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AS REDES DE ACESSO E O IMPACTO DAS MÍDIAS DIGITAIS EM TREINAMENTOS VIA TELECOMPUTAÇÃO

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Academic year: 2021

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José André Caruso Neto caruso@lcs.poli.usp.br José Roberto de Almeida Amazonas

jra@lcs.poli.usp.br

Laboratório de Comunicações e Sinais

Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle Escola Politécnica da USP

Resumo

Este trabalho apresenta uma proposta de metodologia para treinamento via telecomputação em nível de graduação, permitindo ao leitor, que não seja especialista em redes de computadores, um planejamento para a exibição do conteúdo programático levando em conta as soluções tecnológicas disponíveis em telecomputação e oferecendo um modelo que permita a introdução de fatores de eficácia na aprendizagem.

Palavras chave: Educação, Metodologia, Mídias, Redes de Acesso, Telecomputação.

Abstract

This paper presents a methodology proposal concerning e-learning, focusing at undergraduate courses. Such methodology allows the reader, that is not a specialist in computer networks, to prepare the exhibition of his/her course´s programatic content, taking into account the available technical resources. Besides, this paper also addresses factors that may improve the efficacy of the e-learning process.

Keywords: Education, Methodology, Media, Access Networks, Telecomputing.

1. Introdução

Desde o começo dos anos 80 [1], a aplicação de treinamentos que utilizam os recursos da telecomputação tornou-se um processo crescente e irreversível em função da flexibilidade e da colaboração em tempo real. Durante esse período, foi observado que a metodologia mais empregada nesse tipo de aplicação continuava sendo feita com ênfase na mídia texto, em detrimento das outras mídias digitais e da

educação moderna. Dentre todas as mídias digitais o texto é a mais empregada. Isso é natural, visto que o texto é um fator positivo de eficácia na aprendizagem, devido principalmente à reconhecida importância da linguagem escrita nos processos cognitivos. Além disso, o texto oferece facilidades de acesso, armazenamento, manutenção, produção e transporte, dentro e fora das redes de computadores. Promover o acesso aos conteúdos programáticos com as demais mídias digitais, de uma maneira geral, é muito mais difícil de ser realizado. Dessa forma, ao propor uma metodologia para esse tipo de aplicação, que vá de encontro à educação moderna, e que considere o impacto da introdução de um conjunto de novas tecnologias no ambiente de aprendizagem, é necessário planejar o conteúdo programático em função dos avanços da telecomputação e das novas ferramentas que disponibilizam tais aplicações.

A oferta de formatos de áudio, vídeo, imagem e texto (do mesmo conteúdo), vem ganhando grande importância, na medida em que se valoriza mais um treinamento que disponibilize o mesmo conteúdo, usando formatos e métodos de ensino com ferramentas, estratégias e recursos diversos [2]. Isso é condizente com a nova perspectiva da ciência cognitiva moderna, que vem sugerindo o reconhecimento de múltiplas inteligências do ser humano [3].

Dentro desse novo panorama, o desenvolvimento das metodologias no ambiente de aprendizagem deve considerar o impacto da introdução de um conjunto de novas tecnologias, como as novas versões de

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comunicação. Esse novo arsenal tecnológico pode disponibilizar, de forma adequada, áudio, imagem, texto e vídeo digital a partir de download de arquivos (non-real time), e em tempo real.

Em relação aos ambientes telemáticos de aprendizagem, particularmente os voltados à formação profissional, destacam-se os que tentam priorizar a interatividade, tais como: Teleduc (UNICAMP); Aulanel (UFRJ); Tecelec (UFRGS), Projeto Nave (PCSP em parceria com a IBM e o MEC). As pesquisas utilizando os ambientes citados comprovam a necessidade do desenvolvimento de um número ainda maior de pesquisas voltadas especificamente para o processo de ensino-aprendizagem de adultos, via telecomputação, e em função disso:

a) oferecer uma metodologia que, dependendo do tipo de acesso à Internet, permita a exibição do conteúdo programático com mais possibilidades;

b) oferecer um modelo que permita a introdução de alguns fatores de eficácia na aprendizagem via telecomputação.

Este trabalho propõe uma metodologia para TvT (Treinamento via Telecomputação) que considera os aspectos tecnológicos, vantagens e limitações, e os fatores de eficácia na aprendizagem focados num público de adultos, em nível de ensino superior de graduação. Em resumo, o trabalho apresenta critérios de seleção para escolha das mídias em função das limitações de desempenho impostas pelas redes de computadores.

Após esta breve introdução, na seção 2 são apresentadas as tecnologias de acesso à Internet, e sua influência no planejamento e exibição do conteúdo programático; a seção 3 apresenta as características e aplicações das mídias digitais; a seção 4 apresenta fatores de eficácia na aprendizagem aplicáveis em TvT; a seção 5 exemplifica e discute a aplicação da metodologia proposta; e a seção 6 sintetiza as conclusões.

2. Tecnologias de Redes de Acesso à Internet

Redes de acesso são os enlaces físicos que conectam um sistema final a um roteador de borda. O primeiro passo na metodologia é identificar o tipo de rede de acesso à Internet que o usuário final (aluno) dispõe. Isso determinará quais mídias digitais poderão ser melhor exploradas na apresentação do conteúdo programático. Tal fato é importante, visto que a possibilidade do uso de todas as mídias digitais na apresentação do mesmo conteúdo valoriza as múltiplas inteligências do ser humano [2][3], e abre novos horizontes na medida em que se consegue estimular um maior número de percepções sensoriais do ser humano.

Quando se disponibiliza um TvT na Internet, o usuário final pode acessar a rede de uma residência (acesso residencial), escritório (acesso corporativo) ou através de redes de acesso móveis (acesso sem fio). Cada uma dessa três categorias pode utilizar diferentes tecnologias ou arquiteturas de redes. Essas diferentes tecnologias de acesso à Internet: entre o usuário e o ISP (Internet Service Provider), e entre o ISP e a operadora de telecomunicações podem ser observadas na Figura 1: Tecnologias de acesso à Internet - que mostra as tecnologias de acesso à Internet.

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Residencial 56KbpsADSL ISDN (N e B)

PSTN

SLA

Residencial Cable Modem

CATV SLA Rede Corporativa SLA Rede Corporativa SLA PLMN/PSTN SLA Corporativo Ethernet Fast/Giga ATM FDDI Token Router Internet (ATM, TCP/IP/X.25, Frame Relay, DiffServ,

IntServ, MPLS, etc...)

Rede Pública de Comutação de Dados

Router Acesso sem Fio

IEEE 802.11a/b Bluetooth CDMA WCDMA GSM 2.5G 3G ERB Figura 1. 2.1 Acesso Residencial

Em relação à Figura 1, o acesso residencial está dividido em duas partes, pois as quatro primeiras tecnologias podem utilizar a fiação de par trançado amplamente disponível, enquanto que a última utiliza a infra-estrutura das operadoras de TV a cabo. No acesso residencial via telefone comum, ISDN, ADSL ou

VDSL, a taxa de transmissão não é dividida pelo número de usuários ativos. O mesmo não acontece com cable modem.

2.1.1 Telefone Comum

O telefone comum ou Plain Old Telephone Service (POTS) utiliza um modem que conectado à rede pública de telefonia provê acesso a um ISP. Esse tipo de acesso tem um tempo longo para estabelecimento de conexão com o ISP (de 30 a 40 s) sendo uma das tecnologias mais pobres com fio disponíveis para acesso à

Internet. 1

Apesar da boa qualidade de voz, da alta confiabilidade (operando com uma especificação de disponibilidade de 99,999%) e da segurança, pois a rede de sinalização é fechada para o mundo externo (o mesmo não pode ser dito nas redes baseadas em pacotes IP), o serviço de telefone comum está dando lugar à modernização, integração de serviços e convergência entre diferentes tecnologias, ou seja, a qualidade da conversação telefônica esta cedendo a outras prioridades e não é mais o único fator a influenciar a modernização das redes [4].

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Esse tipo de rede de acesso disponibiliza no máximo 56 kbps de taxa de transmissão. Essa informação é muito importante, pois o valor da taxa de transmissão será utilizado para justificar o uso ou não das mídias digitais dentro do processo de desenvolvimento de aplicações de TvT.

2.1.2 ISDN

Outra possibilidade de rede de acesso residencial aproveitando a fiação de par trançado já existente para o telefone comum é a RDSI-FE (Rede Digital de Serviços Integrada – Faixa Estreita) ou N-ISDN (Narrowband Integrated Services Digital Network). Essa tecnologia permite o estabelecimento rápido de conexão com o ISP (de 1 a 3 s), mas o usuário deve estar situado dentro de um raio máximo de 5,5 km da central telefônica. São oferecidos dois serviços: ISDN/BRI (Integrated Services Digital Network/Basic Rate

Interface), e o ISDN/PRI (Integrated Services Digital Network/Primary Rate Interface).

i) BRI: 2 canais B mais um canal D (2B+D). Um canal B é um canal de 64 kbps destinado ao

transporte de voz, vídeo, ou dados. Na BRI, o canal D é um canal de 16 kbps destinado ao transporte de sinalização e dados de baixa velocidade.

ii) ii) PRI: 30 canais B mais um canal D (30B+D). Na PRI vários canais B podem ser agregados de forma a se obter um canal de maior taxa de transmissão, para aplicações de vídeo de melhor qualidade. O canal D é um canal de 64 kbps destinado ao transporte de sinalizaçã.

O cenário mais comum é o uso do primeiro serviço, N-ISDN/BRI, que permite a transmissão digital dos dados de um sistema final doméstico, por linhas telefônicas ISDN, para a central da companhia telefônica a 128 kbps de taxa de transmissão. A segunda possibilidade é o N-ISDN/PRI. Nesse caso, um cenário sofisticado pode ser apresentado, pois o usuário final teria à sua disposição um máximo de 2048 kbps de taxa de transmissão. Novamente, esse número, bem como os 128 kbps do serviço BRI é muito importante e serve para comparar as redes de acesso e o uso das mídias digitais, e distinguir cenários típicos de cenários sofisticados.

2.1.3 ADSL

Outra possibilidade de rede de acesso residencial que se observa e que também aproveita os pares trançados da rede de telefonia pública, é a tecnologia de linha digital assimétrica, ADSL (Asymmetric Digital

Subscriber Line). As operadoras de telecomunicações costumam vender esse serviço com nomes mais

comerciais, como o Speedy da Telefonica.

ADSL pode ser usada em residências, pequenos escritórios e grandes organizações, devido à grande

variedade de velocidades suportadas. Sua taxa de transmissão varia em função da distância entre o modem doméstico e o modem do ISP, da bitola da linha de par trançado e do grau de interferência eletromagnética. Em uma linha de alta qualidade, é possível atingir uma taxa de transmissão máxima de 8 Mbps, se a distância entre a residência do usuário final e o ISP for menor que três mil metros. Entretanto, a taxa de transmissão cai para aproximadamente 2 Mbps se a distância for de seis mil metros [5].

ADSL é limitado a localidades onde os usuários estejam a uma distância entre 2,7 e 5,5 km da central

telefônica, ou seja, não se espera encontrar tal tecnologia fora de centros urbanos. Seu custo, dependendo da configuração escolhida, é bastante elevado.

2.1.4 VDSL

A tecnologia VDSL (Very High Speed Digital Subscriber Loop) usa modems especiais para aumentar a capacidade digital das linhas de telefones comuns em casa ou no escritório. A velocidade e a qualidade da transferência de dados dependem em grande parte da condição das linhas telefônicas e da distância entre o usuário final e a central telefônica. VDSL é uma tecnologia assimétrica, ou seja, permite taxas de transmissão diferentes para upstream e downstream, assim como ADSL. Isso permite acessar a Internet com taxas mais rápidas para downstream e taxas menores para upstream.

Atualmente, a tecnologia VDSL pode fornecer uma taxa de transmissão de até 51 Mbps para

downstream e 2,3 Mbps (ou mais) para upstream. Isso significa que o usuário final tem taxa de transmissão

elevada disponível para todas as mídias digitais, incluindo vídeo de alta qualidade, constituindo-se num cenário residencial altamente sofisticado.

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2.1.5 HFC ou Cable Modem

Outra possibilidade de acesso residencial que se observa é a linha híbrida de cabo de fibra óptica e cabo coaxial, HFC (Hybrid Fiber Coaxial), e designada na Figura 1 como cable modem. A rigor, essa tecnologia utiliza a infra-estrutura de TV a cabo para transmissão de dados até 30 Mbps [5].

A tecnologia cable modem, diferentemente das outras tecnologias de acesso residencial, é um meio de transmissão compartilhado. Cada pacote enviado pelo provedor trafega por todos os enlaces até todas as casas. Isso faz com que os pacotes enviados simultaneamente por duas casas diferentes colidam e se destruam. Portanto, a taxa efetiva de transmissão, depende do número de usuários ativos. Uma possível vantagem da tecnologia ADSL sobre cable modem reside justamente no fato de ADSL ser uma linha dedicada e não compartilhada. Entretanto, uma rede cable modem bem dimensionada provê taxa de transmissão maior que a do ADSL [5]. Opcionalmente, cable modem permite utilizar um Interactive Set-Top-Box, cuja principal função é a de disponibilizar um maior número de canais de TV, sobre a mesma banda passante. O

Set-Top-Box cria um canal de retorno que permite ao usuário navegar pela Internet e receber os resultados na tela da

TV. Serviços como voz sobre IP, quando bem dimensionados, podem ser implantados com alta qualidade.

2.2 Acesso Corporativo

Outra categoria de usuário final é aquele que acessa a Internet a partir de uma corporação. Nesse caso, é bem provável que o usuário final esteja interligado à rede da empresa, e esta, por sua vez está ligada ao provedor de serviço. Dessa forma, há duas redes envolvidas: a rede interna da empresa, que será designada por rede de acesso, e a rede externa à empresa, que será designada por rede de distribuição. Dentre as redes de acesso usadas corporativamente, o caso mais comum é o acesso feito através de uma LAN (Local Area Network) onde todas as máquinas competem por e compartilham o mesmo meio físico de transmissão com alcance sobre pequenas áreas de cobertura (sala, edifício, campus). A maioria das LANs divide a taxa máxima de transmissão pelo número de usuários ativos. Isso significa que a complexidade para a escolha das mídias é maior em comparação com as redes de acesso residencial. Um exemplo clássico de LANs é a rede Ethernet, normatizada através do padrão IEEE 802.3.

2.2.1 Ethernet

A rede Ethernet foi especificada para usar diferentes tipos de conectores e cabos, com diferentes comprimentos e número de usuários ativos. É importante saber o número máximo de possíveis usuários que podem estar acessando a rede, pois quando se divide o valor da taxa de transmissão máxima pelo número de usuários da rede obtém-se a taxa de transmissão máxima disponível para cada usuário.

Uma situação onde 500 usuários estejam ativos resultaria em aproximadamente 20 kbps no máximo de taxa de transmissão por usuário. Esse número é importante, pois pode determinar quais mídias poderão ser acessadas e com que qualidade. Na verdade, a taxa de transmissão da rede Ethernet, em condições de baixa carga, é alta e o acesso é bastante rápido, garantindo o uso de todas as mídias com excelente qualidade. Entretanto, não é garantido ao longo do tempo, pois a taxa de transmissão sofre uma queda de desempenho à medida que o número de usuários ativos aumenta. Mais explicitamente, com o aumento de usuários ativos, a taxa de transmissão efetiva diminui e o tempo de acesso à rede aumenta muito, sem garantia que haverá um valor máximo. Além disso, não há mecanismo de confirmação que uma mensagem chegou ao seu destino. Tal fato pode prejudicar o acesso a várias mídias.

2.2.2 Fast Ethernet

A rede Fast Ethernet possui princípios básicos idênticos aos da Ethernet, com a vantagem de oferecer uma taxa de transmissão dez vezes maior. Dependendo do tipo de cabo utilizado, o número máximo de usuários ativos na rede varia de 30 a 1024, e o alcance máximo é de 400 metros com cobre e 2000 metros com fibra óptica.

Em termos de degradação da taxa de transmissão, o cenário é o mesmo que da Ethernet. Nesse caso, o administrador da rede pode informar quantos usuários poderiam teoricamente se conectar à rede.

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2.2.3 Gigabit Ethernet

Outra tecnologia desenvolvida com base na Ethernet é a rede Gigabit Ethernet. Além das altas taxas de transmissão, o grande diferencial em relação aos demais padrões Ethernet, é trabalhar sem colisão, pois pode trabalhar no modo full duplex com duas fibras. A taxa de transmissão das redes Gigabit Ethernet atuais pode chegar a 10 Gbps, com alcance máximo de 40 quilômetros com o uso de fibra óptica mono-modo [6]. Isso significa uma elevada taxa de transmissão disponível para o usuário final. Como exemplo, utilizando-se a taxa de transmissão de 10 Gbps, com 1000 usuários conectados à rede, ainda assim haveria uma taxa de transmissão de 10 Mbps por usuário.

2.2.4 Token Ring

Outra rede local que pode ser utilizada para acesso corporativo é a rede denominada Token Ring, normatizada pelo padrão IEEE 802.5. A tecnologia Token Ring funciona com um método de controle de acesso com base em tokens, isto é, permissão para transmissão. Uma estação que deseje transmitir captura o

token, faz sua transmissão, e o devolve à rede, para que outra estação possa adquirir a permissão de

transmissão. O tempo que o token permanece em cada estação pode ser regulado pelo administrador da rede. A vantagem do token está na elevada confiabilidade do anel, pois a transmissão continua a funcionar apesar de qualquer falha simples. Apesar de pouco utilizada, a tecnologia de rede local Token Ring, mesmo perto de sua capacidade máxima, é muito adequada a aplicações de TvT, pois o tempo de posse do token pode ser configurado pelo administrador da rede, ou seja, a estação que está de posse do token deve devolvê-lo à rede após um intervalo de tempo máximo. Tal fato não impede que o desempenho da rede caia, na medida em que o número de usuários ativos aumente, entretanto, permite um maior número de usuários ativos com boa taxa de transmissão, em comparação com Ethernet. Distâncias de até 800 metros podem ser alcançadas sem o uso de repetidores e até 200 quilômetros com o uso de repetidores e fibra óptica.

2.2.5 FDDI

A rede FDDI (Fiber Distributed Data Interface) foi padronizada pela ANSI (American National

Standards Institute) como uma rede local de alta performance e grande área de cobertura, disponibilizando

uma taxa máxima de transmissão de 100 Mbps. Esta tecnologia também utiliza um esquema de token, similar ao IEEE 802.5, mas introduz várias diferenças para acomodar taxas de transmissão mais elevadas. Utiliza dois anéis com sentidos contrários de rotação para aumentar a confiabilidade. As estações geralmente são conectadas por fibras ópticas e o tamanho máximo do anel pode ter até 100 km de comprimento, com aproximadamente 500 usuários ativos num único anel.

2.2.6 ATM

Outra tecnologia de rede de acesso que pode estar presente dentro de um cenário corporativo muito sofisticado é a rede ATM (Asynchronous Transfer Mode), que tem taxa de transmissão limitada apenas pela operadora de telecomunicações. Isso significa que as taxas de transmissão podem ser muito altas. Atualmente,

ATM pode trabalhar com taxas de transmissão de 25, 52, 155 e 622 Mbps. Entretanto, é uma tecnologia cara,

e atualmente, os equipamentos de mercado não implementam tudo o potencial dessa tecnologia. Embora seja uma tecnologia que pode ser utilizada tanto na rede de acesso, quanto na rede de distribuição, é mais usada como rede de distribuição ou WAN (Wide Area Network), pois, atualmente, sua integração com IP deixa a desejar, tendo em vista que a QdS (Qualidade de Serviço) não pode ser assegurada, ou seja, fica igual à tecnologia Gigabit Ethernet, onde há grande oferta de taxa de transmissão. Além disso, o número de profissionais que conhecem a tecnologia ATM é relativamente pequeno, dificultando a implantação e operação dessas redes.

2.3. Rede de Acesso Móvel

As redes de acesso móvel usam o espectro de rádio para conectar um sistema final a uma estação-base. Essa estação-base, por sua vez, está conectada a um roteador de borda de uma rede de dados.

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As redes de acesso móvel são tecnologias muito susceptíveis a intempéries atmosféricas, têm alta taxa de erro de bits, são sujeitas a interferências entre transmissões e bloqueio imprevisto de sinal (objetos móveis), e, na maioria das vezes, têm banda passante pequena. Além disso, os problemas de segurança requerem um tratamento especial.

Foge ao escopo deste texto o detalhamento das características das tecnologias sem fio. Este detalhamento está previsto para ser realizado em trabalhos futuros, uma vez que o acesso sem fio tem crescido de forma significativa, e deverá se tornar um dos mais importantes.

3. Características e Aplicações das Mídias Digitais

A possibilidade de disponibilizar o mesmo conteúdo programático, utilizando diferentes ferramentas e recursos, vai de encontro à educação moderna, respeitando as múltiplas inteligências do ser humano, além do beneficio para portadores de deficiência áudio/visual.

Dentro desse cenário, todos os envolvidos em aplicações de TvT, de uma maneira ou outra, já desenvolvem e acessam com facilidade, aplicações que utilizam apenas dimensões espaciais como, textos, hipertextos e imagens, porém nem todos desenvolvem e acessam aplicações de fluxo contínuo (o sinal deve ser reproduzido pelo menos no destino a uma taxa constante), que envolvam tanto dimensões espaciais como temporais (áudio e vídeo), e que combinadas com imagem e texto digital num ambiente interativo tenham como usuário final o ser humano. Por esse motivo, ou seja, pelo fato de haver maior dificuldade no ambiente de áudio e vídeo, esta seção dará maior ênfase às mídias contínuas.

Na Internet, a disponibilidade de acesso às aplicações de fluxo contínuo só é possível sob determinadas condições como, por exemplo, conseguir mais banda passante. Tal fato, depende do tipo de rede de acesso que está sendo usada para conectar o sistema final (usuário) a um roteador de borda para acessar o provedor de acesso. Cada uma das aplicações multimídia impõe ao sistema, entre outras coisas, uma determinada taxa de transmissão para ser classificada por seus usuários finais como adequada, e algumas redes de acesso não oferecem taxa de transmissão suficiente. Isso significa que o serviço torna-se inaceitável com uma aplicação totalmente inútil, conforme se observa na Tabela 1, através da sigla NR (não recomendável).

Tabela 1: As mídias e as redes de acesso residencial.

Mídia Possibilidades de rede de acesso (residencial)

Telefone comum ISDN/

BRI ADSL Cable

Tipo de tráfego Aplicações

Possibilidade de uso das mídias em função da taxa de transmissão.

Texto com tráfego

de rajada Módulo completo em formatos populares: jornais, apostilas e e-mail Texto em tempo

real Chat, trabalhos colaborativos Baixa resolução: fotos e desenhos

Sim

Imagem com

tráfego de rajada Alta resolução: fotos e desenhos NR Sim Áudio em tempo

real: bidirecional Possibilidade de interação: áudioconferência Áudio armazenado Módulo completo em formatos

populares: jornais e apostilas

Sim

Áudio ao vivo: Possibilidade de interação: entrevistas Sim Vídeo em tempo

real: Possibilidade de interação: videoconferência NR NR Vídeo armazenado Módulo completo em formatos populares

NR

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Vídeo ao vivo: Sem possibilidade de interação: apresentação de entrevistas

Na Tabela 1, se observa uma dependência entre as mídias e a taxa de transmissão oferecida pelas redes de acesso. A maioria das aplicações modernas de sala de aula virtual disponibilizam todas as mídias, desde que o usuário final tenha taxa de transmissão suficiente para a aplicação em apreço. Outras tecnologias de rede que não aparecem nessa tabela podem ser submetidas ao mesmo critério, bastando observar a banda passante e a QdS oferecida pela operadora.

Na Internet, excetuando o caso de imagens de alta definição e aplicações em tempo real, o tráfego gerado pelas mídias texto e imagem é, em sua grande maioria, caracterizado como tráfego de rajada. Esse tipo de tráfego é relativamente fácil de ser transmitido na Internet. Praticamente, qualquer tipo de rede consegue disponibilizar texto e imagens nessas condições. Nesse caso, o retardo máximo e a variação estatística do retardo não causam problema, visto que o usuário final não se importa muito se o seu arquivo (e-mail, FTP) vai levar um pouco mais ou menos de tempo para completar sua transferência. Além disso, texto e imagem geralmente não geram grande demanda de taxa de transmissão. O mesmo não é verdade com outras mídias.

No caso de áudio e vídeo, o tráfego gerado por essas mídias, na maioria dos casos (voz com detecção de silêncio gera tráfego de rajada), é de fluxo contínuo. Esse tipo de aplicação pode se apresentar ao usuário final sob as formas: armazenada, ao vivo e em tempo real. A palavra armazenada significa que o conteúdo a ser acessado foi pré-gravado e está num servidor. Como resultado o usuário pode fazer pausa, voltar ou avançar o conteúdo da música ou filme que estão transformados em uma seqüência de pacotes de dados. Tais seqüências trafegam ao longo da rede até o destino, onde é tocado/exibido pelo aplicativo pertinente (Real

Player, Windows Media Player). Esses aplicativos tentam controlar da melhor maneira possível os atrasos

impostos pela rede Internet, e devem ser implementados tanto no servidor de streaming (método de se transmitir mídia de fluxo contínuo, essencialmente áudio e vídeo através de pacotes de dados) como no

player.

A taxa de transmissão não varia em função da forma de apresentação (armazenado, ao vivo ou em tempo real), mas varia em função da qualidade do áudio ou vídeo. A taxa de transmissão é definida pelo conteúdo espectral da informação e como ela é codificada. Isso significa que quanto melhor a qualidade do áudio, vídeo ou imagem, que se escolhe em função da aplicação, maior é a taxa de transmissão requerida pela aplicação. Os streams variam de 16 kbps a 384 kbps para áudio e de 22 kbps a 1,5 Mbps para vídeo [5]. Além disso, três minutos de áudio com qualidade CD (CDDA-Compact Disc Digital Audio) podem ocupar mais de 30 MB de armazenamento no computador do usuário final. Será que para a aplicação em apreço, uma qualidade CD é realmente necessária? Será que a máquina do usuário possui capacidade de armazenamento suficiente para guardar todo o arquivo de áudio que, nesse caso, chega facilmente a centenas de MB?

Na Tabela 1 se observa que nenhuma aplicação de vídeo funcionará adequadamente se o acesso for feito via ISDN/BRI ou via telefone comum. Nesse caso, as pesquisas indicam que o treinamento deve ser apoiado por muito texto, acompanhado de imagens (com restrições de quantidade e qualidade no caso de telefone comum). Ainda nesse caso, também se observa que o uso de vídeo, mesmo sendo possível, é desencorajado. Dificilmente, um usuário final se sentiria confortável assistindo à exibição de um filme, numa pequena parte da tela do monitor de vídeo, com qualidade sofrível por mais de alguns poucos segundos. Uma exceção poderia ser atribuída ao grau de motivação do usuário final.

Na Tabela 1 também se observa se observa que para redes de acesso do tipo ADSL e Cable Modem não existem restrições de uso das mídias e seus formatos de aplicações. Dessa forma, o conhecimento, mesmo que superficial de cada uma das mídias, torna-se importante.

3.1. Áudio

Áudio não exige redes de alta velocidade, apesar do aumento da taxa de transmissão em função da qualidade. Tal fato é muito importante nas aplicações de TvT, na medida em que o áudio fica disponível para todas as redes de computadores que fazem acesso residencial, corporativo e móvel à Internet, bastando apenas observar a qualidade.

Dentro do processo de ensino e aprendizagem, quando o áudio é empregado de forma isolada (sem vídeo) mostra-se pouco proveitoso, em virtude do limite de recuperação da memória acústica. Segundo a referência [7], as informações acústicas permanecem na memória por apenas 2 segundos. Para a recuperação da memória acústica existe um limite, que abrange apenas as três ou quatro últimas palavras ouvidas. Quando

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se trata de textos escritos, pode-se recuperar informações mais longas do que apenas uma frase. Mesmo com essas limitações, o áudio está disponível para todo tipo de acesso residencial e, portanto, pode ser empregado em todos os módulos.

3.2. Imagem

A adição de figuras a textos é muito positiva, principalmente para leitores de compreensão ainda limitada. Se a figura ilustrar o tema do texto, torna seu conteúdo muito mais fácil de lembrar. O texto com figura permite melhor compreensão, facilita a retenção de todas as informações do texto para os bons leitores, mas somente das informações ilustradas para os de leitura empobrecida. Quem ainda não tem conhecimento do assunto olha várias vezes para a figura, com o objetivo de criar um esquema novo, ou para esclarecer o sentido de uma palavra que é desconhecida. Contudo, as pesquisas não explicam o mecanismo pelo qual figuras e textos influenciam o processo de aprendizagem [7].

Os desenvolvedores podem usar esse recurso para aumentar o entendimento de seus textos, identificando onde as figuras podem ser necessárias e úteis, quais figuras ilustram melhor a mensagem que o texto pretende transmitir, e a melhor posição da figura. Assim, podem decidir se basta ver a figura antes do texto, ou se essa deve estar posicionada ao lado do texto para eventuais consultas durante a leitura, ou se pode ser colocada após o texto.

As figuras também influenciam a percepção humana como, por exemplo, as observadas na Figura 2: A percepção humana de figuras -, e que já há muito tempo vêm sendo utilizadas, por exemplo, em aplicações arquitetônicas.

Calma Energia Movimento Figura 2.

A Figura 2 mostra a relação entre a disposição das linhas e a percepção humana. Nas artes visuais, as linhas horizontais criam a sensação de calma, as verticais de energia e as diagonais de movimentação ou deslocamento.

3.3. Texto

O ser humano tem a cultura e o hábito de aprender através da leitura e, portanto, o uso de texto constitui um fator de eficácia na aprendizagem. Conforme já foi dito, é muito provável que a mídia texto seja atualmente a forma mais empregada em aplicações de TvT devido às facilidades de armazenamento, produção, transporte e acesso dentro das redes de computadores.

Geralmente, a escolha do formato de codificação digital mais adequado depende, por exemplo, de qual é o editor que a maioria dos alunos e a instituição possuem, sua popularidade, facilidade, aplicação e preço. Entretanto, mais importante que isso, são os efeitos na aprendizagem que a diversidade de tipos de letras e pequenos efeitos têm de dificultar ou facilitar os processos cognitivos. Pode ser necessária a criação de novos tipos de letras para serem mostradas em monitores de vídeo, que escondam ângulos internos e escamoteiem possíveis distorções trapezoidais, em almofada e em barril.

Ainda não se sabe se os tipos de letras impressos em mídia sólida têm validade para uma mídia constituída por pontos que piscam. Entretanto, neste trabalho concluiu-se que, na mídia sólida as palavras em caixas-baixas são mais legíveis que aquelas compostas em caixas-altas, porque possibilitam a identificação mais rápida da forma, apesar de serem percebidas com maior dificuldade (TEXTO vs. texto). Os tipos de

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letras mais simples têm melhor visibilidade. As cerifas grossas ou longas retardam a leitura. O tamanho de número 10 propicia maior rapidez de leitura, e deve prevalecer nas composições de textos. Os textos devem ser compostos em caixas-baixas. A caixa-alta só deve ser usada quando gramaticalmente indispensável. O uso de grifos ou negritos deve se restringir aos destaques de palavras no texto. As composições alinhadas à esquerda, sem hifenização à direita, aceleram a leitura [8].

3.4. Vídeo

O vídeo advém de imagens. Pode-se ainda dizer que a representação de uma imagem em movimento é um evento contínuo, ocorrendo em um espaço tridimensional. Neste trabalho, vídeo é definido como uma seqüência de imagens apresentadas em rápida sucessão, não se fazendo distinção entre animação e vídeo. Em geral, as poucas produções de vídeo em aplicações de TvT são amadoras, sem nenhum critério de programação visual: colocam um professor, que não é ator nem locutor profissional, frente a uma câmera, se esforçando para transmitir conceitos de difícil entendimento. Por outro lado, em eventos com transmissão em tempo real, um ator não deve fazer o papel de professor, pois a tarefa de tirar dúvidas:

i) não está nem no escopo e nem na experiência do ator;

ii) requer que a mesma resposta seja dita de várias maneiras diferentes e um ator não pode improvisar conhecimento na hora.

A metodologia não contempla a transformação de professores em atores e de atores em professores. Como parâmetro de comparação da dificuldade em se usar o vídeo, a produção do um curso de segundo grau exibido regularmente por uma emissora de TV, que não oferece a possibilidade de interação, e que não necessita nem de cuidados, e nem de tratamento específico de formato para se adequar à rede de computadores, requer um mínimo de 34 pessoas em sua produção: elenco, consultoria de criação, consultoria científica, consultoria pedagógica, cenografia, figurino, maquiagem, produção de arte, assistente de arte, assistente de câmera, operador de câmera, operador de áudio, direção de fotografia, iluminação, abertura, trilha sonora, computação gráfica, assistente de edição, figurino, ilustrador, produtor, coordenação de produção, assistência de produção, gerência de produção, direção de produção, roteiro, assistente de direção, direção, direção geral, assistente de coordenação, gerente geral e supervisão.

Neste trabalho de pesquisa, parte-se do princípio que dentre todas as mídias, o vídeo é a maneira mais eficaz de promover a aprendizagem, tendo em vista que é a mídia que pode estimular um maior número de órgãos sensoriais do ser humano. É importante salientar que ainda não há uma comprovação científica para justificar esta afirmação. Do ponto de vista da ciência cognitiva moderna, as pesquisas evidenciam que cada ser humano é uma máquina única de aprender, e que não se pode afirmar que o vídeo é a melhor das mídias para o aprendizado. Em contrapartida:

i) o relatório técnico do Laboratório de Arquitetura de Computadores - LARC, da EPUSP, sugere que os vídeos sejam reservados a conceitos de difícil entendimento [9];

ii) o vídeo é a mais completa das mídias, na medida em que é a única que comporta todas as demais mídias;

iii) o vídeo, quando combinado com áudio, fica especialmente significativo no aprendizado, pois favorece a integração dinâmica de diversas percepções sensoriais, como por exemplo, diferentes tipos de vozes (crianças, homens, mulheres), risos, linguagem expressiva, animação, diferentes tipos de música [7].

Face aos aspectos acima apresentados, este trabalho sugere que, sempre que possível, o vídeo seja utilizado em larga escala.

Em relação aos processos cognitivos relacionados ao vídeo, constatou-se que o aprendizado com o uso de vídeo de boa qualidade é mais interessante, sobretudo em relação às crianças. Para elas, a atenção visual é muito importante para a compreensão e aprendizado, aumentando desde níveis baixos na primeira infância, até um máximo durante o ensino fundamental, e declinando um pouco na maioridade [7].

Outro fator importante a respeito do vídeo, é que essa mídia transporta informações analógicas2 em grande quantidade. As vocalizações, os movimentos intencionais, os sinais de humor dos animais, e os sons reproduzidos ao se ensinar algo a alguém são comunicações analógicas, e estão presentes na maioria dos

2 Os termos analógicas e digitais utilizados nos próximos dois parágrafos possuem um significado diferente daquele utilizado tecnicamente. Esses novos significados são exemplificados no texto.

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vídeos. Do ponto de vista do resultado da aprendizagem, as informações analógicas são mais importantes que as informações digitais. Além disso, a comunicação analógica tem suas raízes em períodos mais arcaicos [10].

A comunicação digital é a mais pobre das comunicações, e é a mais utilizada nos sistemas de redes de computadores. A palavra GATO, por exemplo, é digital. Não existe qualquer motivo particular para que as quatro letras g-a-t-o denotem um determinado animal.

Pode-se concluir que em comparação com a comunicação digital, sob o ponto de vista do aprendizado, a comunicação analógica é melhor e mais eficaz [10].

4. Fatores de Eficácia da Aprendizagem.

Do ponto de vista de aprendizagem, o estado da arte dessas aplicações sugere que se faça a distribuição do conteúdo programático em módulos, dividido em vários sub-módulos e que todos possam ser desenvolvidos segundo métodos, ferramentas, estratégias, critérios e recursos diferentes [2]. Essa orientação, no sentido da diversificação e da flexibilização que se observa atualmente, atende à orientação de alguns estudiosos dos processos cognitivos e da educação, como a de Gardner que, em sua teoria das múltiplas inteligências, parte de uma visão pluralista, chama a atenção do educador para a grande diversidade de estilos pessoais e culturais de aprender e suas possíveis implicações nos critérios de avaliação [3], mas não indica o tamanho nem a duração mais adequados dos módulos, nem com que mídia e formato se aprende melhor, nem quais são os fatores de eficácia para aprendizagem específicos para um público alvo de universitários, limitando-se a indicar, sem justificativa, o vídeo para assuntos que sejam de entendimento mais difícil.

4.1. Motivação

Dentre todos os fatores de eficácia da aprendizagem, nenhum é mais importante que a motivação [10]. A pergunta lógica então é: como motivar um aluno desmotivado via redes de computadores? A esse respeito, quase nada se pode constatar, a não ser pelo fato que a motivação na aprendizagem, tradicionalmente reconhecida pelas mais diversas correntes teóricas da educação, encontra no lúdico um aliado [11].

Dentro da ludicidade, existe o prazer, a flexibilidade de conduta, a imprevisibilidade, o não-sério. Quando a criança brinca, ela o faz de modo bastante compenetrado. A pouca seriedade a que faz referênci, está relacionada ao cômico, ao uso que pode acompanhar o ato lúdico e se contrapõe ao trabalho considerado atividade séria [12].

4.2. Modularidade

Seja qual for a mídia digital escolhida para a exibição do conteúdo programático, é desejável dividir o conteúdo programático em módulos pequenos, em decorrência da constatação de que o cérebro aprende melhor em etapas mais curtas [13], porque facilita a colocação das fronteiras do plano de aula, por definição funciona como uma medida reguladora das proporções e como unidade planejada, facilita a visualização do todo na hora de se reunir ou se ajustar a outras unidades análogas [14], e porque é através da modularidade que se pode ver o grau de desempenho e funcionalidade que um sistema pode sofrer sem mudar seu projeto original. Os módulos também podem ser usados para fazer repetição.

4.3. Repetição

Estudos mostram que a repetição a um dado intervalo de tempo facilita a aprendizagem e tem um efeito favorável sobre a retenção [15]. Daí a relevância de se dividir o conteúdo em módulos, e no início de cada novo módulo apresentar um resumo de tudo o que já foi visto, tomando-se o cuidado de diminuir as informações à medida em que são reapresentadas por mais de uma vez como, por exemplo, algumas propagandas que começam com tempo de exibição de 30 segundos e depois são reapresentadas em 10 segundos, de forma compactada.

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Cada módulo deve dar ao aluno algumas possibilidades de escolher o conjunto de avaliações necessárias para completar os pontos necessários para ser considerado apto a avançar de módulo. Cada faixa de número de pontos é associada a um conceito: I, C, B e A, onde:

I = insuficiente; C= regular; B=bom; A=ótimo.

Um conjunto possível de avaliações e os pontos associados podem ser: a)fazer um resumo dos principais itens com valor máximo = 10 pontos;

b)responder ao questionário = 15 pontos. Um ponto por questão respondida corretamente; c)fazer a prova de múltipla escolha = 20 pontos. Um ponto por questão.

Assim, a associação de número total de pontos a conceitos pode ser: a)com 25 pontos ou mais = A;

b)entre 22 e 24 pontos = B; c)entre 15 e 21 pontos = C; e d)abaixo de 15 pontos = I.

Desta forma, o aluno pode decidir com quantos pontos ele deseja encerrar o módulo. Na Tabela 2 é apresentado um exemplo de algumas propostas para avaliação.

Tabela 2: Avaliações e as faixas de pontuação.

Atividades Avaliações disponíveis Número mínimo de pontos Número máximo de pontos

Assíncronas Responder questionário 0 15

Fazer um resumo ou síntese 0 10

Síncronas Chat, videofone,

audioconferência 5 10

Videoconferência 10 10

Em relação à Tabela 2, se o aluno fizer a visita à feira de informática, por exemplo, e preencher o relatório de visita previamente estabelecido, poderá obter os 10 pontos da atividade assíncrona. Se o aluno participar do chat, poderá obter até entre 5 e 10 pontos correspondentes à atividade síncrona, conforme sua participação efetiva, ou seja, medida em duração e número de intervenções durante toda a sessão.

Assim que mecanismos seguros de autenticação forem implementados, ou seja, assim que as aplicações tornarem-se totalmente seguras, o processo de avaliação deve ser totalmente automatizado, pois, a relação custo/eficácia fica mais interessante. Os custos tendem a diminuir drasticamente, devido à supressão de deslocamento dos alunos, de produção do material impresso para aplicar as avaliações, etc. O processo torna-se também mais eficaz, pois a avaliação automatizada informa imediatamente o resultado obtido.

4.5. Conhecimento do Progresso

A aplicação deve mostrar a nota ao aluno o mais rápido possível. Experimentos clássicos demonstram que qualquer método de aprendizagem que forneça conhecimento imediato e completo do progresso do aprendiz, tem o efeito de facilitar a aprendizagem [15]. A vantagem do conhecimento do progresso opera de dois modos:

a)informando ao aluno seus erros e sucessos rapidamente, permite que ele direcione seus esforços mais adequadamente, tal e qual no ensino de tiro ao alvo, e que faça ajustes corretivos;

b)os efeitos motivadores.

A rapidez de aprendizagem se relaciona diretamente com a instantaneidade, exatidão e conhecimento completo que o aprendiz tem dos resultados de seus esforços [16]. Esta afirmação também é comprovada pela visão auto-reguladora piagetiana e pela teoria dos sistemas dinâmicos [3], que considera o ser humano capaz de se organizar sozinho.

Na Tabela 3, é apresentada uma síntese de alguns fatores de eficácia em aprendizagem e suas aplicações.

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Eficácia Fator de eficácia O que fazer Onde Motivação

Ludicidade: a imprevisibilidade e espontaneidade, o não-sério

Procure um especialista na criação de jogos,

simulações, chats e vídeos lúdicos Nos módulos e nas avaliações

Modularidade O cérebro aprende melhor em

etapas mais curtas Dividir cada módulo em vários módulos de tamanho pequeno e com diferentes mídias Em todo o conteúdo programático

Repetição Facilita a aprendizagem e tem um efeito favorável sobre a retenção

Apresentar um resumo de tudo o que já foi visto, diminuindo as informações à medida que são reapresentadas

No início de cada novo módulo

Avaliações

Várias possibilidades de avaliação num mesmo módulo. Respeito às múltiplas inteligências

Deixar o usuário final escolher entre várias possibilidades. Cada faixa de número de pontos é associada a um conceito: I, C, B e A, onde: I = insuficiente; C= regular; B=bom; A=ótimo

Em cada módulo, diferentes avaliações para o mesmo conhecimento

Conhecimento do

progresso Conhecimento imediato do progresso Informar o mais rápido possível ao usuário final sua nota Em todas as avaliações

5. Exemplo de Aplicação

Serão apresentados dois exemplos do mesmo curso: o primeiro com acesso à Internet via telefone comum; o segundo via ADSL. Em ambos os casos, o objetivo é oferecer a disciplina de Redes de Comunicações de Alta Velocidade do curso de graduação de Engenharia Elétrica, do Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle da EPUSP. Essa disciplina é regularmente oferecida em forma presencial.

O exemplo é desenvolvido pela apresentação seqüencial das informações e atividades componentes desta seção do curso. O objetivo é apresentar um roteiro que oriente um professor a planejar um TvT, levando em consideração o impacto das redes de acesso sobre os formatos de codificação digital e os fatores de eficácia na aprendizagem. Para atingir tal objetivo, o exemplo é desenvolvido de forma comentada.

5.1. Informações Gerais

Para os exemplos a serem descritos valem as informações gerais dadas na Tabela 4.

Tabela 4: Informações gerais referentes à disciplina Redes de Comunicações de Alta Velocidade a ser implantada como um TvT.

Nome do curso: Redes de Comunicações de Alta Velocidade

Professor responsável: Prof..:

Sala: Telefone: E_mail: Home page: Responsável pela equipe de suporte: Nome:

Sala Telefone: E_mail: Home page:

A quem se destina: Alunos de 4o e 5o anos de cursos de Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações

Recurso tecnológico mínimo a que o aluno deve ter acesso: i) acesso à Internet via telefone comum ii) e-mail

Pré-requisitos acadêmicos: os alunos devem ter concluído com

sucesso as seguintes disciplinas: i) Eletromagnetismo; ii) Ondas e Linhas; iii) Circuitos Elétricos.

Abrangência do curso: Global.

Idioma: Português.

Número máximo de alunos: 50

As informações dadas na Tabela 4 criam o "elo físico" com a disciplina. Uma das grandes barreiras de um TvT é a sua virtualidade, que gera insegurança no aluno: quem é o professor? Com quem posso falar se

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tiver problemas? Dessa forma, as informações gerais explicitam que há pessoas acessíveis responsáveis pelo bom andamento da disciplina e, por conseqüência, pelo bom desempenho de cada aluno.

Para o preparo e execução do curso, deverá haver uma equipe de trabalho que dê suporte às seguintes atividades:

i) interatividade para e-mail;

ii) envio de artigos e outros materiais instrucionais; iii) realização de entrevistas e áudio/videoconferência; iv) grupo de administração do curso;

v) entrega e acompanhamento de listas de exercícios e dos grupos de discussão.

5.2. Datas e Horários Importantes

A título de exemplo, as datas e horários importantes do curso analisado são mostradas na Tabela 5. Essas informações estão sob responsabilidade da administração do curso.

Tabela 5: Datas e horários mais importantes relativas ao curso analisado. Curso: Redes de comunicações de alta velocidade

Descrição da atividade Data de início Data de fim

1. Desenvolvimento do curso 04/08/2005 12/12/2005

2. Pré-matrícula via Internet 01/06/2005 30/06/2005

3. Avaliação dos pedidos de matrícula pela administração

01/07/2005 10/07/2005 4. Envio de e_mail pela administração do curso aos candidatos e mediadores

informando a aceitação da matrícula ou não 11/07/2005 20/07/2005

5. Entrega de notas finais 20/11/2005 20/12/2005

6. Envio de e_mail pela administração do curso aos alunos e professores confirmando a aprovação ou não no curso

04/12/2005 28/12/2005 5.3. Conteúdo Programático, Calendário de Atividades, Critérios de Avaliação

O conteúdo programático, calendário e critérios de avaliação são de responsabilidade do grupo de administração. A partir deste ponto, está explicitada a aplicação da metodologia proposta nesta pesquisa. Assim, o conteúdo programático é apresentado em módulos. Cada módulo pode ser acessado com diferentes mídias e formatos de codificação digital. A cada módulo está associado o conjunto de atividades que podem ser consideradas como avaliações não presenciais à disposição do aluno.

Um aspecto ainda em discussão é se o aluno deve ser informado a respeito da metodologia adotada na preparação do curso, ou se tal informação é irrelevante para o bom desempenho. Não dispondo ainda de uma argumentação forte, foi decidido descrever para o aluno, de forma resumida, a metodologia adotada. A Tabela 6 exemplifica a organização das informações descritas acima.

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Tabela 6: Organização das informações a serem providas pelo professor.

Curso: Redes de comunicações de alta velocidade Metodologia adotada:

O conteúdo programático está organizado tomando por base as necessidades dos alunos e da organização das atividades. Este curso adota uma metodologia de ensino focada em fatores de eficácia da aprendizagem.

Assim, alguns dos fatores de eficácia aplicados à preparação e aplicação do curso são: i) encapsulamento do conteúdo em módulos de pequena duração;

ii) criação do mesmo conteúdo em diversos tipos de mídias e formatos, para dar mais oportunidades de acolhimento às diferenças cognitivas;

iii) criação do mesmo conteúdo em diversos tipos de mídias e formatos, para se obter a melhor exibição possível de conteúdo, limitada pelos dispositivos de acesso à Internet do aluno.

Critérios de avaliação:

Cada módulo dá ao aluno algumas possibilidades de escolher o conjunto de avaliações necessárias para completar os pontos necessários para ser considerado apto a avançar de módulo. Cada faixa de número de pontos é associada a um conceito: I = insuficiente; C= regular; B = bom; e A = ótimo.

Assim, a associação de número total de pontos a conceitos é: a)com 25 pontos ou mais = A;

b)entre 22 e 24 pontos = B; c)entre 15 e 21 pontos = C; e d)abaixo de 15 pontos = I;

O aluno pode decidir com quantos pontos deseja encerrar o módulo.

O aluno só pode passar ao próximo módulo quando tiver sido aprovado no módulo atual.

5.4. Recursos de Rede e Mídias Utilizadas na Construção do Conteúdo Programático

A próxima atividade sob a responsabilidade do grupo de administração consiste em planejar a construção das várias versões do conteúdo programático. A necessidade de haver várias versões do mesmo conteúdo programático decorre dos diferentes recursos de rede à disposição dos alunos. Por outro lado, na escolha do conjunto de versões, o professor deve analisar a real necessidade de usar uma determinada mídia e verificar se dispõe de suporte adequado para produzir as versões desejadas.

O exemplo dado a seguir pressupõe que o professor dispõe do suporte para produção de qualquer mídia e, portanto, as decisões ficam condicionadas apenas à eficácia da aprendizagem e recursos tecnológicos limitados do aluno.

O exemplo considera que os alunos são usuários residenciais, havendo 3 cenários possíveis: i)acesso à Internet via telefone comum;

ii)acesso à Internet via ISDN; e iii)acesso à Internet via ADSL.

Sem perda de generalidade, o exemplo considera apenas o planejamento de um módulo típico do curso Redes de Comunicações de Alta Velocidade. Para outros módulos e outros cursos, os procedimentos a serem adotados são similares.

A Tabela 7 apresenta as limitações que as redes de acesso impõem às mídias digitais. Por ser um exemplo, quando necessário são introduzidos alguns comentários, que no uso cotidiano da metodologia por um usuário poderão ser suprimidos.

Tabela 7: Exemplo de planejamento para construção de uma versão do conteúdo programático. Identificação do módulo

Módulo 9: Princípios funcionais de VoIP

Possibilidades de acesso residencial à Internet:

São considerados apenas usuários, compondo os seguintes cenários:

Telefone comum ISDN - BRI ADSL

Comentários referentes aos

cenários A ênfase deve ser na mídia texto, com algumas imagens de baixa qualidade. Áudio armazenado e ao vivo (sem interação) podem ser utilizados

A ênfase deve ser na mídia texto com imagens de alta definição

Permite acesso a todas as mídias digitais com boa qualidade. A ênfase deve ser nas 4 mídias

Atividades

TV interativa – uso set top box: Não há

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Acesso ao conteúdo por texto com

imagens: Textos com algumas imagens em todos os módulos Acesso ao conteúdo por texto com

imagens de alta definição: Não há Textos com várias imagens de alta definição em todos os módulos Acesso ao conteúdo por vídeo: Não há Vídeo em todos os módulos Sala de bate-papo: A assiduidade e participação serão monitoradas ao longo de todo o módulo. Esta atividade conta

até 5 pontos para a avaliação

Exercícios

Listas de exercícios: Uma lista com valor igual a 10 pontos via e-mail

Análise crítica de artigos: Sorteio de um artigo e escrita de uma análise crítica a ser enviada ao professor por e_mail. Valor igual a 10 pontos

Estudo de artigos: Sorteio de um artigo e responder a 10 questões de múltiplas escolhas. Valor

igual a 10 pontos Não há

Na Tabela 7, se observa a importância de planejar a exibição do conteúdo programático em função da tecnologia de rede que o usuário final terá à disposição.

Quando o cenário é a rede de telefone comum, o texto é a mídia digital predominante para acesso ao conteúdo programático. Imagens podem ser usadas com baixa qualidade. Aplicações de áudio são utilizadas principalmente quando armazenadas e ao vivo. Vídeo e todas as aplicações em tempo real não são consideradas.

Na Tabela 7 se observa que dentro do cenário ISDN/BRI a ênfase é mais uma vez na mídia texto. O diferencial é a possibilidade do uso de imagens de alta definição. Aplicações em tempo real e vídeo de uma maneira geral são evitados.

Finalmente, se observa que o uso de redes de alta velocidade como ADSL permite ao usuário final acesso ao conteúdo programático através de praticamente todas as mídias digitais. O maior número de possibilidades de acesso, a boa qualidade de exibição das mídias e a rapidez dos serviços solicitados pelo usuário final, também se constituem num fator de eficácia da aprendizagem

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6. Conclusões Finais

Na construção de um TvT pode-se usar áudio, imagem, texto e vídeo digitais. Essas mídias dependem de taxa de transmissão e QdS adequados às exigências de cada uma. As diferentes tecnologias de rede de acesso oferecidas pelas operadoras de telecomunicações, resultam em diferentes vazões e atrasos dos pacotes de transmissão, podendo comprometer o acesso e/ou a qualidade dessas mídias. Neste artigo é apresentada uma proposta de metodologia para TvT em nível de graduação, permitindo ao leitor, que não seja especialista em redes de computadores, um planejamento para a exibição do conteúdo programático levando em conta as soluções tecnológicas disponíveis em telecomputação e oferecendo um modelo que permite a introdução de fatores de eficácia na aprendizagem.

Agradecimentos

Os autores agradecem a colaboração da Profa. Dra. Vera Barros de Oliveira pelas proveitosas discussões, sugestões e indicações bibliográficas, que permitiram a elaboração desse artigo.

Bibliografia

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Imagem

Tabela 1: As mídias e as redes de acesso residencial.
Tabela 2: Avaliações e as faixas de pontuação.
Tabela 4: Informações gerais referentes à disciplina Redes de Comunicações de Alta Velocidade a ser  implantada como um TvT
Tabela 5: Datas e horários mais importantes relativas ao curso analisado.
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Referências

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