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RELATÓRIO TÉCNICO DE DEFESA CONTAS ANUAIS DE GESTÃO FUNDO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE JACIARA EXERCÍCIO 2012

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RELATÓRIO TÉCNICO DE DEFESA CONTAS ANUAIS DE GESTÃO

FUNDO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE JACIARA

EXERCÍCIO 2012

PROCESSO N.º : 12386-2/2012

PRINCIPAL : Fundo Municipal de Previdência Social do Município de Jaciara (RPPS)

ASSUNTO : Defesa das Contas Anuais de Gestão do Fundo Municipal de Previdência Social do ano de 2012

GESTOR : Claudécio Gonçalves da Silva

RELATOR : Auditor Substituto de Conselheiro Isaias Lopes da Cunha

EQUIPE TÉCNICA : Eduardo Benjoino Ferraz – Auditor Público Externo Iris Conceição Souza Silva – Auditor Público Externo

Gisele Cristina Miguel Assunção – Técnico de Controle Público Externo

1. INTRODUÇÃO

Excelentíssimo Conselheiro Relator,

Regressam os presentes autos a esta equipe de auditoria, para análise das alegações e documentos apresentados pelo Sr. Claudécio Gonçalves da Silva, Diretor Executivo do Fundo Municipal de Previdência Social dos Servidores de Jaciara.

As alegações de defesa versam sobre os pontos do Relatório Preliminar de Auditoria, anexo às fls. 357 a 386 -TCE/MT, sobre os quais o Tribunal solicitou esclarecimentos em 10/04/2013, através do Ofício 63/2013/GAB.ILC.TCE (fl. 390-TCE/MT).

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Silva, Diretor Executivo do Fundo, foram protocolados nesta Corte com o n°108.618- D/2013 (fl.393-TCE/MT), em 24/04/2013, dentro do prazo estabelecido no § 1º, do artigo 61, da Lei 269/2007 - Lei Orgânica deste Tribunal.

2 . ANÁLISE DA DEFESA

A defesa opõe-se aos seguintes achados apontados no relatório técnico preliminar de auditoria:

1. HB 05. Contrato Grave 05. Ocorrência de irregularidades na formalização dos contratos (Lei nº 8.666/1993 e demais legislações vigentes).

1.1. Ausência da devida formalização de contratos, em face da ausência dos orçamentos para a contratação (justificativa de preços contratados), contrariando artigo 24 da Lei 8666/93 (Item 3.4, subitem 1).

Síntese da Defesa

O defendente alega, às fls 396 a 397, que nos processos de dispensa, como o caso em tela(Lei 8666/93, art. 24, inciso II), não são exigidas o cumprimento de etapas formais imprescindíveis comuns aos processos de licitação, deve sim obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade e probidade administrativa impostos à Administração Pública.

O defendente ressalta, ainda, que a PREVI-JACI observou os princípios acima citados.

Análise da Defesa

Refuta-se o argumento do defendente ao argumentar sobre a desnecessidade das etapas formais, mesmo em licitações dispensadas, dispensáveis ou inexigíveis, algumas formalidades são necessárias, como por exemplo a cotação de preços e

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exigibilidade de certidões negativas de INSS e FGTS, fato esse corroborado pelos acórdãos e decisões seguintes:

Faça constar dos processos de dispensa de licitação, especialmente nas hipóteses de contratação emergencial, a justificativa de preços a que se refere o inciso III do art. 26 da Lei 8.666/1993, mesmo nas hipóteses em que somente um fornecedor possa prestar os serviços necessários à Administração, mediante a verificação da conformidade do orçamento com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente ou, ainda, com os constantes do sistema de registro de preços, os quais devem ser registrados nos autos, conforme Decisão TCU 627/1999 - Plenário.

Acórdão do TCU reafirma a necessidade da cotação de preços e caso não seja possível de ser realizada, as devidas justificativas devem ser anexadas ao processo. In verbis:

ACÓRDÃO Nº 1685/2010 - TCU - 2ª Câmara (...)

faça constar dos processos de licitação, dispensa ou inexigibilidade, consulta de preços correntes no mercado, ou fixados por órgão oficial competente ou, ainda, constantes do sistema de registro de preços, em cumprimento ao disposto no art. 26, parágrafo único, incisos II e III, e art. 43, inciso IV, da Lei nº 8.666/1993, consubstanciando a pesquisa no mercado em, pelo menos, três orçamentos de fornecedores distintos, e justificando sempre que não for possível obter número razoável de cotações;

Assim sendo, a pesquisa de preços, nas contratações públicas, deve em regra, ser realizada de forma ampla, consignando o máximo de preços encontrados, devendo haver, no mínimo, a juntada de 3(três) fornecedores do ramo pertinente ou justificativa para a ausência e ainda consulta a ser efetivada junto aos órgãos públicos e junto aos sistemas de compras.

LICITAÇÕES, CONTRATOS, CONVÊNIOS E CONGÊNERES. Licitação. Dispensa. Processo administrativo. Necessidade de formalização.

Resolução(s) de Consulta nº 03 /2007 (DOE 23/10/2007)

É indispensável a formalização de processo administrativo na contratação de bens ou serviços mediante dispensa de licitação (inclusive quando se tratar de valor inferior a R$ 8.000,00).

Esse critério visa assegurar o cumprimento dos princípios atinentes à licitação e das exigências gerais previstas na Lei nº 8.666/1993 (Grifo nosso)

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relevância econômica não justifica os gastos com uma licitação comum, alguns requisitos formais são necessário, como a juntada das cotações de preço e certidões negativas de FGTS e INSS no caso de contratação direta com pessoa jurídica, in verbis:

Resolução de Consulta nº 39/2008 (DOE, 25/09/2008) e Acórdão nº 1.741/2005 (DOE, 09/11/2005). Licitação. Habilitação. Certidão Negativa de Débitos. Exigência da FGTS e do INSS. Outros documentos.

Independentemente do valor a ser adquirido e de outros requisitos legais, a Administração Pública deverá sempre exigir a Certidão Negativa de Débitos do INSS e FGTS quando se tratar de aquisição de pessoa jurídica, sendo que a exigência dos demais documentos de habilitação ocorrerá de acordo com as regras estabelecidas na Lei de Licitações, dependendo das peculiaridades do objeto a ser licitado.

Fica portanto, mantida a irregularidade.

2. MB 03. Prestação Contas Grave 03. Divergência entre as informações enviadas por meio físico e/ou eletrônico e as constatadas pela equipe técnica (art. 175 da Resolução Normativa TCE-MT nº 14/2007).

2.1. Divergência entre informações obtidas pelo Sistema Aplic cidadão na consulta por

elementos de despesas e as informações obtidas pelo Anexo XLI referentes às despesas(Item 3.5, subitem 1).

Síntese da Defesa

Aduz o defendente que a divergencia de dados entre as informações obtidas pelo sistema Aplic e as informações obtidas no anexo XLI se deve ao fato de que no Item das obrigação tributária e contributiva (no sistema aplic) não estava deduzido o valor do PASEP (valor de 14.288,76) enquanto no anexo XLI esse valor já se encotrava liquido, em relação ao item "outros serviços de pessoas jurídica", no APLIC o valor foi computado pelo valor total e no Anexo XLI o item "outros serviços de pessoas jurídica" foi desagrupado, por isso a divergencia entre valores, ao aos elementos do item no Anexo XLI o valor fica o mesmo do APLIC, conforme tabela anexado à fl. 398 do presente

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processo.

Análise da Defesa

Ante as justificativas apresentados pela Defesa (Fl. 398) e as consequentes argumentações, entende-se que o apontamento deve ser desconsiderado.

Fica portanto, sanado o item apontado .

3. CONCLUSÃO

Após análise dos argumentos, justificativas e documentos apresentados, foi regularizado o item 2, subitem 2.1 e chega-se à conclusão de que deve ser mantido o seguinte achado encontrado pela Equipe Técnica:

1. HB 05. Contrato Grave 05. Ocorrência de irregularidades na formalização dos contratos (Lei nº 8.666/1993 e demais legislações vigentes).

1.1.Ausência da devida formalização de contratos, em face da ausência dos orçamentos para a contratação (justificativa de preços contratados), contrariando artigo 24 da Lei 8666/93 (Item 3.4, subitem 1).

Respeitando as opiniões contrárias, é o relatório de análise da Defesa .

Secretaria de Controle Externo da 4° Relatoria do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso em Cuiabá - MT, 10 de maio de 2013.

Iris Conceição Souza da Silva Auditor Público Externo

Referências

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