• Nenhum resultado encontrado

Efeitos de um programa de exercício no tempo de reação e fluência verbal em indivíduos de meia idade e idosos com diabetes tipo 2

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Efeitos de um programa de exercício no tempo de reação e fluência verbal em indivíduos de meia idade e idosos com diabetes tipo 2"

Copied!
40
0
0

Texto

(1)

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIO NO TEMPO DE

REAÇÃO E FLUÊNCIA VERBAL EM INDIVÍDUOS DE

MEIA-IDADE E IDOSOS COM DIABETES TIPO 2

DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM GERONTOLOGIA: ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE NO IDOSO

Cristina Isabel Nunes Cândido

Orientadores:

Prof. Dr. Romeu Mendes

Prof. Dr. José Marmeleira

(2)
(3)

III

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Romeu Mendes (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro); Ao Prof. Dr. José Marmeleira (Universidade de Évora); Ao Prof. António Almeida (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro); A todos os monitores, enfermeiros, e participantes do Diabetes em Movimento®; Aos meus pais e

(4)

IV

RESUMO

Introdução: A diabetes é uma doença caracterizada por um aumento

persistente dos níveis de glicose sanguínea, que atinge cerca de 415 milhões de pessoas em todo mundo. Atualmente, 91% dos adultos que sofrem de diabetes mellitus apresentam diagnóstico de diabetes tipo 2. A capacidade de elaborar uma resposta cognitiva com o avançar da idade tem tendência a ser afetada, assim como a velocidade de resposta a estímulos. A presença de DM2 é um fator de risco de comprometimento cognitivo e demência em idosos, com possível afectação da função executiva. O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos de um programa de exercício físico no tempo de reação e fluência verbal de indivíduos de meia-idade e idosos com diabetes tipo 2. Metodologia: Foi aplicado um programa de exercício físico com duração de 9 meses, 3 sessões semanais e uma duração de 75 minutos cada sessão, a um grupo de 77 indivíduos de meia-idade e idosos com DM2. O programa consistiu numa combinação de exercícios aeróbios, resistidos, de equilíbrio/agilidade e flexibilidade. Os participantes foram avaliados no início e fim do programa através do Deary Liewald reaction time task e Teste de Fluência verbal.

Resultados: Foram observadas melhorias estatisticamente significativas na

fluência verbal semântica (p =0,004), e fonémica (p <0,001). No tempo de reação observaram-se melhorias estatisticamente significativas no tempo de reação simples em tarefa única (p = 0,001) e com dupla tarefa (p = 0,005), na contagem da dupla tarefa (p = 0,033) e no tempo de reação de escolha com dupla tarefa (p = 0,028). Conclusões: Em indivíduos de meia-idade e idosos com diabetes tipo 2, a prática de exercício físico supervisionado parece apresentar efeitos benéficos na fluência verbal em diversas medidas de velocidade de processamento de informação. Isto poderá contribuir para a atenuação de perdas a nível cognitivo e assim promover uma melhor qualidade de vida nesta população.

Palavras-chave

Diabetes tipo 2; Exercício físico; Tempo de reação; Fluência verbal; Aptidão cognitiva.

(5)

V

ABSTRACT

Introduction: Diabetes is a disease characterized by a persistent increase in

blood glucose levels, which affects about 415 million people all over the world. Currently, 91% of adults with diabetes mellitus are diagnosed with type 2 diabetes. The ability to work out a cognitive response with advancing age tends to be affected as well as the speed of response to stimuli. The presence of DM2 is a risk factor for cognitive impairment and dementia in the elderly, with possible affectation of the executive function. The objective of this study was to verify the effects of a physical exercise program on the reaction time and verbal fluency of middle-aged and elderly individuals with type 2 diabetes.

Methodology: A 9-month physical exercise program, 3 sessions per week and

a duration of 75 minutes each session, was applied to a group of 77 middle- aged and elderly subjects with DM2. The program consisted of a combination of aerobic, resisted, balance / agility and flexibility exercises. Participants were assessed at the beginning and end of the program through the Deary Liewald reaction time task and Verbal Fluency Test. Results: There were statistically significant improvements in semantic verbal fluency (p = 0.004) and phonemic (p <0.001). In the reaction time, statistically significant improvements were observed in single reaction time (p = 0.001) and double task (p = 0.005), in the double task count (p = 0.033) and in the reaction time of choice with double task (p = 0.028). Conclusions: In middle-aged and elderly individuals with type 2 diabetes, the practice of supervised exercise seems to have beneficial effects on verbal fluency in various measures of information processing speed. This may contribute to loss mitigation at the cognitive level and thus promote a better quality of life in this population.

Keywords

Type 2 diabetes; Physical exercise; Reaction time; Verbal fluency; Cognitive fitness.

(6)

VI

ÍNDICE GERAL

Índice de tabelas ... VII Índice de figuras ... VIII Lista de abreviaturas ... IX 1. Introdução ... 1 2. Revisão da literatura ... 6 3. Metodologia ... 9 3.1. Desenho do estudo ... 9 3.2. Amostra ... 9 3.3. Avaliações ... 10 3.3.1. Tempo de reação ... 11

3.3.1.1. Tempo de reação simples… ... 12

3.3.1.2. Tempo de reação de escolha ... 12

3.3.2. Fluência verbal… ... 12

3.4. Programa de exercício ... 13

3.5. Análise dos dados ... 17

4. Resultados ...18

5. Discussão ... 22

6. Conclusões ... 26

(7)

VII

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1- Descrição da amostra por cidade Tabela 2 - Caraterísticas da amostra

Tabela 3 - Valores obtidos nos testes de aptidão cognitiva, nos dois momentos

(8)

VIII

ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 – Aquecimento Figura 2 – Exercício aeróbio Figura 3 – Exercício resistido

Figura 4 – Exercício de agilidade/equilíbrio Figura 5 – Exercício de flexibilidade

(9)

IX

LISTA DE ABREVIATURAS

DM - Diabetes Mellitus

DM2 - Diabetes Mellitus tipo 2

MMSE- Mini Mental State Examination TR – Tempo de reação

IMC - Índice de massa corporal DT - Dupla tarefa

(10)

1. INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo que atinge todos os seres humanos, sendo caraterizado por um declínio progressivo da eficiência fisiológica de células e tecidos, que aumenta o risco de doença e morte.1

A maior longevidade da população, juntamente com as alterações no estilo de vida, sobretudo o tão comum sedentarismo e as mudanças no padrão de alimentação, contribuem para o aumento do perfil de risco para doenças crónicas, como a Diabetes Mellitus (DM).2

Quando o processo de envelhecimento se encontra associado a uma doença crónica, como a DM, provoca no individuo prejuízos ainda maiores.3

A DM é uma doença crónica que se manifesta por elevados níveis de glicose no sangue (hiperglicemia). A diabetes do Tipo 2 (DM2) é caracterizada por uma resistência à utilização eficaz da insulina produzida ao nível do pâncreas.4,5 Apresenta maior taxa de prevalência em relação aos restantes

tipos mais comuns, Gestacional e Tipo 1. Atualmente, 91% dos adultos que sofrem de DM apresentam diagnóstico de DM2. A DM2 está associada, além da idade avançada, a diversos fatores de risco como o excesso de peso corporal, inactividade física, má nutrição, genética, histórico de diabetes na família e antecedentes de DM Gestacional. Representa um grave problema de saúde pública, de elevada prevalência e com elevados custos de tratamento a nível mundial.4

Para além das suas complicações metabólicas esta doença é conhecida por afetar diversas capacidades físicas e cognitivas do portador, o que é naturalmente agravado pelo avançar da idade e acompanhado de perdas associadas a todo o processo de envelhecimento, levando a prejuízos ainda maiores.3

São vários os portadores da doença que desconhecem a sua situação por longos períodos de tempo, pois os sintomas são menos marcados que em outros tipos de DM.4,5

Os portadores de DM revelam um maior risco para desenvolvimento de diversos problemas de saúde incapacitantes, em comparação a indivíduos sem DM. Os elevados níveis de glicose sanguínea resultam em lesões nos tecidos,

(11)

2

principalmente nos rins, olhos, nervos periféricos e sistema vascular. As principais complicações crónicas associadas à DM são a Neuropatia e Amputação, Retinopatia, Nefropatia e Doença cardiovascular.6

O número de caso de DM tem apresentado um rápido aumento. É de esperar que o número aumente de 415 milhões em 2015, para 642 milhões em 2040, em todo o mundo.4 O aumento do número de indivíduos com DM2 está associado ao envelhecimento da população, desenvolvimento económico, aumento da urbanização, dietas menos saudáveis e redução da atividade física.4-6 No ano de 2015, a prevalência estimada da DM na população portuguesa para pessoas com idade compreendida entre 20 e 79 anos era de 13, 3%, o impacto do envelhecimento reflectiu-se no aumento da taxa de prevalência. Quanto ao género, existe uma diferença estatisticamente significativa,15,9% nos homens e 10, 9% nas mulheres.6

A DM e complicações associadas são a maior causa de morte em alguns países em todo o mundo, no ano de 2015, 5 milhões de adultos morreram devido a esta doença.4 No caso de Portugal, a DM tem estado na

origem de 4,0% das mortes ocorridas em 2015, verificando-se uma diminuição comparativamente aos 8 anos anteriores.6

Os sintomas do envelhecimento humano são acompanhados por mudanças estruturais e funcionais na regiões cerebrais, juntamente com o

declínio das funções cognitivas.1 A cognição é fundamental para a

independência funcional dos indivíduos à medida que envelhecem, incluindo se podem por exemplo, viver de forma independente, gerir finanças e tomar medicamentos. De forma intacta é vital para a comunicação eficiente permitindo o processamento e integração de informações sensoriais.7

O declínio cognitivo relacionado com a idade é um padrão de deterioração das funções cognitivas que gradualmente prejudica a capacidade

de pensar, raciocinar, concentrar e lembrar, sendo associado à memória de

trabalho, função executiva e memória temporal.1,8 Este processo de

deterioração é relatado como um conjunto de alterações estruturais, metabólicas e fisiológicas a nível cerebral, podendo ser um dos fatores que

(12)

3

afetam significativamente o envelhecimento bem-sucedido ao nível da independência e qualidade de vida.9,10

A capacidade de elaborar uma resposta cognitiva com o avançar da idade tem tendência a ser afetada, a presença de DM2 revela-se um fator de risco de comprometimento cognitivo e demência em idosos.11,12 Idosos com diagnóstico de DM2 apresentam risco elevado de declínio cognitivo e institucionalização, com défices a nível da eficiência psicomotora, funcionamento executivo, inteligência, memória e aprendizagem.13,14

A hiperglicemia nestes indivíduos prejudica a velocidade de processamento de informação, além de outros aspetos cognitivos.3 A DM2

parece afetar também a função executiva dos indivíduos, a qual consiste no controlo cognitivo dos mecanismos responsáveis pela regulação do pensamento, emoções, acção e inclui aspetos como atenção, flexibilidade mental, inibição e memória de trabalho, essenciais para a auto-regulação e autocontrolo.13,15

A diminuição da velocidade de resposta aos estímulos é característica do avançar da idade, como é o caso da diminuição do tempo de reação (TR).16

O TR relaciona-se com o aumento da amplitude da resposta cognitiva, ou seja, com a velocidade de processamento de informação, podendo ser caracterizado em TR simples e TR de escolha.17,18 É definido como o intervalo de tempo entre o início do estímulo e o início da resposta voluntária a esse estímulo, apresentando tendência a aumentar com o passar da idade.19,20

Com o avançar da idade existem evidências do aumento do TR, mesmo no caso de adultos que não revelem comprometimento clínico.18,22 O TR está dependente do nível do oxigénio presente no sangue.17 O nível de fluxo sanguíneo e a percentagem de oxigénio transportado para o cérebro diminui, com a diminuição da capacidade de retorno venoso que ocorre com o envelhecimento, porém, estes níveis podem ser melhorados a partir do aumento do nível de atividade física do idoso.16

A fluência verbal encontra-se dividida em fluência semântica e fonémica, as quais são utilizadas como medidas de velocidade de processamento não-

(13)

4

motor, produção de linguagem e funções executivas, estando associadas a baterias de avaliação neuro psicológica. Mau desempenho em tarefas de fluência verbal parece estar associado a deficiências na habilidade verbal ou no controlo executivo, portanto as tarefas de fluência verbal podem ser utilizadas como instrumento de triagem do funcionamento verbal e executivo geral.22

A fluência semântica e fonémica têm sido utilizadas para detetar risco de

demência e identificar pacientes com comprometimento cognitivo leve.23 A DM2

evidencia-se como um importante fator de risco para a deficiência cognitiva e

demência, quando estabelecida uma associação com pacientes idosos.5 No

caso de indivíduos de meia-idade não se verifica tanto controlo, mas são relatados défices cognitivos em vários domínios como memória verbal,

velocidade de processamento de informação e funções executivas.11

Uma associação entre a DM2 e o comprometimento cognitivo em idosos é verificada a nível da flexibilidade, execução, iniciativa e planeamento.22 É

importante adotar e implementar estratégias que permitam o combate desta doença, desde a importante prevenção até ao controlo da mesma, o qual pode ser efetuado a partir da melhoria da alimentação e prática de exercício físico.4, 24

A atividade física pode definir-se como qualquer movimento produzido pelo músculo-esquelético que resulte no aumento do dispêndio energético. O exercício físico trata-se de um subtipo de atividade física planeada, estruturada e repetitiva, com objetivo de melhorar ou manter a aptidão física e a saúde.25

A prática de exercício físico revela-se um método não farmacológico para o tratamento e controlo da DM2 e risco cardiovascular subjacente, com melhorias ao nível do controlo glicémico, sensibilidade à insulina, composição corporal, pressão arterial, entre outro fatores.5, 26 Indivíduos com esta doença

apresentam menos tolerância ao exercício comparativamente aos que não apresentam diagnóstico.27

As estratégias de exercício devem ser adaptadas a cada individuo tendo em conta as comorbilidades, contra indicações e metas pessoais. As recomendações específicas da prática de exercício por indivíduos com

(14)

5

diagnóstico de DM2 incluem a combinação de exercício aeróbio e resistido dentro da mesma sessão.24, 28 O exercício aeróbio refere-se a exercícios de

mobilização de grandes grupos musculares de forma rítmica por longos períodos de tempo, o exercício resistido refere-se a exercícios onde o músculo- esquelético produz movimento contra uma força ou carga externa aplicadas.29

A prevalência da prática regular de exercício físico é de apenas 40%, destes, 95% apenas pratica exercício aeróbio sendo a marcha o modo de eleição, 2,44% apenas exercício resistido e somente 2,44% cumpre as recomendações de combinação de exercício aeróbio e exercício resistido.25

Existe concordância na acumulação de um mínimo de 150 minutos de exercício aeróbio de intensidade moderada a vigorosa a decorrer no mínimo 3 dias por semana, não consecutivos. No que se refere ao exercício resistido é recomendada a prática de um conjunto de exercício envolvendo os principais grupos musculares, pelo menos 2 vezes por semana. Incluir exercícios de flexibilidade complementa o treino aeróbio e resistido, tornando-se vantajoso para idosos com DM2.28

É verificada uma relação entre a prática de atividade física e a prestação cognitiva de indivíduos de meia-idade e idosos. Várias evidências comprovam atualmente a provável influência positiva da atividade física ao nível da saúde cerebral e funcionamento cognitivo em adultos mais velhos.10,30

Fatores como idade e género parecem influenciar os resultados ao nível da fluência verbal.22, 23 A idade também se encontra relacionado com um pior desempenho ao nível do TR.18

Neste contexto é de relevo procurar conhecer a influência do exercício e da DM2 na qualidade de vida e envelhecimento dos indivíduos.

O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito de um programa de exercício de 9 meses no TR e fluência verbal em indivíduos de meia-idade e idosos com DM2.

(15)

6

2.

Revisão da literatura

Ao longo dos anos, a investigação sobre o impacto da atividade física nas diversas funções corporais e condições de saúde, como por exemplo a DM, tem permitido provar influências positivas nas mesmas.5 Paralelamente, o estudo direcionado à relação da prática de atividade física e funções cognitivas em idosos tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos. Verificam-se resultados prometedores, principalmente quando se refere à população mais idosa.31

No caso de indivíduos de meia-idade com DM2 e presença de hipertensão, um estudo piloto obteve resultados surpreendentes de diminuição do desempenho cognitivo em tarefas de fluência verbal (categoria), fator associado ao avançar da idade. Neste estudo a aplicação de um programa de exercício não revelou melhorias na função cognitiva como é esperado tendo em conta a literatura existente. Isto pode ser sugestivo de que a presença de hipertensão em indivíduos com DM2, mesmo que controlada, possa desempenhar um papel de influência na eficácia da intervenção do exercício físico a nível cognitivo em indivíduos com DM2, sendo necessário ter atenção à reduzida amostra do estudo.32

Na generalidade, idosos fisicamente ativos exibem melhor desempenho cognitivo que idosos menos ativos, sendo reunidas evidências de que a prática de atividade física preserva a saúde cerebral e a capacidade cognitiva. 10, 30 O exercício cardiovascular tem vindo a ser considerado o fator responsável pela influência positiva da atividade física no cérebro e cognição, apesar de diversos estudos terem falhado na obtenção de fortes resultados para sustentar esta relação. Por outro lado são verificadas mudanças por exemplo ao nível do fluxo sanguíneo e das estruturas cerebrais que se encontram associados com a aptidão cognitiva.10 A participação em programas

de exercício físico exerce benefícios ao nível físico e psicológico dos indivíduos, podendo a prática de exercício físico ser um importante protector contra o declínio cognitivo e demência em indivíduos idosos.30 Esta observação

é apoiada por resultados de estudos de intervenção, onde geralmente se verifica que idosos que completam programas de atividade física, onde

(16)

7

ocorram aumentos significativos na aptidão cardiorrespiratória, apresentam muitas vezes desempenho cognitivo aperfeiçoado.33

O exercício parece incitar efeitos positivos ao nível da função cognitiva de mulheres idosas num estudo que teve como objetivo, verificar a influência do exercício ao nível do funcionamento cognitivo e físico e do fator neurotrófico derivado do cérebro. A aplicação de um programa de exercício multimodal de 16 semanas, com duas sessões semanais, a mulheres com idades entre os 65 e 75 anos, revela efeitos moderados do exercício físico quanto à função cognitiva. Os resultados do estudo apontam diferenças entre o grupo de controlo e o grupo experimental, sendo que em todos os casos o grupo experimental apresenta melhor desempenho que o de controlo quando ajustados para a linha de base. Por outro lado não foram verificadas diferenças ao nível do TR quando avaliado pelo Deary Liewald reaction time task.8

Um programa estruturado de atividade física (LIFE Study), de exercício aeróbio de 150 minutos semanais com intensidade moderada e pelo menos 2 sessões semanais de exercício resistido, revela a partir da aplicação de uma bateria de avaliação de diversas funções cognitivas (função cognitiva global, função executiva, velocidade de processamento, memória, linguagem e função viso espacial), que participantes com desempenho físico mais fraco também

apresentaram desempenho cognitivo mais fraco.34

A fluência verbal semântica revela uma melhoria significativa como resposta ao exercício aeróbio. Vinte idosos com mais de 65 anos, participantes de um programa de exercício aeróbio com duração de 12 semanas foram avaliados em medidas de letra, categoria e mudança de fluência verbal para revelar o impacto da intervenção do exercício aeróbico sobre a fluência verbal em idosos sedentários. Os autores obteram resultados positivos do efeito do exercício ao longo do tempo na fluência verbal da categoria (semântica) em comparação com o grupo de controlo, não foram observados efeitos significativos para a letra ou a troca de tarefas de fluência verbal.35

Um estudo randomizado controlado com duração de 6 meses avaliou uma amostra de 259 mulheres com 70-93 anos. A amostra foi dividida em três grupos, grupo de exercício, grupo de computador e grupo de controlo, onde se avaliou a performance cognitiva nos três. Os autores utilizaram entre outros testes de aptidão cognitiva o teste de fluência verbal semântica onde não

(17)

8

obtiveram diferenças significativas entre grupos, nem na evolução pré-pós teste do grupo de exercício.36

Um estudo com o objetivo de verificar se o exercício físico supervisionado aumenta o estado cognitivo de pacientes com doenças crónicas, Hipertensão arterial sistémica e DM, aplicou um programa de exercício com duração de 12 semanas onde dividiram os participantes em dois grupos, grupo de treino aeróbio e grupo de treino resistido. Os voluntários apresentavam diagnóstico de hipertensão arterial sistémica e DM ou apenas a primeira e uma idade total média de 55 anos. Foram avaliados diversos domínios das funções cognitivas, a partir do teste mental e treino antes e depois dos 3 meses (mental test and training system). Desta avaliação os autores puderam verificar que não existiram alterações nos níveis do TR e na atenção selectiva em nenhum dos grupos.37

Um grupo de 28 indivíduos com idades entre os 57 e 83 anos que atenderam aos critérios de teste de tolerância de 2 h para intolerância à glicose, completaram 6 meses de exercício aeróbio ou alongamento, o que serviu de grupo de controlo, com o objetivo de verificar os efeitos do exercício na cognição destes participantes. Foi avaliada a função executiva (Trails B, Task Switching, Stroop, Self-ordered Pointing Test, e Verbal Fluency). Os autores observaram um efeito positivo da aplicação de seis meses de exercício aeróbio ao nível da função executiva, a tendência dos dados sugere um desempenho melhorado do grupo de exercício aeróbio em comparação ao grupo de controlo no teste de fluência verbal, ainda que sem significância estatística, revelando uma melhoria do desempenho cognitivo em tarefas de função executiva, incluindo atenção seletiva e dividida, flexibilidade cognitiva e memória de trabalho em adultos mais velhos com intolerância à glicose.38

Um ensaio clinico randomizado e controlado com intervenção de atividade física (caminhada, exercício resistido e flexibilidade) aplicado a indivíduos sedentários com idades entre 70 e 80 anos, avaliou o efeito da atividade física na função física e cognitiva de indivíduos com e sem DM, a partir de diversos testes cognitivos onde se inclui um teste da função cognitiva global, e testes realizados em computador que permitem verificar a velocidade de processamento e função executiva (tarefas de 1-back e 2-back, o Eriksen

(18)

9

intervenção os autores verificaram efeitos benéficos na função cognitiva nos participantes com DM, apesar de não haver diferenças gerais entre grupos de intervenção para as medidas da função cognitiva, as diferenças médias entre grupos foram positivas para participantes com DM e negativas para os sem DM com significância estatística para o 3MSE e o HVLT-D.39

(19)

10

3. Metodologia

3.1.

Desenho de estudo

Este estudo foi um estudo longitudinal quasi-experimental onde foram efectuadas avaliações pré e pós teste, ou seja, no início e final da aplicação de um programa de exercício com duração de 9 meses. Foram analisados o TR e a Fluência verbal de um grupo de indivíduos de meia-idade e idosos com DM2.

3.2.

Amostra

A amostra previamente recrutada para o programa Diabetes em Movimento®, pelos médicos assistentes das instituições parceiras do programa

(Hospital ou Centro de Saúde) foi inicialmente constituída por 84 indivíduos. Como critérios de inclusão do programa os candidatos deveriam:

 Apresentar diagnóstico médico de DM2 há pelo menos 6 meses;

 Ter entre 50 a 80 anos;

 Ter as comorbidades da diabetes controladas (pé diabético, retinopatia e nefropatia);

 Não apresentar alterações graves na marcha ou equilíbrio;

 Não ter sintomas de doença das artérias coronárias;

 Não ter patologia cardíaca, pulmonar ou musculosquelética grave;

 Não ter iniciado insulinoterapia nos últimos 3 meses;

 Não fumar;

 Ter uma vida independente na comunidade;

 Sem participação regular em sessões de exercício supervisionado;

 Ser seguidos em consulta de diabetes numa das instituições parceiras do programa (Hospital ou Centro de saúde);

Como critério de inclusão para o estudo deveriam ainda:

 Obter pontuação mínima no Mini Mental State Examination (MMSE) segundo os valores de corte de ≤15 para indivíduos analfabetos, ≤22 para indivíduos com 1 a 11 anos de escolaridade e ≤27 para pessoas com mais de 11 anos de escolaridade.

(20)

11

Todos os procedimentos deste estudo foram elaborados de acordo com a Declaração de Helsínquia. O protocolo foi submetido e aceite pela Comissão de Ética para a Saúde da Administração Regional de Saúde do Norte e todos os participantes assinaram um consentimento livre e informado sobre todos os procedimentos.

3.3.

Avaliações

As avaliações iniciais foram realizadas na 1ª semana de outubro de 2016 e as finais na 2ª semana de junho de 2017. As variáveis avaliadas neste estudo foram o TR simples e de escolha, com e sem dupla tarefa (DT), e a Fluência verbal semântica e fonémica.18, 23 A implementação de uma dupla

tarefa na realização dos testes teve o intuito de verificar/comparar o efeito do exercício em tarefas de velocidade de processamento com maior grau de exigência na execução de uma tarefa diferente em simultâneo.

Os instrumentos utilizados foram o Deary Liewald reaction time task para avaliação do TR e o Verbal fluency tests’ para avaliação da fluência verbal. As avaliações decorreram em gabinete fechado, pela seguinte ordem:

- Mini Mental State Examination (MMSE)

- Deary Liewald reaction time task – TR simples em tarefa única seguido de dupla tarefa;

- Deary Liewald reaction time task – TR de escolha em tarefa única seguido de dupla tarefa;

- Verbal fluency tests’ – teste de fluência semântica seguido do teste de fluência fonémica

.

Aplicou-se o Mini Mental State Examination (MMSE) para determinar o estado cognitivo dos utentes recrutados para o programa Diabetes em Movimento®.

O MMSE é um teste validado, que tem como objetivo a avaliação do estado cognitivo, necessitando apenas de 5-10 minutos para ser aplicado, dependendo das características apresentadas pelo sujeito a ser avaliado. É um dos testes mais utilizado na avaliação/rastreio do défice cognitivo.40 Para a

(21)

12

caraterização da amostra estipulada será utilizada a versão portuguesa do MMSE, adaptada em 1994.41

O MMSE é composto por duas secções, divididas em seis domínios cognitivos, com 30 questões. A pontuação máxima obtida é de 30 pontos, cada questão vale um ponto e o teste não é cronometrado, sendo os resultados obtidos de fácil entendimento por diversos profissionais. O primeiro domínio avaliado é a orientação, com um total de 10 questões (5 de orientação temporal e 5 de orientação espacial), o segundo é a retenção com um total de 3 questões, o terceiro é atenção e cálculo com 5 questões, o quarto é evocação com 3 questões, o quinto a linguagem com 2 questões de nomeação e 1 de repetição, 3 de compreensão verbal, 1 de compreensão de escrita e 1 de redação de uma frase, por último com 1 questão, o sexto domínio inclui a tarefa de habilidade construtiva.

As variáveis idade e escolaridade influenciam a pontuação total do MMSE. Os valores de corte propostos para a população portuguesa por Guerreiro et al. são ≤15 para indivíduos analfabetos, ≤22 para indivíduos com 1 a 11 anos de escolaridade e ≤27 para pessoas com mais de 11 anos de escolaridade.42

3.3.1.

Tempo de reação

O tempo de reação foi introduzido como um teste mental em 1890 por James McKeen Cattell. Existem várias formas e dispositivos que permitem a avaliação do TR contudo, os dois procedimentos mais comuns e úteis são o TR simples e o TR de escolha.18

Foi utilizado o Deary Liewald reaction time task, o qual se trata de um programa informático, criado por Deary et al., (2011), que permite efetuar uma medição da velocidade de processamento da informação. Um programa grátis de fácil utilização, que permite a medição do TR simples e de escolha.

Na programação estipulada para o teste foram definidos 8 ensaios e 20 testes na avaliação do TR simples e 8 ensaios e 40 testes na avaliação do TR de escolha. No que se refere ao desempenho, quanto menor o tempo de execução mais eficiente se revela a capacidade do individuo para elaborar e executar a resposta.43

(22)

13

3.3.1.1. Tempo de reação simples

O TR simples envolve a execução de uma resposta o mais rápido possível, em resposta a um único estímulo apresentado. É avaliado a partir da pressão de uma tecla pré definida (espaço), o mais rápido possível, como resposta a um único estímulo, apresentado no ecrã do computador (aparecimento de uma cruz no interior de um quadrado branco), que desaparece após se pressionar a tecla.18

Foi realizada a tarefa simples seguida da dupla tarefa que consistiu na realização do teste com contagem simultânea de 2 em 2 de forma crescente, onde foi registado o número máximo atingido.

3.3.1.2. Tempo de reação de escolha

O TR de escolha exige ao sujeito que execute uma resposta adequada a um número de estímulos apresentados. É avaliado a partir da pressão de uma de quatro teclas pré definidas, o mais rápido possível, cada uma correspondente a um quadrado branco que surge no ecrã, como resposta a vários estímulos (aparecimento de uma cruz num dos quatros quadrados brancos presentes no ecrã), que desaparece após se pressionar a tecla. O participante utiliza o seu dedo indicador e o médio, da mão esquerda nas teclas “Z” e “X”, e da mão direita nas teclas “vírgula” e “ponto final”.18

Foi realizada a tarefa simples seguida da dupla tarefa que consistiu também na contagem simultânea de 2 em 2 de forma crescente.

3.3.2.

Fluência verbal

O teste utilizado foi o Verbal fluency tests’ , que permite a avaliação da fluência verbal a partir de duas categorias, a fluência semântica e a fonémica, com procedimentos de administração e pontuação relativamente simples. Estas duas categorias possibilitam a medição da velocidade de processamento não motor, produção de linguagem e funções executivas. As normas de aplicação do mesmo foram adaptadas à população portuguesa por Cavaco, et al.23

Na fluência semântica é necessário enunciar o maior número de espécies de animais possível no tempo máximo de 60 segundos, sendo aceites

(23)

14

as designações regionais da espécie. Qualquer repetição da mesma espécie, incluindo nome e variações de género e idade, não são aceites. O resultado total do teste corresponde ao número máximo de espécies de animais corretamente pronunciadas num total de 60s, quanto maior o número de espécies enunciadas melhor a prestação.

No caso da fluência fonémica o indivíduo tem um minuto para verbalizar todas as palavras que se lembre iniciadas pela letra “M, R e P”. Pode dizer todas as palavras à exceção de nomes próprios e utilização da mesma palavra com outra terminação.

O resultado do teste corresponde ao número de palavras corretamente produzidas em 60s. O resultado total corresponde à soma das palavras verbalizadas nas três letras, quanto maior o número de palavras referidas melhor a prestação no teste.

3.4.

Programa de exercício

Os participantes ingressaram no programa Diabetes em Movimento®,

parceria entre universidades, autarquias, hospitais e centros de saúde.

Este programa de exercício foi preparado e realizado de acordo com as recomendações internacionais de exercício para indivíduos com DM2.43 Decorreu com uma frequência de três sessões semanais em dias não consecutivos (segunda, quarta e sexta), durante 9 meses, de outubro de 2016 a junho de 2017, sendo supervisionado por técnicos de exercício físico e enfermeiros.

Cada sessão teve duração de 75 minutos, englobando a combinação de exercício aeróbico, resistido, agilidade e flexibilidade, sendo constituída por 5 fases:

 Aquecimento (10 minutos): caminhada contínua à volta do pavilhão (figura 1);

(24)

15

Figura 1 – Aquecimento

 Exercício aeróbio (30 minutos): exercícios aeróbios como marcha rápida, estafetas, percurso de obstáculos, efectuados à volta do pavilhão (figura 2);

Figura 2 – Exercício aeróbio

 Exercício resistido (20 minutos): incluiu exercícios de força muscular realizados com cadeiras, halteres, garrafas de areia, bolas de ginástica e peso do próprio corpo. Cada sessão incluiu 6 exercícios diferentes, 3 direcionados para os membros inferiores e 3 para os membros superiores, com um total de 20 repetições nos exercícios bilaterais e 30 nos exercícios alternados, sendo o número de séries alterado de forma progressiva, de uma a quatro (figura 3);

(25)

16

Figura 3 – Exercício de resistência

 Exercício de agilidade/equilíbrio (10 minutos): Jogos pré desportivos e tradicionais (figura 4);

Figura 4 – Exercício de agilidade/equilibrio

 Retorno à calma/flexibilidade (5 minutos): sequência de 9 exercícios estáticos e dinâmicos, cada estático durante 15 segundos e dinâmicos durante 10 segundos, com suporte de cadeiras (figura 5).

(26)

17

A partir deste modelo de sessão, são estipulados cinco modelos diferentes, os quais foram aplicados de forma sucessiva e onde variou o tipo de exercícios realizados. Para as sessões foram utilizados diversos materiais de baixo custo como cadeiras, garrafas de 500ml com areia, bolas de fitness, alteres, estacas e coletes desportivos.

Em todas as sessões foi avaliada a intensidade de exercício individual, a partir da Escala de Percepção Subjectiva de Esforço de Borg (6 a 20 valores).44 O programa de exercício foi programado para que a intensidade do exercício se encontre entre 12-13 pontos na escala subjectiva de esforço utilizada, ou seja a uma intensidade moderada.45

3.5.

Análise de dados

Após recolhidos os dados referentes à fluência verbal, foram inseridos na plataforma online (NEUROPSI – Avaliação Neuropsicológica) assim como a idade e escolaridade de cada indivíduo, variáveis recolhidas nas avaliações de pré-teste e atualizadas aquando do pós-teste (idade), de forma a obter a pontuação escalar e consequentemente os dados normativos. Os dados referentes ao TR são obtidos diretamente pelo software do teste, sendo os valores máximos da contagem da DT assinalados pelo aplicador do teste.

Todos os dados foram tratados com recurso ao software SPSS versão 21 (SPSS Science, Chicago, EUA). A análise comparativa entre momentos foi feita através do teste t de Student para amostras emparelhadas. A análise descritiva das variáveis avaliadas pelos testes de aptidão cognitiva realizados é reportada em média ± desvio padrão. O valor de significância estatística definido foi de p <0.05.

(27)

18 para o N=84 MMSE N=7 estudo N=77 N=7 estudo N=70

4. Resultados

O programa foi constituído por 100 sessões e os utentes participantes no estudo estavam distribuídos por 4 grupos de exercício em três cidades como observado na tabela 1.

Na figura 6 é apresentado o fluxograma da amostra.

Figura 6 – Fluxograma da amostra

Na tabela 1 é apresentada o tamanho da amostra segundo a cidade a que pertencem.

Tabela 1 – Descrição da amostra por cidade

Cidade N

Vila Real 29

Maio 26

Évora 15

Total 70

As características da amostra final (N=70), adesão ao programa e intensidade do exercício são apresentadas na tabela 2.

(28)

19

Tabela 2 - Características da amostra, adesão ao programa e

intensidade do exercício

Variáveis Média ± Desvio Padrão

Participantes, N 70 Género Feminino, N 27 Masculino, N 43 Idade (anos) 65,61± 5,89 Escolaridade (anos) 7,53 ± 4,42 IMC (kg/m2) 30,22 ± 4,64 Adesão ao programa (%) 64,51 ± 28,76

Intensidade do exercício (pontos) 13,06 ± 1,24

IMC – Índice de massa corporal;

A tabela 3 apresenta os valores obtidos nos testes de aptidão cognitiva, nos dois momentos de avaliação realizados (pré e pós teste).

(29)

20

Tabela 3 – Valores obtidos nos testes de aptidão cognitiva, nos dois momentos de avaliação Variáveis Pré-teste Pós-teste p Média ± Desvio Padrão Média ± Desvio Padrão Fluência Semântica (nº palavras) Fluência Fonémica (nº palavras)

Tempo de reação simples

14,31 ± 4,52 15,99 ± 4,65 1,67 0,004 24,33 ± 10,71 28,25 ± 11,32 3,93 <0,001

Tempo de reação de escolha (nº de escolhas corretas) Tempo de reação de escolha- DT (ms) Tempo de reação de escolha-DT (nº de escolhas corretas) Tempo de reação de escolha-DT-Contagem (nº máximo atingido) 39,09 ± 1,67 39,134 ± 1,25 0,04 0,770 893,37 ± 180,72 861,63 ± 179,19 -31,74 0,028 38,58 ± 2,39 38,36 ± 2,51 -0,22 0,482 227,91 ± 59,25 229,16 ± 66,56 1,25 0,827

ms – milisegundos; DT - dupla tarefa; Contagem: contagem máxima obtida na dupla tarefa;

Pela análise da tabela 3, verificaram-se melhorias ao nível dos testes de aptidão cognitiva realizados, com exceção da variável TR de escolha-DT- respostas corretas.

(ms)

Tempo de reação simples-

468,70 ± 213,16 413,98 ± 163,67 -54,72 0,001 DT 637,73 ± 181,73 588,694 ± 140,21 -49,04 0,005 (ms)

Tempo de reação simples-

DT- Contagem 117,67 ± 37,14 126,239 ± 30,27 8,57 0,033 (nº máximo atingido)

Tempo de reação de escolha 779,17 ± 182,63 772,12 ± 182,31 -7,05 0,613 (ms)

(30)

21

Foram observadas melhorias estatisticamente significativas ao nível das variáveis da fluência verbal, fluência semântica (p = 0,004) e fluência fonémica total (p <0,001).

O mesmo também foi verificado nas variáveis do TR simples, com e sem DT. No TR simples (p = 0,001), TR simples-DT (p = 0,005), TR simples-DT- Contagem (p = 0,033).

Não se revelam melhorias significativas no tempo de reação de escolha ao nível das variáveis TR de escolha-respostas corretas (p = 0,770), TR de escolha (p = 0,613) e TR de escolha-DT-Contagem (p = 0,827). No entanto ocorreu uma melhoria no TR de escolha em DT (p =0,028).

(31)

22

5. Discussão

Este foi um estudo que visou investigar qual o efeito de um programa de exercício de 9 meses no TR e na fluência verbal em indivíduos de meia-idade e idosos com DM2 que vivem em comunidade e com as comorbilidades da doença controladas. Revelaram-se efeitos benéficos do exercício com melhorias estatisticamente significativas ao nível da fluência verbal, do TR simples (com e sem DT) e da variável TR de escolha-DT.

Os participantes revelaram uma adesão na ordem dos 64,51 ± 28,76 %. Foram excluídos 7 indivíduos por desistência, ou seja, desistiram antes de terminar o programa de exercício ou não participaram nas avaliações finais.

Tendo em conta as recomendações de intensidade do exercício para esta população (12-13 pontos numa escala de perceção subjectiva do esforço de 6-20 pontos), verificou-se que no decorrer do programa de exercício o valor médio da intensidade revelada pelos indivíduos participantes no estudo,13,06 ± 1,24%, se encontra dentro do planeado.28

A aptidão cognitiva revela-se fundamental para a independência individual permitindo uma comunicação efetiva que inclua o processamento e a integração de informações sensoriais. Com o envelhecimento surgem declínios no desempenho em tarefas cognitivas, incluindo medidas de velocidade de processamento, memória funcional e função cognitiva executiva.7 Estes processos parecem ser afetados pela presença da DM2, revelando-se a DM como fator de risco para o comprometimento cognitivo leve e demência.12 Com o aumento a nível mundial dos casos de DM providencia-se o aumento do risco de comprometimento de diversas funções cognitivas.

A literatura evidência os efeitos benéficos da prática de exercício físico em diversas funções cognitivas, as quais são suportadas por resultados de estudos de intervenção em que idosos que completam o programa de exercício revelam uma aptidão cognitiva melhorada, como observado em algumas variáveis deste estudo.33

Comparando indivíduos idosos saudáveis com portadores de DM2, a literatura aponta diferenças médias entre grupos positivas para os segundos.39

(32)

23

resposta à experiência e diversas evidências indicam que a prática de exercício físico preserva a saúde e cognição cerebral.10

O método utilizado para a avaliação do tempo de reação foi o DLRT, o qual permite a avaliação do TR simples e de escolha de uma forma acessível.18

O efeito do exercício nas variáveis estudadas é abordado na literatura por estudos direcionados para a população idosa, onde foram utilizados o DLRT.8 Não foi possível encontrar na literatura disponível estudos com aplicação do DLRT em indivíduos com DM2. Contudo pela utilização de um teste de avaliação do TR em idosos com DM2 e Hipertensão arterial sistémica, não existiram alterações nos níveis do tempo de reação com a prática de exercício.37 Em mulheres idosas praticantes de exercício, a avaliação do TR também não revelou diferenças.8 O presente estudo fortalece o efeito positivo do exercício apenas no TR simples, com melhorias significativas em população com DM2, contrariamente ao observado na literatura em idosos saudáveis.

Não sendo o DLRT um teste muito utilizado na literatura, esta associação encontrada com o exercício na variável TR simples, pode colocá-lo como alternativa viável aos testes de avaliação do TR utilizados em diferentes estudos.37 As variáveis do TR de escolha não apresentaram variação

significativa, mas é de expor a evolução positiva com o decorrer do programa de exercício, o que assinala uma relação positiva entre o exercício físico e as funções cognitivas associadas ao TR de escolha.

O teste de fluência verbal com avaliação da fluência semântica (categoria animais) e fluência fonémica (letras M, R E P), segundo as normas de aplicação para a população portuguesa tem o propósito de avaliar as funções executivas associadas ao processamento não motor.23 Trata-se de um teste bastante utilizado na literatura, principalmente a tarefa da fluência semântica (categoria).35,36

Dados comparativos revelaram efeitos significativos do exercício aeróbio ao nível da fluência verbal (categoria) (p= 0,001) em idosos saudáveis, o que vai ao encontro do valor de significância obtido no presente estudo para a mesma variável em relação ao exercício combinado (p = 0,004). O mesmo não é verificado na fluência verbal de letra e de troca de tarefa.35 Apesar destes

(33)

24

resultados, estudos da literatura não verificam diferenças estatisticamente significativas entre grupos de controlo e grupo de intervenção com o exercício, no caso de mulheres idosas saudáveis (p=0,58) nem evolução significativa no grupo de exercício (p = 0,17).36

Em indivíduos com DM2 a literatura aponta resultados benéficos da aplicação do exercício em concordância com o que é observado na população idosa saudável. Efeitos estatisticamente significativos ao nível da função executiva acompanham a tendência de melhoria no desempenho no teste de fluência verbal em grupos de exercício, ainda que sem significância estatística.38

Dados referentes aos efeitos benéficos do exercício físico são observados pela análise de revisões encontradas na literatura, onde se associa a prática de exercício a ganhos cognitivos. 10, 22,33 Este estudo vai de encontro

a esses dados, tornando a relação ainda mais forte com a obtenção de resultados estatisticamente significativos ao nível de todas as variáveis incluídas no teste de fluência verbal, pois a base de sustentação apenas revela significância para a variável de fluência semântica e não para as restantes avaliadas na fluência verbal.

Este estudo apresenta algumas limitações. A inexistência de um grupo de controlo impossibilita a comparação com outros indivíduos que não foram submetidos ao programa de exercício. O efeito de aprendizagem também se revela uma limitação, apesar de neste caso o espaçamento de 9 meses entre o pré e o pós-teste se revelar um ponto forte.

Outro ponto forte verificado é o fato de se tratar de um programa de terreno com elevada aplicabilidade e de baixo custo, que permite uma fácil aplicação e vai contra o sedentarismo, promovendo assim uma melhor qualidade de vida dos utentes.

Investigações futuras devem tentar utilizar um grupo de controlo para melhor verificar e justificar os efeitos específicos da prática de um programa de exercício combinado na população com DM2, assim como as possíveis diferenças entre grupos.

(34)

25

O exercício para além de ser recomendado para o controlo metabólico também deveria ser recomendado para atenuar as perdas cognitivas associadas ao processo de envelhecimento em população com DM2.

(35)

26

6. Conclusões

Este estudo fornece uma análise que permite a identificação dos efeitos do exercício físico nas variáveis cognitivas, fluência verbal e TR. Em indivíduos de meia idade e idosos com DM2, pode concluir-se que a prática de exercício físico supervisionado parece apresentar efeitos benéficos significativos na fluência verbal e na velocidade de processamento de informação (medida através de tempos de reação).

As intervenções na área da aptidão cognitiva podem utilizar esta informação para melhorar e adaptar as formas de tratamento do comprometimento cognitivo associado à DM2 e ao envelhecimento.

(36)

27

7. Bibliografia

1. Huang P, Fang R, Li BY, Chen SD. Exercise-Related Changes of Networks in Aging and Mild Cognitive Impairment Brain. Frontiers in aging neuroscience. 2016;8:47.

2. Correa K, Gouvea GR, Silva MA, Possobon RF, Barbosa LF, Pereira AC, et al. Quality of life and characteristics of diabetic patients. Ciencia & saude coletiva. 2017;22(3):921-30.

3. Alvarenga PP, Pereira DS, Anjos DM. Functional mobility and executive function in elderly diabetics and non-diabetics. Rev Bras Fisioter 2010;14(6):491-6.

4. International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas, 7 ed. 2015.

5. American Diabetes Association. Standards of medical Care in Diabetes. Diabetes Care.2017.40(1).

6. Sociedade Portuguesa de Diabetologia. Diabetes Factos e Números – O ano de 2015 – Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, 8 ed. 2016.

7. Murman DL. The Impact of Age on Cognition. Seminars in hearing. 2015;36(3):111-21.

8. Vaughan S, Wallis M, Polit D, Steele M, Shum D, Morris N. The effects of multimodal exercise on cognitive and physical functioning and brain- derived neurotrophic factor in older women: a randomised controlled trial. Age and ageing. 2014;43(5):623-9.

9. Wang CH, Tsai CL. Physical Activity Is Associated With Greater Visuospatial Cognitive Functioning Regardless of the Level of Cognitive Load in Elderly Adults. J Sport Exerc Psychol. 2016;38(1):69-81.

10. Marmeleira J. An examination of the mechanisms underlying the effects of physucal acticity on brain anda cognition. Eur Ver Aging Phys Act. 2013;10:83-94.

11. Garcia-Casares N, Jorge RE, Garcia-Arnes JA, Acion L, Berthier ML, Gonzalez-Alegre P, et al. Cognitive dysfunctions in middle-aged type 2 diabetic patients and neuroimaging correlations: a cross-sectional study.

(37)

28

Journal of Alzheimer’s Disease. 2014;42(1875-8908 (Electronic)):1337- 1346.

12. Cheng G, Huang C, Deng H, Wang H. Diabetes as a risk factor for dementia and mild cognitive impairment: a meta-analusis of longitudinal studies. Intern Med. 2012;42:484-491.

13. Sadanand S, Balachandar R, Bharath S. Memory and executive functions in persons with type 2 diabetes: a meta-analysis. Diabetes Metab Res Rev.2016; 32: 132–142.

14. Lopes, R M F, Argimon, I L. Idosos com Diabetes Mellitus Tipo 2 e o desempenho cognitivo no teste Wiconsin de classificação de cartas (WOST). Univ.Psychol. 2010; 9(3): 697-716.

15. Vincent C, Hall PA. Executive Function in Adults With Type 2 Diabetes: A Meta-Analytic Review. Psychosomatic Medicine.2015;77:631-642.

16. Fechine BRA, Trompieri N. O Processo de Envelhecimento: as principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. Revista Cientifica Internacional.2012;1(7):106-132.

17. Barber AD, Pekar JJ, Mostofsky SH. Reaction time-related activity reflecting periodic, task-specific cognitive control. Behavioural brain research. 2016;296:100-8.

18. Deary IJ, Liewald D, Nissan J. A free, easy-to-use, computer-based simple and four-choice reaction time programme: the Deary-Liewald reaction time task. Behavior research methods. 2011;43(1):258-68. 19. Rossato LC, Contreira AR, Corazza ST. Análise do tempo de reação e

do estado cognitivo em idosas praticantes de atividades físicas. Fisioterapia e Pesquisa.2010;18(1):54-59.

20. Deary IJ, Der G, Dykert D, Starr JM. Age Diferences in Intra-Individual Variability in Simple and Choice Reation Time: Systematic Review and Meta-analysis. PLOS ONE.2012;7(10).

21. Dykiert D, Der G, Starr JM, Deary IJ. Age Differences in Intra-Individual Variability in Simple and Choice Reaction Time: Systematic Review and Meta- Analysis. PLOS ONE.2012:7(10) e45759.

22. Shao Z, Janse E, Visser K, Meyer AS. What do verbal fluency tasks measure? Predictors of verbal fluency performance in older adults.Frontiers in Psychology.2014:5.

(38)

29

23. Cavaco S, Gonçalves A, Pinto C, Almeida E, Gomes F, Moreira I, Fernandes J, Pinto AT. Semantic Fluency and Phonemic Fluency: Regression-based Norms for the Portuguese Population. Archives of Clinical Neuropsychology.2013;28:262-271.

24. Dugan JA. Exercise recommendations for patients with type 2 diabetes. Journal of the American Academy of Physician Assistants. 2016;29(1):1547-896.

25. Mendes R, Dias E, Gama A, Castelo-Branco M, Themudo-Barata JL. Prática de exercício físico e níveis de atividade física habitual em doentes com diabetes tipo 2 – Estudo piloto em Portugal. Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo. 2013;8(1):9-15. 26. Colberg SR, Albright AL, Blissmer BJ, Braun B, Chasan-Taber L,

Fernhall B, et al. Exercise and type 2 diabetes: American College of Sports Medicine and the American Diabetes Association: joint position statement. Exercise and type 2 diabetes. Medicine and science in sports and exercise. 2010;42(12):2282-303.

27. Mendes R, Sousa N, Themudo-Barata J, Reis V. Impact of a community- based exercise programme on physical fitness in middle-aged and older patients with type 2 diabetes. Gaceta sanitaria. 2016;30(3):215-20.

28. Mendes R, Sousa N, Almeida A, Subtil P, Guedes-Marques F, Reis VM, et al. Exercise prescription for patients with type 2 diabetes-a synthesis of international recommendations: narrative review. British journal of sports medicine. 2016;50(22):1379-81.

29. Chodzko-Zajko WJ, Proctor DN, Fiatarone Singh MA, Minson CT, Nigg CR, Salem GJ, et al. American College of Sports Medicine position stand. Exercise and physical activity for older adults. Med Sci Sports Exerc. 2009;41: 1510–30.

30. Antunes HKM, Santos RF, Cassilhas R, Santos RVT, Bueno OFA, Mello MT. Exercício físico e função cognitiva: Uma revisão. Rev Bras Med Esporte.2006;12(2):108 -114.

31. Berryman N, Bherer L, Nadeau S, Lauziere S, Lehr L, Bobeuf F, et al. Multiple roads lead to Rome: combined high-intensity aerobic and strength training vs. gross motor activities leads to equivalent

(39)

30

improvement in executive functions in a cohort of healthy older adults. Age. 2014;36(5):9710

32. Fiocco AJ, Scarcello S, Marzolini S, Chan A, Oh P, Proulx G, et al. The effects of an exercise and lifestyle intervention program on cardiovascular, metabolic factors and cognitive performance in middle- aged adults with type II diabetes: a pilot study. Canadian journal of diabetes. 2013;37(4):214-9.

33. Callisaya M, Nosaka K. Effects of Exercise on Type 2 Diabetes Mellitus- Related Cognitive Impairment and Dementia. Journal of Alzheimer's disease : JAD. 2017;59(2):503-13.

34. Sink KM, Espeland MA, Rushing J, Castro CM, Church TS, Cohen R, et al. The LIFE Cognition Study: design and baseline characteristics. Clinical interventions in aging. 2014;9:1425-36.

35. Nocera JR, McGregor KM, Hass CJ, Crosson B. Spin Exercise Improves Semantic Fluency in Previously Sedentary Older Adults. Journal of Aging and Physical Activity. 2015;23(1):90-4.

36. Klusmann V, Evers A, Schwarzer R, Schlattmann P, Reischies FM, Heuser I, et al. Complex Mental and Physical Activity in Older Women and Cognitive Performance: A 6-month Randomized Controlled Trial. The Journals of Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences. 2010;65(6):680-8.

37. Teixeira RB, Marins JCB, Amorim PRS, Teoldo I, Cupeiro R, Andrade MOCd, et al. Evaluating the effects of exercise on cognitive function in hypertensive and diabetic patients using the mental test and training system. The World Journal of Biological Psychiatry. 2017:1-10.

38. Baker LD, Frank LL, Foster-Schubert K, Green PS, Wilkinson CW, McTiernan A, et al. Aerobic exercise improves cognition for older adults with glucose intolerance, a risk factor for Alzheimer's disease. Journal of Alzheimer's disease : JAD. 2010;22(2):569-79.

39. Espeland MA, Lipska K, Miller ME, Rushing J, Cohen RA, Verghese J, et al. Effects of Physical Activity Intervention on Physical and Cognitive Function in Sedentary Adults With and Without Diabetes. The journals of gerontology Series A, Biological sciences and medical sciences. 2017;72(6):861-6.

(40)

31

40. Folstein Mf Fau - Folstein SE, McHugh PR. "Mini-mental state". A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. J. psychiat.Res.1975;12:189-198.

41. Gerreiro M, Silva AP, Botelho M, Leitão O, Castro-Caldas A, Garcia C. Adaptação à população portuguesa da tradução do Mini Mental State Examination. Ver Port Neurol.1994;3(suppl), 9-10.

42. Rossato LC, Contreira AR, Corazza ST. Análise do tempo de reação e do estado cognitivo em idosas praticantes deatividades físicas. Fisioter Pesq. 2011;18(1): 54-9.

43. Mendes R, Sousa N, Reis VM, Themudo-Barata JL. Diabetes em Movimento® Programa comunitário de exercício para pessoas com diabetes tipo 2. Rev Medicina Desportiva informa. 2013;4(4):18-20. 44. Borg G. Psychophysical bases of percieved exertion. Medicine and

Science Sports and Exercise. 1982. 14(5):377-381.

45. Mendes R, Sousa N, Reis VM, Themudo-Barata JL. Programa de Exercício na DiabetesTipo 2. Revista Portuguesa de Diabetes. 2011;6 (2): 62-70.

Imagem

Figura 2 –  Exercício aeróbio
Figura 4 –  Exercício de agilidade/equilibrio
Tabela 1 –  Descrição da amostra por cidade

Referências

Documentos relacionados

Os candidatos reclassificados deverão cumprir os mesmos procedimentos estabelecidos nos subitens 5.1.1, 5.1.1.1, e 5.1.2 deste Edital, no período de 15 e 16 de junho de 2021,

Desta maneira, observando a figura 2A e 2C para os genótipos 6 e 8, nota-se que os valores de captura da energia luminosa (TRo/RC) são maiores que o de absorção (ABS/RC) e

- Se o estagiário, ou alguém com contacto direto, tiver sintomas sugestivos de infeção respiratória (febre, tosse, expetoração e/ou falta de ar) NÃO DEVE frequentar

Dentre as principais conclusões tiradas deste trabalho, destacam-se: a seqüência de mobilidade obtida para os metais pesados estudados: Mn2+>Zn2+>Cd2+>Cu2+>Pb2+>Cr3+; apesar dos

Contudo, não é possível imaginar que essas formas de pensar e agir, tanto a orientada à Sustentabilidade quanto a tradicional cartesiana, se fomentariam nos indivíduos

Compreendendo- se que o estudo dos eventos do século XX podem ser relevantes e esclarecedores para a compreensão da história e da sociedade de hoje, e levando-se em conta o

xii) número de alunos matriculados classificados de acordo com a renda per capita familiar. b) encaminhem à Setec/MEC, até o dia 31 de janeiro de cada exercício, para a alimentação de

Quando os dados são analisados categorizando as respostas por tempo de trabalho no SERPRO, é possível observar que os respondentes com menor tempo de trabalho concordam menos que