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Avaliação da ingestão nutricional e balanço energético de atletas de natação : trabalho de investigação

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Academic year: 2021

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energético de atletas de natação

João Nuno Costa Leite

Orientado por: Dr. Vitor Hugo Teixeira

Trabalho de Investigação

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Agradecimentos

Apresento os meus sinceros agradecimentos ao Dr. Vitor Hugo Teixeira pela sua orientação e acompanhamento na elaboração deste trabalho de investigação.

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INDICE Lista de abreviaturas ... v Resumo ... vii Summary ... ix 1. Introdução ... . 1 2. Objectivos ... ... 4 3. Material e Métodos ... . 5 3.1 Amostra ... 5 3.2 Material ... .. 5 3.3 Avaliação antropométrica ... 6

3.4 Avaliação da ingestão energética e nutricional ... 6

3.5 Avaliação do gasto energético ... 7

3.6 Análise estatística ... 8

4. Resultados ... 9

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4.2 Gasto energético ... . 10

4.3 Ingestão energética e de macronutrientes ... 11

4.4 Ingestão de micronutrientes ... 14 4.5 Balanço energético ... 17 5. Discussão ... 18 5.1 Características antropométricas ... 18 5.2 Ingestão energética ... 20 5.3 Gasto energético ... 21 5.4 Balanço energético ... 22 5.5 Ingestão de macronutrientes ... 26 5.6 Ingestão de micronutrientes ... 29 6. Conclusões ... 32 Referências bibliográficas ... 35 Índice de anexos ... a1

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Lista de abreviaturas

AI – Adequate Intake

AGM – Ácidos gordos monoinsaturados AGS – Ácidos gordos saturados

AGPI – Ácidos gordos polinsaturados BE – Balanço energético

DRI – Dietary Reference Intakes

EAR – Estimated Average Requirements EE – Energy expenditure

EI – Energy intake GE – Gasto energético HC – Hidratos de carbono IE – Ingestão energética

IMC – Índice de massa corporal LSC – Leixões Sport Club MG – Massa gorda

MM – Massa magra

PAL – Physical activity level PCB – Prega cutânea bicipital

PCSE – Prega cutânea subescapular PCSI – Prega cutânea suprailíaca

(8)

PCT – Prega cutânea tricipital RA – Registos alimentares

RAF – Registos de actividade física

SPSS – Statistical Package for the Social Sciences TMB – Taxa metabólica basal

VET – Valor energético total UL – Tolerable Upper Intake Level

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Resumo

Embora os benefícios da nutrição no desporto já tenham sido reconhecidos, verifica-se que os clubes de natação em Portugal ainda dedicam pouca atenção a esta área. Por outro lado, e ao melhor do conhecimento do autor, não se têm desenvolvido estudos que providenciem informação sobre o estado nutricional dos atletas praticantes deste desporto.

O presente estudo avaliou a composição corporal, a ingestão nutricional e o gasto energético de 16 atletas femininas e 6 atletas masculinos de natação. De acordo com a estimativa das necessidades energéticas dos atletas, foi avaliado o seu balanço energético.

Foi determinada a estatura, a massa corporal dos atletas e para avaliação da sua composição corporal procedeu-se à medição de pregas cutâneas. O preenchimento de registos alimentares (RA) de 5 dias e de registos de actividade física (RAF) de 5 dias forneceu informação relativamente à ingestão nutricional e gasto energético dos atletas.

Os atletas masculinos apresentaram uma percentagem de massa gorda de 11,3%, o que se encontra dentro do intervalo preconizado, enquanto que as raparigas tinham 23,5% de massa gorda, valor acima do recomendado.

Este estudo mostrou que ambos os sexos tinham uma alimentação deficiente em hidratos de carbono (rapazes=5,7g/kg; raparigas=4,9g/kg) e fibras e excessiva em proteínas (rapazes=1,76g/kg; raparigas=1,71g/kg), gorduras (rapazes=36% do VET;

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raparigas=33% do VET), colesterol e açúcar. Estas características são reflexo de uma alimentação de elevada densidade energetica e de baixa densidade nutricional. Foi ainda encontrada prevalência de inadequação no consumo de magnésio, vitaminas A, E, C e folato, baixa prevalência de adequação no consumo de cálcio e potássio e elevada prevalência de consumo excessivo de sódio. Comparando com as necessidades energéticas estimadas, os atletas revelaram uma ingestão energética significativamente menor nos dias de treinos e maior nos dia de descanso. O balanço energético médio dos 5 dias foi de 87% nos rapazes e de 81% nas raparigas. Este défice energético poderá, contudo, não ser representativo do verdadeiro estado nutricional dos atletas devido, principalmente, ao efeito de sub-relato, que é sistemático em estudos de avaliação nutricional.

Os resultados encontrados neste estudo evidenciam uma ingestão nutricional e energética inadequada em atletas de natação. A sensibilização dos atletas para a importância da nutrição é um passo fundamental para que a intervenção nutricional junto destes contribua da melhor forma para a optimização da sua saúde e performance desportiva.

Palavras-chave: ingestão nutricional, ingestão energética, gasto energético, balanço energético, composição corporal, natação, atletas, sub-relato

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Summary

Although the benefits of nutrition in sports performance have been fully described, there is still a lack of investment in this field by swimming clubs in Portugal. Moreover and to the author’s knowledge, there are no previous studies providing information regarding the dietary intake of portuguese swimmers.

The aim of this study was to assess body composition, energy and nutrient intake, and energy expenditure (EE) of 16 female swimmers and 6 male swimmers. In agreement to their estimated energy needs, the energy balance of athletes was also assessed.

Anthropometric values including standing height, weight and skinfolds were measured in all athletes. A 5-day dietary record and a 5-day activity record were used in order to assess dietary intakes and EE, respectively.

Results have shown that male swimmers had 11.3% body fat which is considered to be in the normal range for this group, while female athletes had 23.5% body fat suggesting higher values than what is recommended. Both groups reported a low carbohydrate (boys=5.7g/kg; girls=4.9g/kg) and fiber intake and a high intake of protein (boys=1.76g/kg; girls= 1.71g/kg), fat (boys=36% of EI; girls=33% of EI), cholesterol and sugar. This reflects their exposition to a high energy density and a low nutrient density diet.

It was also found a high prevalence of inadequate intake of magnesium, vitamins A, E and C, and folate and a low prevalence of adequate intake of calcium and

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potassium. There was a high prevalence of excessive intake of sodium, in both groups.

In agreement to their estimated energy needs, swimmers revealed lower EI during training days and higher EI in the resting day. Their energy balance (EI/EE) was 87% in the male group and 81% in the female group. Under-reporting has been described as a systematic error associated to diet records which may represent, in this study, an important explanation for the negative energy balance shown by athletes.

In conclusion, swimmers have reported an inadequate energy and nutrient intake. The raising of awareness by athletes for the importance of nutrition in sports is a crucial step that must be taken in order to improve nutritional intervention among them and enhance their health and performance.

Key-words: nutrient intake, energy intake, energy expenditure, energy balance, body composition, swimming, athletes, under-reporting

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1. Introdução

Os diversos estudos que têm vindo a ser publicados sobre nutrição no desporto reflectem, por parte da comunidade científica, o reconhecimento da nutrição como um factor determinante para a optimização da performance e saúde dos atletas. Contudo, pela dificuldade em alterar costumes e mentalidades e em justificar recursos e esforços, a intervenção nutricional nos atletas tem de enfrentar, ainda hoje, diversos obstáculos. A sensibilização dos atletas e dirigentes desportivos para a importância da nutrição é, assim, fundamental do ponto de vista da melhoria da qualidade e competitividade do desporto. Só desta forma o trabalho do nutricionista poderá ser reconhecido e contribuir para o melhor sucesso de atletas, clubes e selecções. Do ponto de vista idílico, as ciências da nutrição devem integrar-se não só no plano de treinos, como também nos alicerces para a construção do sucesso competitivo e saúde dos atletas. E, partindo do facto de que a competividade no desporto é cada vez mais elevada, o trabalho multidisciplinar nesta área é realmente fundamental.

Os atletas devem assim reconhecer que as suas escolhas alimentares determinam o seu estado de saúde, a composição corporal, a disponibilidade de substratos energéticos durante o exercício, o tempo de recuperação após exercício e, como consequência de todos estes aspectos, a sua performance desportiva (1).

A juventude dos atletas neste estudo também implica cuidados especiais do ponto de vista da nutrição. Durante a adolescência os atletas atravessam mudanças fisiológicas e psicológicas importantes. Os processos de crescimento e maturação

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resultam em alterações na composição corporal, enquanto que a nível psicológico ocorre uma crescente independência e afirmação pessoal que se reflete no seu comportamento e sentido de responsabilidade (2).

Neste sentido, motivar os atletas para uma correcta alimentação é um obstáculo difícil de ultrapassar. Por outro lado, uma educação alimentar com sucesso neste grupo poderá reflectir-se nos seus hábitos alimentares e saúde no presente e futuro. Para os jovens atletas é fundamental uma adequada nutrição, que garanta um crescimento saudável e assegure o suprimento das suas necessidades energéticas. Contudo, a forma como os adolescentes valorizam a imagem corporal (principalmente as raparigas) e reagem às exigências do desporto que praticam são factores que podem comprometer uma boa alimentação o que, nesta idade, pode prejudicar o seu crescimento e desenvolvimento (3). É assim necessário que a acção do nutricionista seja sensível a estas dificuldades, para que promova uma intervenção nutricional com sucesso.

A natação é um desporto cujo sucesso depende do trabalho individual dos atletas, o que a nível competitivo exige elevada dedicação. O treino dos atletas pode variar entre 6 e 12 sessões por semana, sendo o volume e a intensidade de cada sessão dependentes do momento competitivo em que eles se encontram (2). Embora exista alguma preocupação dos atletas com a alimentação antes e após os momentos competitivos, essa sensibilidade deve estender-se a toda a época competitiva, em que os atletas estão sujeitos a elevado estress e gasto energético (GE) durante o período de treinos. O GE dos nadadores durante este período e o de competição determina assim as suas necessidades energéticas. E porque a frequência, o

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volume e a intensidade dos treinos dos nadadores variam durante a época competitiva, também as suas necessidades energéticas sofrem uma variação pois estas aumentam com o seu gasto energético. É, assim, importante avaliar nutricionalmente os atletas em diferentes momentos do ano.

A avaliação nutricional dos atletas tanto deve acontecer durante toda a época competitiva como deve ser sempre específica para cada um, indo assim ao encontro das necessidades e objectivos do atleta. O preenchimento de registos alimentares para avaliação da ingestão nutricional de cada atleta, juntamente com o preenchimento de registos de actividade física para avaliação do seu GE, possibilita a determinação do seu BE.

Desta forma, a correcção da ingestão alimentar do atleta faz-se não só do ponto de vista nutricional como também do ponto de vista energético. De acordo com as características antropométricas do atleta, o seu plano de treinos e os seus objectivos, a intervenção nutricional pode ser realizada com o objectivo de diminuir a massa corporal do atleta (défice energético), mantê-la (balanço energético) ou aumentá-la (superávit energético).

Estudos de avaliação nutricional em nadadores sugerem uma insuficiente ingestão energética (IE), tal como uma inadequada ingestão de macronutrientes e micronutrientes (4-10). Como reflexo da falta de conhecimentos sobre nutrição nesta população, é imperativo intervir e corrigir os seus erros alimentares com uma educação alimentar específica.

Por outro lado, deve haver um cuidado especial por parte dos investigadores relativamente ao método de avaliação nutricional dos atletas. Tendo por base a

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literatura científica, é plausível que a informação que os atletas reportam sobre a sua alimentação não represente a sua realidade, o que poderá dificultar o trabalho do nutricionista com os atletas (4, 11, 12). Embora existam métodos avançados que ajudam a validar o relato de ingestão alimentar pelos atletas e a confirmar o seu BE, nomeadamente avaliações com água duplamente marcada para o GE e calorimetria para o metabolismo basal, o elevado custo não permite a utilização desta técnica em estudos com poucos recursos económicos (11, 13). A representatividade da informação recolhida junto dos atletas poderá contudo melhorar quando criadas estratégias de forma a contrariar este obstáculo.

Ao melhor do seu conhecimento, o autor desconhece a existência de artigos publicados em Portugal relativamente à avaliação nutricional em nadadores. Este trabalho procura assim, recolher informação sobre a ingestão nutricional, balanço energético e composição corporal de atletas de natação em idade escolar e universitária.

2. Objectivos

Este estudo pretendeu avaliar a composição corporal, a ingestão energética e nutricional e o gasto energético de atletas masculinos e femininos de natação do Leixões Sport Club. Na sequência destas avaliações foi examinado o balanço energético dos atletas, comparando a ingestão energética e o gasto energético médios, em dias de treinos e no dia de descanso. Foi, ainda, analisado e discutido o sub-relato como factor determinante a considerar na validade deste estudo.

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3. Material e Métodos

3.1 Amostra

Para a realização do presente estudo foi feito um contacto prévio com a Secção de Natação do Leixões Sport Club (LSC) que deu a sua autorização e apoio.

Este estudo teve a participação de 22 atletas de natação do LSC, 6 dos quais eram do sexo masculino e 16 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 13 e os 19 anos.

3.2 Material

Registos alimentares de 5 dias (RA);

Registos de actividade física de 5 dias (RAF); Microsoft Excel 2003;

Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 12.0.1 para o Windows; Food Processor Plus versão 8.0;

Tanita® - Aparelho de bioimpedância de pé para pé; Lipocalibrador Harpenden;

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3.3 Avaliação antropométrica

Os atletas foram avaliados antropometricamente na semana posterior à entrega dos RA e de RAF. Após determinada a sua estatura, foi avaliada a massa corporal de cada atleta com a Tanita®. O índice de massa corporal (IMC) foi calculado segundo a relação Peso (Kg)/altura²(m).

Na sequência deste procedimento foram medidas as pregas cutâneas (bicipital, tricipital, suprailíaca e subescapular) de cada atleta seguindo um protocolo de acordo com as normas internacionalmente aceites (14-16). Os valores utilizados resultaram da média de três medições do lado não dominante do atleta. Foi então calculada a densidade através da equação de Durnin Womersley sendo o valor determinado substituído na equação de Siri para determinação da MG (6, 17-19).

3.4 Avaliação da ingestão energética e nutricional

Durante a primeira semana de Novembro de 2006, dois meses após o início da época competitiva, foram distribuídos RA de 5 dias consecutivos aos atletas do LSC. A entrega dos RA aos atletas foi acompanhada por uma explicação relativamente ao modo e importância do seu correcto preenchimento. Foi-lhes solicitado que registassem com o máximo rigor possível todos os alimentos e bebidas que consumissem, os quantificassem, referissem o método culinário utilizado e o horário e local onde foi feita a ingestão desses produtos. Realçou-se a importância de não omitirem o registo de quaisquer alimentos (eventualmente justificada pela sua percepção de alimento saudável) nem de alterarem os seus hábitos alimentares, de

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forma a garantir resultados com maior veracidade (4). Paralelamente, foi fornecido um texto com indicações respeitantes ao correcto modo de quantificação dos alimentos com base em medidas caseiras.

O preenchimento dos RA de 5 dias iniciou-se no dia posterior à entrega dos mesmos e compreendeu 3 dias de semana e o fim-de-semana, de forma a obter uma melhor representação do padrão alimentar dos atletas (17).

Foram entregues RA a 17 atletas femininos e a 8 atletas masculinos do LSC dos quais 2 não foram devolvidos e 1 não foi preenchido correctamente (incompleto). Após a recolha de todos os RA, utilizou-se o programa informático Food Processor Plus 8 para converter os dados de consumo alimentar em ingestão nutricional, sendo utilizado um manual com códigos de alimentos e receitas portuguesas. Para a conversão dos dados de ingestão expressas em medidas caseiras para unidades de massa(g) recorreu-se também a apoio bibliográfico (20).

3.5 Avaliação do gasto energético

Os RAF foram entregues juntamente com os RA. Aos atletas foi solicitado que registassem durante os 5 dias do estudo o tipo de actividade física predominante efectuada em cada período de 15 minutos. Os planos de treinos foram também registados para determinar a duração e intensidade do exercício realizado pelos atletas.

Para cada actividade física foi pesquisado o equivalente metabólico (MET) recorrendo ao Compendium of Physical Activities (21), sendo posteriormente multiplicado pelo tempo de execução em horas a que corresponde essa actividade

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durante o dia. O MET é um valor numérico, múltiplo da taxa metabólica basal (TMB) para cada actividade (22), ou seja, a soma dos vários METs durante o dia e divididos por 24 (horas) expressa o nível de actividade física diária (PAL) de cada atleta. O PAL é o múltiplo da TMB de cada atleta que traduz o respectivo GE diário.

Para o cálculo do GE diário de cada atleta foi então necessário determinar a sua TMB. A equação de Cunningham permite a determinação da TMB segundo a relação: TMB = 22xMM+500 (23). Assim, o valor da massa magra (MM) foi a diferença entre a massa total do atleta e a respectiva massa gorda (MG).

O GE de cada atleta foi determinado multiplicando a sua TMB pelo seu PAL determinado (24, 25).

3.6 Análise estatística

Para o tratamento estatístico foi utilizado o programa SPSS 12.0. Para a análise descritiva foram determinadas a média e o desvio padrão. Foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov Z para verificar se a distribuição das variáveis era normal. Para comparar médias utilizou-se o método de T-student para variáveis independentes (independent-samples t test) e para variáveis emparelhadas (paired-samples t test). O teste de Pearson foi utilizado para analisar a correlação entre variáveis normais. Considerou-se que os resultados tinham significado estatístico quando p<0,05.

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4. Resultados

4.1 Características da amostra

Participaram neste estudo 6 atletas masculinos, com idades compreendidas entre os 17 e os 19 anos, e 16 atletas femininos, com idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos. Na tabela 1, estão representados os dados antropométricos que caracterizam a amostra estudada.

Rapazes Raparigas Amostra (n) 6 16 Idade (anos) 17,5 ±1,1 15,0±1,3 Peso (kg) 68,3±5,1 58,1±6,2 Altura (cm) 175±8 162±5 IMC (Kg/m2) 22,5±1,4 22,0±1,8 PCT (mm) PCB (mm) PCSI (mm) PCSE (mm) 7,7±1,6 4,2±1,1 8,8±1,1 8,9±1 14,2±4,5 8,5±4,2 15±5,6 11±2 % MG 11,3 ± 1,9 23,5±4

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4.2 Gasto energético

Durante a semana havia entre 2 e 3 sessões de treinos de manhã e todos os dias de tarde. O treino de manhã tinha a duração média de 1h15 min com algumas fases do treino de intensidade elevada. À tarde o treino consistia numa hora de ginásio (aquecimento, trabalho físico, flexibilidade) e aproximadamente 2 horas de treino de água com fases do treino de intensidade elevada. No Sábado de manhã o treino era apenas de água, sendo as suas características semelhantes aos treinos de tarde durante a semana. No dia de descanso os atletas registaram actividades predominantemente sedentárias, como ver televisão e jogar computador. O volume e a intensidade dos treinos era elevada mas a frequência de treinos durante o estudo variou de atleta para atleta.

Embora o nível de actividade física (PAL) tenha sido ligeiramente maior nos rapazes (PAL=1,97) do que nas raparigas (PAL=1,87), estas diferenças não foram significativas (p=0,178). Relativamente ao dia de descanso (Domingo) o nível de actividade física foi significativamente inferior (PAL rapazes=1,41; PAL raparigas=1,35) comparando com os dias de treinos (PAL rapazes=2,10; PAL raparigas=2,00), em ambos os sexos (p<0,001).

Obviamente, o nível de actividade física dos atletas nos dias de treinos e no dia de descanso reflectiu-se nos seus gastos energéticos (GE). O GE nos dias de treinos foi significativamente mais elevado do que no dia de descanso apresentando em ambos os sexos p<0,001.

Relativamente ao GE por kg de massa, os rapazes (52KcalKg) apresentaram maior GE do que as raparigas (48Kcal/Kg) sendo esta diferença significativa (p<0,05).

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Rapazes Raparigas PAL treino 2,10±0,09 2,00±0,18 PAL descanso 1,41±0,3 1,35±0,15 PAL médio 1,97±0,11 1,87±0,15 GE treino 3831±286 2950±342 GE descanso 2562±480 1989±276 GE médio 3577±262 2757±300 GE médio/kg 52±3 48±5

Tabela 2. Nível de actividade física e GE estimados (média±desvio padrão).

4.3 Ingestão energética e de macronutrientes

Nas seguintes tabelas estão representadas a IE e de macronutrientes. Como esperado, a IE foi significativamente maior nos rapazes do que nas raparigas (p<0,01). Contudo, quando avaliada a IE por kg de peso, as diferenças perderam o significado estatístico (p=0,13). A IE durante os dias de treinos não foi diferente da IE no dia de descanso (Domingo) em ambos os grupos (p=0,817). Embora o consumo de hidratos de carbono (HC), em g/Kg de peso, tenha sido superior nos rapazes (rapazes= 5,7g/kg; raparigas= 4,9g/kg) não houve diferenças significativas

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entre sexos (p=0,209). Nenhum dos grupos apresentou ingestão de HC que satisfizessem as recomendações. A contribuição das proteínas, em g/Kg de peso, superou ligeiramente as recomendações em ambos os grupos, não havendo diferenças significativas entre eles (p=0,803). Contudo, quando expressa em percentagem do valor energético, foi significativamente maior nas raparigas do que nos rapazes (p<0,05).

Comparando com as recomendações, ambos os sexos apresentaram consumo excessivo de gordura, ácidos gordos saturados (AGS), açúcar e colesterol e deficiente consumo de fibras e ácidos gordos polinsaturados (AGPI).

Rapazes Recomendações Energia Kcal Kcal/kg 3143±708 46±9 EI=GE 52 HC (g) HC (g/kg) Açúcar (g) 389±107 5,7±1,3 159±43 7-10(4) Proteínas (g) Proteínas (g/kg) 120±26 1,76±0,35 1,2-1,4 (26) Gorduras (g) Colesterol (mg) Fibra (g) 126±25 425±127 21±8 <300 (27) 44g (28) Tabela 3. Consumo alimentar diário de macronutrientes, colesterol e fibras nos rapazes

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Raparigas Recomendações Energia Kcal Kcal/kg 2249±496 39±9 EI=GE 48 HC (g) HC (g/kg) Açúcar (g) 285±64 4,9±1,1 121±33 7-10(4) Proteínas (g) Proteínas (g/kg) 98±23 1,71±0,44 1,2-1,4(26) Gorduras (g) Colesterol (mg) Fibra (g) 83±25 347±89 20±6 <300(27) 31(28)

Tabela 4. Consumo alimentar diário de macronutrientes, colesterol e fibras nas raparigas

(média ± desvio padrão)

Macronutrientes (%) Rapazes Raparigas Recomendações

Proteinas 15 18 10-15(27) HC Açúcar 49 20 51 22 <10 (27) Gorduras AGS AGPI AGM 36 13 6 14 33 12 5 13 20-25 (1) <10 (27) 7-10 (27) por diferença (27) Tabela 5. Contribuição em % dos diferentes macronutrientes para a IE nos rapazes e nas

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4.4 Ingestão de micronutrientes

A quantidade e qualidade da ingestão alimentar dos atletas determina a ingestão de micronutrientes. Desta forma, é possível reconhecer os tipo de alimentos a recomendar em situações de deficiência de uma vitamina ou mineral. Nas tabelas seguintes estão apresentados os valores médios de ingestão de cada nutriente, a percentagem a que correspondem das EARs ou AIs (defenidas pelo Food and Nutrition Board of the Institute of Medecine (28)) e a percentagem de atletas que está abaixo das EARs ou acima das AIs.

Foi realizada uma avaliação qualitativa da ingestão de micronutrientes para cada grupo (rapazes e raparigas) sendo utilizado o conceito de prevalência de inadequação. A prevalência de inadequação corresponde à percentagem de atletas cuja ingestão do nutriente estudado foi abaixo da respectiva EAR. Para os micronutrientes que não têm EARs determinadas, foi calculada a prevalência de atletas com ingestão superior à AI correspondente. Se esta ingestão for igual ou superior considera-se que o grupo apresenta baixa prevalência de inadequação. Contudo, se for menor não se pode confirmar que houve uma ingestão inadequada do micronutriente em estudo mas apenas que houve uma baixa prevalência de adequação (29).

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Média %DRI* <%EAR >%AI >%UL Vitamina A (Pg/d) 433 69 83 - 0 Vitamina E (mg/d) 12 101 67 - 0 Vitamina C (mg/d) 69,2 110 50 - 0 Tiamina (mg/d) 2,48 248 0 - 0 Riboflavina (mg/d) 4,5 409 0 - 0 Niacina (mg/d) 27,7 231 0 - 0 Vitamina B6(mg/d) 2,47 225 0 - 0 Vitamina B12 (Pg/d) 6,3 317 0 - 0 Folato (Pg/d) 396 120 33 - 0 Cálcio (mg/d) 1223 94 - 50 0 Ferro (mg/d) 19,2 249 0 - 0 Sódio (mg/d) 3446 230 - 100 100 Potássio (mg/d) 3681 78 - 17 0 Mágnésio (mg/d) 351 103 50 - 0 Fósforo (mg/d) 1794 170 0 - 0 Zinco (mg/d) 15,8 186 0 - 0 Selénio (Pg/d) 114 253 0 - 0

Tabela 6. Ingestão média diária de vitaminas e minerais dos rapazes e sua relação com

valores de referência de ingestão.

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Média % DRI* %<EAR %>AI %>UL Vitamina A (Pg/d) 505 104 63 - 0 Vitamina E (mg/d) 7,7 64 100 - 0 Vitamina C (mg/d) 85,4 153 31 - 0 Tiamina (mg/d) 1,78 198 0 - 0 Riboflavina (mg/d) 2,82 313 0 - 0 Niacina (mg/d) 22,3 203 0 - 0 Vitamina B6(mg/d) 2,07 207 0 - 0 Vitamina B12 (Pg/d) 6,3 315 0 - 0 Folato (Pg/d) 372 113 50 - 0 Cálcio (mg/d) 868 67 - 0 0 Ferro (mg/d) 14,7 186 0 - 0 Sódio (mg/d) 2079 139 - 87,5 37,5 Potássio (mg/d) 3019 64 - 0 0 Mágnésio (mg/d) 295 98 44 - 0 Fósforo (mg/d) 1385 131 6 - 0 Zinco (mg/d) 12,9 177 6 . 0 Selénio (Pg/d) 104,2 232 0 - 0

Tabela 7. Ingestão média diária de vitaminas e minerais das raparigas e sua relação com

valores de referência de ingestão.

(30)

4.5 Balanço energético

Os dados dos atletas relativamente à relação IE/GE média, nos dias de treinos e no dia de descanso são apresentados na tabela 8. É possível compreender a validade deste estudo comparando a IE com o GE. Partindo do pressuposto que durante a semana em estudo os atletas mantiveram o seu peso constante, a relação IE/GE devia ser próxima de 1. A média da relação IE/GE, e que representa o BE dos atletas, foi ligeiramente menor nas raparigas (81%) do que nos rapazes (87%) onde apenas 33% dos rapazes e 6% das raparigas ingeriram pelo menos 100% do seu GE. A relação IE/GE observada reflecte que os atletas apresentaram um défice energético durante o estudo. Contudo, é possível verificar que no dia de descanso os atletas, em média, apresentaram um balanço energético positivo sendo as diferenças significativas em relação aos dias de treinos (p<0,001).

Foi também observado que as raparigas com maior percentagem de massa gorda apresentaram uma razão entre ingestão e gasto menor sendo esta correlação significativa para p<0,05 e com uma tendência moderada (tabela 9). Por outro lado, esta correlação não foi encontrada no grupo dos rapazes.

IE/GE treinos (%) IE/GE descanso(%) IE/GE média (%)

Rapazes 81±13 115±52 87±14

Raparigas 76±13 121±34 81±13

Tabela 8. Relação entre a IE e o GE médio, nos dias de treinos e no dia de descanso nos

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0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 BE 17,50 20,00 22,50 25,00 27,50 30,00 32,50

% MG

Tabela 9. Correlação entre a % MG e o BE nas atletas femininas.

5. Discussão

5.1 Características antropométricas

Neste estudo verificou-se que os atletas apresentavam estaturas relativamente baixas (rapazes=1,75m; raparigas=1,62m) comparando com outros estudos em atletas elite na mesma modalidade (6, 8, 30). Atletas de elite de natação são geralmente mais altos do que os atletas em estudo.

Relativamente à composição corporal, os rapazes tinham valores de % de MG (11,3%) dentro dos intervalos esperados para atletas. Noutros estudos em atletas de

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natação foram também encontrados valores dentro das recomendações, entre 6 e 15% (1, 8, 30, 31).

Por outro lado, as raparigas apresentaram valores de % de MG (23,5) ligeiramente superiores aos encontrados noutros estudos (5, 6). Almerás et al. (1997) observaram que 6 atletas elites femininas apresentavam uma % de MG de 20,2%. A American Dietetic Association descreve que os valores de % de MG em atletas femininas de endurance variam entre 10-20%. Assim, apenas 4 atletas apresentaram % de MG dentro desse intervalo.

A avaliação da composição corporal dos atletas efectuou-se através da medição de pregas cutâneas. Embora seja um método que exija alguma experiência e competência técnica, esta dificuldade foi ultrapassada por um treino prévio e pela repetição das medições para a determinação de um valor médio. Embora a medição de pregas seja um dos métodos de referência na avaliação da composição corporal, a dificuldade em encontrar equações de previsão para jovens atletas pode conduzir a um erro na estimativa da percentagem de gordura na ordem dos 3-4% (1). Por esta razão não é apropriado estabelecer como objectivo para o atleta uma percentagem específica de gordura corporal, mas antes recomendar um intervalo de referência de acordo com as características individuais de cada atleta (1).

A intervenção do nutricionista nesta área pode ser essencial para a optimização da performance do atleta, em especial, em desportos cujo transporte do corpo é necessário. Neste estudo, foi mostrado que algumas atletas seriam beneficiadas se fossem acompanhadas por um especialista no sentido de reduzir a % de MG.

(33)

5.2 Ingestão energética

O preenchimento de registos alimentares de 5 dias com estimativa das porções com medidas caseiras por parte dos atletas pode ser representativo da IE e de macronutrientes da amostra estudada. No entanto, é necessário mais tempo para estimar a IE de macronutrientes de cada atleta e a ingestão de micronutrientes do grupo (32). Embora não seja representativo da alimentação habitual do atleta, o registo alimentar é considerado o método mais adequado em investigação sendo, contudo, necessário validar o estudo que o utiliza devido a efeitos de subestimação de IE que acontecem sistematicamente e na ordem dos 20-50% (32). A falta de interesse, motivação e de adesão, e a pouca familiaridade com a quantificação de alimentos por medidas caseiras são alguns dos factores que originam erros em estudos de avaliação nutricional (33). A escolha de 3 dias da semana e do fim-de-semana deve-se ao facto da alimentação ser diferente entre estes dias.

A avaliação energética e nutricional deve ter em conta a variedade ponderal dos atletas. Assim, a análise da IE e nutricional, será feita pelo ajuste à massa do atleta (g/kg), sendo comparados com outros estudos e recomendações específicas para atletas (34).

A IE dos atletas masculinos foi de 46 Kcal/kg enquanto nas atletas femininas foi de 39 Kcal/Kg não sendo as diferenças significativas. Outros estudos em nadadores revelaram que as atletas femininas relatam ingerir entre 29-61Kcal/kg (4, 6, 9, 30, 32) enquanto os atletas masculinos entre 43-71 Kcal/Kg (4, 8, 30, 32, 35). Embora estas variações se devam às características da amostra e metodologia utilizada é

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possível verificar que, tal como neste estudo, os nadadores masculinos tendem a ingerir mais energia por Kcal/kg de peso do que as nadadoras femininas, o que vem ao encontro de um défice energético mais prevalente em mulheres (36). Durante o estudo houve informação sobre o GE o que possibilitou estimar as necessidades energéticas específicas para estes atletas durante esse período (para um peso estável). Este método utilizado reflectiu então uma preocupação em avaliar as necessidades energéticas da amostra estudada.

Assim, as necessidades energéticas determinadas foram 47Kcal/kg para o grupo de raparigas e 52 Kcal/kg para o grupo dos rapazes. Assim, ambos os grupos apresentaram IE abaixo das suas necessidades energéticas É importante, em estudos de avaliação nutricional em atletas, a determinação do GE para cálculo das suas necessidades específicas, nunca esquecendo que durante a época competitiva e não competitiva ocorrem variações no nível de actividade física dos atletas determinando diferentes necessidades energéticas. Não existem recomendações energéticas para atletas pois, tal como explicado, estas dependem do nível de actividade física que apresentam num determinado momento competitivo.

5.3 Gasto energético

O preenchimento de registos de actividade física é um método muito utilizado para a avaliação da actividade física dos atletas, sendo necessários para estimar as necessidades energéticas dos atletas. Embora não seja um método tão exacto como a avaliação com água duplamente marcada, os RAF permitem uma estimativa aceitável do GE (5, 6, 9, 37). Neste estudo, os rapazes (GE=3577kcal/d)

(35)

apresentaram maior GE do que as raparigas (GE=2757Kcal/d). Verificou-se também uma tendência para o maior nível de actividade física nos rapazes do que nas raparigas (PAL rapazes=1,97; PAL raparigas=1,87) correspondendo a um PAL muito activo (28). Por outro lado, as raparigas apresentaram um PAL sedentário (1,35) e os rapazes um PAL pouco activo (1,41) no dia de descanso (Domingo) (28). Comparando assim o dia de descanso com os dias de treinos, houve diferenças significativas entre eles (p<0,001). Estas diferenças devem-se principalmente ao elevado GE durante os treinos e à predominância de actividades sedentárias (ver televisão, jogar computador) durante o dia de descanso.

5.4 Balanço energético

A necessidade energética do atleta depende do seu GE. Para um peso estável, o GE deve ser semelhante à IE, e essa deve ser a primeira prioridade nutricional para o atleta(1).

Mas neste estudo esta relação não foi verificada. Durante o período em que ocorreu o estudo, os atletas evidenciaram uma IE baixa em relação ao seu GE. Nas raparigas a IE correspondeu a 81% (mín=55%; máx=102%) do GE enquanto que nos rapazes a 87% (mín=69%; máx=103%) do GE.

O défice energético encontrado foi mais pronunciado nas raparigas onde apenas uma atleta revelou ter uma IE suficiente. Vários estudos também observaram que atletas que apresentavam elevados gastos energéticos relatavam uma baixa IE reflectindo-se num défice energético (5, 6, 9, 38).

(36)

Uma das possiveis explicações para estes resultados é o sub-relato de ingestão de alimentos por parte dos atletas (4). O sub-relato de ingestão de alimentos pode ocorrer porque os atletas omitem ou sub-estimam os alimentos (intencionalmente ou não) que ingeriram durante o estudo ou porque efectivamente restringiram a sua ingestão alimentar. Não foi recolhida informação relativamente ao peso dos atletas no final deste estudo o que inviabiliza a possibilidade de determinar se os atletas restringiram, de facto, a sua alimentação. O sub-relato de ingestão de alimentos acontece constantemente em estudos de avaliação nutricional e tem sido demonstrado que tende a ocorrer mais em determinados grupos populacionais como mulheres, obesos e em atletas havendo, contudo, pouca investigação tem sido realizada neste último grupo (4, 39, 40). Os indivíduos que não estão satisfeitos com a sua imagem corporal ou com o seu peso podem sub-relatar intencionalmente a sua ingestão alimentar de forma a tentar apresentar uma melhor imagem à sociedade. O sub-relato pode também acontecer especificamente para determinado grupos de alimentos considerados “não saudáveis”(4).

Neste estudo verificou-se que as atletas femininas com % de massa gorda maior apresentaram maior défice energético o que sugere que as atletas mais gordas tendem a sub-relatar mais a sua ingestão alimentar do que as atletas mais magras. Esta relação está de acordo com outros estudos que encontraram um sub-relato mais intenso em raparigas mais gordas (41, 42).

O sub-relato pode também acontecer por outros motivos: inconveniência, falta de motivação ou até mesmo erros na quantificação dos alimentos (4, 43). Embora os atletas tenham sido alertados para a forma como devessem registar os seus dias

(37)

alimentares, seria ideal uma entrevista individual no final do estudo para verificação dos seus registos.

Embora o sub-relato possa explicar uma grande parte do défice energético observado nos vários estudos de avaliação nutricional, alguns atletas, e em especial as atletas femininas, podem apresentar, de facto, uma ingestão crónica deficitária reflectindo-se na sua performance, crescimento e estado de saúde geral e reprodutiva (36). Não é, portanto, o stress do exercício, a IE ou o GE que, de forma isolada, prejudicam a saúde dos atletas. De facto, desordens reprodutivas são causadas pela baixa disponibilidade energética, e em especial, pela baixa disponibilidade de HC (36). A manipulação da IE e do GE tal como de cada nutriente energético é contudo, pouco praticável durante o tempo de intervenção nutricional. A avaliação da massa gorda e da força muscular são alguns dos vários indicadores que, de uma forma simples, podem ser utilizados como guias do progresso dos atletas (36).

Como já foi descrito, o nível de actividade física dos atletas durante os treinos foi elevado ao contrário do dia de descanso em que revelaram um nível de actividade física sedentário. Durante o dia de descanso os atletas não alteraram a sua IE em relação aos dias de treinos e como o GE diminuiu significativamente nesse dia, a relação IE/GE aumentou em ambos os grupos sendo as diferenças significativas apenas no grupo das raparigas. A relação IE/GE nas raparigas passou de 76% (mín=51%; máx=96%) nos dias de treinos para 121% (mín=69%; máx=199%), enquanto que nos rapazes passou de 81% (mín=63%; máx=95%) para 115% (mín=50%; máx=188%). Alméras et al. (1997) observaram no seu estudo que as

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nadadoras não alteraram a sua ingestão alimentar quando passaram da fase de treinos para um período de descanso de 2 meses, resultando num aumento de 4% de massa gorda. É essencial que os atletas compreendam que as suas necessidades energéticas são muito diferentes durante o período de treinos e período de descanso de forma a tentar não alterar a sua composição corporal.

Pelo que foi descrito, situações reais de défice energético podem ser balanceadas pelos dias de descanso em que o GE diminui e a IE se mantém, causando um superávit energético. Embora longos períodos possam prejudicar a composição corporal dos atletas, curtos períodos de descanso podem ser fundamentais para os atletas que apresentam elevado défice energético (44). Desta forma, o organismo pode não só recuperar do estresse causado pelo exercício como do próprio défice energético.

A estimativa da IE, de macronutrientes e de micronutrientes pelos atletas pode não representar o que realmente os atletas comem e criar um conflito entre as recomendações da nutrição desportiva e os relatos de ingestão alimentar pelos atletas. É importante assim reconhecer que existem limitações nos estudos de avaliação nutricional que dificultam uma adequada análise do padrão alimentar dos atletas. Esse reconhecimento deverá então contribuir para a criação de estratégias que melhorem a validade de estudos de avaliação nutricional.

Neste presente estudo foi demonstrado que o acompanhamento nutricional pode ser um apoio importante para o atleta de forma a assegurar-lhe um adequado BE.

(39)

5.5 Ingestão de macronutrientes

Hidratos de Carbono

A ingestão de HC pelas raparigas foi de 4,9g/Kg enquanto nos rapazes foi de 5,7g/Kg. Ambos os grupos não apresentaram uma ingestão suficiente de HC comparando com as recomendações específicas para atletas de endurance (7-10g/Kg) (4). Os valores de ingestão de HC encontrados noutros estudos em atletas de natação variaram entre 3,8-7,4g/Kg de HC nas raparigas (4, 6, 8, 9, 30) e entre 5,6-9,1 g/Kg nos rapazes (4, 8, 30).

Os HC são a principal fonte de energia em desportos de endurance como a natação. A quantidade de HC na alimentação é o factor mais importante a afectar as reservas de glicogénio muscular(34), o que significa que uma correcta ingestão deste nutriente pode maximizar as reservas energéticas dos atletas optimizando a sua performance. A ingestão adequada de HC é também fundamental para reduzir a fadiga, o stress e a depressão do sistema imunitário (45). Não só a quantidade mas também o tipo de HC e o momento em que os HC são ingeridos contribuem para uma melhor preparação do atleta para o exercício, contribuindo para a maximização das suas reservas musculares, e a sua recuperação mais rápida com uma adequada quantidade ingestão de HC de elevado índice glicémico (34).

Embora a OMS recomende uma ingestão de açúcares <10 % do VET para a população em geral, a ingestão de açúcares pode ser importante para a recuperação dos atletas após o exercício por serem HC de absorção rápida e logo

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para a ingestão total de HC. Isto sugere que as recomendações para a ingestão de açúcar para atletas sejam superiores aos da população em geral. Mesmo assim, a contribuição de 20% do VET pelos rapazes e 22% do VET pelas raparigas pode estar acima do recomendado porque contribuíu com uma elevada percentagem para o total de HC ingeridos, devendo então a contribuição ser maior por parte de alimentos fornecedores de HC complexos.

A deficente e incorrecta ingestão de HC pelos atletas de natação poderia assim ser corrigida por uma intervenção nutricional.

Proteínas

Relativamente à ingestão proteica, os atletas apresentaram valores (rapazes=1,74g/Kg; raparigas=1,71g/Kg) superiores às recomendações (1,2g/Kg-1,4g/Kg) não havendo diferenças estatísticas entre sexos (26, 46). Embora o estresse fisiológico causado pelo exercício aumente ligeiramente as necessidades proteicas, em relação à população em geral, a ingestão proteica pelos atletas é habitualmente suficiente, tal como já foi verificado noutros estudos (6, 8, 30, 32, 47). Contrariamente ao que muitos atletas acreditam, uma ingestão de proteínas superior às recomendações não parece trazer benefícios para a performance em atletas de endurance, ocorrendo simplesmente a oxidação do excesso ingerido (46). A excessiva ingestão proteica pode limitar a ingestão de HC e gordura comprometendo os benefícios destes nutrientes (26).

(41)

Gorduras

De uma forma geral a alimentação dos atletas deve fornecer entre 20-25% da sua energia como gordura(1). Uma ingestão de gorduras acima destes valores além de poder limitar uma adequada ingestão de HC pode condicionar a saúde dos atletas. Por outro lado, a restrição de gorduras não parece trazer benefícios para a performance ou saúde dos atletas. A contribuição energética das gorduras é, pois, essencial em desportos de endurance(1).

Verificou-se que tanto nos rapazes (36% VET) como nas raparigas (32,5% VET) as gorduras forneceram mais energia do que as recomendações, não havendo diferenças significativas entre sexos. Outros estudos em atletas de natação observaram resultados semelhantes (rapazes=35%, 34%; raparigas=35%, 38%, 35%) revelando a importância de sensibilizar os atletas para a redução de ingestão de gorduras (6, 8, 30).

Relativamente à qualidade de gorduras ingeridas foi observado que ambos os sexos excederam as recomendações de AGS (rapazes=13%, raparigas=12%) e de colesterol (rapazes=425mg, raparigas=347mg) não atingindo, por outro lado, as quantidades recomendadas de AGPI (rapazes=6%, raparigas=5%). Estes resultados reflectem uma alimentação pouco saudável por parte dos atletas.

Fibras

A ingestão de fibras pelos rapazes foi de 21g/d enquanto nas raparigas foi de 20g/d. As recomendações para a ingestão de fibras são de 14g por cada 1000Kcal

(42)

ingeridas (28), ou seja, 44g/d para os rapazes e 31g/d para as raparigas. A ingestão de fibras foi muito baixa reflectindo uma alimentação pobre em fruta, legumes e cereais integrais. Os benefícios de uma alimentação rica em fibras são vários: redução dos níveis de colesterol sanguíneo, contribuição para a normalização dos níveis de glicose e insulina, diminuição do risco de cancro, melhoria do trânsito intestinal. Geralmente, uma alimentação rica em fibras também garante importantes quantidades de micronutrientes e fitoquímicos contribuindo com mais benefícios para a saúde(48).

x A excessiva ingestão de gorduras saturadas, colesterol e de açúcar apresentada pelos atletas e a deficiente ingestão de fibras e HC complexos reflecte uma alimentação desadequada, com elevada densidade energética, característica de um padrão alimentar desadequado e pouco saudável. Novamente, a saúde e performance dos atletas poderia ser optimizada através de uma intervenção nutricional.

5.6 Ingestão de micronutrientes

Quando os atletas apresentam um correcto padrão alimentar e de acordo com as suas necessidades energéticas, isto é, quando apresentam um BE equilibrado (EI§GE), provavelmente ingerem as quantidades de vitaminas e minerais que necessitam. De uma forma geral, uma restrição alimentar, energética ou um padrão alimentar desequilibrado estão associados a situações de deficiência vitamínica e mineral que podem prejudicar a saúde e performance dos atletas (49).

(43)

Relativamente à ingestão de minerais foi verificado que houve prevalência de inadequação na ingestão de magnésio e baixa prevalência de adequação de cálcio e potássio tanto nos rapazes como nas raparigas. Houve também prevalência de excessiva ingestão de sódio em ambos os sexos.

A baixa prevalência de adequação no consumo de cálcio foi de 50% nos rapazes e de 100% nas raparigas sendo a ingestão média dos grupos (rapazes=1223mg/d, raparigas=868mg/d) inferior às AIs correspondentes (AI=1300mg/d para os dois sexos). O cálcio, juntamente com o ferro e zinco, é um importante mineral que se apresenta frequentemente deficiente na alimentação dos atletas, em especial nas mulheres (1, 17). O cálcio promove a construção, fortificação e reparação do tecido ósseo. Uma ingestão insuficiente deste mineral aumenta o risco de baixa densidade óssea e fracturas do osso.

A prevalência de inadequação relativamente à ingestão de magnésio foi de 50% nos rapazes e de 44% raparigas. Noutro estudo foi verificado que atletas de natação apresentavam ingestão deficiente de magnésio (30). O magnésio é essencial em diversas reacções enzimáticas desencadeando importantes funções como ao nível do sistema neuromuscular e cardiovascular (50). Uma insuficiente ingestão deste mineral pode comprometer a performance dos atletas.

A ingestão de sódio pelos rapazes evidenciou uma prevalência de consumo excessivo deste mineral (3446mg/d) onde 100% dos atletas apresentou uma ingestão superior à AI do sódio. Também foi verificada uma prevalência de consumo excessivo de sódio (2079mg/d) de 37,5% nas raparigas. A ingestão de sódio está directamente associada à pressão sanguínea, estando a sua ingestão excessiva

(44)

associada a um maior risco de hipertensão e, por consequência, doença cardiovascular (27).

No que se refere à ingestão de potássio, a baixa prevalência de adequação no consumo deste mineral foi de 100% nas raparigas e de 83% nos rapazes. Com uma acção diferente do sódio, o potássio tem um efeito protector relativamente à doença cardiovascular, ajudando a controlar a pressão sanguínea (27). Não foi encontrada prevalência de inadequação na ingestão de outros minerais.

Observando a ingestão de vitaminas pelos atletas, foi verificada prevalência de inadequação no consumo de folato, vitaminas A, E, e C.

Relativamente à ingestão de folato, a prevalência de inadequação foi de 33% nos rapazes e de 50% nas raparigas. O folato é importante para o desenvolvimento do tubo neural no feto e parece também ter um efeito protector da doença cardiovascular(27).

A prevalência de inadequação no consumo de vitamina A foi de 83% nos rapazes e de 63% nas raparigas. Contra o previsto, as raparigas ingeriram em média maior quantidade de vitamina A. A ingestão de vitamina E teve uma prevalência de inadequação de 100% nas raparigas e de 67% nos rapazes. Os rapazes apresentaram uma prevalência de inadequação de 50% na ingestão de vitamina C enquanto as raparigas uma prevalência de 31%.

As vitaminas A, E e C são importantes antioxidantes que ajudam o organismo a proteger-se contra o estress oxidativo causado, por exemplo, por factores como o tabaco e o exercício físico. A deficiência de vitamina C pode ter como sintomas fadiga, debilidade do sistema imunitário e falta de apetite (51). As vitaminas A e E

(45)

têm também importantes funções ao nível do sistema imunitário e reparação dos tecidos. Ao ajudarem o organismo a prevenir infecções e lesões, estas vitaminas podem optimizar a performance dos atletas indirectamente (51). Contudo, a suplementação com o objectivo de melhorar a saúde e performance dos atletas só é recomendada se estes apresentarem alguma deficiência vitamínica ou mineral (51). A correcção dos erros alimentares observados neste estudo com a recomendação de alimentos menos densos energeticamente e mais ricos em vitaminas e minerais são também aspectos importantes a ter em conta numa intervenção nutricional junto dos atletas.

6. Conclusões

Neste estudo verificou-se que a alimentação dos participantes era inadequada tanto do ponto de vista energético como do ponto de vista nutricional. De acordo com as necessidades energéticas determinadas, os atletas não só apresentaram uma IE deficiente, como também uma contribuição energética dos macronutrientes desproporcional.

Assim, a alimentação dos atletas foi deficiente em HC e excessiva em proteínas e gorduras, longe das características de uma nutrição óptima que beneficie a sua performance. Foi, ainda, verificado elevado consumo de AGS, açúcar e colesterol e baixo consumo de AGPI reflectindo de facto uma alimentação que não contribui para a saúde dos atletas. As consequências de uma alimentação inadequada e deficiente energeticamente nesta população adolescente pode ainda reflectir-se negativamente no seu crescimento e desenvolvimento.

(46)

A elevada densidade energética da alimentação dos atletas determinou uma alimentação de baixa densidade nutricional verificando-se uma insuficiente ingestão de fibras, algumas vitaminas e minerais.

A maior ingestão de fruta e legumes (pelo menos 5 porções por dia (52)), de produtos cerealíferos como fontes de HC, leite e derivados (em especial pelas atletas femininas) e menor consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar contribuiríam para uma alimentação mais saudável e de acordo com a qualidade nutricional que as dietas recomendadas para atletas exigem.

A avaliação da composição corporal dos atletas revelou que os rapazes estavam dentro dos intervalos esperados ao contrário de algumas raparigas, que estavam acima das recomendações o que, contra o previsto, não sustentou o défice energético evidenciado de uma forma geral. A natação como desporto de elevada competitividade, cujas vitórias se podem decidir em partes de segundo, exige o transporte do corpo elevando a importância da composição corporal do atleta e o seu peso. Correcções do BE de acordo com as características e objectivos de cada individuo são essenciais para a optimização da composição corporal dos atletas. Contudo, esta intervenção deverá ter como guia, por exemplo, indicadores antropométricos que contribuem para a avaliação do progresso dos atletas de forma mais simples e objectiva.

A intervenção do nutricionista junto dos atletas exige a avaliação nutricional, do GE e da sua composição corporal, devendo os métodos ser utilizados com bastante cuidado de forma a obter resultados mais válidos e representativos da realidade. Neste estudo, as maiores dificuldades aconteceram durante a avaliação nutricional

(47)

dos atletas. Em futuros trabalhos de investigação deve haver uma preocupação em motivar individualmente cada atleta para a importância da nutrição no desporto de forma a garantir a sua adesão. Serão também essenciais a verificação dos RA e RAF com cada atleta durante o tempo em que decorre o estudo tal como a monitorização do seu peso. Mais estudos que visem a caracterização do sub-relato em atletas são assim necessários de forma a melhorar a validade dos estudos e a compreender a alimentação deste grupo populacional. Estes mesmos estudos poderão contribuir ainda para “popularizar” a nutrição e estimular o investimento do desporto nacional nesta ciência.

Deste estudo conclui-se também que a sensibilização dos atletas para a importância da nutrição é essencial e deve ser uma etapa de uma intervenção nutricional. Assim, uma intervenção nutricional planeada e projectada em conjunto com os atletas e treinadores e de acordo com as características e objectivos individuais dos atletas poderá corrigir importantes aspectos da sua alimentação, contribuindo assim para a optimização da sua performance e saúde.

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ANEXOS

INDICE DE ANEXOS

Anexo 1 – Registo alimentar ………. a2 Anexo 2 – Registo de actividade física ………... a5

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Imagem

Tabela 1. Caracterização antropométrica da amostra em estudo (média±desvio padrão).
Tabela 3. Consumo alimentar diário de macronutrientes, colesterol e fibras nos rapazes  (média ± desvio padrão)
Tabela 4. Consumo alimentar diário de macronutrientes, colesterol e fibras nas raparigas  (média ± desvio padrão)
Tabela 6. Ingestão média diária de vitaminas e minerais dos rapazes e sua relação com  valores de referência de ingestão
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Referências

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