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Visão estratégica do projeto de atividade interna do desporto escolar na CLDE Tâmega

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

VISÃO ESTRATÉGICA DO PROJETO DE ATIVIDADE INTERNA DO DESPORTO ESCOLAR NA CLDE TÂMEGA

Tese de Mestrado

Orientador: Professor Doutor Vítor Machado Reis

Pedro Nuno Bastos Bessa Menezes

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I

“Escola que não proporcione aos seus alunos a Educação Física e o Desporto

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II AGRADECIMENTOS

- À Universidade de Trás os Montes e Alto Douro por me ter proporcionado a inscrição no curso de mestrado e dar continuidade aos meus estudos;

- Ao Professor Doutor Vítor Reis, por ter sido orientador deste trabalho, pela disponibilidade demonstrada, pelas sugestões dadas e pelo acompanhamento;

- Aos meus pais, pela educação que me deram ao longo dos anos, incutindo-me sempre a vontade de estudar e aprender e pelo que me proporcionaram ao longo do meu percurso académico;

- À minha família pelo apoio que me deu nesta fase de estudos;

- Ao Dr. Adelino Furriel, Coordenador do Desporto Escolar da Região Norte pela amizade, confiança e pelo que me proporcionou ao longo dos últimos 12 anos a nível profissional.

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III ÍNDICE:

1 – Introdução………... 1

2 – Desporto Escolar………. 2

2.1 - Enquadramento legal do Desporto Escola……… 4

2.2 - Objetivos do Desporto Escolar……….………… 5

2.3 - Análise ao programa do Desporto Escolar 2013 – 2017……….. 8

2.4 - Mudanças com o novo programa do Desporto Escolar 2013-2017………. 14

2.5 - A estrutura organizacional do Desporto Escolar……….. 16

2.6 - Estrutura Regional do Desporto Escolar da Direção de Serviços da Região Norte………. 22

3 – A Coordenação Local do Desporto Escolar do Tâmega………. 24

3.1 – A Atividade Externa………. 27

3.1.1 - Análise à Atividade Externa na CLDE Tâmega……… 27

3.2 - Análise aos Centros de Formação Desportiva da CLDE Tâmega……… 29

3.3 - A Atividade Interna……….. 29

3.3.1 - A Atividade Interna na CLDE Tâmega………. 30

3.3.2 - Análise aos projetos de Atividade Interna das Escolas da CLDE Tâmega………... 30

3.3.3 - Análise aos projetos complementares de Atividade Interna das Escolas da CLDE Tâmega e sua participação……… 31

4 – O Projeto Educativo Escola, Projeto do Desporto Escolar e Projeto de Atividade Interna ……….. 37

4.1 – Constrangimentos aos projetos de Atividade Interna……….. 39

4.2 – Conselhos para otimizar o projeto de Atividade Interna……… 40

4.3 – Exemplos de boas práticas das escolas na Atividade Interna……….. 41

4.4 - Exemplo de boas práticas da CLDE Tâmega na organização do seu Projeto de Atividade Interna - A organização do Corta Mato CLDE Tâmega……….. 46

4.4.1 - Fase de planeamento do Corta Mato CLDE Tâmega……… 46

4.4.2 - Fase de execução do Corta Mato CLDE Tâmega………. 49

5 – Conclusões……… 55

6 – Sugestões de próximos trabalhos……… 61

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IV RESUMO:

O presente trabalho faz, numa primeira fase, um enquadramento legal do Desporto Escolar, abordando o programa para o quadriénio 2013 – 2017 e as respetivas mudanças estruturais, legais e seus objetivos.

Faz também uma análise à estrutura hierárquica e organizacional do Desporto Escolar e suas competências, debruçando-se mais aprofundadamente sobre a Coordenação Local do Desporto Escolar do Tâmega, que está afeta à Direção de Serviços da Região Norte. É feito um estudo descritivo do seu Planeamento Anual, bem como da sua Atividade Externa, Atividade Interna, Centros de Formação Desportiva e Projeto do 1º Ciclo.

Sendo a Atividade Interna o foco principal deste trabalho, são relatadas as suas virtudes e constrangimentos, apresentando-se exemplos de boas práticas das escolas da Coordenação Local do Desporto Escolar e um conjunto de medidas/ações que potenciem ainda mais a implementação e a prática do Desporto Escolar.

Finalmente, o trabalho detalha todo o processo associado à organização e consecução do Corta Mato CLDE Tâmega uma vez que é o projeto de maior dimensão do Desporto Escolar, no que diz respeito à Atividade Interna.

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V ABSTRACT:

This work is a first step, a legal framework of the Sports School, already approaching its new program for the four years 2013 - 2017 and the respective structural and legal changes and its objectives.

It is an analysis of hierarchical and organizational structure of the School Sports and their skills, leaning to further the Coordination School Sports Site Tamega, which is to affect the Northern Region Services Directorate. At this point the work is done a descriptive study of its annual planning, as well as its external activity, Internal Activity, Sports Training Centres and Project Cycle 1.

Being the Internal Activity the main focus of this work, its virtues and constraints are reported, presenting examples of good practice in schools of School Sports Local Coordination and a set of measures / actions which further potentiate the implementation and practice of School Sports.

Finally, the work details the entire process associated with the organization and achieving Cross Country CLDE Tâmega since it is the larger design school sports, with respect to the internal activity.

KEY WORDS: School Sports, Internal Activity, Coordination of School Sports from Tâmega

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VI ABREVIATURAS:

AE - Atividade Externa

AEC - Atividades de Enriquecimento Curricular AI - Atividade Interna

BD – Base de dados

BVL - Bombeiros Voluntários de Lousada CDE - Clube do Desporto Escolar

CFD - Centros de Formação Desportiva CFP - Centros de Formação de Professores CLDE - Coordenação Local do Desporto Escolar CNDE - Coordenação Nacional do Desporto Escolar CNM - Coordenadores Nacionais das Modalidades CRDE - Coordenações Regionais do Desporto Escolar

CTCDE – Coordenador Técnico do Clube do Desporto Escolar DE – Desporto Escolar

DGE - Direção Geral da Educação

ENEDE - Encontro Nacional da Estrutura do Desporto Escolar DSR - Direções de Serviço Regionais

EF – Educação Física GE - Grupos Equipa

GNR – Guarda Nacional Republicana NEE – Necessidades Educativas Especiais PAA - Plano Anual Atividades

PAI – Projeto Atividade Interna

PAM - Professores de Apoio às Modalidades PDE - Projeto do Desporto Escolar

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VII ÍNDICE DE QUADROS:

Quadro 1 – Organização do Clube do Desporto Escolar……… 8 Quadro 2 - Organograma da estrutura Nacional do Desporto Escolar…….……... 16 Quadro 3 - Distribuição das CLDE na DSRN………...22

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VIII ÍNDICE DE TABELAS:

Tabela 1 – Escolas que constituem a CLDE Tâmega……….. …... 24 Tabela 2 – Distribuição dos Grupos Equipas da CLDE Tâmega pelas modalidades…….. 27 Tabela 3 – Escolas com nível III na CLDE Tâmega ………... 28 Tabela 4 – Escolas com CFD na CLDE Tâmega……… 29 Tabela 5 – Análise aos projetos de Atividade Interna das Escolas da CLDE Tâmega…... 30 Tabela 6 – Análise aos projetos complementares de Atividade Interna……….. 31 Tabela 7 – Escolas da CLDE Tâmega que participaram no projeto de Futebol Feminino. 32 Tabela 8 – Escolas da CLDE Tâmega que participaram no projeto Mega Atleta………... 33 Tabela 9 – Escolas da CLDE Tâmega que participaram no projeto Basquetebol 3x3…… 33 Tabela 10 – Escolas da CLDE Tâmega que participaram no projeto do 1º ciclo………… 34 Tabela 11 – Escolas da CLDE Tâmega que participaram no Projeto CNID………... 35 Tabela 12 – Escolas da CLDE Tâmega que participaram no Projeto de Voleibol de Praia 35

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1 1 - INTRODUÇÃO

Durante os últimos doze anos tenho tido a felicidade de assumir o cargo de responsável pela Coordenação Local do Desporto Escolar do Tâmega. Durante este período tenho convivido com os mais diversos interlocutores do Desporto Escolar: professores; alunos; diretores; autarcas; diretores regionais; delegados das direções de serviço da educação; secretários de estado da educação; encarregados de educação e os mais variados elementos da estrutura do Desporto Escolar.

Ao longo deste tempo tenho assistido à dificuldade que muitas escolas têm sentido em descodificar o Programa do Desporto Escolar, quais os melhores caminhos a seguir e como integrá-los no seu projeto educativo.

O novo programa do Desporto Escolar traz novos desafios e novas oportunidades sendo neste contexto necessário adequá-lo “às novas realidades das escolas”.

O presente trabalho procura fazer uma pequena reflexão sobre o Desporto Escolar da atualidade, centrando-se mais profundamente na Atividade Interna da Coordenação Local do Desporto Escolar do Tâmega, na sua importância e nos seus principais constrangimentos, não esquecendo aspetos importantíssimos de cariz organizacional do Projeto do Desporto Escolar das escolas.

Pretendo também mencionar projetos de escolas de sucesso, que soluções apresentam e qual o caminho adotado pelas escolas para ter mais e melhor Desporto Escolar na Atividade Interna. Esta análise pessoal, baseia-se nos anos de experiência profissional adquirida, relatórios oficiais do Desporto Escolar, reuniões Regionais, e Nacionais do Desporto Escolar, legislação vigente e dados retirados da Base de dados do Desporto Escolar.

Este trabalho visa, assim, mostrar a imagem real e efetiva da prática do Desporto Escolar nas escolas pertencentes à Coordenação Local do Desporto Escolar do Tâmega, quer nos seus pontos positivos, quer nos seus aspetos menos conseguidos, que poderão ser corrigidos a partir da análise deste estudo.

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2 2 - Desporto Escolar

Falar ou descrever o Desporto Escolar (DE) num único conceito ou definição torna-se extremamente difícil face à riqueza de um projeto que cresceu sobre todos os aspetos nos últimos anos. Muitos autores e estudiosos dissertaram sobre o tema para explanar as suas ideias.

Institucionalmente, em (2003, p. 4), o Ministério da Educação no Documento Orientador do Desenvolvimento do Desporto descreve o DE como “… a atividade de complemento curricular, voluntária, que permite aos alunos a prática de atividades desportivas, em ambiente educativo, sob a orientação de professores, podendo-se configurar como a principal possibilidade para a maioria dos nossos jovens poderem participar em quadros competitivos de forma regular”. Um conceito que não sendo redutor, torna-se muito pobre para definir este projeto tão abrangente. Mais tarde, em 2006 no novo programa do DE, relaciona-se os benefícios da prática desportiva nas escolas com o DE, sendo que este “…promove estilos de vida saudáveis que contribuem para a formação equilibrada dos alunos e permitem o desenvolvimento da prática desportiva em Portugal”. Em 2007, surge um novo programa de DE para dois anos letivos (2007 – 2009, p. 2), este, nas suas orientações gerais, define que “A prática desportiva nas escolas, para além de um dever decorrente do quadro normativo vigente no sistema de ensino, constitui um instrumento de grande relevo e utilidade no combate ao insucesso escolar e de melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. Complementarmente, o Desporto Escolar promove estilos de vida saudáveis que contribuem para a formação equilibrada dos alunos e permitem o desenvolvimento da prática desportiva em Portugal.” Em 2009, surge pela primeira vez um programa de DE para um quadriénio 2009 – 2013, que vem credibilizar ainda mais o DE e dar-lhe alguma estabilidade. Neste programa o Diretor Geral da Direção Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular (Luís Capucha) deixa a seguinte mensagem sobre o DE, “Contribuir para o combate ao insucesso e abandono escolar e promover a inclusão, a aquisição de hábitos de vida saudável e a formação integral dos jovens em idade escolar, através da prática de atividades físicas e desportivas”. Por fim, e segundo o Programa de DE vigente 2009 – 2013, o DE “…constitui uma das vertentes de atuação do Ministério da Educação e Ciência com maior transversalidade no sistema educativo,

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3 desenvolvendo atividades desportivas de complemento curricular, intra e interescolares, dirigidas aos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas”.

Todas estas definições dos últimos programas do DE, esplanadas anteriormente, foram amadurecidas ao longo dos anos, mas em nenhum destes programas se consegue descrever o que é efetivamente o DE. Aliás, o DE até ao momento ainda não conseguiu resolver um dos seus principais problemas que é conseguir promover-se e mostrar à sociedade o seu real valor, o que efetivamente faz, quais as suas competências e a sua importância. Todo o trabalho meritório dos vários interlocutores do processo educativo têm tido pouca repercussão na comunicação social, os próprios encarregados de educação, por vezes, não têm conhecimento do que é o DE e como mesmo é desenvolvido na escola. Uma grande franja da nossa sociedade desconhece o que é o DE e que ele existe.

Falando do trabalho dos docentes no DE, é pouco percetível para o cidadão comum, todas as competências dos docentes que estão inerentes ao apoio do Projeto do Desporto Escolar (PDE) de cada uma das escolas, nomeadamente a nível de saídas para acompanhar os alunos nas atividades do DE, quer na Atividade Interna (AI), quer na Atividade Externa (AE), muitas vezes aos fins de semana, ou mesmo nos seus dias sem componente letiva. O professor de Educação Física (EF) é também um elemento fundamental na formação da personalidade do aluno em contexto escolar e muito particularmente em contexto de DE. É através do DE que muitos alunos têm oportunidade de realizar alguns dos seus sonhos e alguns dos seus projetos de vida. Alguns aprendem a nadar, outros a andar de bicicleta, alguns deles veem o mar pela primeira vez, outros dormem fora de casa com os seus colegas de equipa também pela primeira vez, e muitas outras experiências que vão acumulando ao longo dos anos, sempre acompanhados por docentes qualificados. O DE torna-se muito importante no que diz respeito à formação da personalidade dos alunos e principalmente dos valores que são incutidos e transmitidos pelo DE, como são o exemplo: o Fair Play; o respeito mútuo; o saber ganhar; o saber perder; a superação; hábitos de higiene e de vida saudável, entre outros valores que serão imprescindíveis para uma vida futura. Criam-se laços que vão sendo fortalecidos a cada ano, quer entre alunos, quer entre professores, quer entre alunos e professores. Para Garcia (2005), os valores do DE devem procurar a irreverência, criatividade, e poder de iniciativa das crianças, tentando sempre encontrar os objetivos do DE.

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4 O DE é algo imenso. É uma mescla entre o conhecimento científico das definições institucionais e do conhecimento empírico das práticas aprendidas através de experiências causais, por vezes ingénuas e espontâneas de todos os intervenientes do DE. Para Bento (1995, p. 123), “A escola precisa de riso, de entusiasmo, de dinamismo, de palmas, de alegria; precisa que se goste dela. O desporto pode contribuir para isso, com dias desportivos, com competições e torneios internos e externos, com pontos altos na vida escolar. Trata-se, de pelo desporto, integrar mais a vida na escola e a escola na vida”.

2 .1 - Enquadramento legal do Desporto Escolar

A nossa constituição determina que a escolaridade deverá ser garantida para todos os jovens, de forma universal e gratuita, bem como a efetivação dos seus direitos económicos, sociais e culturais (mais concretamente na área da EF e desporto e nos tempos de lazer). Estes preceitos aparecem consagrados nos Artigo 73.º - Educação, Cultura e Ciência; Artigo 74.º - Ensino; Artigo 79.º Cultura Física e Desporto.

No caso concreto do nosso sistema educativo, e na Lei de Bases que fundamenta (especificamente os Artigo 51.º - Ocupação de tempos Livres e Desporto Escolar; Artigo 62.º - Desenvolvimento da Lei), o DE tem como grandes objetivos a promoção da saúde e da condição física, a aquisição de hábitos e condutas motoras e o entender do desporto como fator cultural, visando estimular a solidariedade, cooperação, autonomia e criatividade. Assim sendo, e associando à Lei de Bases da atividade Física e do Desporto (Artigo 28.º - Estabelecimentos de educação e ensino), à Lei de Bases do Sistema Educativo, realça-se a necessidade de promover a EF e o Desporto em todos os níveis e graus de educação e ensino.

O Decreto-Lei n.º 139/2012, nomeadamente o Artigo 20.º, que regulamenta a gestão do currículo dos ensinos básico e secundário, determina que todos os estabelecimentos de ensino devem valorizar a participação dos seus alunos em ações de formação cultural e de educação artística, de EF e de DE, de educação para a cidadania, de inserção e de participação na vida comunitária, visando especialmente a utilização criativa e formativa dos tempos livres, orientadas, em geral, para a formação integral e para a realização pessoal dos alunos.

Segundo as reflexões do Encontro Nacional da Estrutura do Desporto Escolar (ENEDE) de (2014, p. 4), “… para este objetivo devem concorrer os vários níveis de

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5 poder local, regional e nacional num quadro jurídico-institucional claro, com competências legalmente definidas, numa lógica de complementaridade, que garanta que cada nível de poder possui as capacidades técnico políticas para o desenvolvimento das suas atribuições e, simultaneamente, os meios necessários para a concretização das competências de que é responsável.

Para além dos estabelecimentos de ensino tutelados pelo Ministério da Educação e Ciência o DE integra entidades tuteladas pelo Ministério da Justiça, Ministério da Defesa e Ministério da Solidariedade e Segurança Social. Todos competem nos quadros competitivos do Desporto Escolar”.

As políticas relativas à componente pedagógica e didática da educação pré-escolar dos ensinos básicos e secundários são assegurados através da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (Decreto-lei n.º 266F/2012) e da Direção-Geral da Educação (Decreto-Lei n.º 14/2012).

O Decreto-Lei n.º95/(1991, p. 5), define o DE como sendo “conjunto das práticas lúdico-desportivas e de formação com objeto desportivo desenvolvidas como complemento curricular e ocupação dos tempos livres, num regime de liberdade de participação e de escolha, integradas no plano de atividade da escola e coordenadas no âmbito do sistema educativo”. Esta ideia é reforçada ainda quando o diploma refere que o DE “…deve basear-se num sistema aberto de modalidades e de práticas desportivas que serão organizadas de modo a integrar harmoniosamente as dimensões próprias desta atividade, designadamente o ensino, o treino, a recreação e a competição”.

2.2 Objetivos do Desporto Escolar

O DE tem tido um desenvolvimento contínuo nos últimos anos. Cada vez mais existe a preocupação de proporcionar uma melhor educação aos alunos. A carga letiva é cada vez maior, desde o 1º ciclo até ao secundário (12º ano). No 1º ciclo já há atividades de enriquecimento curricular como o ensino do Inglês, iniciação à Música, as Novas Tecnologias (os computadores) e o DE. Nos 2º e 3º ciclos e no ensino secundário existem atividades extracurriculares como é o caso dos clubes, projetos especiais e DE que, por vezes, abrangem também a componente não letiva dos professores.

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6 Nos tempos modernos, os alunos passam cada vez mais tempo na escola, reflexo da nossa sociedade em que os pais, têm cada vez menos tempo para estar com os seus filhos, em virtude dos seus compromissos profissionais. A escola tornou-se num espaço que não se limita só a ensinar mas também a educar e a formar e, como tal, os alunos não estão na escola só para aprender as chamadas disciplinas tradicionais mas também para participarem nas atividades extracurriculares que a escola vai proporcionando. Desta forma, há uma grande preocupação por parte dos órgãos de gestão em ter um leque de opções vasto para dar resposta à chamada “heterogeneidade” dos alunos e, assim, satisfazer a sua ânsia de aprender e ocupar os seus tempos livres.

Para a consecução do Programa do Desporto Escolar 2013 – 2017 este focar-se-á em quatro pontos estratégicos que conjugam um conjunto de objetivos:

- Melhorar a oferta desportiva - A melhoria da oferta desportiva através do reforço da componente da Atividade Interna (AI) (Nível I), uma maior diversificação das modalidades que compreendem o programa do DE, não esquecendo de apoiar aquelas que exijam condições especiais derivadas à sua especificidade, aumentar o número de atividades em que participem alunos com necessidades educativas especiais (NEE).

- Estimular a procura do Desporto Escolar - A estimulação da procura do DE através do aumento do número de praticantes na Atividade Interna e Atividade Externa (AE), continuar apoiar a participação dos alunos do género feminino, reduzir a décalage existente entre a participação de alunos do ensino básico e secundário, tentando que os alunos do secundário participem cada vez mais nas atividades do DE.

- Qualificar a atividade do Desporto Escolar - A qualificação da atividade do DE é feita através da melhoria do desempenho desportivo dos alunos, reforçando a articulação entre o DE e o currículo, não esquecendo aspetos fundamentais como o sucesso educativo, inclusão e redução do abandono escolar. Outro aspeto que não deve ser descurado diz respeito à formação de alunos e professores, enriquecendo as suas competências, sem esquecer de implementar o código de condutas dos intervenientes no

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7 DE. O alargamento do número de parcerias e protocolos com o DE permitirá também qualificar a atividade do DE.

- Consolidar a gestão do Desporto Escolar - A consolidação da gestão do DE é de extrema importância, o que se verifica através da implementação de ferramentas de avaliação e autoavaliação, melhoria da comunicação interna e externa do Projeto do Desporto Escolar (PDE) e implementação de um sistema integrado de informação.

De uma forma resumida, podemos dizer que o DE tem como principais objetivos a promoção da saúde e bem-estar, desenvolvimento da cidadania, formação de praticantes desportivos e o combate ao abandono escolar. Por estas razões, Bento (1999), legitima a existência do DE, considerando-o como um instrumento para a obtenção desses objetivos. Bento (1989), considera o DE, através da sua atividade extracurricular, um instrumento de grande importância no que diz respeito a fatores sociopedagógicos, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento integral dos alunos.

Para Mota (2003), a escola é considerada um local privilegiado para aprender e desenvolver as capacidades dos alunos e para a formação de convicções e de hábitos que dizem respeito à atividade física e da sua relação com a saúde, estando o DE enquadrado no seu pensamento.

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8 2.3 - Análise ao programa do Desporto Escolar 2013 - 2017

O PDE e a sua oferta desportiva estão divididos em 3 níveis que, ao mesmo tempo, estão interligados:

Quadro 1 – Organização do Clube do Desporto Escolar (Retirado do Programa do DE 2013-2017)

Nível I - Conjunto de atividades de promoção de estilos de vida saudáveis e de divulgação desportiva organizada pelos Clubes do Desporto Escolar (CDE) no âmbito dos Planos Anual de Atividades (PAA) dos Agrupamentos de Escolas e Escolas não agrupadas. Estas atividades de promoção do CDE são a extensão curricular da disciplina de EF.

Segundo as reflexões do Documento de trabalho final do encontro nacional da estrutura do DE (2014), “O Nível I e os Projetos Complementares dão continuidade aos conteúdos curriculares de Educação Física. Valorizam o papel da Educação Física ao serviço da Educação, assim como dão ênfase à inclusão de todos os alunos.”

Dentro das atividades de nível I existem também alguns projetos complementares:

- Basquetebol 3x3 – Projeto em parceria com a Federação Portuguesa de Basquetebol e DE, para os alunos compreendidos entre os escalões de Infantil e Juniores. Este projeto tem início no 2º período (fases locais) e o términus no 3º período (fases Regionais e

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9 Nacionais). Este projeto tem por objetivo chegar a todos os jovens e conciliar a vertente formativa e competitiva.

- Corta Mato – É a prova mais emblemática do DE no PDE e é organizada pela Direção Geral da Educação (DGE) - Divisão do Desporto Escolar e pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares. A nível Nacional, a fase escola, é praticado por sensivelmente 300.000 alunos. Posteriormente existe a fase Coordenação Local do Desporto Escolar (CLDE), que apura os melhores para a fase final Nacional e que reúne aproximadamente 1200 alunos.

- Futebol Feminino – Este projeto surge com o mais recente programa do DE em parceria com a Federação Portuguesa de Futebol e tem como objetivo a promoção da prática do futebol feminino. É um projeto destinado a alunas do segundo e terceiro ciclos. Este projeto tem uma fase CLDE, sendo que as primeiras equipas por escalão campeãs apuram para a fase Nacional. Por norma, a Festa do Futebol Feminino realiza-se no dia da Final da Taça de Portugal Feminina e todas as equipas Campeãs CLDE serão convidadas a assistir a esta competição.

- Mega Sprinter – O projeto Mega Sprinter é um projeto com mais de dez anos e realiza-se em parceria com a Federação Portuguesa de Atletismo e Coordenação Nacional do Desporto Escolar (CNDE). Para as escolas que se inscrevem neste projeto, existe uma fase escola onde são apurados os melhores alunos para a fase CLDE; posteriormente realiza-se, no segundo período do ano escolar, a fase CLDE em parceria com as Associações locais que selecionam os melhores para a Fase Nacional que é organizado pela Federação Portuguesa de Atletismo em parceria com a CNDE. Este projeto contempla uma prova de resistência (1000 metros), uma prova de velocidade (40 metros), uma prova de salto em comprimento e uma prova de lançamento de peso. Todas estas provas são para os alunos dos escalões compreendidos entre os Infantis A e os Juvenis, com a exceção do lançamento do peso, que só se realiza para alunos do escalão de Iniciados. Estão também previstas provas exclusivas para alunos com NEE.

- Tag Rugby – O projeto Tag Rugby surge com a parceria entre a Federação Portuguesa de Rugby e a CNDE. O principal objetivo deste projeto é a divulgação do mesmo junto das escolas e tem como prioridade apetrechar as escolas com materiais (Kit e reforço do

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10 mesmo) que permitam lecionar o Tag Rugby nas escolas e dar formação aos professores. Este projeto tem uma fase CLDE organizada através de parcerias entre as Associações e as respetivas CLDE. Posteriormente, e para as equipas campeãs CLDE dos vários escalões, existe uma fase Nacional a realizar no terceiro período do ano letivo.

- Desporto Escolar 1.º Ciclo – O projeto do 1º ciclo surge na sequência do Despacho conjunto n.º 17/2013, de janeiro, que enquadra o alargamento DE ao 1º Ciclo. Este projeto é lecionado na vertente de AI nos 1º e 2º anos de escolaridade e AE nos 3º e 4º anos de escolaridade. Os principais objetivos deste projeto são o combate ao sedentarismo e o aumento da atividade física com participações recreativas e desportivas. Este projeto contempla 3 áreas de intervenção: Jogos Desportivos Coletivos, Modalidades Individuais e Expressão Corporal.

- Fit Escola – Projeto destinado a alunos dos ensinos primário, básico e secundário. Tem como objetivo diagnosticar a aptidão física dos alunos e incentivar à prática de atividade física adequada.

- A Taça do Desporto Escolar/CNID – Projeto que tem como destinatários todos os alunos do 7º ano de escolaridade de ambos os géneros. É uma competição combinada, disputada em quarto modalidades (Andebol, Basquetebol, Atletismo e Ténis de Mesa) e visa dar continuidade aos torneios inter turmas, reforçar o espírito de turma e o espírito de escola.

A CNDE pretende o reforço da componente da AI do DE e um aumento das suas atividades durante os quatro anos do atual programa do DE.

Nível II – Conjunto de atividades desportivas dos Grupos Equipa (GE), com treino desportivo regular e competição desportiva entre escolas. Tem como objetivo a participação dos alunos em competições, melhorar o seu desempenho desportivo e reforçar a articulação entre desporto escolar e o currículo académico.

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11 Principais objetivos do nível II:

- Aumento da participação do número de alunos e juízes árbitros nas competições do DE, na AE.

- Inicio das competições do DE em meados do 1º período, logo após a submissão dos projetos na Plataforma do Desporto Escolar na Base de Dados (BD) e respetiva validação por parte das respetivas CLDE.

- Início dos quadros competitivos com Torneios de Abertura (TA) em formato diferenciado (jogos em formato reduzido com regras adaptadas, apelando à participação do maior número possível de alunos).

- Alargar os quadros competitivos pelos 3 períodos e de uma forma equilibrada. - Identificar e valorizar boas práticas.

- Uniformizar os quadros competitivos nas diversas modalidades e escalões género. Analisando a BD a nível Nacional, o nível II representa, no final do ano letivo 2015 - 2016 cerca de 7 120 grupos equipa, para um total aproximado de 19183 créditos letivos para a prática de treino dos grupos equipa, estando inscritos sensivelmente 185 000 alunos, 20 000 juízes árbitros e 5300 docentes.

No que diz respeito à oferta desportiva, o DE este nível, contempla 37 modalidades estando distribuídas da seguinte forma, (Dados retirados da Base de Dados da CLDE Tâmega):

- Modalidades coletivas (11): Andebol, Basquetebol, Basebol e Softebol, Boccia, Corfebol, Desportos Adaptado, Futsal, Goalball, Hóquei em Campo, Rugby e Voleibol.

- Modalidades individuais (26): BTT, Escalada, Multiatividades, Orientação, Canoagem, Prancha à Vela, Remo, Surf, Vela, Esgrima, Judo, Luta, Taekwondo, Badminton, Ténis, Ténis de Mesa, Atividades Rítmicas e Expressivas, Atletismo, Desportos Gímnicos, Golfe, Hipismo, Natação, Perícias e Corridas de Patins, Tiro com Arco, Triatlo e Xadrez.

No que diz respeito à organização dos quadros competitivos, existem vários níveis de competição:

- As competições locais – É a primeira fase das competições do DE em que participam todos os GE de todos os escalões género. Dentro das competições locais existem as

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12 competições de circuito regional. Estas competições decorrem durante os três períodos escolares.

- As competições Inter CLDE – Competição entre as equipas campeãs de duas CLDE com o intuito de apurar a equipa vencedora para as fases regionais. Estas competições decorrem só para as modalidades com quadro competitivo Regional, no fim do segundo período para os escalões de Juvenis, e no início do terceiro período, para os escalões de Iniciados.

- As competições Regionais – Participação das equipas campeãs das CLDE e campeãs dos Inter CLDE, decorrem para os escalões de Juvenis no início do terceiro período e para os escalões de Iniciados no fim do terceiro período.

- Competições Nacionais de Juvenis – Participação das equipas campeãs das 5 regiões do DE decorrem a meados do terceiro período.

- Competições Nacionais de Iniciados – Participação das equipas campeãs das 5 regiões do DE nas modalidades de Futsal, Voleibol, Atletismo, Badmínton e demonstração de Desportos Náuticos, decorrem em meados do terceiro período.

Nível III – O nível III engloba atividades de aprofundamento desportivo dos grupos equipa. Estes grupos equipa podem ser integrados nos quadros normais do DE ou podem participar em competições do federado. Tendo em consideração as reflexões do Documento de trabalho final do encontro nacional da estrutura do DE (2014), “…estabelece um compromisso entre o desporto (competição) e a educação, ao trabalhar de uma forma eficaz o grupo-equipa para atingir objetivos desportivos comuns”.

No início do presente PDE, ou seja, 2013 – 2014, foram criados a nível Nacional sensivelmente 60 GE de nível III; em 2014 – 2015 foram acrescentados mais 54 GE, o que totaliza 114 GE de Nível III a nível Nacional e em 2015 – 2016 surgem mais 4 GE de nível III, totalizando 118. Para o ano letivo 2016 – 2017 estão previstos 97 grupos equipa de Nível III. (Dados retirados da Base de Dados da CNDE).

Até ao fim do projeto vigente do DE estava previsto um crescimento gradual e sustentado dos GE de Nível III. A redução no número de GE Nível III para o ano letivo 2016 – 2017, pode dever-se à mobilidade de docentes sendo que, até ao início do ano letivo, ainda podem ser criados mais GE através dos créditos letivos remanescentes de 2015 – 2016. A estratégia da CNDE para GE Nível III tem sido dar prioridade à

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13 continuidade dos mesmos, ao histórico dos resultados dos Clubes do Desporto Escolar (CDE) nas competições, às qualificações técnicas dos docentes, às parcerias existentes entre escolas e entidades e aos recursos físicos e materiais próprios. (Dados retirados da Base de Dados da CNDE).

Centros de Formação Desportiva – Os Centros de Formação Desportiva (CFD) são polos de desenvolvimento desportivo, com recursos especiais para modalidades que exigem condições especiais. São os casos das atividades náuticas, de ar livre e exploração da natureza. No primeiro ano do novo PDE, (2013 – 2014) os CFD estavam destinados às Atividades Náuticas (11 CFD) e Golfe (2 CFD), no segundo ano, ano letivo 2014 – 2015 o projeto alargou para 29 CFD nas Atividades Náuticas, 3 CFD de Golfe, 3 CFD de Atletismo e 1 CFD de Natação. No ano letivo de 2015 – 2016 foram criados 40 CFD, sendo que 31 são de Atividades Náuticas, 3 CFD de Golfe, 4 CFD de Atletismo e 2 CFD de Natação. Para 2016 – 2017 está previsto o alargamento, como refere o programa do DE, contabilizando-se 73 CFD, sendo que 61 CFD são de Atividades Náuticas, 4 CFD de Golfe, 6 CFD de Atletismo e 2 CFD de Natação. (Dados retirados da Base de Dados da CNDE).

Participações Internacionais para os anos letivos 2013-2014, 2014-2015 e 2015-2016 Fazem parte do Planeamento Anual do DE a participação anual de Portugal nas provas organizadas pelas Federações Internacionais: (ISF) International School Sport Federation e (FISEC) Fédération Internationale Sportive de L’Enseignement Catholique.

2013 – 2014 – Participações:

- Apuramento nacional para o Campeonato Mundial Escolar de Voleibol ISF 2014. - ISF Voleibol – Portugal, Espinho e Santa Maria da Feira- abril de 2014. Equipas de escola, feminina e masculina.

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14 - FISEC – Áustria – 9 a 13 de julho de 2014. Portugal representou-se com as equipas de Atletismo (masculinas e femininas); Basquetebol (Masculino); Futsal (Masculino); Natação (masculinas e femininas); Xadrez (masculinas e femininas), Voleibol (masculinas e femininas).

2014 – 2015 – Participações:

- ISF Natação – Polónia abril 2015. Equipas de escola e equipas de seleção (masculinas e femininas). Orientação – Turquia abril 2015. Equipas de escola e equipas de seleção (masculinas e femininas).

- ISF Atletismo – China junho 2015. Equipas de escola e equipas de seleção (masculinas e femininas).

- FISEC – Malta – Junho 2015. Portugal representou-se com as equipas de Futsal, Natação, Atletismo, Basquetebol, Natação e Voleibol .

2015 – 2016 – Participações:

- ISF – Voleibol – Servia 2016, Futsal Croácia 2016, Badminton Malta 2016.

- FISEC – França – Junho 2016. Portugal representou-se com as equipas de Basquetebol Masculina e Feminina e Ténis de Mesa individual Masculino e Feminino.

2.4 - Mudanças com o novo programa do Desporto Escolar 2013-2017

Após o términus do Programa do DE 2009-2013 surge o novo Programa DE 2013-2017. Entre um e outro programa há diferenças assinaláveis das quais tentaremos referenciar as principais.

1 - Desde logo o programa vigente do DE deixa de ter carácter obrigatório para todas as escolas do ensino público, no que diz respeito à AE. Esta premissa fez com que algumas escolas deixassem de ter DE de cariz competitivo, AE, no seu projeto educativo, limitando-se a ter um projeto de AI. Esta situação fez com que os créditos letivos, da AE, destas escolas tenham sido canalizados para as escolas mais dinâmicas e que apresentaram candidaturas mais fortes para a criação de novos grupos equipa.

2 – Torna-se obrigatório a monotorização regular, obrigatória, no final de cada período, através do preenchimento de um formulário on-line. Com estas ferramentas é possível ter uma melhor perceção das dinâmicas internas e externas do PDE de cada escola, não só do nível I, mas também níveis II e III.

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15

3 - Aposta clara na formação de professores, na área da organização, gestão e treino das atividades desportivas escolares, com formações creditadas para as diferentes modalidades do DE. Algumas das formações são implementados pelos CFD, outras pelos Centros de Formação de Professores e outras pela CNDE, são as semanas de formação. Pretende-se com este plano de formação de professores elevar o nível do treino e das competições do DE. Um dos objetivos é equiparar a formação de professores do DE com o plano nacional de formação de professores.

4 - Surgimento de um novo projeto de AI de Futebol Feminino, para os escalões de infantis e iniciados, com a parceria do DE e a Federação Portuguesa de Futebol.

5 - Surge o projeto CNID, para alunos dos sétimos anos de escolaridade de ambos os escalões género e, com ele, renasce o conceito do espírito de turma.

6 – A DSRN promove um novo projeto complementar, Voleibol de Praia, para alunos dos escalões de Iniciados e Juvenis de ambos os géneros, sendo que os alunos dos escalões de iniciados participam com equipas de 3 elementos e os alunos dos escalões de juvenis participam com equipas de 2 elementos.

7 - Os escalões de iniciados ficam também abrangidos com competições Nacionais para as modalidades de Futsal, Voleibol, Atletismo, Ténis de Mesa, Badmínton e demonstração de Desportos Náuticos, que decorrem no fim do terceiro período.

8 – Reforça-se o apoio ao Desporto Adaptado através da formação creditada de professores, aumento do número de competições da AE e regulamentação das modalidades de Boccia e Goalball. Está ainda prevista a definição da modalidade “Desporto Adaptado”.

9 - Surgimento do Nível III da AE e, aos grupos equipa com melhores resultados dos CDE nas competições e com os professores melhor qualificados, são-lhes atribuídos 2 créditos letivos extra.

10 - Criação dos CFD para as modalidades náuticas, natação, atletismo e golfe.

11 – O Despacho n.º 9302/2014 de 17 de Julho, regulamenta o projeto-piloto de alargamento do DE ao 1.º Ciclo do Ensino Básico. As escolas podem candidatar-se a créditos letivos para apoio ao projeto do 1º ciclo. Porém este projeto é extinto em 2016 – 2017, sendo que as escolas converterão parte dos créditos que lhes tinham sido atribuídos nos anos transatos, na criação de um grupo equipa do escalão de infantis.

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16

12 - O regulamento do Programa do DE faz referência à “Afetação da componente letiva e

não letiva dos docentes”, sugerindo que as direções das escolas deverão afetar tempos não

letivos para o projeto da AI e para a compensação das saídas com a AE dos GE.

13 - Obrigatoriedade de autorização por parte do Encarregado de Educação da recolha de fotografias e vídeos em provas do DE.

14 - A participação nas atividades do DE fica limitada a alunos com idades compreendidas entre o escalão Infantil A e os 20 anos.

15 - Surge a questão da obrigatoriedade de entrega de atestado médico aquando da inscrição dos alunos no DE, salvaguardando-se assim as questões de saúde dos praticantes.

2.5 - A estrutura organizacional do Desporto Escolar

Organograma da estrutura Nacional do Desporto Escolar

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17 A estrutura Nacional do DE é composta por uma CNDE, por cinco Coordenações Regionais do Desporto Escolar (CRDE), 24 (CLDE) e por um vasto número de CDE.

No que diz respeito à estrutura Nacional do DE e à sua coordenação, ainda estão abrangidos os Coordenadores Nacionais das Modalidades (CNM), ambas afetas à DGE.

Relativamente às CRDE, estas aglutinam e supervisionam as CLDE às quais estas pertencem, ambas afetas à Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares.

As CLDE, por sua vez, contam também com a colaboração dos professores de apoio.

A Coordenação Nacional do Desporto Escolar

A CNDE é a estrutura que coordena todo o projeto do DE e que tem como principais atribuições, delegadas pela Direção Geral de Educação, de acordo com o artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 14/2012, “Coordenar, acompanhar e propor orientações, em termos científico-pedagógicos e didáticos, para a promoção do sucesso e prevenção do abandono escolar e para as atividades de enriquecimento curricular e do Desporto Escolar.”

As suas principais competências, e segundo o Despacho n.º13608/(2012, p. 5), são: “Promoção do Desporto Escolar junto das escolas como meio de atingir o sucesso escolar, planear, orientar, acompanhar; promover e avaliar os diversos programas, projetos e atividades do Desporto Escolar; promover e apoiar a realização de ações de formação destinadas a professores e alunos nas áreas da organização, gestão e treino das atividades desportivas escolares; colaborar na definição das competências e orientações curriculares e pedagógicas da Educação Física e do Desporto Escolar; assegurar a colaboração com a Direção-Geral da Administração Escolar na conceção dos termos de referência da inovação, qualidade, caracterização e normalização da arquitetura dos equipamentos e do mobiliário desportivo dos Estabelecimentos de Educação e Ensino; assegurar a articulação entre o Desporto Escolar e o Desporto Federado.”

Para operacionalizar as competências anteriormente descritas, à divisão do DE compete e segundo o PDE 2013 - 2017:

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18 - Elaborar o plano anual de atividades (âmbito nacional);

- Gerir os programas e projetos inerentes ao DE;

- Supervisionar a organização das competições nacionais do DE; - Conceber estratégias de desenvolvimento das modalidades;

- Elaborar os regulamentos e a documentação de apoio ao desenvolvimento do PDE; - Promover a realização de ações de formação que contribuam para o desenvolvimento do DE;

- Planear e supervisionar a participação em atividades desportivas internacionais; - Definir, monitorizar e avaliar os projetos complementares;

- Constituir um grupo de especialistas em modalidades específicas (CNM) para assessorar e submeter à consideração da CNDE os planos de desenvolvimento das modalidades;

- Apresentar o relatório de avaliação anual de atividades e o relatório de avaliação final do PDE.

Coordenação Nacional das Modalidades

A Coordenação Nacional das Modalidades é uma estrutura constituída por docentes, convidados pela estrutura Nacional do DE, que visa dar apoio às modalidades que constituem o Programa do Desporto Escolar. Estes docentes são técnicos das modalidades que apoiam com reconhecidas competências técnicas e pedagógicas. As suas principais competências são assessorar e aconselhar a CNDE na elaboração dos Regulamentos Específicos das Modalidades, na gestão dos quadros competitivos e nas diversas organizações do DE de cariz, local, regional, nacional ou mesmo internacional.

Coordenação Regional do Desporto Escolar

A Coordenação Regional do Desporto Escolar (CRDE) são unidades organizacionais da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares com atribuições específicas no DE e segundo a Portaria n.º29/2013 de 29 de janeiro, tem como competência “assegurar a implementação a nível regional dos diversos programas, projetos e atividades do Desporto Escolar, em articulação com a DGE.”

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19 As competências das CRDE, segundo o PDE 2014 – 2017, são as seguintes:

- Elaborar o plano de atividades da unidade organizacional (âmbito regional);

- Propor o número e âmbito geográfico das coordenações locais do DE, assim como os recursos humanos necessários;

- Analisar os pareceres das coordenações locais relativos aos Projetos dos CDE dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas;

- Assegurar a participação dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas nos Campeonatos Nacionais do DE;

- Apresentar à CN a monitorização das atividades do DE, de acordo com o PAA do DE; - Organizar e acompanhar as atividades de âmbito nacional realizadas em conjunto com as unidades organizacionais de proximidade;

- Planear e organizar as atividades de âmbito regional em articulação com as coordenações locais;

- Promover as ações de formação para os alunos intervenientes no DE;

- Assegurar a realização das atividades de âmbito nacional que lhe tenham sido delegadas pela CNDE, em articulação com as coordenações locais;

- Apresentar um relatório anual de atividades.

Estas estruturas acabam por fazer a ponte entre a CNDE e as CLDE.

Coordenação Local do Desporto Escolar

As Coordenações Locais do Desporto Escolar (CLDE) são estruturas de apoio à implementação do projeto do DE e que estão diretamente afetas às Direções de Serviço Regionais (DSR). Estas estruturas de grande proximidade com as escolas têm, segundo o PDE 2013 – 2017, as seguintes competências:

- Elaborar o PAA (âmbito local);

- Dinamizar as suas atividades em articulação com a CRDE e as atividades nacionais em articulação com a CNDE;

- Promover as ações de formação para os alunos intervenientes no DE;

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20 - Supervisionar as atividades dos CDE;

- Apresentar o relatório anual do plano de atividades. As CLDE fazem a ponte entre as CRDE e as escolas.

Professores de Apoio às Modalidades

Os Professores de Apoio às Modalidades são docentes convidados pela CRDE, para dar apoio às modalidades constituintes das CLDE, às quais estão afetos. Estes docentes são técnicos das modalidades que apoiam com reconhecidas competências técnicas e pedagógicas. Tem como competências colaborar no cumprimento do plano de atividades das CRDE e assessorar e aconselhar a CLDE, acompanhar os quadros competitivos locais e facultar apoio nas organizações locais e regionais.

Clube do Desporto Escolar

O CDE é uma unidade organizacional responsável por toda a gestão do projeto e do PDE de cada Agrupamento de escolas. É ao CDE, através da presidente do CDE, que compete elaborar o seu PDE que deverá ser apresentado e aprovado em Conselho Pedagógico em sede de cada Escola ou Agrupamento de Escolas. Este projeto é anual e poderá ser reformulado anualmente, apesar de dever dar continuidade ao Programa do DE.

Presidente do Clube do Desporto Escolar

O presidente do CDE é, por norma, o diretor da Escola ou Escola Agrupada. Este poderá, no entanto, delegar estas funções noutro elemento da Direção da Escola ou Escola Agrupada. O CDE deverá integrar o maior número possível de intervenientes da comunidade educativa, tais como: autarquias, associação de pais, associação de estudantes, clubes, patrocinadores, entre outras parcerias

As competências do Diretor do CDE são fulcrais para uma boa consecução do Projeto do CDE e, segundo o Programa vigente do DE, são as seguintes:

- Assegurar a articulação das atividades do DE com a componente curricular, com o Projeto Educativo e com o PAA do agrupamento de escolas ou escola não agrupada; - Supervisionar as atividades desportivas de extensão e complemento curricular;

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21 - Promover os estilos de vida saudáveis nos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas;

- Submeter à CLDE o relatório anual elaborado pelo Coordenador Técnico do Clube do Desporto Escolar.

Coordenador Técnico do Clube do Desporto Escolar

O Coordenador Técnico do Clube do Desporto Escolar (CTCDE) é um docente indicado pelo Diretor da escola que poderá e deverá ter assento em Conselho Pedagógico da Escola, tem como objetivo a promoção da dinamização da atividade desportiva, quer interna, quer externa, da escola. Sempre que ache pertinente, o Diretor do CDE pode designar um ou mais adjuntos do CTCDE. Este, tem como principais funções planear e supervisionar o PDE da escola aprovado em Conselho Pedagógico. As suas principais competências, segundo o atual programa do DE, são:

- Elaborar o PAA do CDE;

- Organizar atividades que promovam a melhoria da condição física da população escolar;

- Realizar ações de formação para os alunos com funções de juízes/árbitros; - Elaborar o Dossier do CDE;

- Acompanhar as competições, preencher os relatórios e atualizar os resultados; - Implementar projetos e ações no âmbito da promoção dos estilos de vida saudáveis; - Dinamizar a AI (Nível I);

- Produzir e apresentar o relatório anual de atividades.

Responsável do grupo-equipa

Os responsáveis dos Grupos Equipa (GE) são docentes de EF, ou professores com formação específica e comprovada na modalidade que leciona, e as suas principais competências são: fazer um planeamento anual do seu grupo equipa, fazer a divulgação da modalidade na escola e angariar o maior número de praticantes possíveis, fazer a formação de juízes árbitros da modalidade, realizar as sessões de treino previstas, atualizar as inscrições dos alunos na base de dados, preparar tudo inerente às competições do DE e elaborar o relatório de atividades solicitado pelo CTCDE.

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22 2.6 - Estrutura Regional do Desporto Escolar da Direção de Serviços da Região Norte

Organograma da estrutura Regional do Desporto Escolar da Direção de Serviços da Região Norte

Quadro 3 - Distribuição das CLDE na DSRN (Retirado do PDE 2013-2017)

A estrutura da Região Norte do DE da DSR Norte está dividida em sete CLDE. As CLDE são as seguintes: CLDE Braga, CLDE Bragança e Côa, CLDE Entre Douro e Vouga, CLDE Porto, CLDE Tâmega, CLDE de Viana do Castelo e CLDE Vila Real e Douro, sendo todas elas coordenadas pela DSRN.

Apesar de as CLDE terem os mesmos princípios de orientação definidos pela Coordenação Regional do DE do Norte, e visto tratarem-se de áreas geográficas com características (sociais, económicas, culturais) distintas, com distâncias entre escolas também elas muito diferentes e áreas populacionais diferenciadas, elas conservam alguma autonomia, no que diz respeito à sua organização, de forma a ir ao encontro da sua realidade.

No início de cada ano letivo são transmitidas, pelo Diretor Regional do DE da Regional, as diretrizes emanadas pela CNDE. Nas reuniões regionais, promovidas pela Coordenação Regional do DE do Norte é concertado o Planeamento Anual e tentam harmonizar-se as diferentes regiões. Nas primeiras reuniões de cada ano letivo tenta enquadrar-se, quer os projetos de AI, quer os quadros competitivos da AE, de forma a que todas as escolas e todos os grupos equipa tenham a mesma oportunidade de ter um quadro competitivo enquadrado no mesmo escalão género.

Por norma, as CLDE têm uma organização autónoma dos seus quadros competitivos, mas, por vezes, esta premissa não é fácil de concretizar visto haver

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23 necessidade de enquadrar alguns grupos equipa nos quadros competitivos de outras CLDE, são os chamados quadros competitivos conjuntos.

Certas modalidades, em virtude da sua especificidade e complexidade de organização estão organizadas em encontros de circuito regional, ou seja, a organização dos encontros é feita alternadamente por cada CLDE, onde participam todos os grupos equipa dessa modalidade da DSRN.

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24 3 – A Coordenação Local do Desporto Escolar do Tâmega

A CLDE Tâmega é constituída por 47 Agrupamentos de Escolas, Escolas não Agrupadas e Colégios Privados/ Externatos, de 10 concelhos: Resende (2), Cinfães (3), Baião (3), Amarante (6), Marco de Canaveses (6), Felgueiras (6), Lousada (4) Paços de Ferreira (5), Paredes (7) e Penafiel (6). Destas 47 escolas, 13 estão agrupadas, ou seja a CLDE totaliza 60 escolas. Das 60 escolas apenas 3 são privadas, 2 são profissionais e as restantes 55 são escolas públicas do ensino básico e secundário.

As Escolas que constituem a CLDE Tâmega

Tabela 1 – Escolas que constituem a CLDE Tâmega

Estrutura organizacional da Coordenação Local do Desporto Escolar do Tâmega

O gabinete da CLDE Tâmega está sediado na Escola Secundária de Penafiel. A sua estrutura organizacional é suportada por dois professores de EF, requisitados a tempo parcial e que trabalham diariamente no gabinete do DE. A restante equipa é constituída por cinco professores de apoio às modalidades, tendo todos uma pequena redução da componente letiva para exercer as suas funções.

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25 - Nenhum dos professores que constitui o gabinete está requisitado a tempo inteiro, têm de exercer outras funções nas suas escolas de provimento o que, em certas alturas do aluno letivo, torna muito complicada a acumulação das mesmas.

- Não haver professores de apoio para todas as modalidades (recurso limitado).

- Aquando da organização de alguns projetos inseridos no PAA, e dada a dimensão e complexidade (por exemplo o Corta Mato CLDE Tâmega), este reduzido número de profissionais condiciona a sua organização.

Pontos fortes da organização:

- Todos os professores de apoio estão perfeitamente identificados com o PDE.

- Os professores de apoio são, ao mesmo tempo, titulares de GE da modalidade que apoiam na CLDE Tâmega, com vasta experiência na modalidade.

- Conseguir a participação de cursos do ensino profissional e de gestão desportiva na organização das provas de maior dimensão.

Plano Anual de Atividades da CLDE Tâmega

O PAA da CLDE Tâmega é extremamente vasto e diversificado e divide-se em quatro processos distintos.

Primeiro: processo de Iniciação e Arranque: este processo tem início no fim de cada ano letivo e termina no início do ano letivo seguinte. Neste período estamos incumbidos de analisar a atribuição dos Créditos Letivos dos GE de nível II, III, 1º Ciclo e CFD, ajustar o número de GE para organizar os quadros competitivos locais e ajustar o número dos grupos equipa para organizar os quadros competitivos. É feita a análise às propostas para criação de novos grupos equipa de nível II, III e CFD.

Segundo: processo de planeamento e preparação: este processo ocorre no início de cada período e é nesta altura que se vão planear todas as atividades a realizar ao longo do ano letivo. É realizada a primeira reunião Nacional (ENEDE) e nestas reuniões são explanadas todas as diretrizes para o presente ano letivo, quais os objetivos estratégicos; posteriormente as diversas DSR reúnem para definir também o seu plano de atividades quer a nível de AE (Circuitos Regionais, Inter-CLDE e Regionais), quer a nível de AI, quais os projetos contemplados, em que modalidades e quais os encontros locais e regionais a realizar.

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26 Após a submissão de todos os projetos do DE por parte das escolas na plataforma de gestão do DE (http://quadrocompetitivo.desportoescolar.min-edu.pt/) é possível começar a planear as competições da AI e da AE. Nesta fase são realizadas as primeiras reuniões com as direções das escolas e CDE no sentido de esclarecer todas as dúvidas inerentes ao programa do DE. Posteriormente são realizadas as reuniões por modalidade, calendarizados os quadros competitivos, bem como as segundas fases e os encontros Inter-CLDE. Faz-se uma previsão do número de encontros regionais a organizar, onde e quando organizar e as modalidades contempladas. Todo este trabalho é feito em articulação com a CNDE e a DSRN, sem esquecer os encontros Nacionais e as suas respetivas quotas individuais e coletivas. O planeamento da AI não pode ser descurado: são feitos contatos com as diversas associações das modalidades tendo em vista a organização dos encontros CLDE Tâmega da AI, que constam no plano de atividades.

Terminado todo o vasto processo de reuniões, a CLDE Tâmega começa a calendarizar todas as suas atividades, quer de AI quer de AE, tendo em consideração todo o planeamento anual.

Terceiro: processos de realização e execução: o processo de realização e execução ocorre durante quase todo o ano letivo e, nesta fase, são inúmeras as competências da CLDE Tâmega. É feita a formação de juízes árbitros às modalidades que tenham tido um número significativo de alunos e escolas inscritas. É feito o acompanhamento dos quadros competitivos dos GE de nível II e III, CFD e projeto do 1º Ciclo, são organizados os diversos encontros da fase local, regional e nacional, quer da AI, quer da AE. A gestão da plataforma do DE é atualizada consoante a receção dos boletins de jogo. Durante este período são feitos os mais variados esclarecimentos, via e-mail/ telefone, ou mesmo pessoalmente.

Quarto: processo de encerramento e fecho: Na última fase do processo de consecução do PAA é feita a análise à Base de dados do DE da CLDE Tâmega e a confirmação de todos os quadros competitivos. É elaborado o ficheiro final com as Classificações Finais de todas as modalidades, são apurados os Campeões CLDE Tâmega e é feita a distribuição das medalhas.

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27 Posteriormente é feita a análise dos relatórios finais das escolas e elaborado o relatório final da CLDE Tâmega. Neste documento faz-se uma análise exaustiva a todo o ano letivo que passou e são transmitidas à DSRN as respetivas conclusões.

3.1 – A Atividade Externa

A AE, como já referimos anteriormente, são todas as atividades dos Grupos Equipa (GE) do DE. Na organização dos quadros competitivos devemos ter em atenção o planeamento anual e ter muito cuidado para que as competições comecem ainda no 1º período letivo, por forma a que as competições sejam equilibradas durante todo o ano letivo, e não comprometam o apuramento e participação dos mesmos nas competições Regionais, Nacionais e Internacionais. Na maior parte das situações, a CLDE Tâmega consegue elaborar os seus quadros competitivos de forma interna. Para as modalidades e escalões com menos de 3 grupos equipa, há a necessidade de integrar os GE em outras CLDE para que possam competir. Uma das principais preocupações.

3.1.1 - Análise à Atividade Externa na CLDE Tâmega

Distribuição dos Grupos Equipas da CLDE Tâmega pelas modalidades

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28 Após a análise do quadro com a Distribuição dos Grupos Equipas da CLDE Tâmega pelas modalidades CLDE Tâmega do ano letivo 2015 – 2016 constatamos que no que diz respeito à distribuição das modalidades a CLDE Tâmega é extremamente eclética, possuindo 25 modalidades e totalizando 351 grupos equipa, já com os 3 grupos equipa do projeto do 1º Ciclo. Estes 351 grupos equipa contemplam um total de 1040 créditos letivos. Numa primeira análise conseguimos destacar o Futsal, Natação e o Ténis de Mesa como as modalidades com mais grupos equipa.

Análise aos Grupos Equipa Nível III da CLDE Tâmega

Os GE de Nível III, estão integrados nos quadros competitivos da CLDE Tâmega e competem com os outros GE de Nível II.

Na CLDE Tâmega foram criados em 2013 -2014, dez grupos equipa nível III:

Tabela 3 – Escolas com nível III na CLDE Tâmega

A CLDE Tâmega contempla, nos seus quadros competitivos, dez grupos equipa de nível III, ou seja, com 5 créditos letivos semanais para treino. O nível III são atividades de aprofundamento da prática desportiva. Estes grupos equipa surgem em virtude das boas prestações desportivas em anos anteriores e pelo curriculum dos seus professores. Analisando o nível III na CLDE Tâmega, constata-se que é no Voleibol que surgem mais grupos equipa. Estes grupos equipa estão integrados nos quadros competitivos da CLDE Tâmega.

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29 3.2 Análise aos Centros de Formação Desportiva da CLDE Tâmega

Na CLDE Tâmega foram criados, em 2013 – 2014, dois CFD que ainda permanecem em atividade:

Tabela 4 – Escolas com CFD na CLDE Tâmega

A criação destes dois CFD resultou dos protocolos estabelecidos entre as escolas e as autarquias. Estes CFD possuem docentes habilitados e instalações excecionais para o treino. Os treinos dos CFD são lecionados por 2 docentes, totalizando 12 créditos letivos semanais. As escolas com CFD têm também grupos equipa do DE na mesma modalidade, o que faz com que participem nos quadros competitivos da CLDE Tâmega com um grande número de praticantes.

Estes CFD estão abertos à comunidade escolar e assentam em quatro eixos de intervenção:

- Atividades de iniciação e orientação desportiva, para quem pretenda contatar pela primeira vez com a modalidade;

- Atividades que favoreçam o aperfeiçoamento e a especialização de alunos, para quem pretenda treinar, tendo em vista a vertente competitiva;

- Estágios de formação desportiva especializada durante as interrupções letivas;

- Formação certificada de professores, procurando divulgar a modalidade junto dos professores de outras e escolas e dar competências para que estas modalidades possam ser lecionadas em diferentes escolas.

3.3 - A Atividade Interna

A AI é um conjunto de atividades de promoção e divulgação, dinamizadas na componente não letiva dos docentes de educação física e são a continuidade dos conteúdos curriculares da disciplina de EF. Esta dinamização interna através de atividades desportivas é a base do desenvolvimento do DE.

No Projeto de AI das Escolas poderão constar as seguintes atividade: Torneios de abertura; Campeonatos e torneios inter- turmas; dias ou semanas de modalidades;

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30 Formação de dirigentes e monitores e juízes árbitros; Gira Vólei; Atividades para alunos com Necessidades Educativas Especiais e Torneios de Encerramento.

Ainda dentro do projeto de AI as escolas podem participar nos seguintes projetos complementares que contam com as parcerias das respetivas Federações: Basquetebol 3x3; Corta-Mato; Dia do Futebol Feminino; Mega Sprinter; Tag Rugby na Escola; Desporto Escolar 1.º Ciclo, Projeto CNID.

3.3.1 - A Atividade Interna na CLDE Tâmega

A CLDE Tâmega tem um projeto de AI de grande participação por parte das escolas. Esta participação faz-se através da Extensão Curricular da EF e através dos projetos complementares da AI, organizada numa primeira fase local CLDE Tâmega e depois numa fase Nacional.

3.3.2 - Análise aos projetos de Atividade Interna das Escolas da CLDE Tâmega

Tabela 5 – Análise aos projetos de Atividade Interna das Escolas da CLDE Tâmega

Após a análise dos projetos de AI das escolas (dados retirados da Base de Dados do DE da CLDE Tâmega) dos últimos 7 anos, constatamos o seguinte: Todas as escolas incluem no seu PAI a formação de juízes árbitros, algo que já era de prever uma vez que é obrigatória para a submissão do projeto. A grande maioria das escolas inclui nos seus PAI os Torneios de Abertura, cuja participação foi crescendo até 2013 – 2014, no entanto, nos últimos anos tem havido um decréscimo, que poderá estar relacionado com o facto de as competições da AE se iniciarem mais cedo. Nos últimos anos tem aumentado, por estratégia da CNDE, o número de jornadas dos quadros competitivos do

Projetos 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 Torneios de abertura 36 37 42 45 48 44 42 Campeonatos e torneios inter- turmas 36 43 44 35 42 49 49 Dias ou semanas de modalidades 13 14 18 17 19 21 21

Formação juízes árbitros 53 52 55 58 59 59 59

Necessidades Educativas

Especiais 0 3 2 3 2 3 5

Gira Vólei 2 2 3 5 4 4 4

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31 DE da AE. Os dias ou semanas de modalidades do PAI das escolas têm uma adesão inferior a 50% apesar de, nos últimos anos, haver cada vez mais escolas a aderir. Apesar de haver um número muito alargado de escolas com GE da AE para alunos com NEE, isso não se reflete no PAI das mesmas. Poucas são as escolas que realizam atividades para alunos com NEE. O projeto Gira Vólei também tem uma participação muito residual e é quase exclusiva das escolas com GE de Voleibol. A inclusão do projeto (piloto na DSRN) complementar de Voleibol de Praia poderá fazer aumentar a participação do Voleibol na AI. Por fim os Torneios de Encerramento, tem tido um crescimento sustentado. Cada vez mais as escolas fazem as “festas” de encerramento e muitas delas promovem mesmo saraus.

3.3.3 - Análise aos projetos complementares de Atividade Interna das Escolas da CLDE Tâmega e sua participação.

A CLDE Tâmega tem abraçado a organização de todos os projetos complementares propostos pela CNDE incluindo-os no seu PAA. Nos últimos anos tem havido, em parceria com as federações, um aumento considerável do número de projetos complementares. De uma forma genérica a tendência tem sido para que as escolas adiram cada vez mais aos projetos complementares.

Projetos 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16

Tag Rugby 9 12 13 11 6 4 2

Futebol Feminino Não se

realizou Não se realizou Não se realizou Não se realizou Não se realizou 7 7 Mega Atleta 29 29 31 31 32 32 32 Basquetebol 3x3 34 33 34 35 34 33 33

Projeto 1.º Ciclo Não se

realizou Não se realizou Não se realizou Não se realizou Não se realizou 1 2

Projeto CNID Não se

realizou Não se realizou Não se realizou Não se realizou Não se realizou Não se realizou 5

Voleibol Praia Não se

realizou Não se realizou Não se realizou Não se realizou Não se realizou Não se realizou 3 Corta-Mato 58 59 59 59 59 59 59

Referências

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