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Superior Tribunal de Justiça

SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA Nº 393 - EX (2005/0094652-4)

RELATOR : MINISTRO HAMILTON CARVALHIDO

REQUERENTE : ROBERTO CARLOS RODRIGUES PEREIRA

ADVOGADOS : PAULO JOAQUIM MARTINS FERRAZ E OUTRO(S)

DENIS PAULO ROCHA FERRAZ E OUTRO(S)

_ : ROBERTO PEREIRA

REQUERIDO : GRAZIELA AUGUSTA SILVA PEREIRA

ADVOGADO : NADYA DINIZ FONTES E OUTRO(S)

_ : GRAZIELA AUGUSTA SILVA

_ : GRAZIELA PEREIRA

_ : GRAZIELA AUGUSTA PEREIRA

EMENTA

SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. DIVÓRCIO.

HOMOLOGAÇÃO. RECONVENÇÃO. INCABIMENTO. NULIDADE DA CITAÇÃO. INOCORRÊNCIA. LIMITES DO CONTRADITÓRIO. ARTIGO 9º DA RESOLUÇÃO STJ Nº 9/2005.

1. Citada regularmente a requerida, não há falar em impedimento ou prejuízo da sua defesa, cujo prazo se constitui, como é da letra do artigo 241 do Código de Processo Civil, somente a partir da juntada da carta de ordem aos autos do processo, que é a sede dos elementos que hão de informar a impugnação que se pretende oferecer.

2. Não há falar em litispendência se a ação de separação judicial ajuizada pela requerida no Brasil é posterior não apenas à propositura da ação de divórcio que a requerida também ajuizou nos Estados Unidos, mas também ao trânsito em julgado da sentença estrangeira.

3. Competente a autoridade que prolatou a sentença, citada regularmente a parte e transitado em julgado o decisum homologando, devidamente acompanhado da chancela consular brasileira, acolhe-se o pedido, por atendidos os requisitos indispensáveis à homologação da sentença estrangeira que não ofende a soberania ou a ordem pública.

4. Pedido de homologação de sentença estrangeira deferido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da CORTE ESPECIAL do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, deferir o pedido de homologação, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Paulo Gallotti, Francisco Falcão, Nancy Andrighi, Laurita Vaz, Luiz Fux, João Otávio de Noronha, Nilson Naves, Ari Pargendler, Fernando Gonçalves, Felix Fischer e Aldir Passarinho Junior votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausentes, justificadamente, os

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Superior Tribunal de Justiça

Srs. Ministros Gilson Dipp e Eliana Calmon.

Brasília, 3 de dezembro de 2008 (Data do Julgamento)

MINISTRO Cesar Asfor Rocha, Presidente

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Superior Tribunal de Justiça

SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA Nº 393 - US (2005/0094652-4)

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO HAMILTON CARVALHIDO (Relator):

Roberto Carlos Rodrigues Pereira requereu, perante o Supremo

Tribunal Federal, a homologação de sentença estrangeira proferida pelo

Tribunal Superior de Nova Jersey, Vara de Eqüidade: Divisão de Família,

Condado de Hudson, Estados Unidos da América, que decretou seu divórcio

de Graziela Augusta Silva Pereira.

A sentença estrangeira deferiu, ainda, ao requerente, a custódia e a

guarda dos filhos do casal, em companhia da mãe no Brasil, e expediu

mandado de prisão da requerida pela desobediência da ordem judicial de não

retirada dos filhos dos Estados Unidos da América, sem permissão ou decisão

judicial.

A petição foi instruída com o registro do casamento em Cartório

de Registro Civil Brasileiro e a sentença de divórcio acompanhada de tradução

feita por tradutora juramentada, e certidão da inexistência de recurso.

Os autos foram encaminhados a este Superior Tribunal de Justiça,

por força do disposto no artigo 105, inciso I, alínea "i", da Constituição

Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 30 de

dezembro de 2004, e vieram-me conclusos por distribuição.

Citada por carta de ordem, a requerida ofereceu contestação

sustentando nulidade da citação no presente feito à falta de instrução da

contrafé com cópia da sentença homologanda, afirmando, ainda, litispendência,

ao argumento de que já foi ajuizada no Brasil ação de separação judicial, antes

da propositura do presente pedido de homologação.

Aduz, outrossim, que o autor não instruiu o presente pedido de

homologação com as cópias dos documentos juntados no processo de divórcio,

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Superior Tribunal de Justiça

em violação do devido processo legal.

Alega que os filhos do casal, de 9 e 7 anos, estão morando e

estudando no Brasil, onde devem permanecer e que o autor possui renda

declarada de R$ 16.337,00, devendo pagar pensão alimentícia aos filhos no

valor de quatro salários mínimos para cada um.

Requer, por fim, sejam fixados alimentos provisionais aos filhos no

mesmo valor e que seja ela autorizada a voltar a usar o nome de solteira.

Em réplica, alega o autor que inexiste litispendência, por haver a

ação sido ajuizada nos Estados Unidos pela própria requerida e haver sido

decretado o divórcio um mês antes do novo ajuizamento de idêntica ação no

Brasil.

Sustenta, ainda, a validade da citação, ao argumento de que a

requerida apresentou regular contestação, inexistindo qualquer prejuízo.

Por fim, ratifica o pedido inicial, aduzindo que a sentença

estrangeira foi proferida no foro competente em razão do domicílio das partes,

ao tempo da propositura da ação, e transitou em julgado, sendo incabível

qualquer consideração acerca do mérito da separação.

Os autos foram remetidos ao Ministério Público Federal, que se

manifestou pela juntada da prova de que a requerida fora intimada da

reconvenção proposta pelo autor quanto à guarda dos filhos, nos autos da ação

de divórcio que tramitou perante a justiça estrangeira.

Às fls. 235/241, o requerente, atendendo ao despacho de fl. 173,

juntou prova da citação para comparecimento em juízo da requerida, na pessoa

de seu advogado, acompanhada de tradução feita por tradutor juramentado, e à

fl. 249, petição do requerente, informando que,

"em cumprimento e demonstração de aceitação à sentença estrangeira, que deferiu a guarda dos filhos menores ao requerente, a requerida espontaneamente entregou ao ora peticionário os filhos David Robert Silva Pereira e Gabriella Silva Pereira."

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Superior Tribunal de Justiça

O Ministério Público Federal veio pela homologação parcial da

sentença estrangeira, apenas no que se refere à decretação do divórcio do

casal, em parecer assim fundamentado:

"(...)

Trata-se de pedido de homologação de sentença estrangeira de divórcio proferida no Tribunal Superior de Nova Jersey- Vara de Eqüidade- Divisão de Família, condado de Hudson, E.U.A., em 7 de julho de 2004, constando nos autos ordem preliminar, na condução do caso, que a ora requerente, autora na ação de divórcio, "consentirá em não retirar os filhos dos Estados Unidos da América até outras decisões do Tribunal" (fls. 23/24).

O requerente apresentou reconvenção à ação de divórcio proposta pela ora requerida no juízo alienígeno quando a mesma já residia com seus filhos, no Brasil, tendo a mesma proposto ação de divórcio litigioso perante a justiça brasileira (fl. 111) e entregando os filhos ao pai (fl. 249).

No entanto, o ora requerente fez juntar petição protocolada em 29/11/2006, onde informa que a requerida entregou espontaneamente os filhos menores ao peticionário, com isto aduzindo que a mesma está em total acordo com a sentença homologanda.

Diante dessa circunstância, este Ministério Público em manifestação de fl. 255, o qual foi integralmente acatada pelo r. despacho de fl. 258, solicitou esclarecimentos sobre os fatos narrados a fl. 249, no entanto a mesma quedou silente.

Com efeito, a entrega dos filhos do casal ao pai, requerente neste feito, leva-nos a concluir que a requerida aceitou a decisão sobre a custódia dos filhos, o que não demonstra concordância integral com o que decidido pela justiça alienígena, no que se refere às demais disposições.

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econômica partilha de bens imóveis, não foi apresentada qualquer planilha que confirmasse a meação, exigida nos termos da legislação brasileira em caso de divórcio, sendo certo o que dispõe a cláusula 5, que por tratar de imóvel sediado no Brasil, compete a lei brasileira dirimir a questão (art. 89, I).

Nestes lindes, opina o Ministério Público pela homologação apenas da sentença que decretou o divórcio do casal, com exclusão das que se referem às questões acima mencionadas, visto que as mesmas não decorreram de nenhum pacto firmado por eles. Prejudicada a questão sobre a custódia exclusiva dos filhos, em face da entrega dos mesmos ao pai.

(...)"

(fls. 265/266).

É o relatório.

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SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA Nº 393 - US (2005/0094652-4)

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO HAMILTON CARVALHIDO (Relator):

Senhor Presidente, desacolho a preliminar de nulidade da citação no presente

pedido de homologação, à falta de instrução da contrafé com cópia da sentença

homologanda.

É que a cópia da sentença homologanda não é requisito essencial

da carta de ordem, sendo estranha ao elenco do artigo 202 do Código de

Processo Civil, verbis:

"Art. 202. São requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatória e da carta rogatória:

I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;

II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado;

III - a menção do ato processual, que lhe constitui o objeto;

IV - o encerramento com a assinatura do juiz."

Demais disso, citada regularmente a requerida, tanto na

reconvenção proposta na ação de divórcio, quanto no presente pedido de

homologação, não há falar em ilegalidade qualquer nos seus chamamentos,

inexistindo, assim, obstáculo ou prejuízo à defesa, cujo prazo aqui se

constituiu, como é da letra do artigo 241 do Código de Processo Civil, somente

a partir da juntada da carta de ordem aos autos do processo, que é a sede dos

elementos que hão de informar a impugnação que se pretenda oferecer.

Desacolho, por igual, a preliminar de litispendência, uma vez que

há competência concorrente e a ação de separação judicial ajuizada pela

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Superior Tribunal de Justiça

requerida no Brasil é posterior não apenas à propositura da ação de divórcio

que a requerida também ajuizou nos Estados Unidos, mas também ao trânsito

em julgado da sentença estrangeira, nada impedindo a homologação pleiteada.

Nesse sentido:

"SENTENÇA ESTRANGEIRA - TRAMITAÇÃO DE PROCESSO NO BRASIL - HOMOLOGAÇÃO. O fato de ter-se, no Brasil, o curso de processo concernente a conflito de interesses dirimido em sentença estrangeira transitada em julgado não é óbice à homologação desta última. BENS IMÓVEIS SITUADOS NO BRASIL - DIVISÃO - SENTENÇA ESTRANGEIRA - HOMOLOGAÇÃO. A exclusividade de jurisdição relativamente a bens imóveis situados no Brasil - artigo 89, inciso I, do Código de Processo Civil - afasta a homologação de sentença estrangeira a versar a divisão."

(SEC nº 7209/IT, Relator p/ Acórdão Ministro Marco

Aurélio, in DJ 29/9/2006).

No mérito, acolho o pedido, por atendidos os requisitos

indispensáveis à homologação da sentença estrangeira.

Com efeito, é competente a autoridade que prolatou a sentença,

houve citação regular, atendida pela parte ré, e operou-se o trânsito em julgado

do decisum homologando, que veio devidamente acompanhado de tradução

feita por tradutor juramentado e chancela consular brasileira.

Demais disso, considerando o disposto no artigo 226, parágrafo 6º,

da Constituição Federal, resta comprovado o preenchimento do requisito

temporal, havendo já transcorrido mais de quatro anos da data em que foi

proferida a sentença de divórcio, em 7 de julho de 2004, com trânsito em

julgado, conforme faz prova o documento de fl. 30, tradução à fl. 31.

Averbe-se, ainda, que o pedido se encontra devidamente instruído,

nos termos do artigo 3º da Resolução nº 9, de 4 de maio de 2005:

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Superior Tribunal de Justiça

requerida pela parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações constantes da lei processual, e ser instruída com a certidão ou cópia autêntica do texto integral da sentença estrangeira e com outros documentos indispensáveis, devidamente traduzidos e autenticados. "

Ao que se tem, o pedido de homologação deverá ser instruído com

a certidão ou a cópia autêntica do texto integral da sentença estrangeira e com

outros documentos considerados indispensáveis à homologação, dentre os

quais não se encontram, por certo, aqueloutros que eventualmente tenham

instruído o processo de divórcio, afetos ao mérito da sentença homologanda,

cuja apreciação é estranha às exceções de defesa, enumeradas no artigo 9º

Resolução nº 9, de 4 de maio de 2005, verbis:

"Art. 9º Na homologação de sentença estrangeira e na carta rogatória, a defesa somente poderá versar sobre autenticidade dos documentos, inteligência da decisão e observância dos requisitos desta Resolução."

A propósito, colhe-se o seguinte precedente do Supremo Tribunal

Federal:

"SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. ALIMENTOS. HOMOLOGAÇÃO.

O artigo 221 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal delimita o campo para que se estabeleça eventual contraditório, não sendo possível, pela via procedimental da homologação de sentença estrangeira, discutir situações jurídicas diversas daquelas previstas na norma regimental.

Pedido de homologação de sentença estrangeira deferido."

(SEC nº 3.654/RFA, Relator Ministro

Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, in DJ 26/3/99).

Desta Corte Superior de Justiça, advirtam-se os seguintes julgados:

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DIVÓRCIO. HOMOLOGAÇÃO. DEFERIMENTO.

1. O ato homologatório da sentença estrangeira limita-se à análise dos seus requisitos formais. Incabível o exame do mérito da decisão estrangeira à qual se pretende atribuir efeitos no território pátrio. Em sede de contestação ao pedido de homologação, é incabível a discussão acerca do direito material subjacente, porque tal ultrapassaria os limites fixados pelo art. 9º, caput, da Resolução nº 9 de 4/5/05 desta Corte.

2. Homologação concedida."

(SEC nº 1702/US,

Relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, in DJe

13/03/2008).

"SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. REINO DA SUÉCIA. HOMOLOGAÇÃO. AÇÃO DE DIVÓRCIO. DECISÃO QUE NÃO CONTÉM DISPOSITIVOS ACERCA DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS AO FILHO DO CASAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE TAIS QUESTÕES. DEFERIMENTO.

1. Rita de Cássia Gomes Sundström requer homologação de Sentença Estrangeira proferida pelo Tribunal de Comarca de Huddinge, Suécia, que decretou seu divórcio de Lars Gösta Palmer concedendo à requerente a tutela do filho do casal (hoje com 18 anos de idade).

Contestação do requerido alegando que a sentença é omissa quanto à fixação de alimentos e regulamentação de visitas. Informações do Juízo de Direito da 8ª Vara de Família e Sucessões, Órfãos, Interditos e Ausentes da Comarca de Salvador/BA informando que ação de divórcio direto litigioso ali ajuizada, envolvendo as mesmas partes, foi extinta sem julgamento de mérito. Parecer do Ministério Público Federal opinando pela homologação da sentença.

2. É defeso discutir-se, no processo de homologação, a relação de direito material subjacente à sentença estrangeira. O art. 221 do RISTF é claro ao dispor que a

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contestação somente poderá versar sobre a autenticidade dos documentos, a inteligência da decisão e a observância dos requisitos indicados nos arts. 217 e 218. Por outro lado, a sentença não pode ofender a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Cumpridos tais requisitos, o deferimento se impõe.

3. No presente caso, verifica-se que a sentença limitou-se a decidir que a tutela do filho do casal cabia à requerente, além de dispor sobre questões acessórias a respeito de repartição de despesas processuais. Sem razão o requerido ao irresignar-se contra a ausência de regulamentação de visitas e fixação de alimentos, questões que não podem ser objeto de análise nesta via.

4. Pedido de homologação deferido."

(SEC nº

881/SE, Relator Ministro José Delgado, in DJ

5/9/2005).

Por fim, quanto à pretensão deduzida na contestação, de que os

filhos fiquem na companhia da mãe e que lhes sejam fixados alimentos, tem-se

que, embora estranha ao âmbito da homologação de sentença estrangeira,

resta, já agora, prejudicada tal questão, tendo em vista que a requerida

entregou espontaneamente os filhos menores ao requerente, como se recolhe

no documento de fl. 249.

E, no tanto referente aos bens comuns do casal, não obstante o

parecer do Ministério Público Federal, ao que se tem dos autos, não houve

decisão sobre os bens imóveis situados no Brasil, inexistindo, neste particular,

disposição trazida à homologação, como se recolhe na própria letra da sentença

homologanda, em que

"(...) as partes devem determinar sobre a divisão da propriedade no Brasil assim como sobre as rendas de aluguel, etc. no Brasil, e que Nova Jersey não deverá, de maneira alguma, possuir jurisdição sobre a divisão do imóvel mencionado."

(fl. 28).

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o presente pedido de homologação, valendo anotar, por todos, o seguinte

precedente, em hipótese análoga:

"SENTENÇA ESTRANGEIRA. DIVÓRCIO. HOMOLOGAÇÃO.

1. Homologa-se sentença estrangeira de divórcio que não viola a soberania nacional, os bons costumes e a ordem pública.

2. Alegação de ausência de citação que não tem procedência. O requerido compareceu à audiência de instrução e julgamento realizada pelo juízo estrangeiro e formulou reivindicações.

3. Preenchimento das condições legais para a homologação da sentença estrangeira que se reconhece.

4. O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, produzirá efeitos ao Brasil somente após um ano da sentença, ou mais de dois anos de separação de fato.

5. Sentença homologada para que produza os seus jurídicos e legais efeitos."

(SEC nº 2259/CA, Relator

Ministro José Delgado, in DJe 30/06/2008).

Pelo exposto, defiro o pedido de homologação da presente

sentença estrangeira, nos termos requeridos.

Em face do que dispõe o artigo 20, parágrafo 4º, do Código de

Processo Civil, fixo os honorários advocatícios em R$ 1.000,00.

Sem custas (Resolução STJ nº 09/2005, artigo 1º, parágrafo

único).

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Superior Tribunal de Justiça

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

CORTE ESPECIAL

Número Registro: 2005/0094652-4 SEC 393 / US

Números Origem: 105699 200500063034 702041560500 8964

PAUTA: 05/11/2008 JULGADO: 03/12/2008

SEGREDO DE JUSTIÇA Relator

Exmo. Sr. Ministro HAMILTON CARVALHIDO Presidente da Sessão

Exmo. Sr. Ministro CESAR ASFOR ROCHA Subprocurador-Geral da República

Exmo. Sr. Dr. HAROLDO FERRAZ DA NOBREGA Secretária

Bela. VANIA MARIA SOARES ROCHA

AUTUAÇÃO

REQUERENTE : ROBERTO CARLOS RODRIGUES PEREIRA

ADVOGADOS : PAULO JOAQUIM MARTINS FERRAZ E OUTRO(S)

DENIS PAULO ROCHA FERRAZ E OUTRO(S)

_ : ROBERTO PEREIRA

REQUERIDO : GRAZIELA AUGUSTA SILVA PEREIRA

ADVOGADO : NADYA DINIZ FONTES E OUTRO(S)

_ : GRAZIELA AUGUSTA SILVA

_ : GRAZIELA PEREIRA

_ : GRAZIELA AUGUSTA PEREIRA

ASSUNTO: Civil - Família - Divórcio

CERTIDÃO

Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

A Corte Especial, por unanimidade, deferiu o pedido de homologação, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.

Os Srs. Ministros Paulo Gallotti, Francisco Falcão, Nancy Andrighi, Laurita Vaz, Luiz Fux, João Otávio de Noronha, Nilson Naves, Ari Pargendler, Fernando Gonçalves, Felix Fischer e Aldir Passarinho Junior votaram com o Sr. Ministro Relator.

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Superior Tribunal de Justiça

Brasília, 03 de dezembro de 2008

VANIA MARIA SOARES ROCHA Secretária

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