Ç,/›4Óš'¢/o
CHARLES
MORGAN
FERNANDES
CARDOSO
s
PARA
CRISE
EPILÉPTICA
FATORES
PRoGNÓsT1co
^
LIZADA
NA
FASE
AGUDA
TôN1co-cLoN1cA
GENERA
^
0
ENCEFÁLICO
GRAVE
DO TRAUMATISMO
CRANI
-Trabalho
apresentado à Universidade Federal
de Santa Catarina
para a conclusão
do Curso
de
Graduação
em
Medicina.
H
aE
E
E
ãšãššš 344A-.4
E
0375í
Florianópolis
Universidade Federal
de Santa Catarina
E
2004
CHARLES
MORGAN
FERNANDES
CARDOSO
›_ -..z
`
r r
FATORES PROGNOSTICOS
PARA.
CRISE
EPILEPTICA
A
A
'TONICO-CLONICA
GENERALIZADA
NA
FASE
AGUDA
DO
TRAUMATISMO
CRÂNIO-ENCEFÁLICO
GRAVE
Trabalho
apresentado à Universidade Federal
de
Santa Catarina
para
a conclusão
do
Curso
de
Graduação
em
Medicina.
Presidente
do
Colegiado:
Dr.
Ernani
Lange
de
S.Thiago
Orientador: Dr.
Roger
Walz
_Co-orientador: Dr.
Evandro
Tostes
Martins
Florianópolis
Universidade Federal de
Santa Catarina
2004
AGRADECIMENTOS
À
minha
mãe,
Vilma
Maria Femandes,
por todoamor
que
recebi, por tersempre
me
incentivado tanto
na
realização deste trabalho,como
ao longode
toda a faculdade, e peloexemplo de
vidaque
me
deixou, a honestidade, a perseverança, ahumildade
e a certezade
que
sempre você
estaráem meu
coração.Ao meu
pai,Amauri
Cardoso,que sempre
me
apoiounos
momentos
mais
dificeis, eque
sempre demonstrou muito
amor
e carinho,sendo sempre
sincero e íntegroem
suas atitudes,ficando
amemória
deum
grandehomem.
Aos
meus
irmãos, Jader AlbertoFemandes
Cardoso
eRonie
CleversonFemandes
Cardoso, por
sempre
estarem aomeu
lado e porsuperarmos
juntos e unidos todos os obstáculosda
vida.Ao meu
orientador e amigo, Dr.Roger Walz,
por todo apoio e dedicação durante a realização deste trabalho, e aomeu
co-orientador Dr.Evandro
Tostes Martins,que
com
sua dedicação fez possível a realização deste trabalho.Aos
pacientes, enfermeiros e funcionáriosdo
HospitalGovemador
Celso
Ramos,
obrigado
por
permitiremo desenvolvimento
deste trabalho.A
todas as pessoasque
diretamenteou
indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.RESUMO
--- --SUMÁRIO
SUMARY
--- -- 1INTRODUÇÃO
--- --2
OBJETIVO
--- -- 3MÉTODO
--- --4
RESULTADO
--- -- 5DISCUSSÃO
--- -- 12 óCONCLUSÃO
--- --NORMAS
ADOTADAS
--- --REFERÊNCIAS
--- --APÊNDICE
--- --IVRESUMO
l
Objetivo: Analisar a existência
ou
não de
associação entre variáveis demográficas, clínicas, laboratoriais e radiológicas eo desenvolvimento
de crise epiléptica tônico-clônica generalizada(CTCG)
na
faseaguda
do
traumatismo crânio-encefálico(TCE)
grave.Método:
Estudo
observacional, prospectivo.Foram
incluídos697
pacientes consecutivoscom
TCE
grave (Escala deComa
de Glasgow,
ECG
5
8), atendidos entre janeirode 1994
edezembro
de 2003 no
HospitalGovemador
CelsoRamos
em
Florianópolis.As
variáveis estudadas foram:sexo, idade,
ano de
atendimento,ECG
e resposta pupilar após a ressucitação, classificaçãotomográfica de
Marshall, presençade hemorragia
sub-aracnóide(HSA)
na
Tomografia
Computadorizada (TC)
edesenvolvimento de
meningite. Foi analisado0
graude
associação entre as variáveisacima
eo desenvolvimento de
CTCG
na
faseaguda
do
TCE
grave, atravésdo
testede
qui-quadrado.Resultados: Oitenta e cinco porcento dos pacientes
(N
=
591)eram do
sexo masculino.A
média
de
idade (iDesvio
padrão) foide 34
(116) anos. Sessenta e três pacientes(9%)
apresentaramCTCG.
Não
houve
associação entre sexo, idade,ano de
atendimento,ECG
e resposta pupilarapós
a ressucitação, classificaçãotomográfica
de Marshall, presençade hemorragia
sub-aracnóide
(HSA)
na
TC
e meningite eo desenvolvimento
deCTCG
na amostra
estudada depacientes
com
TCE
grave.Após
a correçãode
Bonferroni,consideramos que
amaior
incidênciade
convulsãono
biênio1996-1997
sejaum
errodo
tipo II (presençade
associação,mas
ao
acaso).Conclusão:
O
desenvolvimento de
CTCG
na
faseaguda do
TCE
não
está associadoao
sexo, idade,época
do
atendimento,ECG
e resposta pupilar apósa
ressucitação, classificaçãotomográfica de
Marshall, presençade hemorragia
sub-aracnóide(HSA)
na
TC
e dodesenvolvimento
de meningitena
amostra estudada de pacientescom
TCE
grave.O
controlede
outras variáveis potencialmente causadoras
de
viés de confusãoou
aferição será alvode
estudosfuturos.
SUMMARY
Objective:
To
analyze the existence or notof
associationbetween demographic,
clinical, laboratorial
and
radiological variablesand
thedevelopment of
tonic-clonic generalized seizures(TCGS)
in the acutephase
of
the seriousTraumatic
Brain Injury (TBI).Method:
Observational, prospective study.We
included697
consecutive patients with severeTBI
(Glasgow
Coma
Scale,GCS
S
8), attendedbetween
Januaryof
1994 and
December
of
2003
in the HospitalGovemador
CelsoRamos
in Florianópolis.The
analyzed variables were: sex, age, yearof
attendance,GCS
and
pupillaryreflex
after the resuscitation,tomography
classificationof
Marshall, presenceof Subarachnoid
Hemorrhage
(SAH)
in theComputed
Tomography
(CT), presenceof
meningitisand
thedevelopment of
TCGS.
The
analyseswere
carried out
by
the chi-square test.Results: Eighty
five
percentof
the patients(N
=
591)were
male.The
mean
age (âz StandardDeviation)
was
of 34
(:t16) years. Sixty three patients(9%)
presentedTCGS.
There were
no
association
among
sex, age, yearof
attendance,GCS
and
pupillaryreflex
after the resuscitation,tomography
classificationof
Marshall, presenceof Subarachnoid
Hemorrhage
(SAH)
in theCT,
meningitisand
thedevelopment
ofTCGS
in the studiedsample of
patients with seriousTBI.
After the Bonferroni correction,
we
consider that the highest incidenceof
TCGS
in thebiennium
1996-1997
was
a type II error (presenceof
association, butby
chance).Conclusion: There
were
no
associationsamong
sex, age, yearof
attendance,GCS
and
pupillaryreflex afler
the resuscitation,tomography
classificationof
Marshall, presenceof Subarachnoid
Hemorrhage (SAH)
in theCT,
presenceof
meningitisand
thedevelopment of
TCGS
in patientswith serious TBI.
The
controlof
other variables causing potentialconfounding
bias is currentlyunder
investigation.1
INTRODUÇÃO
As
lesões traumáticas são a principal causade morte
em
pessoas abaixo dos45
anos,sendo o
traumatismo
crânio-encefálico(TCE)
a causade
uma
proporção
importanteda morbidade
emortalidade neste grupo.
No
Brasil,não há dados
precisos sobre onúmero
de
casosde
TCE
e amorbi-mortalidade decorrente
dos
mesmos.
Estima-seque nos
EstadosUnidos da
América
ocorram
1,6 milhões de casos deTCE
ao
ano.O
TCE
pode
levar auma
grave incapacidade,impondo
elevada carga psicológica e financeiraao
paciente, seus familiares e à sociedade.As
principais causasde
TCE
são os acidentes automobilísticos, agressões equedas.”
O
TCE
écausado
por forçasextemas
contra osegmento
cefálico,que
podem
ser categorizadasem
impacto
direto e inercialsegundo
Graham
et al.3As
forças decorrentesdo
impacto
direto tipicamentecausam
lesões encefálicas focais, taiscomo
fraturasde
crânio,hematomas
subduralou
epidural e contusão.As
forças inerciais são as grandes responsáveis pelas lesões difusas.Classicamente, a avaliação
do
nívelde
consciênciado
paciente vítimade
TCE
é feita atravésdo
usoda
escalade
coma
de
Glasgow
(ECG), que
fomece
um
índice evolutivo e prognósticodo
paciente
com
TCE.
São
analisados 3 parâmetros, a abertura ocular,melhor
resposta verbal emelhor
resposta motora, pelo somatóriodos
pontos obtidos, tem-secomo
melhor
resposta 15 ecomo
pior 3(Quadro
1).De
acordocom
aECG
0
TCE
pode
ser classificadocomo
sendoleve
(de14 a 15 pontos),
moderado
(de9
a 13 pontos) e severo (3 a 8 pontos).4'5Sabe-se
que
émelhor
fazer usoda
ECG
após
a ressucitaçãodo
paciente,ou
seja,após
aadequada
ofertade
oxigênio evolume, dando
um
prognósticomais fidedigno
em
relaçãoao
2
Quadro 1- Escala de coma de Glasgow.
Abertura ocular Espontânea 4
›--r×›o›4›‹.no\›-›r×.›‹.ÃÍ.|>uz....z×›o›
Ao
comando da voz¬A
dorNenhuma
Melhor resposta verbal Orientada
Confusa
Palavras inapropriadas
Sons incompreensíveis
Nenhuma
Melhor resposta motora Obedece a comando verbal
Localiza à dor
Retirada inespecífica à dor Flexão anomial- descorticação
Reação
em
descerebraçãoSem
resposta à dorFonte: Teasdale, G.
&
Jennett, B. 1974, “Assessment ofcoma
and impaired consciousness.A
practical scale,”Lancet, vol. 2, pp. 81-84. `
Do
ponto
de vista estrutural,o
exame
indicado para avaliação de pacientescom
TCE
é a tomografiacomputadorizada (TC)
de encéfalo.A
TC
éum
exame
rápido,de
custo relativamente baixo(comparado
à ressonância nuclear magnética), apresentauma
sensibilidade elevada para detecçãode sangramentos na
faseaguda
bem como
fraturas(imagens
com
janela para osso), epermitem
um
fácilmanuseio de
pacientesque
estejamem
ventilaçãomecânica
eusando
bombas
de
infusão.6A
TC
pode
revelaro padrão
e a severidadedos danos
cerebraisapós
oTCE,
sendo
importante
uma
TC
de admissão
ena
evolução, jáque
1em
cada 6
pacientes evoluirãocom
apiora
do
padrão da TC.7
Marshall et al 8
desenvolveram
uma
classificaçãodos
exames
de
TC
realizadosem
pacientes3
Quadro
2-
Classificação deTCE
baseada naTomografia
Computadorizada
Categoria Definição
injúria difusa lipo l
Sem
alterações visíveis na TC.injuria difusa tipo ll Cistemas presentes
com
desvio da linha média de 0-5mm;
nenhuma lesão de altadensidade maior que 25 ml
em
volume.injuria difusa tipo Ill Cistemas comprimidas ou ausentes
com
desvio da linha média de 0-5mm;
nenhuma lesãode alta densidade maior que 25 ml
em
volume.injuria difusa tipo IV Desvio da linha média maior que 5
mm;
nenhuma lesão de alta densidade maior que 25 mlem
volume.Lesão de
massa
Toda lesão evacuada cirurgicamente.operada
Lesão
de massa
não Lesão de alta densidade maior que 25 mlem
volume, não evacuada cirurgicamente.operada
Lesao
de
TC
, Lesão de tronco cerebralFonte: Marshall, L. F., Marshall, S. B., Klauber,
M.
R.,&
Clark, M. 1991,“A
new classification of head injury based on computerized tomography,” J Neurosurg, vol. 75, pp. S14-S20.A
ocorrênciade
CTCG
na
primeirasemana
após
o
TCE
éum
fenômeno
jábem
conhecido,erequer dos
médicos
atençãono
manejo
destes pacientes.9Segundo Wiedemayer
H.
et al,'° a presençade
convulsãono
período inicialdo
TCE
tem
relação
com
a evolução desfavoráveldo
paciente, apesar desta relação serpequena
quando
comparado
com
outras variáveis.Contusões
pós-traumáticas,hematomas
subdural, baixa idade, lesão cerebral severa,alcoolismo crônico são causas conhecidas de convulsões pós-traumáticas
que ocorrem
dentroda
primeira
semana
após 0
TCE,
após este períodode
uma
semana
o aparecimentoda convulsão
é classificadocomo
tardio etem
como
causas a presençade
convulsõesna
primeirasemana,
a presença dehematoma
subdural, contusão cerebral, lesão cerebral severa, e idade superior a65
an0S_11,12,17,is
O
desenvolvimento
de
CTCG
na
faseaguda do
TCE
pode
causar lesões cerebrais secundárias, devido aoaumento
da
demanda
metabólica,aumento da
pressão intracraniana e a liberação excessiva de neurotransmissoresfEstudos
“in vitro”de
hipóxia tecidualdemonstraram
4
canais de sódio
voltagem
dependente.Recomenda-se
(grau I)o
tratamento profiláticocom
fenitoínaem
pacientes vítimas deTCE
que
apresentam anormalidadesna
TC,
por até 7 dias apóso
trauma. Entretanto, estudos clínicostêm
demonstrado não
haver benefíciosdo
usoprolongado
da
fenitoína,na prevenção
de epilepsia pós-TCE.l3°“Em
contrapartida sabe-se dos efeitos colaterais das drogas antiepilépticas(DAE)
incluindo, prejuízo nas funções cognitivas, febre, anormalidadesna condução
cardíaca, reações alérgicas ehematológicas.
Outro
ponto
importante é sua interação farmacológicacom
outrosfármacos
e suainterferência
com
o sistemamicrossomal
hepático.”As
causas relacionadas a crises epilépticasem
pacientesna
faseaguda
do
TCE
são múltiplas incluindo: hipóxia local (lesõescom
efeitode
massa), hipóxia generalizada devido à instabilidadehemodinâmica,
respiratória e hipertensão intracraniana, distúrbios hidroeletrolíticos emetabólicos (hipo
ou
hiperglicemia) entre outros.”A
determinaçãode
variáveisque
possam
ser fatorde
risco independente paraCTCG
em
pacientes
na
faseaguda
do
TCE
permitiria identificar grupos de riscoque
seriam potencialmente beneficiadoscom
o uso de
drogas antiepilépticas , evitandoo uso
generalizado destesfármacos
2
OBJETIVO
Analisar a existência
ou
não de
associação entre variáveis demográficas, clínicas, laboratoriais e radiológicas eo desenvolvimento de
crise epiléptica tônico-clônica generalizada3
MÉToDo
Esta pesquisa foi
um
estudodo
tipo observacional, prospectivo.Foram
analisadas variáveisdemográficas, clínicas, radiológicas e laboratoriais de
697
pacientes consecutivoscom
TCE
grave(ECG
5
8), atendidos entre janeirode 1994
edezembro
de
2003 no
HospitalGovemador
CelsoRamos em
Florianópolis.Todos
os pacientesreceberam
hidantalização (Fenitoína,em
“bolus”)na admissão ou na chegada
à unidade de terapia intensiva, seguido dedose de manutenção
ao longoda
internação.As
variáveis estudadas foram: sexo, idade,ano de
atendimento,ECG
e resposta pupilar após a ressucitação, classificação' tomográfica de Marshall, presençade
hemorragia
sub-aracnóide(HSA)
na
TC
edesenvolvimento
de
meningite.Os
dados foram
coletados prospectivamente através
de
protocolo(APÊNDICE),
e transferidos paraum
arquivoEXCELL.
A
variáveldependente
foio desenvolvimento de
CTCG
durante a intemação.Não
foram
analisadas crises parciais
ou
crises eletrográficas, poisnão
é realizado eletroencefalograma(EEG)
de
rotinana
instituição. Foi realizada análise univariada utilizando-seo
testedo
“qui-quadrado“
paracada
uma
das variáveis independentes categóricas estudadas. Variáveis contínuas(idade, glicemia)
foram
categorizadas para pennitir a análise.Após
a
correçãode
Bonferroni paramúltiplas
comparações, o
nívelde
significância estatística a ser considerada foide
“p”<
0.01.Variáveis associadas a
CTCG
com
um
nívelde
significância estatística “p”<
0.15 seriamincluídas
numa
análisede
regressão logística múltipla.A
medida
de
associação entre a presençade determinada
variável eo
desfecho(CTCG)
foi estimada atravésdo “odds
ratio” eo
respectivo intervalo de confiançade
95%
(IC95%). Para
a realizaçãoda
análise estatística utilizou-seo
programa
SPSS
10.0 (Chicago,EUA).
4
RESULTADOS
Os
resultados são apresentados nas tabelas 1 a 9. Oitenta e cinco porcentodos
pacientes(N
=
591)eram
do
sexo
masculino.A
média
de
idade (1Desvio
padrão) foide 34
(116) anos.Houve
uma
tendência para amaior
incidência deCTCG
no
biênio1996-1997
(OR
3.39, 1.13-
10.13,p
=
0.03).Não
houve
diferença significativa entre os pacientesque
apresentaramou
não
CTCG
durante aintemação
e asdemais
variáveis estudadas (p>0.19).Tabela
1 -Associação
entre
CTCG
e
sexo
em
pacientes
com
TCE
grave.
Sexo
Total
CT
CG
OR
IC (95%)
Nívelde “P”
N(%)
Sim
Não
Masculino
591(84,8)54
(85,7)537
(84,7) 1,0 - -Feminino
106
(15,2) 9 (14,3)97
(15,3) 0,9 (0,44-
1,9) 0,83CTCG
= Crise tônico-clônica generalizada.Tabela
2-
Associação
entre
CTCG
eidade
em
pacientes
com
TCE
grave.
Idade
(anos) TotalCTCG
OR
IC (95%)
Nívelde “P”
N(%)
Sim
Não
12
a30
356
(5l,l)29
(46)327
(53,2) 1,0 -31 a
45
173 (24,8) 21 (33,3) 152 (24,7) 1,56 (0,86-2,82)46 a 60
88 (l2,6)9
(14,3)79
(l2,8) 1,28 (0,58-2,82)mais de
60
61 (8,8)4
(6,4)57
(9,3) 0,79 (0,27-2,3) 0,14 0,53 0,67CTCG
= Crise tônico-clônica generalizada.Fonte: Banco de dados de
TCE
doHGCR,
janeiro/ 1 994 a dezembro/2003.Tabela
3-
Associação
entre
CTCG
e
biênio
em
pacientes
com
TCE
grave.
Biênio
TotalCTCG
OR
IC (95%)
Nívelde “P”
Sim
Não
2002/2003
2000/2001
1998/1999
1996/1997
1994/1995
s2(1 1,8) 142(2o,4) 133(19,1) 1õ2(23,2) 17s(25,5) 4(6,3) 7(11,1) 11(17,5) 24(38,1) 17(27,0) 78(l2,3) 135(2 1 ,3) l22(19,2) 138(21,8) 161(25,4) 1,0 1,01 1,76 3,39 2,06 (0,28-3,56) (0,54-5,71) (1,13-10,13) (0,67-6,32) 0,98 0,34 0,03 0,21CTCG
=
Crise tônico-clônica generalizada.Tabela
4-
Associação
entre
CTCG
e
escala
de
coma
de
Glasgow (ECG)
em
pacientes
com
TCE
grave.
ECG
TotalN(%)
Sim
CTCG
Não
OR
IC
(95%)
Nívelde “P”
7
a 8 290(4l,6) 25(40,3) 265(42,l) l -5
a6
l78(25,5) l8(29) l60(25,4) 1,19 (0,63-2,25)3a4
223(32) l9(30,6) 204(32,4) 0,98 (0,53-1,85) 0,59 0,97CTCG
= Crise tônico-clônica generalizada.Fonte: Banco de dados de
TCE
doHGCR,
janeiro/ 1994 a dezembro/2003.Tabela
5-Associação
entre
CTCG
e
resposta
pupilar
em
pacientes
com
TCE
grave
* Pupilas
Total
CTCG
OR
IC (95%)
Nívelde
“P”
N(%)
Sim
Não
Isocóficzs 257(3ó,9) 29(4ó) 230(3ó,5) 1,0 _Miófizzs
330(47,3) 27(42,9) 303(4s,1) 0,71 (0,41-1,23)Anisocóricas
s3(1 1,9) ó(9,5) 77(12,2) 0,62 (0,25-1,54)Mióriâfizzs
21(3,0) 1(1,ó) 20(3,2) 0,39 (0,05-3,06) 0,22 0,30 0,38* Quatro pacientes apresentaram trauma ocular associado, e a pupila não foi avaliada.
CTCG
=
Crise tônico clomcageneralizada
Tabela
6-Associação
entre
CTCG
e
glicemia
em
pacientes
com
TCE
grave
Glicemia
TotalCTCG
OR
IC (95%)
Nívelde
“P”
N(%)
Sim
Não
Menor
que
60
8(1,l)0
8(1,3)NA
- 0,6Entre 61
e200
547(78,5) 52(82,5) 495(78) 1,0 - -Entre 201
e300
l l3(l6,2) l1(l7,5) 102(16,2) 1,02 (0,52-2,03) 0,94Maior
que
300
24(3,4) 0 24(3,8)NA
- 0CTCG
=
Crise tônico-clônica generalizada.Fonte: Banco de dados de
TCE
doHGCR,
janeiro/ 1 994 a dezembro/2003.Tabela
7-Associação
entre
CTCG
e
classificação
de
Marshall
na
TC
em
pacientes
com
TCE
grave.
Classificação
de
TotalCTCG
OR
IC (95%)
Nívelde
“P”
Marshall
N(%)
sim
Nâo
11) tipo 1
ID
tipo 11ID
tipoIn
ID
tipoIv
LMo
LMNo
LTC
20(2,9)10,6)
190)
1ós(24,1) 1ó(25,4) 152(24) 159(22,s)1707)
1423(22,4)520,5)
20,2)
500,9)
222(31,9) 1x(2s,õ) 204(32,2)250,6)
0250,9)
500,2)
904,3)
41(ó,5) 1,0 2,0 2,27 0,76 1,67NA
4,17 (0,25-
15,94) (0,28-
18,07) (0,65-
8,87) (0,2l-
13,25) (0,49-
35,32) 0,51 0,44 0,83 0,62 0,66 0,19ID: injúria difusa;
LMO:
lesão de massa operada;LMNO:
lesão de massa não operada; LTC: lesao de troncocerebral;
NA:
não aplicável;CTCG:
Crise tônico-clônica generalizada.Fonte: Banco de dados de
TCE
doHGCR,
janeiro/ 1994 a dezembro/2003.Tabela
8-Associação
entre
CTCG
e
HSA
em
pacientes
com
TCE
grave.
HSA
Tom
CTCG
oR
1c(9s%)
Nívelde
“P”
N(%)
sim
Nâo
Não
634(90,9) 239(37,6) 395(62,3) 1,0 - -Sim
63(9,0) 23(36,5) 40(63,4) 0,95 (0,55-1,63) 0,85HSA:
Hemorragia sub-aracnóide;CTCG:
Crise tônico-clônica generalizada.Fonte: Banco de dados de
TCE
doHGCR,
janeiro/ 1994 a dezembro/2003.Tabela
9-
Associação
entre
CTCG
e
meningite
em
pacientes
com
TCE
grave.
Meningite
Total
CTCG
OR
IC (95%)
Nívelde
“P”N(%)
Sim
"Não
Não
677(97,l) 63(100) 614(96,8) l,0 - -Sim
20(2,8) 0(0) 20(3.2)NA
- 0,66NA:
não aplicável;CTCG:
Crise tônico-clônica generalizada.Fonte: Banco de dados de
TCE
doHGCR,
janeiro/ 1994 a dezembro/2003.5
DISCUSSÃO
Temkin
et al,“em
um
estudocom
783
pacientescom
alto risco paradesenvolverem
convulsões pós
TCE,
verificouque
os gruposque tem o
riscoaumentado
paradesenvolverem
convulsões incluem os
que
apresentamhematoma
subdural,hematoma
intracerebral,ECG
de
3 a8, convulsão precoce,
tempo
até obedecer acomandos
deuma
semana
ou
mais, fraturade
crânio, pelomenos
uma
pupilanão
reagente e lesões parietaisna
TC.
Segundo Vespa
et al,9 os principais fatores clínicosde
risco parao desenvolvimento de
convulsões
pós
TCE
incluem pacientes jovens, lesão cerebral severa, presençade
hematoma
subdural e ferimentos penetrantes.'9'2°
O
presente estudomostra que não
existe associação entre sexo, idade,ano de
atendimento,ECG
(3 a 8 pontos) e resposta pupilarapós
a ressucitação, classificação tomográfrcade
Marshall,presença
de hemorragia
sub-aracnóide(HSA)
na
TC
e meningite e odesenvolvimento
deCTCG
na amostra
estudadade
pacientescom
TCE
grave.Considerando
a correção de Bonferroni,nós
interpretamos
que
a tendência paramaior
incidênciade
CTCG
no
biênio1996-1997
sejaum
errodo
tipo II (presençade
associação,mas
ao
acaso).A
ausênciade
significânciaobservada
entre as variáveis estudadas eo
desfechopode
dever-se a
um
viés de confusão,uma
vez que
um
grandenúmero
de
variáveisque
podem
contribuir para
o
desfecho,não foram
incluídasna
análise. Entre elas: presençaou
não de trauma
associado (além
do
TCE),
distúrbios hidro-eletrolíticos (hiperou
hiponatremia, hiperou
hipomagnesemia), complicações
clínicas associadas (pneumonia, insuficiência renalou
hepática, instabilidadehemodinâmica,
anemia, febre) entre outras.Outro ponto
importante a ser considerado éo
tempo
de intemação
e omomento
em
que
tenha ocorrido a
morte
ou
alta hospitalaruma
vez que
casosmais
gravespoderiam
chegarao
óbito antes
de
chegar a manifestaruma CTCG.
Pacientesmenos
gravespoderiam
apresentarum
grau
de
disfunção neurológicamenor, que
permitiriauma
manifestação convulsiva,o que não
ocorreria nos casos
de
lesãomais
grave.Neste
contexto, idealmente a análise estatística deverialevar
em
contao
tempo
deintemação
até a altaou
óbitodo
paciente, utilizando-seda
análisepor
ó
CONCLUSÃO
Não
foiobservada
associação entre sexo, idade,ano de
atendimento,ECG
e resposta pupilarapós
a ressucitação, classificaçãotomográfica
de Marshall, presençade hemorragia
sub-aracnóide
(HSA)
na
TC
edesenvolvimento
de
meningite e odesenvolvimento
deCTCG
na
amostra
estudada de pacientescom
TCE
grave.O
controle de outras variáveis potencialmente causadorasde
viésde
confusão,bem
como
o
emprego
de
uma
análisepor
regressãode
Cox
levando
em
conta otempo
de internação e a mortalidade são pontos importantes aserem
NORMAS
ADOTADAS
Este trabalho foi realizado de
acordo
com
aNormatização
para Trabalhosde
'Conclusãode
Curso de Graduação
em
Medicina, resolução n° 001/2001,aprovada
em
reuniãodo
Colegiado
do
Curso de Graduação
em
Medicina da
Universidade Federalde
Santa Catarinaem
05 de
julhoREFERÊNCIAS
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Coan
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population-based studyof
seízuresafier
APÊNDICE
I.
NÚMERO
DO
PROTOCOLO:
2.REGISTRO:
PROTOCOLO
DE
PESQUISA-
HOSPITAL
GOVERNADOR
CELSO
RAMOS
3.
NOME
DO
PACIENTE:
4.
IDADE:
5.SEXO:
M:
F:7.
ADMISSÃO
HOSPITAL;
S.ADMISSÃO
UTI;
9.
ALTA
DA
UTI:
10.ALTA
DO
HOSPITAL:
11.
OLASOOW
POS-RESSUc1TAÇÃOz
/ I/=
12.
MARSIIALD
IINJÚRIA
DIPUSA
TIPO
1 (Tc
NORMAL
)z ( )2.1NIÚR1A
DIPUSA
TIPO
11(CISTERNAS PRESENTES
)z ( )_
3.1NJÚRIA
TIPO
III (SWELLING
SEM
OU
COM
DESVIO
'<
OU
=
5
mm);
( )4.INIÚRIA
TIPO
Iv(SWELLINO
COM
DESVIO
>
5mm
)z ( )5.LEsÃO
DE
MASSA
EVAcUADAz
( )ó.
LESÃO DE
MASSA
NÃO
EvAcUADAz
( )7.
LESÃO DE
TRONCO
cEREBRALz
( )13.