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Análise da aptidão aeróbia dos alunos do 7º ano da escola EB 2,3 de São Torcato: estudo comparativo do processo evolutivo - com contributo do programa DECAMOTES e dos testes de Fitnessgram®

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Análise da Aptidão Aeróbia dos alunos do 7º Ano da escola EB 2,3 de São

Torcato: Estudo comparativo do processo evolutivo - com contributo do

programa DECAMOTES e dos testes de Fitnessgram®

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Nuno Alberto Gomes Carneiro

Orientadora: Professora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro

Coorientadora: Professora Angelina Clara Alves da Silva

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Análise da Aptidão Aeróbia dos alunos do 7º Ano da escola EB 2,3 de São

Torcato: Estudo comparativo do processo evolutivo - com contributo do

programa DECAMOTES e dos testes de Fitnessgram®

Nuno Alberto Gomes Carneiro

Orientadora: Professora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro

Coorientadora: Professora Angelina Clara Alves da Silva

Composição do Júri:

Professora Doutora Sandra Celina Fernandes Fonseca

Professor Doutor Paulo Alexandre Vicente dos Santos João

Professora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro

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Dissertação apresentada à UTAD, no DEP – ECHS, como

requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de

Educação Física dos Ensino Básico e Secundário,

cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do

regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em

Ensino da UTAD, sob a orientação da Professora Dolores

Monteiro e coorientação da Professora Angelina Silva.

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Agradecimentos

As palavras que se seguem são destinadas àqueles que contribuíram para a realização da presente dissertação. A todos deixo aqui o meu sincero e humilde agradecimento.

Um especial agradecimento às minhas orientadoras, Professora Angelina Silva e Professora Dolores Monteiro, pela competência, dedicação, incentivo, apoio, disponibilidade e cordialidade com que sempre me receberam e se disponibilizaram para me ajudar. Estarei imensamente grato pela transmissão de conhecimentos, críticas, correções e sugestões que em muito contribuíram para o meu desenvolvimento pessoal e académico.

Aos meus amigos e colegas de estágio, Xavier Mesquite e Márcia Vieira, pela convivência, companheirismo, amizade e também disponibilidade que sempre tiveram quando precisei de ajuda.

A toda a minha família, especialmente aos meus pais e irmãos pelo apoio ao longo desta jornada da minha vida.

E finalmente a todos os meus amigos que de alguma forma me ajudaram ao longo deste percurso.

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v

Índice

Agradecimentos ... iv

Índice de Quadros ... vii

Índice de abreviaturas ... viii

Resumo ... ix

Abstract ... x

CAPÍTULO I (RELATÓRIO DE ESTÁGIO) ... 1

1.

Introdução ... 2

2.

Enquadramento pessoal ... 3

3.

Enquadramento institucional ... 4

4.

Tarefas de Estágio de Ensino de Aprendizagem ... 5

4.1

Unidade Didática (UD) ... 5

4.2

Plano de Aula (PA) ... 7

4.3

Prática de Ensino Supervisionada ... 9

5.

Tarefas de Estágio e relação Escola-Meio ... 10

5.1

Estudo de Turma ... 10

5.2

Atividades na Escola ... 12

6.

Narração Sumária do Estágio ... 14

7.

Bibliografia ... 15

CAPÍTULO II (ESTUDO DESENVOLVIDO) ... 16

Resumo ... 17

Abstract ... 18

1.

Introdução ... 19

2.

Metodologia ... 23

2.1

Participantes ... 23

2.2

Instrumentos ... 23

2.3

Procedimentos ... 25

2.4

Tratamento de Dados ... 25

3.

Apresentação e Discussão dos Resultados ... 26

3.1

Resultados do Pré-Teste e Pós-Teste do Grupo Experimental ... 26

3.2

Resultados do Pré-Teste e Pós-Teste do Grupo de Controlo ... 27

3.3

Percentagem e nº de alunos na ZSAF do Grupo Experimental ... 28

(6)

vi

4.

Conclusões ... 31

Bibliografia ... 32

Anexos ... 34

(7)

vii

Índice de Quadros

Quadro 1 - Programa DECAMOTES – Aptidão Aeróbia ... 25

Quadro 2 – Resultados do Pré-Teste e Pós-Teste do Grupo Experimental ... 26

Quadro 3 – Resultados do Pré-Teste e Pós-Teste do Grupo de Controlo ... 27

Quadro 4 – Percentagem nº de alunos na ZSAF do Grupo Experimental ... 28

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viii

Índice de abreviaturas

AF – Atividade Física DP- Desvio Padrão GC – Grupo de Controlo GE – Grupo Experimental n – Amostra

NEE – Necessidades Educativas Especiais NES – Núcleo de Educação e Saúde OMS – Organização Mundial de Saúde PA – Plano de Aula

UD – Unidade Didática

UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

𝒙

̅ – Média

WHO – World Health Organization

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ix

Resumo

O presente documento surge com o objetivo de projetar a nossa experiência enquanto professor estagiário durante este ano letivo, destinado ao Estágio Pedagógico, inserido no âmbito do 2º Ciclo em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real. O Estágio Pedagógico é assim considerado o fim de uma etapa e o início de outra, tendo o intuito de alicerçar toda uma formação que se pretende constante, contínua e reflexiva na vida de um professor. Neste relatório, transmitimos um conjunto de experiências que nos acompanharam ao longo de um ano letivo como professor estagiário de Educação Física. Através de um processo crítico e consciente, declaramos aquelas que foram as nossas dificuldades, dúvidas, angústias e preocupações, mas também estratégias, recursos e soluções presentes no desenvolvimento profissional que caracterizou a nossa intervenção nas diversas áreas de desempenho.

O objetivo principal deste documento é relatar todas as vivências de estágio e analisar as atividades realizadas durante o ano letivo. Este relatório tem quatro áreas de intervenção, que são: as tarefas do professor estagiário no processo de ensino aprendizagem; a reflexão da prática de ensino supervisionada realizada ao longo do ano; a caracterização da turma do 7ºC; e por último, as atividades desenvolvidas no meio escolar.

Para a consolidação do meu desenvolvimento académico, este relatório contempla ainda um estudo sobre a “Análise da Aptidão Aeróbia dos alunos do 7º Ano

da escola EB 2,3 de São Torcato: Estudo comparativo do processo evolutivo - com contributo do programa DECAMOTES e dos testes de Fitnessgram®”. Participaram

neste estudo 96 sujeitos divididos em dois grupos, 21 sujeitos no grupo experimental e 75 do grupo de controlo. Como instrumento de avaliação utilizou-se o teste da Corrida 1 Milha do Programa Fitnessgram®. Para análise dos dados, optou-se pela estatística descritiva e comparativa: foi usado o test wilcoxon, cujo nível de significância ficou estabelecido em 0,05. As conclusões identificadas nesta pesquisa foram: 1º) o grupo experimental apresentou melhorias significativas na aptidão aeróbia; 2º) o programa DECAMOTES foi bastante eficaz no desenvolvimento da aptidão aeróbia dos alunos. Palavras-Chave: ESTÁGIO PEDAGÓGICO; EDUCAÇÃO FÍSICA; APTIDÃO AERÓBIA;

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x

Abstract

This document appears with the aim of showing our experience as a intern teacher during

this school year, for the pedagogical training, included under the 2nd Cycle in Teaching

Physical Education in Primary and Secondary Education at the University of

Tras-os-Montes and Alto Douro, Vila Real. The Teacher Training is thus considered the end of

one stage and the beginning of another, with the aim of supporting all training that is to

be constant, continuous and reflective in the life of a teacher. This report transmits a set

of experiences that accompanied us over a school year as a trainee teachers of Physical

Education. Through a critical and conscious process, we declare those were my

difficulties, doubts, anxieties and concerns but also strategies, resources, and present

solutions in professional development that characterized our operating in the different

areas of performance.

The main purpose of this document is to report every stage of experiences and analyze

the activities carried out during the school year. This report has four areas of intervention,

namely: the trainee teacher's tasks in the teaching and learning process; the reflection of

supervised teaching practice performed throughout the year; the characterization of the

class 7 ° C; and finally, the activities at school.

For the consolidation of my academic development, this report also includes a study on

the "Analysis of Aerobic fitness of students from the 7th grade of EB 2,3 de São Torcato:

Comparative study of the evolutionary process - with the contribution of the program

called DECAMOTES and Fitnessgram® test ". The sample consisted of 96 subjects

divided into two groups, 21 subjects in the experimental group and 75 in the control

group.

As an evaluation tool we used the 1 Mile Fitnessgram® Program race test. For data

analysis, we chose the descriptive and comparative statistics: we used the Wilcoxon test,

whose significance level was set at 0.05. The findings identified in this study were: 1) the

experimental group showed significant improvements in aerobic fitness; 2) the

DECAMOTES program was quite effective in the development of aerobic fitness of

students.

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1

CAPÍTULO I (RELATÓRIO DE ESTÁGIO)

(13)

2

1. Introdução

O estágio pedagógico é muito importante para a aquisição de experiência, pois rentabiliza ao máximo a vertente prática do aluno (professor estagiário), permitindo-lhe ganhar experiência para que futuramente, este consiga ultrapassar todas as dificuldades que possam surgir neste contexto, ajudando-o a escolher as melhores estratégias, preparando-o assim para o mercado de trabalho.

Neste relatório está descrito todo o trabalho realizado ao longo do ano letivo 2014/2015 na Escola Básica 2,3 de S. Torcato, e o balanço final de todas as tarefas realizadas ao longo das Unidades Didáticas lecionadas, bem como a participação noutras atividades, no âmbito de uma melhor inserção na comunidade escolar. Assim, este relatório visa demonstrar de forma descritiva e organizada, tudo o ocorrido desde o planeamento até à prática de ensino-aprendizagem.

Contudo, em qualquer contexto é necessário conhecer o local onde se vai exercer o estágio, apresentando uma pequena síntese do mesmo de forma a conhecer qual o ambiente em que a escola se insere.

Com isto, numa primeira parte são apresentadas as tarefas de estágio de ensino-aprendizagem, onde estão referidas o enquadramento institucional, o enquadramento pessoal, bem como todas as fases de planeamento desde as Unidades Didáticas até à elaboração do plano de aula tendo em vista a aplicação do mesmo nas práticas de ensino supervisionado.

De seguida, estão descritas as tarefas de relação escola-meio, no qual é apresentado o estudo de turma com todos os procedimentos e as respetivas conclusões, assim como as atividades desenvolvidas na escola em que participamos, contribuindo para o ganho de experiência e uma melhor inserção neste contexto.

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3

2. Enquadramento pessoal

Em relação ao estágio pedagógico sempre tivemos grandes expectativas, pois finalmente iriamos fazer aquilo que sempre quisemos, pois foi para isso que estivemos três anos a tirar a licenciatura em Educação Física e Desporto Escolar seguindo-se o Mestrado de Ensino da Educação Física no Ensino Básico e Secundário para conseguir levar as nossas ambições ainda mais longe.

A escolha da escola onde realizamos o estágio começou a meio do primeiro ano de mestrado, onde todos os estagiários foram chamados para escolher o local de estágio. No entanto, até chegar a esta fase, todos os futuros estagiários tiveram alguns problemas, pois a direção do curso pretendia que todos os alunos fizessem estágio em Vila Real ou nas suas imediações. Contudo, muitos alunos pretendiam efetuar o estágio curricular perto das suas residências sendo o fator económico a principal razão apontada pelos mesmos para a realização do estágio perto de casa, estando nós incluídos nesse lote de alunos. Para que a vontade de estagiar em São Torcato fosse concretizada tivemos de enviar um requerimento ao reitor e esperar que fosse aceite, o que acabou por acontecer.

Após esses problemas tudo acabou por se resolver, formando assim o Núcleo de Estágio de S. Torcato, conjuntamente com o Xavier Mesquita, com a Márcia Vieira e com a professora e orientadora Angelina Silva.

Marcamos uma reunião com a Professora Angelina para prepararmos o início das aulas, nessa primeira reunião ficámos logo com uma boa impressão da professora, pois mostrou-se interessada e disponível para nos ajudar em tudo o que fosse preciso fazendo desde logo uma pequena apresentação sobre o local de estágio.

No início das aulas, a professora orientadora procurava encontrar todas as condições para nos ajudar a ultrapassar as dificuldades encontradas ao longo das aulas, pois reinavam sempre dúvidas se seriamos capazes de aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do percurso académico, se teria uma boa relação professor/aluno ou até mesmo se conseguiria motivar os alunos para a prática pedagógica.

Em relação aos alunos, que são encarados como a “nossa matéria-prima”, havia sempre a expetativa de tentar perceber se eram calmos/inquietos ou bons /maus em termos motores, já que a formação que tivemos até chegar a este contacto direto num ambiente com alunos foi escasso, o que poderia levar a algum desânimo e até mesmo não escolher as melhores maneiras para lidar com problemas que poderiam surgir.

Em suma, esperávamos que o estágio completasse o que a formação académica não conseguiu completar na globalidade, ou seja, experiências enriquecedoras e novas

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aprendizagens, dando também a capacidade de enfrentar alguns imprevistos que poderiam acontecer neste meio.

3. Enquadramento institucional

A Escola Básica do 2º e 3º ciclo de São Torcato encontra-se situada na margem esquerda do Rio Selho, na Vila de São Torcato, sensivelmente a 6 km do concelho de Guimarães. A vila de São Torcato é um meio rural, possuindo um vasto património histórico-cultural, no qual se sente a harmonia entre a Terra, o Homem e o Rio. Sendo um vale de tradições rurais, com a introdução do milho rijo em meados do século XVI, os moinhos tiveram um papel importante no desenvolvimento económico local. Atualmente é possível encontrar nas margens do Selho um conjunto de moinhos com vários séculos de existência, mantendo-se alguns deles ainda em funcionamento.

O Agrupamento de Escolas do Vale de São Torcato situado em Guimarães é composto por nove estabelecimentos de educação e ensino: a EB1/JI de Bela Vista- Selho, EB1/JI de Chã de Bouça - Atães, EB1/JI de Igreja - Rendufe, EB1/JI de Pulo – Aldão e EB1/JI de Vinha - Atães, a EB1/JI de Estrada - Gonça, o Centro Escolar de S. Torcato e a EB 2,3 de S. Torcato, escola-sede (na qual estou a realizar o meu estágio pedagógico). Desde 2009 que integra o Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP).

No que respeita às instalações desportivas, estas têm um relevo importante na realização do estágio pedagógico, porque estão intimamente ligadas ao meio onde vamos exercer as práticas de ensino-aprendizagem. Posto isto, as instalações são constituídos por um pavilhão desportivo com um campo (que se divide em 3 espaços, para se poderem realizar 3 aulas em simultâneo), um ginásio, uma sala de aula e ainda um Gabinete do Grupo de Educação Física, sendo que estes três últimos espaços se encontram no 2º piso do edifício. Usufrui ainda de uma arrecadação para o material desportivo, um gabinete para os funcionários do pavilhão, dois balneários para os alunos (feminino e masculino) e ainda um balneário para o grupo de professores (2º piso). Relativamente ao espaço exterior, este contém um campo desportivo ao ar livre, com uma pista de atletismo circundante e uma caixa de areia.

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4. Tarefas de Estágio de Ensino de Aprendizagem 4.1 Unidade Didática (UD)

Segundo Menegolla e Sant’Anna (2001), perante uma ação de ensino-aprendizagem é fundamental haver uma programação da mesma para garantir a qualidade das ações que devem ser lecionadas ao longo de qualquer UD. Esta deve ter sempre em conta todos os conteúdos e os objetivos gerais que constam no programa de Educação Física, em função do ano de escolaridade da população alvo. Com isto, estamos a falar mais concretamente em planeamento, que se pode entender como um processo educacional de forma coordenada, desde as prioridades mais simples, de forma a alcançar determinadas metas e os objetivos propostos no âmbito educacional

Do ponto de vista de qualquer UD é essencial uma elaboração cuidadosa dos objetivos, e, acima de tudo, com um ponto de articulação com a população que se vai trabalhar, podendo-se colocar então duas grandes questões: o porquê - que está ligado ao motivo desses mesmos objetivos - e o para quê – que tem em vista as funções que cada um tem a desempenhar. Segundo Aranha (2004), a primeira questão está ligada a cinco fatores, sendo eles: o planeamento do ensino, a transferência de intenções, a gestão participada, a autorregulação da aprendizagem e a regulação do ensino, enquanto a segunda questão está ligada a três fatores: atingir uma meta, orientar o processo de aprendizagem e avaliar/controlar o processo de ensino-aprendizagem.

Na elaboração da UD, é essencial ter um conhecimento geral da população que vamos agregar, bem como as condições que iremos ter a nível espacial, de recursos (humanos e materiais) e só assim iremos conseguir ter em conta as aulas planeadas ao longo de um certo período de tempo, mais concretamente, o tempo de duração dessa UD, de onde fazem parte as avaliações diagnósticas, avaliações formativas e as avaliações sumativas, tendo em vista a prática de ensino-aprendizagem.

Após ter este conhecimento dos recursos materiais e humanos, passa-se para a avaliação diagnóstica, sendo que esta tem um carácter importantíssimo para a próxima fase de reajuste, pois permite identificar o nível motor dos alunos, transmitindo ainda algumas informações uteis para reformular a UD já elaborada de acordo com o nível geral da turma. Isto claro, com maior ou menor rigor em função das dificuldades observadas. Para registar a avaliação diagnóstica foi elaborada uma ficha de acordo com os critérios de êxito do Programa de Educação Física, de forma a avaliar a prestação inicial dos alunos em função da modalidade em questão.

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Após ter conhecimento da avaliação diagnóstica, reformulei/planeei as aulas referentes à avaliação formativa, com a elaboração de estratégias necessárias de aula a aula para que o processo evolutivo dos alunos fosse aumentando de forma contínua.

Uma das estratégias utilizadas para a transmissão do conhecimento foi a utilização de auxiliares de ensino como o quadro e apresentações em power point, isto por conselho da professora orientadora Angelina Silva, permitindo assim aumentar os índices de concentração e compreensão da turma, diminuindo o tempo de instrução. Estes auxiliares de ensino permitiam aos alunos observavam exatamente o que tinham de fazer durante as aulas, desde as movimentações à organização, onde havia um aumento significativo da compreensão das tarefas a realizar.

Ao longo das UD, a avaliação formativa teve um papel essencial, pois permitia ao professor saber qual o aproveitamento dos alunos, as suas dificuldades e, além disso, verificar se as estratégias utilizadas foram adequadas ou não. No final de todas as aulas foi efetuado um registo em grelhas específicas, sobre três domínios essenciais, baseando-se na avaliação final do aluno em determinada UD, sendo estes: Psicomotor (que se dividia em domínio das atividades físicas e aptidão física), Sócio afetiva (que se dividia em Assiduidade/pontualidade, Responsabilidade/Respeito regras, Cooperação e entre ajuda, Empenho/Participação/Interesse/Autonomia e Higiene) e Cognitivo (quando os alunos respondiam a perguntas sobre os objetivos da aula ou critérios de êxito). Estes tinham ponderações específicas que na conclusão da UD davam a nota final dos alunos. Segundo Aranha (2004), “É através desta avaliação que se devem retirar as

informações que, posteriormente vão permitir proceder à classificação de cada aluno, nos três domínios de aprendizagem – sócio afetivo, cognitivo e psicomotor. pág.6”

A UD é uma base sólida de planeamento na orientação e controlo do processo de ensino aprendizagem, que quando bem estruturada contribui para um processo enriquecedor a nível do ensino, resultando em aulas bem organizadas tendo sempre em vista cumprir os objetivos propostos. No entanto, houveram alguns imprevistos ao longo das mesmas, quer a nível de estratégias, recursos materiais mas acima de tudo ao nível dos recursos espaciais, pois durante o primeiro período o pavilhão da escola entrou em obras, obrigando o professor a trocar as aulas práticas por aulas teóricas, havendo dessa forma alterações na UD elaborada.

No final de cada UD foi realizada a avaliação sumativa, que permite comparar se houve evolução entre a prestação motora inicial dos alunos e a prestação final, aplicando uma ficha semelhante à de avaliação diagnóstica. No entanto, as avaliações sumativas das UD do 1º Período foram adaptadas devido à falta de recursos espaciais, tendo os alunos sido avaliados através de trabalhos teóricos e das avaliações formativas.

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Por fim, foi realizado um balanço final da UD onde se refere tudo o que se passou durante a mesma, desde as dificuldades, as estratégias/aspetos a melhorar ou até mesmo os (in) sucesso, a intervenção a nível de feedbacks, e também sugestões ou conteúdos a alterar com vista à melhoria do processo de ensino aprendizagem. Foram ainda mencionados aspetos em relação aos alunos desde o comportamento e se conseguiriam alcançar os objetivos propostos, que se refletia no sucesso da intervenção do professor.

Durante o estágio pedagógico foram realizadas seis UD, das quais três de desportos coletivos (Andebol, Voleibol e Basquetebol) e três de desportos individuais (Ginástica, Atletismo e Badminton).

4.2 Plano de Aula (PA)

Para Catão (2011) um plano baseia-se num instrumento de aplicação dos conhecimentos, onde são descritas atividades e estratégias a realizar durante um período de tempo, tendo em vista o alcance dos objetivos, criando uma situação didática para os alunos.

O plano de aula é um objeto essencial para o bom funcionamento das aulas, pois é nele que está descrito aquilo que se vai passar ao longo da aula, de acordo com os objetivos já definidos na UD, incluindo as tarefas e estratégias para uma planificação e organização que vão de encontro aos objetivos propostos. Em suma, Menegolla & Sant’Anna (2001) referem que é o que vai ocorrer durante um determinado período de tempo, englobando todas as atividades onde existe uma relação entre professor e alunos num âmbito de ensino-aprendizagem.

Por vezes a elaboração de um plano de aula era um pouco demorada, pois havia grande dispêndio de tempo de forma a conseguir apurar quais seriam os melhores exercícios a realizar em determinada aula tendo sempre em conta os objetivos específicos, ou até mesmo a escolher os tempos de cada tarefa para fomentar as práticas pedagógicas e ao mesmo tempo o empenho motor dos alunos. Além disso, para os professores, o auxílio do plano de aula transmitia mais confiança na altura da aula, pois o professor tinha uma estrutura para seguir, sabendo quais os objetivos operacionais a aplicar no decorrer da aula.

Há ainda a expetativa de tentar administrar uma aula sem o respetivo PA recorrendo somente à experiencia pessoal como professor, sendo essa uma decisão

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errada, pois até chegar a um PA há uma estrutura bem organizada com objetivos já definidos que não se resume à mera transmissão de conteúdos (Moretto, 2007).

O plano de aula está estruturado em três partes. A primeira é a parte inicial, que contem informação referente à aula (instalação, data, ano, UD etc…), a função didática, os conteúdos, os objetivos específicos e operacionais. A segunda parte é a fundamental, onde se coloca a sequência das tarefas, juntamente com o tempo para cada uma assim como a descrição/estratégias/controlo das mesmas. É também nesta parte que se apresentam as imagens que demonstram a disposição do material em campo, colocação do professor, dos alunos e até as deslocações destes durante a tarefa. É durante esta fase da aula que se verificam as instruções, as organizações, as transições, e os objetivos operacionais executados pelos alunos. Durante esta fase da aula verifica-se uma afluência de feedbacks e incentivos por parte do professor para que os alunos possam ultrapassar as suas dificuldades e aumentarem os graus de confiança. A terceira e última parte do PA é o balanço da aula/atividade, onde se questiona os alunos sobre os conteúdos abordados na mesma (método de ensino), por vezes aproveitava também esta fase para a transmissão de algumas regras da modalidade em questão. É nesta fase que na maioria das vezes se põe à prova a capacidade cognitiva dos alunos que entram nos domínios da avaliação. Quando se verifica que as tarefas são mais complexas, nessa altura coloca-se os alunos a exemplificarem os gestos técnicos para que os outros identifiquem os principais erros e aspetos positivos, de modo a serem corrigidos ou aperfeiçoados nas aulas seguintes.

O PA é uma ferramenta muito importante para os professores, mas nem sempre pode ser seguido na íntegra, pois ao longo do ano letivo surgem sempre imprevistos onde é necessário uma adaptação ao planeado ou mesmo o facto de ter de alterar as estratégias de maneira a adequar de melhor modo as tarefas de ensino-aprendizagem com intuito de obter resultados mais consistentes/eficazes. Posto isto, um PA deve orientar o professor na busca de autonomia, resolução problemas e tomadas de decisões e não ser um limitador de ações.

Segundo Aranha (2004), para uma eficiência pedagógica é essencial maximizar o tempo potencial de aprendizagem, aperfeiçoar a instrução e os feedbacks, manter um clima positivo e melhorar as estratégias de organização. Eram nestes tópicos que me basei na elaboração dos PA de forma a conseguir aperfeiçoar as estratégias menos conseguidas, maximizar o tempo de atividade motora, a harmonia entre alunos e aumento gradual de feedbacks, obtendo assim resultados mais satisfatórios a curto e médio prazo nas tarefas de ensino-aprendizagem.

“A preparação das aulas é uma das atividades mais importantes do trabalho do profissional de educação escolar. Nada substitui a tarefa de preparação em si. (…) faz

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parte da competência teórica do professor, e dos compromissos com a democratização do ensino, a tarefa cotidiana de preparar suas aulas (…)” (Fusari, 2001 pág.12).

No final de cada PA foi realizado um balanço da aula onde se referiam os aspetos mais e menos conseguidos, apresentando soluções para os menos conseguidos (estratégias), e fizemos uma autoavaliação, mencionamos se os objetivos da aula foram alcançados ou não, fazendo ainda uma apreciação do comportamento dos alunos. O balanço de aula também é centrado nos dez tópicos da prática de ensino supervisionada onde o professor se coloca numa posição de observador da própria aula para conseguir ter uma visão mais crítica e identificar os principais erros, que ocorrem ao longa da mesma, tendo a capacidade de arranjar soluções ou até mesmo aperfeiçoar as estratégias aplicadas durante as tarefas desenvolvidas. Após refletirmos sobre o que ocorreu durante a aula, ou melhor, sobre o desempenho dos alunos, também é realizado o preenchimento das grelhas de avaliação formativa dos mesmos, mais concretamente a nível dos domínios psicomotor, socio-afetivo e cognitivo.

4.3 Prática de Ensino Supervisionada

As PES têm um papel fundamental na formação de qualquer professor, principalmente se estiverem a passar por um estágio pedagógico, pois permitem ganhar experiência, e através da observação das aulas identificar possíveis erros ou estratégias mal conseguidas para posteriormente corrigir e conseguir obter melhores resultados no processo de ensino-aprendizagem.

Segundo Almeida (2008), “Para uma melhor compreensão das disciplinas Práticas

de Ensino e Estágio Supervisionado é necessário observar a conceção pedagógica que possivelmente esteve implícita ao se formar professores e treina-los por meio de atividades práticas pág.23”.

Para fazer a observação das aulas usamos como instrumento uma ficha de registo anedótico onde se colocava numa primeira parte o nome do observador, do observado, a UD juntamente com a data e o ano, finalizando com os objetivos específicos propostos para a aula e o tempo previsto para a aula. O registo anedótico era elaborado em relação ao tempo, pois, segundo Aranha (2007) permite saber a duração de cada tarefa realizada na aula tais como a instrução, transições, atividade motora e balanço de aula.

Na realização das observações em função das atividades que o estagiário estava a desenvolver, era realizada uma descrição dos acontecimentos, onde se colocava, se o posicionamento era o ideal, se as estratégias resultavam ou não, que tipo de feedbacks estava mais afluente durante a realização das tarefas, entre outros fatores.

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Para finalizar, procedeu-se a avaliação do professor usando os 10 parâmetros estipulados por Aranha (2007) que se centravam na introdução da aula, mobilização dos alunos para a atividade, organização/controlo e segurança dos alunos, gestão dos recursos, instrução/introdução das atividades, regulação das atividades, linguagem utilizada, sequência da aula, conclusão da aula e finalmente se a aula estava em concordância com o PA/adaptabilidade.

Todos estes parâmetros eram avaliados de zero a três pontos. Zero pontos (não executava); Um ponto (executava de modo genérico, inconsistente, inoportuno, com perda de tempo e insegurança); Dois pontos (executa adequadamente com consistência, oportunismo, consciência, sem perda e tempo e segurança); Três pontos (excuta de forma excelente e sistematicamente com consciência, sem perda de tempo e segurança). No final de atribuirmos uma nota a cada parâmetro, efetuamos a soma dos mesmos e através da Tabela Pedagógica Supervisionada (Aranha, 2007) atribuímos uma classificação.

Por fim foi calculado o tempo de atividade motora da aula, e era considerada uma boa aula se nas aulas de 90’ minutos esse tempo fosse igual ou superior a 70% e nas aulas de 45’, igual ou superior a 50%.

5. Tarefas de Estágio e relação Escola-Meio 5.1 Estudo de Turma

Realizamos um estudo referente à turma em que lecionamos com o intuito de conhecer melhor os alunos e de recolher todos os dados que podiam dar informações sobre as situações dos alunos pretendidos. Este estudo permitiu ainda compreender melhor a situação de cada aluno para podermos agir da melhor forma em virtude das situações que pudessem ocorrer ao longo do ano letivo.

O estudo teve como população alvo a turma C do 7º ano que estava inserida na Escola Básica do 2º e 3º ciclo de S. Torcato. A amostra foi constituída por um total de 21 alunos, em que 14 eram do sexo masculino e 7 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 11 e os 14 anos, sendo a média de idades de 12,19 anos.

Para a recolha de dados do estudo, foi realizado um questionário, escrito de forma simples e sucinta, facilitando a interpretação do mesmo pelos alunos. A maioria das questões foram importantes para a realização do estudo, tendo-se adicionado um outro questionário com a finalidade de recolher informação sobre a prática desportiva individual fora da escola. Importa referir que através da ficha socioeconómica, tive

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acesso à descrição e identificação do ambiente familiar e sociocultural dos alunos, que possibilitou prever possíveis problemas.

Após a recolha dos questionários realizou-se o tratamento dos dados. Os resultados foram apresentados graficamente, utilizado o software Microsoft Excel 2013. Os gráficos utilizados para a apresentação dos resultados foram os gráficos de barras, nos quais o título corresponde à pergunta colocada aos alunos, sendo esta considerada importante para o estudo. Além disso, os resultados continham o valor absoluto das respostas, sendo o seu somatório correspondente ao número de alunos da turma, ou seja, o número da amostra.

Para concluir, resta acrescentar que o estudo de turma foi importantíssimo, pois com a interpretação dos inquéritos realizados, ajudou-nos a compreender as suas características individuais para introduzir as Unidades Didáticas com a finalidade de não deixar nenhum dos alunos descompensado.

Relativamente à amostra presente neste estudo, verificou-se que a turma contém 21 alunos, os quais foram questionados sobre: dados individuais, saúde/alimentação, vida escolar, deslocação para a escola e vida desportiva.

Após a interpretação dos resultados verificou-se que um aluno tem várias restrições para a prática de atividade física devido a um problema de saúde (problemas cardíacos), e como tal não podia realizar algumas aulas, chegando mesmo a apresentar um atestado médico que prova a veracidade do facto. Posto isto, na qualidade de professores estagiários tivemos de arranjar outras estratégias para a sua avaliação durante as aulas, nomeadamente a elaboração de relatórios de todas as aulas que não realizava para demonstrar que apesar de não realizar as mesmas, estava por dentro dos objetivos especificados para elas, além de ter parâmetros de avaliação completamente diferentes dos outros colegas que realizaram as aulas normalmente.

Visto que grande parte dos alunos alegaram que não gostavam de andar na escola, era muito importante que os professores estudassem estratégias para contrariar este pensamento, desde criar mais atividades que promovam o bem-estar deles na instituição devido à relevância que a escola tem no papel futuro dos alunos que passaram por lá.

Também verifiquei que existem algumas disciplinas onde os alunos têm mais dificuldades, devendo o docente intervir em função disso, colocando sempre que necessário em apoio à respetiva disciplina. No caso da Educação Física é um pouco diferente, mas como existem alunos com dificuldade, o professor deve motivar esses alunos de maneira consistente, não referindo os aspetos negativos de forma “grosseira” mas sim gradual, suscitando sempre evolução.

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12

Como exista um aluno na turma com NEE, o docente aplicou estratégias de estimulação e de integração de modo a que este tivesse um desenvolvimento harmonioso, nunca deixando que ele seja um elemento de “chacota” por parte dos outros elementos da turma.

Por fim, é com agrado que se verificou que a maioria dos alunos tem hábitos de prática de atividade física, por isso cabe principalmente ao docente de Educação Física continuar a estimular esse bons hábitos e tentando a todo o custo criar hábitos àqueles que não os têm, sempre chamando à atenção para os benefícios da atividade física para a saúde. Também é importante verificar se os alunos apresentam algum tipo de decréscimo nas aulas devido principalmente à atividade federada, contactando o diretor(a) de turma de modo a informar os pais sobre possíveis questões de decréscimo nas aulas devido a ações exteriores.

5.2 Atividades na Escola

Durante o primeiro período a professora orientadora teve sempre a preocupação de nos integrar ao máximo em todas as atividades que ocorreram na escola, que por nós era visto de bom grado, pois queríamos ganhar experiência em todas as vertentes e até para nos sentirmos mais inseridos no contexto da vida escolar na qualidade de futuros professores.

Torneio de Voleibol

Primeiramente, participámos na organização do torneio de Voleibol de final de período (1° período) onde assumimos o papel de árbitros durante os jogos que decorreram, que também pôs à prova a nossa capacidade de resistência à pressão dos alunos relativamente à tomada de decisões. Esta primeira atividade correu bastante bem, onde o torneio ocorreu de forma perfeitamente normal sem incidentes.

Corta-Mato Fase de Escola e Distrital

Participámos também nas atividades do corta-mato, ajudando na organização do evento, nomeadamente na montagem do material e arrumação, anotação das classificações obtidas, e entrega dos prémios aos três primeiros classificados de cada escalão.

O corta-mato fase escola realizou-se no dia 15 de Janeiro. A prova teve início às 9 horas da manhã e terminou ao meio dia e meio. No corta-mato participaram vários

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13

escalões tais como: Infantil A (Masculino e feminino – 2004 até 2006); Infantil B (Masculino e feminino – 2002 até 2003); Iniciado (Masculino e Feminino – 2000 até 2001); Juvenil (Masculino – 1998 até 1999).

Relativamente ao corta-mato distrital, realizou-se no dia 5 de Fevereiro em Guimarães, mais concretamente nas Pistas de Atletismo Gémeos Castro. Nesta atividade, ajudámos a encaminhar os alunos, nos seus devidos escalões até à zona de partida, e posteriormente da zona da meta para juntos dos outros colegas.

Direção de Turma

A participação nas reuniões de direção de turma teve um papel essencial para compreender melhor o funcionamento da escola e como se encontra organizada, de forma a atuar sobre os alunos de maneira mais coerente possível em função das necessidades das várias turmas. Estas reuniões permitiu-nos saber como funciona o processo de avaliação dos alunos, e o aproveitamento dos mesmos nas outras disciplinas.

Todas as atividades em que participámos tiveram um caráter importante na aquisição de experiência, possibilitando adquirir conhecimentos que podem ser muito úteis no nosso futuro como professores.

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6. Narração Sumária do Estágio

O estágio pedagógico foi um complemento muito importante na nossa formação, principalmente para a aquisição de experiência.

Graças a este, crescemos como pessoas e como futuros professores devido às múltiplas experiências vivenciadas neste contexto educativo, conseguindo agora perceber que a vida de professor não é fácil e que implica muitas outras coisas, que até ter esta experiência muito gratificante desconhecíamos.

Antes de começar o estágio tínhamos grandes expectativas e ao mesmo tempo muitas dúvidas sobre aquilo que íamos encontrar, e se os conhecimentos que adquirirmos ao longo de todo o percurso académico iriam ser suficientes para satisfazer as exigências do estágio.

No inicio da PES, estávamos um pouco na expectativa, porque estávamos a ser observados, o que gerava alguns desconfortos no decorrer das primeiras aulas, isto devido ao “medo” de errar na escolha das estratégias, podendo ser penalizado na avaliação. No entanto, no decorrer das aulas e devido também ao apoio do núcleo de estágio, isto foi superado, sentindo assim uma tranquilidade a lecionar as aulas, a escolhermos as estratégias com a capacidade de as justificar da melhor maneira para contribuir para o bom decorrer da aula e atingirmos mais facilmente os objetivos propostos.

Desde o início do ano letivo tivemos experiências boas e outras menos boas, que nos permitiram melhorar como professor. Nas primeiras aulas estávamos um pouco expectantes sobre aquilo que nos esperava pois iria ser a primeira experiência como professores e as principais dificuldades vivenciadas foram ao nível da organização dos alunos e da linguagem, mais concretamente dos termos técnicos, dificuldades essas que foram rapidamente ultrapassadas com a ajuda dos feedbacks do núcleo de estágio. Uma das coisas que nos fez sentir mais confiante foi o facto de termos adquirido uma maior facilidade de identificar os erros dos alunos e dar os feedbacks adequados, mas isto nem sempre foi fácil, porque nas primeiras aulas a afluência de feedbacks era menor e foi evoluindo com o passar do tempo até chegar a um patamar bastante satisfatório.

Este estágio foi bastante produtivo e permitiu-nos melhorar como professores e como pessoas. Foi uma experiência bastante enriquecedora e esperamos continuar a aprender e melhorar as nossas capacidades como professores.

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7. Bibliografia

- Aranha, Á. (2004). Organização, Planeamento e Avaliação em Educação Física. Didática, Ciências Sociais e Humanas; 47. Vila Real, UTAD: Sector Editorial dos SDE.

- Catão,V. (2011). Aula 9 – Planejamento e Avaliação. Curso COMPED, Magistério Estadual / Tele-Presencial.

- Fusari, J. (2001). O planejamento do trabalho pedagógico: algumas indagações e tentativas de

respostas.

- Menegolla, M. Sant’Anna, I. (2001). Por que planejar? Como planejar?, 10ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes;

- Moretto, V. (2007). Planejamento: planejando a educação para o desenvolvimento de

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16

CAPÍTULO II (ESTUDO DESENVOLVIDO)

“Análise da Aptidão Aeróbia dos alunos do 7º Ano da escola EB 2,3 de São Torcato: Estudo comparativo do processo evolutivo - com contributo do programa

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17

Análise da Aptidão Aeróbia dos alunos do 7º Ano da escola EB 2,3 de São Torcato: Estudo comparativo do processo evolutivo - com contributo do

programa DECAMOTES e dos testes de Fitnessgram®

Nuno Carneiro1, Maria Dolores Monteiro1, Angelina Silva2 1

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2 Escola EB 2/3 S. Torcato

Resumo

O presente estudo tem como objetivo avaliar se os alunos melhoram a sua aptidão aeróbia com a implementação do programa DECAMOTES através do teste da milha do programa Fitnessgram®, uma vez que este permite-nos verificar se o aluno está dentro da Zona Saudável de Aptidão Física relativamente à capacidade aeróbia.

Este estudo baseia-se em 3 momentos fundamentais, o pré-teste, a implementação do programa DECAMOTES e o pós-teste.

Participaram neste estudo 96 sujeitos divididos em dois grupos, 21 sujeitos no grupo experimental e 75 do grupo de controlo. Como instrumento de avaliação utilizou-se o teste da Corrida 1 Milha do Programa Fitnessgram®. Para análiutilizou-se dos dados, optou-se pela estatística descritiva e comparativa: usamos o test wilcoxon, cujo nível de significância ficou estabelecido em 0,05. As conclusões identificadas nesta pesquisa foram: 1º) o grupo experimental apresentou melhorias significativas na aptidão aeróbia e o grupo experimental não; 2º) o programa DECAMOTES foi bastante eficaz no desenvolvimento da aptidão aeróbia dos alunos.

Palavras-Chave: APTIDÃO FÍSICA; APTIDÃO AERÓBIA; ZSAF; DECAMOTES;

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18

Analysis of Aerobic fitness of students from the 7th grade of EB 2,3 de São Torcato: Comparative study of the evolutionary process - with the contribution of

the program called DECAMOTES and Fitnessgram® test

Nuno Carneiro1, Maria Dolores Monteiro1, Angelina Silva2 1

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2 Escola EB 2/3 S. Torcato

Abstract

This study aims to assess whether students improve their aerobic fitness by implementing DECAMOTES program by testing them on the 1 Mile race test from Fitnessgram® Program, since this allows us to verify if the student is within the Healthy Physical Fitness Zone regarding their aerobic capacity.

This study is based on three fundamental moments, pretesting, implementation of DECAMOTES program and the post-test.

The theme of this study is "". The sample consisted of 96 subjects divided into two groups, 21 subjects in the experimental group and 75 in the control group.

As an evaluation tool we used the 1 Mile Fitnessgram® Program race test. For data analysis, we chose the descriptive and comparative statistics: we used the Wilcoxon test, whose significance level was set at 0.05. The findings identified in this study were: 1) the experimental group showed significant improvements in aerobic fitness and control group don’t; 2) the DECAMOTES program was quite effective in the development of aerobic fitness of students.

Key Words: PHYSICAL FITNESS; AEROBIC FITNESS; HEALTHY PHYSICAL

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19

1. Introdução

A adolescência é uma fase fundamental para o desenvolvimento dos jovens para a prevenção de doenças cardiovasculares e de outras doenças relacionadas com um estilo de vida sedentário (Martínez-Viszcaíno & Sánchez-López, 2008). A atividade física neste período tem um papel fundamental no desenvolvimento pessoal e social dos jovens e na melhoria da aptidão física (composição corporal, aptidão aeróbia e aptidão muscular). Segundo Malina (1988) a atividade física é qualquer movimento corporal produzido pela contração dos músculos esqueléticos e que resulta em dispêndio de energia, assumindo-se como uma componente integral do complexo processo adaptativo da espécie humana, tanto no desenvolvimento das capacidades motoras, como no âmbito dos benefícios fisiológicos, sociais e psicológicos por ela proporcionados. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a atividade física torna-se fundamental para combater o excesso de peso, que é associado a outro tipo de doenças que por ele podem ser provocadas (Oliveira et al, 2010). No que concerne ao termo de atividade física este indica que trata de qualquer movimento corporal que excede o gasto calórico acima do normal para esse tipo de movimento, já os exercícios físicos correspondem ao conjunto de atividades físicas com um propósito que visa melhorar a saúde e a aptidão física (Medina et al, 2010).

Entende-se, então, por aptidão física como a apresentação do desempenho de um indivíduo ao exercer uma tarefa do dia-a-dia (Luguetti et al, 2010). A definição de aptidão física muda de autor para autor e segundo Martínez-Viszcaíno e Sánchez-López, (2008), “a aptidão física é a capacidade de um indivíduo em realizar atividades diárias sem fadiga excessiva e com o menor esforço possível, refletindo um conjunto de atributos que o indivíduo possui e desenvolve, relacionados nomeadamente com a sua capacidade de realizar AF.”

A aptidão física está diretamente relacionada com a saúde dos adolescentes e, é fundamental para a promoção da saúde e estilos de vida mais ativos, daí ser de extrema importância o desenvolvimento de programas de AF. (Ardoy et al., 2011; Verloigne et al., 2012).

Em relação à variável avaliada neste estudo, a aptidão aeróbia, está cada vez menos desenvolvida nos jovens dos dias de hoje, e essa diminuição da aptidão aeróbia surge como consequência do aumento de massa corporal, da diminuição da atividade

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20

física e do aumento de comportamentos sedentários como o uso excessivo do computador e as várias horas a ver televisão (Sandercock et al., 2010 citado por Aggio, Ogunleye, Voss, & Sandercock, 2012).

Segundo Martins et al., (2010), há uma necessidade extrema de aumentar a aptidão aeróbia nas crianças e adolescentes, para que se diminuam os fatores de risco de doenças cardiovasculares nestas idades. Uma boa aptidão aeróbia vem acompanhada de outros benefícios para a saúde, Hallal et al., (2006) referiu que as crianças com melhores níveis de aptidão aeróbia têm também uma melhor condição óssea e muscular, e menores níveis de stress e de pressão arterial.

“A aptidão aeróbia reflete a capacidade global dos sistemas cardiovascular, respiratório e muscular para captar, transportar e utilizar oxigénio durante o exercício e a AF, bem como a capacidade de realizar exercícios prolongados e fatigantes” (NES, 2002; Ortega et al., 2008; Ruiz et al., 2006a; Ruiz et al., 2008). Na maioria dos casos, a medição do VO2máx é o dado mais utilizado para a avaliação da aptidão aeróbia (Dencker & Andersen, 2011; Hassink, Zapalla, Falini, & Datto, 2008; Ruiz et al., 2008). Para a US Department Of Health, (1996), a aptidão aeróbia, é a capacidade de realizar tarefas com vigor, sem revelar fadiga. Sallis e Patrick (1994) referem que o exercício físico melhora indicadores de saúde nos adolescentes, tais como a pressão arterial, a obesidade e a saúde mental. Ao longo dos anos, tem-se verificado uma redução da prática de atividade física nos adolescentes, que pode estar relacionada com o progresso tecnológico que promove o sedentarismo (Nobre, 2006). Segundo Haskell, Montoye, e Orenstein (1985), a atividade física e a saúde estão diretamente relacionadas, uma vez que que estilos de vida ativos são benéficos para a saúde. De acordo com Klein-Platat et al. (2005), um estilo de vida pouco ativo afigura-se como a principal causa de obesidade em todo o mundo, afetando a saúde física e psicológica dos adolescentes. A diminuição da prática de AF na adolescência condiciona a aptidão aeróbia e muscular dos jovens, em particular nas raparigas. A escolha de um estilo de vida mais ativo melhora a aptidão aeróbia, que por sua vez terá interferência com as componentes da massa corporal, como a diminuição da massa gorda (MG), que consequentemente irá resultar no aumento da autoestima (Hallal, Victora, Azevedo, & Wells, 2006).

A atividade física e a aptidão aeróbia estão relacionadas, uma vez que, a aptidão aeróbia influencia diretamente a prática de atividade física (Mesa et al., 2006).

(32)

21

Posto isto, é fundamental saber qual a aptidão física presente em cada indivíduo, e, como tema deste estudo, é essencial ao professor recorrer ao teste Fitnessgram®, que possibilita, num curto espaço de tempo, determinar diversas componentes relativas à aptidão física individual dos alunos (Wang, 2004 cit. por Fonseca, 2011).

O Fitnessgram é um programa de aptidão física para a saúde e destina-se a jovens do ensino básico e secundário (NES, 2002).

Segundo NES (2002), o Fitnessgram tem dois objetivos fundamentais, proporcionar aos alunos a prática de atividades que desenvolvam a sua aptidão física e ensiná-los a serem pessoas ativas, auto avaliarem a sua condição física, para que eles próprios possam desenvolver programas pessoais e motivarem-se para a prática de atividade física regular.

Posto isto, o Fitnessgram é um programa educativo que ajuda o professor de Educação Física a avaliar e educar a aptidão física dos seus alunos. Este programa tem uma base de dados com valores pré-definidos para avaliar a aptidão física dos alunos de acordo com a saúde. Esses valores dividem-se em três zonas, 1- Abaixo da zona saudável, 2- na zona saudável e 3- acima da zona saudável. Após a realização dos testes e a análise dos resultados, conseguimos saber em que zona o aluno se encontra (Welk, Maduro, Laurson, & Brown, 2011).

O programa Fitnessgram está diretamente relacionado com a saúde, e como tal, avalia três componentes que são fundamentais na promoção da mesma. As três componentes que o programa avalia são a Aptidão Aeróbia, a Aptidão Muscular e a Composição Corporal (NES, 2002).

Dentro da aptidão aeróbia, o Fitnessgram engloba três testes, o vaivém, a corrida 1 milha e a marcha. A aptidão muscular é composta pela força muscular, resistência e flexibilidade. Os testes que fazem parte da força abdominal e resistência são os abdominais. Os testes usados para medir a força superior são as extensões de braços, as flexões de braços em suspensão modificada, as flexões de braços em suspensão e a flexão de braços em suspensão. Para avaliar a força e flexibilidade do tronco utilizamos o teste de extensão do tronco, e por fim, os testes usados para avaliar a flexibilidade dos alunos são o senta e alcança e a flexibilidade dos ombros.

Relativamente à composição corporal dos alunos, são realizados três testes, a medição das pregas adiposas, o índice de massa corporal e o perímetro da cintura.

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22

O tema deste estudo é “Análise da Aptidão Aeróbia dos alunos do 7º Ano da

escola EB 2,3 de São Torcato: Estudo comparativo do processo evolutivo - com contributo do programa DECAMOTES e dos testes de Fitnessgram®”.

O sedentarismo e a obesidade são cada vez mais doenças atuais que estão a afetar a população, numa idade mais precoce. Por outro lado, a prática de atividade física pode ajudar a combater estes problemas de saúde, já que ajudam na manutenção do peso corporal e ainda a diminuir o risco de doenças cardiovasculares (Silva et al, 2008).

Quanto maior for a aptidão física, mais pode ajudar a prevenir o aparecimento de distúrbios orgânicos, entre eles ao nível da capacidade cardiorrespiratória, força/resistência muscular e flexibilidade. Como os índices de atividade física estão a baixar em idade escolar, é importante que tanto os profissionais de saúde como os de Educação Física arranjem estratégias para combater essa diminuição, tendo sempre em conta o conhecimento do comportamento da capacidade em relação a idade, sexo e relação dos níveis de aptidão física em critérios de saúde (Farias et al, 2009).

A escolha deste tema teve a ver com a baixa capacidade aeróbia que os alunos da turma C do 7º ano apresentavam nas aulas de Educação Física durante o primeiro período. Posto este problema, achamos que a implementação de um programa que desenvolvesse a capacidade aeróbia dos alunos durante as aulas de educação física iria ser muito bom para melhorar a condição física destes e promover a sua saúde.

O objetivo geral deste estudo é avaliar se os alunos melhoram a sua aptidão aeróbia com a implementação do programa DECAMOTES através do teste da milha do programa Fitnessgram®, uma vez que este permite-nos situar o aluno ao nível da capacidade aeróbia, na Zona Saudável de Aptidão Física ou na Zona com necessidade de Incremento dos níveis de aptidão física, enquanto o objetivo específico é verificar se houve diferenças estatisticamente significativas entre o pré-teste e o pós-teste relativamente à capacidade aeróbia dos alunos. Pretendemos ainda, verificar se os sujeitos do Grupo Experimental apresentam melhorias ao nível da aptidão aeróbia e os do Grupo de Controlo não, se os sujeitos do Grupo de Controlo apresentam melhorias ao nível da aptidão aeróbia e os do Grupo Experimental não, se ambos os Grupos apresentam melhorias ao nível da aptidão aeróbia, se nenhum dos Grupos apresenta melhorias ao nível da aptidão aeróbia, se os sujeitos do sexo masculino apresentam mais melhorias na aptidão aeróbia do que os do sexo feminino e se os sujeitos do sexo feminino apresentam mais melhorias na aptidão aeróbia do que os do sexo masculino.

(34)

23

A avaliação das várias variáveis foi realizada em dois momentos diferentes, o Pré-Teste e Pós Teste. As variáveis dependentes consideradas no presente estudo foram as relacionadas com o desempenho dos alunos nos testes de aptidão aeróbia inseridos na bateria de testes do Fitnessgram®. As variáveis independentes analisadas foram a idade e o sexo.

2. Metodologia

2.1 Participantes

A amostra deste estudo é constituída pelos alunos das turmas A, B, C, D e E do 7º ano da escola EB 2,3 de São Torcato. No total a amostra é composta por 96 alunos, 57 do sexo masculino e 39 do sexo feminino divididos em dois grupos. Os 21 alunos do 7ºC constituem o grupo experimental enquanto os 75 alunos das turmas A, B, D e E fazem parte do grupo de controlo.

2.2 Instrumentos

Para efetuarmos a avaliação da aptidão aeróbia dos alunos utilizamos o teste da Corrida 1 Milha do programa Fitnessgram, que se destina a crianças e jovens do ensino básico e secundário.

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24

Corrida de 1 Milha Objetivo:

O objetivo deste teste é correr 1 milha (1609m) o mais rápido possível. Se o aluno não conseguir realizar o teste todo em corrida, pode fazê-lo a andar.

Equipamento/Instalações:

Para a realização deste teste, é preciso um percurso de corrida plano devidamente medido, um cronómetro, um lápis e uma ficha para registar os tempos obtidos.

Instruções para a realização do teste:

Os alunos começam o teste quando o professor disser “Preparar, Partir”. À medida que vão chegando à meta são informados sobre o tempo parcial de corrida. O teste pode ser aplicado a 15 ou 20 alunos de cada vez, dividindo-os em dois grupos. Os alunos formam pares e enquanto um corre o outro contabiliza as voltas e anotam o tempo de corrida.

Resultados:

O teste Corrida 1 Milha é registado em minutos e segundos, e sempre que algum aluno não finalizar o teste é registado o tempo de 99 minutos e 99 segundos. Aos alunos com idades compreendidas entre os 5 e os 9 anos não deve ser contabilizado o tempo, pedindo-lhes apenas que terminem o percurso.

Sugestões para a realização do teste:

Os alunos devem ser instruídos para fazerem o teste a uma velocidade controlada. Os alunos devem sempre aquecer antes do teste e no final fazer o retorno à calma. Deve evitar-se fazer o teste sob condições atmosféricas adversas.

Entre o pré-teste e o pós-teste foi aplicado o programa DECAMOTES no início das aulas de Educação Física uma vez por semana durante 8 semanas, que visa, melhorar a aptidão aeróbia dos alunos.

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25

Quadro 1 - Programa DECAMOTES – Aptidão Aeróbia

Semana 1 – 3X5’ CCL i=1’ Semana 2 – 2x10’ CCL i=2’

Semana 3 - 2x10’ CCL i=2’ Semana 4 - 1x10’ CCL i=2’ 1x10’ CCM Semana 5 - 1x10’ CCL i=2’ 1x10’ CCM Semana 6 - 1x5’ CCL i=2’ 1x15’ CCM Semana 7 - 1x5’ CCL i=2’ 1x15’ CCM Semana 8 - 1x5’ CCL; Fartleck*

*Fartleck

(1R+1L+2R+1L+3R+1L+2R+1L+1R+1L+1R)

Legenda: i – Intervalo;

CCL – Corrida contínua lenta (sem observação de respiração ofegante); CCM – Corrida contínua média (com observação de respiração ofegante);

2.3 Procedimentos

Após a escolha do tema “Análise da Aptidão Aeróbia dos alunos do 7º Ano da

escola EB 2,3 de São Torcato: Estudo comparativo do processo evolutivo - com contributo do programa DECAMOTES e dos testes de Fitnessgram®”, foi realizada uma

pesquisa bibliográfica relacionada com a atividade física, com a aptidão física, com a aptidão aeróbia e com o programa Fitnessgram® de forma a perceber qual a informação existente em relação a este tema.

Posto isto, procedemos à primeira avaliação designada como pré-teste (23 a 26 de Setembro), usando um dos testes do programa Fitnessgram®, nomeadamente a Corrida 1 Milha. Após a primeira avaliação (Pré-teste), procedemos à aplicação do Programa de Treino 1 – Resistência do programa DECAMOTES durante 8 semanas (14/01/2015 a 06/03/2015) com o objetivo de melhorar a aptidão aeróbia dos alunos do 7ºC. No final das 8 semanas realizamos a 2ª avaliação (Pós-teste – 10 a 13 de Março) através do mesmo método utilizado no Pré-Teste.

2.4 Tratamento de Dados

Para fazermos a análise dos dados utilizamos o programa SPSS 21 (Statistical Package for Social Sciences). Começamos por fazer uma análise descritiva da amostra, (análise da distribuição de frequências, Máximo, Mínimo, Média e Desvio Padrão). De seguida para verificarmos se haviam diferenças estatisticamente significativas entre pré-teste e o pós-pré-teste do grupo experimental e do grupo de controlo utilizamos o pré-teste de Wilcoxon (teste não paramétrico para amostras emparelhadas), uma vez que os dados relativos à amostra não apresentam uma distribuição normal, adotando como nível de significância o valor de 5%.

(37)

26

3. Apresentação e Discussão dos Resultados

3.1 Resultados do Pré-Teste e Pós-Teste do Grupo Experimental

Quadro 2 – Resultados do Pré-Teste e Pós-Teste do Grupo Experimental

Sexo

N

Mínimo

Maximo

𝒙

̅

DP

p

Masculino

Pré-teste

13

7,01

12,37

8,9654

1,77197

0,004

Pós-teste

6,37

11,50

7,9354

1,37259

Feminino

Pré-teste

8

9,32

11,07

10,2913

0,70148

0,012

Pós-teste

8,18

10,09

9,0150

0,64425

Total

Pré-teste

21

7,01

12,37

9,4705

1,57843

0,000

Pós-teste

6,37

11,50

8,3467

1,25072

O Quadro 2 apresenta os resultados do pré-teste e do pós-teste do grupo experimental. Como podemos verificar no pré-teste, em média, os alunos demoraram 9,47 minutos a percorrer 1 milha apresentando um Desvio Padrão de 1,57, resultado esse que foi ligeiramente melhorado no pós-teste, onde os alunos demoraram em média 8,34 minutos a percorrer a mesma distância com um Desvio Padrão de 1,25. Os alunos do sexo masculino, em média precisam de menos tempo do que os alunos do sexo feminino para terminarem a prova, tanto no pré-teste como no pós-teste. No entanto, em ambos os testes, foi um aluno do sexo masculino que demorou mais a completar a prova (Pré-Teste – 12,37 minutos; Pós-Teste – 11,50 minutos). Podemos ainda verificar analisando o valor de p que houve diferenças estatisticamente significativas do pré-teste para o pós-teste no sexo masculino (p≤

0,004)

, no sexo feminino (p≤

0,012)

e no total de indivíduos (p≤

0,000)

.

(38)

27

3.2 Resultados do Pré-Teste e Pós-Teste do Grupo de Controlo Quadro 3 – Resultados do Pré-Teste e Pós-Teste do Grupo de Controlo

Sexo

N

Mínimo

Maximo

𝒙

̅

DP

p

Masculino

Pré-teste

44

6,05

13,33

8,4014

1,46897

0,567

Pós-teste

5,58

15,00

8,5241

1,83916

Feminino

Pré-teste

31

8,23

16,28

10,1997

1,82933

0,583

Pós-teste

8,20

14,24

10,2874

1,32865

Total

Pré-teste

75

6,05

16,28

9,1447

1,84536

0,425

Pós-teste

5,58

15,00

9,2529

1,85616

No Quadro 2 podemos observar os resultados do pré-teste e pós-teste do grupo de controlo. Os alunos do grupo de controlo demoraram em média 9,14 minutos a percorrer 1 milha no pré-teste com um desvio padrão de 1,84. Curiosamente no pós-teste, em média os alunos demoraram mais tempo a percorrer a mesma distância do que no pré teste (9,25 minutos; DP – 1,85). Tal como no grupo experimental, em média os alunos do sexo masculino são mais rápidos que os alunos do sexo feminino no pré-teste e no pós-pré-teste. O tempo mínimo percorrido neste grupo foi 5,58 minutos por um aluno do sexo masculino, enquanto o tempo máximo foi de 15 minutos, tempo esse obtido por um aluno do sexo feminino. Ao analisarmos o valor de p neste quadro, constatamos que não há diferenças estatisticamente significativas do pré-teste para o pós-teste em nenhum dos sexos (sexo masculino p=0,567; sexo feminino p=0,583) e nem no total de individuos do GC (p=0,425).

Posto isto e fazendo uma breve comparação entre o Quadro 1 e o Quadro 2 podemos verificar que os alunos do grupo experimental apresentam melhorias significativas na capacidade aeróbia e em média melhoraram 1,12 minutos do pré-teste para o pós-teste enquanto os alunos do grupo de controlo não apresentam melhorias significativas na aptidão aeróbia. Curiosamente, além de não melhorarem os seus resultados em média pioraram 0,10 minutos, o que não deixa de ser um pouco estranho uma vez que as aulas de educação física por si só já deveriam ser suficientes para melhorar ligeiramente não só a aptidão aeróbia, mas também a aptidão física e a flexibilidade dos alunos.

(39)

28

3.3 Percentagem e nº de alunos na ZSAF do Grupo Experimental Quadro 4 – Percentagem nº de alunos na ZSAF do Grupo Experimental

Pré-teste

Pós-teste

Sexo

N

%

Sexo

N

%

M

a

s

c

ulino

Abaixo

ZSAF

4

30,8

M

a

s

c

ulino

Abaixo

ZSAF

1

7,7

ZSAF

5

38,5

ZSAF

7

53,8

Acima

ZSAF

4

30,8

Acima

ZSAF

5

38,5

Total

13

100,0

Total

13

100,0

Fe

mini

no

Abaixo

ZSAF

1

12,5

Fe

mini

no

Abaixo

ZSAF

0

0,00

ZSAF

7

87,5

ZSAF

5

62,5

Acima

ZSAF

0

0,00

Acima

ZSAF

3

37,5

Total

8

100,0

Total

16

100,0

Tot

a

l

Abaixo

ZSAF

5

23,8

Tot

a

l

Abaixo

ZSAF

1

4,8

ZSAF

12

57,1

ZSAF

12

57,1

Acima

ZSAF

4

19

Acima

ZSAF

8

38,1

Total

21

100,0

Total

21

100,0

Através do Quadro 3 podemos verificar quantos alunos do grupo experimental estão dentro da ZSAF no pré-teste e no pós-teste e as respetivas percentagens. Podemos então constatar que no pré-teste 5 alunos (23,8%) encontravam-se abaixo da ZSAF, 12 (57,1%) estavam dentro da ZSAF e 4 (19%) acima da ZSAF. Constatamos ainda que há mais alunos do sexo masculino abaixo da ZSAF (n=4; 30,8) do que do sexo feminino (n=1; 12,5%). Em relação ao pós-teste nota-se uma melhoria significativa, uma vez que dos 21 alunos que fazem parte deste grupo, 8 (38,1%) encontram-se acima da ZSAF, 12 (57,1%) dentro da ZSAF e apenas 1 (4,8%) se mantem abaixo da ZSAF. É importante referir que o aluno que se encontra abaixo da ZSAF têm problemas cardíacos, daí ser mais complicado melhorar a aptidão aeróbia.

Referências

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