, a média de abril foi 4,15% superior, em dólar. Outro aumento expressivo no atacado do estado de SP foi o do leite UHT, em mais de 12%, com média de R$ 1,38/litro, contra o R$ 1,23 apurado em março. Em termos nominais, este também é o maior valor já registrado pelo Cepea para o UHT. Em abril, o derivado que teve o menor aumen-to, segundo as pesquisas do Cepea, foi o leite pasteurizado, de 4,2%, que passou de R$ 0,97/litro para R$ 1,00. 103,67 108,10 128,13 121,46 111,87 107,23 80 90 100 110 120 130 140 ICAP-L/CEPEA-Esalq/USP IBGE - PTL ju n/ 04 ju l/0 4 ag o/ 04 se t/0 4 ou t/0 4 no v/ 04 de z/ 04 ja n/ 05 fe v/ 05 m ar /0 5 ab r/0 5 m ai /0 5 ju n/ 05 ju l/0 5 ag o/ 05 se t/0 5 ou t/0 5 no v/ 05 de z/ 05 ja n/ 06 fe v/ 06 m ar /0 6 ab r/0 6 m ai /0 6 ju n/ 06 ju l/0 6 ag o/ 06 se t/0 6 ou t/0 6 no v/ 06 de z/ 06 ja n/ 07 fe v/ 07 m ar /0 7 ab r/0 7

ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite (Junho de 2004 = 100) - ABRIL/07

Por Gustavo Beduschi Pesquisador Leite Cepea - Esalq/USP E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

Fonte: CEPEA - Esalq/USP

0,42 0,44 0,46 0,48 0,50 0,52 0,54 0,56 0,58 0,60 0,62 0,64 0,66

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

R $/ lit ro 2006 2005 Média Histórica 2001 a 2006 2007 2004 Série de preços médios pagos ao produtor

deflacionada pelo IPCA

Fonte: CEPEA - Esalq/USP

Equipe Leite:

Gustavo Beduschi - Pesquisador do projeto Leite; Viviane P. Paulenas, Lucas Detoni Rizzollo e Pedro Henrique L. Sarmento.

Equipe Macroeconômica:

Humberto Francisco Silva Spolador, Fabiana C. Fontana e Simone F. Silva - Pesquisadores do projeto Macroeconomia.

Equipe Grãos:

Mauro Osaki e Lucilio Alves - Pesquisadores do projeto Grãos; Luciano van den Broek, Ana Amélia Zinsly, Flavia Gutierrez, Renata Maggian e Matheus Rizato.

Editores Científicos:

Geraldo Sant´Ana de Camargo Barros e Sergio De Zen

Editor Executivo:

Eng. Ag. Gustavo Beduschi

Jornalista Responsável:

Ana Paula da Silva - MTb: 27368

Diagramação Eletrônica/Arte: Tel: (19) 3435-7503

Revisão:

Alessandra Rodrigues da Paz e Paola Garcia Ribeiro

Tiragem: 8.000 Contato: C.P 132 - 13400-970 Piracicaba, SP Tel: (19) 3429-8816, (19) 3429-8859 leitecepea@esalq.usp.br http://www.cepea.esalq.usp.br

O Boletim do Leite pertence ao Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - USP/Esalq.

A reprodução de conteúdos publicados por este imformativo é permitida desde que citados os nomes dos autores, a fonte Boletim do Leite/Cepea e a devida data de publicação.

ExpEdiEntE

(4)

4

A boa execução de uma ordenha depende de práticas essenciais que abrangem des-de a preparação até a colocação do equi-pamento de ordenha. A produção de leite com qualidade depende da preparação dos tetos, que auxilia na liberação de ocitocina e realização de ordenha completa, além de diminuir a contagem bacteriana no leite. A ocorrência da mastite pode aumentar com o mau funcionamento do equipa-mento de ordenha e, sua limpeza inade-quada pode levar ao aumento da CBT (Contagem Bacteriana Total) do tanque, causando a perda de qualidade e até, o descarte do leite. Dessa forma, a CBT pode ser encarada como uma medida da eficiência da limpeza e sanitização da propriedade, da manipulação adequada e do armazenamento a temperaturas apro-priadas. Diante da importância da rotina de ordenha, a Clínica do Leite da ESALQ/ USP desenvolveu um projeto para verifi-car as práticas realizadas na ordenha de propriedades com alto e baixo nível de CBT e as principais diferenças entre elas. Ao todo, 74 propriedades foram visitadas, sendo 38 com alta CBT (média de 330.113 ufc/ml) e 36 com baixa CBT (média de 49.126 ufc/ml). As médias de contagem de células somáticas foram de 908.473 céls/ ml (± 463.992 céls/ml) e 605.728 céls/ml (± 282.885 céls/ml) para as propriedades com alta e baixa CBT, respectivamente. Foram avaliados todos os aspectos relevantes da rotina de ordenha, desde a preparação dos tetos até a limpeza do equipamento. O preparo da ordenha foi observado

ava-liando-se o pré-dipping, pós-dipping e secagem dos tetos. Das propriedades com alta CBT, 62% utilizavam produtos

regis-trados para pré-dipping e, entre as com baixa CBT, o nível de utilização chegava a 87% (P = 0,0283). Para o pós-dipping, a maioria das propriedades, de ambos os grupos, utilizava produtos destinados para este fim. O papel toalha era utilizado por 34% e 78% das propriedades de alta e baixa CBT, respectivamente (P < 0,0001). As propriedades com baixa CBT realiza-vam a maneira mais adequada de secagem dos tetos, totalizando 62%, enquanto que apenas 21% das propriedades de alta CBT a realizavam dessa forma (P = 0,0044). Além disso, a completa remoção da sujeira dos tetos era feita em 89% das proprieda-des de baixa CBT e em 60% das proprie-dades com alta CBT (P = 0,0052). Na tabela 1, estão listadas as práticas reco-mendadas de preparo dos tetos para orde-nha e as porcentagens de adoção pelas pro-priedades dos dois grupos. Pode-se perceber

que as propriedades com baixa CBT reali-zavam em maior proporção essas práticas. A ordenha do animal demorou em média cinco minutos em 42% e 47% das proprie-dades de alta e baixa CBT, respectivamen-te, o que indica que muitas vezes ocorreu a sobreordenha. Isso pode ser comprovado através da avaliação da retirada do equipa-mento de ordenha ao cessar o fluxo de leite; apenas 29% das propriedades de alta CBT realizavam a retirada no momento adequa-do, assim como 47% das de baixa CBT. A limpeza do equipamento de ordenha foi outro aspecto verificado. A limpeza cor-reta do equipamento de ordenha é um dos fatores determinantes da CBT e isso pode influenciar a diferença entre os grupos. Outro ponto muito importante em relação à limpeza é o fato de o funcionário entrar no tanque para realizar a lavagem. Em 50% das propriedades de alta CBT isso ocorria, enquanto nas propriedades de baixa CBT apenas 28% o faziam.

Diante dos resultados apresentados, po-de-se concluir que a rotina de ordenha e a limpeza do equipamento são práticas que estão influenciando o diferente resultado entre os grupos. A maioria das práticas está sendo realizada pelas propriedades com baixa CBT, mas existem algumas essenciais que são pouco adotadas por ambos os grupos. Dessa forma, há a possi-bilidade de melhorar a qualidade bacterio-lógica do leite tanto para as propriedades com alta quanto com baixa CBT, através da adoção e correta execução de todas as práticas recomendadas.

Prática utilização% de significância)P (nível de

Teste da caneca 0,0006

Limpeza no início 0,0971

Pré - dipping 0,0182

Secagem dos tetos < 0,0001

Pós - dipping Alta CBT Baixa CBT 44,74 83,33 36,84 19,44 65,79 88,89 50,00 94,44 44,74 77,78 0,0036

Tabela 1. Porcentagem de adoção de práticas de ordenha recomendadas.

q

ualidade

do

l

eite

P

ráticas

e

diferenças

da

rotina

de

ordenha

em

ProPriedades

com

alta

e

baixa

cbt

Talita Gil Regis do Amaral Laerte Dagher Cassoli Paulo Fernando Machado Clínica do Leite ESALQ/USP

(5)

5

O preço médio dos produtos exportados pelo Brasil, segundo o Índice de Preços de Exportação de Lácteos (IPE-L), do Cepea, teve novo aumento em abril, de 1,3%, com o preço médio do quilo de lácteo exportado passando de US$ 2,24 em março para US$ 2,27. Em reais, contudo, houve queda de 1,2%, tendo em vista que o dólar desvalori-zou 2,6% frente ao Real no mesmo período. No mercado internacional, a receita ob-tida com as exportações brasileiras de produtos lácteos no acumulado dos qua-tro primeiros meses deste ano foi de US$ 51,47, um pouco menor que a do mesmo período do ano passado, de US$ 51,53 mi-lhões. Já o montante gasto com compras externas aumentou 10,8%, comparando o primeiro quadrimestre de 2007 ao de 2006, passando de US$ 47,04 milhões para US$ 52,12 milhões.

As vendas de leite em pó representam, no acumulado deste ano, metade da receita obtida com as exportações. O produto segue com preço elevado no mercado internacional. Até novembro do ano pas-sado, o valor médio do leite em pó vendi-do pelo Brasil girava em torno vendi-dos US$ 2.000/tonelada. A partir de dezembro, o valor foi aumentando seguidamente, che-gando a US$ 2.750/t em abril deste ano. No mercado europeu, o preço estava em torno de US$ 2.200/t até a primeira quin-zena de setembro de 2006. A partir de então, começou a ter fortes aumentos. O leite em pó integral atingiu US$ 4.633/t e o desnatado, US$ 4.733/t em abril deste ano, segundo USDA.

Diferentemente de março, em abril, to-dos os derivato-dos pesquisato-dos no

mer-cado atacadista do estado de São Paulo valorizaram. O maior aumento foi do lei-te em pó, tanto no sachê de 400g quanto na embalagem de 25kg (industrial), ten-do em vista a valorização contínua deste produto no mercado internacional. Para o sachê, a alta foi de 13,6% e para o in-dustrial, de 19,9%, chegando aos valores

de R$ 9,39/kg e R$ 8,26/kg, respectiva-mente em abril.

Até mesmo a manteiga, que vinha sendo o único produto a recuar, teve aumento de 7,03% de março para abril. Com isso, a cotação média de abril, de R$ 8,98/kg, retoma o patamar de outubro do ano pas-sado (R$ 8,94/kg, termos nominais).

d

eriVados

&

e

xPortação

Fonte: Cepea/Esalq-USP

R$/L Var% R$/L Var% R$/kg Var% R$/kg Var% R$/kg Var% R$/kg Var%

GO MG PR RS SP

PREÇOS MÉDIOS DOS DERIVADOS EM ABRIL E AS VARIAÇÕES EM RELAÇÃO A MARÇO

Leite

Pasteurizado Leite UHT Queijo Prato integral Leite em Pó - (sachê 400 g) Manteiga (200 g)

Queijo Mussarela Unidade Estado 1,03 7,22% 1,46 10,6% 7,91 12,9% 10,36 10,1% 8,29 5,7% 7,16 10,2% 0,94 0,22% 1,36 10,8% 8,60 7,2% 10,01 4,9% 8,33 5,0% 7,75 4,5% 0,95 8,97% 1,19 15,7% 8,25 3,2% 8,12 7,4% 7,12 2,8% 7,03 2,3% 0,93 8,86% 1,39 14,1% 9,74 15,8% 9,62 -2,2% 8,06 2,5% 9,20 11,5% 1,00 4,19% 1,38 11,9% 8,67 8,9% 9,37 16,2% 8,96 6,1% 7,71 7,8%

Por Gustavo Beduschi Pesquisador Leite Cepea - Esalq/USP E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

Fonte: Cepea/Esalq-USP

Índice de Preços de Exportação de Lácteos (IPE-L/Cepea)

4,61 2,27 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 38 0 38 0 38 0 38 1 38 1 38 1 38 2 38 2 38 2 38 2 38 3 38 3 38 3 38 4 38 4 38 4 38 5 38 5 38 5 38 5 38 6 38 6 38 6 38 7 38 7 38 7 38 8 38 8 38 8 38 8 38 9 38 9 38 9 39 0 39 0 39 0 39 1 39 1 39 1 US $/ kg R$ /k g IPE-Lácteo R$/kg IPE-Lácteo US$/kg Abril 2006

Preços do leite em pó e da manteiga no mercado atacadista do estado de São Paulo

Fonte: Cepea/Esalq-USP

Fonte: Cepea/SimLeite

Errata: Na edição anterior, o título correto da tabela de derivados seria: “preços médios dos derivados em março e variações em relação a fevereiro”.

5,75 6,00 6,25 6,50 6,75 7,00 7,25 7,50 7,75 8,00 8,25 8,50 8,75 9,00 9,25 9,50 9,75 m ai /0 6 ju n/ 06 ju l/0 6 ag o/ 06 se t/0 6 ou t/0 6 no v/ 06 de z/ 06 ja n/ 07 fe v/ 07 m ar /0 7 ab r/0 7 R $/ kg

Leite em Pó (sachê 400 g) Manteiga (200 g)

P

reços

dos

deriVados

continuam

altos

no

b

rasil

e

no

exterior

DERIvADOS nO MERCADO InTERnO

(6)

6

55 6

MILHO

FRIO CHEGA MAIS CEDO E PREçOS vOLTAM A SuBIR

Durante o mês de maio, os preços do mi-lho tiveram dois movimentos distintos nas principais regiões produtoras do Brasil. Na primeira quinzena, devido principalmente à valorização do Real frente ao dólar, os preços caíram ligeiramente no mercado in-terno. O Real valorizou 5,4% no mês, rom-pendo, pela primeira vez desde fevereiro de 2001, a barreira de R$ 2,00/US$. No dia 31, um dólar valia R$ 1,926.

A partir da segunda quinzena, mesmo com a contínua valorização do Real até o final de maio, os preços do milho subiram. Essa alta

deveu-se às especulações quanto à ocor-rência de geada, principalmente no Paraná. O frio começou mais cedo neste ano mas, até o final de maio, somente uma pequena parte da região oeste do Paraná havia sido atingida por geada, com impacto míni-mo sobre a produção de milho safrinha. O risco, contudo, não está afastado, pois as geadas podem alcançar outras regiões importantes. Vale lembrar ainda que, no início de junho, somente 29% das lavouras do Paraná, segundo o Deral, estavam está em fase de maturação. É apenas nessa fase

final que o milho não sofre perdas com ge-adas de médias a severas. Dois terços das plantações, portanto, ainda estavam sus-cetíveis.

A possibilidade de alguma perda no Para-ná, em princípio, significa menor exceden-te exportável, estimado pela Conab em 7,5 milhões de toneladas neste ano.

Segundo dados da Conab de maio, o esta-do esta-do Mato Grosso plantou 1,175 milhão de hectares de milho safrinha, o que equivale a 83% da área plantada no Paraná, estima-da pelo Deral em 1.420,4 mil hectares.

Por Mauro Osaki e Luciano van den Broek

Equipe Grãos Cepea - Esalq/USP

E-mail: graoscepea@esalq.usp.br

e Viviane P. Paulenas,

Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

m

ercados

de

m

ilho

e

s

oja

m

aio

/07

De maio de 2005 a maio de 2007, o pro-dutor de leite precisou em média de 1.636 litros de leite para adquirir uma tonelada de uréia, no mercado paulista. Já em maio deste ano, a relação esteve em 1.610 litros de leite, quase 2% abaixo da média. Em relação a abril deste ano, o poder de compra do produtor de leite também au-mentou, 11,3%, devido à queda de 4,5% nos preços da uréia e à alta de 7,74 % no preço do leite ao produtor em SP.

A pior relação foi verificada em dezembro de 2005, quando foram necessários 2.068 litros para a compra da mesma quantida-de do insumo, 26% a mais que a média (jan/05 a mai/07). Já a relação de troca mais favorável ocorreu em junho de 2005, no período da entressafra do leite. Essa é uma boa dica para o produtor, que encon-tra na entressafra a melhor época para a compra dos insumos necessários para a alimentação do rebanho.

QuAnTOS LITROS DE LEITE SãO nECESSáRIOS PARA ADQuIRIR uMA TOnELADA DE uRéIA?

Quantos litros de leite são

necessários para adquirir uma tonelada de uréia?

Fonte: CEPEA - Esalq/USP URÉIA 0 500 1000 1500 2000 2500 ma i0 5 jun 05 jul 05 ag o0 5 se t0 5 ou t0 5 no v0 5 de z0 5 jan 06 fe v0 6 ma r0 6 ab r0 6 ma i0 6 jun 06 jul 06 ag o0 6 se t0 6 ou t0 6 no v0 6 de z0 6 jan 07 fe v0 7 ma r0 7 ab r0 7 ma i0 7

(7)

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A colheita da soja encerrou no Brasil em maio, confirmando as maiores produção e produtividade esperadas para esta safra 2006/07. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimati-va para este ano foi de 57,55 milhões de toneladas na atual, aumento de 7,7% em relação à safra passada (53,41 milhões de toneladas). Paralelamente, agentes estão de olho nas projeções para a safra 2007/08 do Hemisfério Norte. No relatório de maio, divulgada pelo USDA, a produção americana foi projetada em torno de 74,72

milhões de toneladas, redução de 13,9% sobre a safra anterior, devido principal-mente à diminuição na área plantada, di-vulgada no final de março.

A valorização do Real frente ao dólar em maio, de 3%, refletiu no preço do farelo de soja negociado em Campinas (SP), que teve média R$ 436,41/tonelada, recuo de 5% em relação ao mês anterior. Para o se-tor lácteo, a queda de preço do farelo fa-vorece a composição da ração, principal-mente com a aproximação do inverno. Produtores brasileiros de soja estão

co-mercializando a safra com uma moeda mais valorizada que a do período de plan-tio pelo quarto ano consecutivo. Essa de-fasagem cambial limita a rentabilidade anual da propriedade, ascendendo um sinal de alerta para as contas a pagar. As altas do preço do fertilizante no mercado internacional estão sendo parcialmen-te amorparcialmen-tecidas pela valorização do Real frente ao dólar, mas o resultado continua sendo aumento no custo operacional (de-sembolso do produtor) e na demanda por crédito.

Fonte:

CEPEA - Esalq/USP

Nos últimos cinco anos, o custo da dieta à base de cana picada colhida mecanica-mente acrescida de concentrado teve au-mentos sucessivos. Para a produção dessa dieta para vacas de 15 litros/dia, o produ-tor gastou R$ 75,27 por tonelada, em mé-dia, no período de maio de 2002 a maio de 2007. Esse valor médio é 19,4% menor que o registrado em maio deste ano, que foi de R$ 89,85/t. Apenas para comparação, em maio de 2002, o produtor com vacas de 15 litros/dia gastava R$ 47,43 para a pro-dução de uma tonelada da dieta à base de cana colhida mecanicamente.

Já a dieta para vacas de 30 litros/dia cus-tou, na média do mesmo período, R$ 42,65/t, valor também 19,4% maior que o despendido pelo produtor do estado de São Paulo em maio deste ano, de R$ 50,91. Para permitir igual comparação, em maio de 2002, o custo era de ape-nas R$ 26,87/t (valor não

deflaciona-do). A diferença, portanto, é de 89,5%. Nota-se que o aumento dos custos com alimentação foi mais acentuado entre maio de 2002 e abril de 2003, causado principalmente pelo encarecimento dos fertilizantes e pela valorização dos grãos

utilizados na formulação da dieta. Já a úl-tima tendência de aumento, verificada de setembro de 2006 a abril de 2007, se deve à alta do preço do diesel e das máquinas/ implementos, mas ocorreu uma leve redu-ção nos fertilizantes, defensivos e grãos.

DIETA à BASE DE CAnA COLHIDA MECAnICAMEnTE MAIS COnCEnTRADO

Dieta à base de cana colhida

mecanicamente mais concentrado

mai - set - jan - mai - set - jan - mai - set - jan - mai - set - jan - mai - set - jan - mai

R

$/

t

15L/dia 30 L/dia

BRASIL FInALIzA COLHEITA DE SAFRA RECORDE

SOJA e FARELO de soja

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IMPRESSO

Uso dos Correios

C.P

ostal 132 - 13400-970 Piracicaba,

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Cientistas neozelandeses conseguiram criar vacas que produzem leite com menos gordura saturada que o normal e com grande quantidade de gorduras poliinsaturadas, como o ômega-3, benéficas à saúde. Essas vacas, que sofreram uma mutação genética particular, vêm de uma fêmea descoberta pelos especialistas entre milhões de animais estudados na Nova Zelândia. Os cien-tistas da ViaLactia e a empresa de biotecnologia neozelandesa responsável pela descoberta batiza-ram a vaca de Marge. Segundo o diretor do labora-tório, Russell Snell, Marge tem o aspecto de uma vaca holandesa normal, mas difere em aspectos cruciais. O animal “produz um nível normal de proteínas em seu leite, mas muito menos gordura, (..) e o leite se caracteriza por níveis elevados de ômega-3”. (Jornal The Sunday Times/Londres)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve aprovar, até o final deste ano, o regulamento técnico que pode, entre muitas outras exigências, proibir, das 21h às 6h, a veicu-lação no rádio e na TV de propaganda de alimen-tos com quantidades elevadas de açúcar, gordu-ras saturada e trans, sódio e bebidas com baixo teor nutricional. O prazo de consulta pública já foi encerrado. Falta a diretoria colegiada da An-visa analisar quais são as sugestões que poderão ser incorporadas à nova regulamentação. (valor Econômico)

O cadastramento de produtores mineiros de queijo artesanal junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) ainda não avançou, segundo o gerente de certificação do órgão, Marco Antônio Vale. Apesar da sanção da Lei Estadual 14.185/02, que obriga o registro como fator obrigatório para a comercialização do produto, apenas 10% de um total de 30 mil produtores se cadastraram. A nor-matização é o principal aliado do projeto “Queijo Minas Artesanal”, realizado pelo IMA em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). O objetivo é estimular a produção do queijo no es-tado de acordo com critérios específicos. (Diário do Comércio/MG)

A Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Ceará (OCB/CE), em parceria com o Departamento Nacional do Cooperativis-mo e AssociativisCooperativis-mo Rural (Denacoop), realizará estudo da competitividade da cadeia produtiva do leite no estado do Ceará. Segundo o presidente da OCB/CE, Nicédio Nogueira, o estudo resultará em um banco de informações sobre o setor lei-teiro cearense, suas vantagens comparativas e as principais deficiências e limitações para o desen-volvimento da atividade em bases sustentáveis,

com perspectivas para 2020. Nogueira informa que fará parte do estudo o levantamento da situ-ação das cooperativas agropecuárias do estado, pois, segundo ele, para que haja um crescimento sólido da cadeia do leite, o cooperativismo será de fundamental importância - assim como já ocor-re em estados do Sul do País, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul. Os recursos para a realização do estudo vêm do Denacoop/Mapa e da OCB/CE. No total, serão investidos mais de R$ 220.000,00 até dezembro de 2007. (OCB/CE)

A cidade de Sidrolândia está prestes a receber a primeira indústria de leite em pó do estado. Com incentivos fiscais já garantidos e deferimen-to favorável jundeferimen-to ao Conselho Estadual de Inves-timentos Financiáveis pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (Ceif/FCO), a Lactis Agroindústria Ltda. deve lançar a pedra fundamental da indústria no em julho e a previ-são é que a fábrica entre em operação em janeiro de 2008. Com investimentos de R$ 10,7 milhões, a indústria terá capacidade instalada de 3 mil to-neladas/ano de leite em pó (80% da produção será destinada ao mercado externo) e deverá gerar 70 empregos diretos somente no processo industrial. (Campo Grande news/MS)

A falta de chuva e as baixas temperaturas re-gistradas na segunda quinzena de maio pre-judicaram os campos nativos do estado do Rio Grande do Sul. Nas pastagens de verão, a princi-pal conseqüência foi a perda de qualidade, fazen-do com que produtores usassem complementos alimentares para o gado como silagem, farelo de soja e de milho. O engenheiro agrônomo da Ema-ter, Ari Uriatt, comentou que, apesar de o proces-so ser normal devido à troca de estações, o frio começou mais cedo neste ano, justamente quan-do as pastagens de inverno ainda não estavam no ponto. (Correio do Povo/RS)

O desenho do novo plano do governo para apoiar a próxima safra brasileira, que come-ça oficialmente em julho, prevê redução de juros, sobretudo para os médios produtores, além de uma ligeira elevação no volume de crédito dis-ponível e o aumento dos limites de crédito com juros controlados por cultura. O Plano de Safra 2007/08, que será anunciado até o fim deste mês de junho, deve contar com recursos entre R$ 53 bilhões e R$ 55 bilhões - no atual ano-safra, o governo anunciou R$ 50 bilhões, ou 13% acima da temporada 2005/06. Mas como a redução dos juros elevará a fatia bancada pelo Tesouro Na-cional na qualização das taxas, a equipe econô-mica busca meios para minimizar os impactos. (valor Econômico)

FIQuE

ATEnTO

Lucas Detoni Rizzollo Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

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