Ç
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO
DE
ENGENHARIA
DE
PRODUÇÕES
E SISTEMAS
PROGRAMA
DE
PÓS
GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO
PROPOSTA DE
INDICADORES
DE
DESEMPENHO
PARA
A
A
INDÚSTRIA
DE
CERÂIVIICA
VERMELHA
AN TERO TADEU
MAFRA
Dissertação submetida à Universidade
Federal de Santa Catarina para obtenção
. de
Grau
de Mestreem
Engenharia deProdução.
.\
PROPOSTA DE
INDICADORES
DE
DESEMPENHO
PARA
INDUSTRIA
DE
CERÂMICA
VERMELHA
Esta dissertação foi julgada adequada. para a obtenção
do
grau de“MESTRE
EM
ENGENHARIA”,
especialidadeem
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
e aprovadaem
suaforma
final peloPrograma
dePós-Graduação
em
Engenharia deProdução
da
Universidade Federal de Santa Catarina._;/.SI
Prof. Ricardo
Miranda
Barcia -PhD
Coordenador
BANCA
EXAMINADORA:
Í
X/P
uloMaur
eli Dr./
.L
ÚI`Í€ xo I'
/
f___._
Prof. José
Gla
be AvilaMacil
Monteiro-
Msc
Co-OrientadorProf. Álvaro G.
Roja
-
Dr.A
minha
mãe, Maríquita,uma
estrelano céu
a
iluminarmeu
caminho.A
minha
esposa Heralda,meus
filhos
Júnior, Flávio eque
tudo, e tudo estácontido nele.
A
UNISUL
-
Universidadedo
Sul de Santa Catarina pelaoportunidade e liberdade de poder realizar esse trabalho.
A
CAPES
pela ajuda fmanceira fomecida.Aos
colegas Professoresda
UNISUL
pelo incentivo emotivação.
Aos
Professores da Universidade Federal de Santa Catarina,curso de
Pós-Graduação
em
Engenharia de Produção,em
especial ao Orientador Dr. Paulo Maurício Selig e ao co-
Orientador José Glauber
D°Ávi1a
MacielMonteiro
pelo apoioe orientação segura.
Aos
colegasdo
curso deMestrado
pela cumplicidade duranteo período de estudo.
Enfim,
agradecimento a todos aquelesque não
permitiramque
“eu voasse apenas
em
buscado
alimento,mas
ensinaram-me
asUMÁ1uo
LISTA
DE
FIGURAS
... ..O7
LISTA
DE
QUADROS
... ..08
LISTA
DE
SIGLAS
... ..09
ABSTRACT
... .. 10RESUMO
... .¿ ... .. llCAPÍTULO
I-
APRESENTAÇÃO
DO
PROBLEMA
... .. 121.1
-
Justificativa ... .. 141.2
-
Objetivodo
Trabalho ... .. 151.3
-
Estruturado
Trabalho ... .. “ 16CAPÍTULO
II-
METODOLOGIA DE GERENCIMENTO DE
PROCESSOS
17 2.1-
Sistemática Básica paraGerenciamento
de Processos ... .. 212.2
-
Processos ... ..30
2.3
-
Classificação dos Processos ... .. 332.4
-
Considerações Finais ... ..40
CAPÍTULO
III-INDICADOR
DE DESEMPENHO
... ..42
3.1
-
Definindo
o que
são Indicadores deDesempenho
... ..43
3.2
-
Classificação dos Indicadores deDesempenho
... _.48
3.3
-
Considerações Finais ...4.1
-
Serviço Brasileiro deApoio
àsPequenas
eMédias Empresas
... ..4.2
-
StevenM.
Hronec
-
Modelo Quantum
demedição
dedesempenho
... ..4.3
-
Antônio
de LoureiroGil-
Indicadores de qualidade organizacional .... ..4.4
-
Abordagem
James
Herrington ... ..4.5
-
Fundação
para oPrêmio
Nacional da Qualidade ... ..4.6
-
Abordagem
-
Geara
Rummler
eAlan
P. Breche .....
4.7
-
Abordagem
-
Antônio Muscat
eAfonso
Fleury ... ..4.8 - Considerações Finais
... ..
CAPÍTULO
V
-
PROPOSTA
DE
INDICADORES
DE DESEMPENHO
DO
PROCESSO
E
DO
PRODUTO
NA
CERÂMICA
VERMELHA
... ..5.1
-
A
Cerâmica Vermelha
.....
5.2
-
Indicadores deDesempenho
Propostos ... ..CAPÍTULO
VI
~
APLICAÇÃO
DO MODELO
DE
INDICADORES
DE
DESEMPENHO
PROPOSTOS
... ..6.1 - Resultados
do
teste preliminar dos indicadoresde
desempenho
... ..CAPÍTULO
VII -CONCLUSÕES
E
RECOMENDAÇÕES
... _. 7.1
-
Conclusões ... ... .. ~ 7.2Recomendaçoes
... ..REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
...ANEXos
... ..LISTA
DE
FIGURAS
Figura 1 -
A
reaçãoem
cadeia deDeming
... ..Figura 2 - Fases de gerenciamento de processos
... ..
Figura 3
f
Processos ... ..Figura
4
- Hierarquia de processos... ..
Figura 5 - Tipos de processos
... ..
Figura 6 - Indicadores de
desempenho
como
elementofacilitador à
operacionalização e a
tomada
de decisão ... ... . . . - . . . ‹ ¢ . › . .- . . « . ¢ - . . . - . Q .Q
‹ - . . ¢ ‹ z . ‹ ‹ ‹ ¢ ¢ » z. « ø ‹ ¢ ¢ . z ¢ ¢ - z ¢ . . .u › ‹ ¢ . . ¢ . ‹ . - . . . z . . . › »»
Figura 7 -
Medidas
dedesempenho do
processo edo
Figura 8 - Pirâmide das unidades de
medidas
usadas
em
todos os níveisda
organização ... ..Figura 9 -
Modelo Quantum
demedição de
desempenho
... ._
Figura 10 - Sistema de
produção
-Tipo
e estrutura deindicadores:
de custo ... ..
Figura 11 - Sistema de
produção
-Tipo
e estrutura de indicadores:de qualidade ... ..
Figura 12 - Sistema de
produção
-Tipo
e estrutura de indicadores:de
tempo
... _.Figura 13 - Sistema de
produção
-Tipo
e estrutura de indicadores:de flexibilidade ... ..
Figura 14 - Sistema de
produção
-Tipo
e estrutura deindicadores: z . . ‹ - . . . z . ¢ .- ¢ . ¢ . z . z ¢ . . . .. estratégia estratégia estratégia . . . - . . . ¢ - ‹ . z . ‹¢ estratégia estratégia de inovação ... ..
Figura 15 - Indução de
mudança
de estratégiade manufatura ... .. . 0 ú ...no z ó
Quadro
l - Conjunto de variáveis utilizadas paramontagem
do
sistemade indicadores ... ..
Quadro
2 - Faixasde
pontuação dos indicadorescomponentes
do
indicadorGeral ... ..
Quadro
3 - Indicadorescomponentes do
indicador geral ... ..¢
«
Quadro
4
- MatrizQuantum
demedição de desempenho
(detalhada)...; ... ..Quadro
5 - Ciclo de vida dos indicadores de qualidade ... ..Quadro
6-
Indicadores ... ..Quadro
7 - Indicadores dedesempenho
para manufatura ... ..Quadro
8 -Medição
numérica de indicadores de manufatura ... ..Quadro
9 - Matriz dos três níveis deRunnnler
eBrache
e asnove
dimensõesde
desempenho
... ..79
LISTA
DE
SIGLAS
PIB
- ProdutoIntemo
BrutoSEBRAE
- Serviço Brasileiro deApoio
àsMicro
ePequenas Empresas
ANICER
- Associação Nacional de IndústriaCerâmica
IBM
- Intemational BusinessMachines
CorporationMERCOSUL
-Mercado
Comum
do
SulJIT - Just In
Time
FPNQ
-Fundação
para oPrêmio
Nacionalda
QualidadeUSA
-DOE
-Departamento
de Energia - EstadosUnidos da América
FCS”s
- Fatores Críticos de SucessoSECTEME
- Secretariado
Estado da Ciência e Tecnologia,das
Minas
e EnergiaIn Brazil, speacially in the state
of
Santa Catarina, the small enterpriseshave
an important role as agentsof development
with effective participation in thedistribution
of
the revenne, in the absorptionof
labourand
an importantparticipation in the Produto
Intemo
Bruto (PIB)and
others.In spite
of
this importance, the small enterprises cannot achieve or usethe
new
formsof managing
administrationand
the technological advancenentsconceived
and proposed by
the Universities, research centers, as well asgovemnent
projects.
The
red ceramic enterprisesof
Santa Catarina,most
ofthem
small, arebehind
advancements and
modemization, technologicaland
administrative.Shey
present
an
archaic technological process,problems
of fmal qualityand
standardforms
of
its products, inadequatemanagement,
going through crisesand
strugling tosurvive isolated
and
without assistance. Models, approchesand
sistematicmanagement,
production etc, presentedand
modemized
are mostly destinated tomedium
and
big enterprises.The
objectiveof
this dissertation isfrom
the theorical existing referencialof the
models
conceived, propose indicators of the process performanceof
theproduct to other red ceramic industries
of
the stateof
Santa Catarina, adaptingthem
RESUMO
No
Brasil, e particularmenteno
Estado de Santa Catarina, as empresas depequeno
porte representam papel importantecomo
agentes de desenvolvimentocom
participação efetiva
na
distribuiçãoda
renda,na
absorção damão-de-obra
e~
significativa participaçao
no
Produto Interno Bruto (PIB), entre outros.Apesar
desta importância, asempresas
depequeno
portenão
conseguem
usufiuir
ou
utilizar as novas fonnas de gerenciamento administrativo e de avançostecnológicos concebidos e propostos pelas Universidades, centros de pesquisas,
bem
como
dos projetos dosGovemos.
4As
empresas de cerâmicavermelha do
Estado de Santa Catarina,na
suaquase totalidade de
pequeno
porte, estão àmargem
dos avanços e da modernização,tanto tecnológica
como
administrativa.Apresentam
processo tecnológico arcaico,problemas de qualidade fmal e padronização de seus produtos, gerenciamento
inadequado”, atravessando crises e lutando para sobreviver isoladas e
sem
assistência.
Modelos,
abordagens e sistemáticas de gerenciamento, produção, etc.,apresentados e atualizados são destinados,
em
sua maioria, aempresa
demédio
egrande porte.
O
objetivo desta dissertação é, a partirdo
referencial teórico existente,dos
modelos
concebidos, propor indicadores dedesempenho
do
processo edo
produto para as indústrias de cerâmica
vermelha do
Estado de Santa Catarina,A
cerâmicavermelha
foi introduzidano
Estado de Santa Catarina,primeiramente, pelos imigrantes açorianos que
chegaram
à região litorânea e,mais
tarde, os alemães e italianos levaram essa cultura para outras regiões.
Constitui
um
grupo de produtos rústicos,onde
oacabamento
raramenteocorre.
A
produção
de cerâmicavermelha
é artesanal e tradicional, constituída de1
pequenas empresas
com
baixaprodução
e baixa rentabilidade.Apesar da
antigüidade
da
atividade oleira, a maioria das empresas é de estrutura familiar,com
pequena
capacidadede
produção,com
dificil acesso á tecnologiasmodernas
ecom
dirigentes
demonstrando
grande resistência amudanças.
O
SEBRAE
-
Serviço Brasileiro deApoio
àsMicro
ePequenas
Empresas
(1991) realizou,um
estudo das micro epequenas
empresas brasileiras,constatando que:
I
40%
não
planejam a produção;I
_65% não
usam
avaliação produtiva;I
60%
não
utilizam sistema de controle dequalidade;
I
80%
não
treinam seus funcionários;13
De
acordocom
Villar (1988),na
cerâmica verrnelha, raros são osempresários
que fazem
apropriação de custosou que
planejam amanutenção
deequipamentos e,
como
é possível produzir materiais cerâmicos utilizando técnicasconhecidas,
sem
qualquer tipo de esforço adicional,não há porque
se preocuparem
investir
na
melhoria tecnológicado
processo.-
Um
aspecto a considerar é a frágil estrutura financeira das empresas,
o
que
astoma
dependentes das oscilaçõesdo
mercado, principalmentena
construçãocivil. ~
Entre os vários
problemas
enfrentados pelo setor,podemos
citar aavaliação das peças produzidas pela falta de padronização e a variedade
de
tipos deprodutos,
o que
dificulta o controleda
produção,provocando
descontinuidadena
linha de fabricação das -peças.
Cada
fabricante possui o seu próprio padrão e istoprejudica
ou
compromete
o controleda
qualidade finaldo
produto,além
do
que
não
há
uma
estrutura organizacionalonde
sedefmem
as funções e responsabilidadesdo
pessoal
que
trabalhano
setor produtivo.O
trabalho artesanal, pelas suas características,tem
um
ritmo lento deadaptação e inovação, aspecto
que
assinala a urgência deum
especialista, tanto paraprojetar,
como
para produzir.Devido
às exigências demercado
e ao aparecimento de materiaisaltemativos, as empresas
do
setor, salvoalgumas
exceções,passam
poruma
faseem
que
a sua evolução e controle é decisiva para a própria sobrevivência.A
nova
realidadedo
mercado, a globalizaçãoda economia
e asoportunidades
com
oMercosul requerem
a necessidade demodemização
do
setor, oque
contribuirá paraque
o material cerâmico seja produzidocom
suas qualidadesfisicas e mecânicas bastante controladas, enfatizando a qualidade total
no
processo e1.1 Justificativa
Por
que
propor Indicadores deDesempenho
para o setor de cerâmicavermelha? Porque
a cerâmicavermelha
desempenha
papel importanteno
Estado deSanta Catarina, tanto
no
aspectoeconômico
como
no
social e cultural.Segundo dados
daANICER
-
Associação Nacional de IndústriaCerâmica
(1997)-
o Estado de Santa Catarina possui742
empresasdo
setor decerâmica vermelha, das quais
51,9%
localizam-sena
regiãodo
Alto Valedo
Itajaí;33,8%
na Região
Suldo
Estado e9,3% na
regiãodo
Oeste Catarinense. Essasempresas
empregam
11.000 funcionários diretos; 2.323na
produção
de insumos;mas
de 3.900em
transporte e distribuição,além
de 30.000empregos
indiretos.Dados
fornecidos pelamesma
ANICER
(1997),mostram
que,no
cenárionacional,
o
setor de cerâmicavermelha
representa0,9%
do
Produtolntemo
Bruto(PIB) Nacional e
2,7% do
PIB da
indústria,empregando mais
de 530.000 pessoasdireta e indiretamente.
Setor dependente e atrelado à construção civil sente rápido e de maneira
cruel a crise desta, ocasionando,
com
aqueda da demanda,
problemaseconômicos
eestruturais.
A
construção civilvem
pedindo aproveitamentomáximo
do
material,da
mão-de-obra, desestimulando o desperdício nestes itens
que
são responsáveis peloalto custo da construção.
Por
outro lado, oMercosul
vem
estimulando odesenvolvimento tecnológico dos produtos exportáveis, inclusive tijolos e telhas.
Considerando a importância da cerâmica
vermelha
para o Estado deSanta Catarina, sua significação sócio-econômica e cultural para a Região Sul
do
Estado,
onde
o
valor daprodução
representamais
de80%
da
principal atividadeem
alguns municípios,
como
Morro
da
Fumaça
e Sangão, osproblemas
conhecidosque
vão
desde a extraçãoda
matéria-prima até a comercializaçãodo
produto fmal eo
comprometimento do
setorna
busca demercados intemo
e extemo,no
contextodo
15
estabelecimento
de
indicadores dedesempenho no
processo eno
produtopossibilitará
um
diagnóstico seguro da situação de cada empresa.Em
conseqüência,poderá ocorrer
um
direcionamento dasempresas do
setor de cerâmicavermelha
para
o caminho da modemização, do
controle eda
competitividadena economia
globalizada atual. .
1.2 - Objetivo
do
Trabalho
1.2.1 - Objetivo
Geral
Propor indicadores
de
desempenho
do
produto edo
processo para asempresas
do
setor de cerâmicavermelha
paraque
as empresas seposicionem
em
~
relaçao ao setor e
busquem
a melhoriado
seudesempenho.
1.2.2 - Objetivos
Especíñcos
No
sentido de alcançar o Objetivo Geral, alguns pontos específicos serãoanalisados, tais
como:
I estudar a metodologia
de
gerenciamento de processos, de acordocom
a literatura existente_
I verificar a
abordagem
teórica dos indicadores dedesempenho,
definindo, classificando e analisando sua importância
na
utilizaçãodos
mesmos;
I propor indicadores de
desempenho
do
processo edo
produto paraempresas de cerâmica
vermelha do
Estado de Santa Catarina,1.3 -
Estrutura
do Trabalho
A
dissertação está estruturadada
seguinte forma:Num
primeiromomento,
é analisada a metodologia deGerenciamento
deProcessos
na
ótica de diversos autores, sua importância e aplicabilidade,bem
como
~
são analisados os processos existentes e sua utilizaçao
no
contexto das empresasem
geral (Capítulo 2).
Num
segundo
momento,
apresenta-se o referencial teórico sobreindicadores de
desempenho, defmindo
os tipos existentes e sua utilização (Capítulo3).
Em
seguida, apresenta-se o estudo de algunsmodelos
e abordagens dosindicadores de
desempenho
utilizados por alguns autores e empresas para aplicaçãonum
sistema demedição
dedesempenho
(Capítulo 4).Na
etapa seguinte,propõem-se
indicadores dedesempenho
para asempresas de cerâmica
vermelha do
Estado de Santa Catarina, considerando seupequeno
porte e as peculiaridadesdo
setor (Capítulo 5).Os
indicadores dedesempenho
propostosforam
testados para verificaçãode sua aplicabilidade, analisando os resultados apurados (Capítulo 6).
Por
fun,no
Capítulo 7, são apresentados as conclusõesdo
trabalho e asCAPÍTULO
II -METODOLOGIA
DE
GERENCLAMENTO
DE
PROCESSOS
A
nova
realidadedo
mercado, o grau de competitividade, a globalizaçãoda economia
e as oportunidadescom
oMercosul requerem
dos nossos empresáriosa necessidade de modernizar
o
setor produtivo, procurando reduzir custos e atendermelhor
os clientes, competindo, assim,em
igualdadecom
empresas estrangeiras.A
buscada
qualidade definidaem
termos de percepção dos clientes,vantagens competitivas, melhoria de lucratividade através da diminuição dos custos
de
produção
e a crescente conscientizaçãocom
relação à escassez dos recursosambientais só serão atingidos
com
um
eficiente gerenciamento de processosincorporados
em
todos os aspectosdo
planejamento, desenvolvimento ecomercialização dos produtos.
A
empresa
IBM
assimdefine
gerenciamento de processos: “éo
conjuntode pessoas, equipamentos, informações, energia, procedimentos e materiais
relacionados
por
meio
de atividades para produzir resultados específicos, baseadosnas necessidades e desejos dos consumidores.
Tudo
istonum
compromisso
contínuo e incessante
que
promove
o
aperfeiçoamentoda empresa
com
atividadesque agregam
valor ao produto”. (Gaspar, 1993).O
gerenciamento de processos é, assim,um
compromisso
com
amelhoria contínua atendendo as necessidades dos clientes, visando à satisfação
do
Gerenciar
o
processonão
é trabalhar mais,mas
trabalhar nos processosda melhor
maneira, isto é, trabalharcom
inteligênciana
satisfaçãodo
cliente.Sua
implementação
deverá proporcionar, às empresas,meios
para alcançar as metas,através
da
definição de três pontos básicos, a saber:I a efetividade: produzir
conforme
os requisitosdos clientes;
I a eficiência: atender os clientes
com
um
mínimo
de recursos;I a adaptabilidade:
manter
a efetividade,mesmo
quando
ocorreremvanaçoes.
“A
eficácia de qualquer processopode
ser melhorada,não
importacomo
ele tenha sido concebido.
Eficácia
aperfeiçoada gera clientes mais satisfeitos, oque
leva a maiores
vendas
e participaçãono
mercado”. (Harrington, 1993).Portanto, conseguir eficácia
no
processo é fimdamental para o benefíciodo
cliente,mas
a eficiênciado
processo é fundamental para o beneficiodo
dono do
processo.
~ “Eficiência
significa a extensão
com
que
ademanda
de recursos éminimizada
eo
desperdício é eliminado,na busca da
eficácia. Produtividade é amedida da
eficiência”. (Hanington, 1993).A
implementação
demedidas que enfocam
a melhoria dedesempenho,
descobrindo e eliminando as deficiências
do
sistema, resultaráem
efeitos positivosa longo prazo. Sobre a importância
na
melhoriada
eficiênciada
produção, assim seposiciona
Lubben: “Melhorar
a eficiência deprodução
implica usarmenos
materiais,
menos
mão-de-obra
e reduzir as tarefas indiretas para obter omesmo
resultado. Adicionalmente, melhorias
na
eficiênciaou
qualidadetendem
a reduzircustos
em
mais deuma
área aomesmo
tempo”. (Lubben, 1989).Já, a adaptabilidade, área muito desprezada, é crítica para a
empresa
19
“Adaptabilidade é a flexibilidade de
o
processo atender as expectativasfuturas de
mudanças
do
cliente e as exigências atuais das solicitações especiaisde
clientes individuais. Consiste
em
gerenciar o processo para atender às necessidadesespeciais de hoje e as exigências futuras”. (Harrington, 1993).
Processos adaptáveis
têm
a capacidadenão
apenas de atender àsexpectativas dos clientes,
mas
também
projetar inteligênciano
processo,acomodando
necessidades e expectativas especiais individuais.O
gereciamento de processosdeve
dar ênfase aos seguintes princípios:I clientes satisfeitos;
I entendimento
do
mercado;I
compromisso
totalcom
a liderançano
mercado
em
que decidiu atuar;I
promover
a excelênciado
processo.Inúmeras vantagens são oferecidas pelo gerenciamento dos processos,
como:
~
I visao
mais
ampla
e horizontaldo
negócioda
empresa;I entendimento profundo
do
processo geral;I metodologia de análise
do
processo;I
implementação mais
fácil para amudança;
I
maior
envolvimento de funcionáriosem
todos os níveis.A
implantação das basesdo
gerenciamento de processos dentroda
empresa
deve contarcom
a participação dos trabalhadores - emembros
da
administração, e seu sucesso
depende
fundamentalmentedo
apoioda
altaGerenciar processos significa, ainda, combinar, harmonicamente,
~
objetivos, 'recursos
hmnanos
e materiais, instalaçoes, equipamentos,tempo
capital,etc.,
na
procura da melhoriada
qualidade dos processos produtivos e dos produtos.Assim
se refere Arantes (1994):“A
produção
deum
empreendimento
não
se restringe à fabricação de produtos. Ela envolve a execução de toda tarefaempresarial, e isto significa produzir
uma
variedadeenorme
de coisas: produtos devalor, clientes satisfeitos, pessoas motivadas e
em
constante crescimento, usoprodutivo dos recursos, práticas de condutas aceitas, lucro razoável e outras.
Todas
estas coisas são produzidas por
um
conjunto de operações, cada qualcom
a função de realizaruma
parte da tarefa empresarial eque
trabalha deforma
integradanum
conjunto harmônico”.
Melhorar
a qualidade éuma
importante etapa para conseguirum
melhor
nível de
desempenho
no
gerenciamentode
um
sistema de produção.O
sucesso daadministração
modema
em
integrarcompletamente
qualidadena
produção, requerconhecimento
deque
as funções de qualidade eprodução
se interligam, e aaceitação de que prevenir é
uma
ferramentamais
poderosa, emenos
cara,do que
corrigir.
A
melhoria contínua implicaque o
sistema deprodução
continuará amelhorar, tanto
no que
se refere ao processo produtivocomo
ao produto.O
processode melhoria contínua é direcionado para a redução
da
necessidade de postos deinspeção, retrabalho, refiigos e testes.
A
melhoria contínua, objetivando a qualidade,tem
sentido apenasem
tennos de clientes, de suas necessidades,da
utilidadeque
eledará à qualidade. `
Melhorar
a
qualidade representa melhorar os materiais continuadamente,significando trabalhar
com
os fornecedores, exigindo cada vez melhor.Mary
Walton
(1989) explica a melhoriada
qualidade através da“Reação
21
Os custos baixam devido a menos
trabalho refeito, menos erros,
A
M611¶0f2fa menos atrasos, empecilhos, e ao
pr0¿ufiv¡¿ade
qualldade melhor uso do tempo das
máquinas e dos materiais. aumenta
Conseguir o mercado _ Oferecer
com uma qualidade Flcaf I_1° empregose
melhor e
um
preço mais neg°°¡° aumentar essabaixo. _ oferta.
Figura l -
A
Reação
em
Cadeia deDeming
(Mary Walton
- 1989)2.1 - Sistemática Básica
para
Gerenciamento
de
ProcessosPara
que
clientes internos e externospassem
a receber produtosou
serviços de
melhor
qualidade,bem
como
tomar
as operações mais simples ecorretas utiliza-se
uma
sistemática básica para gerenciamento de processos.O
principal objetivo consisteem
assegurar que aempresa
disponha deprocessos empresariais que:
eliminem
erros,minimizem
os atrasos,maximizem
osusos dos recursos,
promovam
o entendimento, sejam fáceis de usar, sejamamistosos para
com
os clientes, sejam adaptáveisàsmudanças
das necessidades dosclientes,
fomeçam
àempresa
uma
vantagem
competitiva e redução de pessoal.Harrington (1993) divide
em
cinco fases a metodologia sistemática paragerenciamento de processos, possibilitando e facilitando a administração dos
Organizando Entendendo o Medições Aperfeiçoa-
para o processo Apeffeiçozndo e controle mento
aperfeiçoamento contínuo
Figura 2 - Fases
do Gerenciamento
de Processos (Harrington -1993)
A
seguir, apresentam-se as fasesdo
gerenciamento de processosestabelecidos por Harrington (1993):
Fase
I -Organizando
para
oaperfeiçoamento
Objetivo: assegurar
o
sucesso, estabelecendo liderança, entendimento ecomprometimento.
Atividades necessárias:
I treinar executivos;
I desenvolver
modelo
de aperfeiçoamento;I
comunicar
metas e empregados; ~I revisar a estratégia empresarial e as necessidades dos
clientes;
I selecionar os processos críticos;
I designar os
donos
dos processos e os grupos detrabalho.
A
Nesta
fase, obtém-seuma
visão geral dos processos, elaboração de planode coleta de dados para avaliação,
definindo
o nível de detalhamento da aplicaçãoda mewâølógia.
“O
quedá
vida aos processos são as pessoas.O
nosso pessoal éque
fazo
rocesso funcionar.
O
rocesso final deve serum
casamento
homo
8
êneo de essoaP
23
É
importante destacar que, para obter sucesso, a sistemáticado
~
gerenciamento de processos
depende
do
apoio e envolvimentoda
alta administraçaoe de sua capacidade de organizar-se: A
“Não
é possível administrar a qualidadesem
que
se tenha definido,previamente, a política a adotar
em
faceda
questão.A
política da qualidade ésempre
definidaem
nível de alta administração, jáque
se refere, diretamente, aos~
objetivos
da
organizaçãocomo
um
todo”. G>aladini, 1995).“A
fixação
de objetivosdepende
de decisões tomadas, sobretudoem
nível de alta administração,
que determinam
o direcionamento das açõesda
empresa”.(Pa1aâmi, 1995).
“Para se iniciar o gerenciamento, é preciso posicionar o processo e
planejar o seu futuro.
A
defmição
de metas são as diretrizesda
alta administração”.(Dellaretti e
Drumond,
1994).Uma
das atividades nesta fase é selecionar os processos críticos, designarum
dono do
processoque
terá a responsabilidade e total autoridade sobre osresultados obtidos.
Dessa
seleçãodepende
a continuidadedo programa ou
o seuabandono, se os processos
forem mal
selecionados. 'O
processo será tanto mais crítico, quanto maioresforem
sua importânciae sua oportunidade de aperfeiçoamento, e estes
devem
ser os primeiros a seratacados.
Para Juram, “Processos críticos são aqueles
que
representam perigossérios para a vida
humana
e ao ambiente,ou que colocam
em
risco a perda dequantidades muito grande de dinheiro”. (Gaspar, 1993).
Os
processos aserem
selecionadosdevem
ser aquelescom
que aFase
II -Entendendo
o processoObjetivo: entender os processos empresariais atuais
em
todas as suasdimensões.
Atividades necessárias:
I definir 0 escopo e a missão
do
processo;I definir as fronteiras
do
processo;I dar treinamento para a equipe;
I desenvolver
uma
visão geraldo
processo;I defmir as expectativas e os controles dos
clientes e
da
empresa;I elaborar
o
diagrama defluxo;
I levantar os dados de custo,
tempo
evalor;
I repassar todas as fases
do
processo;I resolver as diferenças;
I atualizar a
documentação
do
processo.Segundo
Harrington (1993), é requisito fundamental, para entender oprocesso,
compreender
claramente várias características de processo,como:
I Fluxo:
que
sãométodos
de transfonnar as entradasem
saídas.
I Eficácia: é o grau
com
que
as expectativasdo
cliente são atendidas.
I Eficiência: é o grau de aproveitamento dos
recursos para produzir
uma
saída.I
Tempo
de ciclo: é otempo
necessário paratransformar
uma
entradaem
uma
saída.I Custo: é
o
dispêndio de todo o processo.O
entendimento do processo diminui otempo
necessário a ser aplicado25
Fase
III -Aperfeiçoamento
Objetivo: aperfeiçoar a eficiência, a eficácia e a adaptabilidade dos
processos empresariais.
Atividades necessárias:
I dar treinamento;
I identificar as oportunidades de
aperfeiçoamento: erros e retrabalhos,
alto custo, qualidade deficiente, grandes atrasos e
acúmulo
deserviços;
I eliminar a burocracia;
I eliminar atividades
que não agregam
valor;I simplificar o processo;
I
tomar
o processo à prova de erros;I atualizar o equipamento; I padronizar; I atualizar; - I
documentar
o processo; I selecionar os empregados; I treinar os empregados.Aperfeiçoar
mn
processo significa modificá-lo paraque
ele setome
maiseficaz, eficiente e adaptável. Existe
uma
série de ferramentas fundamentaisque
podem
ajudar a agilizar a dinâmicado
processo.A
agilização sugere enxugar osexcessos e os desperdícios, rigor contínuo a cada
pequeno
detalhe que lhepode
levar a
um
melhor
desempenho
e qualidade.Harrington (1993)
enumera doze
ferramentas fundamentais para agilizar1. Eliminação
da
burocracia:removendo
tarefas administrativas,~
aprovaçoes e papeladas desnecessárias.
2. Eliminação
da
duplicidade:removendo
atividades idênticas,que
sãoexecutadas
em
partes diferentesdo
processo.3. Avaliação
do
valor agregado: avaliando todas as atividadesdo
processo empresarial para determinar sua contribuição
no
atendimento das exigências
do
cliente.“Atividades
que agregam
valor ao produto são aquelasque
apresentamuma
relação direta entre o produto e processo produtivo, e são reconhecidas peloconsumidor quando da
análisedo
produto”. (Selig, 1993).4. Simplificação: reduzindo a
complexidade do
processo.5.
Redução
do
tempo
de ciclodo
processo: determinandomaneira de
comprimir
otempo
de ciclo para atender 'ou superar as expectativasdos clientes e minimizar os custos de
armazenagem.
-6.
Tomando
o processo áprova
de erros: dificultando aexecução
errônea de
uma
atividade.7.
Modemização:
fazendo uso efetivodo equipamento
edo
ambiente detrabalho para melhorar o
desempenho
geral.8.
Linguagem
simples: reduzindo acomplexidade da maneira
com
que
escrevemos e falamos, elaborando
documentos
fáceis deserem
compreendidos
por todos os usuários.9. Padronização: selecionando
uma
únicamaneira
de fazeruma
atividade e fazendo
com
que
todos osempregados executem sempre
as atividades daquela maneira.
l0.Parcerias
com
fornecedores: a saída deum
produtodepende
altamente
da
qualidade das entradasque
o processo recebe.O
desempenho
geral de qualquer processomelhora
as entradas27
Sobre a importância
da
parceriacom
os fomecedores, assim se referemalgtms autores:
“É
essencialque
aempresa
sejaum
cliente valorizado pelo fornecedor eque
ocompromisso
sejademonstrado
pelos dois lados, oferecendo altos níveis dequalidade e entregas confiáveis”. (Gianesi e Corrêa, 1996).
“Estabilizar a estrutura
de fomecimento
requero
desenvolvimento decomprometimentos
de longo prazo e todos os atributosque
compõe
isso: confiança,compromissos, comunicações, redução
do
ciclo deprodução
e a otimizaçãodo
preço unitário.
O
processo envolveo
desenvolvimentoda
capacidadedo
fornecedor,as requisições
do
cliente e ocomprometimento
de trabalharem juntos”. (Lubben,1989).
1l.Aperfeiçoamento
do
quadro geral: essa técnica é usadaquando
as dezferramentas de
fluxo
dinâmicodão
o resultado desejado.A
técnicado
quadro geral exigeque
se afastedo
processo existente edefina
como
seria o processo ideal,sem
as restrições impostas pelaorganização e/ou processo atual.
É
uma
maneira
eficaz
de realizaruma
mudança
substancialna
maneira
de conduzir os negócios.12.
Automação
e/ou mecanização:usando
ferramentas, equipamentos ecomputadores
para executar tarefas rotineiras e tediosas, afim
deliberar os
empregados
nas execução de atividadesmais
criativas.Fase
IV
-Medições
e controleObjetivo: implementar
um
sistema de controledo
processo quepossibilite
um
aperfeiçoamento contínuo.Atividades necessárias:
I estabelecer
um
sistema de “feedback”;J
I aditar
o
processo periodicamente;I estabelecer
um
sistema de custeioda
qualidade deficiente.Controles
em
processos constituem janelas para dentrodo
processo,através dos quais ele
pode
ser monitorado e observado. Essas janelasdevem
ser~
confiáveis e fornecer
uma
visao contínuado
processo.Ainda
sobre controle,acompanhamento
emedidas
assim seposicionam
os autores
que seguem:
“Os
processos dotados deuma
estrutura clarapodem
ter váriasde
suasdimensões
medidas. Tais processospodem
sermedidos
em
termosdo
tempo
edo
custo de sua execução. Seus outputs e ímputs
podem
ser avaliadosem
termos deutilidade, coerência, variabilidade, ausência de defeitos e
numerosos
outros fatores”.(Davenport, 1994).
“A
meta do
controle de processos é assegurarque
os resultadosda
produção
seja o desejado.O
controle de processo consisteem
determinar acapabilidade
do
processo, monitoraçãodo
seu resultado, estratificar alterações epermitir ações corretivas”. (Lubben, 1989). A
“O
objetivodo
acompanhamento
e controleda produção
éfomecer
uma
ligação entre o planejamento e a execução das atividades operacionais,
identificando os desvios, sua
magnitude
efomecendo
subsídios paraque
osresponsáveis pelas ações corretivas
possam
agir.Quanto
mais rápido osproblemas
forem
identificados,ou
seja, quanto mais eficientesforem
as açõesdo
acompanhamento
e controle de produção,menores
serão os desvios a corrigir, ~menor
otempo
e as despesasem
açoes corretivas”. (Tubino, 1997).Fase
V
-Aperfeiçoamento
continuo29
Atividades necessárias:
I
homologar
o processo;I executar auditorias periódicas;
I definir e eliminar os
problemas do
processo;I avaliar
o
impactoda
mudança
na empresa
e nosclientes;
I fazer
o “benchmark”
(avaliação comparativa)do
processo;
I dar treinamento
avançado
para a equipe.O
processo de“benchmarking”
é utilizado paracomparar
produtos,entender a concorrência, definir os melhores processos e integrá-los ao processo
atual,
aumentando
sua eficiência, sua eficácia e sua adaptabilidade,na
busca demelhoria e aperfeiçoamento contínuo.
“É
um
processo de melhoriana
qual Luna organizaçãomede
seudesempenho
pelacomparação
com
ascompanhias
consideradas as “melhoresem
sua classe”, determinando
como
estas empresas alcançaram estes níveis deperformance e utilizando estas informações para melhorar o seu próprio
desempenho”.
(Quality Progressapud
Paladini, 1994)Na
prática, éum
processode
acompanhamento
do
desenvolvimento demétodos, processos, operações, produtos
ou
serviços paraque
deles sejam extraídosidéias, rotinas de trabalho, informações
ou
estratégiasque
possam
serimplementados
em
novas situaçõesou
adaptadas a situações existentes.O
processo precisamudar
e melhorar sempre.Mesmo
quando
o processofor o
melhor da
espécie, é necessário continuar melhorando, pois parar de melhoraro processo é regredir.
É
necessárioum
processo ativo e contínuo de aperfeiçoamento paraapenas manter o nível,
porque
as pessoasmudam,
os sistemasmudam
_e asnecessidades dos clientes
mudam.
“Não
importaquão
bom
você
seja,quão
bom
cotados sejam os seusfizer isso,
você
não
está parado, está escorregando para trás,porque
suaconcorrência está
melhorando
constantemente”. (Harrington, 1993).2.2 - Processos
O
termo processo édefinido
de diversas formas e possuiuma
ampla
variedade para sua aplicaçao.
Sobre
o
assunto, assim seposicionam
os autoresque seguem:
“Processo é qualquer atividade
que
recebeuma
entrada (input), agrega-lhe valor e gera
uma
saída (output) paraum
cliente internoou
extemo”.(Harrington, 1993).
“Processo é -,simplesmente
um
conjunto de atividades estruturadas emedidas, destinadas a resultar
um
produto especificado paraum
determinado clienteou
mercado.É
uma
ordenação específica das atividades de trabalho,no
tempo
eno
espaço,
com
um
começo
eum
fim,
e inputs e outputs claramente definidos:uma
estrutura para a ação”. (Davenport, 1994).
“Processo é
um
conjunto de causas tendoum
objetivo, produzirum
efeito específico,
que
serádenominado
produtodo
processo.Tem
um
produto eum
cliente”. (Dellaretti Filho e
Drumond,
1994).“Processo é
uma
série de atividadesque
consomem
recursos eproduzem
um
bem
ou
serviço”. (Hronec, 1994).~
“Processo é
uma
série sistemática de açoes dirigidas à realização deuma
meta”. (Juran, 1992).
“Processo é
uma
organização dos recursoshumanos
e materiais,dedicado às atividades necessárias à
produção
deum
produto final específico,independente de relacionamento hierárquico”. (Almeida, 1987).
Pode-se, portanto, resumir processo
como
uma
série de tarefas31
TAREFAS
QUE
ENTRADA
AGREGAM
SAÍDASDos
PARA
FORNECEDORES
VALOR
OU NÁ0
CLIENTESFigura 3 - Processos
Segundo
Selig (1993),como
os processos sãocompostos
poruma
cadeiade atividades interrelacionadas, a defmição
do
processo só ocorrerá pelaidentificação dessas atividades e
do
resultado advindodo
seu trabalho.A
definição deum
processo exigeque
se conheça,também, onde
seinicia e tennina cada processo, isto é, os limites
do
processo; a definição dosclientes
com
seus requisitos, suas necessidades, suas expectativas; a atividadecomponente do
processo;o
fluxo
do
processo; a dependência e os relacionamentoscom
outros processos sobrecada
atividade.Os
processos se interligamformando
cadeias clientes/fornecedores ecompreendem
todas as atividades administrativas, produtivas, decompra
e serviçosdentro
da
empresa.A
adoção de
uma
abordagem
de processo significa aadoção do
ponto de vista
do
cliente eo
esforço necessário para produzir valor para seusclientes,
devendo
estes estarem representadosem
todas as fases deum
programa
deadministração de processos.
Os
processos precisam dedonos
claramente definidos, responsáveis peloprojeto e execução, e
que façam
com
que
as necessidades dos clientessejam
satisfeitas.
Existem processos altamente complexos,
envolvendo
milhares depessoas e processos
muito
simples,que requerem pouco
tempo.Em
fimção
dessas“Um
macroprocesso pode
ser subdivididoem
subprocesso,que
sãointerrelacionados de
forma
lógica dentro da empresa.Todo
processoou
subprocesso~
é constituído de
um
determinadonúmero
de atividades. Atividades sao açõesexecutadas dentro de todos os processos, necessários para produzir resultados
específicos.
Cada
atividade é constituída porum
detenninadonúmero
de tarefasque
se constituem
na
menor
fiação
de processo”. (Harrington, 1993).Partindo
do
ponto' de vista dos macroprocessos, os processos sãoum
conjunto
de
atividades - chaves necessárias para administrar e/ou operaruma
empresa. _ Macroprocesso SubprocessosH'
\ifln-'‹!|
Tarefas\L.lgI
Figura
4
- Hierarquia de Processos (Harrington,1993).
“A
atividade de primeiro nível épromovida
a subprocesso.O
ciclo se
repete à proporção
que
o esforço de melhoriada
qualidade vaiganhando
profundidade. Assim, forma-se a árvore de processos, Subprocessos,
,M
M,
“A
hierarquia dos processos está divididaem
quatro níveis:I satisfação
do
cliente: ela é crítica parao
negócio eestá relacionada
diretamente
com
a identificação e conseqüente satisfação das efetivas necessidadesdos clientes;
I os processos: são conjuntos de atividades
ou
subprocessos
que
possuem
como
características a definição de parâmetros emedidas que
se iniciam e~
terminam
com
a satisfaçao dos clientes externos;I os subprocessos: são
compostos
por atividadese relacionam-se
com
os departamentos das empresas, isto é,
com
os clientes intemosda
empresa;. I as atividades: são conjunto de tarefas
relacionadas individualmente,
por
um
departamentoou
poruma
célula de fabricação”. (Selig, 1993).Os
processospodem
ser, ainda,segundo
Selig (1993), convenientementedecompostos
em
quatro elementos principais:I as máquinas:
definem
padrões gerais de capacidadee qualidade;
I os métodos:
detemiinam
aforma
deutilização dos recursos, sua
melhoria
ou modificação;
I os materiais: determinam,
na
maioria doscasos, a qualidade e a
contabilidade dos produtos;
I a mão-de-obra: é a responsável
maior
pela operacionalizaçãodo
processo.2.3 - Classificação dos Processos
De uma
maneirageral, pode-se classificar os processos,segundo
suafunção
na
empresa,em:
I processos empresariais
ou
de gerenciamento; ePara Harrington (1993), processo empresarial são todos os processos
que
geram
serviços e osque
dão apoio aos processos produtivos. Consistenum
grupo detarefas interligadas logicamente
que fazem
uso de recursosda
organização, paragerar resultados definidos
em
apoio à organização.Davenport
(1994)defme
processo produtivocomo:
“qualquer processoque
entraem
contato fisicocom
o produtoou
o serviçoque
seráfomecido
aum
cliente
extemo
atéo
pontoem
que
o produto é embalado.Não
inclui os processos ~99de transporte e distribuiçao .
Processos de gerenciamento
envolvem
planejamento,fixação
de metas,monitoramento,
tomada
de decisões ecomunicação
com
relação aos processosativos operacionais-chave de
uma
empresa. Tais atividadesnão
são,em
muitoscasos,
desempenhadas
a serviço de clientes específicos.Os
processos de~
gerenciamento estao
onde
grande partedo
dinheiro é gasto.No
processo produtivoou
de manufatura entre outros objetivos, sãoimportantes a qualidade
do
produto fabricadoou do
produtodo
processo, oque
pode
envolveruma
variedade de características de produtosalém
da eliminação dosdefeitos,
como
a flexibilidadena
fabricação de diferentes tipos de produtos, aobservação confiável, previsão dos prazos de fabricação, a redução dos custos e
preço dos produtos. '
Dentro
destemesmo
princípioHronec
(1994) classifica os processosem:
1. processo primário: são aqueles
que tocam
o cliente. Sehouver
falhano
processo primário, o cliente saberá imediatamente.Incluem
entregas de produtos/serviços, desenvolvimento de
novos
produtos/serviço e produção;
2. processos de apoio: são os
que
suportam os processos primários eque
são necessários para a execução destes. Se
houver
falhanum
processode a
P
oio, o clientenão
a erceberá imediatamente. Ela setomará
35
3. processos de gestão: são necessário para coordenar as atividades de
apoio e os processos produtivos.
Processos de Gestão
Processos
Processos
Apoio de, Primários
Figura 5 - Tipos de Processos (Hronec, 1994).
2.3.1 - Processos
Empresariais
Processos empresariais são aqueles
que dão
apoio ao processo produtivo.Estes processos são os que
geram
serviços eservem
para apoiar os processosprodutivos,
como
por exemplo: o planejamentodo
processo de produção, folha depagamento,
mudança
de engenharia e atendimento de pedido, entre outros.Constituem
um
grupode
ações interligadas, utilizando-se de recursosda empresa
egerando resultados defmidos,
em
apoio aos objetivosda
organizaçãocomo
um
todo.Excluindo os processos produtivos
ou
de manufatura, todos os restantesdos processos se
enquadram
em
processos empresariais, e osmesmos
desempenham
um
importante papelna
sobrevivênciaeconômica
e estrutural das empresas.Harrington (1993)