• Nenhum resultado encontrado

Desafios de Economia de Desenvolvimento: Uma Analise de Mercado Selvagem Face aos Sectores Económicos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Desafios de Economia de Desenvolvimento: Uma Analise de Mercado Selvagem Face aos Sectores Económicos"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

Desafios de Economia de Desenvolvimento:

Uma Analise de Mercado Selvagem Face

aos Sectores Económicos

Jorge Serrão Conhaque João, Docente Universitário Mestre em Gestão de Empresas, Investigador da Sustentabilidade das Empresas Emergentes na era Neoliberal

.

O presente artigo aborda em torno dos desafios que a economia de Moçambique esta sujeito no âmbito da análise das sustentabilidade financeiras que se podem pretender construir face as necessidades exequíveis no que tange ao crescimento económico, de certa forma faz um estudo teórico das directrizes da sustentabilidade financeira em Moçambique, cujo objectivo consiste em propor estratégias de consolidação dos sectores econó-micos visando desafiar a pratica do comercio selvagem como um dos elementos que desintegra a valoração económica nacional, neste âmbito, recorreu-se ao método analítico e hermenêutico de forma transversal dos sectores em alusão, com vista a construção do espírito critico da economia Nacional. Mercado selvagem esta associado aos objectivos da vinculação económica social visando a socialização das directrizes financeiras com vista a consolidar o anarquismo financeiro governamental cujo o fisco as normas é a ordem da pratica.

Nota Introdutória

O

presente artigo aborda

em torno da economia face ao mercado selva-gem cuja análise esta assente nos processos relativos a compreensibilidade das políticas económicas e populistas, todavia, a base de sustento, esta vinculada com a realidade estratégica na valo-ração social. A economia geralmen-te trata dos modos de produção e distribuição de bens, assim sendo, ela sujeita-se a politicas internas que per-mitem a produção e a distribuição dos mesmos dependendo das

cir-cunstancias sob ponto de vista da conjuntura que ela encontra-se vin-culada, entretanto, a base da nossa analise visa de certa forma suscitar a reflexão alusiva ao mercado selva-gem, contra todo normativismo mer-cantil em todos sectores, assim sendo, vislumbra-se a necessidade de explo-ração das circunstancias temporais, no que tange aos processos que per-mitem a produção do artigo desta-camos elementos tais como: o méto-do bibliográfico, hermenêutico e no que tange a estrutura básica da nos-sa abordagem circunscreve-se a uma contextualização genérica do tema em discussão visando apontar Vol. 4, Nº 11, Ano IV, Abril - Junho de 2017

(2)

perspectivas para que as políticas populistas vigentes em Moçambique não sejam associadas a realidades económicas no âmbito negativo. Contextualização dos Sectores Económicos

em Moçambique

Os sectores financeiros estão cada vez mais desafiados a reestrutu-rarem as suas políticas de adequa-ção com a realidade por onde actuam, todavia, elas estão vincula-das com o sistema analítico de vários sectores que estão sujeitos a incur-sões da pratica anti-legalista e nor-mativa das actividades sociais, toda-via, o exercício de uma acção no sis-tema económico exige o conheci-mento das realidades diversas em factos económicos.

A vinculação entre o mercado selvagem com sectores económicos tem criando maior problema nos sis-temas de adequação entre a econo-mia social com as plataformas de crescimento económico, desta feita, o nível de valoração das actividades esta associada a diversas teorias eco-nómicas e modelos de crescimento económico pelo qual Moçambique se consolida.

Principais Sectores Económicos vs Mercado Selvagem Face aos Modelos de

Crescimento Económico

Na compreensão de Mosca, (2009), existe maior tendência na valoração económica pois caracteri-za uma das manifestações de cresci-mento de proliferação da pobreza, entretanto, compreende-se:

Em Moçambique assiste-se à ampliação das economias informais e da pobreza, com efei-tos sobre as instituições (organização social, funcionamento dos mercados e das burocra-cias, informalidade económica, relações humanos desrespeitosas, etc.). A persistência temporal destas informalidades vai formando “cultura”, contribuindo para a configuração de sociedades que dificultam a sua própria modernização, competitividade, bem-estar, referências positivas e de progresso.

De forma genérica, como se tem dito, a base económica da econo-mia moçambicana está na prática da Agricultura, assim sendo, é per-meável que se possa concluir que Moçambique tem um elevado potencial agrícola, com uma área arável estimada em cerca de 36 milhões de hectares.

A vasta diversidade de tipos de solos e condições climatéricas exis-tentes no país tornam possível uma grande variedade de produções de bens alimentares, nomeadamente de milho, arroz, soja, gergelim, amen-doim, feijão, girassol, açúcar, citrinos, banana, caju, chá, café ou cevada. De salientar ainda a produção de tabaco, madeira e papel e biocom-bustíveis.

Sector da Agrícola e Mercado Selvagem

Não considerando as transferên-cias directas de capitais da agricultu-ra paagricultu-ra as actividades urbanas, a articulação da agricultura com o desenvolvimento urbano-industrial do modo de produção capitalista pode conceber-se estruturada nos seguin-tes níveis, do ponto de vista da eco-nomia nacional: a) Produção de ali-mentos para a população desligada

(3)

da actividade agrícola pelo progres-so da divisão progres-social do trabalho: fun-ção alimentar; b) Produfun-ção de maté-rias-primas para as actividades de transformação industrial: função de oferta de meios intermediários; c) Alargamento do mercado interno: função de escoamento da produção industrial; d) Produção de força de trabalho suplementar ou reabsorção de excedentes, conforme o sinal da evolução das actividades urbano-industriais: função de reserva de mão -de-obra.

A prática da actividade agrícola, tem contribuído positivamente para a economia de Moçambique e a modernização do sector é parte fun-damental da estratégia de erradica-ção da pobreza absoluta no país (cerca de 80% da população moçambicana vive apenas da práti-ca da agricultura). A introdução de novas tecnologias de produção agrí-cola, a distribuição de sementes de melhor qualidade e o empenho dos operadores são factores que têm contribuído para a melhoria sectorial.

Por um lado, pode-se observar que as potencialidades para o desenvolvimento da aquacultura em Moçambique são vastas: a existência de um ambiente favorável para investimentos, de condições climáti-cas favoráveis (clima tropical e sub-tropical); ambiente livre de poluição, baixa pressão populacional e recur-sos extenrecur-sos; um potencial de 33.000 ha adequados para a aquacultura costeira; a existência de espécies sel-vagens com grande potencial comercial.

O sector do comércio contribuiu

11,7% para o total do PIB, registando um aumento de 5% face ao mesmo período de 2009 (11,2%). O sector do comércio é caracterizado por um mercado pouco organizado, apre-sentando algumas condicionantes nomeadamente a economia de sub-sistência e a baixa procura resultante do reduzido poder de compra da população, especialmente no meio rural. Desta forma, o investimento rea-lizado neste sector é reduzido em face da ausência de um mercado estruturado. No que diz respeito as zonas rurais, a rede comercial moçambicana são constituídas fun-damentalmente por pequenos esta-belecimentos e venda ambulante. Muito frequentemente, o mesmo comerciante realiza vários tipos de comércio, a grosso e a retalho, mistu-rando o comércio mais tradicional e informal com operadores estabeleci-dos, como cadeias de super e híper-mercados.

A maioria da população moçam-bicana tem fraco poder de compra e vive nas zonas rurais, produzindo maioritariamente para subsistência própria. Desta forma, o mercado interno situa-se essencialmente nas zonas urbanas, com particular desta-que para a cidade de Maputo na região do sul. Mas, juntamente com o sector dos Transportes este sector aumentou a sua importância relativa, o que denota uma importância cada vez maior do sector terciário para a actividade económica moçambica-na. Estes dois sectores são responsá-veis no seu conjunto por cerca de 22,9% do total da produção de bens e serviços de Moçambique.

(4)

Em conclusão, apesar de existi-rem algumas cadeias de dimensão considerável, a rede de distribuição comercial é ainda pouco desenvolvi-da, dado o baixo poder de compra da maioria da população moçambi-cana, quer nas zonas rurais quer nas zonas urbanas.

Face a agricultura, o sector eco-nómico global no âmbito da agricul-tura esta vinculada com a falta do domínio dos mercados para a venda e canalização dos produtos agrícolas nos sectores especificamente cordiais para um crescimento económico generalizado, entretanto, as políticas económicas não estão em condi-ções de controlarem as reformas sec-toriais de um mercado selvagem.

Na compreensão de Smith, o comércio não exige que seja natural-mente remetido a realidades especí-ficas de crescimento económico cuja proliferação ao dos mercados infor-mais se torna uma lógica de cresci-mento económico, mas sim, é neces-sário a valoração da autonomia na construção de canais de crescimen-to económico generalizado.

Com um peso limitado na econo-mia moçambicana, mais orientada para o desenvolvimento da agricultu-ra, o sector industrial começa a dar os primeiros passos no sentido de uma efectiva consolidação. No pri-meiro semestre de 2010, a indústria foi o sector que atraiu maior número de projectos de investimento estrangeiro ao país. Para além da indústria do alumínio, impulsionada pela labora-ção da fábrica de alumínio MOZAL, que contribui com cerca de 70% para a indústria transformadora e

representa 55% das exportações do país, têm havido outros acréscimos no sector, resultantes principalmente dos contributos das áreas de mate-riais de construção, produtos alimen-tares e bebidas e bens de consumo.

As perspectivas de crescimento do sector, a par de uma política diri-gida para o mercado regional, colo-cam a indústria moçambicana como um dos sectores chave para o futuro desenvolvimento da economia do país. Moçambique é um país dotado de vasta riqueza em recursos naturais incluindo carvão, gás natural, areias minerais e reservas de petróleo. A diversidade geológica de Moçambi-que oferece uma vasta gama de minerais e metais incluindo ouro, urâ-nio, titâurâ-nio, carvão e bauxite. A cintu-ra de Manica no oeste de Moçambi-que é a fonte primária do ouro, cobre, ferro, bauxite e recursos simila-res no país.

Em franco desenvolvimento está a exploração de carvão, com três projectos de grande envergadura em implementação. O primeiro pro-jecto localiza-se na província de Tete, em Moatize, e está a ser levado a cabo pela multinacional brasileira Vale. A empresa já investiu um total de dois mil milhões de USD de um total planeado de quatro mil milhões. Todos estes projectos têm impactos socioeconómicos benéficos para o país, tais como a criação de vários milhares de postos de trabalho direc-tos e indirecdirec-tos; qualificação profissio-nal, criação de infra-estruturas sociais (habitações, centros de saúde, esco-las, creches, entre outros), contrata-ção de produtos e serviços locais,

(5)

bem como o desenvolvimento de outras actividades económicas com-plementares (indústria hoteleira, comércio, transportes públicos, agri-cultura e pecuária) e a implementa-ção de projectos de responsabilida-de social junto das comunidaresponsabilida-des.

No domínio dos hidrocarbonetos, importa referir que um terço do terri-tório moçambicano está coberto de bacias sedimentares, das quais se destacam: a Bacia do Rovuma, a Bacia de Moçambique, a Bacia de Manimba, a Bacia do Baixo Zambe-ze, a Bacia no Meio do Zambeze e a Bacia do Lago Niassa. Existem actual-mente 12 contratos para as áreas de concessão dos hidrocarbonetos e 7 companhias operadoras, segundo dados do Governo.

Apesar do sector mineiro de Moçambique ser dominado actual-mente por investimentos no sector do carvão, é o sector do ouro que tem desempenhado o papel principal no desenvolvimento da exploração mineira. Todavia, a maior parte dos recursos naturais de Moçambique ainda não estão explorados. Os fluxos de capital têm adquirido dimensão e um conjunto de empresas de países como a África do Sul, Rússia, Brasil e Índia, têm comprado acções nas minas ao longo do país, facto que significa a emergente importância da indústria mineira na economia de Moçambique. Para além do carvão e ouro, os minerais que estão a ser explorados actualmente incluem titâ-nio, tântalo, mármore, bauxite, grani-to, calcário e pedras preciosas. Exis-tem também depósitos conhecidos de pegmatitos, platinóides, urânio,

bentonite, ferro, cobalto, crómio, níquel, cobre, granito, flúor, diatomi-te, esmeraldas, turmalinas e apatite.

Moçambique tem uma grande capacidade de produção hidroeléc-trica através da Hidroeléchidroeléc-trica de Cahora Bassa (HCB) e possui, confor-me já referimos, significativas reservas de gás natural e de carvão, ainda subaproveitadas. A produção de electricidade é maioritariamente de origem hidroeléctrica, fruto do contri-buto da HCB.A distribuição de ener-gia é monopólio da Electricidade de Moçambique (EDM), empresa públi-ca que adquire a quase totalidade da electricidade à HCB. A EDM detém, apenas, uma pequena cen-tral térmica a gás perto de Vilanculos. A distribuição à fábrica de alumínio MOZAL, que é o maior consumidor de energia no país (85% do consumo do sector industrial) é feita através da Motraco, a partir da África do Sul, com energia importada da HCB.

Tendo em vista responder a uma procura crescente de energia por parte de alguns países da região, particularmente da África do Sul, e também a um aumento da procura interna (atendendo à progressiva electrificação do território), existem vários projectos em curso para a pro-dução de electricidade, dos quais destacamos uma central hidroeléctri-ca em Mpanda Nkuwa, uma central a gás que utilizará as reservas de gás de Pande e Temane (Inhambane), uma central a carvão ligada ao pro-jecto mineiro de Moatize (que conta-rá com uma linha de transmissão de 120 Km – Matambo/Songo), uma central de carvão ligada ao projecto Vol. 4, Nº 11, Ano IV, Abril - Junho de 2017

(6)

de Benga (Riversdale, empresa minei-ra austminei-raliana) e a segunda fase da

barragem de Cahora Bassa

(2010/2011).

Mercado selvagem, as políticas de crescimento económico retarda o processo de crescimento visto que influenciam para o incumprimento das metas. Na compreensão de Jones (2006, p. 18), o crescimento económico permite determinar o valor dos factos, neste âmbito, urge compreender em que circunstancia as acções económicas estão vincula-das com valores vigentes em Moçambique. O crescimento econó-mico na analise de Marx, deve sus-tentar a existência da mão-de-obra barrata e que o crescimento econó-mico esta sujeito a realização genéri-ca dos factos, todavia, contrariamen-te a politica neoliberal, compreende que o crescimento económico deve estar sujeito a realização interna das acções politicas que possam dar maior liberdade aos sujeitos em acção económica. De forma genéri-ca, o que torna a economia Moçam-bicana um desafio, consiste na valo-ração das acções vinculacionais que estabelecem as relações entre o mer-cado selvagem contempladas face a realização das acções estruturais com uma economia sólida.

Nota Conclusiva

A economia moçambicana de forma diversificada, encontra-se num processo de vocação para o merca-do selvagem e que maior parte que retira deste perfil este vinculado com o processo de transmissibilidade

eco-nómica, entretanto, existe uma vincu-lação entre as relações humanas, comportamentos “informais” e eco-nomia, visto que várias razões do pro-cesso histórico podem sustentar esses aspectos, incluindo os factores cultu-rais. No que tange a analise especifi-ca em torno do crescimento econó-mico, maior espécie das acções especificas estão associadas a reali-zação do homem npo pensar para hoje, entretanto, a serie de determi-nações, para tanto, existe a ma con-cepção das teorias liberais económi-cas de uma analise de Adam Smith, pois o mesmo não dissocia a pratica das actividades distantes da moral, mas sim de um sistema associado ao funcionamento das comunidades “tradicionais” e os conceitos e noções de tempo e espaço, os ritmos e a normalização do trabalho, têm repercussões no funcionamento das organizações modernas.

Referências Bibliográficas

Brito, Luís. (Org). Desafios da Industrialização

em Moçambique, IESE, Maputo, 2010.

Castelli, Geraldo. Administração Hoteleira.

RS: EDUCS, 2003.

Ignarra, Luiz Renato. Fundamentos do

turis-mo. SP, Pioneira, 2001.

Mendes, Fernando Ribeiro. Sector Agrícola: A

Economia Nacional e a Intromissão de Produ-tos agrícolas Internacionais, Maputo, 2006.

Mosca, João. Pobreza, Economia Informal e

Informalidades e Desenvolvimento. IESE, Maputo, 2017.

Referências

Documentos relacionados

Os resultados são apresentados de acordo com as categorias que compõem cada um dos questionários utilizados para o estudo. Constatou-se que dos oito estudantes, seis

forficata recém-colhidas foram tratadas com escarificação mecânica, imersão em ácido sulfúrico concentrado durante 5 e 10 minutos, sementes armazenadas na geladeira (3 ± 1

São Tomé e Príncipe, pertence às seguintes organizações: Banco Africano para o Desenvolvimento, Aliança dos Pequenos Estados Insulares, União Africana, Comunidade dos Países

Esta pesquisa discorre de uma situação pontual recorrente de um processo produtivo, onde se verifica as técnicas padronizadas e estudo dos indicadores em uma observação sistêmica

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

There a case in Brazil, in an appeal judged by the 36ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (São Paulo’s Civil Tribunal, 36th Chamber), recognized

O presente trabalho foi realizado em duas regiões da bacia do Rio Cubango, Cusseque e Caiúndo, no âmbito do projeto TFO (The Future Okavango 2010-2015, TFO 2010) e

O setor de energia é muito explorado por Rifkin, que desenvolveu o tema numa obra específica de 2004, denominada The Hydrogen Economy (RIFKIN, 2004). Em nenhuma outra área