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A RELAÇÃO CAMPO-CIDADE NAS PEQUENAS CIDADES DA MICRORREGIÃO DE ITUVERAVA (SP)

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A RELAÇÃO CAMPO-CIDADE NAS PEQUENAS CIDADES DA

MICRORREGIÃO DE ITUVERAVA (SP)

Almir de Paula e Silva Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Sociologia FCL-UNESP/Araraquara almirps05@hotmail.com

Darlene Aparecida de Oliveira Ferreira Professora Assistente Doutora dos Programas de Pós-Graduação em Sociologia da FCL-UNESP/Araraquara e de Geografia do IGCE-UNESP/Rio Claro darlene-ferreira@uol.com.br

Resumo:Este texto é resultado de uma proposta de pesquisa que tem como

tema central as pequenas cidades, especificamente as situadas no nordeste de São Paulo, na microrregião de Ituverava que faz parte da mesorregião de Ribeirão Preto, uma das regiões mais ricas, desenvolvidas e urbanizadas do estado, se não do Brasil. Um tema que carece de estudos, pois, possui escassa bibliografia e por ser uma região tão importante para a economia nacional, não possui pesquisas sobre a importância, o significado dessas cidades para o desenvolvimento regional. Para isso, propõe uma discussão sobre a relação cidade-campo no Brasil, e entender como essa relação ocorre dentro dessas pequenas cidades paulistas, dentro de uma olhar da Sociologia, como também da Geografia Agrária.

Palavras-chave: Pequenas cidades, nordeste paulista, microrregião de

Ituverava, campo, cidade, rural, urbano.

Introdução

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São vários os obstáculos enfrentados quando escolhemos esse objeto. Até hoje, há uma produção acadêmica direcionada em pesquisas e estudos referentes às metrópoles, grandes e médias cidades e pouquíssimos trabalhos sobre pequenas cidades, não existindo assim uma bibliografia suficientemente extensa a respeito. O tema necessita de estudos tanto teóricos como empíricos. Outro problema enfrentado é conceituar o que é uma cidade e como classificar uma cidade como pequena. Isso envolve vários aspectos e não somente o demográfico, pois o patamar de população em torno de 20 mil habitantes, que define em muitos estados como sendo uma cidade pequena, pode não servir de parâmetro para outro estado. Em alguns, por exemplo, uma cidade de até 50 mil habitantes pode ser considerada pequena. Entender a atual relação-campo e como a pequena cidade se relaciona com o rural ou se na verdade ela é o próprio espaço que pode ser considerado rural. Tudo isso reforça a importância do estudo e interpretação dessas cidades, seus papéis e significados e também é relevante para a compreensão das particularidades históricas de cada uma no contexto regional.

A presente pesquisa tomará como referências principais em se tratando da temática das pequenas cidades a produção desenvolvida por Wanderley (2005), Oliveira e Soares (2003), Bernadelli (2005), Bacelar (2005), Côrrea (2001) e (2004), Cintra e Endlich (2006). Buscaremos a partir desses autores uma definição da pequena cidade. Ressaltando que todos esses trabalhos se referem basicamente aos estados de Minas Gerais, Goiás, com exceção de Cintra e Endlich (pequenas cidades paranaenses), Bernardelli (região de Catanduva) e também não citado entre os autores acima os artigos de Silva, sobre pequenas cidades da região de Presidente Prudente.

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pequena cidade e por último a apresentação da microrregião paulista a ser estudada, a de Ituverava, composta pelos municípios de Ituverava, Guará, Buritizal, Miguelópolis e Igarapava e a com a utilização dos censos do IBGE e pesquisa de campo, demonstrar se essa microrregião paulista estaria tão urbanizada como mostra as taxas de urbanização do IBGE, se pode ser considerada ou não uma região rural e como fica a questão das políticas públicas para o rural diante destes dados estatísticos oficiais.

O RURAL COMO OBJETO DE ESTUDO DA SOCIOLOGIA

O desafio que se coloca para os pesquisadores das ciências sociais, especificamente da sociologia quando se trata do conhecimento acerca do mundo rural é o da pertinência e permanência de uma “sociologia rural”. Podemos dizer que não existe uma linhagem, uma tradição ou mesmo uma escola brasileira de “sociologia rural”.

Um alerta que se faz necessário no presente texto, é que o objetivo das reflexões aqui contidas não é aprofundar o debate sobre novas concepções teórico-metodológicas do que seria uma “nova sociologia rural” ou uma “sociologia da agricultura”, mas apenas fazer um breve retrospecto da “sociologia rural”, suas contribuições teóricas para o estudo do campo e seus dilemas atuais, quando suas “tradições teóricas” parecem não dar conta das mudanças ocorridas no mundo rural brasileiro.

As correntes de pensamento do início do século XX preocupadas em entender o rural, nasceram nos Estados Unidos. Inicialmente as reflexões evidenciam uma visão onde os espaços rurais e urbanos são vistos como realidades específicas e opostas. É a teoria dicotômica, que passa a ser questionada por outra corrente que procurava avançar nos estudos do meio rural. É a teoria docontinuum rural-urbano. Toda a “sociologia rural” anterior a

década de 1950, é influenciada por essas duas teorias, principalmente pela teoria docontinuumrural-urbano, de Sorokin, Zimmerman e Galpin, que nega o

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Desde a habitação rural isolada e até a grande cidade, existem inúmeros escalões intermediários que vão criando uma transição insensível entre o meio rural propriamente dito e o meio urbano.1

Esta perspectiva teórica do continuum, por razões também empíricas

entra em crise em meados dos anos 60. Ela perde utilidade quando a população rural diferenciava-se cada vez mais da população urbana.

Neste mesmo período, estes critérios que diferenciavam o rural do urbano, foram utilizados pela antropologia norte-americana, nos chamados

estudos de comunidade que acabaram por orientar pesquisas em sociologia.

Os primeiros trabalhos publicados nos Estados Unidos vão influenciar os estudos sobre as relações campo-cidade aqui no Brasil, sobretudo, a partir de Emílio Willems, antropólogo, professor de antropologia da Universidade de São Paulo, autor do trabalho Cunha: tradição e transição em uma cultura rural do

Brasil tornou-se um dos primeiros estudos de comunidades rurais no Brasil. A

obra que certamente influenciou os estudos brasileiros foi a de Robert Redfield

The Folk culture of Yuacatan(1941). Segundo Cintra:

Nesta, Redfield procurou estudar as diferenças existentes entre o rural (cultura de folk) e o urbano (civilização), através da abordagem comparativa dos

estudos de quatro comunidades na península de Yucatan, no México, ao analisar umaaldeia tribal (Tusik), umapovoação(Chan Kom), umavila (Dzitas)

e umcentro urbano(Mérida).2

Redfield afirma que:

o método empregado neste estudo contém uma inovação, é que se investigou quase simultaneamente uma série de comunidades contemporâneas que diferem entre si principalmente com respeito ao grau em que cada uma delas foi afetada pela comunicação com um único centro importante de influência modificadora [a civilização urbana]3

1SOLARI, Aldo B. O objeto da sociologia rural. In: SZWRESCSANYI, T.; QUEDA, O.

Vida Rural e Mudança Social.São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1979, p. 10.

2 CINTRA, Anael Pinheiro de Ulhôa.

Espaços rurais no Paraná: um estudo das relações campo-cidade nos pequenos municípios. Curitiba, 2007. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Paraná, p. 22.

3REDFIELD, Robert.

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Robert Redfield influenciou também Donald Pierson, professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Em 1951, publicou seu estudo sobre uma vila do interior de São Paulo chamada Cruz das Almas, mostrando a vida

dos habitantes da comunidade rural paulista de Cruz das Almas. A grande contribuição destes estudos4 foi a coleta de dados e a interpretação de censos para analisar as transformações ocorridas na época.

A obra de Willems orientaria posteriormente o estudo do caipira brasileiro e dos bairros rurais em meados do século XX como no trabalho de Antonio Cândido em Os parceiros do Rio Bonito, publicado em 1964, se

destaca dentre os estudos das relações campo-cidade. Nesse momento há uma “discussão” entre Cândido, Willems, Pierson e Wagley - também estudioso das relações campo-cidade que realiza um estudo sobre uma pequena cidade de Ita, no Vale Amazônico - sobre a generalização do conceito de comunidade, já que cada estudo abordava um tipo de comunidade. Cândido definia e limitava a comunidade, como bairro rural.

Essa unidade de análise se ampliaria posteriormente por Cândido após várias críticas recebidas pelos estudos de comunidade. Pedia-se uma abrangência maior de análise e comparações entre bairros de regiões diferentes. Nas palavras de Florestan Fernandes, “certas idéias falsas sobre as limitações e as possibilidades do estudo de comunidade na sociologia.” Florestan também contribuiu para o estudo das relações campo-cidade, definia a comunidade, dependendo do estudo realizado, sendo delimitada pela aldeia tribal, pela pequena comunidade, pelas vilas, cidades tradicionais e também

pelascidades modernas.5

Maria Isaura Pereira de Queiroz, socióloga da Universidade de São Paulo, desenvolveu trabalhos sobre a relação campo-cidade, estudando bairros rurais paulistas. A partir de 1960, Queiroz na verdade aprofunda a análise dos estudos de comunidade ao introduzir as chamadas “monografias regionais” sob a influência de geógrafos franceses. Ela amplia sua área geográfica, reconhecendo uma homogeneidade sócio-econômica e cultural. Para Queiroz:

4CASTRO, Elisa G. de. Estudos de comunidade: reflexividade e etnografia em Marvin Harris. Revista Universidade Rural – Série Ciências Humanas, vol. 23, nº. 2, 2001, p. 196.

5FERNANDES, Florestan.Comunidade e Sociedade no Brasil: leituras básicas de

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Toda comunidade, por mais isolada, existe sempre dentro de uma região cuja organização social é mais vasta do que a daquela, e com a qual se relaciona. (...) nosso intuito é estudar bairros rurais em sua composição interna, mas também nas relações que mantém com todo o meio social circundante formado pela sede do município a que o bairro pertence, pela região em que ele se encontra engastado, e pelas cidades grandes com que porventura se relacione.6

Os estudos relacionados às relações campo-cidade a partir desta década utilizavam como perspectiva metodológica o que Queiroz chamava de “global” da “sociologia rural”, pois ela não poderia ser tratada como uma disciplina isolada e sim associada a “sociologia urbana”. O problema da “sociologia rural” ganha uma nova dimensão: o rural não pode ser entendido, não pode ser estudado em si mesmo, dissociado do urbano. Queiroz “afirma que um dos quadros sociológicos mais importantes a ser traçado atualmente para o Brasil – 1970 – seria o dos tipos de cidades brasileiras, de suas funções regionais, de sua dependência ou não com relação ao meio circundante”.

tal quadro permitiria afirmar com maior certeza o caráter mais ou menos urbanizado da sociedade global brasileira, já que não é apenas o fato da população habitar em concentrações urbanas que dá ao país o caráter de urbanização. Este depende da amplitude das funções desempenhadas pelas cidades, por um lado e, mais ainda, pela independência destas em relação ao meio rural, que decorre da importância de suas atividades produtivas, - isto é, de seu grau de industrialização.7

Na década de 70 os problemas de definição da “sociologia rural” partiam do princípio de que o “rural” não seria uma categoria sociológica. Se no passado a zona rural de países capitalistas industrializados coincidiam com as localidades de residência e de trabalho, com as transformações ocorridas como a inovação tecnológica e seus impactos na sociedade, a “sociologia rural”

6 QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. Relações entre bairros rurais e zona urbana num município de desenvolvimento urbano modesto: o bairro Taquari, no município de Leme. In: Bairros rurais paulistas: dinâmica das relações bairro rural-cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1973, p. 12-13.

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perde seu objeto de estudo e passa a enfrentar uma série de problemas relativos a ele.

No Brasil, após os estudos de comunidade, estudiosos do mundo rural, passam a procurar entender o processo de formação da sociedade capitalista no país. O debate era sobre as condições do atraso brasileiro e como superá-lo. Logo, a transformação do campo era vista como indispensável ao desenvolvimento capitalista.

Segundo Ferreira, todas essas mudanças no mundo rural a partir de 1960, instituía um método classificatório, nos estudos de tipologia agrícola, caracterização social, funcional e econômica da agricultura, uso da terra e organização agrária num momento de desenvolvimento urbano-industrial no Brasil.8

Com isso, a “sociologia rural” parece ter tomado outro rumo ou mesmo perdido o rumo. Ao abandonar os estudos de comunidade, ela passa a se preocupar com a análise da modernização da agricultura, ficando restrita à produção agrícola e às inovações, perdendo a chance de descobrir nesse mundo rural novas formas sociais contrastantes que nasciam com o mundo urbanizado e industrializado.

“MUNDO RURAL” – UM CAMPO INTERDISCIPLINAR E AS CORRENTES

DE PENSAMENTO SOBRE O RURAL E O URBANO NO BRASIL

Ao dizer anteriormente que toda a produção sobre o “mundo rural” buscou referenciais em outras disciplinas, afirmamos um caráter interdisciplinar dessa produção. Conforme Sigaud, no início da década de 90 existiam em torno de 800 produtores de conhecimento sobre o campo, com formação bastante variada, como geógrafos, agrônomos, historiadores, economistas, antropólogos e sociólogos, o que mostra esse caráter interdisciplinar dos estudos sobre o meio rural. Talvez pela sua complexidade, pela sua diversidade e dinâmica não se tornou privilégio de uma só disciplina. Apesar de ser uma questão ainda em aberto dentro das ciências sociais brasileiras, a necessidade de uma abordagem interdisciplinar de interpretação das

8FERREIRA, Darlene Aparecida de Oliveira.

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complexidades do mundo rural, os cientistas sociais não chegaram a um consenso, mas reconhecem limitações dentro das disciplinas e que necessitam da colaboração das várias áreas do conhecimento.

O estudo da temática do meio rural no Brasil recebeu influências das correntes de pensamento da sociologia norte-americana – a dicotômica e a do

continuum.

No Brasil, a corrente do continuum é defendida por alguns autores. É a

da “urbanização do campo”. Fazem parte desta vertente José Graziano da Silva, Octávio Ianni e Milton Santos.

Nessa corrente que colocam o desenvolvimento rural como sinônimo do processo de “urbanização do rural”, justificando a idéia do continuum

rural-urbano, podemos dividi-la em duas vertentes analíticas. A primeira seria uma visão centrada no urbano, na qual o urbano é privilegiado, representa o progresso e o rural é visto como arcaico, atrasado, com isso tenderia a redução e ao desaparecendo frente à influência do pólo urbano, que seria exatamente a visão clássica docontinuumdefendida pelos autores acima.

A segunda visão, concorda que há uma aproximação e uma integração entre os dois pólos resultantes do continuum rural-urbano. A nova perspectiva

é que, apesar da interação, das semelhanças entre os dois pólos, as particularidades de cada um não desaparecem, não são destruídas, não representando assim o tão aclamado fim do rural.

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Esses autores acreditam que a existência de elementos urbanos no campo, são resultantes do processo de globalização, ocorrendo uma maior integração entre eles, conseqüentemente um processo de “urbanização no campo”. Processo esse, que não destrói o modo de vida e as particularidades do rural.

Com essa abordagem, podemos entender melhor a relação campo-cidade, já que nos obriga a estudar cada realidade com suas especificidades próprias, mesmo diante da intensidade das relações entre eles.

O rural não é definido como oposição, mas sim em sua relação com o espaço urbano.

O desenvolvimento do presente estudo se orientará por essa vertente, por essa forma de ver o rural na sociedade atual.

A CIDADE E A PEQUENA CIDADE NO BRASIL

Antes de buscarmos conceituar a pequena cidade, temos que definir o que é a cidade, e o que é considerado cidade no Brasil .

São várias as definições encontradas de cidade entre os países. Critérios como tamanho populacional, aspectos funcionais ou sócio-econômicos são adotados na definição. No Brasil, oficialmente se define cidade como toda sede municipal, independente do seu número populacional.

Em 2001, entrou em vigor o chamado Estatuto das Cidades (Lei 10257/01), que pretende regulamentar o desenvolvimento das cidades brasileiras. Entre seus mecanismos, apresenta a elaboração de um Plano Diretor, para municípios com população acima de 20 mil habitantes, constituindo uma contradição com a antiga legislação (ainda em vigor). Segundo Olanda:

Se se entende o Plano Diretor como um instrumento legal e regulador importante e que constitui como parâmetro para definir o que é uma cidade, os municípios com população inferior a 20 mil habitantes não são cidades. (...)9

9

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Veiga apresenta a definição de cidade como fruto do Estado Novo, o “Decreto-Lei 311, de 1938, que transformou em cidades todas as sedes de municípios existentes, independentes de suas características estruturais e funcionais”. Com isso, pequenos vilarejos e povoados tornaram-se cidades.

Para as futuras cidades seria exigida a existência de pelo menos 200 casas, e para as futuras vilas (sedes de distrito), um mínimo de 30 moradias. Mas todas as localidades que aquela data eram cabeça de município, passaram a ser consideradas urbanas, mesmo que sua dimensão fosse muito inferior ao requisito mínimo fixado para as novas.10

Mudanças importantes somente ocorreram a partir de 1991, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) definiu conceitos de rural e urbano que vão ser difundidos em todo o país e que serão utilizados em suas pesquisas censitárias. A área rural é definida pelas áreas consideradas fora dos limites da área urbana. As áreas urbanas são aquelas “áreas urbanizadas ou não, correspondentes às cidades (sedes municipais), às vilas (sedes

distritais) ou às áreas urbanas isoladas”11; em outras palavras, se refere à “área interna do perímetro urbano de uma cidade ou vila, definida por lei municipal.” O rural portanto é definido por exclusão, porque os critérios demarcam o que é urbano, ou seja, se refere à “área externa ao perímetro urbano”.12

Veiga ainda coloca que mesmo com essas modificações, reforçou a convenção de que é urbano toda a sede de município (cidade), sedes distritais (vilas) sem nenhum outro critério geográfico que apresente um caráter funcional ou estrutural.

A partir dessa classificação temos inúmeros municípios brasileiros apresentados como urbanos, sem que se leve em conta características como por exemplo o modo de vida e outras características da população residente.

Por isso, segundo Veiga há uma ilusão no índice de que 82% da população do Brasil seria urbana, segundo resultados do Censo Demográfico

10 VEIGA, José Eli da.

Desenvolvimento territorial do Brasil: do entulho varguista ao zoneamento ecológico-econômico. Anais do XIX Encontro Nacional de Economia, Salvador, dezembro de 2001 [acessível no site www.fea.usp.br/professores/zeeli/), p. 2.

11

IBGE.Censo Demográfico 2000: características da população e dos domicílios: resultados do universo. Rio de Janeiro: IBGE, 2001.

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2000. “Esta taxa é resultado da divisão entre a população considerada urbana (cidades e vilas) e a soma da população total (urbana somada ao ‘restante’ considerada rural), e serve de base para o planejamento político-administrativo. Assim, a cada novo recenseamento realizado no país, enfatiza-se o crescimento das cidades e o contínuo ‘desaparecimento’ do rural”.13 Seria essa uma realidade válida para os municípios paulistas, especificamente para os pequenos municípios?

Veiga estabelece um método para a definição da cidade baseado na população do município, a sua localização e a densidade demográfica, que interfere no nível de pressão antrópica, segundo critérios desenvolvidos pela OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico), que corresponde a 150 habitantes por Km² para regiões urbanas, mas, em se tratando de território brasileiro Veiga em sua classificação propõe o corte de 80% hab/km2. Se seguirmos esses critérios apontados por ele, a população urbana cairia de 82% para 57%.

O trabalho de Veiga é importante no que se refere à classificação do campo e da cidade como espaços diferenciados por um grau de artificialização. A variável quantitativa é relevante para diferenciar o campo da cidade, então não se pode negar a contribuição do autor no debate. Mas, talvez essas variáveis são insuficientes para compreender toda a complexidade desses territórios. Outros fatores como as relações econômicas, políticas e sociais e sua relação com a terra deve ser levado em consideração.

Com certeza é um grande desafio para a pesquisa a temática das pequenas cidades, devido a todos os fatores já relacionados, pois, já se torna complexo a própria definição de cidade.

Para Wanderley podem ser consideradas cidades somente as espacialidades com mais de 20 mil habitantes, o que vai de encontro com a idéia do Plano Diretor dos municípios, obrigatório somente para as localidades acima de 20 mil habitantes. Assim, as cidades com população inferior, não seriam consideradas cidades, ou áreas não-urbanas?

13CINTRA, Anael Pinheiro de Ulhôa.

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A metodologia usada por Wanderley, no estudo desenvolvido nos pequenos municípios pernambucanos também não leva em consideração as características regionais ou proximidade com regiões mais urbanizadas.

Todos esses estudos nos mostram que estabelecer critérios por tamanho populacional, seja 20 ou 50 mil é extremamente polêmico, num país com imensas diversidades regionais dentro até de cada unidade da federação.

O que percebemos, é que no Brasil, a grande parte das cidades brasileiras, são pequenas, e que apesar de classificadas como urbanas, lhes faltam uma série de condições estruturais para se desenvolver como tal, apresentando como atividades principais as ligadas as ocupações primárias tendo como condicionante a terra. São estabelecidas nessas localidades relações tipicamente do mundo rural.

Bacelar apresentou a seguinte descrição sobre o modo de vida na pequena cidade:

Nascer e crescer numa pequena cidade sempre foi, para muitos, motivo de alegria. Esta alegria vem do contato direto e explícito com as coisas da natureza e da liberdade de pertencer a um lugar onde as relações interpessoais passam mais pelo campo do afetivo que material. Tudo é mais próximo, verdadeiro e colorido. O cheiro do mato e da terra molhada com as primeira chuvas impregna as recordações e, este cheiro, é associado à felicidade [...]. Na pequena cidade, os endereços não têm a menor importância. Conhece-se a pessoa pelos apelidos ou filiação.14

Tabela 1: Número de municípios no Brasil, por tamanho populacional

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000. Org.: SILVA, 2009.

É preciso direcionar os estudos para essas pequenas cidades no intuito de entender as mudanças e transformações ocorridas no meio rural brasileiro e

14BACELAR, W. K. de A. As pequenas cidades no Brasil e no Triângulo Mineiro. Encontro de Geógrafos da América Latina 10.ANAIS EGAL, São Paulo, 2005, CD-rom.

Tamanho da População Nº de Cidades

Até 2.000 105

2.001 5.000 1.225

5.001 10.000 1.312

10.001 20.000 1.382

20.001 50.000 958

50.001 100.000 301

100.001 500.000 193

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como esse novo rural se configura em cada região ou localidade. O Projeto Rurbano: Caracterização do Novo Rural Brasileiro contribuiu para desfazer

alguns mitos sobre o mundo rural brasileiro, mas os dados obtidos não permitiram avançar os estudos sobre o novo rural nas pequenas cidades, vilas, comunidades, nem mesmo nas mesorregiões, quando não aprofunda em níveis territoriais.

AS PEQUENAS CIDADES DA MICRORREGIAO DE ITUVERAVA

Esta parte do texto apresenta a área de estudo que se pretende desenvolver o trabalho. Ela é formada por cinco municípios localizados no nordeste do estado de São Paulo, os quais fazem parte da microrregião geográfica de Ituverava.

(Mapa 1)

Microrregião de Ituverava

Fonte: www.upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/

Tabela 2: Municípios da microrregião geográfica de Ituverava

População residente, por situação do domicílio, 2000.

Municípios Total Urbana Rural

Buritizal 3.674 2.903 771

Guará 18.916 17.959 957

Igarapava 25.925 24.037 1.888

Ituverava 36.268 34.221 2.047

Miguelópolis 19.019 17.561 1.458

Total da microrregião 103.802 96.681 7.121

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Observa-se nos dados mostrados acima uma taxa de urbanização da microrregião que chega a 93%, bem acima da média nacional e igual à do Estado de São Paulo que chegou a 93,41% no Censo 2000.

A região nordeste do Estado de São Paulo, compreende no total 125 municípios que representam 20,83% do estado de São Paulo. Constitui uma das mais influentes regiões econômicas nacionais. Nela se encontram a mesorregião de Ribeirão Preto e a microrregião de Ituverava.

A história da ocupação dessa região paulista iniciou-se na segunda metade do século XIX com o estabelecimento da cafeicultura, atraída pela fertilidade natural das terras. Desde o início, as atividades ligadas ao setor agropecuário sobressaíram-se na economia regional. Após a crise de 1929, a região dá início a substituição da cafeicultura pela diversificação de usos da terra. Apesar da importância atual do café, outras atividades como a cana-de-açúcar, a fruticultura, a soja e a pecuária dividem espaço.

Dois fatores podem ser responsáveis pelos contornos atuais adquiridos pela região a partir de 1970: o primeiro foi a intensificação do processo de desconcentração industrial da capital paulista juntamente com proximidade que esta tem da região, o segundo, o lançamento do Programa Nacional do Álcool (Proálcool).

A partir do processo de desconcentração industrial citado acima se constrói outro de urbanização e industrialização no sentido de outros centros, dentre eles a Rodovia Anhanguera (SP-330), que liga a região nordeste do estado à capital.

Portanto a região não apresentou em sua totalidade (nas diversas microrregiões) um nível de crescimento econômico homogêneo. Não houve um processo homogêneo de inclusão dos municípios devido à diferenciação na implantação de infra-estruturas provenientes de capital privado e na aplicação de políticas públicas.

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Figura 1.Estrada Vicinal que liga Ituverava ao Bairro Rural de Aparecida do Salto Fonte: www.tribunadeituverava.com.br

Figura 2e 3. Sítio em Miguelópolis às margens da represa do Rio Grande, a 500 metros do centro da cidade

Fonte: www.tribunadeituverava.com.br

CONCLUSÕES

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Bacelar. Trabalhos importantes também estão sendo desenvolvidos na UNESP, de Presidente Prudente e também na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Como o tema não constitui um objeto de estudo dentro da “sociologia rural”, buscaremos de um ponto de vista sociológico ver o meio rural como um espaço de vida, os laços de sociabilidade, como se reproduz as relações sociais não somente no seu interior, mas com a comunidade e as pequenas cidades que os cercam. Wanderley chamou isso de relações de inter-conhecimento, ou de vizinhança, familiar e extra-familiar.

Mesmo com a diversidade existente entre as pequenas cidades, segundo demonstram os estudos realizados, alguns elementos são comuns e se repetem entre elas. Apesar de ainda não termos dados concretos sobre a área de estudo, visualizamos alguns desses elementos que aparecem nos municípios da microrregião de Ituverava, podemos dizer que esses pequenos centros apresentam: forte ligação com o modo de vida rural; um elevado grau de conhecimento entre os moradores; a tranqüilidade; menos veículos, no caso automóveis, ruas tranqüilas e menos pessoas; não possui um atendimento médico-hospitalar que satisfaça as necessidades população; poucas oportunidades de emprego; instituições de nível superior; a praça como centro de lazer e encontro da população; festas típicas como do peão ou alguma festa religiosa.

Enfim, o conceito de pequenas cidades necessita ainda de estudos para que avance, considerando seus processos históricos de formação social, sua inserção econômica no contexto regional e as relações entre as cidades de uma mesma microrregião e fora dela, seu cotidiano e as relações entre seus habitantes locais.

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Tabela 1: Número de municípios no Brasil, por tamanho populacional
Tabela 2: Municípios da microrregião geográfica de Ituverava População residente, por situação do domicílio, 2000.
Figura 1. Estrada Vicinal que liga Ituverava ao Bairro Rural de Aparecida do Salto Fonte: www.tribunadeituverava.com.br

Referências

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