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Papel do ócio no bem-estar subjetivo das crianças

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Palma, del 21 al 23 noviembre 2018

XXXI Seminario Interuniversitario

de Pedagogía Social

Organizan:

Congreso

Internacional SIPS:

“Pedagogía social,

investigación

y familias”

Palma, del 21 al 23 noviembre 2018

XXXI Seminario Interuniversitario

de Pedagogía Social

Organizan:

Congreso

Internacional SIPS:

“Pedagogía social,

investigación

y familias”

Congreso Internacional SIPS:

“Pedagogía social, investigación y familias”

XXXI Seminario Interuniversitario de Pedagogía Social

LIBRO DE COMUNICACIONES COMPLETAS

Y CONCLUSIONES

(2)

Palma, del 21 al 23 noviembre 2018

XXXI Seminario Interuniversitario

de Pedagogía Social

Organizan:

Congreso

Internacional SIPS:

“Pedagogía social,

investigación

y familias”

(3)

Congreso Internacional SIPS:

“Pedagogía social, investigación y familias”

XXXI Seminario Interuniversitario de Pedagogía Social

LIBRO DE COMUNICACIONES COMPLETAS

Y CONCLUSIONES

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ÍNDICE

COMUNICACIONES COMPLETAS

EJE 1. Pedagogía social y familia. Modelos y teorías

-­‐ O papel da família no bem-estar subjetivo das crianças ………7 -­‐ Roles de género en personas mayores en el ámbito familiar.

Un estudio longitudinal 2012-2017 ………21 -­‐ Las relaciones intergeneracionales y los procesos educativos en la familia ………..32 -­‐ O papel do ócio no bem-estar subjetivo das crianças .……….43 -­‐ Mediación parental del uso de internet: una estrategia educativa para minimizar

los riesgos de la infancia .………59 -­‐ La ruptura familiar: Una mirada hacia la Coordinación de Parentalidad .………..69 -­‐ El ambiente en los recursos como prioridad durante el acompañamiento

socioeducativo con adolescencia en dificultad social ………..92 -­‐ La implicación de las familias y la comunidad, un eje clave en el cambio de

modelo de rehabilitación en prisiones. El modelo de participación y convivencia de las prisiones catalanas ……….103

EJE 2. Intervención socioeducativa en infancia, juventud y familia. Prácticas y experiencias

- Intervención con familias de alumnado en privación de libertad por

medida judicial ……….117 - Importancia de la implicación de las familias en los procesos de protección de

menores: aproximación cualitativa a los centros de recepción y primera acogida de la ciudad de Valencia ..………119 - El acogimiento en familia ajena: necesidad de apoyo e intervención

socioeducativa ………134 - Implicación educativa de la familia en la formación del técnico superior en

educación infantil. Incidencia en la inclusión educativa .……….159 - Importancia del ámbito familiar en la experiencia de ocio juvenil (16-18 años) …..171 - El papel de la familia en el ocio de las personas jóvenes con discapacidad …………..184 - Juego e infancia en la calle. Espacios públicos y movilidad en la ciudad ……….199 - Familia y educación para la sostenibilidad. Aprendizaje-servicio en la formación

del educador social ……….. 212 - Fondos de conocimiento familiar: el caso de los niños y niñas gitanos .……….224 - Relaciones intergeneracionales en el marco familiar. Análisis de buenas prácticas.235

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EJE 3. Metodologías de Investigación en Pedagogía Social

- Participación, corresponsabilidad y ética en la evaluación de programas sociales. La implicación de las familias en los procesos de reinserción social de las

personas que cumplen medidas de privación de libertad ………249 - Las sombras de la infancia: una propuesta de intervención ecosistémica sobre

la exposición de los/as menores a la violencia de género ……….263 - Uso de la Escala SDG/s (School Doing Gender/Students) como elemento de

análisis previo a una propuesta de coeducación para jóvenes ………..282 - Diseño, desarrollo y validación de un sistema de seguimiento de la transición

a la vida adulta de los jóvenes extutelados en Cataluña ………..300 - Desocultando a caixa negra da escola: etnografia, investigação acção e

qualitative study pedagogia social na escola ………311 - El Mapa Comunitario como herramienta para la construcción de la comunidad …….328

CONCLUSIONES

EJE 1. Pedagogía social y familia. Modelos y teorías ……….345 EJE 2. Intervención socioeducativa en infancia, juventud y familia.

Prácticas y experiencias ………353 EJE 3. Metodologías de Investigación en Pedagogía Social ………361

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O PAPEL DO ÓCIO NO BEM-ESTAR SUBJETIVO

DAS CRIANÇAS

Paulo Delgado

pdelgado@ese.ipp.pt

inED – Centro de Investigação e Inovação em Educação Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, Portugal

Joana Alexandre

ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa

Joana Oliveira

inED – Centro de Investigação e Inovação em Educação Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, Portugal

Helena Carvalho

ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa

João M. S. Carvalho

CICS.NOVA.UMinho, UNICES-Instituto Universitário da Maia, Portugal

Resumo

O bem-estar subjetivo/ Subjetive well-being (SWB) constitui uma importante dimensão no estudo da qualidade de vida das crianças (Ben-Arieh, Casas, Frønes, & Korbin, 2014; Bradshaw, 2015; Casas, 2016). Nos últimos anos, têm sido realizados estudos regulares que analisam o bem-estar subjetivo das crianças incluídas na população em geral, no âmbito do Children World Project (http://www.isciweb.org.).

Os estudos do SWB sublinham a importância da participação das crianças relativamente às decisões que afetam a sua vida, em dimensões como a educação, a rede de amigos e a utilização do tempo livre (Casa & Rees, 2015; González et al., 2015; Sarriera et al., 2015). A estabilidade, o sucesso educativo, uma relação afetiva e comprometida com os cuidadores, a existência de uma rede social de amigos, e a realização de atividades de tempo livre, atuam como fatores compensadores, que potenciam o sentimento de bem-estar (Lee & Yoo, 2015).

A vivência numa sociedade em que o tempo é um bem escasso e o bem-estar parece estar associado ao consumo e à posse, como necessidades indispensáveis para a felicidade dos seres humanos (Alves, 2014), coloca em evidência a

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importância da qualidade daquilo que se faz no tempo disponível e não necessariamente na quantidade de tempo disponível. Neste sentido, assumem particular relevância os tempos livres e a forma como estes se transformam em ócio, numa experiência enriquecedora que nos permite entender o mundo de forma diferente (Cuenca, 2011), contribuindo para a igualdade de oportunidades e para a democratização da vida em comum (Caride, 2012). Partindo de uma linha de estudo que encara o tempo livre como um tempo formativo e de intervenção educativa (Araújo, 2011), na qual o tempo livre diz respeito a uma fração do tempo disponível, percecionamos o ócio como uma forma positiva de utilização dessa fração do tempo disponível (Peñalba, 2001).

O International Survey of Children’s Well-Being (ISCWeB), da Children’s Worlds, envolve países em todos os continentes e recolhe dados relativos à vida das crianças, às suas atividades diárias, à sua utilização do tempo e, em particular, às suas perceções e avaliações do seu estar. O objetivo é melhorar o bem-estar das crianças, divulgando o conhecimento sobre a sua vida quotidiana na família, e na comunidade, e promovendo a compreensão das suas convicções, do seu grau de satisfação com o meio e com as relações que mantêm. Ambiciona igualmente influenciar os líderes de opinião, decisores, profissionais e o público em geral, nos países que participam no projeto bem como no panorama internacional.

As dimensões abrangidas pelo ISCWeB são as seguintes: casa; saúde; objetos materiais; utilização do tempo; relações interpessoais; escola; zona em que vive; dados pessoais. Inclui itens de três escalas psicométricas sobre o SWB: PWI (Personal well-being Index); SLSS (Student´s Life Satisfaction Scale); e OLS (Overall life satisfaction).

A primeira fase do projeto começou em 2009, abrangendo 14 países numa pesquisa piloto em grande escala, e contou com a participação de 34.500 crianças (Tamar & Rees, 2014; Tamar & Ben-Arieh, 2015; Tamar, Main, & Fernandes, 2015). A recolha dos dados relativa à segunda fase decorreu a partir de 2013, abrangendo 19 países, e teve a participação de 53.000 crianças. Os principais resultados do estudo encontram-se compilados em diferentes publicações: Chidren’s Worlds, 2016; Rees, Bradshaw, & Andresen, 2015; e Rees & Main, 2015. A terceira fase do estudo arrancou em 2016 e prolonga-se até 2019.

Este trabalho centra-se na análise do bem-estar subjetivo, focando-se particularmente na utilização do tempo livre na vida das crianças com idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos de idade. Os resultados da aplicação do questionário utilizado no International Survey of Children´s Well-Being (ISCWeB – Children´s worlds), no decurso da segunda vaga, em 2013, numa amostra de crianças do 3º, 5º e 7º anos de escolaridade de escolas públicas da área metropolitana de Lisboa (N = 764), mostram que existe, particularmente para as crianças de 5º e 7º anos (12-14 anos) uma correlação positiva e significativa entre

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a felicidade que sentem na forma como utilizam o seu tempo e a sua vida como um todo (r = .487, p < .01) e o seu autoconceito (r = .564, p < .01).

Numa perspetiva longitudinal, estes dados são comparados com as 67 respostas já recolhidas aos questionários da 3ª vaga, para a mesma idade, em fase de aplicação em 2018 no distrito do Porto. O objetivo é englobar, no final, um grupo de 300 crianças.

Palavras-Chave: Bem-estar subjetivo; Ócio; Participação; Children World Projet

TEMPO LIVRE, ÓCIO E DESENVOLVIMENTO NA INFÂNCIA

O tempo livre constitui-se como uma conquista da sociedade industrial, enquanto modalidade calculável do tempo isento de obrigações, nomeadamente as laborais. Trata-se de uma fração de tempo disponível que pode ser desocupado, tempo para ocupações pessoais autotélicas ou ócio (Araújo, 2011). Assumindo uma perspetiva que encara o tempo livre como um tempo formativo e de intervenção educativa (Araújo, 2011), partilhamos da visão de Peñalba (2001) que encara o ócio como uma forma positiva de uso do tempo livre. Assim sendo, o ócio difere também do lazer, este último entendido como um conjunto de atividades realizadas de forma livre, sem uma finalidade utilitária e associadas ao prazer e ao divertimento, uma vez que o ócio “não pode ser entendido como tempo, nem como um conjunto de atividades que se denominam como tal, mas sim como uma atitude pessoal e/ou comunitária que tem sua raiz na motivação e no desejo” (Cuenca, 2016, p. 16).

Em 1993, a World Leisure and Recreation Association definiu o ócio como um direito humano básico, que assume formas de expressão amplas, fomenta a saúde e o bem-estar e, simultaneamente, constitui-se como um recurso importante para o desenvolvimento pessoal, social e económico (Cuenca, 2014). Trata-se, assim, de “uma experiência humana (pessoal e social) intencional, de natureza autotélica, entendido como âmbito de desenvolvimento e direito humano, a que se acede mediante a formação” (Cuenca, 2011, p.27), e que deve proporcionar satisfação e liberdade, associando-se desta forma a vivências não utilitárias nem produtivas (Cuenca, 2009). Advogamos assima importância do ócio como um tempo que nos “humanize em tudo o que é humano” (Caride, 2012, p. 311), permitindo a promoção do bem-estar pessoal e social, garantindo a inclusão e promovendo o empoderamento das pessoas e das suas comunidades (Instituto de Estudios de Ocio, 2013), tornando-o assim num aspeto central do desenvolvimento humano, em especial das crianças e jovens.

O que fazem as crianças e jovens nos seus tempos livres? Que implicações estão associadas ao seu uso? Serão efetivamente tempos livres? Possuem poder de decisão sobre a forma como passam o seu tempo? Quando é que os tempos livres

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se convertem em ócio? Qual é a relevância do ócio no desenvolvimento dos jovens?

Sabemos que, na atualidade, as crianças vivem num ritmo muitíssimo acelerado, divididas entre o trabalho escolar, as atividades de enriquecimento curricular eos trabalhos para casa, a que se somam, por vezes, as atividades no ATL e as explicações em centros de estudo (Araújo, 2017). Assistimos desta forma a uma institucionalização da infância (Sarmento & Pinto, 1997), reforçada pela abertura da escola pública a tempo inteiro, que integra o uso criativo e formativo do tempo livre como forma de contribuir para a realização pessoal e comunitária (Araújo, 2012). No entanto, por diversas vezes, assistimos a uma sobrevalorização da educação formal. De facto, o tempo livre das crianças em idade escolar foi submetido a atividades semelhantes à lógica escolar, muitas vezes escolhidas por adultos, alongando-se cada vez mais o papel de aluno e diminuindo-se a oportunidade de disfrutar dos tempos livres (Araújo, 2011). Um estudo realizado por Maria José Araújo (2012), em três instituições – uma escola pública, uma escola privada e um centro de atividades de tempos livres (CATL) – numa amostra de 221 crianças entre os 6 e os 10 anos, demonstra que 37% do tempo é gasto em sala de aula; 15% no CATL; 11% nas atividades extracurriculares; 15% para refeições; 7% no transporte; 5% para jogar durante a recreação na escola e 4% outras atividades. Em relação à escolha das atividades, 26% das crianças referem que escolhem sozinhas; 14% com amigos; 31% com os pais; 9% com professores; e as restantes não escolhem.

Por outro lado, assume particular relevância o ócio digital, entendido como todas as oportunidades de ócio associadas às possibilidades proporcionadas pela tecnologia, nomeadamente através do computador, da internet, dos telemóveis, tablets, consolas de jogos e outros dispositivos tecnológicos (Viñals Blanco, 2013). Em Portugal, tal como em outros países de modelo industrial ou pós-industrial, é cada vez mais frequente e precoce o uso e a posse de dispositivos móveis com acesso à internet, que acabam por dominar o tempo livre no quotidiano dos jovens, tal como revela o “Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias”, realizado em 2014 em Portugal, pelo Instituto Nacional de Estatística, que nos diz que 79% dos utilizadores da internet acedeu à rede em mobilidade, usando principalmente smartphone.

A forte presença das tecnologias digitais no quotidiano das crianças e dos jovens, associada ao prolongado tempo despendido com as mesmas, tornou-se alvo de preocupações na nossa sociedade (Ponte, 2012). Contudo, a propósito dos resultados do projeto EU Kids Online, Ana Jorge (2012) refere que o nosso país, entre os países europeus inquiridos, apresentava uma das mais baixas incidências de risco, de 7%, comparativamente à média europeia, de 12%. Em 2014, o projeto Net Children Go Mobile mostrava um aumento do risco para 10% (Simões, Ponte, Ferreira, Doretto & Azevedo, 2014).

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Por outro lado, a internet e as tecnologias constituem-se como “uma enorme janela que se abre para um mundo de oportunidades” (Seixas, Fernandes, & Morais, 2016, p. 155), ao proporcionar momentos de lazer e entretenimento, potenciar e democratizar o acesso ao conhecimento, permitir a comunicação, o acesso a bens, produtos e serviços, estimular e potenciar a criatividade em diferentes âmbitos, disponibilizar recursos educativos, e constituir-se como uma plataforma para o exercício da cidadania (Seixas et al, 2016).

Além disso, os resultados de um estudo português mais recente, intitulado “Crescendo entre ecrãs: uso de meios eletrónicos por crianças (3-8 anos)” realizado por uma equipa de investigadores coordenado por Cristina Ponte (Entidade Reguladora para a Comunicação Social, 2017), parecem indiciar um retardamento no uso do digital bem como a presença de valores culturais de proteção e protelação da autonomia por parte dos pais. Saliente-se, tal como descrito no estudo em questão, que o mesmo abarca a primeira geração de pais a viver a infância e a adolescência entre meios digitais, sendo relevante avaliar de que forma a sua experiência se reflete na introdução das tecnologias na vida dos seus filhos.

METODOLOGIA

A metodologia usada neste estudo é de natureza quantitativa.

Participantes

Participaram na 2ª vaga 764 crianças, de ambos os sexos (52,2% rapazes e 47,8% raparigas), com uma média de idades de 11 anos (DP = 1.87).

Na 3ª vaga participaram até ao momento 67 crianças do distrito do Porto (41,8% do sexo feminino e 58,2% do sexo masculino), com uma média de idades de 10,27 anos (DP = 0,539).

Instrumento

 

Tal como referido anteriormente, o instrumento ISCWeB consiste num questionário de autorresposta que foi adaptado para português de Portugal, seguindo-se os procedimentos habituais – tradução e retrotradução – com discussão em contexto de grupo (focus group) feita com 46 crianças.

A primeira parte é constituída por um conjunto de questões que visam uma caracterização sociodemográfica da criança (sexo, idade, nacionalidade, etnia), denominada “Sobre ti”. Seguem-se depois questões que visam medir o bem-estar nas seguintes dimensões: habitação e pessoas com quem mora, bens materiais, amigos, vizinhança, escola, uso do tempo livre, mais sobre ti e como te sentes contigo próprio e a tua vida e o teu futuro, tendo como medidas escalas de satisfação com cada uma dessas dimensões e escalas de frequência de

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comportamentos nas duas últimas semanas. As escalas de resposta são de tipo-Likert e variam em alguns dos domínios: para algumas dimensões a escala é de 5 pontos (1 = “Não Concordo” a 6 = “Concordo Totalmente”), para outras é de 10 pontos (0 = “Nada Satisfeito”; 10 “Totalmente Satisfeito”). Existem questões de frequência de comportamentos, onde a criança indica, numa escala em que 1 significa “Nenhuma vez” e 5 significa “Todos os dias”, se, na semana transata, fizeram as atividades descritas (e.g., “Conversaram juntos”).

O instrumento sofreu algumas alterações na 3ª vaga, mas mantem de uma forma geral as dimensões da 2ª.

Procedimento

Após um contacto com escolas foi entregue um consentimento informado sobre o projeto. Participaram apenas as crianças que devolveram o consentimento informado entregue aos encarregados de educação. A aplicação dos questionários foi efetuada pela equipa de investigadores, tendo uma duração média de aplicação de 45 minutos.

Após a aplicação dos questionários, os dados dos mesmos foram introduzidos numa base de dados do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 19.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dados recolhidos na 2ª vaga

A realização de atividades e a frequência da sua realização revela o modo de utilização do tempo livre e, dentro deste, do ócio e da sua importância no quotidiano da criança e do jovem. Na parcela de tempo usufruído fora da escola, procurou-se averiguar no questionário da 2ª vaga se os respondentes desenvolviam atividades extracurriculares, se liam no tempo livre, se ajudavam nas tarefas domésticas, se faziam os trabalhos de casa, se viam televisão ou ouviam música, se praticavam desporto ou faziam exercício, se usavam o computador (itens para as três faixas etárias, isto é, dos 8 aos 10 anos, dos 10 aos 12 anos e dos 12 aos 14 anos), se participavam em atividades de lazer organizadas, se passavam o tempo sozinhos ou consigo próprios e se cuidavam de irmãos ou de outros membros da família (itens apenas para a faixa etária dos 12 aos 14 anos).

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Os dados recolhidos constam do quadro 1:

Quadro 1: Realização de atividades fora da escola e a frequência relativa da sua realização (%)

Com que frequência costumas fazer as seguintes atividades quando não estás na escola?

Nunca ou

raramente vez por semana Menos de uma

Uma ou duas vezes por semana Quase todos os dias ou todos os dias Tens atividades extracurriculares

(como música, desporto, dança,

línguas,...) 24,4 5,6 30,7 39,3 Lês por diversão (não porque tens

trabalhos de casa) 20,6 17,0 28,4 34 Ajudas nas tarefas domésticas 5,4 9,8 27,4 57,4

Fazes os trabalhos de casa 2,8 4,2 10,4 82,7 Vês televisão ou ouves música 1,9 2,9 11,4 83,7 Praticas desporto ou fazes exercício 5,8 7,0 26,9 60,3 Usas o computador 11,1 7,8 27,6 53,5 Participas em atividades de lazer

organizadas (como centros de

tempos livres, escuteiros, clubes,...) 55,9 10,5 11,5 22 Passas o tempo sozinho(a)/ contigo

próprio(a) 33,7 18 27,3 21 Cuidas dos teus irmãos ou irmãs ou

de outros membros da família 37,5 14,3 26,1 22,1

Fazer os trabalhos de casa e ver televisão ou ouvir música são atividades que as crianças e os jovens realizam com maior frequência, diariamente ou quase todos os dias. Apesar da maior parte do tempo útil ser passado na escola, o tempo escolar, com a imposição de realização dos trabalhos de casa, determina a ocupação de uma parte significativa do tempo fora da escola. Outras parcelas do tempo que não são inteiramente livres são a realização de tarefas domésticas, que caraterizam o dia-a-dia de mais metade das crianças e jovens, e cuidar de membros da família, que só é realizada diariamente ou quase diariamente por uma minoria de pouco mais de 20% dos respondentes.

As atividades extracurriculares são realizadas com uma frequência diária por cerca de 40% das crianças e jovens e as atividades de lazer organizadas por apenas 22% das crianças e jovens, o que parece desmentir em parte a perspetiva de uma infância institucionalizada, interpretação que parece sair reforçada com a frequência diária ou quase diária de atividades voluntárias, que dependerão da decisão pessoal, como a leitura (34%), a utilização do computador (53,5%) e especialmente a prática do desporto ou do exercício físico (60,3%). A amostra do estudo parece confirmar a presença das tecnologias digitais no quotidiano das

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crianças e dos jovens, sendo uma importante parcela no tempo livre no quotidiano de mais de metade das crianças e jovens.

Relativamente ao grau de satisfação com a forma como as crianças e jovens utilizam o seu tempo (itens para as faixas etárias dos 10 aos 12 anos e dos 12 aos 14 anos), e sobre as atividades que realizam, apuraram-se os seguintes resultados numa escala de 0 a 10:

Quadro 2: Satisfação com a utilização do tempo e com as atividades nos tempos livres

Quão satisfeito(a) estás com cada uma das seguintes coisas da tua

vida? Média DP 0 = Nada satisfeito(a) % 10 = Totalmente satisfeito(a) Como utilizas o teu

tempo? 8,72 1,70 0,3 0,3 0,3 0,7 0,8 3,5 3,7 7,2 18,5 17,8 46,6 O que fazes nos tempos

livres? 9,07 1,60 0,3 0,3 0,2 0,3 1,2 2,7 3,4 3,9 9,4 18,9 59,4

Os resultados permitem concluir que as crianças e jovens estão muito satisfeitas com a forma como utilizam o seu tempo e com as atividades que realizam, uma vez que a não satisfação, expressa até meio da escala, representa um pouco mais de 2% das respostas, sendo as médias nestas variáveis muito elevadas.

Procurou-se igualmente avaliar se as crianças e jovens consideravam dispor de poder de decisão suficiente sobre a forma como passam o seu tempo (item para as faixas etárias dos 10 aos 12 anos e dos 12 aos 14 anos). Os resultados constam do quadro 3.

Quadro 3: Poder de decisão sobre a utilização do tempo

Quanto concordas com esta frase?

Média DP 0 = Nada de acordo % 10 = Totalmente de acordo Tenho poder de decisão suficiente sobre como passo o meu tempo

8,26 2,12 1,6 0,7 0,3 1,6 1,6 4,9 5,2 8,8 16 23,5 35,6

Neste item, o grau de satisfação é ligeiramente menor do que aquele que se verifica no quadro 2, o que indicia uma vontade de maior participação e de maior autonomia na tomada de decisões sobre a utilização do tempo.

Dados recolhidos na 3ª vaga

Na parcela de tempo usufruído fora da escola, procurou-se averiguar no questionário da 3ª vaga se os respondentes estudavam e faziam os trabalhos de casa, se praticavam desporto ou faziam exercício, se passavam o tempo a relaxar, falar ou a divertirem-se com a família, se brincavam ou passavam o

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tempo ao ar livre, se jogavam jogos eletrónicos, ou se não faziam nada ou descansavam.

Os dados recolhidos constam do quadro 4:

Quadro 4: Realização de atividades fora da escola e a frequência relativa da sua realização (%)

Com que frequência costumas fazer as seguintes atividades quando não estás na escola?

Nunca ou raramente Menos de uma vez por semana Uma ou duas vezes por semana Três ou quatro vezes por semana Cinco ou seis vezes por semana Todos os dias A fazer trabalhos de casa e a

estudar 3,0 6,1 4,5 6,1 16,7 63,6 A praticar desporto ou a fazer

exercício 4,5 7,6 18,2 24,2 17,7 28,8 A relaxar, falar ou divertir-me

com a família 0 6,1 10,6 7,6 13,6 62,1 A brincar ou a passar tempo

ao ar livre 1,5 7,5 20,9 6,0 13,4 50,7 A jogar jogos eletrónicos

(num computador ou noutro

dispositivo) 3,0 10,4 23,9 14,9 17,9 29,9 A não fazer nada ou a

descansar (para além de

dormir à noite) 19,4 16,4 11,9 4,5 14,9 32,8

Os dados apurados confirmam a tendência expressa em 2013, com um ligeiro aumento da quantidade de respostas associadas à realização diária ou quase diária dos trabalhos de casa, o que se poderá eventualmente justificar pelo facto da pergunta abarcar agora o estudo, ao contrário do que sucedia na 2ª vaga, onde se indicava apenas os trabalhos de casa. O tempo que é utilizado para brincar ou passar tempo ao ar livre é significativamente menor na vida destas crianças e jovens.

Relativamente ao computador, a atividade identificada é igualmente diferente, pois passa a ser «jogar jogos eletrónicos», atividade que ocupa diariamente ou quase diariamente 62,7 das crianças e jovens, o que exprime uma tendência de aumento relativamente ao questionário anterior. Os dados distanciam-se dos recolhidos nos estudos anteriormente referidos no enquadramento teórico.

A reformulação da tipologia das atividades dificulta a comparação dos restantes itens. O item relacionado com o tempo passado em família é frequente ou muito frequente para a maioria das crianças e jovens, o que se adequa ao modelo de organização do tempo na sociedade portuguesa, centrado na célula familiar de tipo nuclear (Rosa & Chitas, 2013).

É preocupante que quase metade de crianças e jovens (47,7%) declararem que nunca, raramente ou apenas uma a duas vezes por semana têm tempo para descansar ou para não fazer nada. É a sociedade sobre ocupada, logo a partir da

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infância, sem tempo para parar, refletir e recuperar energias, de que nos fala Nídio (2012).

Resta a prática do desporto ou de exercício, questão que se repete nos mesmos moldes nas duas vagas e que revela de modo idêntico um elevado grupo de respostas, de mais de 70%, de crianças e jovens, que desenvolvem esta atividade diariamente ou quase diariamente.

Relativamente ao grau de satisfação com a forma como as crianças e jovens utilizam o seu tempo, e sobre a quantidade de tempo livre disponível, apuraram-se os apuraram-seguintes resultados numa escala de 0 a 10, que apreapuraram-sentam uma média elevada de satisfação:

Quadro 5: Satisfação com a utilização do tempo e com as atividades nos tempos livres

Quão satisfeito(a) estás com cada uma das seguintes coisas

da tua vida? Média DP 0 = Nada satisfeito(a) % 10 = Complemente satisfeito(a) Com a forma como usas

o teu tempo? 9,33 1,34 0 1,5 0 0 0 0 3,0 3,0 9,0 16,4 67,2

Quando se comparam as respostas obtidas na 2ª e na 3ª vaga conclui-se que não há diferenças estatisticamente significativas quanto ao grau de satisfação com a utilização do tempo (Quadro 6). No entanto, devemos ter em consideração o número limitado ainda de respostas na 3ª vaga.

Quadro 6: Satisfação com a utilização do tempo na 2ª e na 3ª vaga

Quão satisfeito estás com a forma como usas o tempo N Média Desvio Padrão 2ª vaga 3ª vaga 594 67 8,72 9,33 1,695 1,342

As crianças e os jovens manifestam de modo semelhante um grau de satisfação elevado com a quantidade de tempo livre de que dispõe para fazerem o que querem, de acordo com o Quadro 7.

Quadro 7: Satisfação com a quantidade de tempo livre

Quão satisfeito(a) estás com cada uma das seguintes

coisas da tua vida? Média DP 0 = Nada satisfeito(a) % 10 = Complemente satisfeito(a) Com a quantidade de tempo

livre que tens para fazer o que queres?

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Os dados apurados contradizem, aparentemente, a perceção de sobreocupação identificada anteriormente, o que poderá ter várias causas explicativas. Uma delas poderá ser, como resultado do ritmo acelerado do quotidiano, da pressão para a produtividade e para a obtenção de resultados, a incapacidade para se questionar um modo de vida que sugere opções, que serão entendidas e cumpridas por crianças, jovens e adultos, como atividades obrigatórias.

Quanto à suficiência do leque de escolhas para passar o tempo livre, que consta do quadro 8, os dados indiciam um elevado grau de concordância com a diversidade de opções existentes.

Quadro 8: Grau de escolha para a utilização do tempo

Quanto concordas com cada uma das seguintes frases sobre a tua vida como um

todo. Média DP 0 = Não concordo nada % 10 = concordo totalmente Tenho escolhas

suficientes sobre como passar o meu tempo

9,11 1,40 0 0 0 1,5 0 1,5 3,1 4,6 12,3 20,0 56,9

O tempo é uma coordenada vital das nossas vidas que, simultaneamente, nos limita e nos projeta, permitindo-nos compreender a realidade (Cuenca & Aguilar, 2009). É, portanto, um elemento crucial das nossas vidas uma vez que nascemos, vivemos e morremos num determinado tempo que nos educa e nos torna, cada vez mais, conhecedores e conscientes dos nossos limites (Caride, 2012). A análise dos dados anteriormente apresentados pretende essencialmente contribuir para a discussão, reflexão e melhoria das práticas relativas ao tempo livre das crianças e jovens, proporcionando desta forma um incremento do seu bem-estar e, consequentemente, a melhoria da sua qualidade de vida. Em última instância, pretende-se contribuir para a concretização da Convenção dos Direitos da Criança, nomeadamente do artigo 31, que reconhece o direito ao repouso e aos tempos livres (UNICEF, 2004).

Um dos principais contributos deste estudo é a confirmação da presença significativa do trabalho escolar num tempo que deveria ser, efetivamente, livre. De facto, nas palavras de Araújo (2018), a entrada da criança para a escola atribui-lhe o ofício de aluno que pode comparar-se a um trabalhador por conta de outrem, durante 40 a 45 horas semanais, com óbvias dificuldades em fazer valer os seus direitos de brincar e escolher o que fazer nos seus tempos livres. Este não é um dado novo, mas sim mais um apelo ou um pedido de ajuda, que os adultos preferem não ouvir. Prevalece e aumenta o tempo ocupado no estudo e na realização de trabalhos de casa, e em contrapartida escasseia e diminui o tempo livre, de descanso ou desocupado.

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Os dados revelam ainda que existe, na atualidade, menos tempo ao ar livre ou a passear no quotidiano das nossas crianças. Tal como salienta Neto (2017), assistimos a um declínio do tempo e espaço para brincar, sobretudo no exterior, o que inevitavelmente terá consequências no desenvolvimento de competências motoras, cognitivas, emocionais e sociais das crianças e jovens. Segundo o autor, é necessário “voltar à natureza e aprender com ela” (Neto, 2017, p. 16), estimulando a curiosidade, a exploração individual ou em grupo, bem como a consciencialização dos benefícios do risco, o sentido de superação e a convivência.

Por outro lado, apesar de satisfeitas com a forma como o seu tempo é utilizado, as crianças evidenciam uma maior vontade de participação e autonomia e declaram que raramente têm tempo para descansar ou não fazer nada. Um tempo próprio das crianças, insubstituível (Nídio, 2012) onde se reinventam e aprendem a estar e viver com os outros, a ultrapassar obstáculos, contínua e criativamente, um direito inalienável que os adultos têm a responsabilidade de garantir (Rangel, s.d). Esta constatação é paradoxal, uma vez que retrata crianças e jovens satisfeitas com a utilização do tempo, com a quantidade de tempo livre de que dispõem para fazerem o que querem e com a diversidade de escolhas sobre como passar o tempo, apesar de estarem notoriamente sobrecarregadas. Exprimem deste modo uma concordância com as opções dos adultos, apesar de reclamarem um maior poder de decisão. Contradições e dilemas da sociedade em que vivemos e que nos coloca perante um desafio: questionar criticamente este modo de vida, as rotinas, os hábitos e padrões do dia-a-dia. Só deste modo se poderá repensar o modelo de sociedade em que vivemos e o modelo de sociedade que queremos construir.

Para finalizar, é crucial percebemos que as tecnologias, nomeadamente os videojogos, assumem cada vez mais expressão nos quotidianos infantis e juvenis. Não obstante as mais valias que podem ser associadas às tecnologias, importa refletir sobre esta “Geração Cordão”, permanentemente ligada por fio invisível que denominamos por wi-fi (Patrão, 2017). E esta reflexão não pode culminar, obviamente, com a proibição do acesso ao mundo online sob o risco de se produzir o efeito contrário. Na atualidade, e dada a imprescindibilidade das tecnologias no nosso quotidiano e evolução, “seria o mesmo que apagar o sol só porque há pessoas que têm cancro de pele provocado por raios ultravioletas” (Cordeiro, 2017 cit. in Patrão, 2017, p. XVII). A busca do equilíbrio deverá passar não só pela possibilidade de proporcionar às crianças e jovens de hoje tempo efetivamente livre e experiências de lazer diversificadas, entre as quais possam optar, de modo a que o ócio, enquanto promotor do desenvolvimento humano, possa ter lugar.

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