UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA
CATARINA
PROGRAMA
DE
PÓS-
GRADUAÇÃO
EM ENGENHARIA
DE
PRODUÇÃO
SABER
SER,
SABER
SENTIR,
SABER
VIVER:
RESGATANDO
A ESSÊNCIA
DA
VIDA
NA APOSENTADORIA
E
VELHICE
Iraci
de
Andrade
Maia
Dissertação
submetida ao
Programa de
Pós-Graduação
em
Engenharia
de
Produçao da
Universidade
Federalde
Santa
Catarina,como
requisito parcialpara
obtenção
do
títulode
Mestre
em
' Wz~ _ _ ,..,._. ' z ›"' i ' É ~ _ .,...-_..---~«-V -W ' "' ' f .‹; ' L v `_'§Í›g, “ f i _ (1 ' "
'~
--- -zM
-«~ ._._....__ p _¿,,›__
H 15., lv g Q. V» _ sr' N ¢3ã¡;¿,Iraci
de
Andrade
Maia
SABER
SER,
SABER
SENTIR,
SABER
VIVER:
RESGATAN
DO
A
ESSÊNCIA
DA
VIDA
NAAPOSENTADORIA
E
VELHICE
Esta dissertação foi julgada e aprovada para
aobtenção
do título de Mestreem
Engenharia
de
Produção no Programa de Pós-Graduaçãoem
Engenhariade
Produção da Universidade Federal de Santa Catarina.
~\ o
\
o I-Í*
Florianopolis, 30 de outubro
Prof.
Ricaro
iranda Bar ', Ph._D. 'Coordendor
,o Curs H l. 'BANCA EXAMINADORA
` ÉPro~cisco
Âônio
Per‹D;=ialho, Dr.à
Orientador
A
C)/Q/\^¿%l';<×1'i×Lm .(zO(@@oo
Profa. Christianne C.S. R. Coelho, Dr. Profa. Elaine Ferreira, Dr.
Membro
Membro
zw ri' 531 ~ ífif' .__j_í"
É
,.'Q___;,_¢f¡f¿z¿ "I . ›~" " "" `Í'j*_fÊ. Í lHomenagem
Ao
meu
pai,que
partiu cedo demais, aos 89anos,
sem
concluir seu sonho: o de estar aomeu
lado, nestemomento
tão significativo paramim.
Mesmo
ausente, sinto-o presente. _Obrigado pela tua história
de
vida queme
auxiliou neste trabalho.
`
' . .~`ââf€"i '^' ''''''' " ~ ~~-~--- ~ - ---- ..__;-mz... f ";í:“¿1;»-äf Ê* ,. *. .V Ê`%¢Í›Â~ --- . __ _-1, zw»-www.‹'^"¬'3?"""“'“”""i“"""MÍÍ:..:_.________;___, _ ____‹ - _ zr pt .' i ~- |\/ Ku-: "
Q
›- 4 -4 / _. I . F,`_,^N ¿Agradecimentos
Aos
meus
pais Ataliba (deonde
tu estiveres) e Nair, exemplos de luta pela vida,os quais escolhi no plano espiritual para estarem comigo nesta encarnação.
Obrigado por eu existir!
À
minha irmã espiritual ecomadre
Leoni, pelo imenso carinho e cumplicidade.Obrigado por estar
sempre
presente.\ _
A
Cristina, Guilherme e Gustavo cujo amor, carinho e ternura,preenchem
minha vida
com
riqueza e sentido,demonstrando que
a razão da vida ésimplesmente de crescer no amor.
Ao
meu
irmão Luiz Antonio e cunhada Iaramar,que souberam
entender asminhas ausências do convívio familiar.
Ao
Professor Dr. Francisco Antônio Pereira Fialho,meu
orientador, fontede
sabedoria e determinação,
que
me
ajudou a darum
salto quântico, abrindo» minha percepção para a consciência e dimensão da
vida, pela Iiçao de força,
trabalho e dedicação,
me
deucoragem
para a elaboração desta dissertação.Aos colegas e amigos Melissa Medeiros Braz, Maria Esther Baibish, Fabíola
Mansur
Polito e Adolfo Pfeifer pela amizade, companheirismo, ajuda econtribuição na avaliação dos dados e
do
conteúdo científico,que
enriquecerammeu
trabalho.Foram
fontes de apoio pessoal e sábios conselhos.Aos
colegas, parceiros e amigos da Pós Graduaçãoem
Engenharia de Produção,fontes
de
inspiração, conhecimento e crescimento. _'Aos mestres da Pós Graduação
em
Engenharia de Produçãoque souberam
compartilhar suas atuações no processo
de
aprimoramento e evolução.Aos
meus
mestres espirituais pelo aprendizado eg perseverança,me
curvo aosvossos pés.
«ir . «rá " ¬....z_ W ____ . ~; 5 ,Í ,__=¬ `, _ *_ _. J: ,°\_¿ ______M_m_____ * __ V
À
Nanda, Mirna eVó
Licaque
me
acompanham
sempre
na caminhadaem
busca do conhecimento-e aprendizado de
um
plano tão belo, pulsante eiluminado - o plano espiritual.
À
Aline e Evelise, responsáveis por dar forma neste trabalho. Foi realmenteimportante.
A
Deus
porme
permitir estar neste planeta, paraque
meu
espírito possacrescer, aprender e evoluir. l
~ f ~ '* ,. '. ._ .- šíš' fe . - . .:;:t;__--._...____~ _ °' vi _~ " "ƒ"';¿:é` :..
suMÁR1o
~ 1INTRODUÇAO
... ._1 1.1 Problema da Pesquisa ... _. 5 1.1.1 Pressuposto ... .. 6 1.2 Limitações ... ._ 6 1.3 Objetivo Geral ... ._ 6 1.4 Objetivos Específicos ... .. 7 1.5 Estruturação do Trabalho ... .. 7 - 1 2BASE
TEORICA
... .. 9 2.1 Aposentadoria ... ._ 9 2.1.1 Origens Históricas da Aposentadoria no Brasil ... .. 102.1.1.1 Principais Pontos
Da
ReformaDo
Regime
GeralDa
Previdência Social ... ... .. 122.1.2
Reflexão
SobreA
Aposentadoria... ... .. 132.2
Reflexão
SobreA
Velhice ... .. 172.2.1 Aspectos Biopsicossociais davelhice ... 23 .
2.3 Saber Ser, Saber Sentir, Saber Viver
-
Reorganização Pessoal ... ..25
A za EV* _ W _ _ _›_z .. _ '1' (Í 2.3.2
O
Saber Sentir ... ... .. 27 2.3.3O
Saber Ser ... ..2.4
Reflexao
SobreMudanças
... 29~
2.5
Mente
eEmoçoes
... .. 312.6
Emoçoes
Causadas pela Aposentadoria e Pelo Envelhecimento ... _. 352.6.1
Medo
do
Desconhecido ... .. 36 2.6.2 Estresse ... ._ 38 2.6.3 Ansiedade ... ._ 2.6.4 Ócioe
Apaua
... _. 39 - 2.6.5 Tristeza ... ..40
' 2.6.6 Ra¡Va....'. ... ..42
2.6.7 Alegria e Felicidade ... .. 43 12.7 Preparando Para a Aposentadoria:
Das
Emoções
À
Experiência Prática ... ..44_ 2.7.1 Programa
De
Preparação Para... .. 28
... .. 39
z 2
A
Aposentadoria-PPA
... ..45
2.7.1.1 Crença
De
Que
Aposentadoria É Envelhecimento ... ..47
2.7.1.2
O
Signiflcado do Trabalho....; ... .. 502.7.1.3 Reorientação Proflssional na Preparação Para a
_» cc'
_ _." Í
. ~ ›-\~.:~›- .
Aposentadoria ... .. ... .. 53
2.7.1.4 Fixação
De
Um
PropósitoDe
VidaA
PartirDa
Preparação ParaA
Aposentadoria ... .. 57
2.7.1.5
A
Família EO
Aposentando ... _. 592.7.1.6 Doença e
Saúde
... ._ 602.7.1.7 Qualidade de Vida na Aposentadoria e Velhice ... .. 63
2.7.1.8
A
Dignidade e a Beleza da Aposentadoria e Velhice-Jovem
PeloResto da Vida ... _. ... ..
66
2.7.1.9 Benefícios-Fundação
De
Assistência E Previdência Privada .... _.67
2.7.1.1O Associações, Entidades e Núcleos de Aposentados-e Terceira l
Idade ... ._ 69 .
3METODOLOGIA
... ... .. 71 3.1 Referencial Adotado ... .. 71 . 3.2 População Participante ... ..72
3.3 Coleta deDados
... _. 73 fa ' I nu4 ANALISE
DAS
INFORMAÇOES
... _. 754.1 Aposentadoria ... .. 75
4.2 Velhice ... _. 81
5
coNs1oERAçÕEs
FINAIS ... _.87
6
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..91
. _V\. ¬ -› ` . 51%' ,,...›¬›___,, . '.f ,_ `¡_ ._;__ › ,› ví' ,‹~'»\-_ _ V 7 À ' I V V 7 . I 'I' --‹--«-“'“" ' :. “I IJ._i¡|ç' fr' Á. à ¡._,¡,` ` » 7
ANEXQS
... ..99
7.1PERGUNTAS DA
PESQUISA
7.2G|.ossÁR1o
... .. 100 ... ..99
` 1 1 !~
.¡`
LISTA
DE
FIGURAS
Figura 2.1:
Emoções
e suas Famflias ... ..Figura 2.2: Programa de Preparação para Aposentadoria ... ..
"""fê P' À
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_ ._§`.`"_"“I. êfë 'lšzik ס
RESUMO
MAIA, Iraci deAndrade.
Saber
Ser,Saber
Sentir,Saber
Viver:Resgatando
a
Essênciada
Vida
na Aposentadoria e
Velhice. Florianópolis, 2001.Dissertação (Mestrado
em
Engenharia de Produção)-
Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia de Produção, UFSC, 2001.~Este trabalho, objetiva analisar as interferências das
emoções que afloram
naspessoas por ocasião da aposentadoria,
como
se dá o processo de aposentadoriae a sua preparação e
também
procura resgatar o significado dasmudanças que
afetam o
comportamentodas
pessoas, de seus familiares, as crenças, e aqualidade de vida após fechamento
de
ciclos de vida importantes paraelas.Foi- feita
uma
reflexãosobre velhice, seus preconceito, perdas e qualidadede
vida. _
- 1
` l
Neste sentido, foi possível sugerir
um
trabalho de preparação para “aposentadoria, para
que
o individuo não tenha a sensação de não ser maisútile
de
serum
momento
de reflexão sobre alternativas de ação como: novasperspectivas de trabalho através de
uma
reorientação profissional, que aspessoas
tenham
prazerem
estar aposentado e estarem se preparando para ,z
i
uma
velhice tranqüila. -Para tanto,
devem
estar abertos para aprender e dispostos a fazeruma
ireorganização pessoal, para se ter
uma
aposentadoria prazerosa euma
velhicefeliz. Neste sentido é preciso estar constantemente acreditando, sonhando,
sentindo, sendo e portanto vivendo. _
Palavras-chaves: Aposentadoria, velhice,
emoções
e preparação para aaposentadoria. ~
'vê 7 --- '. .. _-..... zz __ é Y* ._ Ag ¿,¡; .___ ×||
ABSTRACT
The
present work, aims to analyze the interferences of emotions that suiface inoccasion of retirement, as one feels the retirement process and its preparation,
it also tries to rescue the meaning of the changes that affect one's behavior,
one's*reIatives, faiths, and life quality after ending an important cycle.
A
reflection about the aging process,'it's prejudice, losses and life quality
was
made. .
_
In this sense, it
was
possible to suggest a preparationwork
for retirement, so the individual does not get the feeling of not being usefulanymore
and of being amoment
of reflection on alternatives of action, such asnew
work
perspectivesgetting prepared for a calm age.
'
Thus,
one
should be open to learn and willing todo
some
personalreorganization, to have a pleasant and
happy
retirement age. In this sense it isnecessary to constantly believe, dream, feel, be and therefore live.
Key-words:
Retirement, aging process, emotions e preparationwork
forretirement. -
Êaa
~›
through a professional re-orientation, that
one
has pleasure in being retiredand
› FÊÊÍ W W 'W "'--Hx-.-ur. V V '-1" '“' " .\ 1
w
` Fi: _ __ ___. ._ -.i"z, ' . L ~.-
--r ~a-~~-
ii * ...fi~
1 1'-*fl . _Í` >×~mr
``
F.. _ ouIINTRODUÇAO
Será a aposentadoria o início do envelhecimento ou o
começo
de
uma
novaetapa de vida,
com
qualidade e liberdade para planejar oque
mais lheconvém?
Quando
se deparacom
o termo aposentadoria, logovem
àmente
"medo","mudança", "envelhec¡mento", "vazio", “falta
de
dinheiro", “doença” “morte” epercebe-se
como
se está longe de conhecer esta fasecomo
afastamento daatividade profissional, após
um
período detempo
de serviço.O
avanço cronológico é associado aum
sentimento de decadência,inutilidade e rejeiçao, contribuindo para
que
a aposentadoria carregueum
fator~
de
degradaçao dohomem
que
vê esse ciclo de vidacomo
um
ponto de paradafinal, ou por não ter sido preparado ou por dificuldade de encarar essa nova
fase
como
oportunidade de recomeçar. 'Para Bonsanello (1955), “a aposentadoria,
com
suas vantagens edesvantagens requer
um
complexo de reajustamento.O
aposentadofreqüentemente, custa a assimilar sua
mudança,
quase sempre, trocade
posição de independência para dependência... Situação
como
essa,em
vezde
facilitar a progressiva adaptação
do
velho a seu novo status, favorece inclusive,o aparecimento de transtornos mentais, expressão
máxima do
sofrimento poradaptação”.
l i l
À V, l :..¬__==..._..._z, ~
fiiz*
“ z ¿ I .ffm H Í" *';% 1 me "°- .' .O
envelhecimentotem
sidocomparado
com
aposentadoria e idadecronológica, não é vista
como
um
fenômeno do
processo de vida. “A partir dos65 anos de idade, a ciência hoje está mais preocupada
com
a qualidadede
vidadas pessoas
do
que
propriamentecom
onúmero
de anosque
se viverá. Afinal,um
envelhecimentocom
mais qualidade geralmente está associadocom uma
vida
também
mais longa". (Nahas,2001)Todos
envelhecem, sendoque
dependendo
da qualidade de vida, unsenvelhecem
mais rapidamente, outrosbuscam
através deum
estilo de vida mais ativo, viver melhor.Com
o
passar dotempo
vem
amudança
física, psíquica e socialcomo
outrafase qualquer."Para a maioria da população ativa, a aposentadoria
define
legale condicionalmente a entrada na ancianidade". (Moragas,1991) Esses dois
fenômenos
(envelhecimento e aposentadoria), são processos inerentes a todasas pessoas, sendo
que
unstem
propósitode
vida definidomas
que
muitasvezes, por não estarem
bem
preparados nãoconseguem
colocá-loem
prática.Outros
fazem
com
que esta nova fase sejaum
renascer, tentandosempre
transformar
o
negativo e compreender cada etapa da existência.Quantas pessoas, ao analisarem suas
imagens
num
espelho,percebem que
estão envelhecendo, chegando muitas vezes à beira
de
um
abismo carregandomuito sofrimento e
uma
enorme
dor, não aceitando os sinais da velhice.Ao
procurarem encontrar
uma
causa, poderão aprofundar-seem
seu interior epercebem que
essas modificações estão instaladasem
todos os sereshumanos
a partir
do
nascimento, pois cada dia, cadamomento
é.um
trilhar para omma:
~
iš lz
Y--lã* À» *W
envelhecimento.
Mesmo
que
sintam a aposentadoriacomo
velhice,podem
perceber
que
esta não significa perda da qualidadede
vida ou redução naparticipação social.
A
aposentadoria acarretauma
sériede
mudanças. Portanto, deve-se fazercom
que
esse novo ciclo de vida seja o maisatraente possível, confortável esimples. “Ao invés de lamentar as folhas secas e amarelecidas, pode-se gostar
da folhagem outonal". (Skinner,1985)
Pereira (1996), cita
que
“transcrever o grande mal entendido da velhice éuma
preciosa façanhado
processo evolutivo. Brincar de existircom
qualidade,graça .e presença é imprescindível na
artede
ser jovem,como
eternospassageiros no mistério da vida".
“O
primeiro passo na tentativa de amenizar os efeitos negativos daaposentadoria, é tentar
uma
preparação psicológica para enfrentar essasmudanças. Essa preparação
tem
iníciocom
uma
busca ao repertóriode
interesses
do
indivíduoque
vaise
aposentar paraque
ele façaum
planejamento ocupacional, além de
uma
reflexãocom
o trabaIho". (Veras,1995) Esse trabalho deve ser feito antes
do
processode
aposentadoria, atravésde
um
Programa de Preparação para Aposentadoria (PPA) oferecido pelasempresas,
ou
mesmo
através das Associaçõesde
aposentados.Para
compreender
essas transformações nohomem,
nas fases daaposentadoria, é feita
uma
abordagem
no capítuloque
tratado
Programade
~
` ll , rrw:
___m_m____N_____ ______;__,_..__ ... ...‹:r W ' ~- \ ~} "".Q
3 m---~*- -W*
ssssss~~-
J
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_› ` .zgfišf z ' . ..
Ê
.I ' f' W, ...,..-.- ' '''''' 'Í l ,‹* I ' " ` __,_,_,__,__________ ' ' ' ' ' ' . . _ s _.- .._ _ .íšfir 9' I_¡_ ____ 4 t ,.¿. Y, ¡`,Preparação para Aposentadoria (PPA), sobre a importância
do
trabalhocomo
garantia para
uma
boa qualidade de vida. É enfocadatambém
a importância da~ I ~
preparaçao da familia
como
formade
inserçao na nova etapa de vidado
aposentado.
Com
a finalidade de mostrarque
aacomodação
leva àsomatização de doenças nada benéficas, interferindo no
bem
estarbiopsicossocial e espiritual é abordado sobre doença e saúde
como
defesa davida,
promovendo
obem
estar das pessoas, retardando o declínio físico,capacitando-o a realizarisuas atividades
de
forma maisamena,
cativante emágica.
Para compreender as transformações
no
serhumano
tanto na aposentadoriacomo
na velhice, ré feitauma
reflexão sobre a evolução das emoções,que
maischama
a atenção nessas duas fases. Pelospensamentos
éque
se atraem coisasboas e más, consen/adas na
mente
por muito tempo, eque
são transformadasem
emoções.No momento
da aposentadoria é possível perceber asemoções
que permeiam
cada serhumano
e se nãobem
trabalhadas, deixam instalar asíndrome
do
envelhecimento.Cada
tipode
emoção
vivenciada predispõeuma
ação imediata e cada
uma
sinalizando parauma
direçãoque
podem
serdesafios para o ser
humano
ao longo da vida.“Devemos
saberque
nossa vida étal qual nossos desejos". (Fonseca, 1998).
“Num
processo de mudança, usando a mente,podem
ressignificar crençasincorporadas durante toda a trajetória
de
vida" (D¡ltz,1993), e incorporar novasfórmulas para
um
viver bem. Para ressignificar as crenças sobre ai É l z z ê É ..--‹.z...»»...
.... ....ií_-._ -z "_›_M.___`_f ` in i _ Í: 5 , st--* z “
kfi
?_-/ ;__`-“Ê F;-V'_ 1aposentadoria, velhice, medos, mudanças, indecisões e inseguranças e para os
que têm
ideais e ambições, para se ter o equilíbrio “mente, corpo e espírito”,não
podem
carregar consigo a negatividade e a dor,mas
que
com amor
podem
ter certeza de que a vida não estáchegando
aofim,
é “que precisamosremover de nós a falha
que
está causando o sofrimento" (Scheffer,1995).Pensando na aposentadoria
como
ruptura deum
ciclo de vida devido aoafastamento profissional Ve por conseqüência a marginalização social e
percebendo
que
algumas pessoas nãoconseguem
traçar perspectivas futuras, énecessário
que
hajauma
reflexão, propondoum
trabalhode
conscientização eharmonização para se atingir
um
equilíbrio totaldo
serhumano,
atravésdo
' ~
Programa
de
Preparação para Aposentadoria e incrementaçao de Programasnas Associaçoes de Aposentados.
1.1
Problema da
Pesquisa
-O
interesse desta pesquisa está na observação, descrição e análisede
como
se dá o processo de aposentadoria
com
asmudanças
da Lei da PrevidênciaSocial.
Sendo
assim apresenta- se o problema da pesquisa:“Como
se dá o processode
aposentadoria,segundo
a percepção dosaposentados
numa
faixa etáriajovem
e quais osfenômenos
emocionaisenvolvidos nesse processo?". '
1
~-. 3) .-:tá š`{ e 1 7 .. ' F* c. '. . z l~.¿@'Í.
-¿_¿__
» --- -~ f f - Nf - E _ ,..~ 6 ~___... __-.._._________ "" " _ i., É _ _ ¿, _... __ ' `,¡, r.§_â.,_`: 1.1.1Pressuposto
"A aposentadoria e o envelhecimento
(como
um
novo ciclo de vida), sedevidamente compreendidos e vivenciados
com
consciênciade
seu potencial,resultará
em
ganhos inevitáveis, tendoem
vistaserem
estas, fasesde
maturação das experiências vividas e
que
cuiminarão na serenidadeque
aidade da sabedoria proporciona". 1
1.2
Limitações
-
O
tema
é bastantecomplexo, tendo
em
vista a diversidade das situaçõesvivenciadas pelas, pessoas na aposentadoria e no envelhecimento. Portanto,
nessa dissertação são analisados apenas alguns fatores, seja de_
ordem
zemocional ou social,
que
ocorrem na aposentadoria e no envelhecimento.1.3
Objetivo Geral
Conhecer a partir da aposentadoria, a visão
de
realidade e postura perante avida, dos indivíduos
que
se aposentaramnuma
faixa etária mais jovem.zv «rá €,'?'i L â ¬ __, ...::.`-W... . f “ V . _ l "-Ê'4 ~.. _. ._ r 7
1.4
Objetivos
Específicos
Pesquisar o significado de aposentadoria e
como
ela se processou na vidados indivíduos;
'
Levantar as
emoções
mais freqüentes durante e após o processode
aposentadoria; `
'
Pesquisar o significado de velhice para o aposentado
numa
faixa etária maisjovem; `
Pesquisar o significado de vida para
o
aposentado apósum
fechamentode
ciclo (o~ produtivo).
1.5
Estruturaçao
do
Trabalho
I`
O
trabalho está estruturadoem
seis capítulos principais.O
capítulo 1 apresenta o escopodo
trabalho contendo a introdução, objetivos e metodologia.O
capítulo 2 engloba a base teóricado
trabalho fazendouma
reflexão sobreas origens históricas da.aposentadoria no Brasil, a aposentadoria e velhice,
o
_* ,rti-šffzí z ..____ _ 7 . 1 '. _ , ç .` 54 - fx; *A7 ..:. ...__ sl- ` ` ... .. 8
as
emoções
causadas pela aposentadoria e o envelhecimento e sugestõesde
*$&
como
se trabalhar o Programa de Preparação para Aposentadoria- PPA.O
capítulo 3 apresenta a metodologia utilizada na pesquisa.O
capítulo4
traz a análise das informações coletadas na pesquisa.O
capítulo 5 englobará as considerações finais acercado
tema,como
forma deum
bem
viver do serhumano
num
términode
ciclo e aberturade
uma
nova¬ fase da vida. '
O
capítulo 6contém
as referências bibliográficas.Anexo. '
1%:
_., .... .__. ... ,. ...vz--1' _ _ V-«--~~~> . 1 ., _ › ›‹ , ';~*
__,...,.., --- _____________ _" ____ _ Q _. .`_`,__.;¿,__ fg šš .i 9.J
-~
I .~ -«JÍ ""2
BASE
TEÓRICA
2.1
Aposentadoria
O
Regime
Geral de Previdência Social no Brasil sofreu ao longodo
tempo
várias alterações.
A
evolução histórica registra diversos acontecimentosdesde
acriação das caixas de socorro
mútuo
organizada por empresas e o MontepioGeral dos servidores do Estado, até a reforma da Previdência Social ocorrida
em
1998.
Mas
foiem
1930,com
a criaçãodo
Ministério do Trabalho, Indústriae
Comércio, é
que
o sistema deixou de ser organizado por empresas e passou aser estruturado por categorias profissionais, surgindo assim os Institutos.
“Cada Instituto que era criado tinha a sua estrutura e legislação reguladora das
contribuições e benefícios, até que
em
1960 é criado o Ministério do Trabalho er
da Previdência Social e promulgada a Lei 3.8 807, Lei orgânica da Previdência
Social- LOPS, que unificou a legislação
sem
unificar os Institutos, o que veio a ocorrerem
janeiro de 1967,coma
criação do INPS peIo›Decreto Lei n° 72 de21/11/ 1966" (Milani e Machado, 1997) 4
Em
1988 é editada a Constituição Federal, ainda vigente no Brasilque
utilizaa expressão Seguridade Social para denominar o Conjunto de
normas da
Previdência Social,
Saúde
e Assistência Social.`
-du V ,ÇÇfÇ_._._,_.¡__...- l`I._.;.;.._.:::..:.:__.:.Í:; *_ __,-zw.-_';;~: 1. _.¿., _ âzwl *f ..f __ â 'Rr ~ i *' . - ,E ;`,“:_ 1:.. ¡ rá ¿.
2.1.1
Origens
Históricasda
Aposentadoria no
BrasilA
Previdência Social possui vários benefícios, dentre eles a aposentadoriapor
tempo de
serviço, idade, doença ou invalidez.No
Brasil alguns acontecimentos relacionados à aposentadoriamerecem
sermais registrados: _
`
- Criado
em
1835 o Montepio Geral dos sen/idoresdo
Estado;- Criada
em
1888 a Caixa de Socorro na Estrada de Ferro, de propriedade do Estado;-
A
Lei Eloy Chaves,nome
do autor do projeto pelo qual se implantouefetivamente a Previdência Social no Brasil,
que
cria nas empresasde
Estradas
de
Ferro, as Caixas de Aposentadorias e Pensões, formada pela z`
combinação dos trabalhadores, empresas e governo, aos quais
asseguravam ao trabalhador, aposentadoria
em
diversas situações e aosseus dependentes pensão no caso de morte
do
segurado;I
Com
a criaçãodo
Ministériodo
Trabalho, Indústria e Comércioem
1930, o sistema deixou de ser organizado por
empresas
e passou a serestruturado por categoria proflssional, surgindo o: Í
- IAP (Instituto
de
Aposentadoria e Pensões);-
IAPM
(Marítimos, 1933);~
- IAPC(Comerciários,1934);
- IAPB (Bancários,1934);
_ V W ¡ _ .À '\ I ' , ` ___________ “Ú
í
'~"""' C ;_ .f'\. ._ ... .. 11 5:' ,'z " J.'ší~§:§__ Jwšjq .¿ vg' › - IAPI (Industriários,1936); A-
IAPTC
(Empregadosem
Transportes de Carga, 1938);~ ~
Em
1954, unificaçao de todas as Caixas de Aposentadoria e Pensoesdos servidores públicos e ferroviários;
Em
1960, criado o Ministério do Trabalho e da Previdência Social,~
unificando a legislaçao, passando a' ser INPS (Instituto Nacional
de
Previdência Social); _
Em
1971, criado oFUNRURAL,
para prestar assistência ao trabalhadorrural e para o trabalhador urbano ficou o INPS;
Em
1977, através da Lei n° 6.435 criou-se as Entidades de Previdência~ Privada
que têm
por objeto instituir planos privadosde concessaode
pecúlios ou de rendas, de benefícios complementares ou assemelhados aos da Previdência Social, mediante contribuição
de
seus participantes,dos respectivos
empregados
-ou de ambos; CEm
1988 é editada a Constituição Federal que. pela primeira vez utiliza aexpressão Seguridade Social para denominar .o conjunto formado pela
Previdência Social,
Saúde
e Assistência Social;Em
1990 é criadooINSS
(Instituto Nacionalde
Seguro Social), pelafusão
do
INPS e IAPAS; -Em
1997,iniciou-se a reforma da Previdência Social,modificando
otempo de
aposentadoria e a idade mínima para se aposentar tendouma
fase de transição até 1998 para
que
as empresas e os trabalhadorespudessem
se estruturar.'v 'Tê '33\ .z A A 1 _›. ' `i_' _.`.__. - - -‹-›-~~--»---~‹›~«~›-- ~ ..._.._..«_._._.__._ . ff. ,z 12
2.1.1.1 Principais Pontos
Da Reforma
Do
Regime
GeralDa
PrevidênciaSocial
A
Reforma
da Previdência Social,em
1998,muda
as regras daaposentadoria no Brasil. Para os trabalhadores
que
entraram nomercado de
trabalho após a promulgada a Reforma, terão os limites de idade para requerer o benefício da aposentadoria: 60 anos para os
homens
e 55 anos para asmulheres, juntando-se a essa idade limite o
tempo de
contribuição para aPrevidência Social. Após ter passada por discussão- da -
proposta
de
emenda
àConstituição n°33-I de 1995, na
Câmara
dos Deputados e_ noSenado
Federal, émodificada
o
Sistema de Previdência Social, estabelecendonormas
de transiçãoe dá outras providências.
Os
principais pontos da`Reforma doRegime
Geral daPrevidência Social sao: _
_
_
-
A
data básicacomo
referência para o reconhecimento do direito*
adquirido de requerer e se beneficiar da aposentadoria é 16
de
dezembro
de
1998; _-
As
reformas da Previdência Socialmudaram
muitoos
critérios para aaposentadoria, acabando a aposentadoria por
tempo
de serviço epassando a contar
somente
portempo
de contribuição; ~-
A
aposentadoria atualmente é concedida aos 35 anos de contribuição-para
homens
e 30 anos para as mulheres. (Araújo, 1999)._ -›~ ff f "“z;;..¬.---` A* › ` ¡ - 9 ¬~ _.. 1-" -~-Fflflfl """"""ä§"""""“"" .._A._.._....__..,____ __ _ ¿§;_Ê'fi*? __ ` ¡›(. _ › *~ im A Í` _ › ¡~-~.
2.1.2
Reflexão
Sobre
A
Aposentadoria
“A aposentadoria surgida no Brasil
em
1923, é o encerramento da vidafuncional, seja por
tempo
de serviço, por idade ou ainda por doençaou
invalidez,com
direito a continuar recebendo seus vencimentos integralmenteou de forma reduzida", (Simões,1994). Atualmente
com
a reforma das Leis daPrevidência Social,
permanece
apenas a aposentadoria portempo
de serviço eidade, contribuição, doença ou invalidez.
'
É
um
direito adquirido pelo trabalhador,mas
que, devido às crençasde
que
aposentadoria significa ser "velho", "inativo", não desfrutando essa fase
de
forma suave e tranqüila, passa a ser
um
peso,desencadeando
situaçõesde
alienação e exclusão.
A
aposentadoria éum
sinônimo demudança
temporal eespacial. É necessário se preparar para a chegada de
um
novo ciclode
vidacomo
fase da sabedoria, levando-seem
consideração os aspectos físicos,psicológicos e espirituais.
Na
verdade todo o processo de transformação(encerramento da vida profissional e entrada na aposentadoria)
começa
dentroda pessoa. =
“O rompimento
das relações de trabalhotem
impacto indiscutível, aindaque
varie de pessoa para pessoa, no contexto global da vida.
A
aposentadoriaimplica
bem
maisque
um
término de carreira.A
interrupção das atividadespráticas durante muitos anos, o rompimento dos vínculos e a troca dos hábitos
im: i l e Í Í
m~
-r ^-rzf€"; ..._.. ;m¡_,_ ___-;¿ , ,. `, - fl ,_ _..._.. -‹--~-"~r""'f::›'_f_'_“" "¬" ' - ' ., _ V. 1 f ._ ~õ_._
cotidianos representam imposições de
mudança
nomundo
pessoal e social" (Zanelli e SiIva,1996).Existem várias maneiras de se chegar a essa fase, fazendo
um
percursoharmônico,
com
responsabilidadeem
buscade
uma
etapa feliz,onde
a cadaano que
passa, significa mais aprendizado e amor.Como
diz DrHermógenes
(1996), “é
sempre
tempo
de começar. Abra seu coração!Mudar
na vida muitasvezes é preciso".
A
aposentadoria para o serhumano
significauma
grandemudança
em
suavida. Esta nova forma de vida afeta sobremaneira o
comportamento
da pessoaque
está se aposentando, da família e da sociedade, pois a palavraaposentadoria está diretamente ligada à velhice, definida
também,
como
encerramento da vida funcional do trabalhador.
Além
dos -problemasdomésticos, os psicológicos
vêm
à tonacom
,repentinas crises de identidade,difuso mal-estar pela quebra
de
rotinas e osmedos
inconscientes que muitasvezes paralisam as pessoas não incentivando a buscar novos caminhos.
As mudanças
são inevitáveis.As
pessoas precisam ser preparadas paraaproveitá-las
sem
ficar frustradas,aprenderem
a extrair o melhorque
pudero
para se ter
um
novo ciclo de vida harmonioso e feliz.Para algumas pessoas a aposentadoria traz
um
enorme
mal, pois o cerne da~ I ~ ~ I t~
questao esta na sensaçao
de
nao ser mais util. Para essas pessoas a quesao
não
está clara, pois a aposentadoriaem
si éum
ganho
pelotempo
jáâ É l 2 â l š . _
~
'Õ -Ú fia; . 53,.. I; "' . - 'fi›'š€"L'â ... ..-...-..,...__.____,_ ”""**`¿§-"'“ = «› z , ~' .ë 15 Hllnflzzz .-...--....__ ___...____W.._...._____ Qüp «Ii _______.
trabalhado.
O
problema está na inatividade, na sensação de vazio. É importanteque a pessoa se engaje
em
alguma atividade profissional,de
lazer ou artística,para conservar a auto-estima e para evitar a depressão da aposentadoria.
A
aposentadoria reflete a trajetória de vida profissional assumida pelapessoa e as modificações dos ritmosdas atividades, os hábitos diários, o
modo
de pensar e agir ocorre nessa etapa da vida e são necessárias.
no
O
medo
passa a serum
grande inimigo das novas iniciativas,“Nao
há amenor
dúvida deque
novos caminhossempre
implicam riscos e perigos"(Schott,1994).
O
medo
do novo, por sua vez,também
tem
um
lado muitobom
e protetor.Pode
ser positivo porque, graças a ele, se consegue lembrarde
experiências passadas, capacitando as pessoas a manter
uma
alta concentraçãonas novas situações, permitindo
que
elas enfrentem melhor as novas exigênciasnessa etapa
de
vida.Cabe
ao aposentado refletir sobre essa nova situação, criandoum
propósitode vida, revendo os próprios valores e internalizando as novas estratégias.
Como
a fasede
vida laboral ativa está morrendo,começam
a emergir outrasforças vitais, renascendo
uma
fase mais equilibrada e permitindo que onovo
aflore,_ pensando, sentindo e querendo
que
essamudança
seja coroadade
pleno êxito.
Até
bem
pouco tempo, a aposentadoria se davanuma
fase de vidaem
que
o envelhecimento
começava
a estar presente, (aposentadoria por idade, aÍ
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partir dos 65 anos de idade).
No
períodode
1997/1998 ocorreuuma
solicitaçãomaior
numa
faixa etária maisjovem de
trabalhadores,que
em
função damudança
nas Leis da Previdência Social,sendo
que
uma
grande parte dostrabalhadores se aposentou
com
tempo
proporcional de trabalho (30 anos paraos
homens
e 25 para as mulheres),como
uma
saída ouuma
porta de entradapara
um
mundo
mais verdadeiro,onde
se permitiram buscar a riquezaque
avida oferece,
dando
vazão às suas potencialidades e preocupando-se com'o
crescimento interior.
A
maioria desses aposentados aliou a aposentadoriacom
qualidade
de
vida.Quando
se falaem
qualidade de vida pensa-seem
bem
estar físico, mental,social, espiritual, econômico e existencial. Esses são fatores que interferem
ou
determinam
obem
estar no indivíduo.As
experiências acumuladas pela pessoadurante sua trajetória profissional, permitem'
uma
gama
de atividadesdiversificadas
com
autonomia, independência e determinação. Voltando aum
trabalho remunerado, deve-se ter o cuidadode
garantiruma
flexibilidadede
horário aliando o útil (acréscimo financeiro) ao agradável (sair da rotinade
horário), se permitindo terum
tempo
livre para atividades de lazer.“A necessidade de ser original é a raiz para a produção de ação e
de
obras,de
experimentar coisas novas,de
ser aceito, deamar
e seramado".
(Guidi,1994). É
um
desejo de reconhecimento, para se criarum
novo status enovos papéis,
dando
uma
dimensão na identidade, nos valores sociais, naintegridade e no seu ser inteiro. .
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r‹.i“»‹».---~” I' H' Ó *V 'sil'-› -Im ›'Í': .. _Ao
transformar a aposentadoria de "direito"em
"castigo",promovendo
aidéia de
que
ela pode ser o princípio dofim,
a grande personalidade(...)não está ligada ao grande
campo
de energia cósmica pela sua alma, e nãooscila
em
harmoniacom
ela, ocorre a dirupção, a congestão, o atrito, a~
deformaçao, a desarmonia, a perda de energia. Tais- condições se
acham
presentes, primeiro
numa
forma sutil, não material,mas
depois progridem parao nível material, manifestando-se primeiro
como
estados de espiritos negativos,e
em
seguida de moléstias físicas (Scheffer, 1995).Se a aposentadoria é devidamente compreendida e vivenciada
com
consciência
de seu
potencial, resultaráem
ganhos
inevitáveis, tendoem
vistaser esta
uma
fase de maturação das experiências vividas eque
culminarão naserenidade. Deve-se encarar esse encerramento
de
ciclode
vidacomo
a ante-sala de
um
renascer deuma
nova fase, vislumbrandoum
futurocom
perspectivas eum
caminho seguro. ~2.2
Reflexão
Sobre
A
Velhice
“Um
fantasma amedronta omundo
neste iniciode
século e seus ruídosassustadores
desafiam
o saber e o poder, levando, aomesmo
tempo
o serhumano
a novas encruzilhadas: a velhice" (Haddad, 1993).O
medo
do
desconhecido, passa a ser o grande mistério deste início de século. Na velhice e
na aposentadoria, os
medos
são mais significativos,em
função de estigmasque
a sociedade ocidental impõe.
Não
se deve negar o processo do envelhecimento,É 1 1 4 I
~.
z zz... 1. gi' ` f _ ,_ ,__- .-zw: 1 ~ °¬ Q; .› `‹ .- ¿¢'f~z ~ ~*-'-f"'^""'i51""^'" ._-.~_zzz _.. ____.______ zig-_ ‹¡,_ ______ 18 " . ' -F ›Í~*'€›:§`Ê_,*Í 4* 1.9-,¡` ÉH
mas
sim compreender o significadode
tal processoem
cada sociedade ougrupo.
“A velhice é
um
fenômeno do
processo de vida. Éuma
etapa de vidaque
apresenta efeitos especificos sobre o organismo
do
homem,
devido o passardos anos. Geralmente encarada
como
fase de doenças, impertinências, teimosias emau
humor"
(Vieira,1995), decadência. Para algumas pessoas émuito difícil aceitar o seu envelhecer. “Entende-se
que
o envelhecimento não éuma
fase de decadência e simuma
seqüência da vida. Enfocandoo
envelhecimento na decadência, anula-se este sentido de enriquecimento
sensível da vida do idoso" (Simões, 1994).
A
velhice deve ser encaradacomo
uma
fase natural da vida,de mudanças
internas e externas,
devendo
reconhecer os valores e criando oportunidadespara compartilhar
com
os outros;um
crescer e enriquecer., pois ésempre
tempo
de recomeçar.O
processode
ficar velho não se constitui apenas nocurso da vida,
mas
simem
vivências permanentes.A
Novazldade, Idade da Sabedoria, Melhor Idade e, o maiscomum,
TerceiraIdade representam
uma
etapade
grande importância,que
deve ser refletidacom
carinho.A
expressão metafórica, Terceira Idade, “foi cunhada na França,na década de 1960, para designar a idade
em
que
a pessoa se aposenta.A
vidaadulta seria a segunda idade (produtiva) e a infância, a primeira (improdutiva,
mas
com uma
perspectivade
crescimento), ao contráriodo que
acontece naterceira idade" (Neri e Freir`e,2000).
e Í 1 â n$mi..^~"-""-=-'-- -"-z _ mzmwni
~
J r ífš fzzzz - lx' ' ¬' 'J 'C '. _..~... ' ___,______ ... ¬~¬--"= ‹.-. v \ f ; ¬ r.
_.
~~ - __..._.,. 19 - .*~ Ášëô "33 Q . i» »“A
chamada
Terceira Idade é para algunsum
aprisionamento,um
espaço davida
em
que
qualquer ato fecundo é impossível. Para outros é a conscientizaçãode
seu atualmomento,
que deve ser vividocom
omesmo
amor
e dedicaçãoque
vivenciou seus anos joviais. Para outras tantas pessoas, essa fase vital écomplexa,
ora vista de maneira preconceituosa, ora analisadacomo
uma
conquista,
um
mérito por ter podido atingi-Ia e, ainda, poder experienciar interesses" (Costa, 1998).'H
Portanto, nessa nova fase da vida, o ser
humano
deverá sepermitir fazeruma
revisão de vida, das experiências e valores, paraque
possa terum
~equilíbrio bio psicossocial e espiritual.
A
negaçaoempobrece
a vida e leva oidoso a sentimentos depressivos e autodestrutivos. Saber envelhecer é estar
em
permanente
vitória. ~ ~Envelhecer não significa necessariamente acumular perdas e
abandonar
perspectivas.
Não
é o envelhecimento,mas
a -própria vidaque
nos aproxima damorte, a qual não é privilégio só do velho.
O
envelhecimento éuma
dádivaque
alguns alcançam e poucos ainda
conseguem
ousabem
usufruir. Portanto, énecessário saber viver essa fase
com
alegria e galhardia, pois oque
se passou~
no dia anterior, nao há necessidade de ser repetido no
amanhã. Não
significatambém
final de vida.,mas
pode significarum
renascimento devido àsexperiências acumuladas ao longo da vida e da maturidade.
O
bom
envelhecimento está ligado a
um
ressignificar da angústia, castração,perspectiva de morte, auto-rejeição. Para tanto há a necessidade
de
uma
~
É.
É
_ W!
~.
, ,...-...__...-.«---W~~M ' V ¬ “°°°" ~"›¿,.*- ,V çz j \ ... J ,,-.--...-._.__. .`; ff* çy “jà _____~_ ff.Q
~ ~manutençao
da identidade, da aceitaçao da realidade e principalmente amanutenção
dos laços familiares e sociais.“Comprovou-se que
a qualidade davelhice fica por conta das atitudes básicas desenvolvidas
em
relação às perdasocorridas nessa etapa e a natureza dessas perdas. Boa saúde, bons amigos,
boa renda e boa sorte, ajudam,
sem
dúvidas" (Veras,1995).“A liberdade
que
a maturidade proporciona é outroganho
a ser desfrutadocom
consciência e alegria. Liberdade de ser oque
realmente se é, de fazer oque
tiver vontade, de falar ou calar, de expressar as suas idéias, de permitir-se estar só ouacompanhado,
de libertar-se de preconceitos, de condicionamentos e de, se for o caso, redirecionar a sua trajetória de vida" (Pereira, 1996).Para Gaiarsa (1986), "osseres vivos crescem e se transformam o
tempo
~
todo.
Cada
transformaçao éuma
morte, eum
renascimento aomesmo
tempo.Nos
nossos sonhos e fantasias, todomomento
de
renovaçao é simbolizado poruma
criança. Assim,quem
conseguiu impedir 'sua criançade
-serexcessivamente
bem
educada, conserva a capacidadede
perceber e reagirao
novo".
Atualmente, a palavra “velhice” significa “idade avançada", perda da
autonomia
em
função da perda de trabalhocom
a aposentadoria.Conforme
ascrenças e valores de cada pessoa, o envelhecimento passa a ser
um
momento
de grande amargura na vida,
sem
parar para pensarque
esse envelhecimento éum
caminho natural pelo qual todo o serhumano
trilha obrigatoriamentesem
perceber
que
este trajeto éum
processo de transformações constantes. Essaãnwm' l 2 i i šl i i
N ________' pf ._; ` _______ A - É Ê ` Q ‹ (Í, _ _ ... __ -zz « ., -. ' ._ .- 'i ." " .¿_¿
~"*"'E5i
_" ~ 7 ,,.'_' › *À->“_ ' _¡" ' ›` v.' ¿z\_,`_¡., Ilha \` ._ . _¿..› Q. _ _trilha que- o ser
humano
percorre éum
ato contínuo,sem
interrupçãoque
começa
no nascimento e termina nomomento
de
sua morte.O
velho é rejeitadoem
certas sociedades porque “o lugarque
ele ocupa'no
sistema produtivo reflete o lugar
que
ele ocupa no sistema cultural". (S.B.G.G.,1994). Nesse contexto, o
homem
quando chega
nessa fase da vida torna-sefragilizado, sentindo a aproximação da morte,
devendo
encarar essa fasecomo
o renascer de novas experiências.
"Não
se-deve
considerar a mortesem
Iigá-laà vida,
nem
a velhice ignorando a juventude. Observarque
tomar a juventude,a velhice, a vida ou a morte,
sem
considerar as diferenças, é cair nas tramas dauniversalidade abstrata" (Haddad,1993).
Cada
etapa da vida éuma
morte e o renascimento de outra fase.O
maisimportante,
porém,
é ressaltarque
idade cronológica não é sinônimode
incapacidade,
nem
morte eque
morte não é só privilégio da velhice.“O
fatode
morrer
jovem
ou velho émenos
importante doque
ode
ter vividointensamente os anos que se teve (...)
Nunca
é tarde demais paracomeçar
aviver e crescer" (Kübler-Ross, 1996).
9
Nessa fase poderão surgir “as crises
de
depressão, sentimentode
inutilidade, baixas na auto-estima, o
que
poderá resultarem
doenças, pois oque
fica internalizado, oque permanece
subjacente é que, assimcomo
desocupamos
um
lugar no nosso trabalho remunerado,podemos
também
desocupar lugares no nosso planeta" (Veras, 1995).
l
â» _ -ãáêíê ' ›_____W______________,_______,________,_...--::mi.~m£-;aÊ i » `,- zw _
---~
---~ -z _...-...__ l ç ¬, 229
W
zíéâ ~;~1Deve-se vivenciar cada fase da vida para continuar
com
a sensaçãode
juventude.
O
serhumano,
devido às angústias, os preconceitos, a faltade
um
propósito
de
vida na fase da pré-aposentadoria, se desequilibradando
oportunidade para
que
a doença se alojecomo
forma deum
corretivo,~
sinalizando
que
alguma coisa precisa ser feita para nao maiograr a saúde."Asaúde e a enfermidade são pólos decorrentes da harmonia ou desarmonia
do
ser para
com
as leis naturais" (Lambert,1994).Cada
mensagem
recebida pelo fisico deve ser decifradacomo
algoque
estáerrado,
em
desordem,em
desequilíbrio,devendo
ser entendida e trabalhadapara
que
a cura ocorra de dentro parafora.Os
sereshumanos
sãocompostos
de quatro corpos, o físico, o emocional,
o
mental e o espiritual, e se.aprenderem, a trabalhar as
emoções
contidas poderão ter os quatro corposharmonizados e funcionando de forma plena,
como
um
todo. Para Capra(1997), o
que
corresponde auma
abordagem
holística da. saúde e da cura é a“ . ~ z A - .z .A . ~
emergente
visao sistemica de vida, mente, consciencia e evoluçao."É necessário encarar a velhice
como
uma
fase oportuna para irrumo
auma
ascensão, transformando as limitações
em
aquisições paraum
projeto globalde
vida, para
uma
auto - realização. “Fazer balanço constante das conquistas esatisfações é básico, assim
como
estabelecer novos planos e metas futuras" (Veras,1995). Para envelhecer é preciso sorte e não coragem.A
coragem é
necessária para afastar as deflciências
do
envelhecimento. É necessárioenvelhecer
de
maneira agradável, fazendo aquiloque sempre
desejou.l i
í
...«,...
... , .gw c .. 51€ .. ._ . 9 ~§ “ ...,...___.,_._...._...-.-c...›.. - ‹ - ~ - - ' ' ' - ‹ - -- f ›››› -- 1 - , . =- r ›: z- --~ J» «-«W _._.-.-__-- ¿ 1;. ff “ ~¿S 23 _ y- ¿`_ * :; w _ . V"~` _.,
2.2.1
Aspectos
Biopsicossociais
da
Velhice
u
Envelhecer para o indivíduo representa
um
desgaste físico emudanças
psicossociais
que
interferem na qualidade de vida, interceptandoum
viversaudável
podendo
chegar auma
velhice patológicaameaçando
a memória,comportamento, relações sócio-familiares, doenças e emoções.
“Muito
embora
se saibaque
essa velhice patológica não representa regraúnica para todos, o
medo
e o preconceito existem, e isso acaba dificultando a aceitação do envelhecimentocomo
processo natural da vida" (Costa, 1998).W
~ Biologicamente, cada indivíduo no seu tempo, avança proporcionalmente ao
~
desenvolvimento e envelhecimento
começando
a sentir modificaçoes no seu~
organismo, tanto nos aspectos gerais
como
nas alteraçoes patológicas.Como
cita Capra (1997), “o ser
humano
total, holístico, é aqueleque
integra seucorpo,
mente
e espíritonuma
unidade indivisível.Um
ser biopsicossocial ecósmico
com
seus pensamentos, emoçoes, sentimentos, sensações e intuição,numa
consciência integrada e multidimensional."“O
progresso da ciência e da tecnologiatem
contribuído paraaumentar
apossibilidade de sobrevivência dos homens, fazendo
com
que
um
maiornúmero
atinja níveis mais avançados
de
longevidade, isentos obviamentede
doenças eacidentes ou processos patológicos" (Simões, 1994). Atualmente, o ser
humano
está vivendo muito mais para alcançaruma
velhice sadiae
feliz do que para serc
cada vez muito mais velho
com
problemas de saúde, infelicidade e solidão.“mm
~1Im.
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'É
W* í-nu. "'""'"iš""`""-v!--__." _...__..._.__ z ---À' ` l' \ ' ...__ .\ `. "..-^a~ '_' » Ú “L 㛡\'š'_' '* L... _ _ .
A
velocidade do envelhecimento é bastante variada deum
organismo paraoutro,
dependendo
do nível e qualidade de vida,num
indivíduo idosopode
serfuncionalmente tão
jovem
quanto ao deum
indivíduo de faixa etária mais nova.~
Psicologicamente, muitos conflitos
podem
vir de frustraçoes, faltade
afetividade, solidão, doenças e outras tantas situações. Gaiarsa (1986), defende
a idéia de
que
“amanutenção
da jovialidade na velhicedepende
basicamente da rigidezde
caráter. As pessoas muito contidas e controladas são velhasdesde
o começo". ' '
O
processo de envelhecimento sob o ponto de vista psicológico, evidencia~
que
nao háum
padrão específico, devido a sua complexidade e dinâmica.f`.-
Socialmente, são estigmatizados por
serem
inativos, intrusos, doentes,mas
“por mais
que
ohomem
envelheça, por maisque
a sociedade determine suaidade e classifique-o
como
velho, enquanto viver, ele não deixará de "ser",de
“existir"
como
pessoa e de ter direito aum
espaço dentro da sociedade(Costa,1998). l
-
A
cultura familiartambém
estigmatiza o idoso ou aposentado, criandoestereótipo, sendo submetidos a diversos valores impostos pela sociedade.
A
participação socialcomeça
a ficar reduzida através do afastamentodo
seugrupo
de
trabalho, do grupo familiar e muitas vezes do grupo comunitário.“Na
sociedade, o idoso passa da condição de
um
ser participativo paranão
participativo; na perspectiva da civilização, ele deixa de ser
um
meio de
3 ...5zfi¿ _ W ~ ,, ..~ «__ ir' f _.._______ ._ -S .__.._...._ _ _ _ ;§;âÀí¿. '§'ã¿;'=¡“ 25 . , zu' irrf :zf-ffi .J
"_“
¿.›,. ‹ 3 _ . _ . '..__¡_¿ ~ƒ 5 .‹ W; §aculturação e produtividade para tornar-se
um
elemento inativoem
ambos
os mzaspectos" (Simões, 1994).
Os
pré-conceitos nas duas fases da vidado
indivíduo (aposentadoria evelhice), são muito
bem
definidos,quando
numa
sociedadecomo
a brasileira sedá ênfase à vida produtiva, deixando de lado as pessoas
que
porum
longotempo
também
contribuíramcom
o seu trabalho.O
envelhecimentomuitasvezes analisado za partir da aposentadoria, devido à ausência da produtividade g
tecnológica,
pode
levar o indivíduo auma
decrepitude ecomo
se nada maispudesse oferecer, resta-lhe então morrer, esquecendo-se
que
durante a suavida inteira adquiriu experiências e conhecimentos e a partir do
momento
que
- não dão importância ao
que
tem
atransmitir,
mata
amemória
deuma
pessoa e os valores históricos deuma
sociedade.2.3
Saber
Ser,
Saber
Sentir,
Saber
Viver
-
Reorganização
Pessoal
2.3.1.
O
Saber
e
o
Viver
ÍO
saber construindo conhecimentos por vivências passadas ao longo davida, na busca do auto-conhecimento, valoriza e cultiva o seu viver. Nesse
contexto deve-se estar livre para ser e estar
em
contínuo aprender. Para Sabbi_ A ~ vp ç _ _ _ . ' `;“_.*hfj~
_.
z. 1- _ __" ' _ .ff ._ ““““““““““ " 26 ., ' If" ›<,,;_Í¿“ 9.-'2s_'Í£Ê Viäi(1999), “estamos aprendendo
um
pouco mais a cada dia e assim continuamosa crescer.
O
sentido da vida está muito intimamente relacionado a aprender eevoluir constantemente (...)". '
Viver é cultivar a riqueza adquirida ao longo da vida, é sentir-se vivo, ligado
a suas
emoções
e sentimentos. Maturana (1995),afirma que
“o viver éconhecer no âmbito de existir. Aforisticamente, viver é conhecer (viver é ação
efetiva no existir
como
ser vivo)".O
viver éum
processo de evolução entendidocom
crescimento e desenvolvimento,sem
esquecer as chegadas e partidas, asperdas e os ganhos, as mortes e os nascimentos.
“O
crescimentode
uma
pessoa ao longo da vida, fundamentalmente é
um
processo de crescimento, _
interior
-
de
amadurecimento" (Silva, 1994). E necessário ter prazerem
viversendo
que
para isso deve-se estar aberto para aprender. Para se ter uma'aposentadoria prazerosa e
uma
velhice feliz é~ preciso estar constantementesonhando, acreditando e, portanto, vivendo.
Para saber viver é necessário aprender a conhecer e saber fazer. “Aprender
a conhecer e aprender a fazer são largas medidas, indissociáveis. Aprender a
N
fazer nao pode, pois, continuar a ter o significado simples de preparar
alguém
para
uma
tarefa materialbem
determinada, para fazê-lo participar no fabrico~
de alguma coisa" (Delors, 2000).
O
aprender a fazer nao é só para se teruma
proflssão,
mas
paraque
as pessoas se tornem aptas paradesempenhar
papéisimportantes dentro de
uma
equipe, na família, na sociedade oumesmo
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1 _.-M _,-_individual, contribuindo para
uma
valorização e transmissão de conhecimentosa outras gerações.
2.3.2
O
Saber
Sentir
Aprende-se muito mais
como
não sentirdo que
como
sentir asemoções,
gerando conflitos entre o eu interior e o eu exterior racional.
Há
alguns séculos atrás, Descartes pronunciou a frase: "Penso, logo e×isto".Nessa época o
pensamento
foi o vilão principal da história e asemoções
esentimentos
ficaram
em
segundo
plano.O
serhumano
holístico, integrade
forma indivisível o seu bio-psico-social e espiritual e para se ter
um
caminhode
evolução pessoal e espiritual
dando
sentidoàvida,
deve-se estarnum
constante aprender,
compreender
e administrar asemoções
e sentimentos.Pouco se sabe,
mas
há muito para aprender durante a vida e assim estarnum
contínuo crescer e
como
cita Sabbi (1999), “se Descartes vivesse hoje, talvezdissesse:"E>‹isto (e sinto), logo penso"...,
ou
então, reconhecendoque
aN
consciência, a
emoção
e a intuiçaoantecedem
o pensamento,mas
parafraseando a sua mais famosa expressão. "Sinto, logo e×isto"
` ~
“Aprender a sentir, é desenvolver a capacidade
de
sentir a ampla extensaodas
emoções
humanas, livre e profundamente; é aprender o que sentiré
desenvolver respostas emocionais
que
são apropriadas auma
situação atualajustadas no tipo e na intensidade" (Seeburger, 1999).
'