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População em movimento & Petróleo: Uma análise socioeconômica das Regiões das Baixadas Litorâneas e Norte Fluminense.

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População em movimento & Petróleo: Uma análise socioeconômica

das Regiões das Baixadas Litorâneas e Norte Fluminense

.

Rita Passos ∗ André Simões∗∗

“Ao cuidar-se de um tema com essas características só se pode ser conciso à custa de omissões e simplificações. A omissão e a simplificação auxiliam-nos a compreender, contudo auxiliam-nos, em muitos casos imperfeitamente; porque a nossa percepção pode ser só a percepção das noções nitidamente formuladas por quem resume, e não a da realidade vasta e ramificada, a partir da qual tais noções foram separadas de modo tão arbitrário. Porém a vida é curta e o conhecimento ilimitado: ninguém dispõe de tempo para tudo. Na realidade somos, de um modo geral, forçado a optar entre uma exposição inapropriadamente breve e a impossibilidade de expor”.(Aldous Huxley, Regresso ao Admirável Mundo Novo, 1959:9).

Introdução

Fundado em 1565, o estado do Rio de Janeiro passou a sera segunda unidade mais importante do país ao longo do século XX, superada apenas pela soberania econômica e peso populacional de São Paulo. A pecuária, o cultivo da cana-de-açúcar e a agricultura de subsistência garantiram um rápido progresso, que aumentou com a transformação do porto do Rio em escoadouro da riqueza extraída de Minas Gerais. Foi sede, por quase 200 anos, da capital do país, fenômeno este que contribuiu profundamente para a construção da sua identidade tanto no cenário nacional quanto no internacional.

Ao mesmo tempo em que o fato de sediar a capital marcava a identidade do Rio de Janeiro, a distância real e institucional entre a capital federal e o interior do estado se ampliava, com o abandono progressivo deste. A fusão entre os estados da Guanabara e Rio de Janeiro em 1975, que objetivava a redução das ditas disparidades, não amenizou esta questão, já que marcou a união entre dois estados com

Doutoranda de Demografia (IFCH/Unicamp), Mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais (IBGE/ENCE) e Especialista em Sociologia Urbana (UERJ) e Economista (UFRRural RJ) – ritapassos@nepo.unicamp.br/

ritamaria@ibge.gov.br

∗∗

Analista socioeconômico do IBGE - Coordenação de População e Indicadores Sociais - DPE/COPIS, Mestre em Planejamento Urbano (IPPUR/UFRJ) e Economista (UFF). andresimoes@ibge.gov.br

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características estruturais (administrativas e de infraestrutura) bastante distintas, o que, em boa medida, aprofundou as contradições existentes no estado.

O resultado deste processo foi uma progressiva concentração econômica e populacional na cidade do Rio de Janeiro e nos municípios do seu entorno, que viriam a formar posteriormente a Região Metropolitana do estado. A supremacia desta em relação às demais áreas do estado se dá em termos populacionais e econômicos. O Censo 2000 mostrou que 75,7% da população do Rio de Janeiro se concentrava na Região Metropolitana, que representa apenas 13% do seu território. Da mesma forma 80% do emprego industrial, 85% do comércio e 89% dos serviços estariam concentrados na metrópole. Nesta perspectiva a cidade possui um “forte peso nas atividades ligadas ao terciário, como produtora de serviços atrelados à informação, às empresas e à cultura”, além de uma grande concentração de estabelecimentos bancários e inúmeras sedes de empresas (Ribeiro, 2002:21), conferindo ao Rio de Janeiro o status de “cidade global“ ou “megacidade”, segundo Castells (1999), e, assim como as cidades de Xangai, México, São Paulo e outras, estranhas a matriz cultural européia/norte americana.

As megacidades articulam a economia global, ligam as redes informacionais e concentram o poder mundial. Mas também são depositárias de todos esses segmentos da população que lutam para sobreviver, bem como aqueles grupos que querem mostrar sua situação de abandono, para que não morram ignorados em áreas negligenciadas pelas redes de comunicação[...]; o que é mais importante é que elas estão desconectadas das populações locais responsáveis. (Castells, 1999:429).

Cartograma 01: Distribuição espacial da população fluminense por município Rio de Janeiro – 2000. Rio de janeiro.shp 4000 - 20000 20001 - 50000 50001 - 100000 100001 - 500000 500001 - 60000000 N E W S População Rio de Janeiro - 1991/2000 80 0 80 160 Miles

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Esta supremacia da metrópole fluminense também foi observada nos movimentos populacionais ocorridos ao longo do século XX. De fato o estado do Rio de Janeiro chegou a ser considerado um pólo de atração migratória, juntamente com São Paulo. Na década de 1960 obteve um saldo migratório positivo de aproximadamente 840 mil pessoas, correspondente a 9,4% de sua população total em 1970. Cabe destacar que estes efetivos migratórios se dirigiam majoritariamente para o que hoje seria o Município do Rio de Janeiro (antiga Capital Federal), se expandindo mais tarde para os municípios periféricos, que formam a Região Metropolitana do estado. Nos anos que se seguiram passou a atrair um menor contingente de pessoas, chegando na década de 80 a apresentar saldo migratório negativo, ou seja, uma perda de cerca de 41 mil pessoas (Cunha e Baeninger, 2000).

Este saldo migratório negativo observado para o Rio de Janeiro nos anos oitenta reflete o processo de crise econômica que se abateu sobre o país nesta década, com um forte impacto sobre o estado. Na verdade a década de oitenta aprofundou o declínio econômico do Rio de Janeiro, ao desnudar os problemas estruturais enfrentados pelo estado desde o início do século XX.1

O aprofundamento da crise e seus impactos sobre a estrutura produtiva e política nacional abriram caminho para a difusão de teses que pregavam a menor intervenção estatal na economia, com uma maior liberdade para a atuação das forças de mercado. De fato, já no final da década de oitenta foram introduzidos mecanismos que produziram uma maior abertura da economia brasileira para o mercado internacional. Foi a partir de meados da década de noventa, no entanto, que o processo de internacionalização da economia brasileira ganhou dinamismo, com a intensificação da abertura comercial, valorização cambial, privatizações e reestruturação produtiva das empresas.

O impacto destas transformações sobre a localização das atividades produtivas no território nacional foi intenso. Em primeiro lugar pelo fato das políticas privilegiarem as decisões tomadas pelo mercado, movimento contrário ao observado na década de sessenta e setenta, onde o planejamento regional tinha objetivos definidos de integrar o

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território nacional. Com isso, beneficiaram-se os espaços dotados de maior infra-estrutura física, mão-de-obra qualificada, centros de produção de conhecimento, redes informatizadas, etc.

O Rio de Janeiro, ao reunir as condições locacionais para a instalação destas empresas, poderia estar iniciando, desde meados dos anos noventa, um processo de reorganização da atividade produtiva no interior de seu território.Santos (1997) acredita que o estado esteja passando por um processo de recuperação econômica, devido, principalmente, aos impactos das transformações produtivas e organizacionais do capitalismo central sobre o espaço brasileiro, e fluminense em particular. Os novos requisitos locacionais (“vantagens locacionais dinâmicas”) como a existência de uma mão-de-obra com alta qualificação e serviços especializados seriam os grandes responsáveis pela atração das grandes empresas. Para a referida autora, os investimentos industriais tenderiam a buscar as cidades médias do interior do estado, ficando a capital como um centro de serviços avançados conectados aos grandes centros mundiais.

Nos anos 90, nota-se, no Rio de Janeiro que houve uma inversão no saldo migratório que voltou a ser positivo na ordem de 45.536 pessoas, resultado que se deveu ao aumento das imigrações do Nordeste com destino ao Rio de Janeiro, que aumentaram de 35.522 pessoas para 79.532 e a maior capacidade de retenção da emigração para as demais Regiões brasileiras, embora seu saldo ainda seja pouco expressivo2.

Por outro lado, o que realmente vem se configurando como uma tendência é a intensificação dos deslocamentos dentro do estado - de um município para outro - que correspondem a maior parte dos seus movimentos populacionais, embora este também não seja tão expressivo quanto os observados em outras Unidades da Federação (Passos, 2005). Estudos apontam, também, que a maior parte dos deslocamentos populacionais ocorre entre municípios da mesma região.

O presente estudo discutirá as migrações no espaço intra-regional fluminense,

1

De acordo com Dain (1990) o período compreendido pelos anos oitenta e início dos noventa define a crise econômica do Rio como determinada por uma superposições de crises: a crise econômica nacional; a crise estrutural do estado; e a crise determinada por fatores próprios do Rio de Janeiro.

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objetivando captar áreas que passam ao largo da influência metropolitana e que vêm aumentando sua importância política, econômica e geo-estratégica. A intensificação das atividades voltadas para a extração de petróleo na região Norte e nas Baixadas Litorâneas do estado é um fator que vem contribuindo fortemente para o processo de reorganização da atividade produtiva no território fluminense. Os altos valores pagos aos municípios pela extração do petróleo (os royalties) têm dinamizando profundamente a economia local, ao trazer para a região uma mão-de-obra com alta qualificação, infra-estrutura social (shoppings, teatros, cinemas, etc.), urbanização, etc. A transformação de espaços onde até então prevalecia uma economia tradicional e decadente, em lugares onde as relações econômicas ocorrem principalmente com os grandes centros de consumo e negócios do exterior é umas das principais conseqüências da dinamização da atividade petrolífera no Norte e nas Baixadas Litorâneas do estado do Rio de Janeiro.

Esta dinamização da economia para além da RMRJ propiciou a criação da Organização dos Municípios Produtores da Zona Principal de Petróleo e Gás Limítrofes a Bacia de Campos (OMPETRO), com o intuito de resguardar os recursos adquiridos com as receitas provenientes dos royalties e participações especiais. A OMPETRO é formada, originalmente, por 9 municípios: Armação de Búzios, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras – pertencentes da região das Baixadas – e mais: Campos dos Goytacazes, Carapebus, Macaé, Quissamã e São João da Barra – pertencentes da Região Norte Fluminense -.

O objetivo do presente trabalho é fazer uma breve análise dos movimentos populacionais, associado às transformações da dinâmica econômica do petróleo nas regiões das Baixadas Litorâneas e no Norte Fluminense; e demonstrar que em ambas as regiões os movimentos populacionais não introduziram nenhuma alteração produtiva, ou seja, um contingente muito pequeno é absorvido por tal dinâmica no que se refere aos movimentos populacionais dentro do espaço fluminense.

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1. Movimentos populacionais no Território Fluminense: uma análise do

Censo 2000.

No Cartograma 2 fica nítida a redução das taxas de crescimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, obtendo a cidade do Rio de Janeiro a quinta menor taxa da RMRJ. Por outro lado, nota-se uma mancha escura que engloba tanto a região das Baixadas Litorâneas quanto a Região Norte do estado, assim como alguns municípios da região Sul Fluminense. O maior crescimento populacional do interior do estado em relação à sua Região Metropolitana acompanha o processo de desconcentração da atividade produtiva, onde se destaca a instalação de novas fábricas e montadoras de automóveis na Região Sul, a atividade petrolífera no Norte e seus reflexos nas Baixadas Litorâneas3.

Cartograma 2: Taxas de Crescimento da População Fluminense por município Rio de Janeiro, 2000. Rio de janeiro.shp -3 - 0 0.1 - 1 1.1 - 2 2.1 - 3 3.1 - 8.8 N E W S Taxa de Crescimento Rio de Janeiro - 1991/2000

Fonte: Censo Demográfico, 2000. IBGE

Passos e Simões (2004:5) chamavam atenção para "uma mancha escura, com altas taxas de crescimento populacional”, que se estende por quase todo litoral leste do Estado, revelando "um processo de reorganização espacial da população no território

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fluminense”. Este processo deve-se ao dinamismo da indústria petrolífera, que atrai para sua área de influência contingentes populacionais com as mais diferentes características, que estão relacionadas, por sua vez, a distintas inserções produtivas.

O quadro a seguir mostra que a região das Baixadas Litorâneas foi a que apresentou maior entrada de pessoas, sendo acrescida em aproximadamente, 10,5 % e mantendo 89,5% de população residente na região em 2000 e 31/07/1995. A região do Norte Fluminense apresentou 97% de população residente em 2000 que estava no município em 31/07/1995, os outros 3% foram originários da Região Metropolitana (cerca de 2%) e das demais regiões. A região Serrana apresentou 96,6% de população que esteve presente nos dos períodos (2000 e 31/07/1995), sendo, os demais oriundos da Região Metropolitana em maior percentual (cerca de 2,4%). A região Metropolitana apresentou 100% de população residente nos períodos mencionados, sendo que este pequeno percentual de população que migrou para a região era das regiões das Baixadas Litorâneas, Serrana e Norte Fluminense. A região do Médio Paraíba famosa pela produção industrial apresentou cerca de 98% de sua população residente nos dois períodos, os demais foram imigrantes das regiões Metropolitana, em grande maioria e da região da Baía da Ilha da Grande em menor proporção. A região Centro-Sul Fluminense apresentou 96%, aproximadamente, de população residente nos períodos ora mencionados, sendo que os imigrantes das regiões: Metropolitana, Serrana e do Médio Paraíba, respectivamente. A Região do Noroeste Fluminense apresentou 96% população que residiu na região nos dois períodos, e os demais imigrantes da região Metropolitana, Norte Fluminense e Serrana, respectivamente. A região das Baixadas Litorâneas apresentou cerca de 94% população que residiu nos dois períodos, e os demais imigraram das regiões Metropolitana e do Médio Paraíba.

Neste sentido, as regiões que mais enviaram população para a RMRJ, são as que mais receberam população vinda da região Metropolitana, satisfazendo assim o pressuposto de Ravestein (1881) que toda corrente gera uma contra-corrente, ainda que magnitude e intensidade distintas: a Região Serrana, “em razão da atividade industrial e da função lazer, representada pela segunda residência” (Ribeiro, 2002:19);

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Esta região também contou com o aumento do fluxo de migrantes que para fugirem da violência e dos grandes problemas urbanos se deslocam para áreas onde antes se caracterizavam como de veraneio. Destaca-se neste caso os aposentados.

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a Região da Baía da Ilha Grande4 por conta das atividades turísticas, veraneio e da mudança nas atividades: da pesca e da agricultura pela construção civil e serviços doméstico, empregos sazonais; e a região das Baixadas Litorâneas e da Região Norte Fluminense, por constituírem a região dos maiores municípios produtores de petróleo do país, são os municípios:

[...] “novos ricos” que somente passaram a perceber nítidos benefícios fiscais com o repasse das participações governamentais (royalties + participações especiais), incidentes sobre a produção de petróleo e gás natural, a partir de 1998, com a regulamentação da Lei do Petróleo (9.478/97) [...] Os repasses de royalties aos municípios produtores os colocam entre os detentores dos orçamentos mais ricos dos municípios brasileiros em termos proporcionais (per capita). (Serra, 2003:1).

Quadro 1: Matriz de Migração Intrarregional da População Fluminense Regiões de Governo da residência em 31 de julho de 1995 Regiões de Governo de residência em 2000 Região Norte Fluminen se Região Serrana Região Metropoli tana Região do Médio Paraíba Região Centro-Sul Fluminens e Região das Baixadas Litorâneas Região do Noroeste Fluminense Região da Baía da Ilha Grande Região Norte Fluminense 664.656 (97%) 1.525 (0,22%) 13.200 (1,9%) 407 (0,06%) 113 (0,02%) 2.180 (0,32%) 1.687 (0,25%) 126 (0,02%) Região Serrana 1.239 (0,17%) 713013 (96,65%) 17.806 (2,41%) 784 (0,11%) 1.608 (0,22%) 1.146 (0,16%) 2.004 (0,27%) 93 (0,01%) Região Metropolitana 9.717 (0,09%) 10.031 (0,10%) 10.503.44 1 (99,5%) 7.610 (0,07%) 3.168 (0,03%) 11.500 (0,11%) 4.849 (0,05%) 2.355 (0,02%) Região do Médio Paraíba 385 (0,05%) 634 (0,08%) 8.513 (1,12%) 748.686 (98,30%) 1.846 (0,24%) 96 (0,01%) 84 (0,01%) 1.409 (0,18%) Região Centro-Sul Fluminense 65 (0,03%) 1.983 (0,80%) 5.630 (2,27%) 1.350 (0,54%) 238451 (96,20%) 163 (0,07%) 92 (0,04%) 133 (0,05%) Região das Baixadas Litorâneas 9.103 (1,69%) 2.466 (0,46%) 41.728 (7,75%) 592 (0,11%) 559 (0,10%) 482.132 (89,5%) 1.747 (0,32%) 289 (0,05%) Região do Noroeste Fluminense 1205 (0,41%) 733 (0,25%) 6.455 (2,22%) 330 (0,11%) 85 (0,03%) 528 (0,18%) 281.198 (96,8 %) 109 (0,04%) Região da Baía da Ilha Grande 191 (0,14%) 137 (0,10%) 4.303 (3,11%) 3.411 (2,46%) 120 (0,09%) 63 (0,05%) 72 (0,05%) 130.215 (94,01%)

Fonte: Censo Demográfico, 2000. FIBGE. Microdados da amostra.

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Esta região atualmente denominada de Região da Costa verde e incorpora mais dois municípios da Região Metropolitana do estado: Mangaratiba e Itaguaí. Mais a interpretação da dinâmica permanece a mesma: crescimento migratório (saldos positivos) e alterações das atividades. Não houve necessidade de alteração da tabulação, pois o dispositivo legal que cria a Região da Costa Verde, aponta que pode permanecer as Regiões originais. (Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro - SECIT, 2003).

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Os saldos migratórios são negativos para as regiões Metropolitana, Norte Fluminense, Noroeste Fluminense e Centro-Sul. Fluminense. E positivos para as regiões das Baixadas Litorâneas, Serrana e Baía da Ilha Grande. Os índices de eficácia migratória apontam que somente a Região das Baixadas Litorâneas esta próxima de ser uma região de atração migratória, incorporando, assim, regiões que aparentemente possuíam atração migratória - caso das regiões Serrana e da Baía de Ilha Grande. Todas as demais regiões obtiveram índices próximos a zero, sugerindo, assim, alta circulação ou pouca circulação.

Tabela 1: Análise Intrarregional dos Saldos Migratórios e Índice de Eficácia Migratória – Regiões de Governo, Rio de Janeiro, 2000.

Regiões de Governo Saldo Migratório Índice de Eficácia Migratória

Região Metropolitana -32.751 -0,02

Região das Baixadas Litorâneas 40.868 0,43

Região Serrana 8.898 0,15

Região Centro Sul Fluminense -2.240 -0,1

Região do Médio Paraíba -3.030 -0,04

Região Baía de Ilha Grande 3.834 0,28

Região Noroeste Fluminense -7.309 -0,2

Região Norte Fluminense -8.270 -0,13

Fonte: Censo Demográfico, 2000. FIBGE. Microdados da amostra.

Em linhas gerais, as migrações intrarregionais no Estado do Rio de Janeiro parecem acompanhar, em grande parte a emergência de atividades econômicas.

No tocante aos deslocamentos por motivo de trabalho e estudo podemos observar que a maior movimentação é realizada na região Metropolitana do Estado, na ordem de 980.000 deslocamentos e em geral no sentido: periferia – centro. De acordo com Lago (2001):

“<..>a produção de condomínios de classe média não apenas no centro, mas também na periferia, assim como a proliferação de assentamentos (ou mesmo acampamentos) popular por toda a metrópole, marca o novo padrão e nova escala de segregação sem, no entanto, romperem com o binômio centro-periferia(Lago, 2001:39).”

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Cartograma 03: Deslocamento por motivo de trabalho e estudo na região Metropolitana do Rio de Janeiro

Fonte: Censo Demográfico 2000: Migração e deslocamento. Resultados da amostra. IBGE.

2. Movimentos Populacionais nas regiões das Baixadas Litorâneas e Norte

Fluminense.

2.1. Aspectos gerais do deslocamento populacional nas regiões das Baixadas e Norte Fluminense.

As regiões das Baixadas Litorâneas e Norte Fluminense são formadas por um conjunto de 22 municípios contíguos ao longo do litoral norte do Estado, sendo 13 municípios pertencentes à região das Baixadas Litorâneas e 9 a região Norte Fluminense. Os municípios pertencentes da região das Baixadas são: Araruama, Arraial do Cabo, Armação de Búzios, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Marica, Rio Bonito, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim. Pertencem as regiões Norte Fluminenses os seguintes municípios: Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, São Fidélis, São Francisco do Itabapoana e São João da Barra.

A regionalização que aponta para a configuração da região Norte Fluminense sugere uma dinâmica econômica sucroalcooleira, que não corresponde mais à dinâmica atual, petrolífera. Rua (2002) caracteriza a região como:

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“eixo urbano litorâneo centrado na Região dos Lagos e da costa do Sol que vai da AMRJ até Macaé, tendo como núcleos dinâmicos esta última cidade e Cabo Frio, os municípios desta faixa litorânea apresentavam em 1996 as constantes melhorias nas comunicações (novas rodovias, aeroportos de Búzios e Macaé) o turismo e o veraneio, algumas indústrias, reativação da pesca e da maricultura, da Petrobrás em Macaé (fundamental como alavanca à urbanização dessa área) e uma avassaladora especulação imobiliária com profundas marcas de segregação

socioespacial que constituem os principais elementos concretos do dinamismo urbano desse

eixo. (grifos nossos)” (Rua:2002, p.48)

Este espaço aponta para novas desigualdades socioeconômicas no que se refere a produção e apropriação dos royalties .Se por um lado, a distribuição dos royalties do petróleo viabiliza a geração de riqueza, sua alocação é extremamente desigual, e a aplicação de seus recursos por parte dos municípios também. Este último fator foi fundamental para as emancipações dos municípios nas duas regiões, entre eles podemos citar: Carapebus, Rio das Ostras e Quissamã. Como ressalta Ribeiro (2002).

“Apesar de sedes distritais, estes municípios eram prejudicados à percepção dos aludidos benefícios, uma vez que os mesmos restringiam-se em quase sua totalidade às sedes municipais, gerando um descontentamento por parte das populações residentes nas antigas vilas, culminando em pressão para as futuras emancipações <...>” (RIBEIRO, 2002, p.24)

Assim sendo as migrações/deslocamentos apontam para uma movimentação populacional em direção a um grupo de municípios destas duas regiões, mas que sem dúvida acompanham em grande parte a dinâmica econômica ditada pelo petróleo, em particular de suas receitas provenientes dos royalties e participações especiais. Este “atrativo”, no entanto, não se concretiza em uma participação ou incorporação deste contingente populacional diretamente nas atividades petrolíferas.

Neste sentido, podemos dizer que as migrações para estas regiões estão muito alinhadas à expansão capitalista e os seus desníveis regionais. Como mostra Singer (1973)5 o capitalismo, através da expansão urbano-industrial, propiciaria a formação de um excedente populacional não absorvido nas atividades industriais, chamados de exército industrial de reserva para manter a expropriação do trabalho e acumulação do capital.

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Contudo, cabe a ressalva de que se tal interpretação está engendrada em outro contexto histórico, onde outras variáveis assumem um peso maior na capacidade explicativa do processo para além da perspectiva histórico – estrutural.

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2.1.2. SELETIVIDADE MIGRATÓRIA: ESCOLARIDADE, RENDIMENTO E OCUPAÇÃO.

Os migrantes intraestaduais são, proporcionalmente, mais escolarizados que os não migrantes em ambas as regiões, corroborando, para o impacto do peso da população imigrante oriunda da região Metropolitana.

Tabela 2: População não migrante e migrante segundo residência em 31/07/1995 e anos de estudo para as regiões da Baixadas e do Norte Fluminense – Rio de janeiro, 2000.

Fonte: Censo Demográfico, 2000. IBGE.

População - segundo residência em 31/07/1995 - 20006

Norte Fluminense Baixadas Litorâneas Não migrante Migrante

intraestadual Não migrante

Migrante intraestadual Grupos de Anos de

Estudo

Absoluto % Absoluto % Absoluto % % Anos de estudos indeterminados 1.966 0,3% 110 0,0% 1.923 0,4% 255 0,4% Sem instrução a < 4 anos de estudo 282.101 42,9% 9.400 31,1% 218.006 45,8% 20.528 29,0% 4 a > 8 anos 239.279 36,3% 12.006 39,8% 176.138 37,0% 27.528 38,9% 8 a >12 anos 110.946 16,8% 6.610 21,9% 66.605 14,0% 16.453 23,2% 12 anos e + 24.035 3,6% 2.062 6,8% 13.650 3,0% 6.044 8,5% Total 658.327 100,0% 30.188 100,0% 476.322 100,0% 70.808 100,0%

Os migrantes economicamente ativos correspondem a mais de 50% dos deslocamentos para ambas as regiões. Em linhas gerais, observa-se que a região das Baixadas possui uma população economicamente ativa mais instruída que a da região Norte Fluminense. Ainda que a região Norte fluminense seja reconhecida como pólo de produção científica, particularmente Campos dos Goytacazes que “sempre exerceu o papel de pólo regional e, após a chegada do petróleo vem se firmando como centro prestador de serviços qualificados para os demais municípios principalmente no setor educacional”, segundo aponta Piquet (2003:8).

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Deve-se ter em conta que o fato de não haver um controle da estrutura etária, ambas as regiões não são diretamente comparáveis.

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Tabela 3: População Economicamente Ativa não migrante e migrante segundo residência em 31/07/1995 e anos de estudo para as regiões da Baixadas e do Norte Fluminense

Rio de Janeiro, 2000.

PEA segundo residência em 31/07/1995 – 2000

Norte Fluminense Baixadas Litorâneas Não migrante Migrante

intraestadual Não migrante Migrante intraestadual Grupos de Anos de Estudo

Absoluto % Absoluto % Absoluto % % Anos de estudos

indeterminados 1.966 0,3% 74 0,4% 1.032 0,5% 157 0,4%

Sem instrução a < 4 anos de

estudo 282.101 42,9% 2.665 31,1% 53.761 24,9% 5.926 16,9%

4 a > 8 anos 239.279 36,3% 6.460 39,8% 102.244 47,3% 13.970 39,8%

8 a >12 anos 110.946 16,9% 4.496 21,9% 48.271 22,3% 10.817 30,8%

12 anos e + 24.035 3,7% 1.631 6,8% 10.699 5,0% 4.262 12,1%

Total 658.327 100% 15.326 100,0% 216.007 100,0%35.132 100,0% Fonte: Censo Demográfico, 2000. Microdados da amostra. IBGE.

No tocante aos rendimentos auferidos por ambas as regiões podemos notar que os migrantes possuíam rendimentos maiores que os não migrantes. Nota-se, também, que não havia um diferencial significativo de rendimento entre os migrantes intraestaduais das Baixadas e do Norte Fluminense, ainda que a população nas Baixadas Litorâneas apresentasse um ligeiro acréscimo em seus rendimentos com relação ao Norte. Tal retrospecto, também, se observa quanto aos não-migrantes.

Tabela 4: População Economicamente Ativa não migrante e migrante segundo residência em 31/07/1995 e faixas de rendimento para as regiões da Baixadas e do Norte Fluminense – Rio de

Janeiro, 2000.

PEA - segundo residência em 31/07/1995 – 2000

Norte Fluminense Baixadas Litorâneas Não migrante Migrante

intraestadual Não migrante

Migrante intraestadual Faixas de Rendimento

Absoluto % Absoluto % Absoluto % % Sem rendimento 41.667 14,4% 2.678 17,5% 33.439 15,5% 6.282 17,9% Até 1 SM 71.951 24,9% 2.726 17,8% 45.778 21,2% 5.519 15,7% Mais de 1 a 3 SM 108.479 37,5% 5.111 33,3% 85.004 39,4% 12.042 34,3% Mais de 3 a 5 SM 31.142 10,8% 1.745 11,4% 26.103 12,1% 4.191 11,9% Mais de 5 a 10 SM 23.053 8,0% 1.856 12,1% 18.229 8,4% 4.644 13,2% Mais de 10 SM 12.858 4,4% 1.210 7,9% 7.452 3,4% 2.454 7,0% Total 289.150 100,0% 15.326 100,0% 216.005 100,0% 35.132 100,0% Fonte: Censo Demográfico, 2000. IBGE.

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Nota-se que a exploração de petróleo e gás nas regiões não foi suficiente para transformar a estrutura produtiva das regiões quando analisa a estrutura ocupacional de migrantes e não migrantes. Na mesma linha da inserção produtiva do restante do Estado, ambas as regiões se ancoravam na incorporação da força de trabalho no setor de serviços e comércio reforçando a “vocação” do Estado para tais atividades.

Reforçando a ainda esta vocação para as regiões estão as localizações numa região costeira voltada para o turismo/hotelaria, em especial a Região das Baixadas Litorâneas. (Anuário Estatístico, 2004; Passos; 2005).

Nesta perspectiva podemos, então, dizer que o pagamento de royalties e participações especiais não se reverteram em uma mudança significativa no planejamento municipal e nem na estrutura produtiva, ainda que os dados censitários de 2000 fossem precoces para apurar tais as mudanças, uma vez que o seu recebimento que se iniciou em 1997. De toda a forma, a implantação da base operacional em Macaé data de 1974 e inaugurava “um novo ciclo para a região, agora baseado direta e indiretamente nos recursos oriundos da exploração petrolífera” (Piquet, 2003:6), que, todavia não reverteu a estrutura produtiva.

Terra (2004) aponta que dentre os municípios da OMPETRO somente Macaé possui vantagens locacionais para as atividades destinadas a exploração e produção (E&P) do petróleo. Assim, a autora concorda com SERRA e PATRÃO que apontam que os municípios “produtores” de petróleo foram denominados muito mais em “conseqüência de um determinismo físico do que em função dos efetivos impactos da E&P de petróleo sobre o território”. (Serra e Patrão apud Terra (2004:17)

A análise ocupacional de migrantes e não migrantes aponta para a coexistência de estratégias relacionadas à estrutura agrícola das regiões, particularmente, no Norte Fluminense onde cerca de 15% da PEA (9% não migrante e 6% migrante) estava voltada a tais atividades. Nesta linha argumentativa Cruz (2004) assinala que em termos de desigualdade a atuação de movimentos sociais associadas à luta pela terra é muito mais efetiva que o recebimento de royalties pela administração pública municipal.

“Portanto, os recursos do petróleo, com exceção dos recursos introduzidos nos orçamentos municipais, assim como os da agroindústria açucareira, são, em grande parte, drenados da região. Ambos os complexos obedecem ao padrão polarizado, concentrado e restrito, contribuindo para a reprodução do padrão tradicional. As possibilidades de gerar efeitos

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multiplicadores se restringem ao uso e destino não têm sido utilizados em planos, programas que as Prefeituras dão aos royalties a outras participações especiais, que, com raríssimas exceções, não têm sido utilizados em planos, programas ou projetos de fomento das atividades econômicas capazes de produzir impacto qualitativo no recorrente padrão de desenvolvimento regional. (Cruz, 2004:22).”

Ou seja, ainda que as migrações pudessem ser impulsionadas pela dinâmica de petróleo, a estrutura ocupacional dos migrantes replica o padrão tradicional das regiões.

Tabela 5: População Economicamente Ativa não migrante e migrante segundo residência em 31/07/1995 e grandes grupos ocupacionais para as regiões da Baixadas e do Norte Fluminense –

Rio de Janeiro, 2000.

PEA - segundo residência em 31/07/1995 – 2000

Norte Fluminense Baixadas Litorâneas Não migrante Migrante

intraestadual Não migrante

Migrante intraestadual Grandes Grupos Ocupacionais

Absoluto % Absoluto % Absoluto % % Não está ocupado 41.667 14,4% 2.678 17,5% 33.439 15,5% 6.282 17,9%

0 - Membros das forças armadas, policiais e bombeiros

militares 6.484 2,2% 346 2,3% 4.680 2,2% 1.036 2,9%

1 - Membros superiores do poder público, dirigentes de

organizações de interesse

público e de empresas, gerentes 8.659 3,0% 582 3,8% 7.835 3,6% 1.556 4,4%

2 - Profissionais das ciências e

das artes 13.062 4,5% 813 5,3% 6.832 3,2% 2.130 6,0%

3 - Técnicos de nível médio 22.067 7,6% 1.383 9,0% 13.127 6,1% 2.641 7,5%

4 - Trabalhadores de serviços

administrativos 19.477 6,7% 973 6,3% 12.583 5,8% 2.204 6,3%

5 - Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em

lojas e mercados 84.620 29,3% 4.367 28,5% 74.332 34,4% 11.577 32,9%

6 – Trabalhadores

agropecuários, florestais, caça e

pesca 26.286 9,1% 943 6,2% 9.522 4,4% 865 2,5%

7 - Trabalhadores da produção

de bens e serviços industriais 51.732 17,9% 2.546 16,6% 43.941 20,3% 5.481 15,6%

8 - Trabalhadores da produção

de bens e serviços industriais 6.962 2,4% 270 1,8% 3.467 1,6% 523 1,5%

9 - Trabalhadores de reparação e

manutenção 8.134 2,8% 425 2,8% 6.249 2,9% 837 2,4%

Total 289.150 100,0% 15.326 100,0% 216.007 100,0% 35.132 100,0% Fonte: Censo Demográfico, 2000. IBGE.

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Os deslocamentos por motivo de trabalho e estudo nas regiões segundo o Censo 2000, em geral, foram realizados na direção Baixadas/Norte, em cerca de 2.500 pessoas. Estes deslocamentos apontam na direção do município de Macaé, o único que possui efetiva transformação produtiva por conta da extração e produção (E&P) de petróleo. (Terra, 2004).

Considerações Finais

Este artigo tentou articular a dinâmica dos movimentos populacionais dentro do espaço do Rio de Janeiro com a dinâmica econômica estado, em muito propagandeada pela exploração e produção (E&P) de petróleo e suas receitas vinculadas (royalties e participações especiais), em especial nas regiões das Baixadas Litorâneas e Norte Fluminense.

Contudo, os movimentos populacionais em 2000 e as literaturas a respeito não apresentaram nenhuma grande alteração na estrutura produtiva das regiões estudadas. Face à estas informações podemos concluir que há um caráter pouco expansivo da dinâmica do petróleo na alocação de pessoal e nos impactos locais numa perspectiva de desenvolvimento regional; bem como há uma revitalização da estrutura produtiva tradicional do Estado pautada nos serviços e comércios.

As respectivas regiões, conforme os índices de eficácia migratória, não podem ser consideradas de grande atração, mas se as taxas de crescimento prosseguirem elevadas (Cartograma 02) sem que haja um projeto de alocação de pessoal, tal fato pode repercutir negativamente para o desenvolvimento das regiões. Uma vez que o problema não está no crescimento populacional, mas sim na alocação e na distribuição de recursos.

Em linhas gerais, podemos dizer que a expansão populacional das regiões das Baixadas Litorâneas e Norte Fluminense não tem sido impulsionada pelos efeitos diretos da E&P.

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