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Propriedades antioxidativas e morfológicas da Terminalia catappa linn em diferentes estágios de maturação/ Antioxidative and morphological properties of the Terminal catappa linn in different stages of maturation

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30315-30326 dec 2019 . ISSN 2525-8761

Propriedades antioxidativas e morfológicas da Terminalia catappa linn em

diferentes estágios de maturação/

Antioxidative and morphological properties of the Terminal catappa linn

in different stages of maturation

DOI:10.34117/bjdv5n12-157

Recebimento dos originais: 10/11/2019 Aceitação para publicação: 11/12/2019

Orquídea Vasconcelos dos Santos

Profa. Dra. Orquídea Vasconcelos

Instituição: Universidade Federal do Pará-UFPA E-mail: orquideavs@ufpa.br

Stephanie Dias Soares

Graduanda em nutrição pela Universidade Federal do Pará Instituição: Universidade Federal do Pará-UFPA

E-mail: soares-stepha@hotmail.com

Evelyn Lais Santos Vieira

Graduanda em nutrição pela Universidade Federal do Pará Instituição: Universidade Federal do Pará-UFPA

E-mail: evelynlsvieira@gmail.com

Laís Ribeiro Corrêa Lisbôa

Graduanda em nutrição pela Universidade Federal do Pará Instituição: Universidade Federal do Pará-UFPA

E-mail: lai242526@gmail.com

Douglas Marley Lopes Pinto

Graduando em nutrição pela Universidade Federal do Pará Instituição: Universidade Federal do Pará-UFPA

E-mail: douglasmarley.dm@gmail.com

Adriano Cruz da Costa Maciel

Graduando em nutrição pela Universidade Federal do Pará Instituição: Universidade Federal do Pará-UFPA

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30315-30326 dec 2019 . ISSN 2525-8761

Francisco das Chagas Alves do Nascimento

Instituição: Universidade Federal do Pará-UFPA E-mail: fcanufpa@gmail.com

RESUMO

A Terminalia catappa Linn é uma fruta da família Combretaceae e tem sido pesquisada como agente antioxidante atuando na prevenção de diversas patologias. Nesse sentido o objetivo desta pesquisa foi caracterizar e comparar o teor de compostos bioativos e a estrutura morfológica dos frutos em estágios de maturação roxo e amarelo. A metodologia aplicada seguiu os padrões estabelecidos pelo Instituto Adolfo Lutz e parâmetros de análises internacionais para analises de biocompostos. Os resultados mostram que o potencial hidrogeniônico e sólidos solúveis totais de ambas não apresentam diferenças significativas em nível de 5%. Mas diferem em seu teor de acidez total titulável. Seus teores em compostos bioativos demostram diferença significativa (p≤0,05) nos teores de Fenólicos totais (142,33 e 123,44 (mg GAE/g), Vitamina C (78,83 e 37,04 mg/100ml) e Antocianinas 16,29 e 2,64 mg/100ml). Porém, não mostram diferença significativa no teor de Flavonoides (43,52 e 41,95 mg/100ml) respectivamente para estado de maturação da castanhola roxa e amarela. As estruturas morfológicas mostram grânulos de aspecto esponjosos e estruturas em feixes fibrilares. Todos os achados desta pesquisa evidenciam um potencial alimentício para aplicação deste fruto em dietas humanas.

Palavras Chaves:Castanholas, Funcional, compostos bioativos

ABSTRACT

Terminalia catappa Linn is a fruit of the family Combretaceae and has been researched as an antioxidant agent acting in the prevention of various pathologies. In this sense, the objective of this research was to characterize and compare the content of bioactive compounds and the morphological structure of the fruits in purple and yellow ripening stages. The applied methodology followed the standards established by the Adolfo Lutz Institute and international analysis parameters for biocompounds analysis. The results show that the hydrogen potential and total soluble solids do not present significant differences at 5% level. But they differ in their titratable total acidity content. Their contents in bioactive compounds show significant difference (p≤0.05) in the contents of total phenolics (142.33 and 123.44 (mg GAE/g), Vitamin C (78.83 and 37.04 mg / 100ml) and Anthocyanins 16.29 and 2.64 mg/100ml). However, they show no significant difference in Flavonoid content (43.52 and 41.95 mg/100 ml) respectively for purple and yellow castanhola flour maturation. Morphological structures show spongy-looking granules and fibrillar bundle structures. All the findings of this research show a food potential for application of this fruit in human diets.

Keywords : castanhola flour, antioxidants, morphology.

1 INTRODUÇÃO

O Brasil possui um potencial pouco explorado de espécies frutíferas que podem ser utilizadas na alimentação, o que leva a importância de pesquisar e identificar fontes de

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30315-30326 dec 2019 . ISSN 2525-8761 compostos nutricionais e funcionais em diferentes espécies e estágios de maturação, especialmente pela presença de compostos bioativos que desempenham ação preventiva de agravos patológicos na saúde humana (SERRA et al., 2019; TEIXEIRA et al., 2019).

A Terminalia catappa Linn é uma fruta da família Combretaceae e cresce em regiões tropicais e subtropicais. O fruto possui uma pele externa (exocarpo), a polpa comestível (mesocarpo) e um caroço rígido no interior (endocarpo) com uma amêndoa revestida por uma película. O fruto é drupáceo glabro, arredondado e achatado, com uma cor verde quando não maduro, seguindo sua maturação em tom amarelada e por fim avermelhada em sua fase final de maturação (ABDULKADIR, 2015; SOUZA et al., 2016).

Pesquisas recentes mostram que o fruto da castanhola de tom roxo tem sido usado como agente antioxidante, devido seu conteúdo de fenólicos, flavonoides e antocianinas (ABDULKADIR, 2015; HUANG et al., 2018), fibras e ácidos graxos insaturados contidos em sua amêndoa, possuindo efeitos na prevenção e tratamento de doenças associadas ao sistema cardiovascular e doenças crônicas não transmissíveis Atuando na função e ação complementar da insulina no tratamento do diabetes (SOUZA et al., 2016; BEN et al., 2019). O fruto também é rico em vitaminas lipossolúveis e possui potencial anti-inflamatório (BEN et al., 2019). Destaca-se que em todas as pesquisas citadas são referentes à castanhola de tom roxo.

Nesse sentido, as características de composição físico-químicas dos frutos são influenciadas por seu estado de maturação, o percentual de compostos em macro e micronutrientes, elementos reguladores como as vitaminas, seu teor de água e o conteúdo de compostos bioativos são diretamente relacionados ao estado de evolução do fruto, que também podem sofrer influência das condições edafoclimáticas, pois está intimamente relacionado a exposição ao sol, índice pluviométrico, umidade dentre outros (MERELO et al., 2017).

Diante do exposto, o objetivo dessa pesquisa é caracterizar e comparar o teor de compostos bioativos e a estrutura morfológica dos frutos da Castanhola Terminalia catappa Linn em seus pontos de maturação roxa e amarela.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 MATÉRIA-PRIMA

Foram obtidas 200 unidades de castanhola, 100 de tom roxo e 100 de tom amarelo, no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), localizada em Belém, estado do Pará, que se encontra nas seguintes coordenadas geográficas: latitude 01º 27' 21" Sul, longitude 48º 30'

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30315-30326 dec 2019 . ISSN 2525-8761 16" Oeste e altitude 10m, referentes à safra de 2019. Espécie cadastrada no Herbário da Universidade Federal do Pará, sob registro nº 3791. Os frutos foram higienizados, sanitizados (200 ppm/30mim), enxaguados, despolpados, secos em estufa de circulação de ar a 60 ºC por 24 horas. Em seguida, foram triturados em Moinho de facas do tipo Willye (marca Refrinox modelo TE650).

2.2 COMPOSIÇÕES QUÍMICAS

As análises físicas determinadas foram pH, teor de Sólidos Solúveis Totais (SST), Acidez Total Titulável (ATT) expresso em % de ácido cítrico (IAL, 2008). Os extratos foram obtidos segundo a metodologia de Vieira et al., (2011), com extrações na proporção de 1:20 (amostra: solvente), com amostra diluída em etanol a 95% com HCl 1,5 N (85:15) v/v.

2.3 COMPOSTOS BIOATIVOS

As análises do teor de compostos bioativos como o ácido ascórbico foi determinada pelo método titulométrico pela redução de 2,6-diclorofenol-indofenol (DCFI) (IAL, 2008). As análises do teor de Flavonoides foram obtidas pelo método descrito por Francis (1982). Onde o extrato foi obtido pela amostra diluída em etanol a 95% com HCl 1,5 N (85:15) v/v com leitura da absorbância em espectrofotômetro UV/VIS, marca Kasuaki, modelo IL-592, a um comprimento de onda de 374 nm Para os flavonoides.

Na análise de antocianina seguiu-se o método do pH diferencial aplicável a antocianinas monoméricas, com adaptações (LEE et al., 2005). Tomando como referencia que as antocianinas em pH baixo encontram-se predominantemente na forma de cátion flavínico, de coloração vermelha em solução aquosa. Assim a obtenção do extrato seguiu o mesmo padrão de flavonoides, porém com acidificação em tampão pH 4,5 sendo sua leitura realizada em 510 nm, máxima absorbância para identificação de antocianinas, utilizando o Coeficiente de Extinção glicosídeo médio (ε1cm = 98,2 L cm-1 g-1), que corresponde a cianidina-3- glicosídeo.

O teor de fenólicos totais foi obtido pelo método do reagente Folin-Ciocalteau, de acordo com metodologia descrita em Usenik et al. (2008). Tomando como base a curva analítica construída com soluções padrões de ácido gálico em metanol P. A. (100 a 500 mg/mL) com equação da reta y= 0,0003x-0,5673 e R2=0,9688. Com comprimento de onda 765 nm. Os resultados foram expressos como mg em equivalentes de ácido gálico por 100 g de extrato.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30315-30326 dec 2019 . ISSN 2525-8761 2.4 ANÁLISES MORFOLÓGICAS

As análises morfológicas dos grânulos foram realizadas pela visualização em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), com amostras acopladas em suportes e metalizadas com Au/Pd para permitir condutividade elétrica necessária no processo de formação das imagens, em Corrente do feixe de elétrons de 85-90 µA. As imagens ou eletromicrografias foram realizadas em Microscópio eletrônico de varredura marca Tescan, modelo Vega3, instalado no Laboratório de Nanomanipulação (PPGF/ UFPA).

Os resultados dos experimentos foram submetidos à análise estatísticos expressos a partir da média ± desvio padrão das determinações em triplicado. Os dados foram agrupados e analisados empregando o teste de Tukey. As médias foram consideradas significativas no nível de probabilidade de 5% (p≤0,05). Com o auxílio do programa Statistica versão 5.0 (STATSOFT INC., 1995).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados das análises físicas estão apresentados na Tabela 1.

Tabela 1 - Análises físico-químicas comparativas da castanhola roxa (CR) e

amarela (CA)

PARÂMETROS CR CA pH 4,60 ± 0,12a 4,74 ± 0,05a SST 10,0 ± 0,01a 10,0 ± 0,01a

ATT 0,53 ± 0,03a 0,38 ± 0,50b

Fonte: Autores (2019). Resultados apresentados como Média ± Desvio padrão. Médias na mesma linha seguidas por letras distintas diferem significativamente entre si.

Teste de Tukey (p ≤ 0,05).

Os dados da Tabela 1 mostram os valores de pH e SST da polpa da CR e CA, sem diferenças significativas entre si. Resultados próximo ao encontrado por Lima (2012), que obtiveram pH na faixa media de 4,67 a 4,85 em suas pesquisas caracterizando um fruto com baixa acidez

A Acidez Total Titulável encontrada na polpa de CR expressa em % de ácido cítrico mostrou diferença significativa (p≤0,05). Com valor maior do que o encontrado na variedade CA. Sendo os valores de CR superiores aos verificados nas pesquisas de Santos et al. (2016)

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30315-30326 dec 2019 . ISSN 2525-8761 com a mesma variedade. Segundo esses autores essa faixa de pH e de ATT nestes pontos de maturação da castanhola mostram que esse fruto é levemente ácido.

O teor de Sólidos Solúveis Totais (SST) encontrado nesta pesquisa foi de 10 º Brix. Semelhante aos dados das pesquisas de Santos et al. (2016) para o fruto da castanhola roxo com maior médias de 11,8 °Brix. Este dado é relevante, pois quanto maior for o teor de SST, mais avançado o estado de maturação dos frutos, por apresentar elevado teor de açucares em sua composição. Outros constituintes deste fruto, em termos de funcionalidade em compostos bioativos encontram-se nos dados da Tabela 2.

Tabela 2 - Análises de compostos bioativos da castanhola roxa (CR) e amarela (CA) PARÂMETROS CR CA

Fenólicos totais (mg GAE/g) 142,33 ± 15,5 a 123,44 ± 10,0

b Vitamina C (mg/100ml) 78,83 ± 19,5 a 37,04 ± 0,65 b Flavonoides (mg/100g) 43,52 ± 0,37 a 41,95 ± 1,88 a Antocianinas (mg/100g) 16,29 ± 0,50 a 2,64 ± 0,88 b Fonte: Autores (2019).

Resultados apresentados como Média ± Desvio padrão.

Médias na mesma linha seguidas por letras distintas diferem significativamente entre si.

Teste de Tukey (p ≤ 0,05).

A castanhola de tom roxa obteve maior valor de ácido ascórbico (78,83 mg/100g) em comparação com a de tom amarela (37,04 mg/100g). Quando comparado a outras frutas reconhecidamente fontes de ácido ascórbico como as pesquisadas em frutas in natura por Cardoso et al. (2015) como a laranja (25,85 mg/100ml-1), a Tangerina (15,29 mg/100ml-1), Manga (3,19 mg/100ml-1) mostraram-se superiores. Porém próximas a frutos como a goiaba (75,48 mg/100ml-1) e inferior a Acerola com média de 1506 mg/100g (BERNARDI et al., 2019) e a Mangaba com médias de 394,45mg/100g (NUNES et al.,2019). Esse teor de vitamina C demonstra que esse fruto apresenta potencial antioxidante relacionada com o sistema de defesa combatendo o excesso de radicais livres nas células (SANTOS et al., 2019; BERNARDI et al., 2019).

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30315-30326 dec 2019 . ISSN 2525-8761 Segundo Abdulkadir (2015), o conteúdo de antioxidante e de antocianinas é maior no fruto maduro do que no não maduro, o que explica os resultados mostrados na tabela 2. O resultado de antocianinas totais para a polpa da castanhola roxa foi de 16,29 mg/100g e de 2,64 mg/100g para a castanhola de tom amarela, Esse resultado é maior do que o encontrado por Lima (2012) com média de 9,95 mg/100g para a castanhola roxa. Também se apresenta maior em frutos conhecidos como a Ameixa com média de 7,15 mg/100g e a Goiaba 4,84 mg/100g (GONÇALVES et al., 2019). Entretanto, apresenta-se menor em frutos considerados fontes de antocianinas como o Camu camu com média de 209 mg/100g e o açaí com média de 73,54 g por 100 g (AZEVEDO et al., 2018; SILVA et al., 2017).

Os teores de flavonoides foram em média 43,52 mg/100g e 41,45 mg/100g respectivamente para os estágios de maturação das castanholas roxa e amarela. Estes resultados não apresentam diferença em nível de 5% de significância estatística. Quando comparados as pesquisas de Lima (2012) apenas com o fruto de tom roxo o valor mostra-se próximo com média de 45,7 mg/100g de. Em comparação com frutos como o abacate com média de 21,9 mg/100g, (BERNARDI et al., 2019) e Muruci 32,28 mg/100g (RODRIGUES et al., 2018) o fruto da castanhola, independente do ponto de maturação, mostrou-se superior. Entretanto, nos frutos como o açaí (672 mg/g), Acerola (158 mg/g) e o cajá (184 mg/g), mostra-se com teores menores nesses compostos (PAZ et al., 2015).

A análise das castanholas em diferentes graus de maturação roxa e amarela apresentam valores com diferenças significativas ao nível de 5% (P ≤0,05) em Compostos fenólicos totais (142,33 mg GAE/g e 123,44 mg GAE/g, respectivamente). Os estudos de Abdulkadir (2015) obteve resultado inferior ao desta pesquisa com valor médio de (117,10 mg GAE/g) para castanhola da variedade roxa.

Em comparação com frutos como a Ameixa com 85,0 mg de AGE/g e a Goiaba 54,2 mg de AGE/g, analisados nas pesquisas de (GONÇALVES et al., 2019) as castanholas mostram valores superiores independente do ponto de maturação. Entretanto, mostra-se inferior em comparação com o açaí nas pesquisas de Silva et al. (2017) com 346,14 mg de AGE/g. Observa-se o potencial das castanholas em fenólicos totais. Esses valores apontam um fruto com alta atividade antioxidante.

A presença desses compostos mostra a funcionalidade desse fruto, independente de seu estado de maturação, pois auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares por atuarem na redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos, na inibição de diversos tipos de câncer e outras alterações neuropatológicas (BERNARDI et al., 2019).

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30315-30326 dec 2019 . ISSN 2525-8761 Outros aspectos analisados foram às estruturas morfológicas dessa espécie as quais são mostradas nas figuras 1 e 2. A morfologia da castanhola de tom roxo (Figura 1). Apresenta grânulo de formato e superfície irregular de aspecto esponjoso com pequenas reentrâncias envolto em conformações fibrilares. Na Figura 2 são apresentadas as estruturas da castanhola da espécie amarela. Suas estruturas morfológicas apresentam certas diferenciações para a variedade roxa com a superfície dos grânulos com mais involuções fibrosas em sua superfície, com mais espaços e reentrâncias, seu formato mantem-se irregular de aspecto esponjoso.

As diferenciações estruturais morfológicas entre as variedades mostram superfícies mais homogênea, de aspecto mais esponjoso e com feixes de fibras mais aparente, porém mais aderido a superfície do grânulo na castanhola roxa. Na variedade amarela, há similaridade de seu grânulo com aspecto esponjoso e seu feixe de fibra visualizado separado do grânulo.

Estes dados estão relacionados às capacidades de aplicação dessa matéria-prima nas duas variedades, pois suas superfícies e conformações esponjosas e fibrilares mostram um possível potencial de utilização em formulações de base ou em proporções alimentares que necessitem de funções como absorver e reter materiais como água, óleo e demais compostos líquidos que podem ser aplicados na formulação de preparações alimentícias (SANTOS et al., 2016).

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 12, p.30315-30326 dec 2019 . ISSN 2525-8761

4 CONCLUSÃO

Os resultados evidenciam um fruto com baixa acidez e alta concentração de vitamina C. Em seus teores de compostos bioativos em Antocianinas, flavonoides e compostos fenólicos os frutos da castanhola em diferentes estágios de maturação em tom roxo e amarela não mostram diferenças significativa nas médias estatísticas.

As micrografias evidenciam consideráveis semelhanças entre os diferentes pontos de maduração com seus grânulos com superfícies de aspecto esponjosos, com a presença de estruturas fibrilares.

Estes achados mostram as qualidades constituintes presentes na composição deste fruto. Indicando as potencialidades contidas nesta matéria-prima independente de seus estágios de maturação amarelo ou roxo para ser aplicado em formulações alimentícias.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à FINEP e à rede LABNANO-AMAZON/UFPA pelo apoio através das instalações do MEV utilizadas no presente trabalho. E a UFPA/PIBIC/PROEG pela concessão das bolsas de IC.

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