UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CENTRO DE FILOSOFIA E EDUCAÇÃO
PROJETO NOSSA ESCOLA PESQUISA SUA OPINIÃO - PÓLO RS
CURSO “ESCOLA E PESQUISA: UM ENCONTRO POSSÍVEL”
LETÍCIA GUERRA E MICAEL MONTEMEZZO
PROJETO DE PESQUISA
O USO DAS SACOLAS PLÁSTICAS
Projeto de pesquisa apresentado junto ao curso de Extensão “Escola e Pesquisa: um encontro Possível”.
Orientadora: Kátia Regina Ricardo
Caxias do Sul
2012
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO...2
1.1Dados dos Pesquisadores...2
2 TEMA...2
2.1 Delimitação do Tema...2
2.2 Problema...2
3 JUSTIFICATIVA...2
4 HIPÓTESES...3
5 OBJETIVOS...3
5.1 Objetivo Geral...3
5.2 Objetivos Específicos...3
6 METODOLOGIA...4
7 POPULAÇÃO/AMOSTRA...4
8 RECURSOS...5
8.1 Recursos Humanos...5
8.2 Recursos Materiais...5
9 CRONOGRAMA...5
10 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO...6
11 REFERÊNCIAS...7
12 QUESTIONÁRIOS...8
12.1 Instrumento de pesquisa na comunidade...8
12.2 Instrumento de pesquisa para o representante dos estabelecimentos
comerciais...10
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CENTRO DE FILOSOFIA E EDUCAÇÃO
CURSO DE EXTENSÃO: “Escola e Pesquisa: um encontro Possível”
Coordenadora: Drª : Nilda Stecanela
Período: março a agosto de 2012
Autores: Letícia Guerra e Micael Montemezzo
Orientadora: Kátia Regina Ricardo
2 TEMA
Sacolas plásticas
2.1 Delimitação do Tema
Distribuição e uso de sacolas plásticas pela população amostrada no bairro Desvio
Rizzo.
2.2 Problema
A população amostrada utiliza conscientemente sacolas plásticas?
3 JUSTIFICATIVA
No mundo contemporâneo, as questões ambientais vem ganhando mais evidência. A
sociedade, teoricamente, está se dando conta da necessidade de práticas mais
ambientalmente corretas, já que as consequências dos problemas ambientais estão
atingindo o planeta como um todo.
Um dos problemas ambientais mais discutidos atualmente é a produção
desordenada de lixo pela sociedade. Esse problema apenas aumenta de proporção, já que
a população mundial está em constante crescimento e o poder de consumo também cresce
a cada ano. Segundo dados da pesquisa realizada pelo RSU (Resíduos Sólidos Urbanos)
em 2010, cada brasileiro produziu em média 378 kg de lixo naquele ano.
Porém, alguns resíduos do cotidiano tem se mostrado mais prejudiciais ao meio
ambiente, uma vez que não são recicláveis (pelo baixo custo de produção comparado à
reciclagem). Entre esses resíduos estão as sacolas plásticas, que tem como componente
estrutural o polietileno, derivado do petróleo (fonte natural não-renovável). As sacolas
plásticas atualmente possuem diversas finalidades dentro das residências, como o
acondicionamento de resíduos para sua destinação final, prática essa que é recomendada
por órgãos de saúde pública. Entretanto, o uso excessivo e o descarte incorreto interferem
no funcionamento efetivo das redes de escoamento de água, causando alagamentos, mas
principalmente, afetam as cadeias tróficas nos ecossistemas. O exemplo mais comum é
quando essas sacolas atingem corpos de água, e são confundidas com alimentos pelos
animais aquáticos, causando a ingestão e levando-os a óbito.
Além do prejuízo ambiental pela sacola em seu estado original, também afeta as
redes tróficas dos ecossistemas, uma vez que a sua degradação gera monômeros de
etileno (unidade estrutural do polímero polietileno), que se acumulam no ambiente,
causando o efeito conhecido como bioacumulação. Ou seja, os consumidores primários das
cadeias ingerem involuntariamente esses monômeros, e quando esse animal é consumido
pelo ser humano, acarreta problemas de saúde.
Segundo um artigo publicado na revista Planeta (junho de 2011), é fabricado no
Brasil cerca de 210 mil toneladas anuais de material para a fabricação de sacolas, o que
resulta em 18 bilhões de sacolas plásticas distribuídas por ano no país.
Com essa estimativa, a presente pesquisa tem por objetivo avaliar a conduta das
pessoas quanto ao descarte e utilização das sacolas plásticas, se a população preocupa-se
em tomar medidas alternativas (utilizando sacolas retornáveis) e mensurar a distribuição de
sacolas plásticas em dois estabelecimentos comerciais de médio porte no bairro Desvio
Rizzo.
4 HIPÓTESES
a) As pessoas utilizam e descartam as sacolas plásticas corretamente.
b) O grau de instrução dos entrevistados está intimamente ligado ao uso e descarte
corretos das sacolas plásticas.
c) As pessoas utilizam e descartam as sacolas plásticas incorretamente.
d) Os estabelecimentos comerciais estão preocupados em reduzir a quantidade de
sacolas plásticas no ambiente.
e) Os estabelecimentos comerciais não estão preocupados em reduzir a quantidade
de sacolas plásticas no ambiente.
5.1 Objetivo Geral
Avaliar a utilização de sacolas plásticas na população amostrada no bairro Desvio
Rizzo para mensurar a quantidade de sacolas plásticas as pessoas vem utilizando nos dias
atuais e avaliar qual é o destino dado as sacolas adquiridas.
5.2 Objetivos Específicos
Saber o destino das sacolas plásticas em algumas residências do bairro Desvio Rizzo;
Quantificar o consumo médio semanal de sacolas plásticas nas residências;
Avaliar se há relação entre a escolaridade dos entrevistados e a maneira como usam e
descartam as sacolas plásticas;
Conhecer se há a utilização de sacolas retornáveis na população amostrada;
Mensurar a quantidade de sacolas plásticas distribuídas semanalmente em alguns
estabelecimentos comerciais do bairro;
Conhecer a opinião da população sobre a consciência ambiental;
Verificar o conhecimento das pessoas acerca da legislação ambiental que proíbe a
distribuição de sacolas plásticas no estado de São Paulo.
6 METODOLOGIA
Pesquisa de opinião, através da utilização de questionários, contendo perguntas
abertas, nas quais os entrevistados respondem com suas ideias sobre o assunto e
perguntas fechadas estimuladas nas quais as alternativas para a resposta já estão
formuladas e, os entrevistados devem escolher a que corresponde à sua opinião.
7 POPULAÇÃO/AMOSTRA
7.1 Tipo de amostra
Amostra não-probabilística. Adultos acima de 20 anos, independente do gênero,
moradores do Bairro Desvio Rizzo, Caxias do Sul – RS.
Quantidade a ser amostrada: 50 pessoas.
Amostra probabilística. Responsáveis pela compra e distribuição de sacolas plásticas
em dois estabelecimentos comerciais no bairro Desvio Rizzo, Caxias do Sul –RS.
Quantidade de amostras: duas.
Acidental. Como a pesquisa será desenvolvida com âmbito de conhecer a
quantidade e o destino das sacolas plásticas utilizadas, o público-alvo será definido
diretamente nos estabelecimentos comerciais.
8 RECURSOS
8.1 Recursos Humanos
A pesquisa, orientada pelos autores, conta com a participação dos alunos da
turma do 7º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Luís Fernando Mazzochi –
Professor Nandi. Está envolvida ainda, a diretora Rosemeri Maria Chitolina Scopel
8.2 Recursos Materiais
Os materiais utilizados para a realização desse projeto são: revistas para recorte,
revistas para pesquisa, cartolinas para confecção de cartazes informativos, materiais de
rotina (caneta, lápis colorido e etc), fotocópias de atividades e das fichas de questionário.
9 CRONOGRAMA
Data
Descrição da ação
Responsáveis
Observações
09/04
Definição do tema,
problema e objetivos
da pesquisa.
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
16/04
Construção
das
hipóteses, definição
da
população
e
amostra.
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
07/05
Elaboração
dos
instrumentos
de
pesquisa e aplicação
do pré-teste.
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
21/05
Confecção
dos
cartazes
informativos.
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
28/05
Trabalho de campo.
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
Caso as condições
climáticas
não
estiverem favoráveis,
essa
data
será
transferida.
04/06
Fundamentação
teórica.
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
18/06
Tabulação
dos
dados e confecção
dos resultados.
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
02/07
Continuação
da
confecção
dos
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
resultados e início da
escrita
dos
resultados.
16/07
Continuação
da
escrita
dos
resultados.
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
30/07
Revisão do trabalho
de pesquisa.
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
06/08
Desenvolvimento da
apresentação.
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
25/08
Apresentação
dos
resultados finais na
Universidade
de
Caxias do Sul
Micael Montemezzo
e Letícia Guerra
Observação: as datas estão sujeitas a alterações, conforme ocorrer o andamento do projeto.
10 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
Segundo Fabro et al. (2007), as sacolas plásticas foram introduzidas no mercado na
década de 70, e a partir daí veio ganhando força ao longo dos anos. Este autor critica o
exagero na distribuição e uso das sacolas plásticas pela população, “[...] em especial
através da sua distribuição gratuita nos supermercados e lojas, que embalam em saquinhos
tudo o que passa pela caixa registradora, não importando o tamanho do produto que se
tenha à mão.” (FABRO, 2007).
Com base na Agenda Ambiental de 2006, as sacolas plásticas correspondem a 9,7%
de todo o resíduo gerado pela população brasileira. Esse material além de levar dezenas de
anos para sua decomposição, ainda impedem a passagem da água retardando a
decomposição de materiais biodegradáveis que estão em seu interior, dificultando assim, a
compactação do resíduo. Além de inúmeros problemas, pode-se citar o entupimento de
redes de esgoto, quando esse material é descartado de forma inadequada.
Outros problemas ambientais são associados ao uso e descarte inadequado das
sacolas plásticas, estes são apontados por Alves et al. (2011), o qual coloca que esses
materiais são facilmente confundidos com alimento matando por asfixia os organismos que
ingerem o plástico por engano.
Para combater esses problemas, alguns países adotaram, ou estão em processo de
planejamento, medidas para diminuir os impactos causados pelas sacolas plásticas.
Baseando-se em Fabro et al. (2007), Bangladesh proibiu a distribuição de sacolas plásticas
pelos mercados, devido aos problemas de enchentes que vinham enfrentando; além disso, a
aplicação de multas aos estabelecimentos que descumprirem a lei foi uma medida vista
como necessária para atingir esse objetivo. Outros países que proibiram a utilização de
sacolas foram Butão, Ruanda, Eritréia e Somália.
Outro método de reduzir o consumo de sacolas plásticas está na cobrança direta
desse material aos consumidores, como vem ocorrendo na Inglaterra, Irlanda, Alemanha,
Taiwan e China. Há ainda uma outra alternativa para reduzir os impactos das sacolas no
meio ambiente: essa medida está ancorada com uma medida mínima na espessura das
sacolas plásticas, que dessa forma, poderão ser utilizadas em menor número. Os países
que adotaram essa medida são África do Sul, Tanzânia, Quênia, Uganda, Etiópia, Gana e
Lezoto.
De acordo com Alves et al. (2011), no Brasil algumas cidades estão estimulando o
uso das ecobags em substituição às sacolas plásticas convencionais, como Belo Horizonte
e São Paulo; ambas, também tomaram a iniciativa de implantar a proibição da distribuição
pelos estabelecimentos comerciais.
Entretanto, tais medidas são pequenas quando comparadas ao consumo desse produto no Brasil. Em 2007, o consumo de sacolas no país era de 17,9 bilhões. Três anos depois, o número teve redução de 26,3%, mas ainda é alto: 13,2 bilhões (Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS, 2011), um consumo médio de 68 “sacolinhas” por brasileiro (ALVES et al., 2011).