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Metodologias ativas de ensino e aprendizagem no ensino da Anatomia Humana: Uma experiência usando massa de modelar e outras ferramentas de comunicação em um projeto de monitoria / Active teaching and learning methodologies in the teaching of Human Anatomy

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Metodologias ativas de ensino e aprendizagem no ensino da Anatomia Humana:

Uma experiência usando massa de modelar e outras ferramentas de

comunicação em um projeto de monitoria

Active teaching and learning methodologies in the teaching of Human Anatomy:

An experience using modeling clay and other communication tools in a

monitoring project

DOI:10.34117/bjdv6n6-645

Recebimento dos originais: 08/05/2020 Aceitação para publicação: 29/06/2020

Patrícia Moreira Batista de Souza

Graduada em Fonoaudiologia pela Universidade Federal da Paraíba; Mestrado em andamento em Modelos de Decisão e Saúde pela Universidade Federal da Paraíba; Especialização em andamento em Fonoaudiologia Hospitalar e Disfagia pelo Centro Universitário de João Pessoa. É professora de Primeiros Socorros do Centro de Ensino Técnico e Odontológico do Nordeste. Tem experiência em

Anatomia Humana, Oncologia, Motricidade Orofacial e Disfagia. E-mail: patriciambds@gmail.com

Jose Danillo dos Santos Albuquerque

Graduando em Fonoaudiologia pela Universidade Federal da Paraíba; Experiência de monitoria, pesquisa e extensão em Anatomia Humana e extensão nas áreas de Terapia de Fala e Linguagem.

Atualmente é Diretor do Movimento Social Fonoaudiologia Humanizada. E-mail: danilloalbuquerque@hotmail.com

Anna Ferla Monteiro Silva

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual da Paraíba; Mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual da Paraíba; Especialização em Fisioterapia Neurológica pela Universidade Estadual da Paraíba; Doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do

Norte; Professora Adjunta de Anatomia do DMORF/CCS/UFPB. Atualmente é Vice-chefe do Departamento de Morfologia/CCS/UFPB. Tem experiência em Ciências Morfológicas, Fisioterapia

Uroginecológica e Obstétrica, Neurologia e Saúde Coletiva. E-mail: annaferlapb@gmail.com

Eliane Marques Duarte de Sousa

Graduada em Odontologia pela Universidade Federal da Paraíba; Master of Science - Texas A&M University - USA; PhD em Ciências Morfológicas UFMG/MG; Especialização em Acupuntura pela

ABA (Associação Brasileira de Acupuntura); Professora Titular de Anatomia do Departamento de Morfologia do CCS/ UFPB. Coordenadora do Comitê de Ética do CCS/ UFPB. Tem experiência em Ciências Morfológicas, Anatomia Aplicada à Odontologia e Bioética e Ética na Pesquisa com

Seres Humanos.

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Monique Danyelle Emiliano Batista Paiva

Graduada em Odontologia pela Universidade Federal da Paraíba; Mestrado em Diagnóstico Bucal UFPB; Doutorado em Estomatologia UFPB/UFBA. Professora Adjunta de Anatomia do DMORF/CCS/UFPB. Atualmente é Chefe do Departamento de Morfologia/CCS/UFPB. Tem

experiência em Ciências Morfológicas, Oncologia Odontológica e Estomatologia. E-mail: moniquedebp@gmail.com

RESUMO

Anatomia Humana é uma disciplina obrigatória a todos os cursos da saúde, constituindo-se enquanto disciplina de base, precursora de outros conhecimentos que são adquiridos ao longo do curso. Todo discente tem o dever de consolidar bem os conhecimentos básicos adquiridos na trajetória do profissional da saúde para garantir o bom desempenho acadêmico nas disciplinas específicas. O uso de metodologias ativas nesse processo, junto com o estímulo a comunicação, faz toda a diferença nos resultados obtidos no que se refere ao aproveitamento da disciplina, buscando mostrar que diversas alternativas podem ser usadas para implementar um ensino eficiente, utilizando inclusive, materiais de baixo custo. O estudo teve como objetivo relatar uma estratégia específica de ensino adotada em um projeto de monitoria, na disciplina de Anatomia aplicada a Fonoaudiologia I, do curso de Fonoaudiologia, da Universidade Federal da Paraíba, e consistiu-se, entre outras estratégias adotadas, em uma atividade usando massa de modelar para destacar origem, inserção, ação e elementos ósseos de músculos da expressão facial e da mastigação. Observou-se um aumento significativo na média das notas dos alunos comparando os dois semestres, indicando uma boa consolidação do conteúdo. Importante ressaltar um maior empenho dos discentes em relação ao estudo da Anatomia Humana quando esses recebem estímulos externos de metodologias ativas de ensino.

Palavras-chave: Anatomia, Ensino, Difusão de inovações, Comunicação. ABSTRACT

Human Anatomy is a mandatory discipline in all health courses, constituting itself as a basic discipline, precursor of other knowledge that is acquired during the course. It is the duty of every student to consolidate well the basic knowledge acquired in the trajectory of the health professional to ensure good academic performance in specific disciplines. The use of active methodologies in this process, together with the encouragement of communication, makes all the difference in the results obtained with regard to the use of the discipline, seeking to show that several alternatives can be used to implement efficient teaching, including using teaching materials. low cost. The study aimed to report a specific teaching strategy adopted in a monitoring project, in the discipline of Anatomy Applied to Speech Therapy I, of the Speech Therapy course, at the Federal University of Paraíba, and consisted, among other strategies adopted, in a activity using modeling clay to highlight origin, insertion, action and bone elements of facial expression and chewing muscles. There was a significant increase in the average of the students' grades comparing the two semesters, indicating a good consolidation of the content. It is important to highlight a greater commitment by students in relation to the study of Human Anatomy when they receive external stimuli from active teaching methodologies.

Keywords: Anatomy, Teaching, Diffusion of Innovation, Communication.

1 INTRODUÇÃO

A Anatomia Humana é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres vivos (DANGELO; FATTINI, 2010). A Anatomia é uma disciplina obrigatória para todos os cursos do Centro de Ciências da Saúde e do Centro de Ciências Médicas,

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além de alguns cursos do Centro de Ciências Exatas e da Natureza e do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal da Paraíba.

Para os cursos da saúde, a disciplina de Anatomia Humana é componente obrigatório do primeiro período, onde o aluno é imerso na Anatomia geral do corpo humano, musculatura geral, articulações e sistemas. Nos semestres seguintes, em sequência são ministradas disciplinas de Anatomia aplicada, onde são exploradas as estruturas de relevância para a atuação profissional especifica (musculatura da cabeça e pescoço, por exemplo, para Fonoaudiologia).

Os conteúdos ministrados nessas disciplinas são extremamente cansativos e a monitoria tem o dever de proporcionar, além de um tempo extra sala de aula, uma abordagem mais centrada na construção de um ambiente mais propício e construtivo para a aprendizagem. E para isso, a monitoria vem aperfeiçoar o processo de formação profissional e promover a melhoria da qualidade de ensino-aprendizagem.

A monitoria compõe-se em um espaço de troca de saberes que constitui um processo de formação e melhoria da qualidade do ensino (MARTINELLI e BEATRICI, 2018). Entende-se que enquanto proposta auxilia o professor em suas atividades cotidianas de forma significativa, em todas as etapas do processo pedagógico, ao mesmo tempo tem a finalidade de aperfeiçoar o processo de formação, proporcionar ao aluno a possibilidade de ampliar o conhecimento em certa disciplina, despertar o interesse para a docência e desenvolver aptidões e habilidades no campo do ensino, a fim de aperfeiçoar o potencial acadêmico (UFPA, 2008). Assim, criam-se condições para o aprofundamento teórico e o desenvolvimento de habilidades relacionadas à atividade docente do aluno monitor (BRANCO JÚNIOR et al., 2018).

Lins et al., (2009) descrevem que nos últimos anos, com o desenvolvimento do pensamento pedagógico de orientação crítico progressista, procedimentos monitorais vêm ganhando espaço no contexto da realidade educacional das instituições de Ensino Superior. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) declarou essa atividade complementar no Brasil, através do art. 41 da Lei n.°5.540/68 e ratificada no art. 84 da Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (BATISTA e BARRETO, 2018). Os projetos de incentivo e/ou iniciação à docência, onde a monitoria está inclusa, é de extrema importância para a comunidade acadêmica e o monitor nessa posição de “treinamento” pode se fazer valer de inúmeras estratégias para facilitar a aprendizagem.

Quando se fala no contexto educacional, se entende todas as potencialidades humanas que, mesmo inconscientes, estão presentes no aluno. Duarte 2008 apoia-se em António Damásio que, no livro “O Mistério da Consciência”, defende que a identificação dos objetos do mundo é feita não só pelos sentidos da visão, tato, paladar e audição como também pela percepção somatosensorial

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(músculos, vísceras e cartilagens). Daí a subjetividade de percepção existente de indivíduo para indivíduo (ALEXANDRE et al., 2018).

Sendo assim, o objetivo do presente trabalho, foi relatar uma estratégia específica de ensino adotada em um projeto de monitoria, na disciplina de Anatomia aplicada a Fonoaudiologia I, do curso de Fonoaudiologia, da Universidade Federal da Paraíba (Monitoria: Integração e Incentivo à Formação de Docentes e Pesquisadores, Centro de Ciências da Saúde, Campus I), para facilitar o entendimento e direcionamento dos músculos da expressão facial e da mastigação, facilitando assim o processo de aprendizagem que terá continuidade na disciplina de Anatomia aplicada à Fonoaudiologia II. Vale destacar que o experimento foi feito com turmas de Fonoaudiologia, mas a natureza do método permite sua utilização em todos os cursos da saúde que envolva o estudo de grupos musculares.

2 METODOLOGIA

O presente trabalho consistiu em uma atividade com massa de modelar e foi desenvolvida ao longo dos semestres 2017.2 e 2018.1 nas turmas de Fonoaudiologia da Universidade Federal da Paraíba. Sendo assim, foi solicitado que os discentes fizessem miniaturas dos músculos da expressão facial e da mastigação, e os posicionassem no crânio de acordo com a posição anatômica da musculatura, sempre partindo da origem para a inserção do músculo. Com a supervisão dos monitores, foi relembrada a importância e o direcionamento das fibras musculares, para que estas estivessem alinhadas entre os elementos ósseos de origem e inserção respectivamente. Mesmo com essa nova metodologia não foi descartada o uso do ensino clássico da anatomia, somado aos meios de comunicação emergentes; dessa forma, seguem listadas todas as metodologias empregadas com as turmas:

• Monitorias teóricas; • Monitorias práticas;

• Utilização de peças cadavéricas;

• Utilização de peças sintéticas disponíveis no departamento; • Utilização de redes sociais (grupo em aplicativo de conversa); • Realização de simulados práticos;

• Oferta de materiais teóricos (roteiros e questionários); • Momentos de revisão;

• Plantão de dúvidas online na véspera dos exames;

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O diferencial desse período foi deixar o aluno mais livre dentro do laboratório, com maior liberdade de uso das peças cadavéricas, para que eles tivessem maior contato com as mesmas, pois dessa forma, a monitoria funcionaria como um reforço e plantão de dúvidas e não como uma segunda aula.

Figura 1: Atividade realizada pela turma do semestre 2017.2.

Fonte: Souza et al., 2020

Figura 2: Atividade realizada pela turma do semestre 2018.1.

Fonte: Souza et al., 2020

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a aplicação das metodologias ativas de ensino e aprendizagem supracitadas, tivemos como observar dois fatores chave com relação ao rendimento dos discentes. Primeiramente, estes, se mostraram mais empenhados para estudar as demais unidades da disciplina, uma vez que puderam perceber que novas formas de ensino favorecem o aprendizado e aumentam seu rendimento acadêmico. Isso já era previsto por Berbel (2011), que constata a crescente motivação do aluno de aprender em condições que favoreçam o pensar.

Também foi observada a média das notas da primeira unidade da disciplina que sofreu aumento de um semestre para o outro, quando as habilidades dos próprios monitores em transmitir os conteúdos mostraram-se evoluir:

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Tabela 1: Descrição dos semestres letivos 2017.2 e 2018.1, comparativo de médias finais Semestre Quantidade de Alunos Média da Disciplina

2017.2 22 5.8

2018.1 23 6,9

Fonte: Souza et al., 2020)

Para além de resultados referentes a notas ou gráficos de evolução numéricos, a relevância desse trabalho se dá pela inovação. Inicialmente, a massa de modelar, como material didático, de baixo custo e grande potencial em estimular a aprendizagem pela própria construção (em sentido literal) do conhecimento (MEDEIROS, 2014).

As metodologias ativas são a nova tendência no ensino em todos os níveis da educação (KAFOURI et al., 2019). No ensino superior, sua importância é dada objetivando a formação de profissionais melhores que sejam capazes de refletir sobre o seu processo de trabalho. Mas é valido pensar na formação de profissionais que vão atuar na Educação Básica. Em cursos de ciências biológicas, por exemplo, (e demais licenciaturas), o profissional, ainda na universidade, precisa experimentar uma educação respeitosa para poder refletir quando estiver atuando na ponta (nas escolas). Com isso, são formados alunos mais atuantes e capazes de refletir sobre a sua aprendizagem.

Vejamos aqui uma breve simulação de um ciclo educativo e como a implementação de metodologias ativas interferem a curto e longo prazo na formação do ser e em diferentes cenários:

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Quadro 1: Esquema ilustrativo de um fluxo continuado de um ciclo educativo e a interferência de metodologias ativas de ensino:

Fonte: Souza et al., 2020.

Segundo Freire (2010), “essa relação dialética entre opressores e oprimidos, a qual irá nos remeter a um processo contínuo de desumanização, leva os oprimidos, cedo ou tarde, a lutarem contra quem os fez menos” (Ibid., p. 33). Cabe à escola, portanto, ser o local de transformação desse processo revolucionário. Portanto, vale sim, em todos os níveis educacionais, fazer valer-se de todas as ferramentas possíveis na busca de um processo educativa eficaz (BOMBARDA, 2018).

Essa busca é válida em todos os cenários educacionais, inclusive no ensino superior, entendendo-o também, como ferramenta de transformação social por meio da educação (OLIVEIRA

Acesso a educação básica (ENTENDIMENTO DE MUNDO)

O aluno que não recebe uma educação pautada em métodos que possibilitem a construção de um conhecimento entenderá, nessa fase, que as coisas

são como são, sem a possibilidade de mudança

Acesso ao ensino fundamental (FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE)

Essa e a fase em que o sujeito adquire a concepção de si começa a impor vontades e pensar sobre os processos pelos quais passa. Se a educação não for

respeitosa aqui, o indivíduo se tornará impositor

Acesso ao ensino médio (PROCURA POR UM LUGAR NA SOCIEDADE E BUSCA DA

IDENTIDADE)

Nessa fase, a educação por metodologias ativas deve vir atrelada ao teórico, na construção de um saber sólido para ingresso no ensino superior. Quando isso

não ocorre, o aluno apenas decora matérias e fórmulas.

Acesso ao ensino superior (FORMACAO PROFISSIONAL)

Aqui, como bastante explorado no artigo, as metodologias ativas fazem com que o individuo devolva a sociedade o seu valor, por meio de uma

boa atuação e exercício da cidadania

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et al., 2015). As metodologias ativas vão desde o uso de peças sintéticas de baixo custo, até instrumentais de alta tecnologia, como no caso das simulações virtuais. Outros artigos citam o poder da habilidade de esterognosia para consolidação do conhecimento e aprendizagem em variados contextos (MATOS, 2019). Diante disso, porque não pensar nesse tipo de estratégia também na aprendizagem da Anatomia Humana?

Por outro lado, vemos o potencial que o estímulo a uma comunicação eficaz tem de quebrar a hierarquia que existe entre monitores/professores e alunos. A quebra dessa divisão e horizontalização do saber, entendendo-se enquanto processo construtivo faz com que todos tenham o mesmo propósito na construção de um saber comum. O caminho para a construção desse cenário é o estímulo a comunicação não violenta e boa convivência (OLIVEIRA, 2019). O reflexo disso se dá, tanto entre os monitores e alunos, quanto entre professores e monitores.

O exercício da monitoria como complemento não obrigatório na formação superior oferece oportunidades para o aproveitamento estudantil no processo de ensino-aprendizagem de colegas, amplia a inserção do aluno nas questões educacionais das Instituições de Ensino Superior e o torna mais crítico quanto à própria formação acadêmico-profissional (FIOR, 2003; SANTOS; BOSCAINO e PAVÃO, 2006).

Logo, a monitoria acadêmica é um ganho pedagógico benéfico não apenas aos alunos monitorados (que adquirem uma fonte a mais de consulta, confiança e aprendizado), mas também ao professor orientador, que tem sua responsabilidade docente dividida com os monitores, fazendo com que esses passem a ter mais responsabilidades, uma vez que estarão lidando com o ensino de terceiros (SANTEE e GARAVALIA, 2006) e precisam pensar como fazer os alunos aprenderem, e como vão construir uma futura prática docente.

Os trabalhos de monitoria precisam seguir a perspectiva de sempre trazer melhorias na qualidade de vida do aluno e novas formas de aprendizagem, alias, são alunos lidando com alunos, um sabendo a dificuldade do outro (FREITAS et al., 2014). O monitor não pode simplesmente querer ser outro professor que simplesmente detém e transmite conteúdo (para isso existe o docente). O discente monitor que se insere em programas de monitoria precisa ir além do que o professor faz e lançar mão de novas estratégias, se não, de nada adianta uma proposta de monitoria (apenas um certificado).

4 CONCLUSÕES

Dessa forma, conclui-se que o maior empenho dos discentes em relação ao estudo da Anatomia Humana se dá quando esses recebem estímulos externos de metodologias ativas de ensino, pois essas acabam por transformar uma disciplina pesada e maçante em alguns casos, em uma

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disciplina divertida e com várias oportunidades de aprendizagem e estímulo para os alunos monitorados.

Os responsáveis por esses estímulos externos são os envolvidos no processo de ensino (docentes, monitores e tutores). Vale pensar nas questões que permeiam e atravessam o caminho de quem se propõe a diferenciar o ensino. Não é tão simples quanto parece, desde a iniciativa, passando pela idealização, execução e obtenção de resultados. Às vezes nem os próprios professores responsáveis sabem lidar com métodos inovadores de aprendizagem por pura descrença, como relatado nas conclusões de Freitas et al., (2014).

Metodologias ativas bem aplicadas e fundamentadas tem o potencial para formar seres educacionais (alunos) mais pensantes e autodidatas. O caminho para a formação de profissionais que pensem no seu processo de trabalho e que não sigam apenas protocolos, é a estimulação à comunicação e construção da aprendizagem desde a formação. O ideal seria a implementação de métodos como o aqui descrito na base da educação (com adaptações ao conteúdo), para que os alunos já tivessem um referencial do que seria uma educação respeitosa. Mas ainda há um longo caminho a percorrer. Acreditamos que se a área da educação superior (licenciaturas) investir numa formação diversificada, rica em metodologias ativas, os profissionais ao sair da Universidade e se lançar no campo de trabalho, sejam capazes de ensinar de uma forma diferente, mandando alunos para o Ensino Superior com uma visão diferenciada do seu próprio aprendizado.

REFERÊNCIAS

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BATISTA M. S. L.; BARRETO A. C. Monitoria acadêmica: uma proposta para futuros docentes.

Encontro de Extensão, Docência e Iniciação Científica (EEDIC). v. 5, n 1. p.1-3, 2018.

BERBEL, N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia dos estudantes. Seminario de

Ciências Sociais e Humanas, v. 32, n 1. p. 25-40, 2011.

BOMBARDA A. Dilemas e contradições da autonomia docente. Dissertação de Mestrado, apresentado ao Conselho do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista- Campus de Araraquara como requisito para a obtenção do título de Mestre em Educação Escolar. Linha de pesquisa: Estudos históricos, filosóficos e antropológicos sobre escola e cultura. 2018

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Figura 1: Atividade realizada pela turma do semestre 2017.2.

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