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[Recensão a] Arnold, Dieter - The encyclopedia of Ancient Egyptian Architecture. URI:

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Academic year: 2021

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[Recensão a] Arnold, Dieter - The encyclopedia of Ancient Egyptian Architecture

Autor(es):

Sales, José das Candeias

Publicado por:

Instituto Oriental da Universidade de Lisboa

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/24100

Accessed :

10-May-2021 10:46:44

digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

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CADMO

R evista do In s titu to O rie n ta l

U n iv e rs id a d e de L isb o a

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RECENSÕES

vista a historia do Egipto, desde o Período Proto-Dinástico até à con- quista árabe, em 641 d.C.

A Bibliografia geral do volume é apresentada no Anexo 5 (pp. 436-437). É um complemento sistematizado das inúmeras referências bibliográficas fornecidas ao longo da obra. Os Anexos 6, «Liste des Abréviations» (pp. 438-441), 7, «Index des textes égyptiens» (p. 442), e 9, «Table des ¡lustrations» (pp. 446-456), cumprem, obviamente, as suas inerentes funções metodológico-formais.

Do mesmo tipo, o Anexo 8, intitulado «Lexique des mots pharao- niques exprimés en transcription» (pp. 443-445), é um contributo siste- matizado de extrema utilidade. Como referem os autores, para enfatizarem bem a importância deste seu esforço lexicográfico posto ao serviço de especialistas e amadores, «La prononciation des textes pharaoniques, qu’ils soient rédigés en hiéroglyphes ou dans leurs cursives hiératiques, s’avère de nos jours impossible» (p. 443). As transcrições hieroglíficas fornecidas permitem, desta forma, evocar os hieróglifos de referência.

Repositório de saberes multidisciplinares muito especializados e muito bem caldeados, formalmente muito bem apresentados, La construction pharaonique é um manual de estudo e de investigação de enorme utilidade na determinação das normas de referência que motivaram e enquadraram as centenas de edifícios cultuais de pedra, de adobe ou de terra que foram erguidos no Vale do Nilo. Perspectiva- dos a partir do século XXI, são trazidos à colação neste livro, de forma muito eficaz, os princípios, os métodos e as técnicas de cons- trução egípcias, devidamente equacionadas nos quadros geográfico- -geológico, socioeconómico e cultural da antiga civilização dos faraós.

José das Candeias Sales

DIETER ARNOLD, The Encyclopedia of Ancient Egyptian Architecture, Cairo, The American University in Cairo Press, 2003, 274 pp.

Publicada pela primeira vez, em 1994, exclusivamente em ale- mão, sob o título Lexicon der ägyptischen Baukunst, a obra em refe- rência ampliou substancialmente os seus potenciais leitores com a presente tradução para inglês de Sabine H. Gardiner e Helen Strudwick face ã «hegemonia» indiscutível do inglês sobre o alemão.

A presente edição, de 2003, sob a direcção de Nigel e Helen Strudwick, de capa dura e agradável formato (25 x 19,5 cm), é, como

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refere a nota dos editores que abre o volume, «a more compact and abbreviated form», destinada ao público comum. O autor reviu o seu texto original e aproveitou para promover alguma actualização do seu trabalho, acrescentando uma série de novas entradas, diagramas, plantas e fotografias.

Cada página é apresentada com duas colunas, distinguindo-se facilmente a entrada (assinalada a negrito) do corpo (em redondo, uma linha abaixo do verbete) e das referências bibliográficas (com um corpo de letra menor e ligeiramente recolhido face ao corpo da en- trada). No final de cada entrada é fornecida, portanto, uma acessível referência de leituras suplementares.

Sempre que no corpo de desenvolvimento ou de explanação do verbete se mencionam aspectos ou elementos destacados directa- mente noutras entradas, essas menções surgem também a negrito. Não há, porém, qualquer advertência ou nota explicativa que elucide

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leitor sobre estas opções formais adoptadas no volume. Bem se po- derá obstar que se trata de um procedimento habitual em obras de cariz similar. No entanto, uma vez que se destina claramente a leito- res comuns, consideramos que se justificava a inclusão de uma refe- rência explícita a estas escolhas metodológicas, eventualmente na nota dos editores.

Formalmente, quanto aos conteúdos,

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trabalho divide-se em cinco partes: «Entries, A-Z» (pp. 1-260), obviamente a parte mais subs- tantiva e substancial da obra, «Maps» (pp. 262, 263), «Glossary» (pp. 264), «Chronological Table» (pp. 265-270) e «Select Bibliography» (pp. 271-274).

Pessoalmente, não entendemos nem as motivações nem o inte- resse da inclusão do Glossário da p. 264 e cremos que não se justifica de todo numa obra com as características de dicionário-enciclopédia como a presente. Ademais, das 13 entradas consideradas neste, em nossa opinião, injustificado glossário cinco (Gebet, Intercolummium, Kom, Tell e Wadl) são claramente do foro arquitectónico e deveriam, compreensivelmente ter sido remetidas para os conteúdos explorados no miolo da obra.

Dois outros conceitos remetidos para

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Glossário (Ba e Ka) refe- rem-se a elementos metafísicos constituintes da personalidade humana cujo conhecimento está já suficiente difundido para necessitar de uma explicitação do tipo que mereceu nesta obra. Outras duas entradas (Ennead e Triad) são também perfeitamente excêntricas, tanto mais que poderiam, com toda a propriedade ter sido canalizadas para en- tradas no corpo da obra, onde surgem, por exemplo, nas páginas 105

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RECENSÕES

e 106, Heliopolis (que poderia aglutinar a definição de Enéade) e «Amun precint (Karnak)» (p. 17-18), «Khonsu temple (Karnak)» (pp. 124, 125) ou «Mut precint (Karnak)» (pp. 156, 157) onde o conceito de «tríade» poderia ter sido mencionado.

As quatro entradas que subsistem a esta avaliação do Glossário da p. 264, a saber, «Canopic (jars)», Cartouche», «Cataract» e «Sed- festival», não nos parecem igualmente merecedoras deste isolamento numa parte específica do livro. À parte deste aspecto que reputamos de menos conseguido nesta edição, a obra está bem construída e constituiu um contributo útil, elaborado sob a forma enciclopédica, para estudiosos e público geral.

Não se pode escamotear o interesse que têm os trabalhos «en- ciclopédicos», alistando por ordem alfabética termos e noções especí- ficas de determinado domínio do saber. A acuidade e

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valor destas propostas é tanto maior, como é o caso, quando

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domínio em ques- tão - os monumentos erguidos de Alexandria a Abu Simbel, da época pré-histórica ao período greco-romano - compreende quadros geográ- ficos e cronológicos tão extensos.

É preciso também mencionar que Dieter Arnold é Conservador no Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque e que, durante mais de 40 anos, dirigiu escavações no Egipto em diversos lugares arqueo- lógicos de importância (Tebas, El-Licht e Dahchur, por exemplo). Dos títulos bibliográficos de sua autoria, destacam-se Building in Egypt: Pharaonic Stone Masonry (Oxford University Press, 1991), Temples of the Last Pharaohs (Oxford University Press, 1999) e The Pyramid Complex of Senwosret III at Dahshur (New York, 2002). O saber teóri- co e a experiência de terreno do autor estão particularmente patentes na enciclopédia que recenseamos e isso constituiu um valor acres- centado deste trabalho.

As indicações bibliográficas no final de cada entrada, a que já fizemos alusão, devem ser criteriosamente destacadas por aquilo que representam no sentido do incentivo ao prosseguimento das pesqui- sas e da investigação egiptológica cientificamente conduzida, caracte- rística, aliás, que as propostas mais modernas no campo da diciona- rística e dos trabalhos enciclopédicos seguem muito de perto.

A título de exemplos significativos, permitimo-nos destacar, em inglês, a obra de lan Shaw e Paul Nicholson, British Museum Dictio- nary of Ancient Egypt, Londres, British Museum Press, 1995, em fran- cês,

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Dictionnaire de l ’Egypte ancienne, Paris, Enciclopædia Univer- salis/ Albin Michel, 1998, e, entre nós, o Dicionário de antigo Egipto, dirigido por Luís Manuel de Araújo, Lisboa, Editorial Caminho, 2001.

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Os mais cépticos ou menos entusiastas em relação a este tipo de obras podem sempre argumentar que entradas e informações se- melhantes podem ser, com maior ou menor pesquisa, encontradas noutras obras. Todavia, uma análise rigorosa permite verificar que The Encyclopedia of Ancient Egyptian Architecture preenche uma efectiva lacuna no campo específico e estratégico da arquitectura. Obviamente, este facto é digno de registo e merece ser saudado.

É necessário, porém, para aquilatar do efectivo valor das propos- tas bibliográficas com estas características enciclopédicas», estar muito atento às «definições» e aos textos de desenvolvimento que incluem, sabendo de antemão que a síntese e o rigor têm, obrigatoriamente, de estar entrelaçados, mas que são duas forças frequentemente difí- ceis de conciliar. Em nossa opinião, Dieter Arnold conseguiu fazê-lo de forma extremamente feliz e proveitosa para o leitor.

Vejamos um exemplo concreto que ilustra na perfeição

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que pretendemos realçar: habitualmente, quando se referem aos edifícios do complexo arquitectónico de Filae, hoje situados na ilha de Agilkia, após a trasladação do início dos anos 70 do séc. XX, as várias obras aludem ao «quiosque de Trajano», sem mais esclarecimentos comple- mentares. A maioria dos leitores fica com a percepção de que o maior edifício deste tipo jamais construído no Egipto (área: 15,4 x 20,7 m; alt.: 15,45 m) se deve exclusivamente ao imperador Trajano, que o teria mandado edificar quando dominava politicamente o território egípcio.

Ora D. Arnold corrige esta incorrecta mas vulgar atribuição. Nas entradas «August, Kiosk of (Philae)» (p. 25), «Kiosk» (p. 130) e «Philae» (p. 175) atribui «o seu a seu dono», numa admirável de- monstração de clareza, precisão e concisão: «The kiosk was probably built under August, but the decoration, begun in the reign of Trajan, remained unfinished» (p. 25). Coerentemente com a sua visão, o edifi- cio é referido como «quiosque de Augusto». Não se trata de uma mera modificação da denominação, mas de um esclarecimento cientí- fico que produz directos efeitos na percepção histórica dos leitores: a distinção entre «construtor» e «decorador» é, por si só, um índice propiciador de algumas conclusões e motivador de ulteriores investi- gações.

Entre as mais-valias do trabalho de Dieter Arnold contam-se ain- da 1) as completas entradas relativas aos vários tipos de monumen- tos, por locais geográficos de edificação (ex.: «Edfu», «Medinet Habu», «Meidum», «Dendera», etc.), por divindades a quem foram de- dicados (ex.: «Ptah, temple of (Memphis)», «Aten precint (Karnak)»,

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RECENSÕES

«Osiris tomb», «Month precint (Karnak», etc.) ou por faraós-constru- tores (ex.: «Ramesses II, temple of (Abydos)», «Sahure», «Khufu (Cheops), pyramid of», «Sety I, temple at Abydos», etc.), 2)

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desta- que conferido às características estilísticas dos diferentes edifícios e 3) a referência directa aos vários materiais e métodos técnicos usa- dos no antigo Egipto.

Uma nota final: para facilitar a rápida identificação dos verbetes que contém e a sua directa consulta orientada, o presente volume, da responsabilidade da The American University in Cairo Press, deveria incluir um index geral.

Ressalvadas os elementos essencialmente formais que criticá- mos, a enciclopédia de Dieter Arnold é um bom recurso para o estudo da arquitectura do antigo Egipto. Como se refere na badana de aber- tura da obra, corn mais de 600 entradas e 300 ilustrações (todas a preto e branco) «the encyclopedia provides a comprehensive perspective on ancient Egyptian architecture». Trata-se, é preciso referi-lo, da mais no- tável arquitectura do mundo antigo. Isto por si só justifica esta aposta na tradução para inglês desta obra de 1994.

José das Candeias Sales

ROGÉRIO FERREIRA DE SOUSA, Os doces versos. Poemas de amor no antigo Egipto, Fafe, Labirinto, 2001, 220 pp., ISNB 972-8616-07-4

Os doces versos. Poemas de amor no antigo Egipto, da autoria de Rogério Ferreira de Sousa, licenciado em Psicologia e mestre em História da Cultura Pré-clássica pela Faculdade de Letras da Universi- dade de Lisboa, é, por vários motivos, um precioso contributo para a divulgação das temáticas egiptológicas junto dos leitores portugueses.

Ao traduzir para português e comentar aprofundadamente os «doces versos» egípcios, sustentado e fundamentado nos esclareci- dos trabalhos de Siegfried Schott (Les chants d ’amour de L’Égypte ancienne, Paris, Librairie A. Maisonneuve, 1956; trad, do original aie- mão), Miriam Lichteim (Ancient Egyptian Literature. Vol. II. The New Kingdom, Berkeley, Los Angeles, Londres, University of California, 1976), Pascal Vernus (Chants d ’amour de l’Égypte antique, Paris, Imprimerie National Éditions, 1992) e Bernard Mathieu (La poésie amoureuse de l’Égypte ancienne. Recherches sur en genre littéraire du Nouvel Empire, Cairo, Institut français d’Archéologie Oriental, 1996), sem olvidar os trabalhos dos portugueses Antonio Augusto

Referências

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