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BOLETIM DO LEITE Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 13 - Nº151 - Fevereiro de 2007

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BOLETIM DO LEITE

Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP

Ano 13 - Nº151 - Fevereiro de 2007

Bom Sinal

para o produtor

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP www.cepea.esalq.usp.br

Derivados &

exportação

Em dezembro aumentaram as vendas externas, mas o saldo de 2006 foi negati-vo. No mercado interno, a mussarela fecha o ano com a menor cotação.

Pág. 5

Insumos

Os preços do milho recuam neste início de colheita, mas o farelo de soja valoriza, mesmo com a desvalorização do dólar. Pág.6

Remuneração por

qualidade favorece toda a cadeia. Dados de algumas indústrias evidenciam melhora principalmente quanto a CBT. Pág. 4

Qualidade

do leite

indústrias consultadas

pelo Cepea indicam

melhores perspectivas para

produtores em fevereiro

(2)

As expectativas de preços do leite são favoráveis aos produtores em fevereiro. Segundo pesquisa do Cepea/Esalq/USP, realizada no correr de janeiro, 58% dos profissionais de laticínios (comprado-res) consultados disseram acreditar em

estabilidade dos preços a serem pagos ao produtor em fevereiro, pelo leite entre-gue em janeiro. Já 21% destacaram fun-damentos que elevariam as cotações; de forma contrária, os outros 21% previram queda dos preços.

No correr de dezembro, quando questio-nados sobre a tendência para os valores que seriam pagos em janeiro, 61% dos agentes sinalizavam queda, o que real-mente ocorreu. A média nacional – inclui sete estados –, ponderada por volume captado, recuou 1,43% em relação ao re-cebido em dezembro, representando R$ 0,007/litro a menos para o produtor.

Na-quela oportunidade 36% dos informan-tes achavam que os preços poderiam se manter e somente 3% que os preços po-deriam aumentar. Veja as médias regio-nais na tabela abaixo.

Outro aspecto que pode ser considerado positivo, ou menos ruim, para os produto-res é que o preço médio de janeiro, defla-cionado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), é 16,25% superior ao de janeiro de 2006 e 4,92% superior ao à média histórica deste primeiro mês. Essa melhora de preços está relacionada

ao menor volume de leite. O Índice de Captação de Leite (ICAP-L/Cepea) mos-tra que, em 2006, as empresas captaram 1,87% a mais que em 2005. Esse aumento é bem menor que o aumento da produ-ção visto nos anos anteriores. Segundo o IBGE, de 2000 a 2005, o crescimento mé-dio da produção brasileira foi de 4,86% ao ano. Veja o Gráfico 1.

É muito importante observar que esse aumento se refere basicamente à expan-são da oferta no Rio Grande do Sul, onde o crescimento chegou a 15,22% frente a 2005. Se este estado for retirado da

M

ercado

de

leite

a

o

P

rodutor

J

aneiro

/06

2

REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Noroeste Nordeste Metropolitana Porto Alegre Média Estadual - RS 0,5364 0,3320 0,4777 0,4067 0,5200 0,4000 0,4700 0,4400 0,5150 0,3411 0,4596 0,4389 0,5247 0,3503 0,4683 0,4117 Mesorregiões do

Rio Grande do Sul - RS

1 Valor Bruto; Inclusos frete e INSS 2 Valor Líquido; Livre de frete e INSS

REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Centro Oriental Paranaense Oeste Paranaense Norte Central Paranaense Média Estadual - PR 0,5644 0,3857 0,5134 0,4735 0,4934 0,3757 0,4278 0,4058 0,5144 0,3619 0,4603 0,4041 0,5186 0,3882 0,4695 0,4296 Mesorregiões do Paraná - PR REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 São José do Rio Preto Macro Metropolitana Paulista Vale do Paraíba Paulista Média Estadual - SP 0,5518 0,3961 0,5075 0,4603 0,5872 0,5037 0,5504 0,5008 0,5480 0,4598 0,5067 0,3595 0,5571 0,4435 0,5112 0,4518 Mesorregiões de São Paulo - SP REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Triângulo Mineiro/ Alto Paranaíba Sul/Sudoeste de Minas Vale do Rio Doce Média Estadual - MG 0,5349 0,4526 0,4882 0,3806 0,5927 0,4427 0,5315 0,5005 0,5381 0,4725 0,4944 0,4491 0,5491 0,4563 0,5036 0,4478 Mesorregiões de Minas Gerais - MG REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Centro Goiano Sul Goiano Média Estadual - GO 0,5320 0,4326 0,4852 0,4535 0,5260 0,4200 0,4756 0,4330 0,5283 0,4249 0,4793 0,4410 Mesorregiões de Goiás - GO REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2

Centro Sul Baiano Sul Baiano Média Estadual - BA 0,4526 0,3838 0,4206 0,3396 0,4537 0,3698 0,4528 0,3747 0,4683 0,3894 0,4488 0,3573 Mesorregiões da Bahia - BA REGIÃO

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO PREÇO BRUTO1 PREÇO

LÍQUIDO MÉDIO2 Oeste Catarinese Vale do Itajaí Média Estadual - SC 0,4766 0,3688 0,4393 0,3820 0,5250 0,4050 0,4650 0,4100 0,4896 0,3802 0,4457 0,3919 Mesorregiões de Santa Catarina - SC

a

gentes

consultados

Pelo

c

ePea

indicaM

boas

PersPectivas

Para

Produtores

eM

fevereiro

Preços pagos

ao produtor

em

janeiro/07

referentes ao

leite entregue em dezembro/06

R$/litro tipo C

O preço médio de janeiro,

deflacionado pelo IPCA,

é 16,25% superior ao

de janeiro de 2006 e

4,92% superior ao à

média histórica

deste primeiro mês.

(3)

amostra, o volume captado em 2006 se torna 0,72% menor que o de 2005. Entre os estados, a maior queda é registrada em Goiás, onde o volume de leite recebido pelas processadoras diminuiu 2,88%. O motivo para esse desestímulo generaliza-do à produção foi o preço relativamente baixo desde o segundo semestre de 2005. De novembro para dezembro, especifica-mente, mesmo com os preços inalterados e não estimulantes aos produtores, hou-ve um crescimento no volume de leite captado. Certo que tímido, o crescimen-to de 1% na produção do período, pode ser fruto das chuvas que, no ano agrícola 2006/2007, iniciaram no período conside-rado normal e estão em níveis satisfató-rios, ou até exagerado em algumas regiões. Lembremos que a produção brasileira de leite tem como base alimentar o pasto, cujo crescimento, nesta época do ano, é mais vigoroso em função das chuvas, das tem-peraturas elevadas e maior fotoperíodo. Esta maior oferta de forragem traduz-se em maior quantidade de leite produzido. Contudo, a chuva pode também reduzir os valores recebidos pelos fornecedores das empresas que pagam por qualidade. Na época das chuvas há uma tendência de aumento na contagem bacteriana de-vido à maior formação de barro, em con-dição falha de higiene.

Este aspecto, que está ligado diretamen-te à higiene na ordenha dos animais, diretamen-tem relevância no valor recebido pelos pro-dutores. Para as empresas que pagam por qualidade, este item pode representar cerca de 25% do valor da qualidade.

JANEIRO

Levantamentos do Cepea mostram que as cotações do leite ao produtor recuaram em quase todos os estados pesquisados, a ex-ceção ficou por conta do Rio Grande do Sul, onde os preços seguiram praticamente es-táveis, havendo aumento médio de 0,22%. As quedas mais expressivas foram obser-vadas em Santa Catarina, Goiás e Paraná, com quedas de 2,62%, 2,57% e 2,51%, res-pectivamente.

Na Bahia, o volume captado teve queda significativa de 10,84%, acompanhado por redução nos preços, de 1,86%. Já em Minas Gerais, maior estado produtor de leite no País, os preços caíram 0,52% na média, ao passo que a produção aumentou 0,32%.

É importante observar que a redução dos preços em Minas não foi sentida por todos os produtores. Levantamentos regionaliza-dos do Cepea mostram que tanto os do Sul/ Sudeste quanto do Vale do Rio Doce

tive-ram aumentos: de 0,1% e 1,95%, respectiva-mente. Já os valores pagos aos produtores do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba di-minuíram 3,34% de dezembro para janeiro, puxando a média estadual para baixo.

3

Por Gustavo Beduschi e Raquel Mortari Gimenes Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

Equipe Leite:

Raquel Mortari Gimenes e Gustavo Beduschi - Pesquisadores do projeto Leite;

Viviane P. Paulenas, Juliana Haddad Tognon, Jéssica Chaves Rivas e Marcelo Bahia Gama.

Equipe Macroeconômica:

Humberto Francisco Silva Spolador, Fabiana C. Fontana e Simone F. Silva - Pesquisadores do projeto Macroeconomia.

Equipe Grãos:

Mauro Osaki e Lucilio Alves - Pesquisadores do projeto Grãos; Luciano van den Broek, Ana Amélia Zinsly, Flavia Gutierrez, Gustavo Silva Oukawa, Vanessa Cristina Granello e Katia N. Sousa.

Editores Científicos:

Geraldo Sant´Ana de Camargo Barros Sergio De Zen

Editor Executivo:

Eng. Ag. Gustavo Beduschi

Jornalista Responsável:

Ana Paula da Silva - MTb: 27368

Diagramação Eletrônica/Arte: Lambari design - 19 3435-7503 Tiragem: 8.000 Contato: C.P 132 - 13400-970 Piracicaba, SP Tel: 19 3429-8831 19 3429-8859 leitecepea@esalq.usp.br http://www.cepea.esalq.usp.br

O Boletim do Leite pertence ao Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - USP/ Esalq. A reprodução de conteúdos publicados por este

imformativo é permitida desde que citados os nomes dos autores, a fonte Boletim do Leite/Cepea e a devida data de publicação.

ExpEdiEntE

Em janeiro, preços recuam

em quase todos

os estados; a exceção é o

Rio Grande do Sul.

Fonte: CEPEA - Esalq/USP

ICAP-L/CEPEA-Esalq/USP IBGE - PTL 128,13 123,21 118,33 124,38 80 90 100 110 120 130 140 ju n/ 04 ju l/0 4 ag o/ 04 se t/0 4 ou t/0 4 no v/ 04 de z/ 04 ja n/ 05 fe v/ 05 m ar /0 5 ab r/0 5 m ai /0 5 ju n/ 05 ju l/0 5 ag o/ 05 se t/0 5 ou t/0 5 no v/ 05 de z/ 05 ja n/ 06 fe v/ 06 m ar /0 6 ab r/0 6 m ai /0 6 ju n/ 06 ju l/0 6 ag o/ 06 se t/0 6 ou t/0 6 no v/ 06 de z/ 06 Patamar de dez de 2005

Gráfico 1: ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite

(Junho de 2004 = 100) – atualizado DEZEMBRO/06

(4)

4

t

rabalhando

Para

o

s

etor

a

qualidade

do

leite

eM

2007

Em 2006, publicamos no Boletim do Leite uma série de artigos relacionados à qualida-de do leite, abordando a importância do pa-gamento por esse critério e a situação atual de cada uma das formas de avaliação (com-posição, contagem de células somáticas, contagem bacteriana total, resíduos, etc). No final do ano foi realizado em Goiânia o II Congresso de Qualidade do Leite do Conselho Brasileiro de Qualidade de Lei-te (CBQL). DuranLei-te o evento, os labora-tórios que integram a Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite (RBQL), rede oficial de labo-ratórios do Mapa, foram convidados a apresentar a evolução da qualidade do

leite no primeiro ano pós-implantação da Instrução Normativa 51 nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Para a surpresa daqueles que esperavam uma melhora, o resultado trouxe inaltera-ção na qualidade do leite. Foi consenso que o avanço só ocorrerá se estiver relacionado a uma melhor remuneração.

Se fizermos uma retrospectiva vamos obser-var que nos últimos dois anos, um número significativo de indústrias iniciou o paga-mento pela qualidade. Como já discutimos em artigo anterior, isso tem grande impacto sobre o negócio, podendo representar um diferencial de preço de até R$ 0,10/litro. Essa possibilidade de maior remuneração causou impacto positivo em toda a cadeia. Ao analisar dados de algumas dessas

in-dústrias fica evidente a melhora da qualidade do leite, principalmente quanto a contagem bacteriana (CBT), e ainda num curto

in-tervalo de tempo.

Em 2007, essa forma de pa-gamento deve aumentar. Várias cooperativas e in-dústrias que comerciali-zam parte de seu leite para

indústrias que pagam por esse critério tem procura-do a Clínica procura-do Leite para auxiliá-los na elabo-ração de programas de pagamento.

Como a cooperativa passa a receber por qualidade, ela buscará melhorá-la por parte de seus produtores. Temos um efei-to em cascata.

Produtores começam a exigir mais dos seus técnicos, estabelecendo metas claras para redução da CCS e CBT. Fornecedo-res de serviços e produtos, por sua vez, são mais valorizados.

Vários projetos de melhoria da qualidade do leite foram criados por fornecedores de insumos veterinários e oferecidos aos produtores. Nesses programas, princi-palmente de redução da CCS, realiza-se a análise individual dos animais mensal-mente. Reflexo desses programas pode ser visto no aumento deste tipo de análi-se. No início de 2006, a Clínica realizava cerca de 15 mil análises individuais. Em dezembro, este número subiu para 34 mil vacas analisadas. As próprias indústrias estão incentivando esse tipo de monitora-mento individual que também proporcio-na a rastreabilidade por animal.

A Clínica do Leite aumentará os seus esfor-ços nesta área. Um dos projetos que será intensificado é a implantação do Sistema MDA de gestão de fazendas que ocorrerá em parceira com técnicos em diferentes regiões. As fazendas que implanta-rem o sistema poderão solicitar reconhecimen-to, através de auditorias, para receber um selo de quali-dade para o seu produto. A tendência é que cada vez mais indústrias remunerem por esse critério, em busca de melhor rendimen-to industrial e, conseqüente, elevado ní-vel de seus produtos, seja para o mercado interno ou externo.

Laerte D. Cassoli Paulo F. Machado Clínica do Leite ESALQ/USP

(5)

No último mês do ano passado, a receita com as exportações foi de US$ 10,12 mi-lhões, 26,5% maior que a de novembro. O resultado das importações também foi positivo. Os brasileiros compraram do exterior US$ 15,36 milhões em lácteos, o que significa uma redução de 9,15%. Esse bom desempenho do mês, porém, não foi suficiente para evitar o rombo na balança comercial de lácteos em 2006. No total do ano, as exportações somaram US$ 138,5 milhões, aumento de 6,46% em relação a 2005, mas as importações cresceram 27,64%, totalizando US$ 154,7 milhões. O resultado, portanto, foi um déficit de US$ 16,2 milhões que in-terrompeu a seqüência de crescimento do saldo da balança comercial de lácte-os, verificada nos dois anos anteriores - pela primeira vez na história do setor. O melhor desempenho de dezembro de 2006, especificamente, em relação ao mês anterior, pode ser explicado pela recuperação do preço médio internacio-nal de alguns lácteos. De acordo com o Índice de Preços de Exportação de Lác-teos L), calculado pelo Cepea (IPE-L), o preço médio dos itens exportados aumentou 10,61% em dólares e 10,2% em reais.

O leite condensado continuou sendo o produto com maior participação na re-ceita total. Sua participação, porém, caiu de quase 52% em novembro para 37,2% em dezembro.

Essa diferença se deu pelo crescimento das vendas de leite em pó, que é o segun-do em importância na pauta de exporta-ções lácteas. De 14,71% em novembro, a participação do leite em pó subiu para 33% no encerramento do ano.

MERCADO INTERNO

Com relação aos preços dos derivados lác-teos no estado de São Paulo, dezembro foi mês de desvalorização dos queijos, espe-cialmente da mussarela, que teve a menor média mensal do ano.

O quilo desse queijo no atacado paulista baixou de R$ 6,94/kg para R$ 6,14/kg,

que-da de 11,52%. Para o queijo prato, a redução foi de 6,97%, com a média passando de R$ 8,25/kg para R$ 7,68/kg.

Também em novembro, a mussarela tinha desvalorizado mais que o prato, fazendo com que seu preço passasse a representar cerca de 80% do prato em dezembro – nos meses anteriores, a relação era de 85% a 90%.

d

erivados

&

e

xPortação

i

ndústria

brasileira

volta

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Mais

do

que

vende

5

Fonte: Cepea/Esalq-USP

R$/L Var% R$/L Var% R$/kg Var% R$/kg Var% R$/kg Var% R$/kg Var% GO 0,92 4,29% 1,20 3,1% 6,76 -6,5% 8,72 -2,2% 7,63 4,3% 5,44 -14,9% MG 0,92 -2,74% 1,18 -0,8% 7,66 -4,4% 9,16 -1,6% 7,84 -2,5% 6,56 -10,0% PR 0,88 4,02% 1,09 -2,9% 7,59 -4,8% 7,13 -0,5% 8,51 0,4% 6,86 -5,6% RS 0,81 -1,05% 1,09 0,3% 7,23 0,1% 8,52 4,2% 7,94 -5,2% 7,44 1,5% SP 0,92 0,83% 1,11 -1,8% 7,58 -6,5% 7,39 -2,7% 8,81 2,0% 6,16 -11,0%

PREÇOS MÉDIOS DOS DERIVADOS PRATICADOS EM DEZEMBRO E AS VARIAÇÕES EM RELAÇÃO AO MÊS ANTERIOR

Leite

Pasteurizado Leite UHT Queijo Prato

Leite em Pó

-integral (sachê 400 g) Manteiga (200 g)

Queijo Mussarela Por Gustavo Beduschi e

Raquel Mortari Gimenes Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

Gráfico 1. Índice de preços exportados de leite e derivados (IPE-L/Cepea)

Fonte: Cepea/Esalq-USP

Índice de preços exportados de leite e derivados (IPE-L/Cepea)

US$/kg

R$/kg

IPE-Lácteo R$/kg IPE-Lácteo US$/kg

R$ 3,92 U$ 1,82 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50

jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06

Janeiro 2006

Valores das exportações e das importações de lácteos

Fonte: Cepea/Esalq-USP $-$50.000 $100.000 $150.000 $200.000 $250.000 $300.000 $350.000 $400.000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Exportação Importação

(6)

5 6

MILHO

CusTO DA DIETA - Estado de São Paulo

PREçOs RECuAM COM INÍCIO DA COLHEITA

Após subir ligeiramente até a terceira se-mana de janeiro, os preços do milho caíram nos últimos dias do mês. A pressão, que se intensificou no início de fevereiro, veio do início da colheita no Centro-Sul do Brasil. No balanço de janeiro, considerando a média das regiões acompanhadas diariamente pelo Cepea, os preços mantiveram-se estáveis no mercado de balcão (ao produtor) e também no de lotes (negociações entre empresas). Nos primeiros dias de fevereiro (até 07), po-rém, os preços médios na região de Campi-nas já tinham caído 7,5% - mercado de lotes.

A colheita se concentra no Sul e Sudeste do País, que devem responder neste ano por 75,2% da safra de verão. Nessas regiões, o vo-lume colhido de milho até final de fevereiro pode totalizar 5,4 milhões de toneladas. Em março, a colheita se intensifica na maioria das regiões – algumas já estarão bem adian-tadas, como o Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Em algumas, como Minas Gerais, as atividades ganham mais força so-mente em abril.

Nesta época de colheita, o mercado relevan-te para a formação dos preços do milho no

Brasil é o mercado de balcão. Predominam as compras diretas das empresas junto a pro-dutores e o recebimento da produção por parte das cooperativas.

Outro fato importante é que as negociações são locais neste período – especialmente entre março e maio. A diferença neste ano, em relação à maioria dos anos anteriores, é a exportação, que segue firme, com preços atrativos. No cenário internacional, o milho segue ao redor de US$ 4,00/bushel – maior valor do grão desde julho de 1996 – portanto, maior preço em mais de dez anos.

Em janeiro de 2007, o produtor precisou de pouco mais de 53 litros de leite para comprar um saco de sal mineral com 88 g de P (fósforo) no mercado paulista. Isso significa que o seu poder de compra au-mentou 23% em relação a janeiro do ano passado. Em 2006, a melhor relação de troca se deu em junho, quando bastavam 46 litros de leite para comprar o mesmo saco de sal mineral. A melhora da rela-ção de troca para o pecuarista se justifi-ca tanto pela diminuição do preço do sal quanto pela valorização do leite.

Nos últimos cinco anos, observa-se que foram necessários, em média, 61,5 litros de leite para a compra do sal mineral. O importante, para o produtor de leite, é que a relação de troca revela claramente tendência de melhora no período. Em 2006, especificamente, a necessidade

média para a compra de um saco de sal mi-neral com 88g de P foi de 51,96 litros de lei-te, 15,5% a menos que a média do período. O sal mineral é um item de muita

impor-tância na produção leiteira. Uma vaca malnutrida vai demandar muito de suas reservas, o que a prejudicará a reprodu-ção e as próximas lactações.

QuANTOs LITROs DE LEITE sÃO NECEssÁRIOs PARA ADQuIRIR uM sACO DE sAL MINERAL?

Fonte: CEPEA - Esalq/USP Por Mauro Osaki e Luciano van den Broek

Equipe Grãos Cepea - Esalq/USP

E-mail: graoscepea@esalq.usp.br

e Viviane P. Paulenas,

Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

E-mail: leitecepea@esalq.usp.br

Litros de Leite necessários para a compra de 1 tonelada de 20-05-20

lit

ro

s

le

ite

/saco de sal mineral

-10 20 30 40 50 60 70 80 90

fev-02 mai-02 ago-02 nov-02 fev-03 mai-03 ago-03 nov-03 fev-04 mai-04 ago-04 nov-04 fev-05 mai-05 ago-05 nov-05 fev-06 mai-06 ago-06 nov-06

M

ercados

de

(7)

Nos últimos cinco anos o custo da dieta à base de silagem de capim tanzânia e con-centrado vem aumentando sucessivamente. Em janeiro de 2002, o custo da dieta (vo-lumoso + concentrado) para vacas de 15 li-tros/dia estava em torno de R$ 0,21/litro e, para vacas de 30 litros/dia, R$ 0,15/litro. Já em janeiro de 2007, esses custos estiveram, respectivamente, 48% e 31% superiores a janeiro de 2002. Para a vaca de 15 litros/dia, subiu para R$ 0,34/litro e, para as de 30 li-tros/dia, R$ 0,24/litro.

Nota-se que o aumento dos custos com alimentação foi mais acentuado no período de abril de 2002 a junho de 2004, causa-do pelo encarecimento causa-dos fertilizantes e também valorização dos grãos.

Ressalta-se que, desde julho de 2004, os custos da alimentação seguem relativa-mente estáveis no patamar de R$ 0,32/litro para a vaca de 15 litros/dia e de R$ 0,21/li-tro para as vacas de 30 li0,21/li-tros/dia.

Neste período mais recente, houve au-mento no preço do diesel e das máqui-nas/implementos, mas ocorreu também uma compensação importante por parte

dos defensivos, fertilizantes e grãos. Es-sas reduções podem ser atribuídas, prin-cipalmente, à queda na taxa de câmbio nesse período.

FARELO sObE 8% EM CHICAGO, MAs EM CAMPINAs (sP), MENOs DE 2%

7

SOJA e FARELO de soja

CusTO DA DIETA - Estado de São Paulo

Em janeiro, a cotação do contrato futuro (primeiro vencimento) do farelo de soja na CBOT (Bolsa de Chicago) reagiu 8% em relação aos valores negociados em de-zembro de 2006. O aumento do mercado internacional foi repassado aos negócios no Brasil, mas a desvalorização do dólar frente ao Real e também a queda dos prê-mios de exportação do farelo pelo Porto de Paranaguá-PR limitaram os reajustes no País, o que favorece produtores de leite e outros consumidores.

O preço médio do farelo na região de Campinas (SP) foi R$ 509,40/tonelada em janeiro, alta de 1,86% em relação ao mês passado, mas quase 5% inferior a de-zembro do ano passado.

Nos próximos meses, boa parte das lavou-ras da soja blavou-rasileilavou-ras passará para a fase final do ciclo da cultura (enchimento de grão e maturação). A chuva leve continua sendo um fator importante para fechar a safra com boa expectativa de produção, visto que durante toda esta safra ela foi

bastante regular e satisfatória para o de-senvolvimento das lavouras.

Mesmo com o Brasil e a Argentina colhen-do boas safras, a cotação média da soja (grão) na Bolsa de Chicago, em janeiro, esteve 12% acima da média dos últimos 5 anos para o primeiro vencimento. A valo-rização do complexo soja no mercado in-ternacional é decorrente, em boa parte, da substituição de áreas de soja nos Estados Unidos por milho, tendo em vista o inte-resse deste país pela produção de álcool.

Fonte: CEPEA - Esalq/USP

DIETA A bAsE DE sILAGEM DE CAPIM TANZANIA + CONCENTRADO

Evolução dos custos da dieta à base de silagem

de capim Tanzânia com concentrado

R$/litro -0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40

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IMPRESSO

Uso dos Correios

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Estão à disposição dos produtores de todo o Brasil as linhas de crédito para contratação dos recursos do Programa de Apoio à Cadeia Pro-dutiva do Leite - BB Leite, que somam R$ 2,2 bi-lhões para 2007. Conforme o gerente de Divisão da Diretoria de Agronegócio do Banco do Brasil, Antônio Pontoglio, a estimativa é que o volume contratado neste ano seja 37% superior ao do ano passado. Em 2006, foi aplicado R$ 1,6 bilhão do BB Leite. Não há volume de capital específico para cada estado do país e, segundo Pontoglio, os recursos do programa serão disponibilizados de acordo com a demanda. Minas Gerais possui a maior bacia leiteira do Brasil e produz em torno de 7 bilhões de litros de leite por ano. (Diário do Comércio/MG)

A estiagem, que se intensificou em janeiro, tem prejudicado significativamente as lavouras de Santa Vitória do Palmar (RS). A prefeitura, atra-vés da Secretaria de Agricultura, se empenha em abrir poços e aguadas na tentativa de amenizar o problema. Segundo o secretário Altair Braatz, a estiagem prejudica principalmente as pequenas propriedades de leite, hortifrutigranjeiras e, inclu-sive, a pecuária de corte. A cooperativa Sul Leite registra perda de produção de 30%, o equivalente a 200 mil litros por mês. O engenheiro agrônomo Marcos Kalil explica que a seca vem ocorrendo há três ou quatro anos. Para enfrentá-la, produtores reservaram pastagens do inverno para o verão, ar-mazenaram água e providenciaram mais sombra para os animais. Caso contrário, as perdas pode-riam ser ainda maiores. (Diário Popular/RS)

Com o objetivo de estruturar a bacia leiteira no Alto Jacuí (RS), um novo modelo de irriga-ção deverá ser implantado para apoiar pequenos e médios criadores. Na última semana de janeiro, o secretário da Ciência e Tecnologia, Pedro Wes-tphalen, conheceu um sistema utilizado para o desenvolvimento de pastagens em Fortaleza dos Valos. A maior produtividade permitirá à região atender a demanda da Nestlé, CCGL e Parmalat, que consumirão 1 milhão de litros de leite por dia.

(Correio do Povo/Rs)

O Instituto Mineiro de Agropecuária - IMA vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecu-ária e Abastecimento prossegue com o cadastra-mento dos produtores de queijo Minas Artesanal do estado e informa que só os registrados têm condições de comercializar seus produtos com certificação de origem e qualidade. O objetivo é cadastrar todos os produtores de Minas Gerais, pois o programa agrega qualidade ao queijo à base leite cru e possibilita maior inserção do produto

no mercado. O cadastro é uma exigência da Lei Es-tadual 14.185/2002. (Diário do Comércio/MG)

Toneladas de leite em pó, leite condensado e doce-de-leite fabricados em Minas Gerais es-tão deixando de circular nas estradas que ligam o estado a São Paulo, Goiás e à Bahia. A Cooperati-va Central de Produtores Rurais - Itambé decidiu usar o transporte ferroviário para retirar cerca de 2,5 mil toneladas desses produtos, mensalmente, das fábricas mineiras e entregar ao cliente, a um custo até 10% inferior ao das cargas levadas nas rodovias e com baixíssimo risco de roubo, seqües-tro e avarias. Grandes marcas conhecidas do con-sumidor já fazem esse mesmo roteiro da indústria aos distribuidores, a exemplo da Nestlé, Unilever, Ford e Semp Toshiba, dando preferência aos trens de carga, operados por ferrovias privadas no País.

(O Estado de Minas)

Pesquisadores da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Uni-fesp) realizaram pesquisa sobre o consumo de leite dos brasileiros. A primeira conclusão foi que tanto homens como mulheres, de todas as classes sociais e de todas as regiões do País, consomem pouco cálcio. Independente se da classe A ou E, de São Paulo ou do Acre, consome-se baixa quan-tidade desse mineral, de magnésio e de vitamina D, essenciais para a saúde dos ossos. Entre as ex-plicações para o baixo consumo estariam a ques-tão cultural e também a renda, nas classes menos favorecidas. (revista Food Ingredients)

Matéria do site Food Navigator.com apresen-ta dados levanapresen-tados pela AC Nielsen, mos-trando que o mercado de iogurtes vem crescendo com maior intensidade entre os produtos alimen-tícios e bebidas.

Produtos que levam a idéia de bem-estar e saúde, com omega-3, fitosteróis e probióticos, os iogur-tes saem com o maior crescimento não apenas no setor lácteo, mas de alimentos e bebidas também. Segundo Jane Perrin, vice presidente da AC Niel-sen Global Services, “iogurte líquido não é apenas saudável e gostoso, mas em muitos casos, o pro-duto oferece a conveniência e a praticidade que os consumidores desejam”. Na China, o crescimento de consumo foi de 49% ano após ano. Em outros mercados, como Grécia, Romênia, Finlândia e Itá-lia, iogurtes líquidos cresceram mais de 40%. Nos Estados Unidos, o crescimento foi mais modesto, na casa de 5%. Além do marketing, a funcionali-dade desse produto colabora para esse aumento de consumo. AC Nielsen pesquisou mais de 100 categorias de produtos em 66 países entre metade de 2006 e metade de 2005. (Laticinio.net)

FIQuE

ATENTO

Por Viviane P. Paulenas,

Equipe Leite Cepea - Esalq/USP

Referências

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