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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA

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TRAUMATISMO

DENTAL EM

CRIANÇAS

INFLUENCIAS DO CONTEXTO EMOCIONAL

E

PSICOLOGICO DO

TRAUMATISMO NO COMPORTAMENTO DO PROFISSIONAL

MARIANA PEROTTA

Monografia apresentada ao curso de

Especialização em Odontopediatria da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenção do titulo de Especialista em Odontopediatria

Orientadora: Prof.a Dr.a MARIA JOSÉ DE CARVALHO ROCHA

(2)
(3)

AGRADECIMENTOS

• Aos professores do Curso de Especialização em Odontopediatria da UFSC, pela contribuição cientifica e pelos conhecimentos transmitidos. Em especial, a Prof.a Dr.a Maria José de Carvalho Rocha, pela orientação na elaboração deste trabalho.

• Aos colegas do Curso de Especialização, pela amizade, companheirismo, estimulo e apoio constante.

(4)
(5)

SUMÁRIO

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUÇÃO 8

2 REVISÃO DE LITERATURA 10

2.1 Incidência 10

2.1.1 Incidência geral 10

2.1.2 Incidencia dos tipos de traumatismos 11

2.1.3 Incidência com relação ao arco e aos dentes 13

2.1.4 Incidência do grupo etário 14

2.2 Etiologia 16

2.3 Condicionamento 16

2.3.1 Dos pais 17

2.3.2 Da criança 17

2.3.3 Do Profissional 19

2.4 Orientações aos pais 21

2.5 Atendimento de emergência 21

2.6 Intervalo de tempo entre o acidente e o tratamento 23

2.7 SeqUelas do traumatismo 24

2.7.1 Físicas 24

2.7.2 Psicológicas 26

2.8 Proservação 27

3 DISCUSSÃO 29

4 CONCLUSÃO 37

(6)

Qualquer injúria de natureza térmica, química ou física que afete um dente é

referenciada como trauma dental. 0 traumatismo dental na dentição decidua ocorre com

uma freqüência muito alta e constitui uma verdadeira situação de emergência. Injurias ao

dente e à face de crianças pequenas são lesões traumáticas não somente no sentido físico,

mas também no sentido psicológico e emocional. 0 profissional que tem que examinar uma

criança que sofreu um traumatismo dental tem também que condicionar os pais do paciente

e não somente a criança, pois os pais muitas vezes estão tão transtornados quanto o

paciente. A habilidade do dentista em tratar adequadamente um traumatismo dental em um

paciente jovem está diretamente relacionada com sua habilidade em controlar o

comportamento da criança, a ansiedade de seus pais e o seu nível de conhecimento. 0

traumatismo na dentição decidua deixa seqüelas físicas e emocionais. Enquanto as físicas

(7)
(8)

1 INTRODUÇÃO

Qualquer injúria de natureza térmica, química ou física que afete um dente, é referenciada como trauma dental. Injúrias ao dente e a face de crianças constituem um

problema grave, podendo ser consideradas verdadeiramente uma situação de urgência

especial, pois são lesões traumáticas não somente no sentido físico, como também no sentido emocional e psicológico, levando à angústia e a ansiedade dos pais.

Quanto mais jovem as crianças mais susceptíveis estão aos acidentes que

podem causar traumatismos dentais, tornando-se assim um desafio para o profissional que

necessita ter não somente um perfeito manejo do comportamento do pequeno paciente,

neste momento, como também ter conhecimento técnico, cientifico e bom senso para

realizar um diagnostico correto e poder determinar um tratamento mais eficiente. As lesões

nos dentes deciduos, principalmente nos antero-superiores, são comuns e esta freqüência é

progressiva a medida que a criança, aprendendo a andar e a correr, apresenta sua

coordenação e sua capacidade de decisão parcialmente desenvolvidas.

As lesões traumáticas devem ser consideradas sempre como um caso de

emergência, e devem ser tratadas imediatamente. A perda ou a fratura de dentes anteriores

é um problema que provoca grande impacto emocional e constitui uma experiência

dramática para todos; a ameaça a estética pode ser um fator direto de futuros problemas

psicológicos e desvios de comportamento da criança. Portanto, a condição emocional da

criança e de seus acompanhantes, representada pela angústia e pelo medo, nem sempre

favorecem o tratamento imediato.

O profissional, todavia, precisa estar bem preparado não so para administrar o

problema do ponto de vista terapêutico, mas também do ponto de vista emocional, pois

como os traumatismos são situações inesperadas os pais ficam com muitas dúvidas em

como melhor proceder, quais as conseqüências que podem ocorrer. 0 profissional estando

bem preparado e seguro para enfrentar a situação é capaz de proporcionar um melhor

(9)

segurança, esclarecendo todas as dúvidas, demonstrando que a situação está sob controle.

Conquistar a confiança dos pais é fundamental, pois a sua tranqüilidade e segurança são

fatores determinantes para o sucesso do tratamento.

Entretanto, ao pesquisar sobre traumatismo dental verifica-se que apesar de ser

um assunto amplo e complexo, poucos estudos dão ênfase ao contexto emocional e

psicológico envolvido, a maioria enfatiza aspectos relacionados ao diagnóstico, tratamento,

prognóstico; não que eles não sejam importantes, porém, o fator emocional também tem a

sua relevância e deveria ser mais abordado, pois circunstâncias que envolvem um trauma

são muito variáveis e tendo maiores informações o profissional pode lidar adequadamente

com as diversas situações que se apresentarem, mesmo não as tendo vivenciadas antes,

obtendo assim uma maior margem de sucesso nos seus atendimentos.

0 objetivo deste trabalho 6, através de uma pesquisa bibliográfica, identificar nas

produções cientificas, a incidência e a etiologia dos traumatismos na dentição decidua, qual

o contexto emocional e psicológico envolvido, quando e de maneira ele é abordado e qual a

sua influência no atendimento. Procurou-se dar um enfoque maior no preparo do profissional

para que ele possa orientar melhor os pais e condicionar a criança, abrindo espaço para

novas discussões e dúvidas, sempre enriquecendo a ciência e, mais especificamente,

(10)

2 REVISÃO

DE LITERATURA

Qualquer injúria de natureza térmica, química ou física que afete um dente é

referenciada como trauma dental (BIJELLA et al.,1990).

O traumatismo dental é um dos problemas mais graves que pode acometer a

dentição decidua e, nos últimos anos, ele tem ocorrido com uma freqüência cada vez maior.

2.1 Incidência

2.1.1 Incidência geral

BIJELLA et al. (1990) em um estudo feito coletando informações, de casa em

casa, em sessenta ruas da area urbana da cidade de Bauru no Estado de São Paulo,

encontraram, através da análise dos questionários que foram preenchidos nas visitas feitas

as casas, uma incidência de 30,2% de traumatismos em dentes deciduos, em crianças com

idade entre dez e setenta meses.

SANCHES, GARCIA-GODOY (1990) constataram uma incidência de 28.4% de

traumatismos dentais em 1010 meninos de quatro escolas particulares da cidade de

Monterrey no México; entre os que tinham somente dentes deciduos os valores encontrados

foram: 66,7% dos meninos com idade entre dois e três anos, 72% dos meninos com quatro

anos e 26,5% dos meninos com cinco anos de idade apresentaram algum tipo de

traumatismo dental.

Com o objetivo de obter maiores informações a respeito de traumatismo na

dentição decidua, FRIED, ERICKSON (1995) realizaram uma revisão de literatura na qual

puderam constatar que o traumatismo na dentição decidua continua sendo um problema

muito freqüente, com uma incidência que pode variar de 4% a 30%, dependendo do tipo e

(11)

OSUJI (1996) realizou um estudo em um hospital público de uma cidade da

Africa tropical; das crianças atendidas durante o período de dois anos pelo serviço

odontológico do hospital o autor separou para fazer parte do estudo aqueles com idade

entre um e sete anos, pois o objetivo do estudo incluía analisar somente a dentição decidua.

e encontrou uma incidência de 6,74% de traumatismos dentais.

DEWHURST et al. (1998), ao analisarem a literatura sobre traumatismo na

dentição decidua, encontraram que a incidência destes traumatismos pode variar de 4% a

30%.

2.1.2 Incidência dos tipos de traumatismo

Dentre os vários tipos de traumatismo que um dente deciduo pode sofrer há

alguns que ocorrem de forma mais freqüente.

GALEA (1984) afirmou que o tipo mais comum de traumatismo na dentição

decidua observado no seu estudo foi a subluxação, responsável por 80% dos casos.

SANCHES, GARCIA-GODOY (1990) encontraram em seu estudo a fratura

dental como o tipo de traumatismo mais freqüente, ocorrendo em 58,5% dos casos.

BIJELLA et a/. (1990) encontraram a subluxação com mobilidade e sem

deslocamento em 38,05% dos casos, sendo então o traumatismo mais freqüente na amostra

de seu estudo.

LLARENA DEL ROSARIO et al. (1992) realizaram um estudo durante sete anos

no serviço de emergência odontológica de um hospital pediátrico na cidade do México, e

encontraram a lesão de tecidos moles, seguida da luxação e da avulsão como os tipos de

(12)

SOPOROWSKI et a/. (1994) afirmaram que a luxação é o tipo de traumatismo

que acomete com mais freqüência os dentes deciduos.

OSUJI (1996) encontrou uma incidência de 94% de casos de luxações em sua

amostra de 122 crianças, que apresentaram 259 traumatismos dentais, sendo então este o

tipo mais comum de traumatismo que acometeu a dentição decidua na amostra de seu

estudo.

GLENDOR et a/. (1996) afirmaram, após analisarem os resultados de seu

estudo, ser a luxação o traumatismo dominante na dentição decidua.

WILSON et al. (1997), em uma amostra de 1459 pacientes com idade entre

cinco meses e dezoito anos, encontraram a luxação e a concussão como os traumatismos

mais comuns nas crianças com menos de sete anos.

GLENDOR et al. (1998) afirmaram ser a luxação o trauma mais comumumente

verificado na dentição decidua.

0 dente permanente também esta susceptível à vários tipos de traumatismo. No

entanto, segundo um grande número de estudos, há um tipo que ocorre com mais

freqüência, conforme afirmaram SANCHES, GARCIA-GODOY (1990). Eles constataram, em

seu estudo, que o tipo mais comum de traumatismo que acomete a dentição permanente

são as fraturas, representando 69,6% dos casos.

RUSMAH (1990) constatou em seu trabalho que as fraturas foram o tipo mais

comum de traumatismo na dentição permanente, representando 94,3% dos casos.

Segundo SOPOROWSKI et a/. (1994), as fraturas são o tipo de traumatismo com

maior prevalência na dentição permanente.

GUTMANN, GUTMANN (1995) afirmaram que as fraturas são o tipo mais

(13)

PETTI, TARSITANI (1996) registraram em seu estudo, realizado em duas

escolas da cidade de Roma, que as fraturas foram responsáveis por 64,39% dos casos de

traumatismo na dentição permanente.

Segundo WILSON et aL (1997), as fraturas foram o tipo mais comum de

traumatismo encontrado nas crianças com dentição permanente.

No trabalho de GLENDOR et aL (1998), os tipos mais comuns de traumatismo

que acometem os dentes permanentes foram as fraturas

2.1.3 Incidência com relação ao arco e aos dentes

GALEA (1984) afirmou em seu trabalho que 71% dos casos de traumatismos na

dentição decidua envolveram os incisivos centrais superiores.

BIJELLA et al. (1990), através dos resultados do inquérito domiciliar que

realizaram, constataram que o arco superior é o arco mais envolvido nos casos de

traumatismos na dentição decidua, apresentando nesse estudo 97,92% de incidência; e que

os incisivos centrais superiores deciduos foram os dentes mais atingidos, apresentando

nesse trabalho uma incidência de 92,36%.

LLARENA DEL ROSARIO et al. (1992) afirmaram que os dentes deciduos

antero-superiores são acometidos mais freqüentemente por traumatismos que os dentes

antero-inferiores.

OSUJI (1996) verificou, em seu estudo, uma incidência de 68% de incisivos

centrais deciduos superiores traumatizados.

FRIED et al. (1996) verificaram que 66,2% dos dentes deciduos atingidos por

(14)

No estudo de LOMBARDI et a/. (1998), os incisivos centrais superiores

representaram 84% dos dentes deciduos traumatizados.

GALEA (1984) verificou que os incisivos centrais superiores permanentes foram

envolvidos em 53,1% dos casos de traumatismos, sendo esta uma freqüência quatro vezes

maior que a dos incisivos centrais inferiores.

Segundo PETTI, TARSITANI (1996), na dentição permanente os incisivos

centrais superiores também são os dentes mais atingidos quando ocorre um traumatismo,

tendo representado 62% dos dentes permanentes envolvidos.

LOMBARDI et al. (1998) verificaram que 87% dos casos de traumatismos que

acometeram a dentição permanente ocorreram com os incisivos centrais superiores.

2.1.4 Incidência do grupo etário

GARCIA-GODOY et al. (1983) apud FRIED, ERICKSON (1995) afirmaram que a

maioria dos traumatismos ocorreram com as crianças pequenas, provavelmente porque elas

estavam ganhando mobilidade e independência com total falta de coordenação e juizo.

0 pico de incidência de traumatismos nos dentes deciduos ocorreu, no estudo

realizado por GALEA (1984), em crianças com idade entre um e dois anos

MOSS, MACCARO (1985) constataram, através de uma pesquisa feita nos

registros clínicos da Universidade de Nova York, que durante as duas últimas décadas a

incidência de traumatismos em incisivos deciduos tem sido maior nas crianças com idade

entre 1,5 e 2,5 anos.

BIJELLA et al. (1990) de uma amostra de crianças com idade entre zero e

setenta e dois meses verificaram que as crianças com dez a vinte e quatro meses

(15)

SANCHES, GARCIA-GODOY (1990) em seu estudo com um grupo de meninos

com idade entre três e treze anos encontraram uma maior incidência (72%) no grupo que

tinha quatro anos.

LLARENA DEL ROSARIO et a/. (1992) de um total de 563 crianças com idade

entre seis meses e sete anos que fizeram parte de seu trabalho, verificaram que o grupo com idade entre dois e três anos apresentava o maior número de traumatismos.

Os traumatismos dentais não são freqüentes durante o primeiro ano de vida.

mas podem ocorrer, por exemplo, devido a uma queda do bebê do berço. Os traumatismos

aumentam substancialmente com os primeiros esforços da criança em se mover. A

freqüência aumenta à medida que a criança começa a caminhar e tentar correr, devido

sua falta de experiência e coordenação; a incidência dos traumatismos dentais se torna

maior justamente antes da idade escolar (ANDREASEN, ANDREASEN, 1994).

À medida que aumentam as atividades físicas das crianças aumenta também a

freqüência de traumatismos dentais; o grupo etário com maior incidência de traumatismos é

o de crianças com idade entre um e dois anos (WILSON, 1995).

Do grupo de 122 crianças com idade entre um e sete anos que participaram do

trabalho de OSUJI (1996), o grupo que apresentou a maior freqüência de traumatismos

dentais foi o com idade entre quatro e cinco anos.

GLENDOR et a/. (1996) após constatarem em seu estudo que 83% de todos os

indivíduos que tinham sofrido traumatismo dental tinham menos de vinte anos de idade e

que os traumatismos mais sérios foram sustentados pelos individuos com menos idade.

concluíram que a infância e a adolescência são os dois períodos da vida em que o ser

humano está mais susceptivel a sofrer um traumatismo dental.

LOMBARDI et al. (1998) puderam constatar, em seu estudo realizado em um

hospital infantil ao longo de três anos, que a maioria das crianças que sofrem traumatismos

(16)

contato com um dentista para 80% das crianças com até 3,5 anos de idade, enquanto que o

recomendado é que a criança faça a sua primeira visita ao dentista com um ano de idade; e

que os dentes deciduos sofrem traumatismos mais freqüentemente que os dentes

permanentes.

2.2 Etiologia

GALEA (1984) verificou que 31% dos casos de traumatismo ocorreram como

conseqüência de quedas.

Os traumatismos ocorrem principalmente devido a quedas e colisões

(ANDREASEN, ANDREASEN, 1994)

FRIED et al. (1996) constataram que as quedas foram a causa mais comum dos

traumatismos, responsáveis por 52% dos casos avaliados em seu estudo.

OSUJI (1996) constatou que as quedas foram responsáveis por 88% dos casos

de traumatismos, sendo então a causa mais freqüente na dentição decidua.

No trabalho de WILSON et a/. (1997) as quedas foram responsáveis por 63%

dos casos de traumatismo dental

LOMBARDI et a/. (1998) constataram que a causa mais freqüente,

representando 46,61% dos casos de traumatismo dental, foram as quedas.

2.3 Condicionamento

Quando uma criança sofre um traumatismo dental e procura tratamento, há

principalmente três partes envolvidas: a criança, seus pais e o profissional que vai atendê-la.

(17)

2.3.1 Dos pais

Segundo MOSS, MACCARO (1985) os pais freqüentemente sentem-se culpados

e ficam desesperados quando seu filho sofre um traumatismo, então, principalmente se a

criança tiver três anos de idade ou menos, além de lidar com os sentimentos da criança que

sofreu o traumatismo o profissional deve ser capaz de lidar também com os sentimentos dos

pais. 0 profissional pode diminuir o medo dos pais e ganhar sua cooperação através de uma

aproximação calma e positiva e, nestes casos, é também reconfortante informá-los de que a

longo prazo o prognóstico é geralmente favorável.

WILSON (1995) afirmou que um trauma que envolva os dentes e a face de uma

criança pequena não é traumatizante apenas no sentido físico, mas também no sentido

emocional e psicológico, portanto, muitas vezes a angustia e a aflição sentidas pela criança

e pelos seus pais têm que ser controladas antes, para que o profissional consiga avaliar

depois os danos que ocorreram.

Para MACKIE, BLINKHORN (1996) o exame de uma criança que tenha sofrido

um traumatismo dental vai muito além do exame intra-bucal porque envolve alterações de

comportamento, pois os pais ao procurarem atendimento muitas vezes estão nervosos e a

criança apreensiva, portanto, o profissional que tiver que examinar uma criança que tenha

sofrido um traumatismo dental também terá que condicionar os pais do paciente e não so a

criança, pois os pais muitas vezes estão tão transtornados quanto o paciente. E para

realizar o exame da criança é essencial uma aproximação tranqüila. de maneira simpática e

confiante por parte do profissional, para desse modo assegurar que os pais sintam que a

situação está sob controle e para que o paciente fique mais calmo.

2.3.2 Da criança

Para MOSS. MACCARO (1985) se a criança que sofreu um traumatismo dental

(18)

atendimento vai requerer maior habilidade do profissional do que o manejo de uma criança

menor, que poderia ser contida. As técnicas de condicionamento auxiliam bastante neste

manejo do comportamento; técnicas como a do dizer-mostrar-fazer, na qual a criança

recebe um espelho e a medida que o profissional vai realizando os procedimentos ele vai

relatando para a criança o que está sendo feito e ela vai acompanhando, a eficácia desta

técnica está no conhecimento de que um dos maiores componentes do medo é o

desconhecido, assim eliminando o desconhecido o resultado é muito mais efetivo e as

crianças tendem a colaborar muito mais vendo a realidade do que imaginando o que esta

sendo feito. Para explicar o que está fazendo o profissional deve escolher cuidadosamente

as palavras, pois elas devem ser condizentes com a idade e a maturidade da criança e

colaborar para diminuir sua ansiedade.

O controle da voz também pode ser utilizado pelo profissional para diminuir o

receio da criança, pois uma voz suave, baixa e monótona produz um efeito calmante em

uma criança excitada. Crianças pequenas freqüentemente não entendem o significado das

palavras, mas percebem a intonação e o ritmo da voz.

Durante o atendimento o profissional acaba utilizando várias destas técnicas, ou

parte delas, simultaneamente, pois é quase impossível utilizar uma so e/ou separá-las

durante a consulta.

Quando o atendimento é feito em uma criança muito pequena, a presença dos

pais durante a consulta é tranqüilizante para a criança, entretanto, o profissional deve

estabelecer com os pais que somente ele vai falar com a criança durante o atendimento,

pois duas pessoas tentando, ao mesmo tempo, conversar com uma criança nervosa ou

transtornada so tende a complicar ainda mais uma situação que não é nada fácil.

De acordo com WILSON (1995) antes de se realizar o exame de uma criança

que sofreu um traumatismo os pais devem ser informados de que talvez seja necessário

contê-la gentilmente para uma avaliação adequada da extensão das injurias que ocorreram

(19)

realizado seja da melhor qualidade. Quando técnicas de manejo de comportamento, como a

da mão sobre a boca e a contenção, se façam necessárias, o consentimento dos pais deve

ser obtido antes de realizá-las. Os pais também devem estar cientes de que o choro é

normal nestas circunstâncias.

2.3 3 Do profissional

MOSS, MACCARO (1985) afirmaram que a habilidade do dentista em tratar

adequadamente urn traumatismo dental em um paciente jovem está diretamente relacionada

com sua habilidade em controlar o comportamento da criança e a ansiedade de seus pais, e

que há muito mais dentistas com medo de crianças do que crianças com medo de dentistas.

Se o clinico tiver conhecimento e domínio das técnicas de condicionamento.

usadas pelos odontopediatras, fica mais fácil realizar urn manejo de comportamento e

prestar um atendimento adequado em situações de emergência, como nos casos de

traumatismos, mesmo sendo a criança muito pequena, pois nestes casos ele pode contar

também com a colaboração dos pais, através da confiança nele depositada.

GUTMANN, GUTMANN (1995) afirmaram que juntamente com o panorama

dinâmico das atividades esportivas mundiais e o significante aumento da violência na

população, o traumatismo dental e o seu manejo são atualmente os maiores desafios para

os dentistas.

Uma característica comum a todos os pacientes que sofrem algum tipo de

traumatismo dental é o fato de que, nestes casos, eles procuraram uma clinica odontológica

numa situação inesperada, eis porque, nestas situações, um adequado conhecimento de

traumatologia dental e de manejo de comportamento é capaz de reduzir o estresse e a

ansiedade, tanto do paciente quanto da equipe de profissionais. E o profissional deve

sempre informar o paciente sobre todos os aspectos do tratamento sobre o dilema do

(20)

periódicas para o acompanhamento do tratamento, pois a informação é importante para

obter a cooperação do paciente e é uma excelente maneira de motivá-lo a fazer o controle

periódico (ROBERTSON, NORÉN, 1997).

HAMILTON, HILL, HOLLOWAY (1997) realizaram um estudo com o objetivo de

avaliar o nível de conhecimento dos dentistas, de dois distritos da Inglaterra, e detectar

também as barreiras que eles encontravam ao realizarem o tratamento destes casos. 0

trabalho foi realizado em duas etapas; na primeira o conhecimento dos profissionais sobre o

atendimento de emergência e as barreiras encontradas para realizar o tratamento foram

avaliados através de um questionário enviado pelo correio a 329 dentistas, este questionário

tinha perguntas sobre os dados pessoais dos profissionais, descrevia situações hipotéticas

de traumatismo dental e questionava qual o tipo de tratamento que o profi ssional realizaria

naquelas situações e que tipos de barreiras eles enfrentavam para realizar os tratamentos.

como nos casos de rizogênese incompleta. Na segunda etapa do trabalho quarenta

profissionais que responderam ao questionário da primeira etapa, selecionados ao acaso,

participaram de uma entrevista que tinha por objetivo avaliar o conhecimento destes

profissionais quanto ao acompanhamento do tratamento de um dente traumatizado. ao

longo do tempo.

Dos 329 profissionais que receberam o questionário 206 o responderam, as

respostas demonstraram que em relação ao tratamento de emergência o nível médio de

conhecimento poderia ser considerado satisfatório, porém ao analisarem o conhecimento

sobre a proservação dos tratamentos os autores constataram que os dentistas tinham certas

dificuldades. a maior delas era quanto a interpretação de radiografias que apresentavam

alguma complicação em tratamentos de muito tempo e também no manejo de situações

complexas em que a sobrevivência do dente estava ameaçada. De um modo geral o nível

de conhecimento dos profissionais, demonstrado através das respostas do questionário, foi

considerado baixo; os autores apresentaram duas conclusões principais: os dentistas que

participaram do trabalho não tinham conhecimento suficiente para realizar um tratamento

(21)

trabalhavam em equipe e que tinham feito algum curso depois da faculdade demonstraram

um conhecimento maior sobre traumatismo dental.

2.4 Orientações aos pais

De acordo com MONTALVO-POLK, KITTLE (1993) quando um paciente sofre

um traumatismo na dentição decidua é parte vital do tratamento que seus pais sejam

informados das possíveis sequelas que o sucessor permanente possa vir a apresentar, que

este tratamento requer um acompanhamento periódico e que, portanto, o resultado final

deste tratamento envolve muitos anos.

Segundo MACKIE, BLINKHORN (1996) em todos os casos de traumatismos é

recomendado que o paciente faça uma dieta leve, composta basicamente de liquidos e

semi-sólidos. Como um traumatismo, além das injurias causadas aos dentes, resulta

também em lesões nos tecidos moles adjacentes é comum que a criança não queira deixar

que os pais realizem a higiene bucal, no entanto, os pais devem ser alertados sobre a

importância da mesma para que não deixem de fazê-la. É orientado aos pais que nestas

situações eles devem limpar gentilmente a boca da criança duas vezes ao dia usando um

cotonete embebido em gel de clorexidine; esta limpeza é importante principalmente porque

ajuda no controle da formação da placa bacteriana e reduz infecções secundárias,

auxiliando deste modo no processo de cicatrização.

2.5 Atendimento de emergência

Como todos os casos de traumatismos dentais constituem uma verdadeira

situação de emergência, MOSS, MACCARO (1985) afirmaram que ao examinar uma criança

que sofreu um traumatismo dental a história completa do que aconteceu deve ser

(22)

onde e quando aconteceu o acidente, se a criança tem algum problema de saúde que

possa complicar o tratamento, se o acidente causou alguma lesão certificar-se de que a

criança tomou a vacina anti-tetânica. Se o dente foi fraturado ou perdido tentar encontrar os

pedaços que estão perdidos, não é incomum pedaços de esmalte fraturado estarem

incrustados nos lábios ou serem aspirados para dentro dos pulmões, é possivel que uma

criança aspire fragmentos de dente sem apresentar sintomas respiratórios agudos. Deve-se

perguntar aos pais se a criança vomitou, teve amnésia ou perdeu a consciência logo após o

acidente, para certificar-se de que não ocorreu nenhuma lesão mais grave, como uma lesão

na face ou na cabeça, que pode causar uma lesão cerebral, e que necessitam de cuidados

medicos, pois são vitais e por isso mais importantes que o traumatismo dental. Após estas

perguntas iniciais o profissional vai começar uma aproximação da criança para poder então

realizar o exame intra-bucal.

Para FRIED, ERICKSON (1995) o primeiro passo do tratamento de qualquer tipo

de traumatismo dental é um diagnostico cuidadoso do caso, uma documentação adequada,

com todos os dados do paciente, e o relato do que ocorreu. Ressaltaram também que o

exame intra-bucal so deve ser feito depois de um exame extra-bucal, e indicaram iniciar o

exame intra-bucal pela determinação do estagio da dentição decidua do paciente, pois um

dente que esteja corn mobilidade pode não estar traumatizado e sim estar passando pelo

processo fisiológico ae esfoliação.

OSUJI (1996) afirmou que a maioria dos traumatismos que envolvem os dentes

deciduos e seus tecidos de sustentação constituem uma verdadeira situação de emergência

odontológica e requerem atendimento manejo imediatos 0 atendimento destes casos de

traumatismos tem como objetivo verificar a saúde do sucessor permanente e tratar

imediatamente o dente deciduo traumatizado, de acordo com a extensão e a severidade do

(23)

DEWHURST et a/. (1998) ressaltaram que sempre deve-se suspeitar que várias

injurias ocorreram quando um dente foi traumatizado, e não somente aquela que está mais

evidente no momento do atendimento de emergência.

2.6 Intervalo de tempo entre o acidente e o atendimento

RUSMAH (1990) desenvolveu durante dois anos um estudo com o objetivo de

investigar a relação entre o grau de severidade de um traumatismo dental e o intervalo de

tempo transcorrido entre o acidente e a procura por um atendimento e também o efeito da

demora em procurar um tratamento no prognostico dos casos. Através dos resultados

obtidos o autor pode concluir que o intervalo de tempo transcorrido entre o acidente e a

procura de um tratamento está diretamente relacionado com o grau de preocupação do

paciente com o que aconteceu e com o grau de severidade do traumatismo dental, ou seja.

quanto mais grave for o trauma o quanto antes o paciente vai procurar um tratamento. 0

prognóstico do dente traumatizado além de depender do estagio de desenvolvimento da raiz

também depende muito da severidade do traumatismo e do intervalo de tempo entre o

acidente e a procura de um tratamento.

Um dos objetivos do trabalho que OSUJI (1996) desenvolveu em um hospital

público de uma cidade da Africa tropical era avaliar o intervalo de tempo transcorrido entre o

acidente e a procura de um tratamento. Após revisar os registros das crianças atendidas no

hospital durante o período de dois anos o autor constatou que o intervalo de tempo

transcorrido entre o acidente e a procura pelo tratamento foi muito variável, oscilando entre

trinta minutos e cinco anos, sendo que 11,2% dos pacientes procuraram atendimento no

mesmo dia do trauma e 23,9% no dia seguinte. Estes dados são muito preocupantes,

principalmente considerando-se que o efeito de um traumatismo dental severo pode ser

minimizado se a criança for atendida e tratada imediatamente após o trauma, e tambem que

o intervalo de tempo entre o acidente e a procura pelo tratamento é essencial para que o

(24)

depende de uma série de fatores, mas principalmente da idade do paciente no momento do

trauma e do tempo transcorrido entre o acidente e o tratamento.

LOMBARDI et al. (1998) realizaram ao longo de três anos uma revisão de 487

consultas de emergência feitas em um hospital infantil em decorrência de traumatismos

dentais, e puderam constatar que a severidade do trauma influencia muito no tempo

decorrido entre o acidente e a procura por um atendimento.

27 Sequelas do traumatismo

2.7.1 Físicas

Segundo MOSS, MACCARO (1985) o dente permanente se desenvolve

lingualmente ao dente deciduo, então a direção em que a coroa do dente é deslocada na

hora do trauma é que determina o grau de severidade do traumatismo que o paciente

sofreu. Métodos heróicos com a intenção de manter incisivos deciduos traumatizados

devem ser desencorajados, nas crianças pequenas os incisivos deciduos devem sempre ser

extraídos quando o tratamento de que necessitarem puder comprometer o desenvolvimento

do permanente sucessor. A proximidade entre os incisivos deciduos e a coroa do incisivo

permanente em desenvolvimento requer uma consideração especial em crianças

pré-escolares. A susceptibilidade da coroa de um incisivo permanente não erupcionado em

desenvolver defeitos em decorrência de um trauma nos dentes deciduos anteriores é

conhecida e bem documentada, entretanto, a decisão de extrair um incisivo deciduo só é

tomada em casos de traumas severos e especialmente quando a criança tem menos de três

anos de idade porque aos três anos a coroa do dente permanente completa sua

mineralização e torna-se menos susceptivel aos efeitos dos traumatismos.

Quando se trata da escolha do tratamento para dentes deciduos traumatizados.

especialmente os incisivos superiores, que são os dentes mais comumente atingidos vários

(25)

L

perda de espaço na região anterior, causa a erupção prematura do sucessor permanente,

causa a instalação de hábitos deletérios, afeta a fala, causa problemas psicológicos em uma

criança pré-escolar; quais os problemas associados ao reimplante dos incisivos deciduos,

se os incisivos deciduos tornam-se claros depois de ficarem cinzas; se um incisivo

infeccionado causa sempre desconforto; se o método radiografico deve ser o método de

escolha para determinar se a polpa do incisivo deciduo esta exposta ou se a raiz está

fraturada.

Segundo MONTALVO-POLK, KITTLE (1993) distúrbios no desenvolvimento e na

erupção de dentes permanentes em conseqüência de um traumatismo nos dentes deciduos

ocorrem em cerca de 12% a 69% dos casos. 0 tipo de sequela que um dente permanente

pode apresentar quando o seu antecessor deciduo foi traumatizado depende da idade da

criança no momento do trauma, pois as sequelas mais graves ocorrem com maior

freqüência quando a criança sofre o traumatismo antes dos três anos de idade, porque os

incisivos permanentes superiores tem a calcificação do seu esmalte completada quando a

criança esta com quatro para cinco anos. A extensão da sequela ao dente permanente

depende do estágio de desenvolvimento em que ele se encontra, da força do impacto e da

direção desta força sobre o dente deciduo.

FRIED, ERICKSON (1995) afirmaram que quando se trata da escolha do tipo de

tratamento a ser feito várias são as alternativas apontadas, entretanto, independente do tipo

de tratamento o mais importante é que ele deve apresentar como resultados conseguir

minimizar ou aliviar a dor da criança, prevenir futuras infecções e diminuir o potencial de

danos causados ao sucessor permanente.

Segundo OSUJI (1996) quando há danos no desenvolvimento do sucessor

permanente eles estão diretamente associados a traumatismos do tipo intrusão.

deslocamento labial da coroa ou avulsão, pois nestes casos o foliculo do gérmen do

permanente é invadido, danificado ou deslocado, principalmente se o paciente for muito

(26)

KASTE et a/. (1996) afirmaram que diferente do que ocorre em outras partes do

corpo, lesões como as fraturas coronárias não sofrem um reparo e uma cicatrização

espontâneos e suficientes para restabelecer o dente; além disso, um traumatismo dental

tem um prognostico incerto, o dano no momento do trauma pode parecer minimo, mas ter

sequelas irreversíveis.

Traumas que envolvem a face, dentes e tecidos moles bucais podem levar a

interferências na oclusão normal e causar também complicações físicas; além do que

traumatismos dentais, em contraste com muitas outras injúrias, frequentemente causam

problemas ao longo de muitos anos depois do acidente (ROBERTSON, NOREN,1997).

Segundo DEWHURST et a/. (1998) os efeitos dos traumatismos nos dentes

deciduos podem ser divididos em três categorias: os danos imediatos, causados ao dente e

aos tecidos bucais; as consequências dos danos causados ao dente, como anquilose, perda

da vitalidade, desenvolvimento de um abcesso periapical, alteração de cor, quer passageira

ou permanente, do dente deciduo; efeitos indiretos, como danos causados ao sucessor

permanente ainda não erupcionado, no momento do trauma ou posteriormente, em

consequência de uma necrose pulpar do dente deciduo traumatizado.

De acordo com BORUM, ANDREASEN (1998) as conseqüências de um

traumatismo dental na dentição decidua podem ser: alteração na cor do dente. necrose

pulpar, obliteração do canal, retração gengival, deslocamento permanente do dente após

luxação, reabsorção radicular patológica, alterações na reabsorção radicular fisiológica e

perda prematura do dente.

2.7.2 Psicológicas

Para MOSS MACCARO (1985) crianças normais são capazes de lutar contra a

perda de um dente; a maioria das entrevistas realizadas pelos autores ao longo dos vinte

(27)

tornam cientes da perda de um incisivo deciduo, pois com esta idade elas já estão na escola

e este fato não faz muita diferença para elas porque seus colegas de classe também estão

perdendo fisiologicamente seus dentes deciduos. Entretanto, a estética da criança não pode

ser julgada somente pela maneira como a criança acredita que o mundo a vê, mas também

pela maneira como o mundo realmente vê esta criança.

Para WILSON (1995) a relação da criança com o dente deciduo traumatizado é

mais importante do que o dente propriamente dito, e o gérmen do sucessor permanente é

também mais importante do que o dente deciduo traumatizado, no entanto muitas vezes é

difícil tanto para os pais quanto para a criança entender isto, pois geralmente eles tem como

maior preocupação a possibilidade de perder o dente. E antes da decisão de tentar salvar o

dente deciduo traumatizado os pais devem estar cientes de todas as possíveis sequelas que

podem ocorrer nas duas dentições.

Traumatismos na dentição decidua podem resultar em complicações físicas e

emocionais , pois causam angustia, dor tristeza ao paciente e são uma fonte de preocupação

constante para os pais (OSUJI, 1996).

2.8 Proservação

O tratamento de um dente deciduo que sofreu um traumatismo envolve várias

etapas; uma das mais importantes é a proservação dos procedimentos realizados, pois

como afirma RUSMAH (1990) após os procedimentos de emergência do inicio do

tratamento todos os dentes traumatizados necessitam ser observados e reexaminados em

consultas periódicas, durante um longo período de tempo.

Radiografias apropriadas e a história completa do que aconteceu são

componentes necessários ao diagnóstico, tratamento e proservação dos casos de

(28)

sistemático, com radiografias periódicas da area traumatizada, e o resultado final de um

tratamento deste pode despender anos (MONTALVO-POLK, KITTLE, 1993)

Um acompanhamento periódico e cuidadoso é muito importante nos casos de

traumatismos dentais, pois as sequelas deste traumatismo podem variar desde o dente

permanecer assintomatico até a perda do mesmo, portanto, quanto mais severo for o trauma

menor deve ser o intervalo entre as consultas. A principal razão da necessidade destas

consultas periódicas é garantir que se algum problema apareça ele não deixe de receber o

tratamento adequado, impedindo assim que ele possa causar algum dano ao

desenvolvimento do sucessor permanente (FRIED, ERICKSON, 1995).

Segundo JOSELL (1995) o paciente que sofreu um traumatismo dental

geralmente é avisado da necessidade de uma fase adicional ao tratamento, na qual são

verificados problemas adicionais, e/ou tratadas ou prevenidas complicações. Pois como

afirma DEVVHURST et a/. (1998) um tratamento de emergência adequado é crucial para o

(29)

3 DISCUSSÃO

Ha um consenso entre os pesquisadores de que o traumatismo na dentição

decidua tem ocorrido com uma freqüência cada vez maior e que representa uma das mais

sérias e complexas situações do atendimento odontolágico. RUSMAH (1990);

SOPOROWSKI et a/. (1994); FRIED, ERICKSON (1995); KASTE et a/. (1996); BORUM.

ANDREASEN (1998).

Quanto a incidência dos traumatismos na dentição decidua, entretanto. há uma

grande variabilidade nos valores encontrados, GARCIA-GODOY et al. (1987) apud FRIED,

ERICKSON (1995) encontraram uma incidência de 4% a 30%; BIJELLA et al. (1990) de

30,2%; OSUJI (1996) de 6,74%. GARCIA-GODOY et al. (1987) apud FRIED, ERICKSON

(1995) afirmaram que esta variação ocorre devido ao tipo e ao local onde o estudo é

realizado, ou seja, se um estudo é realizado no setor de emergência de um hospital

pediátrico os valores encontrados são diferentes e menores dos encontrados em um estudo

feito em clinicas odontológicas particulares ou em setores privados não ligados a area

odontológica, como escolas particulares. Os trabalhos de BIJELLA etal. (1990), feito através

de visitas de casa em casa, e o de OSUJI (1996) feito no setor de emergência de um

hospital pediátrico condizem com esta afirmação.

Os valores das clinicas particulares e escolas são maiores porque segundo

GARCIA-GODOY et al. (1983) apud PETTI, TARSITANI (1996) muitos dos casos

identificados nestes locais são traumatismos leves, que não causam preocupação aos pals

e nem os levam a procurar tratamento, muitas vezes o paciente nem relata e eles so são

identificados devido ao exame de rotina; e no setor de emergência de um hospital os casos

são em menor número porque este serviço geralmente só é procurado nos casos de

traumatismos mais severos.

0 tipo mais comum de traumatismo que acomete a dentição decidua encontrado

nos trabalhos pesquisados também não é sempre o mesmo, apesar de muitos relatarem

(30)

GLENDOR et al. (1996), GLENDOR et al. (1998); há outros que afirmaram ser outro o tipo

mais comum, como GALEA (1984) que afirmou ser a subluxação o tipo mais comum:

SANCHES, GARCIA-GODOY (1990) que afirmaram que a fratura de esmalte é o tipo mais

comum (58,5%); BIJELLA et a/. (1990) que afirmaram ser a subluxação com mobilidade e

sem deslocamento (38,05%); LLARENA DEL ROSARIO et al. (1992) que afirmaram ser a

lesão de tecidos moles, seguida da luxação e da avulsão; e WILSON et al. (1997) que

afirmaram ser a luxação e a concussão. No entanto segundo GARCIA —GODOY et a/.

(1983) apud LLARENA DEL ROSARIO et al. (1992) deve-se tomar cuidado ao comparar

resultados quanto ao tipo mais comum de traumatismo na dentição decidua porque eles

variam de acordo com o lugar onde o estudo é realizado.

Porém, na dentição permanente não há discordância quanto ao tipo de

traumatismo mais comum, em todos os trabalhos analisados as fraturas prevaleceram.

SANCHES, GARCIA-GODOY (1990); RUSMAH (1990); SOPOROWSKI et a/. (1994),

GUTMANN, GUTMANN (1995); PETTI, TARSITANI (1996); WILSON et al. (1997);

GLENDOR etal. (1998).

LOMBARDI et al. (1998) descreveram que a diferença entre os tipos de

traumatismos que ocorrem com maior freqüência na dentição decidua e na dentição

permanente pode estar associada a constituição óssea, pois na criança o osso é mais

flexível, elástico, levando a um número maior de casos de deslocamentos dentários. Esta

afirmação vai de acordo com os dados dos trabalhos, pois somente um deles não relatou

ser um dos tipos de deslocamentos dentais o mais freqüente tipo de traumatismo, no

entanto, este trabalho, de SANCHES, GARCIA-GODOY (1990), foi realizado em escolas

particulares e com um grupo distinto da população, não podendo assim ter valor significativo

junto aos outros dados.

Todos os trabalhos, GALEA (1984); BIJELLA et al. (1990); LLARENA DEL

ROSARIO et al. (1992); OSUJI (1996); FRIED et al. (1996); LOMBARDI et al. (1998). que

(31)

traumatismos obtiveram os mesmos resultados; independente de qualquer variável, o arco

superior é sempre o mais atingido e os incisivos centrais superiores deciduos são os dentes

mais comumente envolvidos nos casos de traumatismos. Na dentição permanente. em

qualquer tipo de traumatismo, os incisivos centrais superiores também são sempre os

dentes mais atingidos, como afirmaram GALEA (1984); PETTI, TARSITANI (1996);

LOMBARDI et al. (1998).

Estas constatações podem auxiliar o profissional no seu preparo para atender as

situações de emergências dos traumatismos dentais, pois ele sabendo que na maioria dos

casos a região antero-superior vai estar comprometida ele pode se preparar melhor

procurando ter melhor conhecimento sobre a anatomia desta região, opções de tratamento.

tipos de ferulizações, instalação de hábitos deletérios e manejo do paciente quanto a

estética e comportamento, além do que ele estando seguro dos seus conhecimentos e de

como proceder sera capaz de melhor esclarecer as dúvidas dos pais e conseguir transmitir

confiança.

A respeito da idade em que as crianças estão mais susceptiveis aos

traumatismos dentais não há uma concordância nos dados encontrados nos trabalhos, cada

um dos trabalhos constatou uma incidência maior em um grupo etário diferente; GALEA

(1984) constatou que a maior incidência ocorreu com crianças com idade entre um e dois

anos; MOSS, MACCARO (1985) com crianças com idade entre 1,5 e 2,5 anos; SANCHES.

GARCIA-GODOY (1990) no grupo com quatro anos; LLARENA DEL ROSARIO et al. (1992)

com crianças com dois a três anos; OSUJI (1996) no grupo com quatro a cinco anos.

Apesar de cada trabalho apresentar um resultado diferente é possível constatar

que os dois maiores picos de incidência de traumatismos na dentição decidua são, na

média, entre um e dois anos e entre quatro e cinco anos, pois no primeiro ano de vida a

incidência é muito pequena porque os dentes deciduos só começam a irromper por volta

dos seis meses e a criança ainda não tem capacidade para se movimentar, entretanto,

(32)

equilibrio e coordenação satisfatórios. E o segundo pico de incidência está relacionado com

o aumento das atividades esportivas, principalmente entre os meninos. 0 único trabalho que

apresenta resultados muito diferentes é o de LLARENA DEL ROSARIO et al. (1992) que

trabalhou com um grupo muito restrito.

Apesar das crianças estarem susceptíveis a sofrerem traumatismos dentais em

diversas situações, como em acidentes de carro, principalmente quando não usam o cinto

de segurança, em acidentes de moto ou skate, principalmente quando não usam capacete,

em jogos, atividades esportivas, a causa mais freqüente dos traumatismos dentais são as

quedas, responsáveis em alguns trabalhos por até 88% dos traumatismos. Dos trabalhos

analisados que questionaram a etiologia dos traumatismos todos chegaram a esta mesma

constatação, como GALEA (1984); ANDREASEN, ANDREASEN (1994); FRIED et al.

(1996); OSUJI (1996); WILSON et al. (1997); LOMBARDI et a/. (1998).

Quando uma criança sofre um traumatismo dental ela está vivendo uma situação

inesperada, mas não somente ela, seus pais também, e eles além de estarem assustados e

com medo, como a criança, estão também preocupados e se sentindo culpados. E quem vai

ter que estar preparado para lidar com todo este contexto é o profissional que vai atender

esta criança. Dentre os muitos aspectos relacionados ao traumatismo dental este é um que

é muito pouco estudado e, portanto, muito pouco citado na literatura; por isso quando se

encontra algum estudo que descreva algo sobre este aspecto, ele descreve como foi

procedido durante o trabalho e o porquê destes procedimentos. E se algum outro autor

também incluir estes aspectos em seu estudo vai partir do que já foi feito e no máximo

complementar; não há casos de contestações, portanto, as citações encontradas são da

mesma opinião.

Devido ao nível de envolvimento dos pais nos casos de traumatismos, o

profissional muitas vezes além de estar preparado para realizar a parte técnica do

atendimento e para fazer o condicionamento do paciente tem que estar preparado para lidar

(33)

traumatismo dental vai muito além do exame intra-bucal porque envolve alterações de

comportamento, portanto, um trauma em uma criança que envolva os dentes e a face não é

traumatizante apenas no sentindo físico, mas também no sentindo emocional e psicológico

Para lidar com os sentimentos dos pais, que interferem diretamente no

comportamento da criança, diminuindo sua ansiedade, seu medo e sua preocupação o

profissional deve fazer uma aproximação calma, tranqüila e positiva, de maneira simpática e

confiante para assim ganhar sua cooperação; já para ganhar a confiança é essencial que

ele esclareça todas as dúvidas demonstrando conhecimento, assegurando que a situação

está sob controle. Nestas situações é reconfortante também mostrar que eles não são os

únicos, que estes casos acontecem com bastante freqüência, tentando assim fazê-los se

sentir menos culpados; e que o prognóstico a longo prazo, é geralmente favorável.

Faz parte também do condicionamento dos pais informá-los sobre a necessidade

de uma dieta diferenciada, a base de liquidos e semi-sólidos; da importância da realização

da higiene bucal, inclusive da região traumatizada; das possíveis sequelas que o sucessor

permanente pode vir a apresentar e da necessidade de um acompanhamento periódico do

caso por muitos anos. Os pais sempre são pegas fundamentais no atendimento

odontológico de seus filhos, no entanto, quando o atendimento é de um traumatismo dental

a participação deles em todo o processo do tratamento é muito mais presente, ativa e

determinante, podendo se tornar até maior que a da própria criança.

Para condicionar a criança é indicado usar as técnicas já difundidas de manejo

de comportamento, porém, sempre ressaltando que, além de todo o contexto que sempre

envolve o atendimento odontológico de uma crianga , nos casos de traumatismos existem

alguns aspectos peculiares, como o susto devido a tudo ter acontecido repentinamente, o

medo e os sentimentos dos pais, que tendem a ser mais intensos se a criança for muito

pequena.

Para conseguir executar todos estes procedimentos e mais os procedimentos

(34)

conhecimento das técnicas de manejo de comportamento e a noção do momento certo de

usá-las; um conhecimento sempre atualizado de traumatologia dental, compreendendo

conhecimentos de diagnostico, de opções de tratamento, da necessidade de

acompanhamento do caso, das informações importantes que devem ser dadas aos pais,

para assim conseguir esclarecer todas as dúvidas e transmitir segurança; saber como lidar

com os sentimentos dos pais e principalmente aprender a lidar e a controlar os próprios

sentimentos, a própria insegurança; apesar de que a insegurança diminui com o

conhecimento em como proceder adequadamente em cada situação, e também com a

pratica, apesar de cada caso ser diferente do outro.

Como os casos de traumatismos dentais já vem sendo estudados ha muitos

anos já foi estabelecido, através da literatura, que estes casos constituem uma verdadeira

situação de emergência e que por isso requerem atendimento imediato. Este atendimento

deve ser iniciado com um exame da cabeça e da face para certificar-se de que nada de

mais grave ocorreu e só depois, então, é recomendado que se faça o exame intra-bucal. É

importante saber exatamente o que aconteceu, ter todos os dados do paciente, ter uma

documentação completa e fazer um diagnostico criterioso do caso.

Os autores RUSMAH (1990), OSUJI (1996) e LOMBARDI et al. (1998) que

pesquisaram se havia alguma relação entre o grau de severidade do traumatismo e o

intervalo de tempo transcorrido entre o acidente e a procura de um tratamento constataram

a mesma relação, o intervalo de tempo transcorrido entre o acidente e a procura de um

atendimento esta diretamente relacionado com a severidade do trauma. RUSMAH (1990) e

OSUJI (1996) puderam também constatar que o sucesso do tratamento e o prognostico do

caso dependem muito da severidade do trauma e do intervalo de tempo transcorrido entre o

acidente e a procura de um atendimento; RUSMAH (1990) afirmou que, além disso, o

prognóstico depende também do estagio de desenvolvimento da raiz do dente. e OSUJI

(35)

A demora em procurar um atendimento além de estar relacionada com a

severidade do trauma também pode ser relacionada com o valor, a importância que os pals

dão à saúde bucal de seus filhos e servir de alerta para o profissional, pois obter a

cooperação desses pais é mais difícil, principalmente para a proservação do tratamento.

O traumatismo na dentição decidua pode apresentar diferentes sequelas, a

maioria dos trabalhos pesquisaram apenas as sequelas causadas ao dente deciduo e as

possíveis sequelas causadas ao sucessor permanente, sem se preocupar com as sequelas

emocionais, que são muito mais difíceis de detectar e consequentemente de tratar, mas que

nem por isso deixam de existir e merer atenção.

Quando se trata das sequelas que o trauma pode causar ao próprio dente

deciduo traumatizado BORUM, ANDREASEN (1998) e DEWHURST et a/. (1998)

destacaram várias, concordaram em duas: alteração de cor do dente e perda de vitalidade

ou necrose pulpar; porém BORUM, ANDREASEN (1998) acrescentaram a obliteração do

canal radicular, a retração gengival, o deslocamento permanente do dente após luxação, a

reabsorção radicular patológica, as alterações na reabsorção radicular fisiológica e a perda

prematura do dente; já DEWHURST et al. (1998) detectaram outra sequela: a anquilose do

dente deciduo.

A intima relação anatômica entre o ápice dos dentes deciduos e o

desenvolvimento do seu sucessor permanente explica porque muitos traumatismos na

dentição decidua causam danos aos dentes permanentes. Para MONTALVO-POLK. KITTLE

(1993) o tipo de sequela que o dente permanente pode apresentar depende da idade da

criança no momento do trauma; já a extensão desta sequela depende do estagio de

desenvolvimento do dente permanente, da força do impacto e da direção desta força sobre

o dente deciduo. Já para OSUJI (1996) quando ocorrem danos no desenvolvimento do

dente permanente é porque o tipo de traumatismo que o dente deciduo sofreu ou foi

intrusão ou deslocamento labial da coroa ou avulsão. MOSS. MACCARO (1985) e

(36)

maior susceptibilidade de sofrer alterações decorrentes de um traumatismo no dente

deciduo quando o paciente é muito pequeno, pois é quando a coroa do dente permanente

ainda não completou sua mineralização; para MOSS, MACCARO (1985) a criança tem,

então, que ter menos de três anos, já MONTALVO-POLK, KITTLE (1993) afirmaram que o

esmalte completa sua formação quando a criança esta com quatro para cinco anos.

Apesar das sequelas emocionais serem as mais graves por serem as mais

difíceis de definir e as que causam danos por um período de tempo indeterminado, elas são

muito pouco estudadas, talvez porque os profissionais achem que elas não tem importância,

o que não é verdade, pois a medicina já comprovou que a mente é determinante no

desenvolvimento e na cura de doenças; ou porque ou pesquisadores não tenham interesse

neste campo e só na parte técnica, ou talvez porque não saibam como fazer ou o que fazer

com o que constatarem. No entanto, um trabalho, de MOSS, MACCARO (1985), conseguiu

concluir que crianças normais são capazes de lutar contra a perda de um dente, ou seja, há

danos psicológicos causados pelos traumatismos dentais; porém, dependendo da idade da

criança porque se a perda ocorreu próxima da época de esfoliação fisiológica do dente a

criança não se sente diferente porque as outras crianças da sua idade também estão

perdendo seus dentes. Porém, tem que se admitir que a satisfação do paciente e aspectos

psicológicos são muito difíceis de avaliar, de quantificar.

A fase de proservação do tratamento é muito importante, RUSMAH (1990),

MONTALVO-POLK, KITTLE (1993) e FRIED, ERICKSON (1995) afirmaram que deve

consistir de consultas de rotina periódicas durante um longo tempo, nas quais segundo

MONTALVO-POLK, KITTLE (1993) serão feitas radiografias periódicas da area

traumatizada. 0 intervalo entre as consultas vai ser menor quanto mais grave for o trauma.

afirmaram FRIED, ERICKSON (1995); e a necessidade destas consultas é garantir que as

complicações sejam prevenidas ou tratadas a tempo, como advertiram FRIED. ERICKSON

(37)

4 CONCLUSÃO

Com base na literatura consultada, pode-se concluir que:

1. 0 traumatismo na dentição decidua 6 um problema bastante comum, que

constitui uma verdadeira situação de emergência e que tem ocorrido com uma freqüência

cada vez maior. Sua incidência pode variar de 4% a 30%, dependendo do tipo e do local

onde o estudo é realizado.

2. Na dentição decidua, a causa mais freqüente dos traumatismos são as

quedas, sendo os dentes mais atingidos os incisivos centrais superiores. A luxação, em

razão da elasticidade do osso na infância, é o tipo mais comum de traumatismo.

3. 0 intervalo de tempo transcorrido entre o acidente e a procura por um

atendimento está diretamente relacionado à severidade do trauma e é determinante no

diagnóstico e sucesso do tratamento.

4. 0 conhecimento atualizado da traumatologia dental e das técnicas de

condicionamento deve fazer parte do preparo do profissional que, assim, terá mais

segurança e melhores condições de conquistar a confiança dos pais, obtendo maior

sucesso em seus atendimentos.

5 0 traumatismo na dentição decidua deixa seqüelas físicas e emocionais.

(38)

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Referências

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