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Edital FAPERJ N.º 142009 PROGRAMA “APOIO À MELHORIA DO ENSINO EM ESCOLAS PÚBLICAS SEDIADAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – 2009”

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Edital FAPERJ N.º 14/2009

PROGRAMA “APOIO À MELHORIA DO ENSINO EM ESCOLAS

PÚBLICAS SEDIADAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – 2009”

Projeto de Pesquisa

FORMAÇÃO EM SERVIÇO DE PROFESSORES DE SALAS

MULTIFUNCIONAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DA

COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA COM OS ALUNOS COM

NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

Coordenador: MIRYAM BONADIU PELOSI

Centro de Ciências da Saúde

Curso de Terapia Ocupacional

Universidade Federal do Rio de Janeiro

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Resumo

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva atual traduz, em seus objetivos e diretrizes, a garantia do acesso à escolarização na sala de aula comum do ensino regular, e o atendimento educacional especializado complementar. Esse atendimento complementar deve ser organizado em Salas Multifuncionais, no contra turno do ensino regular, disponibilizando recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a aprendizagem.

Em 2010 o Rio de Janeiro contará com 70 Salas Multifuncionais que estarão equipadas com recursos de Tecnologia Assistiva, incluindo softwares para o desenvolvimento do trabalho com alunos com dificuldades comunicativas.

Para que os professores dessas salas sejam capazes de transformar a tecnologia recebida em recursos pedagógicos acessíveis que possibilitem minimizar as barreiras para a aprendizagem dos alunos incluídos, a formação em serviço se torna fundamental.

O presente estudo é uma parceria do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que conta com um Laboratório de Comunicação Alternativa, e a escola pública. O estudo objetiva traçar o perfil dos professores que trabalham nas Salas Multifuncionais da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, dos alunos acompanhados, e da forma de funcionamento das salas. Objetiva, também, planejar, implementar e avaliar os efeitos de um curso de formação na área de Comunicação Alternativa destinado a esses professores e aos professores da Oficina Vivencial do Instituto Helena Antipoff.

O modelo do estudo será a pesquisa-ação e uma das estratégias será o acompanhamento de uma Sala Multifuncional que já está em funcionamento. Os relatos da professora dessa sala serão essenciais para o processo de formação em serviço. Os instrumentos serão questionários, entrevistas semi estruturadas e cadernos de campo.

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Introdução

A implementação da política de educação inclusiva no Brasil inseriu-se em um movimento de características excludentes com conflitos e tensões gerados pelas diferenças sociais e pelas características do sistema educacional.

Teve como ponto de partida a promulgação da Constituição Federal, em 1988, que assegurou o direito à igualdade de condições de acesso e permanência na escola, além de garantir o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente, na rede regular de ensino.

Essa nova escola acolhe e ensina os alunos respeitando as diferenças individuais, raciais, políticas, religiosas, sociais ou culturais.

Trata-se de uma escola mais responsiva às necessidades do alunado e que forma seus professores para auxiliá-los a ensinar todos os alunos e, não apenas, os considerados com necessidades educacionais especiais (MITTLER, 2003).

A legislação brasileira sobre a educação, que se seguiu à Constituição, garantiu, quando necessário, serviços de apoio especializado na escola regular para atender às particularidades da clientela de educação especial, currículos adaptados e flexibilizados, métodos, técnicas e recursos educacionais específicos, além da terminalidade específica e professores com especialização adequada para o atendimento do alunado (BRASIL, 1996).

A legislação previu serviços de apoio em sala de recurso, professores intérpretes, apoio do professor especializado em educação especial, professor itinerante e a criação de redes de apoio com a participação da família, de outros agentes e recursos da comunidade (BRASIL, 2001).

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No período de 2005 a 2006 foram disponibilizadas 626 Salas de Recursos Multifuncionais, 625 em 2007, 4300 em 2008 e, em 2009, serão disponibilizadas 10 mil novas salas com recursos multifuncionais (BRASIL, 2008).

Há dois tipos de salas multifuncionais: o Tipo 1 tem uma estrutura básica capaz de atender a qualquer deficiência e a sala do Tipo 2 é mais voltada para os alunos cegos.

As salas Tipo 1 são compostas com: Microcomputador com gravador de CD, leitor de DVD e terminal, Monitor de 32” LCD, fones de ouvido e microfones, scanner, impressora laser, teclado com colméia, mouse com entrada para acionador, acionador de pressão, Bandinha Rítmica, dominó, esquema corporal, memória de numerais, tapete quebra-cabeça, software para Comunicação Alternativa, Sacolão Criativo, quebra cabeças sobrepostos (seqüência lógica), Dominó de animais em Língua de Sinais, Memória de antônimos em Língua de Sinais, conjunto de lupas manuais (aumento 3x, 4x e 6x), dominó com textura, plano inclinado, mesa redonda, cadeiras para computador, cadeiras para mesa redonda, armário de aço, mesa para computador, mesa para impressora e quadro.

Fica claro com essas medidas que o governo brasileiro compreende que no processo de inclusão escolar das crianças com necessidades educacionais especiais o uso da Tecnologia Assistiva se mostra essencial.

A Tecnologia Assistiva

A Tecnologia Assistiva é uma área de conhecimento que abrange recursos e serviços com o objetivo de proporcionar maior qualidade de vida aos indivíduos com perdas funcionais advindas de deficiência ou como resultado do processo de envelhecimento. A Tecnologia Assistiva engloba áreas como mobilidade alternativa como cadeira de rodas e andadores, a adequação postural com o posicionamento adequado do aluno na carteira da escola, a Comunicação Alternativa e Ampliada1, o acesso ao computador e suas

adaptações, acessibilidade dos ambientes, a adaptação de atividades escolares, adaptação

1 A Comunicação Alternativa e Ampliada é um grupo integrado de componentes que inclui os símbolos, os

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de equipamentos de lazer e recreação e o transporte adaptado (KING, 1999; BARNES; TURNER, 2001; BERSH; PELOSI, 2007).

A Tecnologia Assistiva foi definida no Brasil, pelo Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), como sendo uma área de conhecimento de característica multidisciplinar que compreende recursos, estratégias, metodologias, práticas e serviços com o objetivo de promover a funcionalidade e participação de pessoas com incapacidades visando autonomia, qualidade de vida e inclusão social (BRASIL, 2007).

O Comitê de Ajudas Técnicas foi criado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República - SEDH/PR através da Portaria 142 de 16 de novembro de 2006, e é composto por um grupo de especialistas brasileiros e representantes de órgãos governamentais. Os objetivos do grupo compreendem a apresentação de propostas de políticas governamentais, promoção de parcerias entre a sociedade civil e órgãos públicos, estruturação das diretrizes da área de conhecimento, levantamento de centros regionais de referência e de profissionais que trabalham na área, incentivo à criação de novos centros de referência, oferta de cursos na área de Tecnologia Assistiva, realização de outras ações com o objetivo de formação de recursos humanos qualificados, além da implementação de propostas de estudos e pesquisas relacionadas com a área de Tecnologia Assistiva (BRASIL, 2006).

Essa área de conhecimento de caráter interdisciplinar possibilita o envolvimento de muitos profissionais no trabalho da Tecnologia Assistiva como educadores, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiras, assistentes sociais, oftalmologistas, especialistas em audição, protéticos, engenheiros, e outras áreas. Trata-se de uma área constituída pela expertise de muitos profissionais que envolve, ainda, os usuários e seus familiares.

Formulação da situação-problema

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workshops, conferências, cursos de curta duração em universidades, cursos não presenciais e em cursos de graduação (COOK; HUSSEY, 2002).

A disponibilização de 10 mil novas salas multifuncionais acarretará um sério problema de formação de recursos humanos capazes de transformar a tecnologia recebida em recursos pedagógicos acessíveis que possibilitem minimizar as barreiras para a aprendizagem dos alunos incluídos.

A formação em serviço será uma das estratégias que precisará ser utilizada e para que a formação possibilite mudanças na ação e na conduta dos profissionais ela deve se caracterizar por cursos contínuos que atendam aos interesses dos grupos, deve trabalhar com grupos homogêneos, e deve incluir a elaboração de cursos com a participação coletiva dos profissionais.

A formação de professores deve considerar a concepção do professor em relação à deficiência e à sua experiência escolar no contexto inclusivo. Cada professor concebe a deficiência de uma maneira peculiar porque essa concepção depende da relação da deficiência com a história de vida de cada um (MENDES, 2001).

O locus da formação deve priorizar o espaço educacional (CANDAU, 1998) e estar relacionado ao trabalho coletivo da escola. A política de formação deve estabelecer parcerias com universidades e/ou outras instituições governamentais e não-governamentais com o objetivo de contribuir para o planejamento e desenvolvimento dos programas de formação.

Nas situações de formação que ocorram fora do contexto escolar concreto devem ser utilizadas situações educacionais simuladas com o objetivo de proporcionar aos professores envolvidos a possibilidade de refletir sobre situações que se aproximam ou espelham a sua prática pedagógica. Essa estratégia formativa de reflexão proposta por Schön é designada como “sala de espelhos” (ALARCÃO, 1996).

Outro aspecto fundamental é considerar que na realidade escolar, o professor intervém em um meio complexo, em um cenário vivo definido pela interação simultânea de múltiplos fatores e condições. O professor precisa de um repertório de ações para enfrentar as situações individuais de aprendizagem dos alunos e as situações do grupo.

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pré-elaboradas. Essas situações obrigam o professor a ir além das regras, fatos, teorias e procedimentos conhecidos e disponíveis. Para cada caso-problema, não existe uma única solução correta. O professor competente atua refletindo sobre sua ação, criando uma nova realidade, experimentando, corrigindo e inventando (GOMEZ, 1995).

É importante frisar que essa reflexão implica na imersão consciente do professor no mundo da sua experiência, um mundo carregado de conotações, valores, intercâmbios simbólicos, correspondências afetivas, interesses sociais e cenários políticos. O conhecimento acadêmico, teórico, científico ou técnico só pode ser considerado instrumento dos processos de reflexão se for integrado significativamente, não em parcelas isoladas de situações do cotidiano, mas em esquemas de pensamento mais genéricos ativados pelo professor quando interpreta a realidade concreta em que vive e quando organiza a sua própria experiência.

Apesar de todo conhecimento científico produzido sobre a formação de professores, muitas são as dificuldades para que essa ação promova transformações no fazer do professor e na escola.

As razões que têm levado as formações em serviço a não serem capazes de transformar a prática do professor e de sua instituição estão relacionadas à descontinuidade das propostas; à desarticulação da formação com projetos coletivos e institucionais; à dicotomia entre teoria e prática; à realização destas ações fora do local de trabalho; ao custo dos cursos e seminários; a distância entre os que concebem as propostas e a prática escolar e à visão da formação como obrigação, dada a sua organização e implementação de forma desarticulada da prática escolar (NASCIMENTO, 1998; PELOSI, 2003).

Parceria da Universidade com a comunidade

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disciplinas, o curso conta com um laboratório de Tecnologia Assistiva e um laboratório específico para Comunicação Alternativa.

A expertise dos professores do curso de Terapia Ocupacional em Tecnologia Assistiva e na formação de recursos humanos para diferentes Secretarias de Educação e Saúde favorece a criação de uma linha de pesquisa nessa área que terá a finalidade de formar os alunos do curso de Terapia Ocupacional e de outras áreas dentro da Universidade e a de prestar serviços a comunidade.

Como nesse estudo está sendo proposta a parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro, através do curso de Terapia Ocupacional, e a escola pública faz-se necessário a compreensão de como se dá o trabalho do terapeuta ocupacional em parceria com os educadores no uso da Tecnologia Assistiva.

A Terapia Ocupacional e a Tecnologia Assistiva

A Terapia Ocupacional e a tecnologia tem tido um relacionamento estreito por mais de 80 anos. Desde o nascimento da Terapia Ocupacional, a tecnologia tem feito parte da literatura profissional e demonstrado sua contribuição para otimizar a ocupação (SMITH, 2000).

O trabalho da Tecnologia Assistiva segundo Ângelo e colaboradores (1997) vem permeado a prática da Terapia Ocupacional e pode ser evidenciada através de artigos em várias publicações da área incluindo OT Week (e.g., Hauge, 1993; Joe, 1994, 1996) e o American Journal of Occupational Therapy (AJOT) (e.g., Angelo, 1992; Anson, 1991, 1994; Baily & DeFelice, 1991; Bay, 1991; Burning & Hanzlik, 1993; Lau & O’Leary, 1993; Mann, Hurren, & Tomita, 1993; McPherson et al., 1991; O’Leay, Mann, & Perkash, 1991; Parker & Thorslund, 1991; Swinth, Anson, & Deitz, 1993).

O trabalho em parceria entre os professores de escolas públicas, os terapeutas ocupacionais e outros serviços de apoio aos estudantes com necessidades educacionais especiais tem sido considerado fundamental no sistema educacional (BARNES; TURNER, 2001).

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Deficiência e Cotidiano do Curso de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo e uma Escola Municipal de Educação Infantil da cidade estabeleceram uma parceria de trabalho. Através de atividades lúdicas grupais com crianças de cinco e seis anos, os terapeutas ocupacionais auxiliaram a solução de problemas encontrados no cotidiano que comprometiam a qualidade de aprendizado e convivência.

O trabalho do terapeuta ocupacional na Tecnologia Assistiva envolve a avaliação das necessidades dos usuários, suas habilidades físicas, cognitivas e sensoriais. O profissional avalia a receptividade do indivíduo quanto à modificação ou uso da adaptação, sua condição sociocultural e as características físicas do ambiente em que essa adaptação será utilizada. O terapeuta ocupacional promove a instrução do uso apropriado do recurso de Tecnologia Assistiva e orienta as outras pessoas envolvidas no uso dessa tecnologia (CANADIAN ASSOCIATION OF OCCUPATIONAL THERAPISTS POSITION STATEMENT, 2003).

Objetivos do estudo

O presente estudo visa à formação em serviço para o trabalho de Comunicação Alternativa dos professores que trabalham nas Salas Multifuncionais do Município do Rio de Janeiro.

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No momento atual, com a implementação de 70 Salas Multifuncionais no município do Rio de Janeiro, a atenção se volta para os profissionais que trabalham nessas salas e o estudo terá os seguintes objetivos:

a)Traçar o perfil dos professores que trabalham nas Salas Multifuncionais da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, o perfil dos alunos acompanhados, e a forma de funcionamento das salas.

b) Acompanhar o funcionamento de uma Sala Multifuncional ao longo de um ano realizando trabalho cooperativo com a professora da sala com o objetivo de mapear os obstáculos para o desenvolvimento do trabalho.

c) Planejar, implementar e avaliar os efeitos de um curso de formação na área de Comunicação Alternativa destinado aos professores das Salas Multifuncionais da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.

Participantes

Participarão do Estudo os professores das Salas Multifuncionais e os professores que trabalham na Oficina Vivencial e são responsáveis pelo acompanhamento aos alunos portadores de deficiência física e síndromes que acarretam comprometimento motor, matriculados na rede municipal do Rio de Janeiro e pela formação dos professores na área de Comunicação Alternativa. A Oficina Vivencial faz parte do Centro de Referência em Educação Especial do Instituto Helena Antipoff no Rio de Janeiro.

Local e instrumentos

O estudo será desenvolvido Escola Municipal Professor Augusto Cony que já possui uma Sala Multifuncional e no Laboratório de Comunicação Alternativa do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Para implementação do curso de formação em serviço serão considerados os dados do questionário inicial. Para sua avaliação serão utilizados os registros dos professores e da pesquisadora, um questionário de avaliação final do conteúdo e do professor e um questionário de pós-teste sobre o trabalho desenvolvido pelos professores após a realização da formação em serviço.

Procedimentos gerais

O método utilizado será a pesquisa-ação. A metodologia da pesquisa-ação servirá de base para a criação de conhecimento com o objetivo de implementar novas alternativas educacionais facilitadoras do processo de inclusão escolar para os alunos com dificuldades comunicativas.

Será realizada uma série de etapas que serão planejadas e executadas pelos participantes e, que serão, sistematicamente, submetidas à observação, reflexão e mudança (CARR; KEMMIS, 1988; FRANCO, 2005; PIMENTA, 2005).

O projeto de pesquisa será desenvolvido em 4 etapas: contato inicial com os professores das Salas Multifuncionais e pré-teste; organização e implementação do curso de formação; acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos em uma Sala Multifuncional e avaliações do curso e pós-teste para os participantes da formação em serviço.

Procedimentos específicos

A formação terá duração e carga horária determinada pelo grupo de professores a partir das necessidades levantadas no questionário de pré-teste. O tempo limite será de um ano, tempo de vigência da pesquisa.

As estratégias de organização das aulas e a escolha dos temas levarão em conta as necessidades e interesses dos profissionais e considerarão os materiais que estão disponíveis nas Salas Multifuncionais do Tipo 1 e o objetivo de formação de profissionais para o desenvolvimento da Comunicação Alternativa.

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multifuncionais e a multiplicação desse conhecimento nas Unidades Educacionais em que os alunos estão inseridos. Os objetivos específicos envolverão a capacidade de desenvolver respostas afirmativas e negativas consistentes na criança que não fala, a construção de pranchas de comunicação e sua implementação na escola, a indicação de órteses para auxiliar o processo de escrita, a determinação da melhor forma de acesso ao computador, a adaptação das atividades pedagógicas para a criança que não fala e não escreve, e o desenvolvimento e implementação de pranchas eletrônicas desenvolvidas com o software

Speaking Dynamically Pro (SDP), que consta da lista de recursos das salas Multifuncionais do Tipo 1.

A esses objetivos serão somados os objetivos trazidos pelos professores participantes, a partir da análise do questionário de pré-teste.

Instrumentos

Questionário 1 - O questionário 1 tem o objetivo de colher dados sobre o professor da Sala Multifuncional, avaliar seu conhecimento na área de Comunicação Alternativa e conhecer seu interesse e opiniões sobre o curso de formação em serviço. O questionário contem questões sobre seus dados pessoais, formação, especializações, tempo de trabalho, percurso profissional até a chegada a Sala Multifuncional, características das escola, os alunos que acompanha e o trabalho que desenvolve. Apresenta questões que auxiliarão a avaliação inicial do seu conhecimento na área de Comunicação Alternativa, e dados que nortearão o planejamento do curso de formação.

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e apreensão do conteúdo do curso e avalia, ainda, o ritmo do curso e o processo de avaliação.

Questionário 2 – Esse questionário de pós-teste tem o objetivo de avaliar o uso que os professores das Salas Multifuncionais passaram a fazer da Tecnologia Assistiva, no trabalho com seus alunos com necessidades educacionais especiais, após a participação no processo de formação em serviço.

Metas

As metas do projeto incluem a capacitação e atualização dos professores das Salas Multifuncionais das escolas públicas do município do Rio de Janeiro e a promoção do intercâmbio da Universidade Federal do Rio de Janeiro, uma instituição de ensino superior e pesquisa com as escolas públicas do município do Rio de Janeiro.

Resultados esperados

Com o desenvolvimento do projeto espera-se que os professores das Salas Multifuncionais sejam capazes de acompanhar seus alunos com dificuldades comunicativas utilizando os recursos de Tecnologia Assistiva que já possuem em seu local de trabalho favorecendo, assim, o processo de inclusão educacional.

Com a participação dos professores que trabalham na Oficina Vivencial espera-se que o grupo possa dar continuidade ao processo de formação dos professores das Salas Multifuncionais que sejam contratados no futuro.

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Plano de trabalho para os bolsistas

 Bolsa de treinamento e capacitação técnica (TCT) – Professora da Sala Multifuncional

A professora da Sala Multifuncional terá a responsabilidade de filmar algumas de suas ações com os alunos para que sejam usadas como objetos de estudo e discussão dos professores participantes da formação em serviço. A professora deverá fazer um registro detalhado no seu caderno de campo dos alunos acompanhados, dos trabalhos desenvolvidos e dos problemas encontrados no dia a dia da Sala Multifuncional.

 Bolsa de treinamento e capacitação técnica (TCT) – professora da Oficina Vivencial do Instituto Helena Antipoff

A professora da Oficina Vivencial terá a responsabilidade de acompanhar a professora da Sala Multifuncional, como par mais experiente, facilitando o desenvolvimento de seus projetos. Terá também a responsabilidade de visitar as outras Salas Multifuncionais colhendo dados e materiais relevantes ao desenvolvimento do projeto.

 Bolsa de iniciação científica (IC) para aluno de graduação do Curso de Terapia Ocupacional da UFRJ

 Bolsa de iniciação científica (IC) para aluno de graduação do Curso de Terapia Ocupacional da UFRJ

Os alunos bolsistas do curso de Terapia Ocupacional da UFRJ terão a responsabilidade de auxiliar o desenvolvimento das atividades de formação em serviço que acontecerão no Laboratório de Comunicação Alternativa da UFRJ, e demais atividades para o desenvolvimento da pesquisa.

Cronograma de execução

O projeto de pesquisa será desenvolvido em quatro etapas.

A 1a etapa abrangerá a obtenção de autorização do Comitê de Ética, a aquisição de

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através de reunião no Instituto Helena Antipoff (SME-RJ), para apresentação do projeto e realização do pré-teste. Essa etapa acontecerá no mês de março de 2010.

A 2a etapa abrangerá a organização e implementação do curso de formação que terá

início em abril de 2010 e terá a duração determinada pelos participantes. O prazo final para término dessa etapa será dezembro de 2010.

A 3a etapa terá início em março de 2010 e constará do acompanhamento dos

trabalhos desenvolvidos na Sala Multifuncional localizada na Escola Municipal Augusto Cony. As etapas 2 e 3 acontecerão concomitantemente e os dados obtidos no trabalho cooperativo com a professora da Sala Multifuncional serão também utilizados no processo de formação dos demais professores.

A 4a etapa e última etapa abrangerá as avaliações do curso e o pós-teste para os

participantes da formação em serviço, entrevista semi-estruturada com a professora da Sala Multifuncional da Escola Municipal Augusto Cony e a elaboração do relatório final do projeto.

Equipe envolvida:

o Coordenador do projeto – Miryam Bonadiu Pelosi – Professora do Curso de Terapia Ocupacional da UFRJ

o Pesquisador auxiliar – Vera Lúcia Vieira de Souza - Professora do Curso de Terapia Ocupacional da UFRJ

o Bolsistas de treinamento e capacitação técnica (TCT) – Professora da Sala Multifuncional da Escola Municipal Augusto Cony e professora da Oficina Vivencial do Instituto Helena Antipoff, SME-RJ.

o Bolsistas de iniciação científica (IC) – Alunas de graduação do Curso de Terapia Ocupacional da UFRJ

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Referências

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