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CONJUNTURA ECONÔMICA INDICADORES SELECIONADOS PELO FAE INTELLIGENTIA 1 IPC-FAE ÍNDICE DE PREÇOS DA CLASSE MÉDIA CURITIBANA

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Academic year: 2021

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INDICADORES SELECIONADOS PELO FAE INTELLIGENTIA1

CONJUNTURA ECONÔMICA

IPC-FAE – ÍNDICE DE PREÇOS DA CLASSE MÉDIA CURITIBANA

O Índice de Preços ao Consumidor da Classe Média de Curitiba - IPC-FAE, medido pela FAE Business School, verifica as variações no custo de vida da classe média curitibana. Ele acompanha as mudanças nos preços de 275 bens e serviços que compõem o consumo das famílias com renda entre 10 e 40 salários mínimos.

O IPC-FAE registrou variação de 0,88% em março, 0,43 ponto percentual acima da obtida em fevereiro. O índice acumulado em 12 meses subiu para 8,79%, decorrente das altas taxas verificadas nos meses deste ano e do ano passado, exceto em setembro de 2004. De janeiro a março de 2005, a taxa ficou em 8,79%, abaixo da observada em todo o ano de 2004 (9,64%).

O grupo que mais pressionou o índice foi transportes, com alta de 1,53% – perante a variação de -0,44% em fevereiro (a menor variação desde setembro de 2004). As principais altas foram: gasolina (9,3%), álcool combustível (6,89%) e automóvel de passeio nacional zero (0,9%). Por outro lado, passagem de avião (-9,65%) e acessórios para veículos (-0,96%) impediram uma maior aceleração do grupo.

Em seguida, aparece o grupo alimentos, que saltou de -0,4% para 1,14%. As maiores pressões foram: almoço e jantar, de 1,92%; e tomate, de 19,15%.

Esses dois grupos (transportes e alimentos) foram responsáveis por cerca de 65% da inflação de março.

Mantendo-se em alta, habitação captou 0,94%, ante 1,1% em fevereiro. As variações mais relevantes foram em aluguel de moradia, de 1,33%; e de condomínio, de 0,68%.

O grupo educação apresentou recuo de 6,58% para 0,49% em março, devido ao término dos aumentos de seus itens que se dão no início do ano letivo.

Artigos de residência captaram desaceleração para 0,34%, tendo sido registrado 0,52%, no mês anterior. Outras variações: vestuário, 0,58% ante 0,16%; saúde e cuidados pessoais, 0,32% ante 0,15%; comunicação, depois de dois meses consecutivos sem apresentar variação, registrou 0,14% neste mês, e despesas pessoais, de 0,3% para 0,47%.

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Em março, além dos combustíveis, tiveram aumentos: planos de saúde, 0,93%; excursão (não escolar), 3,12% e gastos com psicóloga e fisioterapeuta, 1,25%.

Outros itens que apresentaram variação negativa: cerveja bar/ restaurante (-2,19%), filé mignon (-4,17%) e jóias (-2,37%). Vale lembrar que essas variações não foram suficientes para baixar o custo de vida do curitibano, se comparado a fevereiro.

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Em março de 2005, o Núcleo por Médias Aparadas (0,62%) ficou além do índice geral do IPCA (0,61%). Já o Núcleo por exclusão fechou o mês em alta de 0,42%.

O Núcleo por Exclusão do IPCA apresentou desaceleração em relação a fevereiro, de 0,93% para 0,42% em março, decorrente do expurgo dos efeitos dos reajustes das mensalidades em fevereiro, obtendo uma taxa de 7,37% no acumulado em 12 meses, encerrado em março. O Núcleo pelas Médias Aparadas registrou estabilidade de um mês para outro, passando de 0,60% para 0,62% em março. A taxa acumulada em 12 meses foi de 7,43% no mês de junho, ou seja, muito próxima do outro núcleo. No acumulado de 2005, o Núcleo por Exclusão apresenta alta de 1,91%; o por Médias Aparadas, de 1,89%; e o IPCA cheio, alta de 1,79%, evidenciando que a inflação resiste em ceder. Com as constantes altas do IPCA, a variação acumulada em 12 meses tem se elevado acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), encerrando no mês de março em 7,54%, 0,15 ponto percentual acima da verificada em fevereiro.

O IPC-FAE registrou em abril de 2004 uma inflação inferior à média brasileira. Mas, a partir de maio, houve uma inversão da curva, e, em março de 2005, o custo de vida da classe média curitibana foi superior ao da média da população brasileira em mais de um ponto percentual (8,79% contra 7,54% do Brasil).

No acumulado de 2005, o IPCA já apresenta alta de 1,79%; e o IPC-FAE, de 1,87%.

A tendência das taxas acumuladas em 12 meses é de leve queda, devendo cumprir a meta estabelecida pelo CMN pelo segundo ano seguido, ainda que terminem muito próximas ao teto da meta, estipulado para 2005.

A inflação brasileira, medida pelo IPCA, apresentou variação de 0,61% em março. Nota-se que nos últimos três meses ela tem se mantido estável, ao redor de 0,6% a.m. Em março, a alta nos preços deveu-se ao aumento das tarifas dos ônibus urbanos (5%), ocorrido especialmente em São Paulo, elevando os preços no setor de transportes de 0,13% para 1,33% entre fevereiro e março.

Também ficaram mais caras e pressionaram o índice do mês as contas de água e esgoto, que obtiveram alta de 4,42%, reflexo dos aumentos decorrentes de reajustes em seis regiões.

A inflação apurada pela FAE para Curitiba, após manter-se abaixo do IPCA por quatro memanter-ses, voltou a ultrapassar a média nacional neste mês. Isso se deve, principalmente, aos dois aumentos da gasolina averiguados no período.

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A taxa de desemprego brasileira vem sofrendo altas consecutivas desde o início de 2005. O ano de 2004 terminou com uma taxa de 9,6% em dezembro, seguido de alta em janeiro (10,2%), fevereiro (10,6%) e março (10,8%). Ressalta-se que tal alta é sazonal e menos intensa que a do mesmo período de 2004, (12,8%), ou seja, embora em alta, a taxa encontra-se dois pontos percentuais abaixo, evidenciando o forte aumento da oferta de trabalho.

A taxa de desemprego da RMC teve pequena redução, passando de 8,7%, em fevereiro, para 8,5%, em março, percentual que está abaixo da média nacional. Esse acréscimo pode ser atribuído ao maior número de pessoas procurando emprego. Observa-se, no entanto, que embora inferior ao desemprego brasileiro, houve uma piora do nível global de emprego paranaense em relação ao nacional.

Em março de 2005, havia na RMC 996 mil pessoas trabalhando. Destas, a maior parcela correspondia a pessoas empregadas com carteira assinada, representando 55% do total. Havia 225 mil pessoas, ou 18%, empregadas sem carteira. Os trabalhadores por conta própria correspondiam a 21% do total e os empregadores eram 6%, ou 73 mil.

A redução da taxa de desemprego nos últimos meses e o aumento do número de postos de trabalho formais criados, no decorrer de 2004 e início de 2005, no Paraná, levaram ao aumento do emprego formal em relação ao informal. No entanto, em março de 2005, quase metade das pessoas ocupadas na RMC ainda se encontrava sem registro de trabalho (empregadas sem carteira ou trabalhando por conta própria).

No Brasil, no primeiro trimestre de 2005, já foram criados quase 300 mil novos postos de trabalho com carteira assinada, havendo mais de 3 milhões de admissões e 2,742 milhões de desligamentos. No Estado do Paraná, foram abertas 89,7 mil novas vagas e fechadas 74,15 mil em março de 2005, o que resultou em um saldo positivo de 15,5 mil vagas. Em fevereiro, haviam sido criadas 77 mil vagas, e o saldo positivo fora inferior a 10 mil postos de trabalho com carteira assinada.

No acumulado dos três primeiros meses de 2005, já foram admitidos mais de 238 mil trabalhadores; e mais de 210 mil, demitidos, resultando em quase 28 mil novos postos de trabalho.

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Com a desvalorização cambial de 1999, as exportações de autos ficaram mais competitivas, fato que, aliado à retração do mercado interno, levou a mudanças estratégicas nas montadoras. Em 2004, as exportações alcançaram o total de 494 mil automóveis e 642 autoveículos, ou seja, alta de 12,1% e 20%, respectivamente. Comparando o ano de 2004 com o ano de 1999, no qual ocorreu a retomada das exportações, verifica-se um aumento de 142% nos automóveis e 133,7% nos autoveículos, o que comprova a mudança estratégica do setor, que espera exportar quase US$ 10 bilhões em 2005.

As vendas de automóveis mantiveram praticamente a mesma postura da produção, com pequenas diferenças no final do período. Em 2004, as vendas de automóveis e autoveículos fecharam em 1,263 milhões e 1,564 milhões, respectivamente. Em relação ao ano de 2003, verifica-se um crescimento de 16,7% nos automóveis e de 19% nos autoveículos. A maior alta dos autoveículos é explicada pelo acréscimo nas vendas de caminhões, fruto do aumento da safra agrícola brasileira. Se, na década de 1990, a produção de automóvel era voltada principalmente para o mercado nacional, a partir de 2000, nota-se um aumento das exportações, o que possibilitou um melhor mix mercadológico para as empresas.

As montadoras de automóveis registraram no ano de 2004 a maior produção de todos os tempos, com 1,755 milhões de automóveis de passeio, num total de 2,206 milhões de autoveículos, o que inclui ônibus e caminhões. Comparando com 2003, observou-se um aumento de 16,6% nos automóveis e 20,7% nos autoveículos.

Nota-se pela média móvel trianual que, de 2000 até 2004, o crescimento da produção de automóveis é contínuo, após a recessão do biênio 1998 e 1999. Tal recuperação da produção deveu-se mais ao aumento das exportações que ao crescimento do mercado interno, ainda prejudicado.

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O Banco Central levanta, junto a cerca de 100 instituições do mercado financeiro, as projeções que cada uma faz para as principais variáveis econômicas. A pesquisa é divulgada às segundas-feiras pelo Bacen e tem caráter informativo. Embora ajude na tomada de decisões do Banco Central, não restringe as ações de política monetária e cambial do banco. De janeiro a abril de 2005, observam-se três fortes movimentos. O primeiro é a melhora nas expectativas da economia real. Houve pequeno aumento da expectativa do crescimento do PIB e, principalmente, das contas externas. O saldo da balança comercial elevou-se de US$ 26,1 bilhões em janeiro para US$ 29,84 bilhões em abril e o da conta corrente passou de um superávit de US$ 3 bilhões em janeiro para um de US$ 4,7 bilhões no mesmo período. O segundo está ligado à valorização da taxa cambial que, se por um lado pressiona os exportadores, por outro, facilita o pagamento das dívidas em dólar, o que reduz o passivo externo. E por fim, e de forma negativa, aparece a aceleração da expectativa para o fechamento da taxa Selic de 16% para 17,5%, para dezembro de 2005. A expectativa para o IPCA de 2005 passou de 5,67% em janeiro para 5,88% em abril, assim, embora tenha se distanciado do centro da meta (5,1%), continua dentro dos limites da banda superior de 7%.

Após um ano de forte crescimento do PIB (5,2% em 2005), espera-se a possibilidade de continuidade desse processo, ainda que em menor intensidade. Para tanto, o aumento global do investimento é imprescindível, visto ser o nível nacional de investimento insuficiente para manter uma forte trajetória do crescimento; e fundamental, a atração de Investimento Direto Estrangeiro (IED). O total de IDE em 2003 foi de US$ 9,9 bilhões, e de US$ 18,2 bilhões no ano passado. É importante ressaltar que, em 2004, o valor final foi inflado pela operação de trocas de ações da Ambev, no valor de US$ 6 bilhões. Ainda assim, o montante final mostrou forte recuperação, superando a meta inicial de US$ 10 bilhões. No primeiro trimestre de 2005, os IDE já alcançam US$ 3,5 bilhões, ou 28% superiores ao ano passado, o que levou os agentes a estimarem uma atração mínima de US$ 14 bilhões. Por outro lado, os Investimentos em Carteira têm-se recuperado, principalmente, nos meses de fevereiro e março, fruto das altas taxas de juros praticadas pelo Bacen. Vale lembrar que, no final de 2004, foi aprovado o projeto das Parcerias Público-Privadas, que precisam do fundo garantidor para que sejam colocadas em prática, além de serem mais um útil instrumento na atração do IDE.

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IPCA 4,75 4,95 5,15 5,35 5,55 5,75 5,95 6,15

jan-05 fev-05 mar-05 abr-05

% 2005 2006 IGP-M 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0 6,2 6,4 6,6 6,8 7,0

jan-05 fev-05 mar-05 abr-05

% 2005 2006 IGP-DI 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0 6,2 6,4 6,6 6,8 7,0

jan-05 fev-05 mar-05 abr-05

2005 2006

%

TAXA DE CÂMBIO (FIM DO PERÍODO)

2,30 2,40 2,50 2,60 2,70 2,80 2,90 3,00 3,10

jan-05 fev-05 mar-05 abr-05

2005 2006 R$/US$ BALANÇA COMERCIAL 22 24 25 27 28 30 31 33 34

jan-05 fev-05 mar-05 abr-05

US$ bilhões 2005 2006 CONTA CORRENTE -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0

jan-05 fev-05 mar-05 abr-05

US$ bilhões 2005 2006 OVER-SELIC 13,5 14,0 14,5 15,0 15,5 16,0 16,5 17,0 17,5 18,0 % a.a. 2005 2006

DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO

49,5 50,0 50,5 51,0 51,5 52,0

jan-05 fev-05 mar-05 abr-05

% PIB

2005 2006

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO

12,5 13,0 13,5 14,0 14,5 15,0 15,5 US$ bilhões 2005 2006 CRESCIMENTO DO PIB 3,5 3,6 3,7 3,8 3,9 4,0 4,1 % 2005 2006 3,20 mai-05

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