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Fatores prognósticos para crise epilética tônico-clônica generalizada na fase aguda do traumatismo crânio-encefálico grave

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(1)

Ç,/›4Óš'¢/o

CHARLES

MORGAN

FERNANDES

CARDOSO

s

PARA

CRISE

EPILÉPTICA

FATORES

PRoGNÓsT1co

^

LIZADA

NA

FASE

AGUDA

TôN1co-cLoN1cA

GENERA

^

0

ENCEFÁLICO

GRAVE

DO TRAUMATISMO

CRANI

-

Trabalho

apresentado à Universidade Federal

de Santa Catarina

para a conclusão

do Curso

de

Graduação

em

Medicina.

H

aE

E

E

ãšãššš 344

A-.4

E

0375

í

Florianópolis

Universidade Federal

de Santa Catarina

E

2004

(2)

CHARLES

MORGAN

FERNANDES

CARDOSO

›_ -..z

`

r r

FATORES PROGNOSTICOS

PARA.

CRISE

EPILEPTICA

A

A

'

TONICO-CLONICA

GENERALIZADA

NA

FASE

AGUDA

DO

TRAUMATISMO

CRÂNIO-ENCEFÁLICO

GRAVE

Trabalho

apresentado à Universidade Federal

de

Santa Catarina

para

a conclusão

do

Curso

de

Graduação

em

Medicina.

Presidente

do

Colegiado:

Dr.

Ernani

Lange

de

S.

Thiago

Orientador: Dr.

Roger

Walz

_

Co-orientador: Dr.

Evandro

Tostes

Martins

Florianópolis

Universidade Federal de

Santa Catarina

2004

(3)
(4)

AGRADECIMENTOS

À

minha

mãe,

Vilma

Maria Femandes,

por todo

amor

que

recebi, por ter

sempre

me

incentivado tanto

na

realização deste trabalho,

como

ao longo

de

toda a faculdade, e pelo

exemplo de

vida

que

me

deixou, a honestidade, a perseverança, a

humildade

e a certeza

de

que

sempre você

estará

em meu

coração.

Ao meu

pai,

Amauri

Cardoso,

que sempre

me

apoiou

nos

momentos

mais

dificeis, e

que

sempre demonstrou muito

amor

e carinho,

sendo sempre

sincero e íntegro

em

suas atitudes,

ficando

a

memória

de

um

grande

homem.

Aos

meus

irmãos, Jader Alberto

Femandes

Cardoso

e

Ronie

Cleverson

Femandes

Cardoso, por

sempre

estarem ao

meu

lado e por

superarmos

juntos e unidos todos os obstáculos

da

vida.

Ao meu

orientador e amigo, Dr.

Roger Walz,

por todo apoio e dedicação durante a realização deste trabalho, e ao

meu

co-orientador Dr.

Evandro

Tostes Martins,

que

com

sua dedicação fez possível a realização deste trabalho.

Aos

pacientes, enfermeiros e funcionários

do

Hospital

Govemador

Celso

Ramos,

obrigado

por

permitirem

o desenvolvimento

deste trabalho.

A

todas as pessoas

que

diretamente

ou

indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.

(5)

RESUMO

--- --

SUMÁRIO

SUMARY

--- -- 1

INTRODUÇÃO

--- --

2

OBJETIVO

--- -- 3

MÉTODO

--- --

4

RESULTADO

--- -- 5

DISCUSSÃO

--- -- 12 ó

CONCLUSÃO

--- --

NORMAS

ADOTADAS

--- --

REFERÊNCIAS

--- --

APÊNDICE

--- --IV

(6)

RESUMO

l

Objetivo: Analisar a existência

ou

não de

associação entre variáveis demográficas, clínicas, laboratoriais e radiológicas e

o desenvolvimento

de crise epiléptica tônico-clônica generalizada

(CTCG)

na

fase

aguda

do

traumatismo crânio-encefálico

(TCE)

grave.

Método:

Estudo

observacional, prospectivo.

Foram

incluídos

697

pacientes consecutivos

com

TCE

grave (Escala de

Coma

de Glasgow,

ECG

5

8), atendidos entre janeiro

de 1994

e

dezembro

de 2003 no

Hospital

Govemador

Celso

Ramos

em

Florianópolis.

As

variáveis estudadas foram:

sexo, idade,

ano de

atendimento,

ECG

e resposta pupilar após a ressucitação, classificação

tomográfica de

Marshall, presença

de hemorragia

sub-aracnóide

(HSA)

na

Tomografia

Computadorizada (TC)

e

desenvolvimento de

meningite. Foi analisado

0

grau

de

associação entre as variáveis

acima

e

o desenvolvimento de

CTCG

na

fase

aguda

do

TCE

grave, através

do

teste

de

qui-quadrado.

Resultados: Oitenta e cinco porcento dos pacientes

(N

=

591)

eram do

sexo masculino.

A

média

de

idade (i

Desvio

padrão) foi

de 34

(116) anos. Sessenta e três pacientes

(9%)

apresentaram

CTCG.

Não

houve

associação entre sexo, idade,

ano de

atendimento,

ECG

e resposta pupilar

após

a ressucitação, classificação

tomográfica

de Marshall, presença

de hemorragia

sub-

aracnóide

(HSA)

na

TC

e meningite e

o desenvolvimento

de

CTCG

na amostra

estudada de

pacientes

com

TCE

grave.

Após

a correção

de

Bonferroni,

consideramos que

a

maior

incidência

de

convulsão

no

biênio

1996-1997

seja

um

erro

do

tipo II (presença

de

associação,

mas

ao

acaso).

Conclusão:

O

desenvolvimento de

CTCG

na

fase

aguda do

TCE

não

está associado

ao

sexo, idade,

época

do

atendimento,

ECG

e resposta pupilar após

a

ressucitação, classificação

tomográfica de

Marshall, presença

de hemorragia

sub-aracnóide

(HSA)

na

TC

e do

desenvolvimento

de meningite

na

amostra estudada de pacientes

com

TCE

grave.

O

controle

de

outras variáveis potencialmente causadoras

de

viés de confusão

ou

aferição será alvo

de

estudos

futuros.

(7)

SUMMARY

Objective:

To

analyze the existence or not

of

association

between demographic,

clinical, laboratorial

and

radiological variables

and

the

development of

tonic-clonic generalized seizures

(TCGS)

in the acute

phase

of

the serious

Traumatic

Brain Injury (TBI).

Method:

Observational, prospective study.

We

included

697

consecutive patients with severe

TBI

(Glasgow

Coma

Scale,

GCS

S

8), attended

between

January

of

1994 and

December

of

2003

in the Hospital

Govemador

Celso

Ramos

in Florianópolis.

The

analyzed variables were: sex, age, year

of

attendance,

GCS

and

pupillary

reflex

after the resuscitation,

tomography

classification

of

Marshall, presence

of Subarachnoid

Hemorrhage

(SAH)

in the

Computed

Tomography

(CT), presence

of

meningitis

and

the

development of

TCGS.

The

analyses

were

carried out

by

the chi-square test.

Results: Eighty

five

percent

of

the patients

(N

=

591)

were

male.

The

mean

age (âz Standard

Deviation)

was

of 34

(:t16) years. Sixty three patients

(9%)

presented

TCGS.

There were

no

association

among

sex, age, year

of

attendance,

GCS

and

pupillary

reflex

after the resuscitation,

tomography

classification

of

Marshall, presence

of Subarachnoid

Hemorrhage

(SAH)

in the

CT,

meningitis

and

the

development

of

TCGS

in the studied

sample of

patients with serious

TBI.

After the Bonferroni correction,

we

consider that the highest incidence

of

TCGS

in the

biennium

1996-1997

was

a type II error (presence

of

association, but

by

chance).

Conclusion: There

were

no

associations

among

sex, age, year

of

attendance,

GCS

and

pupillary

reflex afler

the resuscitation,

tomography

classification

of

Marshall, presence

of Subarachnoid

Hemorrhage (SAH)

in the

CT,

presence

of

meningitis

and

the

development of

TCGS

in patients

with serious TBI.

The

control

of

other variables causing potential

confounding

bias is currently

under

investigation.

(8)

1

INTRODUÇÃO

As

lesões traumáticas são a principal causa

de morte

em

pessoas abaixo dos

45

anos,

sendo o

traumatismo

crânio-encefálico

(TCE)

a causa

de

uma

proporção

importante

da morbidade

e

mortalidade neste grupo.

No

Brasil,

não há dados

precisos sobre o

número

de

casos

de

TCE

e a

morbi-mortalidade decorrente

dos

mesmos.

Estima-se

que nos

Estados

Unidos da

América

ocorram

1,6 milhões de casos de

TCE

ao

ano.

O

TCE

pode

levar a

uma

grave incapacidade,

impondo

elevada carga psicológica e financeira

ao

paciente, seus familiares e à sociedade.

As

principais causas

de

TCE

são os acidentes automobilísticos, agressões e

quedas.”

O

TCE

é

causado

por forças

extemas

contra o

segmento

cefálico,

que

podem

ser categorizadas

em

impacto

direto e inercial

segundo

Graham

et al.3

As

forças decorrentes

do

impacto

direto tipicamente

causam

lesões encefálicas focais, tais

como

fraturas

de

crânio,

hematomas

subdural

ou

epidural e contusão.

As

forças inerciais são as grandes responsáveis pelas lesões difusas.

Classicamente, a avaliação

do

nível

de

consciência

do

paciente vítima

de

TCE

é feita através

do

uso

da

escala

de

coma

de

Glasgow

(ECG), que

fomece

um

índice evolutivo e prognóstico

do

paciente

com

TCE.

São

analisados 3 parâmetros, a abertura ocular,

melhor

resposta verbal e

melhor

resposta motora, pelo somatório

dos

pontos obtidos, tem-se

como

melhor

resposta 15 e

como

pior 3

(Quadro

1).

De

acordo

com

a

ECG

0

TCE

pode

ser classificado

como

sendoleve

(de

14 a 15 pontos),

moderado

(de

9

a 13 pontos) e severo (3 a 8 pontos).4'5

Sabe-se

que

é

melhor

fazer uso

da

ECG

após

a ressucitação

do

paciente,

ou

seja,

após

a

adequada

oferta

de

oxigênio e

volume, dando

um

prognóstico

mais fidedigno

em

relação

ao

(9)

2

Quadro 1- Escala de coma de Glasgow.

Abertura ocular Espontânea 4

›--r×›o›4›‹.no\›-›r×.›‹.ÃÍ.|>uz....z×›o›

Ao

comando da voz

¬A

dor

Nenhuma

Melhor resposta verbal Orientada

Confusa

Palavras inapropriadas

Sons incompreensíveis

Nenhuma

Melhor resposta motora Obedece a comando verbal

Localiza à dor

Retirada inespecífica à dor Flexão anomial- descorticação

Reação

em

descerebração

Sem

resposta à dor

Fonte: Teasdale, G.

&

Jennett, B. 1974, “Assessment of

coma

and impaired consciousness.

A

practical scale,”

Lancet, vol. 2, pp. 81-84. `

Do

ponto

de vista estrutural,

o

exame

indicado para avaliação de pacientes

com

TCE

é a tomografia

computadorizada (TC)

de encéfalo.

A

TC

é

um

exame

rápido,

de

custo relativamente baixo

(comparado

à ressonância nuclear magnética), apresenta

uma

sensibilidade elevada para detecção

de sangramentos na

fase

aguda

bem como

fraturas

(imagens

com

janela para osso), e

permitem

um

fácil

manuseio de

pacientes

que

estejam

em

ventilação

mecânica

e

usando

bombas

de

infusão.6

A

TC

pode

revelar

o padrão

e a severidade

dos danos

cerebrais

após

o

TCE,

sendo

importante

uma

TC

de admissão

e

na

evolução, já

que

1

em

cada 6

pacientes evoluirão

com

a

piora

do

padrão da TC.7

Marshall et al 8

desenvolveram

uma

classificação

dos

exames

de

TC

realizados

em

pacientes

(10)

3

Quadro

2

-

Classificação de

TCE

baseada na

Tomografia

Computadorizada

Categoria Definição

injúria difusa lipo l

Sem

alterações visíveis na TC.

injuria difusa tipo ll Cistemas presentes

com

desvio da linha média de 0-5

mm;

nenhuma lesão de alta

densidade maior que 25 ml

em

volume.

injuria difusa tipo Ill Cistemas comprimidas ou ausentes

com

desvio da linha média de 0-5

mm;

nenhuma lesão

de alta densidade maior que 25 ml

em

volume.

injuria difusa tipo IV Desvio da linha média maior que 5

mm;

nenhuma lesão de alta densidade maior que 25 ml

em

volume.

Lesão de

massa

Toda lesão evacuada cirurgicamente.

operada

Lesão

de massa

não Lesão de alta densidade maior que 25 ml

em

volume, não evacuada cirurgicamente.

operada

Lesao

de

TC

, Lesão de tronco cerebral

Fonte: Marshall, L. F., Marshall, S. B., Klauber,

M.

R.,

&

Clark, M. 1991,

“A

new classification of head injury based on computerized tomography,” J Neurosurg, vol. 75, pp. S14-S20.

A

ocorrência

de

CTCG

na

primeira

semana

após

o

TCE

é

um

fenômeno

bem

conhecido,e

requer dos

médicos

atenção

no

manejo

destes pacientes.9

Segundo Wiedemayer

H.

et al,'° a presença

de

convulsão

no

período inicial

do

TCE

tem

relação

com

a evolução desfavorável

do

paciente, apesar desta relação ser

pequena

quando

comparado

com

outras variáveis.

Contusões

pós-traumáticas,

hematomas

subdural, baixa idade, lesão cerebral severa,

alcoolismo crônico são causas conhecidas de convulsões pós-traumáticas

que ocorrem

dentro

da

primeira

semana

após 0

TCE,

após este período

de

uma

semana

o aparecimento

da convulsão

é classificado

como

tardio e

tem

como

causas a presença

de

convulsões

na

primeira

semana,

a presença de

hematoma

subdural, contusão cerebral, lesão cerebral severa, e idade superior a

65

an0S_11,12,17,is

O

desenvolvimento

de

CTCG

na

fase

aguda do

TCE

pode

causar lesões cerebrais secundárias, devido ao

aumento

da

demanda

metabólica,

aumento da

pressão intracraniana e a liberação excessiva de neurotransmissoresf

Estudos

“in vitro”

de

hipóxia tecidual

demonstraram

(11)

4

canais de sódio

voltagem

dependente.

Recomenda-se

(grau I)

o

tratamento profilático

com

fenitoína

em

pacientes vítimas de

TCE

que

apresentam anormalidades

na

TC,

por até 7 dias após

o

trauma. Entretanto, estudos clínicos

têm

demonstrado não

haver benefícios

do

uso

prolongado

da

fenitoína,

na prevenção

de epilepsia pós-TCE.l3°“

Em

contrapartida sabe-se dos efeitos colaterais das drogas antiepilépticas

(DAE)

incluindo, prejuízo nas funções cognitivas, febre, anormalidades

na condução

cardíaca, reações alérgicas e

hematológicas.

Outro

ponto

importante é sua interação farmacológica

com

outros

fármacos

e sua

interferência

com

o sistema

microssomal

hepático.”

As

causas relacionadas a crises epilépticas

em

pacientes

na

fase

aguda

do

TCE

são múltiplas incluindo: hipóxia local (lesões

com

efeito

de

massa), hipóxia generalizada devido à instabilidade

hemodinâmica,

respiratória e hipertensão intracraniana, distúrbios hidroeletrolíticos e

metabólicos (hipo

ou

hiperglicemia) entre outros.”

A

determinação

de

variáveis

que

possam

ser fator

de

risco independente para

CTCG

em

pacientes

na

fase

aguda

do

TCE

permitiria identificar grupos de risco

que

seriam potencialmente beneficiados

com

o uso de

drogas antiepilépticas , evitando

o uso

generalizado destes

fármacos

(12)

2

OBJETIVO

Analisar a existência

ou

não de

associação entre variáveis demográficas, clínicas, laboratoriais e radiológicas e

o desenvolvimento de

crise epiléptica tônico-clônica generalizada

(13)

3

MÉToDo

Esta pesquisa foi

um

estudo

do

tipo observacional, prospectivo.

Foram

analisadas variáveis

demográficas, clínicas, radiológicas e laboratoriais de

697

pacientes consecutivos

com

TCE

grave

(ECG

5

8), atendidos entre janeiro

de 1994

e

dezembro

de

2003 no

Hospital

Govemador

Celso

Ramos em

Florianópolis.

Todos

os pacientes

receberam

hidantalização (Fenitoína,

em

“bolus”)

na admissão ou na chegada

à unidade de terapia intensiva, seguido de

dose de manutenção

ao longo

da

internação.

As

variáveis estudadas foram: sexo, idade,

ano de

atendimento,

ECG

e resposta pupilar após a ressucitação, classificação' tomográfica de Marshall, presença

de

hemorragia

sub-aracnóide

(HSA)

na

TC

e

desenvolvimento

de

meningite.

Os

dados foram

coletados prospectivamente através

de

protocolo

(APÊNDICE),

e transferidos para

um

arquivo

EXCELL.

A

variável

dependente

foi

o desenvolvimento de

CTCG

durante a intemação.

Não

foram

analisadas crises parciais

ou

crises eletrográficas, pois

não

é realizado eletroencefalograma

(EEG)

de

rotina

na

instituição. Foi realizada análise univariada utilizando-se

o

teste

do

“qui-

quadrado“

para

cada

uma

das variáveis independentes categóricas estudadas. Variáveis contínuas

(idade, glicemia)

foram

categorizadas para pennitir a análise.

Após

a

correção

de

Bonferroni para

múltiplas

comparações, o

nível

de

significância estatística a ser considerada foi

de

“p”

<

0.01.

Variáveis associadas a

CTCG

com

um

nível

de

significância estatística “p”

<

0.15 seriam

incluídas

numa

análise

de

regressão logística múltipla.

A

medida

de

associação entre a presença

de determinada

variável e

o

desfecho

(CTCG)

foi estimada através

do “odds

ratio” e

o

respectivo intervalo de confiança

de

95%

(IC

95%). Para

a realização

da

análise estatística utilizou-se

o

programa

SPSS

10.0 (Chicago,

EUA).

(14)

4

RESULTADOS

Os

resultados são apresentados nas tabelas 1 a 9. Oitenta e cinco porcento

dos

pacientes

(N

=

591)

eram

do

sexo

masculino.

A

média

de

idade (1

Desvio

padrão) foi

de 34

(116) anos.

Houve

uma

tendência para a

maior

incidência de

CTCG

no

biênio

1996-1997

(OR

3.39, 1.13

-

10.13,

p

=

0.03).

Não

houve

diferença significativa entre os pacientes

que

apresentaram

ou

não

CTCG

durante a

intemação

e as

demais

variáveis estudadas (p>0.19).

Tabela

1 -

Associação

entre

CTCG

e

sexo

em

pacientes

com

TCE

grave.

Sexo

Total

CT

CG

OR

IC (95%)

Nível

de “P”

N(%)

Sim

Não

Masculino

591(84,8)

54

(85,7)

537

(84,7) 1,0 - -

Feminino

106

(15,2) 9 (14,3)

97

(15,3) 0,9 (0,44

-

1,9) 0,83

CTCG

= Crise tônico-clônica generalizada.

(15)

Tabela

2-

Associação

entre

CTCG

e

idade

em

pacientes

com

TCE

grave.

Idade

(anos) Total

CTCG

OR

IC (95%)

Nível

de “P”

N(%)

Sim

Não

12

a

30

356

(5l,l)

29

(46)

327

(53,2) 1,0 -

31 a

45

173 (24,8) 21 (33,3) 152 (24,7) 1,56 (0,86-2,82)

46 a 60

88 (l2,6)

9

(14,3)

79

(l2,8) 1,28 (0,58-2,82)

mais de

60

61 (8,8)

4

(6,4)

57

(9,3) 0,79 (0,27-2,3) 0,14 0,53 0,67

CTCG

= Crise tônico-clônica generalizada.

Fonte: Banco de dados de

TCE

do

HGCR,

janeiro/ 1 994 a dezembro/2003.

Tabela

3-

Associação

entre

CTCG

e

biênio

em

pacientes

com

TCE

grave.

Biênio

Total

CTCG

OR

IC (95%)

Nível

de “P”

Sim

Não

2002/2003

2000/2001

1998/1999

1996/1997

1994/1995

s2(1 1,8) 142(2o,4) 133(19,1) 1õ2(23,2) 17s(25,5) 4(6,3) 7(11,1) 11(17,5) 24(38,1) 17(27,0) 78(l2,3) 135(2 1 ,3) l22(19,2) 138(21,8) 161(25,4) 1,0 1,01 1,76 3,39 2,06 (0,28-3,56) (0,54-5,71) (1,13-10,13) (0,67-6,32) 0,98 0,34 0,03 0,21

CTCG

=

Crise tônico-clônica generalizada.

(16)

Tabela

4-

Associação

entre

CTCG

e

escala

de

coma

de

Glasgow (ECG)

em

pacientes

com

TCE

grave.

ECG

Total

N(%)

Sim

CTCG

Não

OR

IC

(95%)

Nível

de “P”

7

a 8 290(4l,6) 25(40,3) 265(42,l) l -

5

a

6

l78(25,5) l8(29) l60(25,4) 1,19 (0,63-2,25)

3a4

223(32) l9(30,6) 204(32,4) 0,98 (0,53-1,85) 0,59 0,97

CTCG

= Crise tônico-clônica generalizada.

Fonte: Banco de dados de

TCE

do

HGCR,

janeiro/ 1994 a dezembro/2003.

Tabela

5-

Associação

entre

CTCG

e

resposta

pupilar

em

pacientes

com

TCE

grave

* Pupilas

Total

CTCG

OR

IC (95%)

Nível

de

P”

N(%)

Sim

Não

Isocóficzs 257(3ó,9) 29(4ó) 230(3ó,5) 1,0 _

Miófizzs

330(47,3) 27(42,9) 303(4s,1) 0,71 (0,41-1,23)

Anisocóricas

s3(1 1,9) ó(9,5) 77(12,2) 0,62 (0,25-1,54)

Mióriâfizzs

21(3,0) 1(1,ó) 20(3,2) 0,39 (0,05-3,06) 0,22 0,30 0,38

* Quatro pacientes apresentaram trauma ocular associado, e a pupila não foi avaliada.

CTCG

=

Crise tônico clomca

generalizada

(17)

Tabela

6-

Associação

entre

CTCG

e

glicemia

em

pacientes

com

TCE

grave

Glicemia

Total

CTCG

OR

IC (95%)

Nível

de

“P”

N(%)

Sim

Não

Menor

que

60

8(1,l)

0

8(1,3)

NA

- 0,6

Entre 61

e

200

547(78,5) 52(82,5) 495(78) 1,0 - -

Entre 201

e

300

l l3(l6,2) l1(l7,5) 102(16,2) 1,02 (0,52-2,03) 0,94

Maior

que

300

24(3,4) 0 24(3,8)

NA

- 0

CTCG

=

Crise tônico-clônica generalizada.

Fonte: Banco de dados de

TCE

do

HGCR,

janeiro/ 1 994 a dezembro/2003.

Tabela

7-

Associação

entre

CTCG

e

classificação

de

Marshall

na

TC

em

pacientes

com

TCE

grave.

Classificação

de

Total

CTCG

OR

IC (95%)

Nível

de

“P”

Marshall

N(%)

sim

Nâo

11) tipo 1

ID

tipo 11

ID

tipo

In

ID

tipo

Iv

LMo

LMNo

LTC

20(2,9)

10,6)

190)

1ós(24,1) 1ó(25,4) 152(24) 159(22,s)

1707)

1423(22,4)

520,5)

20,2)

500,9)

222(31,9) 1x(2s,õ) 204(32,2)

250,6)

0

250,9)

500,2)

904,3)

41(ó,5) 1,0 2,0 2,27 0,76 1,67

NA

4,17 (0,25

-

15,94) (0,28

-

18,07) (0,65

-

8,87) (0,2l

-

13,25) (0,49

-

35,32) 0,51 0,44 0,83 0,62 0,66 0,19

ID: injúria difusa;

LMO:

lesão de massa operada;

LMNO:

lesão de massa não operada; LTC: lesao de tronco

cerebral;

NA:

não aplicável;

CTCG:

Crise tônico-clônica generalizada.

Fonte: Banco de dados de

TCE

do

HGCR,

janeiro/ 1994 a dezembro/2003.

(18)

Tabela

8-

Associação

entre

CTCG

e

HSA

em

pacientes

com

TCE

grave.

HSA

Tom

CTCG

oR

1c(9s%)

Nível

de

“P”

N(%)

sim

Nâo

Não

634(90,9) 239(37,6) 395(62,3) 1,0 - -

Sim

63(9,0) 23(36,5) 40(63,4) 0,95 (0,55-1,63) 0,85

HSA:

Hemorragia sub-aracnóide;

CTCG:

Crise tônico-clônica generalizada.

Fonte: Banco de dados de

TCE

do

HGCR,

janeiro/ 1994 a dezembro/2003.

Tabela

9-

Associação

entre

CTCG

e

meningite

em

pacientes

com

TCE

grave.

Meningite

Total

CTCG

OR

IC (95%)

Nível

de

“P”

N(%)

Sim

"

Não

Não

677(97,l) 63(100) 614(96,8) l,0 - -

Sim

20(2,8) 0(0) 20(3.2)

NA

- 0,66

NA:

não aplicável;

CTCG:

Crise tônico-clônica generalizada.

Fonte: Banco de dados de

TCE

do

HGCR,

janeiro/ 1994 a dezembro/2003.

(19)

5

DISCUSSÃO

Temkin

et al,“

em

um

estudo

com

783

pacientes

com

alto risco para

desenvolverem

convulsões pós

TCE,

verificou

que

os grupos

que tem o

risco

aumentado

para

desenvolverem

convulsões incluem os

que

apresentam

hematoma

subdural,

hematoma

intracerebral,

ECG

de

3 a

8, convulsão precoce,

tempo

até obedecer a

comandos

de

uma

semana

ou

mais, fratura

de

crânio, pelo

menos

uma

pupila

não

reagente e lesões parietais

na

TC.

Segundo Vespa

et al,9 os principais fatores clínicos

de

risco para

o desenvolvimento de

convulsões

pós

TCE

incluem pacientes jovens, lesão cerebral severa, presença

de

hematoma

subdural e ferimentos penetrantes.'9'2°

O

presente estudo

mostra que não

existe associação entre sexo, idade,

ano de

atendimento,

ECG

(3 a 8 pontos) e resposta pupilar

após

a ressucitação, classificação tomográfrca

de

Marshall,

presença

de hemorragia

sub-aracnóide

(HSA)

na

TC

e meningite e o

desenvolvimento

de

CTCG

na amostra

estudada

de

pacientes

com

TCE

grave.

Considerando

a correção de Bonferroni,

nós

interpretamos

que

a tendência para

maior

incidência

de

CTCG

no

biênio

1996-1997

seja

um

erro

do

tipo II (presença

de

associação,

mas

ao

acaso).

A

ausência

de

significância

observada

entre as variáveis estudadas e

o

desfecho

pode

dever-se a

um

viés de confusão,

uma

vez que

um

grande

número

de

variáveis

que

podem

contribuir para

o

desfecho,

não foram

incluídas

na

análise. Entre elas: presença

ou

não de trauma

associado (além

do

TCE),

distúrbios hidro-eletrolíticos (hiper

ou

hiponatremia, hiper

ou

hipomagnesemia), complicações

clínicas associadas (pneumonia, insuficiência renal

ou

hepática, instabilidade

hemodinâmica,

anemia, febre) entre outras.

Outro ponto

importante a ser considerado é

o

tempo

de intemação

e o

momento

em

que

tenha ocorrido a

morte

ou

alta hospitalar

uma

vez que

casos

mais

graves

poderiam

chegar

ao

óbito antes

de

chegar a manifestar

uma CTCG.

Pacientes

menos

graves

poderiam

apresentar

um

grau

de

disfunção neurológica

menor, que

permitiria

uma

manifestação convulsiva,

o que não

ocorreria nos casos

de

lesão

mais

grave.

Neste

contexto, idealmente a análise estatística deveria

levar

em

conta

o

tempo

de

intemação

até a alta

ou

óbito

do

paciente, utilizando-se

da

análise

por

(20)

ó

CONCLUSÃO

Não

foi

observada

associação entre sexo, idade,

ano de

atendimento,

ECG

e resposta pupilar

após

a ressucitação, classificação

tomográfica

de Marshall, presença

de hemorragia

sub-

aracnóide

(HSA)

na

TC

e

desenvolvimento

de

meningite e o

desenvolvimento

de

CTCG

na

amostra

estudada de pacientes

com

TCE

grave.

O

controle de outras variáveis potencialmente causadoras

de

viés

de

confusão,

bem

como

o

emprego

de

uma

análise

por

regressão

de

Cox

levando

em

conta o

tempo

de internação e a mortalidade são pontos importantes a

serem

(21)

NORMAS

ADOTADAS

Este trabalho foi realizado de

acordo

com

a

Normatização

para Trabalhos

de

'Conclusão

de

Curso de Graduação

em

Medicina, resolução n° 001/2001,

aprovada

em

reunião

do

Colegiado

do

Curso de Graduação

em

Medicina da

Universidade Federal

de

Santa Catarina

em

05 de

julho

(22)

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(25)

APÊNDICE

(26)

I.

NÚMERO

DO

PROTOCOLO:

2.

REGISTRO:

PROTOCOLO

DE

PESQUISA-

HOSPITAL

GOVERNADOR

CELSO

RAMOS

3.

NOME

DO

PACIENTE:

4.

IDADE:

5.

SEXO:

M:

F:

7.

ADMISSÃO

HOSPITAL;

S.

ADMISSÃO

UTI;

9.

ALTA

DA

UTI:

10.

ALTA

DO

HOSPITAL:

11.

OLASOOW

POS-RESSUc1TAÇÃOz

/ I/

=

12.

MARSIIALD

IINJÚRIA

DIPUSA

TIPO

1 (

Tc

NORMAL

)z ( )

2.1NIÚR1A

DIPUSA

TIPO

11

(CISTERNAS PRESENTES

)z ( )

_

3.1NJÚRIA

TIPO

III (

SWELLING

SEM

OU

COM

DESVIO

'<

OU

=

5

mm);

( )

4.INIÚRIA

TIPO

Iv(

SWELLINO

COM

DESVIO

>

5

mm

)z ( )

5.LEsÃO

DE

MASSA

EVAcUADAz

( )

ó.

LESÃO DE

MASSA

NÃO

EvAcUADAz

( )

7.

LESÃO DE

TRONCO

cEREBRALz

( )

13.

PIEMORRAOIA

SUB-ARAcNOIDÉ1Az SIM

( )

NÃO

( )

14.PUPILASz

1.ISOcÓRIcAz

( )

2.ANISOcÓRIcAz(

)

3.MIDRIÁTIcAz(

)

4.MIÓTIcAz(

)

15.cOMPLIcAÇÕES

NEUROLÓOICAS

1.MENINGITE(

) 2.

CONVULSÃO

( )

1ó.OLIcEMIAz

IOLICOSE

>

300

( ) 2.

OLICOSE

ENTRE

201

E

300(

)

3.OLIcOSE

ENTRE

61

E

200

( )

4.GLIcOSE <

60

( )

Referências

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