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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL

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APELAÇÃO Nº 0005961-97.2014.8.19.0042. Página 1 APELAÇÃO N° 0005961-97.2014.8.19.0042

Apelante: IBERIA LINEAS AEREAS DE ESPAÑA S.A. Apelados: MARCIA SANTOS RAMOS MOURA E OUTRO

Origem: Juízo de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Petrópolis

APELAÇÃO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAL E MORAL. TRANSPORTE AÉREO. RELAÇÃO DE CONSUMO. Overbooking. Realocação em voo de outra empresa. Trajeto mais longo e com escala. Alteração da classe adquirida. Chegada ao destino com atraso de seis horas. Perda do transfer para o hotel. Responsabilidade da empresa aérea configurada. Falha na prestação do serviço contratado. Responsabilidade civil objetiva. Dano moral configurado. Verba reparatória fixada em R$ 10.000,00 (dez mil reais), para cada autor, a qual deve ser mantida, apesar de aquém dos valores arbitrados por este Tribunal em casos semelhantes, eis que não foi objeto de recurso por parte dos demandantes. Dano material comprovado. Aplicação do artigo 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor. Sentença que merece pequeno reparo quanto ao termo a quo para incidência dos juros moratórios no que se refere à reparação por dano moral, ante a existência de relação contratual. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO, NA FORMA DO ARTIGO 557, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de ação de indenização por danos material e moral, ajuizada por MARCIA SANTOS RAMOS MOURA e HELIO ROBERTO DINIZ MOURA em face de IBERIA LINEAS AEREAS DE ESPAÑA S.A., na qual os autores alegam, em síntese, que adquiriram passagens aéreas junto à empresa ré, na classe executiva, com destino a Barcelona, em voo sem escala, e, ante a ocorrência de overbooking, foram realocados em voo de outra empresa, com escala e com assentos na classe econômica. Afirmam que chegaram ao destino final com seis horas de atraso e, por essa razão, perderam o transfer para o hotel. Lastreado nessa narrativa, pedem a condenação da empresa ré à restituição em dobro da diferença existente entre o valor pago pela aquisição de passagens na classe executiva e aquela em que foi prestado o serviço (classe econômica), além de indenização por dano moral.

A sentença (pasta 00094) foi proferida com o seguinte dispositivo, in verbis:

JOSE ACIR LESSA GIORDANI:000015393

Assinado em 06/04/2015 16:50:57

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APELAÇÃO Nº 0005961-97.2014.8.19.0042. Página 2 “... Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, para condenar os Réus ao pagamento de R$ 10.000,00 a título de dano morais , com correção monetária e juros legais a partir da presente, para cada Autor e R$ 28.320,00, com correção desde a data do voo e juros legais a partir da citação, todos os valores consoante índices estabelecidos pela Egrégia Corregedoria-Geral de Justiça à época do pagamento. Condeno os Réus ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios estabelecidos em 15% sobre o valor da condenação ...”

Inconformada, a ré interpôs recurso de apelação, tempestivo e preparado (pasta 00110), o qual foi recebido em seus regulares efeitos (pasta 00111).

Alega, em síntese, que inexiste nos autos o dever de indenizar por dano material, tendo em vista que o transporte foi devidamente realizado. Afirma que não houve cobrança indevida, não ensejando, assim, a restituição em dobro. Ressalta que os critérios adotados para a realização do cálculo não estão corretos. Argumenta que, sendo mantida a condenação ao pagamento de indenização pelo dano material, faz-se necessária a redução do valor fixado. Destaca que não houve fato capaz de ensejar a reparação por dano moral, eis que, embora tenha ocorrido overbooking no voo contratado, o transporte foi realizado no mesmo dia, com segurança e na opção de voo escolhida pelos demandantes. Frisa que os apelados chegaram com apenas algumas horas de atraso ao destino, fato que não prejudicou em nada os planos de viagem. Assevera que a indenização foi fixada em valor excessivo, violando os Princípios da Razoabilidade, da Proporcionalidade e da Vedação do Enriquecimento sem Causa. Requer a reforma da sentença para afastar as indenizações fixadas a título de danos material e moral ou, caso não seja este o entendimento desta Corte, pugna pela redução dos exorbitantes valores fixados (pasta 00100).

As contrarrazões prestigiam a sentença recorrida (pastas 00113). É o relatório. Decido.

Presentes as condições recursais (legitimidade, interesse e possibilidade jurídica) e os pressupostos legais (órgão investido de jurisdição, capacidade recursal das partes e regularidade formal - forma escrita, fundamentação e tempestividade), a apelação deve ser conhecida.

A relação entre as partes é de consumo, uma vez que os autores se enquadram no conceito de consumidor (artigo 2º do CDC), e a empresa ré no de fornecedora de serviço (artigo 3º do CDC).

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APELAÇÃO Nº 0005961-97.2014.8.19.0042. Página 3 De acordo com o artigo 14 do CDC, é objetiva a responsabilidade dos fornecedores de serviços, como, no presente caso, da empresa de transporte aéreo, pelos danos causados aos seus clientes/passageiros por falha na prestação do serviço.

Aplica-se, no caso em tela, a teoria do risco do empreendimento, só afastável se comprovado que o defeito inexiste, decorreu de fato exclusivo da vítima ou de terceiro (artigo 14, parágrafo 3º, do CDC). Nesta hipótese, então, se rompe a relação de causa e efeito entre o serviço e o dano supostamente experimentado.

Narram os autores que adquiriram passagens aéreas, na classe executiva, para a cidade de Barcelona, em voo direto, operado rela empresa ré, com saída em 25.12.2013, às 21:05 horas, e previsão de chegada à cidade espanhola em 26.12.2013, às 12:40 horas. Relatam que, no momento em que realizavam o check in, foram surpreendidos com a notícia de que o voo estava com overbooking e não poderiam embarcar. Contam que, após várias reclamações, a demandada propôs reembolsar o valor das passagens ou realocá-los em voo de outra companhia aérea, em classes separadas – um na classe econômica e o outro na executiva. Ressaltam que, quanto à última opção, a ré não reembolsaria a diferença da importância paga. Alegam que, na hipótese de aceitarem a primeira opção, além da frustração por não viajarem, perderiam, ainda, os valores pagos a título de hospedagem e transporte que foram desembolsados por ocasião da aquisição do pacote de viagem.

Frisam que, após as reclamações, foram realocados em um voo da empresa British Airways, com escala em Londres e embarque marcado para as 23:45 horas, ou seja, três horas após o horário contratualmente previsto. Afirmam que chegaram ao destino final às 20:00 horas do dia 26.12.2013, seis horas após a previsão inicial de chegada a Barcelona. Com o atraso, ressaltam que perderam o transfer que faria o deslocamento do aeroporto para o hotel, tendo que arcar com as despesas de transporte até o local.

A empresa aérea, ora apelante, não nega os fatos narrados. Porém, limita-se a afirmar que o voo contratado pelos autores teve overbooking. Ressalta que não houve preterição de embarque dos demandantes, os quais foram realocados em voo com conexão em Londres. Alega que, ante toda a assistência prestada, não há que se falar em responsabilidade da companhia aérea e, consequentemente, em dever de indenizar eventual prejuízo patrimonial sofrido. Frisa que a prática do overbooking não gera dano moral e que os apelados, em momento algum, foram expostos a situações vexatórias, constrangedoras ou mesmo humilhantes a ensejar uma indenização.

Mas tais aspectos não possuem o condão de elidir sua responsabilidade, restando configurada a má-fé da empresa aérea,

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APELAÇÃO Nº 0005961-97.2014.8.19.0042. Página 4 conforme bem fundamentado pelo Juízo a quo, in verbis: “... O consumidor adquire uma passagem, bem mais cara, a fim de ter conforto em sua viagem, e é surpreendido com a falta de assento, o que revela extrema má fé da empresa, reconhecida na defesa, quando explicita que é comum vender mais passagens do que a capacidade da aeronave ...”.

Frise-se que a prática de overbooking caracteriza a ocorrência de fortuito interno, não excluindo a responsabilidade do prestador de serviços, eis que tal fato faz parte da atividade desempenhada pela companhia aérea, inerente aos riscos do seu empreendimento.

Certo é que a ré não se desincumbiu de seu ônus processual quanto à prova de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito dos autores (artigo 333, inciso II, do CPC).

Verifica-se que os fatos extrapolam o mero aborrecimento do cotidiano. Isso porque os apelados não puderam embarcar no voo contratado, sem escala e em classe executiva, para Barcelona, sendo realocados em voo de outra companhia aérea e em classe inferior àquela contratada. Para agravar a situação, os autores chegaram ao seu destino final (Barcelona) com mais de seis horas de atraso, tempo que poderia ser utilizado para usufruir a viagem.

Como bem destacado pelos demandantes, caso não aceitassem esta opção dada pela apelante ou na hipótese de receberem o reembolso do valor dispendido com as passagens, “... além de terem a frustração de não viajar ainda perderiam os valores pagos a título de hospedagem e transporte que foram pagos no pacote adquirido ...”.

Cumpre ressaltar que, ao adquirir a passagem aérea, o consumidor passa a ter a legítima expectativa de ser transportado com segurança, pontualidade e qualidade. A perda dessa legítima expectativa afronta o Princípio da Confiança e gera o dever de reparar o dano patrimonial e moral causado, nos termos do artigo 6º, inciso VI, do CDC.

Com efeito, os documentos trazidos à colação (pastas 00022 a 00037) comprovam a falha na prestação do serviço contratado pelos autores, tendo os mesmos se submetido à realocação em voo de outra companhia, em classe inferior à contratada, com escala em Londres e com chegada ao destino final – Barcelona – com atraso de mais de seis horas. Tais fatos comprometeram todo o projeto da viagem e proporcionaram aos demandantes momentos de angústia e desconforto, sendo certo que o descumprimento contratual por parte da apelante gerou abalo psicológico aos recorridos.

No caso em tela, o dano moral carece de comprovação, pois existe in re ipsa, eis que decorre da gravidade da própria conduta. Assim sendo, verificado o fato ofensivo, restará demonstrado o dano moral em razão de uma presunção natural.

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APELAÇÃO Nº 0005961-97.2014.8.19.0042. Página 5 Assim, a ré deve responder objetivamente pelos danos causados, nos termos do artigo 14 do CDC, sendo certo que o dano moral sofrido pela parte autora decorre dos transtornos gerados pela situação de desconforto, aflição, ansiedade e insegurança por ela vivenciados, em razão da falha na prestação do serviço.

Em relação ao valor da indenização, quando se trata de dano moral, orienta o Egrégio Superior Tribunal de Justiça que o Magistrado atue com ponderação, vez que não há critérios fixos para a quantificação dos referidos danos no Direito Brasileiro.

“... não havendo critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral, sendo, portanto, recomendável que o arbitramento seja feito com moderação e atendendo às peculiaridades do caso concreto.” (in RESP 435119; Relator Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira; DJ 29/10/2002).

A fixação do quantum debeatur, conforme a orientação supracitada, deve se dar de forma que o valor arbitrado seja suficiente para reparar o dano sofrido, sem jamais se constituir em fonte de lucro indevido para aquele que sofreu a ofensa.

À luz dos Princípios da Proporcionalidade e da Razoabilidade, bem como da Vedação do Enriquecimento sem Causa, e considerando-se as características do caso concreto, sem deixar de considerar, ainda, o caráter punitivo e a natureza preventiva da indenização, o valor arbitrado na sentença – dez mil reais –, apesar de aquém das quantias fixadas por este Tribunal para casos semelhantes, deve ser mantido, eis que não foi objeto de recurso por parte dos demandantes.

Neste sentido o entendimento deste Tribunal:

APELAÇÃO Nº 0222604-12.2013.8.19.0001 - JDS. DES. MARCELO MARINHO - Julgamento: 17/03/2015 - VIGESIMA SETIMA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR - “APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS MORAIS - atrasos longos e injustificados nos vôos -- perda de conexão e voo em classe inferior à adquirida- Condenação ao pagamento de danos Morais e Materiais - FIXAÇÃO DOS DANOS MORAIS EM R$ 13.000,00 - INDENIZAÇÃO QUE SE ADEQUA À INTENSIDADE DO DANO. Pagamento da diferença do valor da passagem entre a classe executiva e a efetivamente disponibilizada ao autor - cômputo das milhas originalmente adquiridas - DESPROVIMENTO DO RECURSO.”

APELAÇÃO Nº 0001951-62.2012.8.19.0209 - DES. WERSON REGO - Julgamento: 25/02/2015 - VIGESIMA QUINTA

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APELAÇÃO Nº 0005961-97.2014.8.19.0042. Página 6 CAMARA CIVEL CONSUMIDOR “DIREITO DO CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE CIVIL. TRANSPORTE AÉREO NACIONAL. CANCELAMENTO DE VOO E EXTRAVIO DE BAGAGEM. PRETENSÃO INDENIZATÓRIA DE DANOS MATERIAIS E COMPENSATÓRIA DE DANOS MORAIS. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. APELAÇÃO CÍVEL INTERPOSTA PELO RÉU, VISANDO À REDUÇÃO DA VERBA COMPENSATÓRIA DO DANO MORAL E À EXCLUSÃO DA INDENIZAÇÃO DO DANO MATERIAL. INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE DOS RECURSOS, QUANTO AO PEDIDO DE AFASTAMENTO DO DANO MATERIAL, FALTA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA SENTENÇA. ATRASO NO VOO INFERIOR A DUAS HORAS E EXTRAVIO DE BAGAGEM. DANO MORAL QUE SE VERIFICA IN RE IPSA. VERBA COMPENSATÓRIA FIXADA EM R$ 13.000,00 (TREZE MIL REAIS), QUE SE HARMONIZA COM OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E NÃO PROVIDO.”

No que se refere aos danos materiais, decorrentes da diferença entre o valor pago pelas passagens na classe executiva e aquele correspondente à classe em que o serviço foi prestado – classe econômica –, foram devidamente comprovados (pasta 00038) e devem ser ressarcidos, em dobro (artigo 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor), pela apelante, no importe de R$ 28.320,00 (vinte e oito mil, trezentos e vinte reais), conforme cálculo apresentado pelos demandantes às fls. 13/14. Cabe destacar que a empresa ré não impugnou referido valor nem a devolução em dobro, conforme bem ressaltado pelo Juízo a quo, in verbis: “... No que tange ao dano material o mesmo está cabalmente demonstrado, eis que a houve um dispêndio de valores, sem a fruição do serviço, caracterizando enriquecimento sem causa. Deixou a Ré de impugnar os valores carreados, tampouco o pedido de ressarcimento em dobro ...”.

Neste sentido o entendimento deste Tribunal de Justiça em casos semelhantes. Confira-se:

APELAÇÃO Nº 0097046-69.2009.8.19.0001 - DES. ANA MARIA OLIVEIRA - Julgamento: 13/11/2012 - OITAVA CAMARA CIVEL – “Responsabilidade Civil. Ação proposta por consumidores em face de agência de viagens e operadora de turismo objetivando indenização por danos material e moral decorrentes de inúmeros transtornos sofridos durante viagem de lua de mel. Procedência parcial do pedido, condenadas as Rés ao pagamento de indenização por danos material e moral. Apelação da Operadora de Turismo. Overbooking do hotel contratado, sendo os recém-casados hospedados em hotel diverso. Defeito no serviço prestado pelo

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APELAÇÃO Nº 0005961-97.2014.8.19.0042. Página 7 estabelecimento hoteleiro, que aceitou reservas em número superior ao de suas acomodações disponíveis, que não caracteriza fato de terceiro e nem constitui causa excludente da responsabilidade da operadora de turismo que integra a cadeia de consumo. Contratação de operadora de viagens que gerou nos consumidores a expectativa de um serviço eficiente e seguro, o que não se verificou. Recém-casados que foram submetidos ao constrangimento e mal-estar de ter que discutir a situação de sua hospedagem em sua viagem pós-núpcias. Dever de indenizar. Dano moral configurado. Indenização fixada em R$ 12.000,00, montante compatível com a repercussão dos fatos narrados nos autos, observados critérios de razoabilidade e de proporcionalidade. Cobrança indevida das acomodações de hotel que eram diversas das contratadas, que conduziu, com acerto, à devolução em dobro dos valores pagos, nos termos do artigo 42, parágrafo único da Lei 8.078/90. Valor da indenização arbitrada na sentença da qual deve ser deduzido valor já pago aos Apelados. Execução do julgado que demanda intimação dos devedores, a qual deve se dar na pessoa de seu patrono, por publicação no Diário Oficial. Provimento parcial da apelação.”

Por fim, merece ser corrigida a sentença no que se refere ao termo a quo para a incidência dos juros de mora referentes à reparação por dano moral, a qual deve se dar desde a citação até a data do efetivo pagamento, haja vista que os fatos narrados derivam de relação contratual, na forma da Súmula nº 54 do Superior Tribunal de Justiça, desde já consignando que essa possibilidade de correção de ofício encontra-se pacificada pelo verbete nº 161 deste Egrégio Tribunal de Justiça:

"Questões atinentes a juros legais, correção monetária, prestações vincendas e condenação nas despesas processuais constituem matérias apreciáveis de ofício pelo Tribunal." (Referência: Processo Administrativo nº.

0014101 57.2011.8.19.0000 - Julgamento em

22/11//2010 - Relator: Desembargadora Leila Mariano. Votação unânime).

Por tais motivos e com fundamento no artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao presente recurso e, de ofício, determino que os juros moratórios referentes à reparação por dano moral incidam a partir da citação, ante a existência de relação contratual, mantendo-se os demais termos daquele julgado.

Rio de Janeiro, 06 de abril de 2015.

JOSÉ ACIR LESSA GIORDANI JDS DESEMBARGADOR RELATOR

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