• Nenhum resultado encontrado

Estudo dos processos de condensação e migração de umidade em meios porosos consolidados. Analise experimental de uma argamassa de cal e cimento

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estudo dos processos de condensação e migração de umidade em meios porosos consolidados. Analise experimental de uma argamassa de cal e cimento"

Copied!
159
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E M ENGENHARIA MECÂNICA

E S T U D O DOS PROCESSOS DE CONDENSAÇÃO E MIGRAÇÃO DE UMIDADE EM MEIOS POROSOS CONSOLIDADOS. ANÁLISE EXPERIMENTAL DE UMA-

ARGAMASSA DE CAL E CIMENTO.

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA A UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PARA A OBTENÇÃO D O GRAU D E MESTRE EM ENGENHARIA MECÂNICA

CELSO P E R E S FERNANDES

(2)

ESTUDO D O S PROCESSOS DE CONDENSAÇXO E MIGRjÍCXO DÉ> MfôlEDADE ÇM MEIOS POROSOS CONSOLIDADOS. ANÁLISE EXPERIMENTAL DE DMA

ARGAMASSA DE CAL E CIMENTO.

CELSO PERES FERNANDES

ESTA DISSERTAÇÃO FOI JULGADA ADEQUADA PARA A OBTENÇÃO DO TITULO DE MESTRE EM ENGENHARIA

ESPECIALIDADE ENGENHARIA MECÂNICA E APROVADA E M SUA FORMA FINAL P E L O PROGRAMA D E PÓS-GRADUAÇÃO

I ^

y

\

f í

M * Vv

Prof. Paulo César Philippi, D r . Ing. Orientador

/ J w f Q f t w

Pr or. Arno Blass, Ph. D. ' Coordenador

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Paulo Cé s a r . Philippi , Dr. Ing. Presidente

(3)

M E

M E

C ANTÔNIO

PRECISA PERDER O MEDO DO SEXO PRECISA PERDER O MEDO DA MORTE PRECISA PERDER O MEDO DA MÚSICA PRECISA PERDER O MEDO DA MÚSICA

O QUE SE VÊ NÃO SE VIA O QUE SE CRÊ NÃO SE CRIA

PRECISA PERDER O MEDO DÁ MUSA PRECISA PERDER O MEDO DA CIÊNCIA PRECISA PERDER O MEDO DA PERDA D A C O N S C I Ê N C I A

O Q U E SE VÊ NÃO SE VIA O QUE SE CRÊ NÃ O SE CRIA

PRECISA PERDER O MEDO DE MIM PRECISA PERDER O MEDO DE MIM PRECISA PERDER O MEDO DA MÚSICA PRECISA PERDER O MEDO DA MÚSICA

O QUE SE VÊ NÃO SE VIA o QUE SE CRÊ NÃ O SE CRIA

D O M E D O M E D O M E D O

O QUE SE CRÊ NÃO SE CRIA

PRECISA PERDER O MEDO DA MUSA PRECISA PERDER O MECO D A MUSA PRECISA PERDER O MEDO D A MÚSICA PRECISA PERDER O MEDO D A MÚSICA

D O M E D O M E D O M E D O O QUE SE CRÊ NÃO SE CRIA

BELLOTO, MARCELO F R O M E R , ARNALDO ANTUNES?

(4)

\

 Aglai r , que tem me ensinado

muitas coisas, e que hoje é

Sra. Peres Fernandes no meu coração.

(5)

A G R A D E C l M E N T O S

Ao professor Paulo César P h i l i p p i , pela sua maneira ousada de ver o mundo, e que muito de sua vivência tem me passado nestes anos.

A Al domar Pedrini e Cláudio Ribeiro Brincas que c om extrema dedicação e competência trabalharam nos experimentos desta pesquisa, meu sentimento de profundo respeito.

Ao professor Vicente de Paula Nicolau, coordenador d o Laboratório de Termotécnica da UFSC no período de desenvolvimento deste trabalho, pela sua presteza e m me fornecer condições infra-estruturais para a realização dos experim e n t o s , aliada à sua amizade.

Ao professor José Antônio Bellini da Cunha Neto» q ue muito m e esclareceu no inicio deste trabalho.

Ao professor Rodi H i c k e l , d o Departamento d e Engenharia Química da UFSC, pela atenção dispensada à minha pessoa.

Ao Marintho Bastos Q u a d r i , pela oportunidade às discussões.

Ao Milton e ao Edevaldo pelas idéias e construção de vários dispositivos experimentais.

(6)

Ao pessoal do Laboratório de Materiais de Construção Civil da UFSC, que muito me auxiliou na confecção das amostras de argamassa de cal e cimento.

Ao professor Glicério do Departamento de Engenharia Civil da UFSC pelo seu interesse neste trabalho.

Ao Departamento de Engenharia de Materiais da U F S C a r , pela realização d o teste de porosimetria com injeção de mercúrio.

Ao pessoal do LATA: Saulo Güt h s , Paulo Schnei d e r , Romeu, Luís Mauro e Alexandra, pelas conversas agradáveis.

Ao professor Roberto Lamberts que me passou uma porção d e dicas e pela sua participação na banca examinadora.

Ao Daniel Paim que fotografou os experimentos desta pesquisa.

A Marisa Larsen Güths e Fábio Santana Magnani pela edição d o texto de s t e trabalho.

Aos professores Carlos Roberto Appoloni e Álvaro Toubes Prata que m e deram a satisfação de participarem na banca examinadora deste trabalho.

(7)

SUMÁRIO

Pág. L I S T A DE F IGURAS x SIM B O L O G I A xiii R E S U M O xviii ABST R A C T xx I N T R O D U Ç Ã O xxi

1 - D E SCRIÇ X O E M O D O DE CONFECÇÃO DAS AMOSTRAS DO MATERIAL

O B J E T O DE E S T U D O ... 2

1.1 — Apresentação do material... 2

1 . 2 - Reação química de carbonatação... 3

1 . 3 - Definição do padrão de massa seca. . . ... 4

1.4 - Determinação da densidade aparente s e c a ... 4

1 . 5 - Determinação da porosidade... 5

2 - E S T U D O D A CONDENSAÇÃO DE UMIDADE... 8

2.1 - Fundamentos teóricos... 8

2.1.1 - Equilíbrio entre a f a s e condensada e va p o r ... . O 2.1.2 — Condensação puramente capilar... 11

2.1.3 — Teorias d e adsorção... 14

2.1. 3.1 - Teoria d e L a n g m u i r ... 14

2.1.3. 2 - Teoria B E T ... ... 18

2.1. 3. 3 - Teoria 6 A B ... ... 17

2.1.4 - Coexistência dos dois modos de condensação... 18

2.1.5 - O fenômeno de h isterese... •••• 21

2.1.6 - O modelo B. J.H. ... . 24

2. 2 - Estudo experimental... ... 28

2.2.1 — Preparação das a m o s t r a s ... ... 28

2.2.2 — Condição higrotérmica nos dessecadores. . 29

2.2.3 — Modo de obtenção da umi dade de equilíbrio... 29

2.2.4 - Resultados obtidos... 32

2.2.5 - Qualidade do ajustamento matemático.... 38

2.2.6 - Análise de erros... 38

(8)

3 - CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA POROSA DA ARGAMASSA E D O S E U COMPORTAMENTO FRENTE À ÁGUA E M CONDI ÇÔES DE

EQUILÍBRIO HIG R O T Ê R M I C O ... ... 42

3. 1 - Porosimetria c o m injeção de mercúrio... . 42

3.1.1 - Princípio do m é t o d o ... 42

3.1.2 - Modo oparaci o nal ... ... 45

3 . 2 - Modelo B. J.H. para . investigação do espectro poroso c o m raios menores que 240 Ã ... 48

3 . 3 - Obtenção da isoterma de adsorção a partir da estrutura porosa. Separação dos conteúdos adsorvido e c a p i l a r ... ... 52

3. 4 - Análise dos r e sultados... 55

4 - MEDIÇÃO D O CONT E Ú D O DE UMIDADE E M MATERIAIS POROSOS CONSOLI D A D O S .... *... ... ... 58

4.1 - Método g r a v i m é t r i c o ... 58

4. 2 — Medição d o conteúdo de umidade por métodos elétricos... 59

4. 3 - Medição d o conteúdo pelo método de atenuação de raios-gama... 59

4.4 - Medição d o conteúdo de umidade através de propriedades térmicas dos meios porosos... 60

4. 4.1 - Princípios do método da sonda térmica. ... 61

4.4.2 - Detalhes construtivos da sonda térmica... 61

4.4.3 - C álculo teórico da evolução de temperatura com o tempo na sonda térmica. 63 4.4.4 - Determinação experimental da condutividade t érmica ... 65

4.4.5 - Avaliação teórica da incerteza de medição da conduti vidade térmica... 6 9 4.4.6 - Determinação experimental da curva padrão d e conduti vi dade térmica em função do conteúdo d e umidade... 74

4.4.7 - Comentários a respeito do método da sonda t é r m i c a ... 77

(9)

5 - ESTUDO DA MIGRAÇÃO DE UMIDADE... 80 5. 1 - Estudo teórico... 81

5.1.1 - O conceito de volume elementar

representativo... 81 5.1.2 - Equações de transferência macroscópica. O

modelo d e Philip e De V r i e s ... 82 5. 1.2.1 - Expressão para o fluxo de

líquido. ... 83

5.1. 2. 2 - ExpressSo para o fluxo de vapor 84 5.1.2.3 - Interação entre vapor e ilhas

de l íquido ... ... 86 5.1. 2. 4 - A introdução d e dois fatores

corretivos na expressão da di f usi vi dade de vapor devi do gradiente de temperatura... 88 5.1. 2. 5 — Expressão para a densidade do

fluxo de m a s s a ... 89 5.1.2.6 — Migração de umidade no caso

isotérmico... 89 5.1. 2. 7 - Evolução dos coeficientes de

transferência isotérmica... 90 5. 2 - Estudo experimental da migração de u m idade... 91 5.2.1 - Descrição do aparato experimental... 92 5.2.2 - Modelo matemático para o problema de

infiltração horizontal... 97 5.2.3 - Resultados experimentais. Avaliação dos

coeficientes d e transferência... 98 5.2.4 - Análise dos resultados... ... lOl 6 - CONCLUSÕES E SUGESTÕES. ... ... 104 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 108 A P Ê N D I C E S ... 113 A — Umidade relativa mantida pelas soluções salinas

saturadas a 2 5 °C... ... 114 B — Método da diferenciação geométrica... 116 C - Evolução de temperatura com o tempo na sonda térmica. . . 120 D - Transformação de Boltzmann... 132

(10)

LISTA DE FIGURAS

Pág.

Figura 1.1 - Distribuição granulométrica da areia... 3

Figura 2.1 - Os dois modos d© condensação da água no seio p o r o s o ... 9

Figura 2.2 - Lei de Laplac©... 11

Figura 2.3 - Condensação puramente capilar em um poro cilíndrico de raio r ... ... 12

Figura 2.4 - Esquema para a teoria de Lang m u i r ... 14

Figura 2.5 - Esquema para o modelo B E T ... 17

Figura 2.6 - Comparação dos três modelos de adsorção.... 18

Figura 2.7 - Sucessão dos modos de condensação em um poro cilíndrico isolado... 19

Figura 2.8 - Isoterma de adsorçSo-dessorção de um meio p o r o s o ... ... 20

Figura 2 .9 - Diferentes ângulos de contacto nos processos de adsor ção-dessor ção para um poro cilíndrico de raio r ... 22

Figura 2.10 - For<nação de poro "com g arganta"... 23

Figura 2.11 - Histerese a nível d © um p o r o . ... 24

Figura 2.12 - Poro preenchido c om água c a p i l a r ... 23

Figura 2.13 - Aumento da espessura da camada adsorvida nos poros com raio superior a r + A r ... 26

Figura 2.14 - Fotografias do aparato experimental utilizado na determinação das isotermas de adsor ção-dessor ç ã o ... ... 31

Figura 2.15 - Pontos experimentais adsorção-dessorção.... 32

Figura 2*16 - Comparação entre os pontos experimentais d© adsorção e o ajuste através do modelo GAB. . . 34

Figura 2.17 - Comparação ©ntr© os pontos experimentais de adsorção e o ajuste através do modelo BET. . . 35

Figura 2.18 - Comparação entre os pontos experimentais de dessorção e o ajuste através do modelo GAB. . 36

Figura 2.19 — Comparação entre os pontos experimentais de dessorção e o ajuste através d o modelo BET. . 37

(11)

Figura 2.20 - Erro absoluto na medição de massa para a

determinação do conteúdo de umidade... 40 Figura 3.1 - Poro cilíndrico contendo mercúrio... 43 Figura 3.2 - Formação de poros "com garganta"... 44 Figura 3.3 - Repartição de volumes de poros para os dois

ensaios de porosimetria... 46 Figura 3.4 - Repartição de superfícies de poros para o

ensaio 2 ... ... 47 Figura 3. S - Função distribuição d e volumes d e poros.... 50 Figura 3.6 - Função densidade de probabilidade para os

volumes de poros... 51 Figura 3.7 - Repartição de superfícies de p o r o s ... 51 Figura 3.8 - Separação dos conteúdos adsorvido e capilar. 53 Figura 3.9 - Comparação entre a isoterma experimental de

adsorção e a obtida através do modelo B. J.H. a partir da estrutura porosa do material.... 54 Figura 4.1 - A sonda térmica... 61 Figura 4.2 - Fotografias da sonda t é rmica... 62 Figura 4.3 - Modo de inserção da sonda nas amostras... 63 Figura 4.4 - Arranjo experimental para medição da

condutividade t érmica ... 65 Figura 4.5 — Curva típica de evolução de temperatura na

s on d a ... ... 66 Figura 4.6 — Fotografias do aparato experi mental

utilizado na medição da conduti vi dade

térmica... ... 6 8 Figura 4.7 - Condutividade térmica aparente e m função do

conteúdo de umidade Cargamassa de cal e

cimento a 2 5 * 0 ... 76 Figura 5.1 - A noção de volume elementar representativo. . 82 Figura 5.2 - Transferência de umidade através de uma ilha

de líquido... 87 Figura 5.3 - Evolução dos coeficientes de transferência

isotérmica com o conteúdo de umidade... 91 Figura 5.4 - Aparato experimental para estudo da migração

(12)

Figura 5.5 - Fotografias do aparato experimental para

estudo da migração de um i d a d e ... . 95 Figura 5.6 - Distribuição do conteúdo de umidade nas

colunas para os testes 1 e 2 ... 99 Figura 5.7 - Dependência da difusividade isotérmica de

umidade D^ C obtida experimentalmente!) e da estimativa d o coeficiente D^ com o conteúdo

©v

de umi dade C 25 ° O ... 1 Ol Figura A. 1 - V a r i a ç ã o da umidade relativa mantida pelas

soluçSes salinas com a temperatura... 115 Figura B. 1 - Ilustração para o método da diferenciação

(13)

SIMBOLOGIA

SÍ M B O L O SIGNIFICADO E U N I D A D E S a Difusividade t é r m i c a d o m e i o 1» o mercúrio |m2 .s 4J a g Difusividade t é r m i c a d o m e i o 2, a argamassa £mZ .s 4^ A 4»A 2 » A , A Constantes na E q . 4 . 2 a * 1

A Superfície p r o j e t a d a d e uma molécula de água pn T V T adsorvida C Constante BET C' Constante GAB C^ Calor específico d a s o n d a £j.Kg 4.K 4J £94 Dispersão da m e d i ç ã o DP Desvio padrão

D Coeficiente de d i f u s ã o molecular livre d o v a p o r de

a t m água n o ar fm2. s ” *1 r z -ti Jm . s I D _ Difusividade i s o t é r m i c a d e liquido ©l

D ^ v Difusividade de v a p o r d e v i d a a gradientes d e conteúdo de umidade r 2 |m . s - 1 1I

D Difusividade d e l i q u i d o devida a gradientes de temperatura £m2 . s

D __ Difusividade de v a p o r devida a gradientes de temperatura |m2 .sfm2 . s ” 41

f z -il Jm . s I D Difusividade i s o t é r m i c a d e umidade

©

D Difusividade de u m i d a d e devida a gradientes de temperatura |m . sr 2 jm . s - 1 1I

(14)

E^ Calor d e adsorçSo da primeira camada de moléculas £j. mol ” 1J

E^ Calor latente de vaporização do adsorbato £j.mol

E Calor d e adsorçSo das mui ticamadas Cparâmetro GABD

m

^j.mol“ 1J

e Espessura da camada adsorvida CÂJ

a

e Espessura de uma camada monomolecular adsorvida CÂJ vn

F FunçSo distribuiçSo de volume de poros fCT> FunçSo da temperatura T

fs Fator de Student

Entalpia livre específica do líquido | j . K g - 4 J

g^ Entalpia livre específica do vapor £j-Kg” 4J g Entalpia no estado de referência jj.Kg” *J

g Aceleração da gravidade, Eq. 5. 7 £m. s

H Coeficiente de troca de calor superficial entre os mei os 1 e 2 £ W. m~ 2 . K - 1J

h Umidade relativa

Limite d e condensação Cou evaporação? capi1ar i Intensidade de corrente elétrica [A]

K Parâmetro GAB

Conduti vidade hidráulica insaturada ^m. s _1j 1 Comprimento da sonda (ml

M Massa molecular £ K g / m o l 3

m Massa [Kg]

M Massa da sonda por unidade de comprimento [Kg/m] O

n Porosidade £m3 .m

3jj

N Número de pontos experimentais NCh? Número de camadas adsorvidas p Pressão |N. m 2 I

(15)

Potência emitida por unidade de comprimento da sonda

[ » . . - ]

Vetor densidade de fluxo JVcg. m Z .s Raio de poro = 1 0 _ 1 ° m J

R Raio de uma interface esférica Cm]

c

R Constante dos gases perfeitos Ij.mol£j. mol" 1. K * 1J

R Resistência elétrica por unidade de comprimento m

-

1-[a. ]

rc , rc Raios de* curvatura principais de uma interface Cm] s z

r Raio da sonda Cm3 i

r 2 Raio d o furo na argamassa Cm}

r^ Raio d o núcleo no centro d o poro, considerando a camada adsorvida

S Superfície específica £m2 .m-3J

AS^ Superfície lateral d e uma classe de pior os |m2 .m 3j SCr5 Supterfície especifica acumulada dos poros com raio

r 2

_al

lm . m I mai or q ue r |m . m

S Superfície específica total de u m meio poroso

i O i O v

r * ~3i lm . m [

T Temperatura CK3 t tempo t s 3

T ^ C O Temperatura da sonda e m função do temp>o CK3 u ,u ,u Constantes na Eq. 2. 26

V Volume Fm3"J

r 3 - al VCr} Volume dos poros c om raio inferior a r jm . m j

VpCr3 Volume acumulado dos poros com raio m a i o r que r

r a

_3i

(16)

V Volumes dos poros acessíveis às moléculas d© água

p o r o s

M

M

W Conteúdo de umidade mâssico CKg/Kg3 V . Volume total de uma amostra

telol

W Conteúdo de umidade mássicú correspondente à formação m

de uma camada monomolecular sobre a parede do poro EKgxXg3

W Conteúdo de umidade mâssico, calculado com o uso da c curva padrão W = WCX3

x Coordenada de posição Cm3

SÍMBOLOS GREGOS SIGNIFICADOS E UNIDADES

cx Ângulo de contacto £ *3

t Tor tuosi dade

v Coeficiente de Stefan

f C © D , Ç Fatores corretivos para a expressão de D^v

77 Variável relativa à transformação de

Boi tzmann

O Conteúdo de umidade volumétrico jm

r

jm . m

3

_3i

I Conteúdo de umidade critico que define o limite de continuidade da fase liquida

O f Conteúdo de umidade na face de infiltração das colunas de argamassa

©. Conteúdo de umidade inicial nas colunas de V

argamassa

X Condutividade térmica do meio 1, o mercúrio

i

£w. nf 1 . K _1J

Conduti vi dade térmica do meio a argamassa [w

-X Condutividade térmica da argamassa

£w. m - 1 .K

y C = 0 ,5572) a constante de Euler

p^ Densidade aparente do material seco

r -a" j^Kg. m _aJ

(17)

p^ Massa específica da água |Kg. m 3 J

0 Potencial matricial generalizado |Vl. m V> Potencial matricial capilar [m.c.a. ]

Potencial matricial capilar na face d e

infiltração das colunas de argamassa [ m. c. a3

cr Tensão superficial |k. m -1j

S U B - Í N P I C E S SIGNIFICADO

sat Referente ao estado saturado

seca Referente ao estado seco

a Ar

1 Lí qui do

v Vapor

v b Vapor saturado

* Sólido

o Referente à fase gasosa

ade Relativo à adsorção ou à camada adsorvida

des Relativo à dessorção

p Referente a poro

g Referente a garganta

eap Relativo a capilar

max Relativo a uma quantidade máxima

ue Relativo à massa úmida na condição de equilíbrio

(18)

RESUMO

O presente trabalho trata de uma análise experimental dos fenômenos fisicos de condensação e migração de umidade em um

meio poroso consolidado, um tipo de argamassa de cal e cimento, de uso bastante comum no revestimento de paredes externas de edi ficações.

Este estudo é motivado pelo fato de o comportamento térmico das edificações sofrer significativas alterações, em decorrência da interação entre os processos de transferência de

$

umidade e transferência de calor./

Em uma primeira etapa, para a consecução da análise suscitada, procede-se um estudo experimental para a obtenção das isotermas de adsorção e dessorção da argamassa de cal e cimento, c o m o auxilio d e soluçSes salinas padr&es. Em seguida, é feita uma investigação da estrutura porosa da argamassa, através do método de porosimetria com injeção de mercúrio para os poros com raio até 240 A; os poros menores são analisados co m o uso da isoterma experimental de adsorção, conjugada a o modelo B. J.H. , q ue leva em consideração os dois modos de condensação da água em u m meio poroso: água adsorvida nas paredes dos poros, e água condensada na forma capilar.

Em uma segunda parte, deseja—se estudar a migração de umidade Capenas o caso de embebiçãoD em colunas da argamassa de cal e cimento. Para tanto, é necessário o domínio de u m método de medição de conteúdo de umidade, que possa ser .aplicado em materiais porosos consolidados. Dentre os existentes, decidiu—se utilizar um método indireto, baseado na influência d o conteúdo de umidade sobre a condutividade térmica aparente dos materiais porosos. A relação de dep»endência entre a conduti vi dade térmica e o conteúdo de umidade é estabelecida experimentalmente através do método da sonda térmica. O método é apresentado, e algumas questões referentes a sua utilização são discutidas.

Procede-se, então, a análise experimental do fenômeno de migração de umidade, em sistemas isotérmicos, utilizando o método da sonda térmica para acompanhar a evolução dos perfis de

(19)

umidade em colunas da argamassa de cal e cimento.

No decorrer do trabalho» apresenta-se algumas conclusões a respeito do comportamento hídrico da argamassa, tendo como suporte de análise a sua estrutura porosa.

(20)

ABSTRACT

In this work an experimental analysis of the physical phenomena of condensation and moisture migration in a consolidated porous media is described. The media used is a lime mortar normally used for external building walls.

The motivation for this study comes from the fact that the thermal behavior of buildings is very dependent on the combined heat and moisture transfer processes.

First, an experimental study to obtain adsorption and desorption isothermes is developed using saline solutions. An investigation of the porous structure is performed using the mercury intrusion technic for pores up to 240 A; smaller pore are analysed using the experimental sorption isothermes together with the B. J.H. model. This model takes into account t wo modes of vapor condensation in a porous media: physical adsorption on the pore walls and capillary condensation.

In a second part, moisture migration in columns of lime mortar is studied.

It was then necessary to use a method for measuring the moisture content applicable to consolidated porous media.

Among the available methods, an indirect method was chosen. In this method the relation moisture content x apparent thermal conductivity is established experi mental1y using a thermal probe. The method is presented together with a discussion on its use.

An experimental analysis of the moisture migration in isothermal si steins using the thermal probe is performed to study the evolution of the moisture distribution in the lime mortar columns.

Throughout the work some conclusions about the hidric behavior of the lime mortar are drawn based on the porous structure analysis previously made.

(21)

INTRODUÇÃO

Os materiais porosos que constituem as paredes das edificações, estão constantemente submetidos a diversos fenômenos físicos, que conduzem à presença e migração de umidade Cágua líquida e vaporD através de sua estrutura.

À migração de umidade ocorre devido a gradientes de conteúdo de umidade e gradientes de temperatura, e modifica sensivelmente os coeficientes de transporte de calor. Esse estudo se apresenta entSo, bastante difícil, em decorrência da interação entre os processos de transporte de umidade e transporte de calor. Junte-se a isso, a existência de duas fases no m e i o poroso - água líquida e vapor - que se interagem mutuamente e c om a matriz sólida; deve-se considerar ainda, a estrutura porosa complexa que apresentam os materiais consoli dados, notadamente aqueles à base de 1i gantes hi dr áuli cos.

Por outro lado, boa parte da energia consumida nas edificações é devida aos sistemas de climatizaçSo. Torna-se interessante, dessa maneira, o estudo da influência da umidade sobre a transferência de calor, visando um aprimoramento nos projetos de climatizaçSo, o que implicará em um uso racional de energia. Também, o conhecimento do comportamento hídrico dos materiais que compõem as paredes, é importante para o estabelecimento de estratégias que minorem os problemas de degradação desses materiais, além de melhorar as condições de conforto e higiene aos usuários da habitação.

Como se pode observar, o estudo citado acima é bastante extenso, e neste trabalho nos limitamos a uma pesquisa experimental, em condições isotérmicas, com o objetivo de obter informações a respeito do comportamento hídrico de uma argamassa de cal e cimento.

Diversos pesquisadores têm-se voltado para o estudo da transferência de calor e umidade em meios porosos consolidados, dentre os quais citamos:

- Van Der Kooi Cl 971D £13, estudou a migração de umidade C devi do gradientes de conteúdo de umidade e temperatura) em um material de construção civil denominado concreto celular;

(22)

- Perrin C1Ô8SD 123» realizou um estudo da transferência de calor e umidade sobre dois materiais consolidados, utilizados na construção civil: um tijolo terracota e uma argamassa de ci mento.

A argamassa de cimento apresenta a seguinte composição, e m massa:

1 p a r t e de ligante Ccimento portland}; 3 partes de areia;

1 / 2 parte de água.

A argamassa de cimento é um material que apresenta grandes proporções do volume poroso, formado por mes opor os C 20 A < r a i o < 500 Â} e. macroporos Cr ai o > 500 ÂD à semelhança da argamassa de cal e cimento que será analisada neste trabalho; - Daian Cl986} [33, fez u m estudo experimental dos fenômenos de condensação e migração de umidade sobre uma argamassa de cimento. Ele procurou explicar o comportamento dos coeficientes de transferência, através do conhecimento da estrutura porosa e dos modos de condensação da água no seio poroso. Daian operou a passagem das leis físicas que governam os processos de transferência na escala microscópica, a nível de poro, para a escala macroscópica;

- Merouani Cl 9875 [43, fez um estudo compar ati v o do comportamento hídrico de uma argamassa de cimento e de uma argamassa impermeabilizante, utilizada no revestimento de f achadas.

As diferenças de comportamento hídrico entre os dois materiais são explicados c om base em suas estruturas porosas.

A argamassa de revestimento apresenta a seguinte composição, em massa: 2 0% de ligantes Ccimento branco CP A 5 5 e cal aérea} e 8 0 % de areias Csiliciosa e calcárea}, onde são incorporados os seguintes aditivos: retentor de água, hidrófugo de massa, incorporador de ar, resina sintética e pigmentos.

A estrutura porosa resultante é formada essencialmente por macroporos, quase não existindo mesoporos.

Comenta-se em seguida a estrutura de apresentação do presente trabalho :

O capitulo 1 é destinado à apresentação do material poroso que será o objeto de estudo: uma argamassa de cal e

(23)

cimento. Faz-se uma descrição do modo de confecção das amostras e comenta-se sobre a reação química de carbonatação que ocorre n o material exposto ao ar livre. Ainda neste capítulo, são determinadas experimentalmente, duas características físicas da argamassa: a densidade aparente e a porosidade;

No capítulo 2 é apresentado um estudo teórico dos fenômenos de condensação e evaporação de umidade em meios porosos no estado d e equilíbrio higrotérmico, distinguindo-se os fenômenos de adsorção e capilaridade.

São apresentados, d e maneira bastante condensada, três modelos de adsorção pura: Langmuir, BET e GAB. Apresenta-se t a m b é m o modelo B. J.H. , que leva em conta a presença simultânea das fases adsorvida e capilar.

Finalmente, procede-se um estudo experimental para a obte n ç ã o das isotermas de adsorção e dessorção da argamassa de cal e cimento.

O capítulo 3 é dedicado à determinação da estrutura poro s a da argamassa. Isto é feito c o m o uso de porosimetria com i n j e ç ã o de mercúrio para poros com raio até 240 Â; os poros menores são investigados com o uso da isoterma experimental de a d s o r ç ã o e o modelo B. J.H.

No final deste capítulo, é feita uma análise do comportamento hídrico da argamassa, em condiçSes de equilíbrio higrotérmico, tendo-se como base a sua estrutura porosa.

No capítulo 4 apresenta-se o método de medição de conteúdo de umidade que será utilizado nos experimentos de infiltração de âgua em colunas de argamassa. Consiste de um m é t o d o indireto, baseado na relação de dependência que existe ent r e a condutividade térmica aparente e o conteúdo de umidade, estabelecida previamente através de experimentação.

A condutividade térmica aparente é medida com o au x í l i o do método transiente da sonda térmica, que é fundamentado na teoria da "linha infinita geradora de calor", devida a Carslaw e Jaeger C19S9D [53. Vários pesquisadores têm utilizado este método para a medição da condutividade térmica: Van Der Kooi Í13, Kasubuchi [63, Woodside e Messmer [73, Faraht e Yamaine [83, entre outros.

(24)

Perrin [23, utilizou a sonda térmica como método indireto de medição d e conteúdo de umidade em materiais porosos.

O m é todo da sonda térmica é apresentado» e algumas questões relativas a sua utilização são comentadas. Procede-se ainda» uma a nálise de erros, bastante simplificada, da medição da conduti vi d a d e térmica com a sonda térmica.

No c a p í t u l o 5 é feita em uma primeira parte, a revisão da teoria de P h i l i p e De Vries, que explica os fenômenos de transferência d e umidade em meios porosos com uma visão macroscópica.

Numa segunda parte do trabalho, procede-se um estudo experimental da migração de umidade, em condições isotérmicas, utilizando o m é todo da sonda térmica para a obtenção dos perfis de conteúdo d e umidade em colunas de argamassa. Neste trabalho não será estudado o processo de secagem, mas apenas o de infiltração - utilizando o método sugerido por Bruce e Klute [163- e será obtida a dependência da difusividade isotérmica de umidade Cum p a r â metro que engloba migração de liquido e vapor) com o conteúdo de umidade.

Algumas considerações a respeito d o problema da reação química de c a r b o nataçSo que ocorre nas amostras, bem como os comentários finais e sugestões para trabalhos futuros que visem ampliar esta análise, são tratados no capítulo 6.

(25)
(26)

1 - DESCRI CÃO E

MODO

DE

CONFECCSO DAS

AMOSTRAS

DO

MATERIAL OBJETO DE ESTUDO

Neste capítulo é apresentado o material, uma argamassa de cal e cimento, que será objeto de estudo. Discorre-se sobre a maneira de confecção das amostras que serão utilizadas nos ensaios e ênfase é dada à reação química de carbonataçSo que ocorre durante os processos de cura e secagem.

Mostra-se também, o procedimento de secagem das amostras, bem c o m o a definição d e um p adrSo para a massa seca.

Finalmente, duas características físicas da argamassa, a densidade aparente e a porosidade, são determinadas.

1.1 - APRESENTAÇÃO D O MATERIAL

Foram utilizadas amostras de uma argamassa d e cal e cimento Creboco? confeccionadas na proporção em massa 8:2:1 C ar ei a fina : cal : cimento? c om adição d e água representando cerca de 205Í da massa total. As amostras foram confeccionadas no "Laboratório de Materiais de Construção Civil" pertencente ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina.

A Fig.1.1 mostra a distribuição granulométrica da areia obtida por Quadri C173 , com o uso de peneiras. A areia foi coletada nas proximidades da Praia da Pinheira , Estado de Santa Catarina; uma amostra foi lavada e constatou-se - pelo método gravimétrico - a ausência de materiais solúveis, p. ex. , sais.

A cal hidratada e o cimento pozolânico utilizados são de marca comercial Minercal e Pozosul, respectivamente.

Os componentes da argamassa são misturados mecanicamente e a água adicionada dá uma plasticidade adequada à tr abai habilidade nos moldes.

A argamassa é então curada pelo período de 28 dias,

o

sendo que a desmol dagem é feita no 5 dia. Dois formatos geométricos de amostras foram confeccionados: cilindros Caltura de ÍOO mm e diâmetros d© lOO mm e 70 mm? e paralelepípedos C 70 x 70 x 200 m m 3 ?.

(27)

100

200 300 400 DIÂMETRO DOS GRAOS, d ( pm)

Fig.1.1 - Distribuição granulométrica da areia.

1.2 - REAÇXO QUÍMICA DE CARBOMATAÇXO

Quando as amostras são mantidas ao ar livre, elas ficam sujeitas à. reação de carbonatação. Ela decorre da ação do CO^ presente no ar sobre a cal;

CaC OrD + C O =* CaCO + H O

2 2 3 2

Esta é uma reação que progride lentamente a partir da superfície em d ireção ao centro do material devido à difusão de gás carbônico. H á modificação da composição química da pasta de jLigant.es Ccal e cimento} e o carbonato de cálcio resultante é mais solúvel que a cal: na presença de água renovável há perda de matéria sólida e aumento da porosidade, [33.

A velocidade de progressão da carbonatação é função da temperatura e umidade relativa do ar. Ela aumenta sensivelmente com a temperatura e atinge um máximo para a umidade relativa de 50%, [33. A r e ação praticamente não ocorre e m atmosferas saturadas de umidade ou totalmente secas.

(28)

c i m e n t o a espessura da camada carbonatada com o uso do indicador áci d o-base fenolf taleí n a .

Após o período de cura © secagem das amostras Ccujo m é t o d o será descrito na seção seguinte) a espessura da camada carbonatada ficou em torno de 4 mm.

1.3 - DEFINIÇÃO PO PADRÃO DE MASSA SECA

A massa seca das amostras é um parâmetro importante a se definir pois ela influi diretamente na determinação da d e n s i d a d e aparente seca, da porosidade e do conteúdo de umidade.

Por outro lado, a massa seca das amostras, é função das condições higrôtérmicas no interior da estufa, e do tempo de secagem.

O problema relacionado à secagem das amostras de r e b o c o diz respeito à desidratação d a pasta de ligantes Ccal e cimento) quando a temperatura é suficientemente elevada. De fato, a hidratação da pasta de ligantes não é totalmente irreversível podendo haver evaporação da água quimicamente adsorvida.

Com base e m Merouani 143 , secou-se as amostras em O

es tufa a 75 C e na presença de sílica—gel » u m agente dessecante, por período de tempo suficiente à estabilização das massas.

Esta temperatura será, possivelmente, insuficiente para evaporar toda a água fisicamente adsorvida Cnas paredes dos poros) mas impede a evaporação da água da pasta de ligantes.

1.4 - DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE APARENTE SECA

A densidade aparente seca foi obtida pela medição direta da massa seca, como definida na seção anterior, e do volume de cinco paralelepípedos pequenos, tirados dos núcleos das amostras cilíndricas por serragem. Como os paral©1epípedos fo r a m retirados do núcleo, a carbonatação neles existente será devida apenas a o período de secagem e notou-se que ela ficava apenas a nível de s u p e r f í c i e . As amostras foram serradas e lixadas com especial cuidado para que se tivesse per pendi cular i smo entre as faces adjacentes.

(29)

Utilizou-se nas medições uma balança digital com resolução 10 Zg e u m paquímetro com resolução IO 1mm.

A densidade assim obtida apresenta o valor 1,73 ± 0 ,05 g/cm3.

1 . 5 - DETERMINAÇÃO D A POROSIDADE

A porosidade é definida como a razão entre o volume dos poros Cacessíveis às moléculas d e água? e o volume total de determinada amostra:

V

n = - v porog: C l . 13

total

Sua determinação é feita saturando-se c om água destilada amostras do material.

O conteúdo mássico na saturação é:

m “ m

w = C l . 2 ?

cai m

seca onde:

m = massa da amostra saturada com água;

CfrCkt

m = massa da amostra seca. »»ca

Dessa maneira, a relação entre a porosidade e o conteúdo na saturação é dada por:

n = W

eal Cl . 33

onde:

p = densidade aparente do material seco; p = densidade da água Cl g/cm3?.

O problema concernente a esse método refere-se à obtenção de amostras efetivamente saturadas. De fato, a saturação por i mersão em água destilada à pressão atmosférica

(30)

não é conseguida, devido ao aprisionamento do ar em certos por o s .

Para resolver em parte essa questão, as mesmas amostras utilizadas no ensaio de densidade aparente foram colocadas em um recipiente hermético Cdessecador) e submetidas a um vácuo parcial Ce m torno de 200 mm Hg), ficando nessa condição por duas horas.

Após esse processo de evacuação, colocou-se água destilada no dessecador Catravés de uma válvula de controle) e deixou-se o tempo necessário à saturação das amostras.

3 3 A porosidade assim obtida é de 0,31 ± 0,03 cm /cm .

(31)
(32)

2 - ESTUDO DA CONDENSAÇÃO DE UMIDADE

Neste capítulo, propõe-se estudar os fenômenos de condensação-evaporação em meios porosos, quando em estado de equilíbrio higrotérmicó na presença de vapor de água.

Pretende—se distinguir os fenômenos de adsorção de superfície e capilaridade, analisando-se a natureza desses dois tipos de água condensada que coexistem em meios porosos.

São apresentados modelos teóricos que tentam explicar o fenômeno de adsorção pura, e um modelo que leva e m coi?ta a presença simultânea das fases adsorvida e capilar.

As isotermas de adsorção—dessorção são obtidas experimentalmente co m o uso de soluções salinas padrões que mantêm umidados relativas constantes a um dada temperatura.

No capítulo seguinte essas isotermas serão analisadas tendo-se como base a estrutura porosa da argamassa.

2.1 - FUNDAMENTOS TEÓRICOS

No estudo da condensação—evaporação de água em meios porosos, em estado de equilíbrio hi grotórmi co, são assumidas as segui ntes hi p ó t e s e s :

- a estrutura porosa é indeformável;

- a matriz sólida é quimicamente inerte com relação à água;

- a água quimicamente adsorvida Cpresente na pasta de ligantesD não participa dos processos de adsorção física;

- o vapor de água é assumido como gás perfeitoj

- o ar é um composto inerte que não condensa sobre a matriz porosa nem interage com ela. O interesse na fase gasosa é sobretudo do ponto de vista da concentração de vapor de água.

As isotermas adsorção-dessorção descrevem as condições de equilíbrio entre ar úmido, água líquida e a matriz porosa. O conteúdo de umidade obtido experimentalmente para uma dada condição de equilíbrio higrotérmico é composto de uma parcela de água adsorvida e outra de água capilar.

A água adsorvida 6 composta de camadas de molóculas que condensam sobre a superfície dos poros Fig.2.1.a.

(33)

Sua quantidade no equilíbrio é função da superfície específica do meio poroso, da afinidade entre o vapor de água e a matriz sólida e das condições higrotérmicas reinantes.

A água capilar Fig.2.1.b representa uma fase contínua d© líquido qu© preenche totalmente certos poros do material.

Existe uma descontinuidade de pressão na interface curva que separa a água capilar da fase gasosa.

CaD água adsorvida Cb3 água capilar

Fig.2. 1 - Os dois modos de condensação da água no seio por os o.

2.1.1 - EQUILÍBRIO ENTRE A FASE CONDENSADA E SEU VAPOR

No seio de um meio poroso, quando do equilíbrio termodinâmico entre a fase condensada e seu vapor, há igualdade das ©ntalpias livres específicas Cou potenciais termodinâmic o s ) :

g t = g v C 2 . 1 3

Com a hipótese da fase gasosa ser uma mistura de gases perfeitos, sua ©ntalpia livre será dada, segundo [93, por:

(34)

S V = - T 3 1 (r C T 3 + l n P v ) C 2 -2:>

onde:

R = constante dos gases, perfeitos íJ/mol/K3; M = massa mol ar da água [ Kg/mol 3 ;

2 = pressão parcial do vapor [N/m 3; fCTD é uma função da temperatura T.

Tomando-se o caso de equilíbrio à temperatura T entre o líquido condensado e m contacto com seu vapor saturado, define-se:

á v - - T J 1 (fCTJ + l n p v>] C 2.35

onde:

Pvs — pressão d o vapor saturado.

A expressão anterior é comumente tomada como a entalpia livre de referência à temperatura T, para a definição do estado do vapor. No caso da fase condensada a referência

o

correspondente será a entalpia livre do liquido» g^ :

g v = g t C 2 . 4 3

Do conceito de potencial termodinâmico, define-se o potencial matricial:

0.

i ■ p i [9v - í j

* " l ( « V - S v ) « • « >

onde:

p - massa especí f i ca da água [ Kg/m 33

O potencial matricial, como definido na Eq. 2.5, apresenta unidades de pressão.

(35)

Pode-se, então, escrever a lei de equilíbrio como:

p R T

0 = 0 = -- -rj--- ln h C 2. 6)

l v M

onde:

h = a pressão relativa de vapor, chamada de umidade relativa para o caso da água.

O potencial matricial define o estado energético da água, seja ela capilar ou adsorvida.

A Eq. 2. 6 é> a lei de Kelvin generalizada, e é

fundamentada na igualdade dos potenciais termodinâmicos e na hipótese de o vapor ser gás perfeito.

2.1.2 - CONDENSAÇÃO PURAMENTE CAPILAR

A descontinuidade de pressão na interface curva Cmenisco capilar!) é dada pela lei de Laplace Cver Fig.2.23:

p. - Pl - - o * - b j c a -7 >

a - tensão superficial, característica dos dois fluidos pr e s e n t e s ;

rc , rc = raios d e curvatura principais da interface. 1 2

(36)

Para uma interface esférica de raio R , os raios de

C

curvatura principais são iguais a R e a Eq. 2. 7 será. escrita:

C

P o " Pi = 2a

C 2. 83

Consideremos agora um poro cilíndrico de raio r, com uma interface capilar esférica de raio R^» CFig. 2.33, no qual fazemos a b s t ração da á g u a adsorvida Ccondensação puramente capilar).

Fig.2. 3 — Condensação puramente capilar è m um poro cilíndrico de raio r.

Nesse caso, o potencial matricial se confunde com a ^pressão capilar Cdiferença de pressão no menisco) e as leis de

(37)

V' = P,

R T

M

ln h = -

2

a

C2. 93

onde:

y = potenci al matr i ci al capi1 ar .

Tomando o ângulo de contacto a, Fig.2.3, a condição p

para existência do menisco implica em R > --- .

~ e cosa

Dessã condição de existência do menisco» observa-se que a condensação capilar só existirá, para um poro de raio r, para valores de umidade relativa maiores que um limite, chamado de limite de condensação capilar h , dado por:

h = exp — 2 a M cosa

o. R T r C2.103

O limite h corresponde ao valor mínimo de umidade relativa no qual ocorre condensação capilar para o dado poro de raio r.

Também , para um valor de umidade relativa h dado, U m

existirá um limite r para o raio de poro»

Ivrn li m 2 a M cosa p, R T ln h . I l i m C2.113

Poros com raio até

li m apresentam água capilar,

enquanto poros c o m raio superior a r estão vazios. \

Ll 1Y1

Devemos ter em mente que esta é uma condensação puramente capilar, não levando em conta a existência de água adsorvida nas paredes dos poros.

No i t e m seguinte consideraremos a adsorção fazendo abstração da água capilar e posteriormente será estudada a coexistência desses dois modos de condensação.

(38)

S . 1.3 - TEORIAS DE ADSORÇÃO

Neste item» faz-se abstração da condensação capilar, considerando apenas a adsorção em superfícies planas. As três teorias apresentadas, foram criadas pensando em gases quaisquer, contudo, neste trabalho o interesse reside na adsorção de vapor de água. Salienta-se entretanto que a grande maioria de validações experimentais para as teorias são feitas com outros gases que não vapor de água.

2.1 . 3 .1 - Teoria de Langmuir Cl9 1 8 !)

Consideremos o esquema mostrado na Fig.2.4 onde S Tn indica a superfície específica de uma parede sólida plana, S é a superfície recoberta de moléculas adsorvidas e |s^ - S^J a superfície livre. O o o O _ o O O ° t o \ o

0

o

O O O Q O O Q O O / — / y y — 7 — 7— 7— 7--- 7--- 7— 7 7 7 7 7 7~

I--- §---—

I

> m

Fig.2. 4 - Esquema para a teoria de Langmuir. •N '

As moléculas adsorvidas são ligadas à parede sólida por forças de natureza não precisa C 33 , caracterizadas por uma energia de ligação por mol E .

Segundo Langmuir [103 a quantidade de fluido adsorvido nas condições de equilíbrio é resultado da igualdade das taxas de evaporação e de condensação sobre a parede sólida.

(39)

está. recoberta de moléculas do fluido. A taxa de condensação é proporcional à superfície livre |s ~ ^ ) ® ^ pressão relativa do vapor h .

A condição de equilíbrio é escrita na forma:

C h - Sj = S C2. 133

Considerando a distribuição de velocidades moleculares do gás regida pela repartição estatística de Maxwel1 -Boitzmann a constante C é:

C = exp

[ R ‘ T .

C2. 133

Utilizando a relação de proporcionalidade:

S W

S W

m m

C2.143

onde:

W = conteúdo mássico da fase condensada Cadsorvida3;

W = conteúdo mássico correspondente á formação de uma camada de

Tf\

moléculas, recobrindo toda a superfície sólida, obtém-se a rei ação:

W C h

W 1 + C h C 2. 153

A uma dada temperatura a quantidade máxima de fluido W , ser<

m a x

h = 1 , e- se escreve:

adsorvido, W , será obtida para pressão relativa de saturação,

m a x

c w

w = - r - --"- C2. 163

max 1 + C

Observamos da Eq. 2.16 que W é menor que W , ou

m a x m

seja, a teoria de Langmuir não prevé a formação de uma camada de mol écul as compl et a .

(40)

2.1.3.2 - Teoria BET Cl9383

Como visto na seção anterior, a teoria de adsorção de Langmui r prevê apenas a formação incompleta de uma camada de moléculas, sendo um modelo monomolecular. Uma extensão desse modelo é dada pela teoria mui ti molecular BET, devida a Brunauer, Emmett e Tel1er [113.

Este modelo é fundamentado nas seguintes hipóteses: - a superfície dos poros é recoberta por várias camadas

sucessivas d e moléculas com áreas decrescentes Fig. 2. 5;

- as moléculas da primeira camada estão ligadas à parede sólida pel a ener gi a moi ar E^;

- as moléculas das outras camadas;, a partir da segunda, possuem energia de ligação E , igual ao calor molar latente de vaporização, E^ < E^;

- o equilíbrio resulta da igualdade sucessiva das taxas de evaporação das camadas de ordem i e de condensação sobre as camadas de o r d e m i -1 Fig. 2. S;

- o número de camadas adsorvidas não depende da dimensão dos

por o s . r

A equação resultante para este modelo é dada p°r :

W C h C2.173

W Cl—h3 Cl-h+C h3

onde:

C = exp E* - E l R T

A Eq. 2 . 17 diverge, fornecendo um conteúdo adsorvido infinito para h = 1; sua utilização é limitada a valores médios de h.

(41)

o

°

o

O

O

0

1 o o o ° o

t

,

O

o

I O 3 0 0 0 0 O O t 2 o o O O O O <D 1 n o o o o o o O

/ ; ; / ; ; ; / ; ; y ; / ; / / / / / ;

Fig. 2. 5 - Esquema para o modelo BET.

2. 1. 3. 3 — Teoria GAB

Este modelo foi estabelecido independentemente por Guggenheim, . Anderson e De Boer [123. Ele é uma extensão da teoria B ET na medida em que leva e m conta um calor de adsorção E para todas as camadas moleculares'' Cque não a primeira?

Tfi

diferente do calor molar latente de vaporização E . A isoterma GAB é escrita como:

W

C ’ K h W Cl-K h5 Cl-K h + C ’K YO C 2 . 1 8 3 onde: C ’ = exp E - E 1 r R T K = exp R T

Note—s e que fazendo E = E , o que torna K = 1 , a

m v

Eq.2. 18 se reduz à Eq. 2. 17.

Como na teoria BET, a utilização do modelo GAB é restrita até valores médios de pressão relativa de vapor, devido

(42)

a nã o levar em consideração a condensação capilar, que modifica a isoierma de adsorção em materiais como a argamassa.

Entretanto, a equação GAB é uma excelente ferramenta para o ajuste matemático das isotermas experimentais sobre quase todo o domínio de h, ver [43 p. 36, fornecendo assim uma expressão para W = WChD.

Na Fig.2. 6 pode-se visualizar o comportamento das três isotermas estudadas.

W

(g/g)

W

m

Fig.2. 6 - Comparação dos três modelos de adsorção.

2.1.4 - COEXISTÊNCIA DOS DOIS MODOS DE CONDENSAÇÃO

Como foi visto, as teorias de adsorção são insuficientes para explicar o comportamento das isotermas experimentais para meios porosos, devido ao fenômeno da condensação capilar previsto pela lei de Kelvin.

(43)

D© fato, ocorre condensação capilar ©m um núcleo do p o r o quando a umidade relativa alcança o limite descrito na s e ç ã o 2.1.2, coexistindo com a água que foi adsorvida em umidades menores q ue o valor limite.

Nas teorias de adsorção estudadas, a quantidade de á g u a adsorvida não é função do raio do poro, mas apenas da u midade relativa, não levando em conta a condensação capilar.

Para explicar a sucessão destes dois modos d e condensação, De f a y e Prigogine [133, ver também Merouanií43, consideraram um poro isolado cilíndrico e com perfeita m o i habi 1 idade como representado na Fig. 2. 7.

H

>1

3

hs

Fig. 2. 7 - Sucessão dos modos de condensação em um poro cilíndrico isolado.

Partindo-se da umidade relativa nula Cponto O no gráfico da Fig. 2.73 e aumentando-a progressivamente, os fenômenos ocorrerão como se segue:

- Do aumento da umidade relativa de O até A há u m aumento da espessura da camada adsorvida;

— E m A, a espessura da camada adsorvida é tal , que o núcleo no centro do poro d e raio r^ é capaz de conter um menisco

(44)

esférico, ou seja, ocorre a condensação capilar. A relação enire o limite d© condensação h e o raio r do poro, 1©vando-s© em conta a existência da espessura adsorvida e^, é dada p o r :

r = r

K - • . ( \ ) -

-2 cr M

R T ln h C2.193

D© B até C ocorre o aplainamento do menisco;

Em C, o menisco é plano © o poro está saturado Ch = 13.

A questão da ocorrência do aplainamento do m©nisco é controvertida; neste trabalho isto não será analisado, restringindo-se apenas à apresentação do modelo de Defay e Prigogi ne.

A Fig.2.8 mostra uma isoterma d© adsorção-dessorção típica de un meio poroso, como por ©xemplo a argamassa d© cal © cimento.

W

(g/g)

Fig.2. 8 — Isoterma d © adsorção-dessorção de u m meio poroso.

(45)

Geralmente» os meios porosos apresentam uma gama muito variada d© raios de poros. Segundo a definição adotada por Merouani [43, eles são assim classificados:

— Mi cr opor o s : aqueles com raio inferior a 20

A;

— Mesoporos: com r a i o entre 20 a 500 Â;

— Macroporos: com raio superior a 500 Â.

Uma interpretação qualitativa da isoterma de adsorção-desorção mostrada na Fig. 2.8 seria:

— A parte OA corresponde a um aumento da espessura de camada adsorvida e m todos os tipos de poros;

— No ponto A ocorre condensação capilar nos poros mais finos; — Na região compreendida entre os pontos A e B ocorre

condensação capilar e m poros maiores» de volumes representativos, o que explica o crescimento abrupto do conteúdo de umidade. Contudo» haverão poros suficientemente grandes tal que n ão ocorra condensação capilar» mas apenas aumento da camada adsorvida;

— No ponto B, h = 1, ocorre a saturação de todos os poros. Deve-se observar que esta saturação poderá ser incompleta, devi do exi stôncia de ar C ver seção 1. 53.

Uma análi se quanti tati va desses fenômenos é dada pel o modelo de condensação dito B . J . H . , devido a Barret, Joyner e Hallenda [143, que será. apresentado na seção 2.1.6.

2.1 . 5 - O FENÔMENO P A HISTERESE

Na Fig. 2. 8 pode—se observar comportamentos diferentes para as isotermas de adsorção e dessorção. Nos ensaios de adsorção as amostras secas são submetidas a umidades relativas diferentes havendo condensação nos poros do material. Em dessorção, parte-se de amostras saturadas havendo portanto evaporação de água. /A histerese parece ocorrer apenas no domínio d e umidades relativas onde condensação capilar, não acontecendo na região de adsorção pura Cparte OA da Fig.2.83.

Referências

Documentos relacionados

Por último, temos o vídeo que está sendo exibido dentro do celular, que é segurado e comentado por alguém, e compartilhado e comentado no perfil de BolsoWoman no Twitter. No

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

Para analisar as Componentes de Gestão foram utilizadas questões referentes à forma como o visitante considera as condições da ilha no momento da realização do

Minha problematização da autonomia docente se fundamenta em José Contreras (2002) e minha discussão sobre as relações entre Estado e profissão docente e sobre o “trabalho social

• The definition of the concept of the project’s area of indirect influence should consider the area affected by changes in economic, social and environmental dynamics induced

Nas leituras de falhas efetuadas, foram obtidos códigos de anomalia por meio de dois diferentes protocolos de comunicação: o ISO 14230 KWP (2000) e o ISO 15765-4 CAN. A seguir, no

Este trabalho, seguindo o método Design Science Research, fez uma revisão da literatura, uma análise bibliométrica e o estudo de uma empresa para encontrar os elementos da

O objetivo deste artigo é justamente abordar uma metodologia alternativa para a elaboração de análises contábeis e financeiras, denominada de balanço perguntado e