• Nenhum resultado encontrado

Índice PORTO E NORTE. 151 Índice remissivo

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Índice PORTO E NORTE. 151 Índice remissivo"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Índice

16 1Viana do Castelo

Montedor, Afife, Vila Praia de Âncora, Moledo, Caminha, Vilar de Mouros, Arga de Cima, Orbacem, Perre

30 2Arcos de Valdevez

Giela, Grade, Monte Gião, Soajo, Rouças, São Bento do Cando, Peneda, Lindoso, Ponte da Barca

42 3Vieira do Minho

Guilhofrei, Rossas, Agra, Vilar Chão, Serradela, Vilar da Veiga, Gerês,

Vilarinho das Furnas, São Bento, Rio Caldo

52 4Chaves

Curalha, Vidago, Boticas, Agrelos, Vilarinho Seco, Alturas do Barroso, Carvalhelhos, Negrões, Vilarinho de Negrões, Sapiãos, Ardãos

64 5Bragança

Gimonde, Babe, Palácios, Caravela, Deilão, Guadramil, Rio de Onor, Sacoias, Baçal, Montesinho, Cova da Lua

76 6Braga

Briteiros, Caldas das Taipas, Guimarães, Vizela, Santo Tirso, São Miguel de Ceide, Tibães, Braga

PORTO E NORTE

90 7Mirandela

Vale de Lobo, Romeu, Santa Combinha, Macedo de Cavaleiros, Salselas, Chacim, Vila Flor, Frechas

102 8Miranda do Douro

São João das Arribas, Duas Igrejas, Granja, Vale de Algoso, Algoso, Penas Roias, Mogadouro, Peredo da Bemposta, Algosinho, Lamoso, Sendim, Seixagal, Picote, Freixiosa

114 9Porto

Barragem de Crestuma, Canedo,

Caldas de São Jorge, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Gaia

124 10Vila Real

Mateus, Lamas de Olo, Dornelas,

Fisgas de Ermelo, Limões, Ribeira de Pena, Santo Aleixo, Arco de Baúlhe, Mondim de Basto, Monte da Senhora da Graça

136 11Vila Nova de Foz Coa

Castelo Velho, Freixo de Numão, Prazo, Pocinho, Torre de Moncorvo, Felgueiras, Penedo Durão, Freixo de Espada à Cinta, Congida, Barca de Alva, Escalhão, Figueira de Castelo Rodrigo, Castelo Rodrigo, Castelo Melhor

(2)

16 17

EXTENSÃO: 145 km

O

traçado deste percurso começa e acaba em

Viana do Castelo, sem dúvida um dos mais

belos destinos em Portugal. Após um passeio

exploratório pela cidade, aconselhamos

uma subida ao monte de Santa Luzia, que lhe dará

uma perspetiva panorâmica de toda a região. Depois,

seguindo a linha costeira a norte de Viana, terá ao seu

dispor algumas praias agradáveis, onde, dependendo da

ocasião escolhida e da disposição do momento, poderá

estender a toalha ou, simplesmente, fazer um pequeno

(mas revitalizante) passeio

à beira-mar. Mais para

o interior, encontrará

algumas aldeias e

vilas, integradas numa

paisagem bastante

atrativa, que causa

uma sensação de

bem-estar e convida,

inevitavelmente,

ao descanso.

Em Viana

Sugerimos que inicie a manhã com uma visita ao Parque da Cidade, junto à Praça de Touros, na zona ribeirinha. Aí encon-trará um parque de merendas, um cir-cuito de manutenção, serviços sanitários, etc. Depois, siga a pé, pela beira-rio, até ao centro, aproveitando para apre-ciar a Ponte de Viana, perto da marina, construída por Gustave Eiffel e inaugu-rada em 1878. Ao longo de toda a frente ribeirinha, pode aproveitar para tomar um café numa das esplanadas que aí se encontram ou, quem sabe, tomar um banho revitalizante na praia fluvial. Trata--se de um local bastante agradável,

devi-damente vigiado e munido de diversos equipamentos.

Continuando caminho, suba a Rua Gago Coutinho, não deixando de reparar na notável fachada da Capela das Malhei-ras, que repete em granito os motivos de algas, líquenes e concheados que, no interior, se encontram talhados em madeira. Depois de passar pela antiga Sé, chegará à Praça da República, onde deve conceder algum tempo ao elegante chafariz que a ornamenta, executado, em 1554, pelo célebre mestre João Lopes. Aproveite, ainda, para passear um pouco a pé: além das várias esplanadas e do comércio tradicional, pode ainda visitar a Misericórdia (século xvi) e o Museu do

Traje, onde apreciará a identidade vie-nense e minhota em todo o seu esplen-dor (contacto: 258 809 306).

No caso (pouco provável) de ainda não ter tomado o pequeno-almoço ou de lhe apetecer um simples café, sugerimos uma visita à Pastelaria Dantas, que não fica longe da Praça da República, mais con-cretamente na esquina da Rua Manuel Espregueira com a Rua de Olivença. O edifício em que se encontra é o exem-plo mais representativo de Art Déco da cidade. Depois, siga para o Largo de São Domingos, que também fica ali próximo, e visite o museu municipal.

Museu municipal

O museu está sediado num dos edifí-cios mais belos da cidade, construído, em parte, no século xviii, a partir de uma

planta da autoria do mestre bracarense Manuel Fernandes da Silva. Aí encontrará uma exposição notável de faiança, azu-lejaria, mobiliário antigo e mesmo algu-mas peças arqueológicas. Não deixe de reparar nas faianças produzidas na antiga Fábrica de Viana, que funcionou na outra margem do Rio Lima, na povoação de Darque, de 1774 a 1855.

Noutra sala, poderá apreciar uma cole-ção representativa do que de melhor se fez em faiança antiga portuguesa – a chamada loiça azul – dos séculos xvi, xvii

e xviii. Inicialmente, pretendia-se

substi-tuir a porcelana chinesa por este tipo de loiça, pelo que grande parte dos orna-mentos utilizados denotam uma nítida influência de motivos orientais.

Azuis e brancos são também os azulejos da primeira metade do século xviii que

decoram os rodapés altos de três salas do andar nobre. Representam, fundamental-mente, cenas da vida palaciana e de caça. No entanto, na sala do centro encontram--se quatro painéis que constituem uma alegoria dos quatro continentes.

Finalmente, não deixe de apreciar con-venientemente, na capela, o retábulo de talha (século xviii). O facto de a madeira

se apresentar nua, sem pintura, realça ainda mais a sua beleza. Além das expo-sições permanentes, pode ainda aprovei-tar para ver as exposições temporárias, na parte nova do edifício.

Local: Largo de São Domingos. Contacto: 258 820 377.

Chafariz na Praça da República

(3)

cruzando-se ambas a meio do percurso. Caso opte por este meio de transporte, deixe o carro no parque de estaciona-mento, que se encontra junto à zona de partida do funicular.

Se preferir, pode fazer este percurso de automóvel: a subida ao monte faz-se atra-vés de um parque florestal muito agradá-vel, de onde se vai avistando a cidade e arredores. Ao longo da subida encon-trará diversos retiros e miradouros que lhe permitirão apreciar a paisagem de forma mais demorada. Mas é ao chegar ao topo do monte que poderá desfrutar de um panorama verdadeiramente ímpar e espetacular!

Elevador/Funicular de Santa Luzia Local: Avenida 25 de Abril. Telefone: 258 817 277.

A Basílica do Sagrado Coração de Jesus, cuja imponência domina todo o monte, é uma notável obra arquitetónica da autoria do arquiteto Ventura Terra, que se inspi-rou no Sacré-Coeur de Montmartre, em Paris. Mesmo que não tenha uma espe-cial predileção por templos religiosos, pensamos que valerá a pena fazer-lhe uma visita e apreciar os seus vitrais, escul-turas e frescos.

Local: Monte de Santa Luzia.

Em volta do templo, existe um espaço muito agradável, com um jardim, onde as crianças podem gastar algumas ener-gias. Talvez possa aproveitar para se deixar fotografar por um dos fotógrafos

à la minute que se encontram no local.

Possuem câmaras de fabrico artesanal, muitas vezes feitas pelos próprios a par-tir de velhas câmaras de fole. O negativo é revelado e fixado dentro do caixote e mergulhado no líquido revelador, já no exterior. O negativo é então

transfor-mado em positivo, através de outra foto-grafia do negativo.

Um pouco acima do santuário, a coroar o Monte de Santa Luzia, também poderá visitar a Citânia de Santa Luzia, conhe-cida localmente como Cidade Velha. Este povoado fortificado foi ocupado conti-nuamente desde a Idade do Ferro até à romanização. A sua posição estratégica é óbvia: devido ao ângulo de visão, que se estende do estuário do Lima à costa atlântica, era possível controlar com muita antecedência todos os movimen-tos nos arredores. Ainda se reconhecem perfeitamente algumas estruturas de habitações organizadas em bairros ou quarteirões.

Local: Monte de Santa Luzia. Contacto: 258 825 917.

Praia Norte

Saia da cidade, tomando mais uma vez a direção de Valença e siga à esquerda, quando vir indicado Praia Norte. Depois de atravessar uma planície de terrenos Ao sair do museu, vire à direita e siga

sempre em frente até chegar a uma praça (a Praça General Barbosa), onde, além de um jardim bastante agradável (o Jardim D. Fernando), existem diversos

equipa-mentos lúdicos para crianças. No centro, há uma enorme gaiola com aves, que também atrairá, certamente, a atenção dos mais novos.

Num bar com uma agradável esplanada existe uma pequena biblioteca de temas variados. Tanto os pais como as crian-ças nela encontrarão obras de interesse, que poderão consultar gratuitamente.

Sagrado Coração de Jesus

Saia agora da cidade, tomando primeiro a direção Valença e, depois, Santa Luzia. A subida ao topo do monte pode ser feita de funicular e demora cerca de oito  minutos. Inaugurado em 1923, o Funicular de Santa Luzia é o elevador mais extenso do país, que funciona a contrapeso. Quer isto dizer que, gra-ças à força da gravidade, a carruagem que desce é que faz subir a que sobe,

Basílica do Sagrado Coração de Jesus

Casa do leme, navio-hospital Gil Eannes

GIL EANNES, A MISERICÓRDIA DOS MARES

Por mais estranho que pareça, pode dizer-se que a construção do navio-hos-pital Gil Eannes resultou dos gostos gastronómicos dos portugueses, em especial da sua preferência pelo baca-lhau. Embora inicialmente este peixe fosse importado, depressa se percebeu que seria mais rentável criar uma frota de pesca própria. Infelizmente, as con-dições a bordo dos navios eram pés-simas, e os marinheiros acabavam por padecer de várias doenças. Assim, foi adquirido, em 1916, um navio alemão, de nome Lahneck (entretanto rebati-zado com o nome Gil Eannes), com o objetivo de prestar assistência médica aos marinheiros portugueses.

Mais tarde, em 1955, foi construído nos Estaleiros de Viana do Castelo um novo Gil Eannes, que veio substituir o

anterior, entretanto já bastante dete-riorado. Era um navio de grande qua-lidade, tendo inclusivamente uma área de frios, o que permitia levar às tripu-lações alimentos frescos. Mas, depois de muitos anos ao serviço da marinha mercante portuguesa, o Gil Eannes acabou por cair num processo quase irreversível de ruína, tendo sido salvo do desmantelamento nos anos 90 por uma associação entretanto criada (a Fundação Gil Eannes). O navio-hospi-tal foi recuperado, funcionando atual-mente na Doca Comercial de Viana do Castelo como núcleo museológico. É possível visitá-lo, mas o horário varia bastante de acordo com a época do ano. Se estiver interessado, o melhor é contactar antecipadamente a funda-ção, pelo telefone 258 809 710.

(4)
(5)

marinhas que costumam vir aqui matar a sede e tomar um banho de água doce, para se libertarem do salitre que se acu-mula sobre as penas.

Se preferir evitar esta aventura todo o ter-reno e quiser fugir ao mau estado da via, ignore as indicações anteriores e apanhe novamente a estrada principal, na dire-ção de Valença. Vire à esquerda, quando encontrar a indicação Praia do Carreço (veja adiante).

Areosa

Passando o último moinho, já na Areosa, uma lápide que se encontra perto de um cruzeiro tombado presta a derradeira homenagem a uma vítima de um naufrá-gio nesta costa. Olhando para o extenso campo de rochedos que ficam expostos durante a maré vazia, é fácil imaginar o perigo que esta costa representa para as embarcações.

Repare nos líquenes amarelos que cres-cem sobre as rochas menos expostas ao contacto direto com a água do mar. Estes organismos, resultantes da simbiose entre um fungo e uma alga, necessitam de uma certa humidade do ar para sub-sistirem. São também muito sensíveis a poluentes e, por isso, são considerados bons indicadores da qualidade do ar. Junto ao último moinho, encontrará, à esquerda, num cruzamento, uma estrada de calçada. Vire à direita e siga até alcançar a EN13 para Caminha. Quando vir indicado Praia do Carreço, vire à esquerda e, um pouco à frente, nova-mente à esquerda. Seguindo pela beira--mar, chegará, junto às ruínas de uns armazéns de artes de pesca, a uma praia excelente, de areia fina, numa pequena baía protegida por um pontão de secção curiosamente arredondada. Utilize os passadiços, para evitar pisar as plantas que se fixam sobre as dunas. Trata-se de uma vegetação escassa e muito sensível à presença humana.

Farol de Montedor

Voltando à EN13, retome o sentido de Caminha. Quando vir indicado Farol de Montedor, vire à esquerda. Este farol, muito bem situado, encontra-se agora “ameaçado” pela vizinhança das ante-nas de telecomunicações, que se encon-tram demasiado próximas da torre. Ofi-cialmente, não há visitas ao farol. Mas, na prática, um pedido feito com bons modos é quase sempre bem acolhido, embora preferencialmente da parte da tarde. Assim, além de poder desfrutar de uma vista panorâmica sem rival sobre os arredores, ainda beneficiará de uma explicação sumária sobre a sinalização da costa. Mas é sempre prudente telefonar de cultura, encontrará uma praia com um

vasto areal e algumas zonas de banhos bem defendidas do mar por meio de paredões naturais delimitados pelas rochas. Essas zonas são ótimas para as crianças, pois aí as águas são tranquilas e pouco profundas. Alguns passadiços em cimento permitem aceder, com comodi-dade, aos melhores locais.

Um dos sítios ideais para deixar as crian-ças brincarem à vontade encontra-se na pequena baía, junto ao castelo velho, no extremo norte da praia. Apesar de, nessa zona, a areia ser um pouco mais grossa, há diversas poças pouco pro-fundas onde a água, aquecida pelo sol, fica tépida e agradável até para os miú-dos mais friorentos. Algumas albergam pequenos animais de espécies diver-sas, que também constituem um bom entretenimento.

A praia dispõe ainda de um bom parque de estacionamento e de diversos bares e restaurantes. Quem não gostar muito de

praia pode aproveitar para dar um agra-dável passeio na zona marginal, que se encontra bem arranjada e está equipada com diversos bancos, de onde se pode apreciar confortavelmente o mar. Por sua vez, os que dispõem de bicicleta encon-trarão diversos trilhos convidativos, quase todos sem a mínima inclinação.

Se tiver um veículo todo o terreno, con-tinue pela estrada de terra batida que acompanha a orla marítima. O piso é irregular e encontra-se em mau estado; por isso, conduza com precaução e vá devagar. A estrada passa por diversas praias pequenas, umas de areia, outras de calhaus rolados, com recantos muito agradáveis que podem ser uma boa opção para quem goste de um pouco mais de privacidade. Este percurso cos-teiro também lhe permitirá apreciar alguns moinhos típicos da região. Após contornar pela direita um campo de fute-bol, atravesse uma ponte que passa por um ribeiro e estacione. Aproveite para

reparar na enorme quantidade de aves Farol de Montedor Moinhos típicos da região

(6)

24 25

tar o Dólmen da Barrosa, que também está bem indicado. A última tabuleta aponta para uma abertura num muro, que continua por um carreiro à esquerda até ao monumento, que está bem pre-servado. No entanto, este monumento megalítico já não tem mamoa.

Na zona ribeirinha da vila, encontra-se, junto ao estuário do rio Âncora, a praia. Tanto se pode utilizar a parte do rio, com água mais quente, calma e pouco profunda, como a ampla zona atlân-tica, de ondas revigorantes. Ambas dis-põem de ótima areia fina. Perto existe um parque infantil e um bom espaço de estacionamento.

Moledo

Depois, siga sempre à beira-mar, até entrar em Moledo. Aproveite para apre-ciar os diversos recantos costeiros por onde vai passando. Nota positiva para o corredor pedonal que acompanha prati-camente toda esta linha costeira.

Perto da praia de Moledo, existe um par-que infantil e ótimas esplanadas. A praia possui um extenso areal com bons equipamentos, ou não fosse conside-rada uma das melhores praias do Norte do país.

Voltando à EN13, continue na direção de Caminha. Depois de passar uns pinhais, e ainda antes de entrar em Caminha, vire à esquerda onde vir indicado Foz do Minho. A estrada acompanha, do lado direito, a linha da costa e, do outro lado, uma mata densa de aspeto agradável, percorrida por diversos trilhos e cami-nhos. Passando o parque de campismo, chegará a um largo com parque de esta-cionamento. Aí, se o desejar, poderá ini-ciar um pequeno percurso pedestre na Mata Nacional do Camarido.

Junto ao parque de estacionamento existe um bom restaurante com espla-nada e um pequeno parque infantil. Daí também se pode aceder a uma praia de vasto areal, através de passadiços eleva-antes de aparecer (contacto: 258 835 167).

Além disso, como não existem visitas oficiais, também não há um preço oficial para a visita. Na prática, fica ao critério de cada um.

Afife

A praia de Afife é uma praia de reco-nhecida qualidade e que dispõe de um enorme areal. É vigiada e disponibiliza infraestruturas e equipamentos diversos. Os acessos ao local são bons, e a vege-tação dunar acompanha toda a extensão da praia. Não há dúvida de que merece uma visita, a não ser que considere que, por agora, já chega de praia. Nesse caso, entre na povoação. Logo à entrada, encontrará um pequeno jardim, onde foi erguida uma estátua em homenagem ao poeta Pedro Homem de Mello. Em vida, o poeta “adotou” esta aldeia, tendo aqui vivido durante vários anos.

Depois, suba até ao Largo do Cruzeiro, estacione o carro e procure o espaço da associação cultural que dá pelo nome de Associação Casino Afifense. É aqui que se encontra instalado o pequeno museu arqueológico, organizado pela associa-ção NAIAA (Núcleo Amador de Investi-gação Arqueológica de Afife). Na altura da publicação deste livro, o espaço encontra-se encerrado para obras, com data prevista para a reabertura em meados de 2012. O melhor é telefonar, de forma a saber se já é possível fazer a visita.

Parte do espólio deste museu pode ser visto no centro cívico de Vila Praia de Âncora.

Local: Largo Tomás Fernandes Pinto. Contacto: 258 980 020/967 061 751 (Sr. Joaquim Oliveira).

Passeando um pouco pela povoação, encontrará uma ponte em ferro forjado, com bancos na parte central. Ao lado desta ponte, perto do riacho, existe um agradável parque de merendas, com mesas e bancos de pedra e piso relvado. O riacho é regulado por um açude, em cuja base se forma um pequeno fundão que é uma autêntica piscina natural. Ainda em Afife, siga a direção Monte de Santo António, até chegar a um largo que se encontra no final do caminho. Se ainda não teve oportunidade de espraiar o olhar pelo horizonte, deixe aí o carro e suba a pé (cerca de 50 metros) até à capela e à falésia rochosa a sul, de onde desfrutará de uma panorâmica lindíssima dos arredores.

Continuando o caminho pela EN13 na direção de Caminha, passará pouco depois por um empreendimento turístico, chamado A Sereia da Gelfa, onde existem piscinas, restaurantes, etc. Contrastando com esta “diversão garrida”, repare, à direita, no belo e sóbrio cruzeiro despre-zado, junto a um caminho de terra batida.

Vila Praia de Âncora

Chegado a Vila Praia de Âncora, siga a indicação Monte Calvário. Junto a uma bonita capela, existe um parque infan-til, um outro de merendas e uma espla-nada sossegada. Se quiser descansar um pouco, tem aqui uma boa opção, que satisfará, com certeza, miúdos e graúdos. Um pouco mais acima, no topo do monte, encontrará uma outra capela, esta bas-tante curiosa, uma vez que está encai-xada numa rocha. Também aqui existem mesas e bancos de pedra e está assina-lado um circuito de manutenção através

(7)

dos para evitar o esmagamento da vege-tação das dunas.

Nas marés vazias de maior amplitude, os mais arrojados poderão passar a vau para a ilhota do Forte da Ínsua (onde se encontra a fortaleza mandada recons-truir por D. Manuel e um antigo convento de frades franciscanos). Mas convém ter alguma prudência, já que as marés costu-mam subir rapidamente. Trata-se, definiti-vamente, de uma aventura a encarar com a devida cautela, sobretudo se estiver acompanhado de crianças.

Caminha

Mais tarde, retroceda até à entrada de Caminha e siga para o centro da vila, onde poderá ver um dos monumentos emblemáticos da terra: a bonita Torre do Relógio, a única que resta das dez torres que, em tempos idos, rodeavam a vila. Ali perto, poderá ainda apreciar o Chafariz do Terreiro (da autoria de João Lopes, tal como o de Viana) e a Igreja da Misericórdia.

Ainda na Praça Conselheiro Silva Torres, não deixe de desfrutar algum tempo numa das agradáveis esplanadas que aí

se encontram e repare na fachada e no brasão da Casa dos Pitas, obra de estilo manuelino, que data do séc. xvii.

Deixe--se envolver pelo ambiente quase medie-val do centro histórico da cidade.

Museu Municipal de Caminha

Continuando o passeio, desça pela Rua Ricardo Joaquim Sousa e dirija-se ao Museu Municipal de Caminha, que se encontra junto à biblioteca municipal. Este museu dispõe de uma exposição permanente de arqueologia. Trata-se, essencialmente, de artefactos recolhidos em escavações arqueológicas efetuadas nos arredores: cerâmicas, objetos da Idade do Ferro, tecelagens, ânforas, etc. Especialmente interessante é a vitrina sobre a utilização de moluscos na Anti-guidade – como alimentos, ferramentas, ornamentos, adubo, etc. Curiosamente, aí encontrará também uma maqueta do Dólmen da Barrosa, que referimos atrás. Local: Travessa do Tribunal.

Contacto: 258 710 310 (câmara municipal).

Igreja matriz

Um pouco abaixo, depois de passar pelo posto de turismo (à esquerda), encontra--se a lindíssima igreja matriz, um templo de estilo gótico cuja construção foi ini-ciada nos finais do século xv e se

prolon-gou por mais de sessenta anos. No inte-rior, aprecie o retábulo do Santíssimo sacramento, onde se encontram as ima-gens dos doze apóstolos.

Miradouro da Fraga

Depois, volte ao automóvel e siga as indi-cações Vilarelho e Miradouro da Fraga. Desta vez, sugerimos mesmo que não deixe de lá ir para apreciar a paisagem. É que não se trata apenas de mais um mira-douro: este é “o” miradouro deste canto de Portugal. A paisagem estende-se

(8)

28 29

Após alguns quilómetros, passará por um parque de merendas, a Zona de Lazer de Covas, do lado esquerdo da estrada. Fica sob um bosque de carvalhos, ao lado do rio e junto a um açude. Tem mesas, ban-cos, grelhadores, serviços sanitários, etc. Ou seja, está muito bem equipada, e a paisagem é belíssima, o que faz dela um ótimo ponto de paragem.

Seguindo caminho, vire pouco depois à direita, onde está indicado Argas e Vilari-nho. A subida para a serra de Arga faz-se através de uma paisagem muito bonita, onde apetece ir parando aqui e ali, de forma a apreciar convenientemente a natureza, que nesta região se encontra ainda em estado semisselvagem.

Quando vir a indicação Arga de Cima, vire nessa direção. Estacione e visite a pé esta povoação. Na parte alta da aldeia, depois da pequena ponte, verá vários moinhos antigos, que se sucedem em cascata. Também poderá aproveitar para comprar mel caseiro da região. Repare igualmente nos telhados dos espiguei-ros, recobertos por placas grosseiras de piçarra (espécie de arenito muito vulgar nesta serra).

Regresse à estrada, que continua a subir através de enormes blocos de pedra e matagal farto. Depois, já na descida, passará pelo ribeiro de São João, onde existe uma pequena praia fluvial junto a um açude, numa paisagem aprazível. Depois de passar Arga de São João, começa novamente a descortinar-se, ao longe, a costa atlântica e o estuário do rio Minho. Se quiser, pode fazer um pequeno desvio em Dem e subir ao Miradouro da Senhora das Neves, de onde se tem acesso a uma das melhores panorâmi-cas da serra de Arga. No local, existe um retiro com mesas e bancos.

Siga depois para Orbacem, onde poderá apreciar a curiosa e invulgar figura bar-roca de granito que serve de suporte ao relógio de sol, no adro da igreja paroquial. A seguir, vire à esquerda, na direção de Viana do Castelo. Passará por diversas povoações, entre as quais Outeiro e Outeirinho, atravessando uma paisagem dominada, essencialmente, por terrenos de cultivo e vinhas. Em Perre, poderá adquirir bordados típicos da região.

Viana do Castelo

De regresso a Viana, aproveite para mais um passeio a pé pelo centro da cidade. Desça a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra e ruas transversais, mui-tas delas cortadas ao trânsito. Se a tem-peratura estiver amena, prolongue o passeio até à beira-rio, jantando, even-tualmente, num dos vários restaurantes disponíveis.

por todo o estuário do rio Minho e pela costa espanhola adjacente. Uma visão vertiginosa!

Vilar de Mouros

Saia de Caminha na direção de Vila Nova de Cerveira e vire à direita seguindo a indicação Vilar de Mouros.

Aprecie a bela ponte românica e depois siga a indicação de Azenhas. Encontrará uma excelente praia fluvial, situada num recanto lindíssimo do rio Coura. Abaixo de um açude, formou-se uma praia de areia e calhaus rolados com uma profun-didade de água suficiente para agradar aos adultos e razoavelmente segura para as crianças, desde que sejam cuidadosas. O Bar das Azenhas possui uma ótima esplanada com algumas mesas de pedra, e nem sempre é utilizada pela clientela.

Normalmente, o proprietário acede a um pedido delicado para usar as mesas, mesmo que não se consuma nada. É  claro que isso só acontecerá se não houver reservas por parte de clientes. Outra opção para um bom piquenique na mesma terra é o parque de merendas que fica junto à ponte, perto do campo de futebol. Deste local, também se des-fruta de um bom panorama do rio e, ao lado, existe outra praia fluvial muito agradável.

Serra de Arga

Depois, continue o percurso tomando a direção de Paredes de Coura. A estrada acompanha o rio, ladeada por arvoredo alto – um caminho relaxante, com várias fontes e boas panorâmicas do rio. Existe quase sempre espaço à beira da estrada para apreciar calmamente a paisagem ou tentar a sorte na pesca da truta.

Praia fluvial de Vilar de Mouros

Referências

Documentos relacionados

de lôbo-guará (Chrysocyon brachyurus), a partir do cérebro e da glândula submaxilar em face das ino- culações em camundongos, cobaios e coelho e, também, pela presença

4 Este processo foi discutido de maneira mais detalhada no subtópico 4.2.2... o desvio estequiométrico de lítio provoca mudanças na intensidade, assim como, um pequeno deslocamento

A democratização do acesso às tecnologias digitais permitiu uma significativa expansão na educação no Brasil, acontecimento decisivo no percurso de uma nação em

b) Execução dos serviços em período a ser combinado com equipe técnica. c) Orientação para alocação do equipamento no local de instalação. d) Serviço de ligação das

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

Esta pesquisa discorre de uma situação pontual recorrente de um processo produtivo, onde se verifica as técnicas padronizadas e estudo dos indicadores em uma observação sistêmica

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

Finally,  we  can  conclude  several  findings  from  our  research.  First,  productivity  is  the  most  important  determinant  for  internationalization  that