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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÃNDIA
CENTRo DE CIENCIAS BIOMÉDICAS
CURSODE CIENCIAS BIOLÓGICAS
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(Orientador)
Monografia
apresentada
à
Coordenação
do Curso de CiênciasBiológicas da Universidade Federal de Uberlândia,
para obtenção
do graude
Bacharel em Ciências Biológicas.
Uberlândia
— MG)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÃNDIA
CENTRODE CIÉNCIAS BIOMÉDICAS
CURSO DE CIENCIAS BIOLÓGICAS
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Aprovada pela
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examinadora em
09/02/1999 Nota: '7 (17(7/3
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Prof. Dr.
José
FernandoPinese
(Orientador)
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??(AÁJZ'B—WProfª. Drª. Cecília Lomõnaco de Paula
(Conselheira) -CL—
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Prof. lás. Evandro de Abreu(Conselheiro)Fernandes
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LWMI/W
(«SDM/iara
A Deus, por ter me concedido o dom da Vida
e a
oportunidade deestudar a
Natureza.
Aos meus Pais, Francisco
e
Fernanda, por todo amor, incentivoe
confiança, pelototal apoio nos momentos de
mudanças
em minhavida...As minhas Irmãs, Camila
e
Estela, pela paciência durantetodas as
minhas dificuldades, pelo carinho mútuo, pelo auxílio no meu trabalho, pelacompreensão
e
amizade.Aos
meus
Avós paternos, Beneditoe
Lavinia, cujasorações
foram ogrande
impulso para minhavidae
carreira profissional.Aos meus Avós maternos, Antônio
e
Diva, os quaissempre
sintoa
presença
me orientandoe
iluminando meu caminho.A
todos os
meus familiares, quede
alguma maneira participaramdesta
conquista.
Ao meu Orientador, Prof. Dr.
José
Fernando Pinese, porseus
vii
Ã
Profª
Dr.ª Cecília Lomõnacode
Paula, porseu
profissionalismo,competência
e
humildade, quea
tornam uma brilhante pesquisadora. Agradeço ainda oespaço
no laboratório de Ecologiae
o auxilio durante todosos
momentos.Ao Prof. Ms. Evandro de Abreu Fernandes, pelo incentivo que impulsionou
a
minhapesquisa,
peladedicação
emcompreender
o mundo dosescargots
para me auxiliare
por todaa atenção
que mefoidispensada.
Ás amigas, Adriana
Paula
Fuzetoe
Marta Maria Malheiros, pelaconvivência em
todos os
momentos, felizes ou não,regados a
choroe
muita alegria, pelo auxílioconstante
na realizaçãodeste
trabalho.Pessoas
fundamentaispara
meu crescimentopessoal e
profissional.Ao amigo Renato Gomes Faria, pela convivência, simplicidade,
compreensão e
pelo auxílionas
diversas atividades do curso.Ã Denise Cristiane Corrêa Gonçalves e Família, Família Titotto,
José
Carlos Antônio, pela convivência durante o Curso,
sempre
com muito amor,carinho
e
amizade.Ao técnico
e
amigo Anselmode
Oliveira, cujapresença
foi de extrema importância em minha formação acadêmica.Aos
professores da graduação e colegas
da41ª
Turmaque
meacompanharam e
cederam
um pouco desua
amizadee
sabedoria.A
todos
os integrantes do Laboratóriode
Ecologia,que
acompanharame
viii
à Mixfort Rações, pela fornecimento
das rações
utilizadas em meuexperimento.
Ao Prof. Pedro
Pacheco e
demaispesquisadores
da Faculdade de Medicina Veterináriae
Zootecnia — USP, pela colaboração quesuas pesquisas
%MIIW
Achatina fu/ica Bowdich, 1822,
é
um caracol comestível da família Achatinidae, de origem no continente Africanoe
amplamente distribuído emregiões
tropicaise
subtropicais. No Brasil,
esta espécie
temse
tornado um recurso alimentício comume
a falta de informaçõesa
respeitodas
exigências nutricionaisdesse
caracol faz comque
os helicicultores utilizemas rações empregadas
na criação de outros animais emsua
alimentação. Com o objetivo de verificar o crescimento do caracol decorrente da alimentação comrações
comerciaispara aves e
ou suínos, foram utilizados 360espécimens
de Achatina fu/ica, provenientes doheliciário do Departamento de Biociências
da
Universidade Federal de Uberlândia, MG. Administraram-se 6 tratamentos com 6repetições e
10animais/repetição,
sendo
eles: Tratamento A (ração inicialfrango), Tratamento B(ração galinha postura), Tratamento C (ração lactação de suínos), Tratamento D
(ração inicialfrango
e
calcário), Tratamento E (ração galinha posturae
calcário),Tratamento F (ração lactação de
suínos e
calcário). Os fatoresanalisados
foram ocrescimento (ganho
de
peso, variações no comprimentoe
largura da concha), consumo de ração,conversão
alimentare
taxa de mortalidadenas
condições climáticas da região do TriânguloMineiro. O crescimentoe a
conversão alimentar dos caracóis mostraram-se significativamente diferentes entre os tratamentos,sendo
obtido o melhor resultado nos tratamentos De
E. Com relaçãoa
taxa demortalidade,
esta
mostrou-se reduzida, independendo do tratamento utilizado. Oclima não foi prejudicial
ao
crescimento dos animais, poissendo
origináriosde
regiões tropicais,apresentam seu
máximo desenvolvimento emtemperaturas
em torno de 23ºC, valor médio encontrado durante o experimento.)
))))l)
ªtarLá/ew'
1. INTRODUÇÃO____________________________________________________________________________________________________1 2. MATERIALE MÉTODOS... 7 2.1. Materialbiológico
... 7 2.2.Condições experimentais
... 7 2.3.Tratamentos
... 122.4.
Coleta e análise
dos dados
... 143. RESULTADOS... 16
3.1.
Crescimento
... 163.2.
Consumo de alimento e
conversão
alimentar
... ...253.3.
Mortalidade
... 253.4. Clima... 29
4. DISCUSSÃO... 30
4.1.
Crescimento
... 304.2.
Consumo de alimento e
conversão
alimentar
...324.3.
Mortalidade
... 324.4. Clima... 33
5. CONCLUSÃO... 34
))))))))))
)
)))))
)
g/íalaf
ala
%%
TABELA 1
-
Composiçãodas rações
utilizadaspara
Achatina fulíca, emexperimento desenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia,MG, 1998...13 TABELA 2 — Análise do calcário utilizado na
suplementação das rações
deAchatina fulica, em experimento desenvolvido no laboratório de Ecologia
da
Universidade Federal de Uberlândia, MG, 1998... 13TABELA 3 —ANOVA um fator (tratamento)
para
as
medidas de ganho depeso e
variações
no comprimentoe
largura da concha de Achatina fulica,em experimento desenvolvido no laboratório de Ecologia da
Universidade Federal de Uberlândia, MG, 1998...18 TABELA 4 — Ganho de
peso
(g) (médiai
erro padrão)de
Achatina fu/ica portratamento,
à cada
ciclo de 28 dias, em experimento desenvolvidono laboratório
de
Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia,MG, 1998... 19 TABELA 5 — Comprimento
da
concha (cm) (média1
erro padrão)de
Achatinafulica por tratamento,
à cada
ciclo de 28 dias, em experimentodesenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade Federal
)))))))
)
xii
TABELA 6
-
Largura da concha (cm) (média 1 erro padrão) de Achatinafulica portratamento, à
cada
ciclode
28 dias, em experimento desenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia,MG, 1998... 23
TABELA 7 —ANOVA um fator (tratamento) para conversão alimentar de Achatina fu/ica, em experimento desenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia,MG, 1998...27
TABELA 8 — Conversão alimentar (média
1
erro padrão)de
Achatina fu/ica portratamento, à
cada
ciclo de 28 dias, em experimento desenvolvidono laboratório de Ecologia da Universidade Federal
de
Uberlândia,xiii
%/
(fer
QWW
FIGURA 1 — Esoargot Achatina fulica, Bowdich, 1822, utilizado em experimento
desenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade Federal
de
Uberlândia, MG... 9
FIGURA 2 — Bacias utilizadas no experimento com Achatina fu/ica, desenvolvido
no laboratório de Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia,
MG: (A) vista interna da bacia com
espuma
umedecidae
pote deração; (B) bacia coberta com tela (sombrite 50%)...10 FIGURA 3 — Lotes de Achatina fu/ica acondicionados no laboratório de Ecologia
da
Universidade Federalde
Uberlândia, MG____________________________________11 FIGURA 4 — Medidas de comprimento (A)e
largura (B)da
concha de Achatinafulica, com paquímetro ... 15 FIGURA 5 — Ganho de
peso
de Achatina fulica por tratamentoà cada
ciclo de 28dias, em experimento desenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia,MG, 1998... 20
FIGURA 6 —— Variações no comprimento da concha
de
Achatina fu/ica portratamento à
cada
ciclo de 28 dias, em experimento desenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade Federalde
Uberlândia,)
)
))))))
xiv
FIGURA 7 —Variações na largura da concha de Achatina fulica por tratamento
à
cada
ciclo de 28 dias, em experimento desenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia, MG, 1998...24FIGURA 8 — Conversão alimentar
de
Achatina fulica por tratamentoà cada
ciclode 28 dias, em experimento desenvolvido no laboratório de Ecologia
))
))*))) ))))))l)))))))))
)))))))
1.
gªmeçáw
Os
escargots são
caracóis comestíveispertencentes a Classe
Gastropoda,a
mais diversificada
classe
do Filo Mollusca. A maioria dosgastrópodos é
constituída por animaissedentários e
lentos, intimamenteassociados
ao substrato, mas que,apesar desta
condição,apresentam
uma notável radiação adaptativaque se
refletena morfologia da concha, nos tipos
de
alimentaçãoe
naespecialização a
diversosmicro—habitats
e
nichos (STORERet
al., 1991).O grupo
está
incluído naSubclasse
Pulmonata,caracterizada
pelaconversão
da
cavidade do manto em um “pulmão”, na qualestão
os mais bemsucedidos
caracóis terrestres e
deágua
doce, amplamente distribuídos em regiões tropicaise
temperadas
de todo mundo (STORERet
al., 1991; BARNES, 1996).Os
gastrópodes
pulmonados da Ordem Stylommatophora, que incluemas
espécies
terrestres, diferemdos
demais porapresentarem
doispares
de tentáculosretráteis
e
invagináveis, com umpar de
olhos na extremidade do par superior (BARNES, 1996).Avaliaçãociocrescimento deAchafi'na fuiicadecorrente daalimentação comrações comerciais 2
Estudos arqueológicos demonstram o consumo dos caracóis
desde a era
Paleolítica, em
que
foramencontradas grandes quantidades
deconchas
próximoàs
cavernas
do homem pré—histórico (PACHECO & MARTINS, 1998). Asantigas
civilizações
os
utilizavam como alimento, utensílios, cosméticos, inclusive remédios.Na idade Média, além de utilizarem
a água
onde eram fervidosos
caracóis para acura de
numerosas doenças,
comoafecções
gastrointestinais, bronquites, hérnias, cicatrização de feridas (BARRIER, 1984; FUNCIA, 1984; SEBRAE, 1994), também eram consumidos nos mosteiros emdias
cujo consumode carne
era proibido (PACHECO & MARTINS, 1998).O consumo
de
caracóis pelo homem teve um aumento progressivoa
partir doséculo XIX (VIEIRA, 1984),
e as espécies
atualmente comercializadassão
do gêneroHelix
e
AchatinaO caracol Achatina fulica Bowdich, 1822,
representante
da FamíliaAchatinidae
e
conhecido por Gigante Africano,é
considerado umadas
maioresespécies,
podendo medir aproximadamente 27 cm de altura da concha (BARNES,1996). É Nativo do leste da África
e
largamente introduzido em ilhas do Pacíficoe
aoeste
da Índia (STORERet
al., 1991; TAKEUCHIet
al., 1991; CIVEYREL &SIMBERLOFF, 1996). No continente Americano
sua
introdução iniciou-se no Havaíem
meados de
1939, alcançandoa
Califórniaao
Final daSegunda
Guerra Mundiale
a
Flórida nadécada
de 70 (TELESet
al., 1997).Achatina fulica tem
se
tornado um recurso alimentício comum em diversospaíses,
inclusive no Brasil (TELESet
al., 1997). Aespécie
ocupou progressivamenteo mercado
europeu
decarne
de escargot,representando
26% da produção em)
)))
)
)
Avaiioção docrescimento deAchar/'na fui/”cadecorrente daalimentação comrações comerciais 3
O Gigante Africano
é
um animal tipicamente de hábitos noturnos,que
vive em locais úmidos como debaixo de troncos ou húmus de folhas nos solos de florestas, provavelmentepara
evitara
perda deágua através
daevaporação
(Van WEEL, 1948; TOMIYAMA&NAKANE, 1993; BARNES, 1996).thatina
fu/icatorna-se
sexualmente maduro com aproximadamente 1 ano(BARRIER, 1984; IRELAND, 1991; RAUT, 1991).
São
hermafroditasincapazes
de autofecundação.Sua
cópulaé
precedida por um ritual de cortee
oesperma é
trocado em
espermatóforos
(BERRY & CHAN, 1968; BARNES, 1996).Segundo
TOMIYAMA (1994), o comportamento
de
corte ocorre exclusivamente no períodonoturno com tempo médio de 4,6
horas
deduração
podendo atingir 7,5 horas. VanWEEL (1948) observou que o
processo
de cópula podeser
interrompido,continuando
após
um curto período, nãonecessariamente
como mesmo parceiro.O número de ovos produzidos
depende
da idade do animale
o período emque
são depositados
pode variar em funçãodas
condições climáticas (Van WEEL,1948). Em média,
estes
caracóis põemcerca
de 1.000 ovos porestação
reprodutiva,que são enterrados antes
doamanhecer
em grupos de 30a
350 indivíduos,os
quaiseclodem em
menos
de 10 dias (Van WEEL, 1948; SHAH, 1992).A longevidade dos caracóis
terrestres é
influenciada pelo fenômeno dehibernação
e
estivação (RAUT, 1991),caracterizados
pela redução do metabolismoe
formação do epifragma,para
evitara
perda deágua
quandoas
condições do ambientesão
desfavoráveis (Van WEEL, 1948; FUNCIA, 1994).As condições ambientais influenciam o desenvolvimento dos escargots,
seja
na
natureza
ou em cativeiro. Fatores como umidade, temperaturae
luminosidadesão
importantespara
que o animal inicie oprocesso
de hibernação ou estivaçãoAvaliação docrescimento deAchar/'na fil/fccdecorrente daalimentação comrações comerciais 4
A sobrevivência em cativeiro de Achatina fulica
e
Helix pomatia, sobcondições favoráveis, atinge 9
e
15 anos, respectivamente, contra 4e
3 anos, emcondições naturais (RAUT, 1991; SHAH, 1992). Isto
parece
demonstrar quea
criação em cativeiro favorece o desenvolvimento
e
o rápido crescimento dosindivíduos, devido
aos
cuidados emse
evitar fuga, predação,excesso
ou carência de alimentose
outras condições desfavoráveis (BARRIER, 1984).Achatina fulfca
é
considerado umapraga
paraa
agricultura de váriospaíses
onde se estabeleceu
(TAKEUCHIet
al., 1991; SHAH, 1992) promovendoperdas
emplantações
debanana,
mamão, café, amendoim, cítricose
outras, bem como adestruição de jardins
e
hortas (TELESet
al., 1997). Além disso, aespécie
podeser
hospedeira
intermediária de Angiostrongy/uscantonensis
(Chen, 1935), nematóidecausador
da angiostrongilíase meningoencefa'lica no homem emregiões
tropicais(KALYANI, 1990; SITHITHAWORN
et
al., 1991; NEVES, 1995; TELESet
al., 1997).Essa
infecção podese
dar por meio da ingestão de larvas do nematóideencontradas
nos vegetais, ou de moluscosque
contenham o verme (TELESet
al.,1997). No entanto,
se
oescargot
for devidamente preparado, não constitui riscopara
o consumo humano (STIEVENART & HARDOUIN, 1990; TiLLlERet
al., 1993;TELES
et
al., 1997).Pouco
se sabe a
respeitodas
reais exigências nutricionaisde gastrópodos
terrestres
(CUELLAR & CUELLAR, 1986).Apenas
queas
dietas naturaispara estes
animais
são
limitadase
constituem—sebasicamente
davegetação sobre
as
quaiseles
alimentam-se com frequência (IRELAND, 1991).Alguns
estudos
relatados por DESBUQUOIS & DAGUZAN (1995),demonstraram
a
preferência alimentar de Achatina fulica por Taraxacum Officina/e)))))))
)
))
)
Avaliação docrescimento deAcha-fina fui/ªcadecorrente daalimentação com raçô'escomerciais 5
do alimento. Sabe—se
que características
físicase
químicas de diferentes plantas,podem afetar o comportamento alimentar dos
gastrópodos
herbívoros.Recentemente
foram realizados experimentos envolvendo diferentes dietaspara avaliação do desenvolvimento
de escargots.
MONNEY (1994), ao administrar uma alimentação contendo 6,5% de gordura, 5,5% de fibras, 16% de proteínase
20% de cinzas verificou que os
escargots
desenvolviam-seaté
os 11meses, sendo
que
após este
período o crescimentocessou.
Notou ainda que os grupos quereceberam uma maior quantidade de vegetais compondo
sua
dietaapresentavam
um maior crescimento.
A concha
é
o mais importante sitio dedeposição
de cálcio em um molusco(IRELAND & MARIGOMEZ, 1992). Os
escargots
exigemelevados
níveis decarbonato de cálcio na dieta, como por exemplo, 30% para Helix
aspersa
(BONNETet
al., 1990), 25%para
Achatina fulica (IRELAND, 1991)e
15% para Achatinamarginata (IMEVBORE, 1995).
IRELAND (1991),
estudando
os efeitosde
uma dietade
cálciosobre
odesenvolvimento do
escargot
Achatina fulica, verificou que opeso
corpóreo foipositivamente correlacionado com o aumento da
concentração
de cálcio numa dietabase
deração
peletizada de coelhos. Entretanto, quando eram fornecidassobrecargas
de cálcio, acimade
25%, oexcesso era passado para
outros tecidos,incluindo
as
glândulas digestóriase
o pé,causando
inclusive um efeito negativo nocrescimento
e
ganhode
peso.Estudos de PACHECO
et
al. (1998) para avaliar a eficiência do emprego dediferentes fontes
e
níveisde
cálcio, demonstraram que os tratamentos quecontinham 250 g de calcário calcitico
e
250 g deosso
calcinado,ambos acrescidos
)))))))))
)
)
))))))))
)
Avaliação docrescimento deAchar/'na fiz!/cadecorrente da alimentação comrações comerciais 6
correlação positiva em
percentagem
de conchae
carne,sendo
19,11% e 31 ,71 % ou19,21%
e
32%de carne e
concha respectivamente.O questionamento
de
quelesmas e caracóis terrestres
ingerem o solopara
retirarem cálcio (IRELAND, 1991), motivou SPERS
et
al. (1998),a
realizaremestudos
para verificar tal fato.Esses autores
utilizaram 4 tratamentos compostos pordiferentes tipos de substratos, verificandoo melhor desenvolvimento dos
caracóis
nosubstrato
composto por latossolo vermelhoescuro
com alto teor de areia, seguidopelos
substratos
com latossolo vermelho amareloe
latossolo vermelho amarelo com 500 g de húmus.ABOUA(1990), estimando a composição química de Achatinafulica, registrou
que a concha
e
os tecidos macios possuem, respectivamente 0,18e
69,5% deumidade, 92,8
e
7,64% de cinzas, 1,81e
72,1% de proteínase
0,12e
2,10% degorduras. O teor de cálcio
e
fósforo encontrado na conchae
tecidos,respectivamente foram 36.855
e
1.060,e
ode
fósforo 50e
500 (valores emwlumà.Segundo
PACHECOet
al. (1996), formulações derações específicas
paraAchatina fu/ica ainda não foram desenvolvidas,
sendo
usualmenteempregadas
rações
para gado de corte, frangos,suínos e
coelhos.Preenchendo esta
lacuna,estes autores
realizaramtestes
utilizandotreze
tratamentos comdiversas
formulações,
constatando
quea
melhor formulaçãoe a de
Cuellaret
al. (1996)acrescida
de pó deosso
de olha com vegetais.Este trabalho tem como objetivosverificar o crescimento do
escargot
Achatinafu/ica Bowdich, 1822, avaliando o ganho de peso,
as
variações no comprimento e nalargura da concha, o consumo de ração, a
conversão
alimentare
a taxa de mortalidade,decorrentes
da alimentação comrações
comerciais deaves e
ou suínos,para as
condições climáticas da região do TriânguloMineiro.)
)
P
)
)
)))))) ))))))))))))))))))))) )))))))))))))
)
Avaliação docrescimento de Achatina fu/icadecorrente daalimentação comrações comerciais
7
2.1.
JWWW
O experimento foi realizado no período
de
julhoa
setembro de1998,
utilizando-se 360
espécimens
do caracol Gigante Africano Achatina fulica Bowdich, 1822 (FIGURA 1), provenientes do heliciário do Departamentode
Biociências, daUniversidade Federal de Uberlândia, MG. Os caracóis
que apresentavam
umtamanho
semelhante
foramselecionados e
transferidos para o Laboratóriode
Ecologia da Universidade.No Laboratório os caracóis foram inicialmente
pesados e
divididos em 36lotes com 10 animais.
Cada
lote foi acondicionado em uma bacia plástica de 3,2)
)))))h))))))))))))))
))
))
Avaliação docrescimento de Achar/hafix/rcadecorrente daalimentação comrações comerciais 8
ração. As
bacias
foramcobertas
com uma tela (sombrite 50%),presa
por umelástico, para impedir
a
fuga doscaracóis e a
possívelentrada
de outros animais(FIGURA 2 A
e
B); foram alojadas em umaestante de
ferro (FIGURA 3)e
umedecidas
periodicamente.A limpeza
das bacias
plásticas de criação foi realizadaa cada
três dias,consistindo na troca
das rações e das espumas.
A
temperatura
do laboratório foiacompanhada
diariamente. Dadosclimatológicos (temperatura média
e
umidade relativa do ar) do município de Uberlândia foram obtidos naEstação
de Climatologia da Universidade Federalde
Uberlândia.Para
o controle do consumo de ração, foramrealizadas pesagens das
mesmas antes e após
o consumo no período de 3 dias. Assobras
erampesadas
após serem
levadasà
estufa a 45ºC por 48horas para
retirara
umidade contida na.)
)))))))
)
)
)
)
Avaíiaç'ão do crescia-xamade Achafina fulicadecorreme daalimentação comrações comerciais
FIGURA 1 — Escargot Achatina fulica, Bowdich, 1822, utilizado em
experimento desenvolvido no laboratório de Ecologia de
))))“)))“)))))))))))))“)))))))))))))))))))))))))))))
Avaliação docrescimento deAchar/n'a fU/icadecorrente daaiimeniaçõn comrações comerciais
B
FIGURA 2 — Bacias utilizadas no experimento com Achatina fulica, desenvolvido no laboratório de Ecologia da
Universidade Federal
de
Uberlândia, MG: (A) vista interna da bacia comespuma
umedecidae
pote de ração; (B) bacia coberta com tela (sombrite50%).)
)
Avaliação do crescimen'ro deAchar/'nafu/icadecorrenTe daaiimen'ração comrações comerciais
FIGURA 3 — Lotes de Achatina fulica acondicionados no
laboratório de Ecologia da Universidade
Federal de Uberlândia, MG, 1998. (A)
termômetro.
)
)
))
)
)
)))))))
))
))))))))))))) )))))
Avaliação docrescimento de AchatinafU/ícadecorrente da
alimentação comrações comerciais 12
O experimento constou de
seis
(6)tratamentos,
sendo
quepara cada
tratamento foramrealizadas seis
(6) repetições com 10animais/repetição. Foram eles:
Tratamento
A— Ração inicialfrangoTratamento
B — Ração galinha posturaTratamento
C—Ração lactaçãosuínos
Tratamento
D— Ração inicialfrangoe
calcário calcíticoTratamento
E — Ração galinha posturae
calcário calciticoTratamento
F—Ração
lactaçãosuínos e
calcário calcíticoA composição
das rações
utilizadasestá
descrita na TABELA 1. O calcário
utilizado na
suplementação das rações
D, Ee
F não foimisturado
a
ração, ficando disponivelpara a
livreescolha
do animal. A TABELA 2caracteriza o calcário fornecido
aos escargots.
)
)
))
))
Avaliaçãociocrescimento de Acharina fu/ícadecorrente da
alimenlação comrações comerciais 13
TABELA 1 -Composição
das rações
utilizadas para Achatinafu/ica, em experimento
desenvolvido no laboratório de Ecologia de Universidade Federal
de
Uberlândia, MG, 1998. . >.____
, ,. , ,. ..Tipo-,déRáÇãª
' ' , ,_
Frango'-
Í'Poàtura, — "'º'Suíínos. 'Energia Metaboliáável(Kcal/Kg) 2850 '
2700. 3100 Proteina bruta (%) 20,000 17,500 18,150 Fibra bruta (%) 3,510 3,010 4,760 Extrato
etéreo
(%) 3,940 3,500 5,660 MatériaMineral (%) 5,790 13,273 6,550 Cálcio (%) 1,100 4,100 0,940 Fósforototal (%) 0,700 0,577 0,750TABELA 2 -Análise do calcário utilizado na
suplementação das rações
de Achatina
fu/ica, em experimento desenvolvido no laboratório de Ecologia da
Universidade Federal de Uberlândia, MG, 1998.
.
CaO :, MgO
'Cacoa
*Mgcoa, ER » ,
vu,
*;;_ PRNT 30,0 3,43 53,57 7,2 82,89 52,15 51,51ER=EquivalênciaRelativa; VN= Valorde Neutralização
)
))))))
)
)
)
Avaliação docrescimento da Achafrnafui/"cadecorrente daalimentação com rações comerciais
14
2.
&.
gole/[(p
ewWW
dw
dadw'
As avaliações foram
semanais,
durante um período de 12semanas,
em queos
caracóis forampesados
individualmente em umabalança
eletrônica de precisãoe
mensurados, com o auxílio de paquímetro, o comprimento
e a
largura desuas
conchas
(FIGURA 4 Ae
B).Considerando não ter sido possível
a seleção
de indivíduos de mesma idadee/ou
peso para a
formaçãode
lotes experimentais, utilizaram—se, como variáveiso
ganho
de peso e
as
variações no comprimentoe
largura da concha (diferença entreo peso/medida da avaliação atual
e
o peso/medida da avaliação inicial).O crescimento dos
caracóis
por meio do ganhode peso e
variações no comprimentoe
na largura da concha, bem como o consumode ração e a
conversão alimentar foramanalisados
em 3 ciclos de 28 dias.Para a
realização do cálculo daconversão
alimentar utilizaram—se os valoresreferentes
ao consumo médiode ração
por tratamento, divididos pelo ganho depeso
médio
a cada
ciclo.A verificação
estatística
de diferenças no ganhode peso e variações
no
comprimento
e
na largura da concha entre os tratamentos foi realizada por análisede variância(ANOVA) (ZAR, 1984).
Comparações
múltiplasnas
variáveisanalisadas
foram feitas pelo
teste
de Tukey (ZAR, 1984). Todasas análises estatísticas
foramefetuadas
em computador PC utilizando o programa SYSTAT for WINDOWS,versão
)))))))))))))))))))))))))))))))
)))))))))))))))
)
)
Avaliação do crescimeniªo deAr:/latinafulicadecor-Perde daalimenfaçõo comrações comerciais
FIGURA 4 — Medidas de comprimento (A)
e
largura (B)
de
Achatina fulica,com paquímetro.
)
))))))))))
)
)
)
Avaliaç㺠docrescimento deAchavª/rm fui/“cadecºrren're daalimentação comrações comerciais 16
3.
gWaláZQ/w
3/1.
%?ij
A
análise estatística
dosdados
relativosao ganho
depeso dos
indivíduose
variações no comprimento
e
na largura da concha do último ciclo, mostrou haver diferenças significativas entre os tratamentos (F=30,652, P<0,0001; F=13,603, P<0,0001e
F=13,455, P<0,0001, respectivamente) (TABELA 3). Oteste
de Tukey(P<0,05) indicou
que
os tratamentos De
E foram os que propiciaram meihordesempenho
no crescimento do lotes, não havendo diferençasestatísticas
significativas entre
ambos nas três
variáveisanalisadas.
A
análise
do ganho depeso
do caracol Achatina fu/icaà cada
ciclo de 28 dias(TABELA4; FIGURA 5), demonstrou
que os
tratamentos A, Be
C, desprovidos decalcário, resultaram em ganho de
peso menores
quandocomparados aos
tratamentos
D, Ee
F, com calcário disponivel.Estas
diferençasse acentuaram
com)
)
)
)))))))))))))))))))))))))) ))) )))))
Avaliação docrescimento de Acharína fal/eadecºrrenteda alimentaçãocom roçô'escomerciais 17
As variações no comprimento do caracol, mostraram
que
os tratamentos B, D,E
e
F tiveram um crescimento da concha maior que os tratamentos Ae
C que nãoreceberam
calcário,sendo
B inferioraos
demais (TABELA 5; FIGURA 6). Ostratamentos
Ae
Capresentaram
umpadrão
de crescimento comquedas
de um ciclopara
outro. Quantoàs
variações da largura da concha (TABELA 6; FIGURA 7),apenas
ostratamentos
que continham calcário disponívelapresentaram
maior)
>))))
)
Avaliação docrescimento de Achaffhafui/tadecorrente daalimentação comrações comerciais 18
TABELA 3 — ANOVA um fator (tratamento) para
as
medidas de ganho depeso e
variações
no comprimentoe
na largura da concha de Achatina fulica,em experimento desenvolvido no Laboratório de Ecologia da
Universidade Federal de Uberlândia,MG, 1998.
Ganho de Tratamento 235,04 5 47,00 30,65 <0,0001
peso
Erro 46,00 30 15?» Variação no Tratamento 5,19 5 1,03 13,60 <0,0001 comprimentoda
concha Erro 2,29 30 0,07 Variação na Tratamento 1,97 5 0,39 13,45 <0,0001 largura daconcha
Erro 0,88 30 0,02)
)
)))))) )))))))) )))))
)
)
)
)))))))))
Avaliação docrescimemo deAchar/'na fu/icadecorrente: da ahmentaçãocomrações comerciais 19
TABELA 4 — Ganho de
peso
(9) (médiai
erro padrão) de Achatina fulica portratamento,
à cada
ciclo de 28 dias, em experimento desenvolvido nolaboratório de Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia, MG,
1998. 0,273
3
0,099 0,8103
0,131 0,6833
0,189 (n=59) (n=58) (n=57) 0,4591
0,070 1,080i
0,205 1,0051
0,256 (n=60) (n=60) (n=60) 0,622 :: 0,201 0,662i
0189 0,677:
0,106 (n=59) (n=58) (n=58) 0,988i
0,054 3,0191
0,332 4,2651
0,597 (n=60) (n=58) (n=58) 0,8631
0,089 2,5803
0,123 3,6043
0,265 (n=60) (n=57) (n=57) 0,7491
0,060 1,8431
0,065 2,6441
0,253 (n=60) (n=60) (n=59))))
)
'))))))
Avaliação docrescimento de Acharina fuiicadecorrente daaiimentaçõo comrações comerciais
] I 7 i i 6. — 6“ O 5 - 5 ,
ª
º aO &? 4 — LG: _ :. g 4 % % É 3 — 9 8 — : E C, * * * 0 i i i 1 2 3 1 º ª Ciclos Ciclos TRATAMENTOA TRATAMENTOD 7 ] Í I 7 i i i 6 — e .i 6 — 5 © :o :; A _ 8 4 , A º & € % É 8 — 9 3 ª E [3 2 _ ;; h4 ª 1 — fil[1]
- 1 1 _ O O 1 I t 1 2 3 1 2 3 Ciclos Cicios TRATAMENTOB TRATAMENTOE 7 i 1 | 7 i i i 6 — 6 — A 5 - A 5 « É. 4 , Í; 4 — sg % 2 — ((B 2 — 1 * 1 à 1 ªi O I [ I O ( i i 1 2 5 1 2 8 Ciclos Ciclos TRATAMENTO C TRATAMENTOF 20FIGURA 5 — Ganho de
peso
de Achatina fu/ica por tratamentoà cada
ciclode
28 dias, em experimento desenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade Federal de Uberiàndia,MG, 1998.)))))))))))))))))))))))))))))))))))
)
)
)))) )))))))))
)
))))) )))) )))))))))))))))
)
Avaiiaçõíodocrescimento de Achafina fu/icadecorrente daalimenfaçõo com raçô'escomerciais 21
TABELA 5 — Variações no comprimento da concha (cm) (média 2“. erro padrão) de
Achatina fulica por tratamento,
à cada
ciclo de 28 dias, emexperimento desenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade
Federal de Uberlândia, MG, 1998. 0,180
3
0,074 0,131 -_I-_ 0,026 0,1813
0,032 (n=59) (n=58) (n=57) 0,1481
0,028 0,2433
0,049 0,298 1 0,121 (n=60) (n=60) (n=60) 0,151i
0,037 0,141i
0,051 0,1283
0,024 , (n=59) (n=58) (n=58)E,
0,2701
0,033 0,401:
0,083 0,6501
0,087 (n=60) (n=58) (n=58) 0,2721
0,047 0,4471
0,030 0,5261
0,056 (n=60) (n=57) (n=57) 0,277i
0,031 0,3631
0,043 0,5431
0,077 (n=60) (n=60) (n=59)))))$))
')
))))))))))))))))))))) )“)))))))))))))))3)
)
Avaiiaçõo docrescimento de AchafinafU/icadecorrente: daalimentação comrações comerciais 22
10 i i * 1.0 | 1 1 E 9—8 ª A _ _ 8 E' 0.8 :; 2 Q”) = , ª
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0.0 1 , , ª º ª 1 2 e Ciclos Ciclo-e TRATAMENTO A TRATAMENTO D 1.6 , . . 1.0 . . i&
% ºª * 'É 0.8 » ª º Eª) É 05 * .E 0.6 - « É É o 8 É 0'4 « g 0,4 , — º) c; "% n _ .ª > 04;
02 _ _4 Gº 1, ; .; oo ' l ' ' “ 1 2 & Cidcs Oicios TRATAMENTO B TRATAMENTO E 10 1 y ( TG ] ! % 0.8 * É 08 _ vG e *e 2 É 0'6 * É 06 » E c; 3 % ª:) 04 - Z & ã º-4 ' > ““E I_L' & 02 -DO I | J 1 2 3 00 i i _ i 1 2 s Ciclos Ciclos TRATAMENTO C TRATAMENTO FFIGURA 6 —Variações no comprimento da concha
de
Achatina fu/ica portratamento,
à cada
ciclode
28 dias, em experimentodesenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia,MG, 1998.
)
))) )))))))))) ))))))))
))))
))))
Avaiiaçiío docrescimerm)deAchar/'nafulicadecorrer-nedaaiimenMçõíocomrações comerciais
TABELA 6 — Variações na largura da concha (cm) (média + erro padrão) de
Achatina fu/ica por tratamento,
à cada
ciclo de 28 dias, emexperimento desenvolvido no laboratório de Ecologia da Universidade
Federal de Uberlândia,MG, 1998. , '
gfrratarnento
. _-1L.argura fu.: 3." " 13”ºiºlº.f..“
* ,,3ºc|clo
,“A
'0,2093
0,079 0,0893
0,026 0,098 3 0,022 ' ' " Í ' (n=59) (n=58) (n=57) EB 0,18110012
017030047
0,11030,061
(n=60) (n=60) (n=60);:
0,1811
0,037 0,0713
0,020 0,0503
0,018 (n=59) (n=58) (n=58)0279
1
0,019 0,2933
0,0450355
i
0,042 (n=60) (n=58) (n=58) E 0,2161
0,029 0,2691
0,015 0,304:
0,091 , (n=60) (n=57) (n=57) ' "F0223
1
0,017 0,2783
0,029 0,2743
0,033 ' ' (n=60) (n=60) (n=59)))
))))))) )))))))))) ))))))))))))))) «)))))))))
)
1.6a
08 — — 'É“ _º? É a, 0.6 * — 57 g & 0,4 — -& ª ;; 0.2 * _ OG . ! | 1 2 3 Cities TRATAMENTO A Variações na largura (cm) 1 2 E (Dietas TRATAMENTO B 1.0 « i . A 0.8 , — % 0.6 — — É É É“; 0.4 — _ 0,2 — -OO [ t [ 1 2 3 Ciclos TRATAMENTO C Variações na largura (cmi Variaçnaa na largura (em) Variações na largura (cm) 08 04 0,6 (7,4 0.6Avaliação docrescimento deAchar/'nafu/icadecorrente daalimentação comrações comerciais 24
Wi
Ciclos TRATAMENTODiii
Oidos TRATAMENTOE Ciclos TRATAMENTO FFIGURA 7
-
Variações na largura da concha de Achatina fu/ica portratamento,
à cada
ciclode
28 dias, em experimentodesenvolvido no laboratório
de
Ecoiogia da Universidade Federalde
Uberlândia, MG, 1998.))) )))))) ))))))
)
)
))))))) )))))
Avaliação docrescimento de Achatina fulicadecorrente daalimentação comrações comerciais
25
O . C N
I
3.2.
%medamzlaxe"
WW
WWW
0
consumode
alimento por tratamento foi quantificadoe observou-se
umacorrelação positiva com o aumento
de peso
dos caracóis. Torna-senecessário
ressaltar que
o calcário consumido durante todo o experimentorepresentou
45% doconsumo de ração.
A
conversão
alimentar, mostrou-se slgniticativamente diferente entre ostratamentos (F=3,89; P<0,003) (TABELA 7
e
8; FIGURA 8). Quandocomparados
pelo
teste
de Tukey (P<0,05)pôde-se
observara presença
de dois grupossignificativamente distintos: tratamentos
sem
calcário disponível (A, Be
C) etratamentos com calcário disponível(D, E
e
F),sendo
que dentro decada
umdestes
grupos,
os
tratamentos nãoapresentam
diferenças significativas. Os tratamentos D,E
e
Fapresentaram
uma melhorconversão
alimentar nos três ciclos analisados.Os valores de
conversão
alimentar (g/g)para
os tratamentos que continhamcalcário disponível
apresentaram
uma variaçãode
6:1até
131 enquanto que os)
)))))
)
)
Avaliação docrescimento de Achatinafal/Cadecorrente daalimentaçãº
comrações comerciais 26
TABELA 7 — ANOVA um fator (tratamento) para conversão alimentar de Achar/na fu/ica, em experimento desenvolvido no Laboratório de Ecologia da
Universidade Federal de Uberlândia,MG, 1998.
"Variáveis,"
Fone
*"se
' (%an "iMQ'F
" “P Conversão Tratamento 8351,27 5127025
3,89 <0,003 alimentar Erro3331029
102 328,57TABELA 8 — Conversão alimentar (média
3
erro padrão) de Achatina fu/ica portratamento, à
cada
ciclo de 28 dias, em experimento desenvolvido nolaboratório
de
Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia, MG,1998. '
___—
''anthaíng)
[Tratamento.
." » 1ªCiclo
' ' _2º Ciclo
' , vv ' .* aºSCiclº >A—
mã?“
02 > ' 13,545:
1,857 . 20,95038,002
8
19,9043
2,580 14,9503
2,902 18,3891
3,258e
' 20,3353
12,808 50,315:
28,733 18,772 3 2,554 D * 9,5013
0,435 8,402 3 0,481 8,175 3 0,535E
' 13,1433
0,984 7,8183
0,483 7,3243
0,487 F 10,4813
0,858 9,0323
0,299 8,3843
0,572))))))))))))))'))))))))))))))))))))))))))))))))))
Avaliação docrescimento de Achar/ha fu/icadecorrente daalimenmção com
rações comerciais 27 ”22
%
% É o 16 ,; 8 12 1 2 3 cmos cmos TRATAMENTO A TRATAMENTO D 2T 14fºi
20 1.3 19 12ª
15 5 H É 17 É 10 16 g 15 e 4 -_D—L
1 1 2 3 ' 1 2 s cmos cmos TRATAMENTO B TRATAMENTO E 60 11 50 <% 40 TO 20 «o 1 2 3 & cmos 1 2 3 cmos TRATAMENTO C TRATAMENTO FFIGURA 4 — Conversão alimentar de Achatina fu/ica,
por tratamento nos
três
ciclos de 28 dias, em experimento realizado nolaboratório de Ecologia da Universidade Federal de Uberlândia, MG, 1998.
)
)
<))))))))))))
))))))
)
)
)
))))))
)
))
Avaliação docrescimento de Achafrnafu/icadecorrente daalimentação com
rações comerciais 28
A mortalidade dos caracóis no decorrer do experimento mostrou-se reduzida,
pois dos 360 caracóis utilizados no experimento
apenas
11 morreram,sendo
3caracóis
no tratamento A (5%), 2 no tratamento C(333%),
2 no tratamento D(3,33%), 3 no tratamento E (5%)
e
1 no tratamento F (1,66%).Associado
a
algunscaracóis
mortos, verificou-sea presença
de larvas do díptero Dorniphora cornuta, família Phoridae, cujaspupas
encontravam-sealojadas
no interior da
espuma
do lote.De acordo com
os dados
daEstação de
Climatologia da Universidade Federalde
Uberlândia, no período de desenvolvimento do experimento, foram obtidasas
seguintes
médias para temperaturae
umidade relativa do ar, respectivamente:21,4ºC
e
49% para o mêsde
julho, 23,1ºCe
55% para o mês deagosto e
24,7ºCe
49%para
o mêsde
setembro. No laboratório,os
valores médiosencontrados
paraa
temperatura foram: 23,02ºC para o mês de julho, 25ºC para o mês de
agosto e
)
)))))))))))))))))))))))))
)
)
Avaliação docrescimento deAchar/'na fu/icadecorrente daalimentação comrações comerciais 29
#.
gabeamai
4.1.
%W/mmf
O fato
de
que Achatina fu/icaapresenta mudanças
emsua
dieta alimentardependendo
dafase
deseu
desenvolvimento (Van WEEL, 1948), reforça anecessidade de estudos
aprofundadosà
respeitodas
exigências nutricionaispara
esta espécie.
Os principais
autores
em heliciculturaassumem
quevariações nas
concentrações
de cálcio da dieta podemafetar as taxas de
desenvolvimento deescargots
(IRELAND, 1991; FLAUZINOet
al., 1997). Assim, o melhordesempenho
de
Achatina fu/ica nostratamentos
De
E,segundo
oscaracteres analisados
(ganhode
peso, variações no comprimentoe
largura da conchae
conversão alimentar)reflete
a
importância do calcário emsua
dieta alimentar. Além disso,escargots
sob baixasconcentrações de
cálcioapresentaram
o fitness comprometido, com baixa ou)
)))))
))
)
)))))))))
)
))
Avaliação docrescimento deAchar/'na fuíicadecorrente daaiimentação com raçô'escomerciais 30
Van WEEL (1948) em
suas observações de
Achatina fui/ca, afirma que opadrão
de crescimentoparece depender quase
exclusivamente dapresença
decálcio,
e
o tamanhoque sua
concha atinge quando adulto, explicaseu
extraordinário apetite por calcário.De acordo com VanWEEL (1959), variações na composição
das
dietas, comopor exemplo
nas quantidades
de proteínase
carboidratos, podemafetar
ocrescimento
dos
caracóis, visto quecertas substâncias
importantespresentes
naalimentação natural podem
estar
suprimidas. Entretanto, os resultados obtidos mostraram queapesar das rações
utilizadasapresentarem
diferenças quantoa sua
composição de nutrientes, o
desempenho
dos caracóis foi afetado pelasuplementação de
calcário na dieta.A composição
das rações
utilizadasneste
experimento indicam quea ração
inicial
de
frango possui maior percentagem de proteína bruta,e a
ração galinhapostura possui alta
percentagem
de matéria minerale
cálcio em detrimento àração
de lactação de suínos. Em virtude da melhor performance de Achatina fu/ica ter sido
observada
nos tratamentos De
E (ração inicial de frangoe ração
galinha postura,ambas
com calcário disponível),pode-se
sugerirque
umaração
propicia aesta
espécie
seria composta de alta percentagemde proteínas e
25% decalcário
Pois,IRELAND (1991)
e
PACHECOet
al. (1998) confirmaramque dietas
comconcentrações de
cálcio acimade
25% ocasionam um efeito negativo para ocrescimento
e
ganho de peso.Com relação à forma de oferecimento do calcário, os caracóis
deste
experimento possuíam livreescolha. lRELAND (1991), confirma em
seu
experimento)
))))))))) ))))))))))))))))N))))))
)
)
Avaliação docrescimento deAchar/mz fill/cadecorrente da alimentaçãocomrações comerciais 31
apresentaram
um melhordesempenho, sendo esta
forma de alimentação umamaneira
adequada
de produzirescargots
emgrande escala.
Ainda relacionado
ao
crescimento,pode-se
notar em umamesma
postura, ou seja, em indivíduos de mesma origem genética, o desenvolvimentoheterogêneo
dosfilhotes. O crescimento
e
diferenciado em funçãodas
condições climáticase
dadisponibilidade de alimento. Estudos visando homogeneizar o crescimento
dos
filhotes poderão contribuir para uma melhor produtividade.
422.
gmomafaalónme
WWW/y
Os trabalhos referentes
a
conversão alimentar deescargots são escassos,
desta
forma a literaturaencontrada
não fornecedados
paraas
rações
comerciaisde
aves e suínos
utilizadas na alimentação deescargots.
RIBAS (1984)
descreve
que caracóis adultos em plena atividade podemconsumir de 40
a
100% deseu peso
em 24 horas, já para os caracóis jovens a média do consumo pode atingir 20% deseu peso
em alimentos verdes. Este autorsugere
que a conversão alimentarencontrada
para alimentosverdes e
desidratados,são
respectivamente, 1:10e
1:3;e ressalta
ainda quea
proporção de 1:3e
compatível com outros tipos de criação.
Este experimento foi conduzido com
rações fareladas e secas,
cujo teor deumidade
situa-se
em torno de 10—12%,e
com calcário de rocha com teor de umidadeem torno
de
3%. Osdados
obtidospara
conversão alimentar nos tratamentossuplementados
com calcário foram signmcativamente melhores que os tratamentos)
)
)
)
)
)
)
)))))))) )))))) )))) )))))
Avaliação docrescimento deAchar/'na fu/icadecorrente daalimentação comrações comerciais 32
apresentados
por RIBAS (1984), permitem,a
luz donosso
experimento, concluirque
para rações
comerciais desuínos e
aves,a suplementação
com calcário concorrepara
um melhordesempenho
alimentar.4.3.
afim/[amada
A mortalidade entre
os
tratamentos nãoapresentou
diferenças consideráveis,não podendo
ser
atribuídaàs
diferentes dietas utilizadas nem mesmoà presença
ouausência
de calcário. Entretanto, lRELAND (1991), emestudos sobre
o efeito dadieta de cálcio no crescimento de Achatinafulica, relata altos indices
de
mortalidadeem
escargots
sob dietas com reduzidasconcentrações
de cálcio.As mortes
associadas à presença de
larvas de Dorniphora cornuta não sugerema
existência de parasitismo, uma vez que PETERSON (1987) cita que osindivíduos adultos
de
Dorniphora cornutasão pequenos,
ativose abundantes e as
larvas alimentam—se deespécies
vegetaise
animais em decomposição, inclusivemoluscos
e
outros gastrópodos.Estes
possivelmente foramatraídos
pelo odor decaracóis
mortos. Por serempequenos, a
tela (sombrite 50%) não impediu aentrada
destes
insetos, possibilitandoa sua
proliferação.4.4.
%%
Apesar
do clima da regiãode
cerradoapresentar duas estações
bem)
)))
)))))))))))))) )))))))) )))))
))))Y))))
Avaliação docrescimento de Achafina fuíícadecorrente daalimentação comrações comerciais 33
família Achatinidae, originários
de
regiões tropicais,apresentam sua
máximaplenitude de atividade biológica em
temperaturas
acima de 23ºC (PACHECO &MARTINS, 1998). Como a
temperatura
média durante o experimentoesteve
em torno de 23ºCpode-se
concluir que o fator temperatura concorreu de forma positiva))
)
)))))))))))) ))))))))))) )))))
))))))) ))))
Avaliação docrescimento deAchar/mrfu/icadecorrer-eledaalimenlação comraçõescomer-ciais 34
5.
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