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Métodos Numéricos. A. Ismael F. Vaz. Departamento de Produção e Sistemas Escola de Engenharia Universidade do Minho

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Academic year: 2021

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Métodos Numéricos

A. Ismael F. Vaz

Departamento de Produção e Sistemas Escola de Engenharia Universidade do Minho aivaz@dps.uminho.pt

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Ano lectivo 2007/2008

(2)

Conteúdo

1 Introdução

2 Erros

3 Zeros de funções

4 Resolução de sistemas lineares

5 Resolução de sistemas não lineares

6 Interpolação polinomial

7 Interpolação segmentada - Splines

8 Mínimos quadrados lineares

9 Equações diferenciais - Condições iniciais

10 Equações diferenciais - Condições Fronteira

11 Integração numérica

(3)

Conteúdo

1 Introdução

2 Erros

3 Zeros de funções

4 Resolução de sistemas lineares 5 Resolução de sistemas não lineares 6 Interpolação polinomial

7 Interpolação segmentada - Splines 8 Mínimos quadrados lineares

9 Equações diferenciais - Condições iniciais 10 Equações diferenciais - Condições Fronteira 11 Integração numérica

(4)

Apresentação - Docente

Aulas teóricas

A. Ismael F. Vaz - aivaz@dps.uminho.pt www.norg.uminho.pt/aivaz

Aula teórico-prática e práticas Senhorinha Teixeira – st@dps.uminho.pt Ana Maria Rocha – arocha@dps.uminho.pt Horário de atendimento

Quintas das 14h00 às 15h00. Marcação por email.

As docentes das TPs e Ps terão o seu horário de atendimento.

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Apresentação - Docente

Aulas teóricas

A. Ismael F. Vaz - aivaz@dps.uminho.pt www.norg.uminho.pt/aivaz

Aula teórico-prática e práticas Senhorinha Teixeira – st@dps.uminho.pt Ana Maria Rocha – arocha@dps.uminho.pt

Horário de atendimento Quintas das 14h00 às 15h00. Marcação por email.

As docentes das TPs e Ps terão o seu horário de atendimento.

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Apresentação - Docente

Aulas teóricas

A. Ismael F. Vaz - aivaz@dps.uminho.pt www.norg.uminho.pt/aivaz

Aula teórico-prática e práticas Senhorinha Teixeira – st@dps.uminho.pt Ana Maria Rocha – arocha@dps.uminho.pt Horário de atendimento

Quintas das 14h00 às 15h00. Marcação por email.

As docentes das TPs e Ps terão o seu horário de atendimento.

(7)

Apresentação - Disciplina

Página da disciplina;

www.norg.uminho.pt/aivaz

6 fichas TPs a realizar ao longo do semestre (17 valores nas aulas Ts) e 6 fichas Ps a realizar ao longo do semestre (3 valores 0.5 cada -nas aulas Ps).

A classificação final é: Fichas TPs + Fichas Ps.

Não é obrigatória a presença nas aulas Ts, TPs ou Ps. Mas atenção aos momentos de avaliação.

A avaliação feitas nas aulas Ps é considerada avaliação laboratorial, pelo que é exigido o valor mínimo de 50% para ter frequência (poder ir a exame).

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Apresentação - Disciplina

Página da disciplina;

www.norg.uminho.pt/aivaz

6 fichas TPs a realizar ao longo do semestre (17 valores nas aulas Ts) e 6 fichas Ps a realizar ao longo do semestre (3 valores 0.5 cada -nas aulas Ps).

A classificação final é: Fichas TPs + Fichas Ps.

Não é obrigatória a presença nas aulas Ts, TPs ou Ps. Mas atenção aos momentos de avaliação.

A avaliação feitas nas aulas Ps é considerada avaliação laboratorial, pelo que é exigido o valor mínimo de 50% para ter frequência (poder ir a exame).

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Apresentação - Disciplina

Página da disciplina;

www.norg.uminho.pt/aivaz

6 fichas TPs a realizar ao longo do semestre (17 valores nas aulas Ts) e 6 fichas Ps a realizar ao longo do semestre (3 valores 0.5 cada -nas aulas Ps).

A classificação final é: Fichas TPs + Fichas Ps.

Não é obrigatória a presença nas aulas Ts, TPs ou Ps. Mas atenção aos momentos de avaliação.

A avaliação feitas nas aulas Ps é considerada avaliação laboratorial, pelo que é exigido o valor mínimo de 50% para ter frequência (poder ir a exame).

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Apresentação - Disciplina

Página da disciplina;

www.norg.uminho.pt/aivaz

6 fichas TPs a realizar ao longo do semestre (17 valores nas aulas Ts) e 6 fichas Ps a realizar ao longo do semestre (3 valores 0.5 cada -nas aulas Ps).

A classificação final é: Fichas TPs + Fichas Ps.

Não é obrigatória a presença nas aulas Ts, TPs ou Ps. Mas atenção aos momentos de avaliação.

A avaliação feitas nas aulas Ps é considerada avaliação laboratorial, pelo que é exigido o valor mínimo de 50% para ter frequência (poder ir a exame).

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Apresentação - Disciplina

Página da disciplina;

www.norg.uminho.pt/aivaz

6 fichas TPs a realizar ao longo do semestre (17 valores nas aulas Ts) e 6 fichas Ps a realizar ao longo do semestre (3 valores 0.5 cada -nas aulas Ps).

A classificação final é: Fichas TPs + Fichas Ps.

Não é obrigatória a presença nas aulas Ts, TPs ou Ps. Mas atenção aos momentos de avaliação.

A avaliação feitas nas aulas Ps é considerada avaliação laboratorial, pelo que é exigido o valor mínimo de 50% para ter frequência (poder ir a exame).

(12)

Material necessário e de apoio

Calculadora científica;

Folhas das fichas TPs; Papel e caneta;

Livro de Computação Numérica; www.norg.uminho.pt/emgpf Software CoNum;

www.norg.uminho.pt/emgpf

Formulário e acetatos disponíveis na página; www.norg.uminho.pt/aivaz

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Material necessário e de apoio

Calculadora científica; Folhas das fichas TPs;

Papel e caneta;

Livro de Computação Numérica; www.norg.uminho.pt/emgpf

Software CoNum;

www.norg.uminho.pt/emgpf

Formulário e acetatos disponíveis na página; www.norg.uminho.pt/aivaz

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Material necessário e de apoio

Calculadora científica; Folhas das fichas TPs; Papel e caneta;

Livro de Computação Numérica; www.norg.uminho.pt/emgpf Software CoNum;

www.norg.uminho.pt/emgpf

Formulário e acetatos disponíveis na página; www.norg.uminho.pt/aivaz

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Material necessário e de apoio

Calculadora científica; Folhas das fichas TPs; Papel e caneta;

Livro de Computação Numérica; www.norg.uminho.pt/emgpf

Software CoNum;

www.norg.uminho.pt/emgpf

Formulário e acetatos disponíveis na página; www.norg.uminho.pt/aivaz

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Material necessário e de apoio

Calculadora científica; Folhas das fichas TPs; Papel e caneta;

Livro de Computação Numérica; www.norg.uminho.pt/emgpf Software CoNum;

www.norg.uminho.pt/emgpf

Formulário e acetatos disponíveis na página; www.norg.uminho.pt/aivaz

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Material necessário e de apoio

Calculadora científica; Folhas das fichas TPs; Papel e caneta;

Livro de Computação Numérica; www.norg.uminho.pt/emgpf Software CoNum;

www.norg.uminho.pt/emgpf

Formulário e acetatos disponíveis na página; www.norg.uminho.pt/aivaz

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Programa detalhado

Dia Matéria

28-Fev Apresentação da disciplina. Erros. Algarismos significativos. Fórmula fundamental dos erros. Erros de truncatura.

06-Mar Solução de equações não lineares. Método dos gráficos. Método da secante e sua convergência. Método de Newton e sua convergência. Critérios de paragem.

13-Mar Sistemas de equações lineares. Eliminação de Gauss com pivotagem parcial. Avaliação sobre zeros de funções (2.5 valores).

27-Mar Métodos iterativos de Gauss-Seidel e Jacobi. Sistemas de equações não lineares. Método de Newton.

03-Abr Interpolação polinomial. Diferenças divididas. Fórmula interpoladora de Newton. Erro da fórmula interpoladora de Newton. Avaliação sobre sistemas lineares e não lineares (2.5 valores).

(19)

Programa detalhado

Dia Matéria

10-Abr Splines lineares e cúbicas. 17-Abr Splines cúbicas. Revisões

24-Abr Revisões. Avaliação sobre interpolação (3 valores). 08-Mai Mínimos quadrados polinomiais e modelos lineares.

30-Mai Equações diferenciais com condições iniciais de 1a. Sistemas de equa-ções diferenciais de 1a ordem.

05-Jun Equações diferenciais de ordem superior. Avaliação sobre mínimos quadrados (3 valores).

12-Jun Equações diferencias com condições fronteira. Integração numérica. Fórmulas simples e compostas do Trapézio, Simpson e 3/8.

19-Jun Revisões. Avaliação sobre equações diferenciais (3 valores). 26-Jun Revisões. Avaliação sobre integração (3 valores).

03-Jul Revisões.

(20)

Motivação da disciplina

Presente em todos os cursos de engenharia (aplicações em todas as áreas da engenharia);

A disciplina de métodos numéricos dedica-se à resolução numérica de problemas matemáticos. Com o desenvolvimento dos computadores encontra-se direccionada para a implementação de algoritmos estáveis.

(21)

Motivação da disciplina

Presente em todos os cursos de engenharia (aplicações em todas as áreas da engenharia);

A disciplina de métodos numéricos dedica-se à resolução numérica de problemas matemáticos. Com o desenvolvimento dos computadores encontra-se direccionada para a implementação de algoritmos estáveis.

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Controlo óptimo - Um exemplo

Problema de optimização do processo semi-contínuo de produção de Etanol.

O problema de optimização é: (t0 = 0 e tf = 61.2 dias) max u(t) J (tf) ≡ x3(tf)x4(tf) s.t. dx1 dt = g1x1− u x1 x4 dx2 dt = −10g1x1+ u 150 − x2 x4 dx3 dt = g2x1− u x3 x4 dx4 dt = u 0 ≤ x4(tf) ≤ 200 0 ≤ u(t) ≤ 12 ∀t ∈ [t0, tf] com g1=  0.408 1 + x3/16   x 2 0.22 + x2  g2=  1 1 + x3/71.5   x 2 0.44 + x2 

onde x1, x2e x3são as concentrações da massa celular, substrato e produto (g/L), e x4é o volume (L). As condições iniciais são:

x(t0) = (1, 150, 0, 10)T.

(23)

Abordagem para a resolução

Grande exigência em termos numéricos;

Grande exigência em termos de programação;

Solução da equação diferencial com o CVODE (software em C);

Problemas codificados em AMPL (linguagem de modelação); Algoritmo para optimização sem derivadas;

(24)

Abordagem para a resolução

Grande exigência em termos numéricos; Grande exigência em termos de programação;

Solução da equação diferencial com o CVODE (software em C); Problemas codificados em AMPL (linguagem de modelação);

Algoritmo para optimização sem derivadas;

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Abordagem para a resolução

Grande exigência em termos numéricos; Grande exigência em termos de programação;

Solução da equação diferencial com o CVODE (software em C);

Problemas codificados em AMPL (linguagem de modelação); Algoritmo para optimização sem derivadas;

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Abordagem para a resolução

Grande exigência em termos numéricos; Grande exigência em termos de programação;

Solução da equação diferencial com o CVODE (software em C); Problemas codificados em AMPL (linguagem de modelação);

Algoritmo para optimização sem derivadas;

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Abordagem para a resolução

Grande exigência em termos numéricos; Grande exigência em termos de programação;

Solução da equação diferencial com o CVODE (software em C); Problemas codificados em AMPL (linguagem de modelação); Algoritmo para optimização sem derivadas;

(28)

Conteúdo

1 Introdução

2 Erros

3 Zeros de funções

4 Resolução de sistemas lineares 5 Resolução de sistemas não lineares 6 Interpolação polinomial

7 Interpolação segmentada - Splines 8 Mínimos quadrados lineares

9 Equações diferenciais - Condições iniciais 10 Equações diferenciais - Condições Fronteira 11 Integração numérica

(29)

Formato de vírgula flutuante normalizado

f l(x) = ±0.d1d2...dk× 10e

onde, 0.d1d2. . . dk corresponde à mantissa, e e é o expoente.

f lt(x) representa o valor de x em vírgula flutuante truncado e

f la(x) representa o valor de x em vírgula flutuante arredondado.

Exemplo

x = 2

3

f lt(x) = 0.66666 × 100

f la(x) = 0.66667 × 100

(30)

Formato de vírgula flutuante

(norma IEEE-754, 32 bits)

σ e + 64 d1 d2 d3 d4 d5 d6

1 bit 7 bits 4 bits 4 bits 4 bits 4 bits 4 bits 4 bits

Exemplo

x = 2490.125 = 9 × 162+ 11 × 161+ 10 × 160+ 2 × 16−1= 9 × 16−1+ 11 × 16−2+ 10 × 16−3+ 2 × 16−4 × 163

0 1000011 1001 1011 1010 0010 0000 0000

σ e + 64 d1 d2 d3 d4 d5 d6

(31)

Exemplo de programação

(32)

Exemplo de programação

(33)

Erros

Seja x o valor exacto e x o seu valor aproximado, que será usado nos cálculos

x − x é o erro absoluto (normalmente não se pode calcular, porque x é desconhecido);

|x − x| ≤ δx é o limite superior do erro absoluto; rx =

|x−x|

|x| = |x|δx ≈ |x|δx é o erro relativo. Exemplo

Pediu-se a duas pessoas para contarem laranjas de dois cestos. A primeira contou 980 laranjas num cesto de 1000 e a segunda contou 480 num cesto de 500. Apesar de cometerem o mesmo erro absoluto (δ1= 20 laranjas e δ2= 20 laranjas)

a segunda cometeu um erro maior, visto que r1= 100020 = 0.02 e r2= 50020 = 0.04.

(34)

Erros

Seja x o valor exacto e x o seu valor aproximado, que será usado nos cálculos

x − x é o erro absoluto (normalmente não se pode calcular, porque x é desconhecido);

|x − x| ≤ δx é o limite superior do erro absoluto;

rx = |x−x|

|x| = |x|δx ≈ |x|δx é o erro relativo. Exemplo

Pediu-se a duas pessoas para contarem laranjas de dois cestos. A primeira contou 980 laranjas num cesto de 1000 e a segunda contou 480 num cesto de 500. Apesar de cometerem o mesmo erro absoluto (δ1= 20 laranjas e δ2= 20 laranjas)

a segunda cometeu um erro maior, visto que r1= 100020 = 0.02 e r2= 50020 = 0.04.

(35)

Erros

Seja x o valor exacto e x o seu valor aproximado, que será usado nos cálculos

x − x é o erro absoluto (normalmente não se pode calcular, porque x é desconhecido);

|x − x| ≤ δx é o limite superior do erro absoluto; rx =

|x−x|

|x| = |x|δx ≈ |x|δx é o erro relativo.

Exemplo

Pediu-se a duas pessoas para contarem laranjas de dois cestos. A primeira contou 980 laranjas num cesto de 1000 e a segunda contou 480 num cesto de 500. Apesar de cometerem o mesmo erro absoluto (δ1= 20 laranjas e δ2= 20 laranjas)

a segunda cometeu um erro maior, visto que r1= 100020 = 0.02 e r2= 50020 = 0.04.

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Erros

Seja x o valor exacto e x o seu valor aproximado, que será usado nos cálculos

x − x é o erro absoluto (normalmente não se pode calcular, porque x é desconhecido);

|x − x| ≤ δx é o limite superior do erro absoluto; rx =

|x−x|

|x| = |x|δx ≈ |x|δx é o erro relativo. Exemplo

Pediu-se a duas pessoas para contarem laranjas de dois cestos. A primeira contou 980 laranjas num cesto de 1000 e a segunda contou 480 num cesto de 500. Apesar de cometerem o mesmo erro absoluto (δ1= 20 laranjas e δ2= 20 laranjas) a segunda cometeu um erro maior, visto que r1= 100020 = 0.02 e r2= 50020 = 0.04.

(37)

Fórmula fundamental dos erros

Dados n valores aproximados, x1, . . . , xn, e os seus respectivos erros

absolutos é possível calcular um majorante para o erro absoluto cometido quando se aplica uma função f , através da fórmula fundamental dos erros.

δf ≤ Mx1δx1+ Mx2δx2 + ... + Mxnδxn

onde maxx∈I ∂f ∂xi ≤ Mxi, com I = Ix1 × · · · × Ixn e Ixi = [xi− δxi, xi+ δxi] rf ≤ δf |f (x1, . . . , xn)|

(38)

Exemplo

Cálculo dos limites do erro absoluto e relativo do cálculo da função f (x) = x1− x2. Temos que ∂f ∂x1 ≤ Mx1 = 1 e ∂f ∂x2 ≤ Mx2 = 1, logo δf = δx1+ δx2 e rf ≤ δx1+ δx2 |x1− x2|

(39)

Algarismos Significativos

Casa decimais são as casas (algarismos) à direita da vírgula.

Os algarismos significativos são aqueles em que temos confiança do seu valor.

Exemplos:

0.1234567 tem 1 algarismo significativo se δ = 0.05, 2 se δ = 0.005 e 7 se δ = 0.00000005.

0.0000020 tem 7 casas decimais e 2 algarismos significativos (δ = 0.00000005).

Quando todas as casas decimais são significativas 0.2 é diferente de 0.20.

(40)

Conteúdo

1 Introdução 2 Erros

3 Zeros de funções

4 Resolução de sistemas lineares 5 Resolução de sistemas não lineares 6 Interpolação polinomial

7 Interpolação segmentada - Splines 8 Mínimos quadrados lineares

9 Equações diferenciais - Condições iniciais 10 Equações diferenciais - Condições Fronteira 11 Integração numérica

(41)

Forma geral do problema

Pretende-se determinar x∗ tal que

f (x) = 0 Exemplo

Temos x∗ = −0.567143290409784 como solução para

ex+ x = 0

Nota: uma equação não linear pode não ter solução, ou ter mais do que uma.

(42)

Métodos iterativos

Uma sequência diz-se iterativa se é definida por uma função F

independente de k e dependente de um ou vários elementos anteriores a ele, xk= F (xk−1, xk−2, . . . )

Aproximações iniciais

Um método que se baseie numa sequência iterativa com k − 1 elementos anteriores necessita também de k − 1 valores iniciais.

Exemplo

xk= xk−1+ xk−2

Partindo de x0 = 1 e x1 = 1 temos x2 = x1+ x0 = 2,

x3= x2+ x1 = 2 + 1 = 3, x4 = x3+ x2= 3 + 2 = 5 gera uma sequência

com os números de Fibonacci.

(43)

Convergência

Uma sequência iterativa diz-se convergente quando lim k→∞xk = x ∗ Convergência superlinear lim k→+∞ |x∗− x k+1| |x∗− x k|1.618 = L ou lim k→+∞ |x∗− x k+1| |x∗− x k| = 0 Convergência quadrática lim k→+∞ |x∗− xk+1| |x∗− x k|2 = L

(44)

Critério de Paragem

A sequência de aproximações pode ser infinita. Como se pretende obter uma aproximação à solução implementa-se um critério de paragem.

Estimativa do erro relativo dk=

|xk+1− xk| |xk+1| ≤ 1 Valor da função

|f (xk+1)| ≤ 2

Número máximo de iterações

k ≥ nmax

(45)

Método dos gráficos

Uma aproximação ao zero da função f (x) pode obter-se pela intersecção do gráfico de f (x) com o eixo dos xx;

se f (x) = g(x) − h(x) os zeros de f (x) são os pontos de intersecção de g(x) com h(x).

O método dos gráficos é frequentemente usado para obtermos uma aproximação inicial para outros métodos mais precisos.

(46)

Exemplo

f (x) = ex+ x g(x) = ex h(x) = −x −1 −0.9 −0.8 −0.7 −0.6 −0.5 −0.4 −0.3 −0.2 −0.1 0 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 x y f(x) h(x) g(x)

(47)

Método da bissecção

Se f (xi)f (xs) < 0 então existe um número ímpar de raízes de f (x) no

intervalo [xi, xs].

Aproxima-se da raiz calculando xk = xi+xs2 , k = 1, 2, . . .

Considera-se o intervalo

[xi, xk] se f (xi)f (xk) < 0 e faz-se xs← xk

ou

[xk, xs] se f (xk)f (xs) < 0 e faz-se xi← xk

(48)

Interpretação gráfica (Bissecção)

f (x) = ex+ x −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −2 0 2 4 6 8 10 x f(x) xs xi xk xs xk+1

(49)

Método da secante

Método iterativo em que se fornece o x1 e x2 (a raiz não está

necessariamente no intervalo [x1, x2]). O próximo valor é calculado pela

seguinte fórmula (equação iterativa):

xk+1= xk−

(xk− xk−1)f (xk)

f (xk) − f (xk−1)

, k = 2, 3, . . .

Zeros complexos: O método da secante também calcula zeros complexos,

bastando para isso usar aritmética complexa.

Convergência: A convergência do método da Secante depende do valor de

M

2m ser pequeno. M é o max |f

00(ξ)| e m é o min |f0(η)|, onde ξ, η ∈ I.

k+1 = −

f00(ξ) 2f0(η)k−1k

(50)

Interpretação gráfica (Secante)

f (x) = ex+ x −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −2 0 2 4 6 8 10 x f(x) xk xk−1 xk+1 xk+2

(51)

Método de Newton

Método iterativo em que se fornece o x0. O próximo valor é calculado pela

seguinte formula (equação iterativa): xk+1 = xk−

f (xk)

f0(x k)

, k = 1, 2, ...

Zeros complexos: O método de Newton também calcula zeros

complexos, bastando para isso usar aritmética complexa.

Convergência: A convergência do método de Newton depende do valor de

M

2m ser pequeno. M é o max |f

00(ξ)| e m é o min |f0(η)|, onde ξ, η ∈ I. k+1 = − f00(ξ) 2f0(η) 2 k

(52)

Interpretação gráfica (Newton)

f (x) = ex+ x −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −2 0 2 4 6 8 10 x f(x) xk xk+1 xk+2

(53)

Principais propriedades

Ambos possuem convergência local. Superlinear no caso do método da secante e quadrática no método de newton.

O método da secante não usa derivadas.

O método da secante e de Newton podem falhar quando o denominador da equação iterativa é próximo de zero, i.e., quando f (xk) ≈ f (xk−1) ou f0(xk) ≈ 0.

O método da secante e de Newton não convergem necessariamente para o zero mais próximo da aproximação inicial.

(54)

Exemplo e

x

+ x = 0

Método de Newton com x0 = −0.5, ε1= 0.5, ε2 = 0.1, nmax= 2. Temos então que f (x) = ex+ x e que f0(x) = ex+ 1.

1a iteração x0= −0.5 f (−0.5) = e−0.5− 0.5 = 0.1065 e f0(−0.5) = 1.6065. x1= x0−ff (−0.5)0(−0.5) = −0.5 −0.10651.6065 = −0.5665 CP: f (−0.5665) = 1.0082 × 10−3≤ 0.1 (Verdadeiro) |x1−x0| |x1| = |−0.56665+0.5| |−0.5665| = 0.1174 ≤ 0.5 (Verdadeiro)

O processo iterativo pára com x∗≈ x1= −0.5665. E se o ε1 fosse 0.1?

(55)

Exemplo e

x

+ x = 0

Método de Newton com x0 = −0.5, ε1= 0.5, ε2 = 0.1, nmax= 2.

Temos então que f (x) = ex+ x e que f0(x) = ex+ 1. 1a iteração x0= −0.5 f (−0.5) = e−0.5− 0.5 = 0.1065 e f0(−0.5) = 1.6065. x1= x0−ff (−0.5)0(−0.5) = −0.5 −0.10651.6065 = −0.5665 CP: f (−0.5665) = 1.0082 × 10−3≤ 0.1 (Verdadeiro) |x1−x0| |x1| = |−0.56665+0.5| |−0.5665| = 0.1174 ≤ 0.5 (Verdadeiro)

O processo iterativo pára com x∗≈ x1= −0.5665. E se o ε1 fosse 0.1?

(56)

Exemplo e

x

+ x = 0

Método de Newton com x0 = −0.5, ε1= 0.5, ε2 = 0.1, nmax= 2.

Temos então que f (x) = ex+ x e que f0(x) = ex+ 1.

1a iteração x0= −0.5 f (−0.5) = e−0.5− 0.5 = 0.1065 e f0(−0.5) = 1.6065. x1= x0−ff (−0.5)0(−0.5) = −0.5 −0.10651.6065 = −0.5665 CP: f (−0.5665) = 1.0082 × 10−3≤ 0.1 (Verdadeiro) |x1−x0| |x1| = |−0.56665+0.5| |−0.5665| = 0.1174 ≤ 0.5 (Verdadeiro)

O processo iterativo pára com x∗≈ x1= −0.5665. E se o ε1 fosse 0.1?

(57)

Exemplo e

x

+ x = 0

Método de Newton com x0 = −0.5, ε1= 0.5, ε2 = 0.1, nmax= 2.

Temos então que f (x) = ex+ x e que f0(x) = ex+ 1.

1a iteração x0= −0.5 f (−0.5) = e−0.5− 0.5 = 0.1065 e f0(−0.5) = 1.6065. x1= x0−ff (−0.5)0(−0.5) = −0.5 −0.10651.6065 = −0.5665 CP: f (−0.5665) = 1.0082 × 10−3≤ 0.1 (Verdadeiro) |x1−x0| |x1| = |−0.56665+0.5| |−0.5665| = 0.1174 ≤ 0.5 (Verdadeiro)

O processo iterativo pára com x∗≈ x1= −0.5665. E se o ε1 fosse 0.1?

(58)

Exemplo e

x

+ x = 0

Método de Newton com x0 = −0.5, ε1= 0.5, ε2 = 0.1, nmax= 2.

Temos então que f (x) = ex+ x e que f0(x) = ex+ 1.

1a iteração x0= −0.5 f (−0.5) = e−0.5− 0.5 = 0.1065 e f0(−0.5) = 1.6065. x1= x0−ff (−0.5)0(−0.5) = −0.5 −0.10651.6065 = −0.5665 CP: f (−0.5665) = 1.0082 × 10−3≤ 0.1 (Verdadeiro) |x1−x0| |x1| = |−0.56665+0.5| |−0.5665| = 0.1174 ≤ 0.5 (Verdadeiro)

O processo iterativo pára com x∗≈ x1= −0.5665. E se o ε1 fosse 0.1?

(59)

Exemplo e

x

+ x = 0

Método de Newton com x0 = −0.5, ε1= 0.5, ε2 = 0.1, nmax= 2.

Temos então que f (x) = ex+ x e que f0(x) = ex+ 1.

1a iteração x0= −0.5 f (−0.5) = e−0.5− 0.5 = 0.1065 e f0(−0.5) = 1.6065. x1= x0−ff (−0.5)0(−0.5) = −0.5 −0.10651.6065 = −0.5665 CP: f (−0.5665) = 1.0082 × 10−3≤ 0.1 (Verdadeiro) |x1−x0| |x1| = |−0.56665+0.5| |−0.5665| = 0.1174 ≤ 0.5 (Verdadeiro)

O processo iterativo pára com x∗≈ x1= −0.5665. E se o ε1 fosse 0.1?

(60)

Exemplo e

x

+ x = 0

Método de Newton com x0 = −0.5, ε1= 0.5, ε2 = 0.1, nmax= 2.

Temos então que f (x) = ex+ x e que f0(x) = ex+ 1.

1a iteração x0= −0.5 f (−0.5) = e−0.5− 0.5 = 0.1065 e f0(−0.5) = 1.6065. x1= x0−ff (−0.5)0(−0.5) = −0.5 −0.10651.6065 = −0.5665 CP: f (−0.5665) = 1.0082 × 10−3≤ 0.1 (Verdadeiro) |x1−x0| |x1| = |−0.56665+0.5| |−0.5665| = 0.1174 ≤ 0.5 (Verdadeiro)

O processo iterativo pára com x∗≈ x1= −0.5665.

E se o ε1 fosse 0.1?

(61)

Exemplo e

x

+ x = 0

Método de Newton com x0 = −0.5, ε1= 0.5, ε2 = 0.1, nmax= 2.

Temos então que f (x) = ex+ x e que f0(x) = ex+ 1.

1a iteração x0= −0.5 f (−0.5) = e−0.5− 0.5 = 0.1065 e f0(−0.5) = 1.6065. x1= x0−ff (−0.5)0(−0.5) = −0.5 −0.10651.6065 = −0.5665 CP: f (−0.5665) = 1.0082 × 10−3≤ 0.1 (Verdadeiro) |x1−x0| |x1| = |−0.56665+0.5| |−0.5665| = 0.1174 ≤ 0.5 (Verdadeiro) O processo iterativo pára com x∗≈ x1= −0.5665. E se o ε1 fosse 0.1?

(62)

Exemplo e

x

+ x = 0

Método de Newton com x0 = −0.5, ε1= 0.5, ε2 = 0.1, nmax= 2.

Temos então que f (x) = ex+ x e que f0(x) = ex+ 1.

1a iteração x0= −0.5 f (−0.5) = e−0.5− 0.5 = 0.1065 e f0(−0.5) = 1.6065. x1= x0−ff (−0.5)0(−0.5) = −0.5 −0.10651.6065 = −0.5665 CP: f (−0.5665) = 1.0082 × 10−3≤ 0.1 (Verdadeiro) |x1−x0| |x1| = |−0.56665+0.5| |−0.5665| = 0.1174 ≤ 0.5 (Verdadeiro)

O processo iterativo pára com x∗≈ x1= −0.5665.

E se o ε1 fosse 0.1?

(63)

Exemplo e

x

+ x = 0

Método de Newton com x0 = −0.5, ε1= 0.5, ε2 = 0.1, nmax= 2.

Temos então que f (x) = ex+ x e que f0(x) = ex+ 1.

1a iteração x0= −0.5 f (−0.5) = e−0.5− 0.5 = 0.1065 e f0(−0.5) = 1.6065. x1= x0−ff (−0.5)0(−0.5) = −0.5 −0.10651.6065 = −0.5665 CP: f (−0.5665) = 1.0082 × 10−3≤ 0.1 (Verdadeiro) |x1−x0| |x1| = |−0.56665+0.5| |−0.5665| = 0.1174 ≤ 0.5 (Verdadeiro)

O processo iterativo pára com x∗≈ x1= −0.5665. E se o ε1 fosse 0.1?

(64)

Conteúdo

1 Introdução 2 Erros

3 Zeros de funções

4 Resolução de sistemas lineares

5 Resolução de sistemas não lineares 6 Interpolação polinomial

7 Interpolação segmentada - Splines 8 Mínimos quadrados lineares

9 Equações diferenciais - Condições iniciais 10 Equações diferenciais - Condições Fronteira 11 Integração numérica

(65)

Forma geral do problema

       a11x1+ a12x2+ · · · + a1nxn= b1 a21x1+ a22x2+ · · · + a2nxn= b2 . . . an1x1+ an2x2+ · · · + annxn= bn

É um sistema com n equações lineares nas n incógnitas, x1, x2, . . . , xn. O

sistema pode ser escrito na forma matricial Ax = b     a11 a12 . . . a1n a21 a22 . . . a2n . . . an1 an2 . . . ann         x1 x2 . . . xn     =     b1 b2 . . . bn    

(66)

Exemplo

  3 2 −2 9 7 −9 6 8 −8     x1 x2 x3  =   1 1 1  

É um sistema linear de dimensão 3 × 3. A matriz dos coeficientes A =   3 2 −2 9 7 −9 6 8 −8 

∈ R3×3e o vector b = (1, 1, 1)T ∈ R3 é o vector dos termos independentes.

(67)

Definições

A característica de uma matriz A, c(A), é o número máximo de linhas paralelas, ou colunas, linearmente independentes que existem na matriz.

Para que um sistema seja possível e determinado temos de ter c(A) = n. Caso contrário (c(A) < n) o sistema é indeterminado ou impossível.

À matrix (A|b) que se obtém ampliando A com a coluna do termo independente b chama-se matriz ampliada do sistema.

Triangular superior (inferior): É uma matriz em que os elementos abaixo (acima) da diagonal principal são zeros.

Tridiagonal: Matriz em que aij = 0, se |i − j| ≥ 2, i, j = 1, . . . , n.

Uma matriz com muitos elementos nulos diz-se esparsa.

(68)

Definições

A característica de uma matriz A, c(A), é o número máximo de linhas paralelas, ou colunas, linearmente independentes que existem na matriz.

Para que um sistema seja possível e determinado temos de ter c(A) = n. Caso contrário (c(A) < n) o sistema é indeterminado ou impossível.

À matrix (A|b) que se obtém ampliando A com a coluna do termo independente b chama-se matriz ampliada do sistema.

Triangular superior (inferior): É uma matriz em que os elementos abaixo (acima) da diagonal principal são zeros.

Tridiagonal: Matriz em que aij = 0, se |i − j| ≥ 2, i, j = 1, . . . , n.

Uma matriz com muitos elementos nulos diz-se esparsa.

(69)

Definições

A característica de uma matriz A, c(A), é o número máximo de linhas paralelas, ou colunas, linearmente independentes que existem na matriz.

Para que um sistema seja possível e determinado temos de ter c(A) = n. Caso contrário (c(A) < n) o sistema é indeterminado ou impossível.

À matrix (A|b) que se obtém ampliando A com a coluna do termo independente b chama-se matriz ampliada do sistema.

Triangular superior (inferior): É uma matriz em que os elementos abaixo (acima) da diagonal principal são zeros.

Tridiagonal: Matriz em que aij = 0, se |i − j| ≥ 2, i, j = 1, . . . , n.

Uma matriz com muitos elementos nulos diz-se esparsa.

(70)

Definições

A característica de uma matriz A, c(A), é o número máximo de linhas paralelas, ou colunas, linearmente independentes que existem na matriz.

Para que um sistema seja possível e determinado temos de ter c(A) = n. Caso contrário (c(A) < n) o sistema é indeterminado ou impossível.

À matrix (A|b) que se obtém ampliando A com a coluna do termo independente b chama-se matriz ampliada do sistema.

Triangular superior (inferior): É uma matriz em que os elementos abaixo (acima) da diagonal principal são zeros.

Tridiagonal: Matriz em que aij = 0, se |i − j| ≥ 2, i, j = 1, . . . , n. Uma matriz com muitos elementos nulos diz-se esparsa.

(71)

Definições

A característica de uma matriz A, c(A), é o número máximo de linhas paralelas, ou colunas, linearmente independentes que existem na matriz.

Para que um sistema seja possível e determinado temos de ter c(A) = n. Caso contrário (c(A) < n) o sistema é indeterminado ou impossível.

À matrix (A|b) que se obtém ampliando A com a coluna do termo independente b chama-se matriz ampliada do sistema.

Triangular superior (inferior): É uma matriz em que os elementos abaixo (acima) da diagonal principal são zeros.

Tridiagonal: Matriz em que aij = 0, se |i − j| ≥ 2, i, j = 1, . . . , n.

Uma matriz com muitos elementos nulos diz-se esparsa.

(72)

Tipos de métodos

Métodos directos e estáveis. Métodos que calculam a solução exacta do sistema ao fim de um número finito de operações elementares, caso não ocorram erros de arredondamento.

Matrizes dos coeficientes densas e de pequena dimensão.

Métodos iterativos. Métodos que definem uma sequência infinita de operações, determinando uma sequência de aproximações, cujo limite é a solução exacta do sistema.

Matrizes dos coeficientes esparsas e de grande dimensão.

(73)

Tipos de métodos

Métodos directos e estáveis. Métodos que calculam a solução exacta do sistema ao fim de um número finito de operações elementares, caso não ocorram erros de arredondamento.

Matrizes dos coeficientes densas e de pequena dimensão.

Métodos iterativos. Métodos que definem uma sequência infinita de operações, determinando uma sequência de aproximações, cujo limite é a solução exacta do sistema.

Matrizes dos coeficientes esparsas e de grande dimensão.

(74)

Estabilidade numérica

Considere-se o seguinte sistema linear: 

0.0001x1+ x2 = 1.0001

x1+ x2 = 2

cuja solução é x = (1, 1)T. Usando aritmética de três algarismos

significativos e considerando o multiplicador igual a −0.100×101 −3 = −0.100 × 105, surge o sistema condensado



0.100 × 10−3x1+ x2= 0.100 × 101

− 0.1 × 105x

2= −0.1 × 105

cuja solução é x = (0, 1)T!!!

(75)

Motivação - Continuação

Se nas mesmas condições usarmos a pivotagem parcial temos  x1+ x2 = 2 0.100 × 10−3x1+ x2 = 0.100 × 101 m = −0.100×101 −3 = −0.100 × 10−3  x1+ x2 = 2 x2 = 0.100 × 101 cuja solução é x = (1, 1)T.

(76)

Eliminação de Gauss com Pivotagem Parcial (EGPP)

Corresponde a eliminação de Gauss, mas em que a linha usada na eliminação dos elementos da coluna das linhas seguintes é o maior em módulo. Exemplo:   3 2 −2 9 7 −9 6 8 −8 1 1 1  →   9 7 −9 3 2 −2 6 8 −8 1 1 1   m21= −39 m31= −69   9 7 −9 0 −0.333333 1 0 3.333333 −2 1 0.666667 0.333333  =

(77)

Eliminação de Gauss com Pivotagem Parcial (EGPP)

  9 7 −9 0 3.333333 −2 0 −0.333333 1 1 0.333333 0.666667   m32= −−0.3333333.333333 = 0.1 =   9 7 −9 0 3.333333 −2 0 0 0.8 1 0.333333 0.7  

(78)

Substituição inversa

Quando a matriz é triangular superior pode-se determinar a solução directamente, através da substituição inversa.

Exemplo   9 7 −9 0 3.333333 −2 0 0 0.8 1 0.333333 0.7   vem que x3= 0.7 0.8 = 0.875, x2= 0.333333 − (−2) × 0.875 3.333333 = 0.625 x1 = 1 − (−9) × 0.875 − 7 × 0.625 9 = 0.5

(79)

Substituição directa

Quando a matriz é triangular inferior pode-se determinar a solução directamente, através da substituição directa.

Exemplo   1 0 0 2 1 0 3 2 1 2 3 4   vem que x1 = 2 1 = 2, x2 = 3 − 2 × 2 1 = −1 x3 = 4 − 3 × 2 − 2 × (−1) 1 = 0

(80)

Decomposição LU

Da eliminação de Gauss com Pivotagem Parcial resulta (A |I ) → (U |J ) Exemplo  1 2 1 0 2 1 0 1  →  2 1 0 1 1 2 1 0  →  2 1 0 1 0 1.5 1 −0.5 

(81)

Determinantes de Matrizes

det(A) = (−1)s n Y i=1 uii

onde uii corresponde aos elementos da diagonal da matriz U e s é o

número de trocas de linhas para obter a matriz U . Exemplo det  1 2 2 1  = (−1)1det  2 1 0 1.5  = (−1)1× 2 × 1.5 = −3

(82)

Cálculo da Inversa de Matrizes

A matriz inversa de A (A−1) verifica

AA−1= I = A−1A.

O cálculo da matriz inversa reduz-se a resolução de n sistemas lineares da forma

Axj = ej, j = 1, . . . , n,

em que os vectores independentes ej são as colunas da matriz identidade.

O vector solução xj corresponde à coluna j da matriz inversa.

Na prática resolve-se os n sistemas em simultâneo, i.e., resolve-se a equação

(U |J ) por substituição inversa.

(83)

Cálculo da Inversa de Matrizes - Exemplo

 1 2 1 0 2 1 0 1  →  2 1 0 1 1 2 1 0  →  2 1 0 1 0 1.5 1 −0.5   2 1 0 0 1.5 1  →  x11= 0−1×0.66672 = −0.3334 x21= 1.51 = 0.6667  2 1 1 0 1.5 −0.5  →  x12= 1−1×(−0.3333)2 = 0.6667 x22= −0.51.5 = −0.3333 A inversa de  1 2 2 1  é  −0.3334 0.6667 0.6667 −0.3333 

(84)

Métodos iterativos

Nos métodos iterativos a solução exacta só é obtida ao fim de uma sequência infinita de operações.

O processo parte de uma aproximação inicial para a solução do sistema e usa uma equação iterativa da forma

M x(k+1)= N x(k)+ b, para k = 1, 2, . . .

Os métodos em que M e N não dependem de k dizem-se estacionários. Os métodos de Jacobi e Gauss-Seidel são métodos estacionário.

(85)

Método Iterativo Jacobi

D matriz dos elementos da diagonal principal, L matriz dos simétricos dos elementos abaixo da diagonal principal e U matriz dos simétricos dos elementos acima da diagonal principal.

O método de Jacobi usa a partição de A em D − (L + U ), i.e, M = D e N = L + U

A equação iterativa fica

Dx(k+1)= (L + U )x(k)+ b ou x(k+1)= D−1(L + U )x(k)+ D−1b A matriz iteração é

CJ = M−1N = D−1(L + U )

(86)

Método Iterativo Gauss-Seidel

M = D − L N = U

A equação iterativa fica

M x(k+1) = N x(k)+ b ou x(k+1) = M−1N x(k)+ M−1b A matriz iteração é

CGS= M−1N = (D − L)−1U.

(87)

Critério de Paragem

Erro relativo na aproximação x(k+1)− x(k) x(k+1) < 1 Resíduo Ax (k+1)− b < 2

(88)

Convergência dos métodos iterativos

Condições suficientes

A simétrica e definida positiva =⇒ GS exibe convergência global;

A é estrita e diagonalmente dominante =⇒ J e GS exibem convergência global;

kCkp < 1, para qualquer normal p, =⇒ J e GS exibem convergência global;

C é a matriz iteração de Jacobi ou Gauss-Seidel.

(89)

Convergência dos métodos iterativos

Condições suficientes

A simétrica e definida positiva =⇒ GS exibe convergência global; A é estrita e diagonalmente dominante =⇒ J e GS exibem convergência global;

kCkp < 1, para qualquer normal p, =⇒ J e GS exibem convergência global;

C é a matriz iteração de Jacobi ou Gauss-Seidel.

(90)

Convergência dos métodos iterativos

Condições suficientes

A simétrica e definida positiva =⇒ GS exibe convergência global; A é estrita e diagonalmente dominante =⇒ J e GS exibem convergência global;

kCkp < 1, para qualquer normal p, =⇒ J e GS exibem convergência global;

C é a matriz iteração de Jacobi ou Gauss-Seidel.

(91)

Algumas definições

Uma matriz A diz-se simétrica se A = AT.

Uma matriz é definida positiva se dTAd > 0, ∀d 6= 0. É equivalente a

verificar que todos os determinante das sub-matrizes principais são maiores do que zero.

Uma matriz A diz-se estrita e diagonalmente dominante se |aii| >Pnj=1

j6=i

|aij|, i = 1, . . . , n

(92)

Algumas definições

Uma matriz A diz-se simétrica se A = AT.

Uma matriz é definida positiva se dTAd > 0, ∀d 6= 0. É equivalente a

verificar que todos os determinante das sub-matrizes principais são maiores do que zero.

Uma matriz A diz-se estrita e diagonalmente dominante se |aii| >Pnj=1

j6=i

|aij|, i = 1, . . . , n

(93)

Algumas definições

Uma matriz A diz-se simétrica se A = AT.

Uma matriz é definida positiva se dTAd > 0, ∀d 6= 0. É equivalente a

verificar que todos os determinante das sub-matrizes principais são maiores do que zero.

Uma matriz A diz-se estrita e diagonalmente dominante se |aii| >Pnj=1

j6=i

|aij|, i = 1, . . . , n

(94)

Exemplo - convergência de Gauss-Seidel

Considere-se a seguinte matriz dos coeficientes de um sistema linear A =



3 1

1 2



Como a A = AT a matriz é simétrica.



3 1

1 2



det(|3|) = 3 > 0 det(A) = 3 × 2 − 1 × 1 = 5 > 0 Logo A é simétrica e definida positiva e o método de Gauss-Seidel converge.

(95)

Exemplo - convergência de Jacobi

Considere-se o seguinte sistema 

1 2 1

3 1 1



Como |1| ≯ |2| a matriz dos coeficientes não é estrita e diagonalmente dominante e nada se pode concluir acerca da convergência do método de Jacobi. No entanto se trocarmos as linhas temos



3 1 1

1 2 1



e como |3| > |1| e |2| > |1| a matriz é estrita e diagonalmente dominante, logo o método de Jacobi converge.

(96)

Exemplo - convergência de Jacobi

Considere-se a seguinte matriz dos coeficientes de um sistema linear A =



3 2

3 1



Como |3| > |2|, mas |1| ≯ |3| a matriz dos coeficientes não é estrita e diagonalmente dominante e nada se pode concluir acerca da convergência do método de Jacobi. D =  3 0 0 1  L =  0 0 −3 0  U =  0 −2 0 0 

(97)

Continuação

CJ = D−1(L + U ) =  0.3333 0 0 1   0 −2 −3 0  =  0 −0.6666 −3 0  Como kCJk∞= max{|0| + | − 0.6666|, | − 3| + |0|} = 3 ≥ 1 e kcJk1= max{|0| + | − 3|, | − 0.6666| + |0|} = 3 ≥ 1

nada se pode concluir acerca da convergência do método de Jacobi.

(98)

Uma iteração do método de Gauss-Seidel

Considere-se o seguinte sistema linear A =  3 1 1 1 2 1  , x(1)= (0, 0)T e 1 =  = 0.1 D =  3 0 0 2  L =  0 0 −1 0  U =  0 −1 0 0  Equação iterativa é (D − L)x(k+1) = U x(k)+ b

(99)

Continuação

1a iteração  3 0 1 2  x(2) =  0 −1 0 0   0 0  +  1 1  =  1 1   3 0 1 1 2 1  → ( x(2)1 = 13 = 0.3333 x(2)2 = 1−1×0.33332 = 0.3334 C.P. x(2)− x(1) x(2) =  0.3333 0.3334  −  0 0  ∞  0.3333 0.3334  ∞ = 0.3334 0.3334 = 1 ≮ 0.1

Como o critério não se verifica deve-se continuar com a próxima iteração.

(100)

Conteúdo

1 Introdução 2 Erros

3 Zeros de funções

4 Resolução de sistemas lineares

5 Resolução de sistemas não lineares

6 Interpolação polinomial

7 Interpolação segmentada - Splines 8 Mínimos quadrados lineares

9 Equações diferenciais - Condições iniciais 10 Equações diferenciais - Condições Fronteira 11 Integração numérica

(101)

Sistemas de equações não lineares

Forma geral do problema        f1(x1, x2, . . . , xn) = 0 f2(x1, x2, . . . , xn) = 0 . . . fn(x1, x2, . . . , xn) = 0

em que f = (f1, f2, . . . , fn)T é um vector de funções pelo menos uma vez

continuamente diferenciáveis.

Pretende-se determinar um x∗ = (x∗1, x∗2, . . . , x∗n)T tal que f (x∗) = (0, 0, . . . , 0)T = 0.

(102)

Fórmula de Taylor a uma dimensão

Se f : R → R for l + 1 vezes diferenciável temos que

f (x) = l X k=0 f(k)(a) k! (x − a) k+f(l+1)(ξ) (l + 1)! (x − a) l+1

com ξ ∈ [a, x] e a função definida em torno de a.

Exemplo: Valor da função em x(k+1) definido em torno de x(k). f (x(k+1)) ≈ f (x(k)) + f0(x(k))(x(k+1)− x(k)) ou seja, quando se pretende que f (x(k+1)) = 0 vem

x(k+1)= x(k)− f (x

(k))

f0(x(k)) Eq. it. do método de Newton

(103)

Fórmula de Taylor para dimensão n

Se f : Rn→ Rn temos que f (x(k+1)) ≈ f (x(k))+       ∂f1(x(k)) ∂x1 ∂f1(x(k)) ∂x2 . . . ∂f1(x(k)) ∂xn ∂f2(x(k)) ∂x1 ∂f2(x(k)) ∂x2 . . . ∂f2(x(k)) ∂xn . . . ∂fn(x(k)) ∂x1 ∂fn(x(k)) ∂x2 . . . ∂fn(x(k)) ∂xn            x(k+1)1 − x(k)1 x(k+1)2 − x(k)2 . . . x(k+1)n − x(k)n     

e deduzindo a equação iterativa do método de Newton para sistemas de equações não lineares temos,

J (x(k))∆(k)x = −f (x(k)), com x(k+1)= x(k)+ ∆(k)x em que J (x) é o Jacobiano da função.

(104)

Critério de paragem

kx(k+1)− x(k)k 2 kx(k+1)k 2 = k∆ (k) x k2 kx(k+1)k 2 ≤ 1 Se kx(k+1)k

2 é zero, ou próximo de zero, então o critério deve ser

k∆(k)x k2 ≤ 1

kf (x(k+1))k2 ≤ 2

Número máximo de iterações.

(105)

Critério de paragem

kx(k+1)− x(k)k 2 kx(k+1)k 2 = k∆ (k) x k2 kx(k+1)k 2 ≤ 1 Se kx(k+1)k

2 é zero, ou próximo de zero, então o critério deve ser

k∆(k)x k2 ≤ 1

kf (x(k+1))k2 ≤ 2 Número máximo de iterações.

(106)

Critério de paragem

kx(k+1)− x(k)k 2 kx(k+1)k 2 = k∆ (k) x k2 kx(k+1)k 2 ≤ 1 Se kx(k+1)k

2 é zero, ou próximo de zero, então o critério deve ser

k∆(k)x k2 ≤ 1

kf (x(k+1))k2 ≤ 2

Número máximo de iterações.

(107)

Propriedades

Convergência local quadrática.

Determina a solução de um sistema linear numa única iteração. Inconveniente do cálculo do Jacobiano. (Também existe um método da secante para sistemas.)

O método falha quando o Jacobiano é singular (nova aproximação inicial).

O método de Newton não converge necessariamente para a solução mais próxima da aproximação inicial.

(108)

Propriedades

Convergência local quadrática.

Determina a solução de um sistema linear numa única iteração.

Inconveniente do cálculo do Jacobiano. (Também existe um método da secante para sistemas.)

O método falha quando o Jacobiano é singular (nova aproximação inicial).

O método de Newton não converge necessariamente para a solução mais próxima da aproximação inicial.

(109)

Propriedades

Convergência local quadrática.

Determina a solução de um sistema linear numa única iteração. Inconveniente do cálculo do Jacobiano. (Também existe um método da secante para sistemas.)

O método falha quando o Jacobiano é singular (nova aproximação inicial).

O método de Newton não converge necessariamente para a solução mais próxima da aproximação inicial.

(110)

Propriedades

Convergência local quadrática.

Determina a solução de um sistema linear numa única iteração. Inconveniente do cálculo do Jacobiano. (Também existe um método da secante para sistemas.)

O método falha quando o Jacobiano é singular (nova aproximação inicial).

O método de Newton não converge necessariamente para a solução mais próxima da aproximação inicial.

(111)

Propriedades

Convergência local quadrática.

Determina a solução de um sistema linear numa única iteração. Inconveniente do cálculo do Jacobiano. (Também existe um método da secante para sistemas.)

O método falha quando o Jacobiano é singular (nova aproximação inicial).

O método de Newton não converge necessariamente para a solução mais próxima da aproximação inicial.

(112)

Um exemplo

Considere-se o seguinte sistema não linear  3x2+ 2y2 = 35 4x2− 3y2 = 24 cujo Jacobiano é J (x, y) =  6x 4y 8x −6y  Temos f (x, y) =  3x2+ 2y2− 35 4x2− 3y2− 24 

e a aproximação inicial é (x, y)(1) = (2.5, 2). Pretende-se determinar a

solução com uma precisão de 1 = 2 = 10−1.

(113)

Continuação

1a iteração J ((x, y)(1)) = J (2.5, 2) =  15 8 20 −12  f ((x, y)(1)) = f (2.5, 2) =  −8.25 −11   15 8 8.25 20 −12 11  →  20 −12 11 15 8 8.25  →  20 −12 11 0 17 0  → ∆(1)(x,y)=  0.55 0  e (x, y)(2)= (x, y)(1)+ ∆(1)(x,y) = (3.05, 2)T

(114)

Continuação

C.P. f  (x, y)(2) =  0.9075 1.21  ∞ = 1.21  2 = 0.1

Como o critério não se verifica faz-se uma nova iteração.

(115)

Conteúdo

1 Introdução 2 Erros

3 Zeros de funções

4 Resolução de sistemas lineares 5 Resolução de sistemas não lineares

6 Interpolação polinomial

7 Interpolação segmentada - Splines 8 Mínimos quadrados lineares

9 Equações diferenciais - Condições iniciais 10 Equações diferenciais - Condições Fronteira 11 Integração numérica

(116)

Motivação

Pretende-se determinar uma função aproximação que descreva o melhor possível o comportamento de um conjunto de pontos (x0, f0), (x1, f1),

. . . , (xm, fm).

Este conjunto de pontos pode ter sido obtido de:

observações de uma experiência (função desconhecida);

uma função complexa cujo cálculo é difícil (função pode ser conhecida).

A função aproximação server para:

formular um modelo matemático que descreve o processo em causa;

obter valores da função em pontos que são desconhecidos.

Problema: Como implementar a função sin(x) num microcontrolador?

(117)

Motivação

Pretende-se determinar uma função aproximação que descreva o melhor possível o comportamento de um conjunto de pontos (x0, f0), (x1, f1),

. . . , (xm, fm).

Este conjunto de pontos pode ter sido obtido de:

observações de uma experiência (função desconhecida); uma função complexa cujo cálculo é difícil (função pode ser conhecida).

A função aproximação server para:

formular um modelo matemático que descreve o processo em causa; obter valores da função em pontos que são desconhecidos.

Problema: Como implementar a função sin(x) num microcontrolador?

(118)

Motivação

Pretende-se determinar uma função aproximação que descreva o melhor possível o comportamento de um conjunto de pontos (x0, f0), (x1, f1),

. . . , (xm, fm).

Este conjunto de pontos pode ter sido obtido de:

observações de uma experiência (função desconhecida); uma função complexa cujo cálculo é difícil (função pode ser conhecida).

A função aproximação server para:

formular um modelo matemático que descreve o processo em causa;

obter valores da função em pontos que são desconhecidos.

Problema: Como implementar a função sin(x) num microcontrolador?

(119)

Motivação

Pretende-se determinar uma função aproximação que descreva o melhor possível o comportamento de um conjunto de pontos (x0, f0), (x1, f1),

. . . , (xm, fm).

Este conjunto de pontos pode ter sido obtido de:

observações de uma experiência (função desconhecida); uma função complexa cujo cálculo é difícil (função pode ser conhecida).

A função aproximação server para:

formular um modelo matemático que descreve o processo em causa; obter valores da função em pontos que são desconhecidos.

Problema: Como implementar a função sin(x) num microcontrolador?

(120)

Motivação

Pretende-se determinar uma função aproximação que descreva o melhor possível o comportamento de um conjunto de pontos (x0, f0), (x1, f1),

. . . , (xm, fm).

Este conjunto de pontos pode ter sido obtido de:

observações de uma experiência (função desconhecida); uma função complexa cujo cálculo é difícil (função pode ser conhecida).

A função aproximação server para:

formular um modelo matemático que descreve o processo em causa; obter valores da função em pontos que são desconhecidos.

Problema: Como implementar a função sin(x) num microcontrolador?

(121)

Continuação

Pretende-se então, dado um conjunto de pontos (xi, fi), i = 1, . . . , m,

determinar uma função aproximação p(x) que melhor descreve o comportamento dos dados, de acordo com uma certa medida.

No nosso caso vamos apenas considerar funções aproximação polinomiais, i.e., pn(x) é um polinómio interpolador de grau n.

Para construirmos o polinómio interpolador de Newton são necessárias as diferenças divididas.

(122)

Diferenças divididas

com espaçamento não constante

Considere-se uma função f (x) tabelada em m + 1 pontos x0, x1, . . . , xm

não igualmente espaçados.

Diferenças divididas de primeira ordem são [xj, xj+1] =

fj − fj+1

xj − xj+1

j = 0, . . . , m − 1 onde fj = f (xj).

A diferença dividida de primeira ordem corresponde ao declive da recta que passa em (xj, fj) e (xj+1, fj+1).

(123)

Continuação

As diferenças divididas de segunda ordem são [xj, xj+1, xj+2] =

[xj, xj+1] − [xj+1, xj+2]

xj− xj+2

, j = 0, . . . , m − 2.

As diferenças divididas de ordem n são [xj, xj+1, . . . , xj+n] =

[xj, xj+1, . . . , xj+n−1] − [xj+1, xj+2, . . . , xj+n]

xj− xj+n

para j = 0, . . . , m − n.

(124)

Tabela das diferenças divididas

x0 f0 [x0, x1] x1 f1 [x0, x1, x2] [x1, x2] [x0, x1, x2, x3] x2 f2 [x1, x2, x3] [x2, x3] [x1, x2, x3, x4] . . . [x0, . . . , xm−1, xm] xm−2 fm−2 [xm−3, xm−2, xm−1] [xm−2, xm−1] [xm−3, xm−2, xm−1, xm] xm−1 fm−1 [xm−2, xm−1, xm] [xm−1, xm] xm fm

(125)

Exemplo

xi fi dd1 dd2 dd3 dd4 dd5 1 2 0.5000 3 3 0.1667 1.0000 −0.0667 4 4 −0.1667 0.0250 0.5000 0.0833 −0.0043 6 5 0.1667 −0.0139 1.0000 −0.0139 7 6 0.0833 1.3333 10 10

(126)

Propriedades das diferenças divididas

Simétrica nos argumentos, i.e., é independente da ordem dos argumentos; Exemplo xi fi 6 5 1.0000 7 6 0.0833 1.3333 10 10 xi fi 7 6 1.3333 10 10 0.0833 1.25 6 5

(127)

Propriedades das diferenças divididas

Se fj = uj+ vj para valores de xj, j = 0, . . . , m então a tabela das DD de

f é igual à soma das tabelas das DD de u e v.

Exemplo: f (x) = sin(x) + ex, u(x) = sin(x) e v(x) = ex.

xi ui 1 0.8415 0.0678 2 0.9093 −0.4180 −0.7682 3 0.1411 xi vi 1 2.7183 4.6708 2 7.3891 4.0128 12.6964 3 20.0855 xi fi 1 3.5598 4.7386 2 8.2984 3.5948 11.9282 3 20.2266

(128)

Propriedades das diferenças divididas

A diferença dividida de cf (x), com c constante, é igual ao produto da diferença dividida de f (x) por c.

Exemplo: f (x) = sin(x), cf (x) = 2 sin(x)

xi fi 1 0.8415 0.0678 2 0.9093 −0.4180 −0.7682 3 0.1411 xi 2fi 1 1.6830 0.1356 2 1.8186 −0.8360 −1.5364 3 0.2822

(129)

Propriedades das diferenças divididas

As diferenças divididas de ordem n da função xn são iguais a 1 e as de ordem r > n são nulas. Como consequência as diferenças divididas de ordem n de um polinómio de ordem n são iguais e diferentes de zero. Exemplo: f (x) = x2+ 3x + 1 xi fi dd1 dd2 dd3 dd4 −1 −1 2 0 1 1 4 0 1 5 1 0 6 0 2 11 1 8 3 19

(130)

Fórmula interpoladora de Newton

Das definições das diferenças divididas pode-se concluir que

f (x) = f0+ (x − x0)[x0, x] = f0+ (x − x0) f (x) − f0 x − x0 [x0, x] = [x0, x1] + (x − x1)[x0, x1, x] [x0, x1, x] = [x0, x1, x2] + (x − x2)[x0, x1, x2, x] . . . [x0, x1, . . . , xn−1, x] = [x0, x1, . . . , xn−1, xn] + (x − xn)[x0, x1, . . . , xn−1, xn, x] . . .

deduzindo-se a fórmula interpoladora de Newton

f (x) = f0+ (x − x0)[x0, x1] + (x − x0)(x − x1)[x0, x1, x2] + · · · +

(x − x0) . . . (x − xn−1)[x0, x1, . . . , xn] + · · ·

(131)

Polinómio interpolador de Newton

O polinómio interpolador de grau n obtém-se usado apenas n + 1 termos da fórmula interpoladora de Newton,

pn(x) = f0+ (x − x0)[x0, x1] + (x − x0)(x − x1)[x0, x1, x2] + · · · + (x − x0) . . . (x − xn−1)[x0, x1, . . . , xn] e temos que R(x) = f (x) − pn(x) = (x − x0)(x − x1) . . . (x − xn−1)(x − xn)f (n+1)(ξ) (n+1)! , ξ ∈ [x0, xn].

(132)

Diferenças divididas e derivadas

Da dedução da fórmula do erro de truncatura temos que [x0, x1, . . . , xn] =

f(n)(ξ)

n! , ξ ∈ [x0, xn],

ou seja, as diferenças divididas de primeira ordem são aproximações as primeiras derivadas e a diferença dividida de ordem n é uma aproximação à derivada de ordem n da função sobre n!.

(133)

Determinação do polinómio interpolador

Em geral temos que m > n. Para construirmos o polinómio interpolador de grau n são necessários n + 1 pontos. A escolha dos pontos está relacionada com o valor de ¯x para o qual se pretende obter uma estimativa da função f (¯x).

A escolha dos pontos deve obedecer as seguintes regras:

os pontos xj e xj+1 em que xj < ¯x < xj+1 devem ser incluídos. os restantes, até formar os n + 1 necessários, são aqueles que estão mais próximos de ¯x.

(134)

Determinação do polinómio interpolador

Em geral temos que m > n. Para construirmos o polinómio interpolador de grau n são necessários n + 1 pontos. A escolha dos pontos está relacionada com o valor de ¯x para o qual se pretende obter uma estimativa da função f (¯x).

A escolha dos pontos deve obedecer as seguintes regras:

os pontos xj e xj+1 em que xj < ¯x < xj+1 devem ser incluídos.

os restantes, até formar os n + 1 necessários, são aqueles que estão mais próximos de ¯x.

(135)

Exemplo

Considere-se a seguinte tabela de pontos

i 0 1 2 3 4 5

xi 1 3 4 6 7 10

fi 2 3 4 5 6 10

pretende-se obter uma estimativa de f (8) através usando uma interpolação quadrática (polinómio de colocação de grau 2).

Precisamos de 3 pontos para construir o polinómio de grau 2. x4 e x5

devem ser incluídos, uma vez que x4< 8 < x5, e o restante será o x3.

(136)

Continuação

Construindo a tabela das diferenças divididas temos que

xi fi 6 5 1.0000 7 6 0.0833 1.3333 10 10 e p2(x) = 5 + (x − 6) × 1 + (x − 6)(x − 7) × 0.0833, ficando f (8) ≈ p2(8) = 5 + (8 − 6) × 1 + (8 − 6)(8 − 7) × 0.0833 = 7.1666.

Nota: x0= 6, x1 = 7, e x2 = 10 para efeitos do cálculo do polinómio.

Sendo o polinómio interpolador único qualquer combinação de pontos resulta no mesmo polinómio.

(137)

Continuação

xi fi 7 6 1.3333 10 10 0.0833 1.25 6 5 e p2(x) = 6 + (x − 7) × 1.3333 + (x − 7)(x − 10) × 0.0833, ficando f (8) ≈ p2(8) = 6 + (8 − 7) × 1.333 + (8 − 7)(8 − 10) × 0.0833 = 7.1667.

(138)

Cálculo do majorante do erro absoluto

ET (x) = (x − x0)(x − x1)(x − x2) f(3)(ξ) 3! , ξ ∈ [6, 10]

Como necessitámos de uma estimativa para f(3)(ξ) e a função f (x) é

desconhecida vamos usar as diferenças divididas para a obter.

Com os pontos usados na construção do polinómio não é possível obter uma diferença dividida de ordem 3 e por isso vamos acrescentar mais um ponto à tabela anterior.

É indiferente inserir o ponto no início ou no final da tabela, uma vez que o valor de dd3 será o mesmo.

(139)

Continuação

xi fi 4 4 0.5000 6 5 0.1667 1.0000 −0.0139 7 6 0.0833 1.3333 10 10 ET (8) = |(8 − 6)(8 − 7)(8 − 10) × (−0.0139)| = 0.0556

(140)

Conteúdo

1 Introdução 2 Erros

3 Zeros de funções

4 Resolução de sistemas lineares 5 Resolução de sistemas não lineares 6 Interpolação polinomial

7 Interpolação segmentada - Splines

8 Mínimos quadrados lineares

9 Equações diferenciais - Condições iniciais 10 Equações diferenciais - Condições Fronteira 11 Integração numérica

(141)

Motivação

Pretende-se aproximar uma função f (x) conhecida em alguns pontos do seu domínio

por ser desconhecida a sua expressão analítica (experiência laboratorial);

porque a sua expressão analítica é demasiado complexa.

Dará bons resultados aproximar uma função conhecida em 11 pontos por um polinómio de grau 10?

(142)

Motivação

Pretende-se aproximar uma função f (x) conhecida em alguns pontos do seu domínio

por ser desconhecida a sua expressão analítica (experiência laboratorial);

porque a sua expressão analítica é demasiado complexa.

Dará bons resultados aproximar uma função conhecida em 11 pontos por um polinómio de grau 10?

(143)

Motivação

Pretende-se aproximar uma função f (x) conhecida em alguns pontos do seu domínio

por ser desconhecida a sua expressão analítica (experiência laboratorial);

porque a sua expressão analítica é demasiado complexa.

Dará bons resultados aproximar uma função conhecida em 11 pontos por um polinómio de grau 10?

(144)

Motivação

Pretende-se aproximar uma função f (x) conhecida em alguns pontos do seu domínio

por ser desconhecida a sua expressão analítica (experiência laboratorial);

porque a sua expressão analítica é demasiado complexa.

Dará bons resultados aproximar uma função conhecida em 11 pontos por um polinómio de grau 10?

(145)

Exemplo

Dada a função f (x) conhecida para os seguintes pontos (i = 0, . . . , 10)

xi 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 fi 0.1 0.2 0.3 0.4 0.45 0.44 0.4 0.45 0.4 0.4 0.35 0 2 4 6 8 10 12 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 x p10 (x)

(146)

Interpolação segmentada

A ideia subjacente à interpolação segmentada consiste na construção de segmentos entre pontos (em oposição à construção de um único polinómio).

A facilidade de usar polinómios fazem com que sejam candidatos naturais para a construção dos segmentos:

quando o segmento é um polinómio de grau 1 estamos na presença de uma Spline linear;

quando o segmento é um polinómio de grau 3 estamos na presença de uma Spline cúbica.

O grau do polinómio usado na construção do segmentonão está

relacionado com o número de pontos.

Para um conjunto de n + 1 pontos temos n segmentos.

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