CONSIDERAÇÕES INICIAIS
É crescente o percentual da carga
tributária no Brasil em relação ao Produto Interno Bruto - PIB;
Também são crescentes os custos
para controle e gestão desta carga tributária;
São muitos os desafios na área de
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Conceito segundo o CTN, art. 96:
A expressão legislação tributária
compreende as leis, os tratados e
as convenções internacionais, os
decretos e as normas
complementares que versem, no
todo ou em parte, sobre tributos e
relações jurídicas a eles
SISTEMA TRIBUTÁRIO
NACIONAL
É o conjunto de normas constitucionais de
natureza tributária, inserido no sistema jurídico global, formado por um conjunto unitário e ordenado de normas
subordinadas aos princípios fundamentais reciprocamente harmônicos, que organiza os elementos constitutivos do Estado, que outra coisa não é senão a própria
Constituição. (HARADA, Kiyoshi. Direito financeiro e tributário. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 322)
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (Art. 150, I, CF)
O princípio da legalidade consiste num dos
fundamentos do Estado Democrático de
Direito. Notável conquista da humanidade, na medida em que suprime da vontade do
detentor do poder a fixação da obrigatoriedade das condutas, não poderia deixar de estar
presente no universo tributário. Neste sentido, a obrigação do cidadão transferir parte de seu patrimônio para os cofres do Poder Público não pode prescindir da edição da lei competente.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
Princípio da isonomia tributária
A lei, em princípio, não deve dar tratamento
desigual a contribuintes que se encontre em
situação equivalente (CF, art. 150, II). A União, Estados, Distrito Federal e Municípios não poderá instituir tratamento tributário desigual entre
contribuintes que se encontrem na mesma
situação. Trata-se de outro princípio com raio de ação superior ao universo tributário. Verdadeiro
elemento conformador da ordem jurídica como um todo, fixa a premissa de que todos são iguais
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
Princípio da Irretroatividade tributária
A lei tributária só vale em relação a fatos
geradores ocorridos depois do início da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentados (CF, art. 150, III, a). A União, Estados, Distrito Federal e Municípios não podem cobrar tributos em relação a fatos
geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentados.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
TRIBUTÁRIOS
Princípio da anterioridade (art. 150,
III, b)
Entende-se por princípio da não-surpresa do
contribuinte a adoção de uma técnica que permita o conhecimento antecipado da
instituição ou aumento de tributos. Assim, o sujeito passivo poderia realizar um
planejamento adequado de suas atividades econômicas levando em conta os ônus
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
TRIBUTÁRIOS
Princípio da Uniformidade geográfica
O tributo da União deve ser igual em todo o
territorial geográfica, sem distinção entre os
Estados (CF, art. 151, I). A União deverá instituir tratamento tributário uniforme a todas as unidades da federação. Isso seria uma ofensa aos princípios da isonomia e uniformidade geográfica. Portanto, não pode acontecer. A Lei Maior admite
expressamente os incentivos fiscais destinados a promover o desenvolvimento regional. Se houver necessidade de equilibrar social e economicamente uma determinada região do país, a União poderá dar incentivos fiscais.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
TRIBUTÁRIOS
Princípio da Imunidade de Tráfego
Não pode a lei tributária limitar o tráfego
interestadual ou intermunicipal de
pessoas ou bens, salvo o pedágio de via conservada pelo poder público (CF, art. 150, V; CTN, art. 9º, III). A regra não proíbe a cobrança dos tributos usuais, mas apenas eventual cobrança pela
simples travessia de fronteiras estaduais ou municipais.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
Princípio da Vedação de distinção
em razão de Procedência ou Destino
É vedado aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e
serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino (CF, art. 152).
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
TRIBUTÁRIOS
Princípio da tipologia tributária
As taxas e os impostos não podem ter a
mesma base de cálculo; portanto, as espécies tributárias são definidas pela distinção de dois fatores: hipótese de incidência e base de cálculo, conforme se depreende do art. 145, § 2º.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
É a atribuição dada aos entes
políticos (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios) para instituir
tributos.
Ao falar de competência não estamos a tratar apenas do poder de tributar, mas também na limitação a este poder.EXERCÍCIO
Competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a determinado ente político para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a hipótese de
incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota. Sobre a competência tributária, avalie o asserto das afirmações adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opção correta.
( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra.
( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia.
( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais.
RESPOSTA QUESTÃO
• LETRA D
• CUIDADO!
IMUNIDADES TRIBUTÁRIA
Pode ser entendida como como não-incidência constitucionalmente qualificada, ou seja, não
incidência, pois coloca uma determinada situação fora da incidência de uma regra de tributação.
Constitucionalmente, pois as hipóteses de imunidade estão previstas no texto constitucional e, por
fim, qualificada, pois, ao contrário de uma
circunstância simples de não incidência, quando determinada situação deixa de ser definida como hipótese de incidência ou o ente político deixar de exercer a competência atribuída pela Constituição
Federal (negativa), na imunidade temos uma previsão expressa (positiva) de hipótese de não-incidência.
IMUNIDADE X ISENÇÃO
A imunidade atua no plano da
definição da competência tributária, tem previsão constitucional e é uma
hipótese de não-incidência qualificada; enquanto que a isenção atua no plano do exercício da competência tributária, é definida por lei infraconstitucional e é uma hipótese de exclusão do crédito tributário.
SITUAÇÕES DE IMUNIDADE
IMUNIDADE RECÍPROCA (ART. 150 VI, “A” CF)
A imunidade recíproca está prevista no art. 150, VI, “a” da Constituição
Federal ao vedar “à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou serviços, uns dos outros”.
SITUAÇÕES DE IMUNIDADE
IMUNIDADE DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO (ART. 150 VI, “B” CF)
A imunidade dos templos de qualquer culto está prevista no art. 150 VI, “b” da
Constituição Federal ao vedar à União, Estados, Distrito Federal e Municípios
instituir impostos sobre templos de qualquer culto. A presente imunidade tem como
escopo a proteção da liberdade religiosa prescrita no art. 5°, inciso VI da Carta Magna.
SITUAÇÕES DE IMUNIDADE
IMUNIDADE DO PATRIMÔNIO, RENDA OU SERVIÇOS DOS PARTIDOS POLÍTICOS, INCLUSIVE SUAS FUNDAÇÕES, DAS ENTIDADES SINDICAIS DOS TRABALHADORES, DASINSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEM FINS LUCRATIVOS (ART. 150 VI, “C” CF)
O art. 150 VI, “a” da Constituição Federal veda à União, Estados, Distrito Federal e Municípios a instituição de
impostos sobre o “patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.”. A presente vedação em tributar tem seu fundamento na necessidade de se preservar os instrumentos
asseguradores da Democracia (art. 1°, V da CF), na
liberdade de associação sindical (art. 8° da CF) e no fomento de iniciativas de caráter social (art. 6° da CF).
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS
TRIBUTÁRIAS
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre
rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS
TRIBUTÁRIAS
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal.
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS
TRIBUTÁRIAS
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios;
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS
TRIBUTÁRIAS
Art. 159. A União entregará:
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma:
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do
Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer;
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano;
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS
TRIBUTÁRIAS
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a
destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.)
§ 1º - Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
§ 2º - A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
§ 3º - Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso.
REPARTIÇÃO TRIBUTÁRIA
ESQUEMA DIDÁTICO
São impostos da UNIÃO (7) - II, IE,
IR, IPI, IOF, ITR, IGF (imposto sobre grandes fortunas)
São impostos dos ESTADOS E DF (3)
– ITCMD, ICMS, IPVA
São imposto MUNICIPAIS (3) – IPTU,
REPARTIÇÃO TRIBUTÁRIA
ESQUEMA DIDÁTICO
UNIÃO reparte com ESTADOS E MUNICÍPIOS
ESTADOS repartem só com MUNICÍPIOS
MUNICÍPIOS não repartem com ninguém
REPASSE DA UNIÃO PARA
OS ESTADOS
1) 100% DO IRRF (imposto de renda retido na fonte) sobre os rendimentos pagos pelos
Estados/DF;
2) 20% dos impostos residuais (se criados); 3) 10% do IPI proporcionalmente às
exportações de produtos industrializados do Estado;
4) 29% do CIDE Combustível;
5) 30% do IOF sobre o ouro utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial conforme a origem da operação;
REPASSE DA UNIÃO PARA
OS MUNICÍPIOS
1) 100% da arrecadação do IRRF sobre os rendimentos pagos pelo município;
2) 50% do ITR relativos aos imóveis do
município (ressalvada a hipótese do art. 153, §4º, III da CF em que os municípios poderão, por convênio com a UNIÃO,
arrecadar 100% do ITR);
3) 7,25% da CIDE Combustível;
4) 70% do IOF sobre o ouro utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial conforme a origem da operação;
REPASSE DOS ESTADOS
PARA OS MUNICÍPIOS
1) 50% do IPVA dos veículos licenciados em seu território;
2) 25% do ICMS;
3) 2,5% do IPI transferido pela União aos Estados proporcional às
exportações ocorridas no território estadual (equivale à 25% dos 10% que os Estados receberam a título de IPI);
FUNDOS DE PARTICIPAÇÃO
FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS/DF (FPE): 21,5% do IPI E IR, já excluindo o IRRF que
pertence integralmente aos Estados;
FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS (FPM): 22,5% +1% da arrecadação do IPI e do IR já
excluindo a parcela do IRRF que pertence integralmente aos municípios;
FUNDOS DE PARTICIPAÇÃO
FUNDOS CONSTITUCIONAIS DE FINANCIAMENTO DO NORTE (FNO), NORDESTE (FNE) E CENTRO-OESTE (FCO):
3% do total da arrecadação do IPI e do IR destinados ao desenvolvimento econômico e social através de programas de financiamento aos setores produtivos das regiões; 50% do FNE é destinado às atividades do semi-árido.
FUNDO DE COMPENSAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES (FPEX ou IPI-Ex):
Criado tendo em vista a imunidade que afasta a incidência do ICMS sobre as exportações. Os
IMPOSTO DE RENDA
PESSOA JURÍDICA - IRPJ
Aspecto constitucionalArt. 153 Compete a União instituir impostos sobre: ...
III – Renda e proventos de qualquer natureza; ...
§2º O imposto previsto no inciso III:
I – Será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;
IMPOSTO DE RENDA
NO CTN
Art. 43 - O imposto, de competência da União, sobre a
renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do
trabalho ou da combinação de ambos;.
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos
os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
§ 1º A incidência do imposto independe da denominação da
receita ou do rendimento, da localização, condição
jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (acrescentado pela LC-000.104-2001)
§ 2º Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do
exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (acrescentado pela
IMPOSTO DE RENDA
Renda da Pessoa Jurídica = Lucro = Receitas(-)Despesas Disponibilidade Jurídica da Renda –Regime de Competência Art.187,§1ºda Lei 6.404/76–Lei das Sociedades Anônimas §1º Na determinação do resultado do exercício serão
computados:
i) as receitas e os rendimentos ganhos no período,
independentemente de sua realização em moeda; e j) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou
incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
IMPOSTO DE RENDA
-CONTRIBUINTES
Art. 45 - Contribuinte do imposto é o titular
da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa
condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte
pagadora da renda ou dos proventos
tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.
IMPOSTO DE RENDA
-CONTRIBUINTES
- PESSOAS JURÍDICAS (Incluindo as empresas públicas e sociedades de economia mista);
- PESSOAS FÍSICAS
LUCRO REAL, LUCRO PRESUMIDO E
LUCRO ARBITRADO
Art. 44 - A base de cálculo do imposto
é o montante, real, arbitrado ou
presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.
Assim:
Lucro real;
Lucro presumido; Lucro arbitrado.
IMPOSTO DE RENDA
LUCRO REAL
Conceito – é o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial,
denominado lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações
autorizadas pela legislação do imposto de
renda. Os ajustes do lucro líquido do período de apuração e a demonstração da apuração do lucro real devem ser transcritos no Livro de apuração do Lucro Real (LALUR).
IMPOSTO DE RENDA
APURAÇÃO TRIMESTRAL
Se a opção for pela apuração trimes-tral, este deve ser determinado em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de
setembro e 31 de dezembro, com base no resultado líquido de cada trimestre.
IMPOSTO DE RENDA
ALÍQUOTA
1 – Alíquota normal de 15% sobre a totalidade da base de cálculo, ou seja, 15% de lucro
real;
2 – alíquota adicional de 10% sobre a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 60.000,00 – limite trimestral. No caso de início das atividades, o limite trimestral será proporcional ao número de meses, ou seja, R$ 20.000,00 para cada mês em que a
IRPF – PRINCÍPIOS APLICÁVEIS E CRITÉRIOS ORIENTADORES
Renda
é o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos.
Proventos
de qualquer natureza são os acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de renda.
Em relação à receita ou ao rendimento,
a incidência do imposto independe de sua denominação, origem e forma de percepção;
Em relação à fonte da receita ou dos rendimentos,
incidência do imposto independe de sua localização, condição jurídica ou nacionalidade.
FIQUE ATENTO!
Conforme artigo 43, §1º, do CTN, assim nos diz:
“§ 1o A incidência do imposto
independe da denominação da receita ou do rendimento, da
localização, condição jurídica ou
nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.”
IRPF – PRINCÍPIOS APLICÁVEIS E CRITÉRIOS ORIENTADORES
E se o beneficiário da renda não residir no Brasil?
Ainda assim estará sujeito à incidência do imposto brasileiro se a fonte dos
rendimentos estiver situada no País.
E se a fonte pagadora não for brasileira?
não haverá incidência do IR brasileiro, se o beneficiário morar no exterior
IRPF – PRINCÍPIOS APLICÁVEIS E CRITÉRIOS ORIENTADORES
“Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: (...) III - renda e proventos de qualquer natureza; (...)
§ 2º - O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da
universalidade e da progressividade, na forma da
lei;” (Grifos nosso)
ATENÇÃO: generalidade - sujeição de todas as pessoas à incidência do imposto (abrangência subjetiva);
universalidade - alcance da tributação em relação a quaisquer espécies de rendimentos, independentemente de sua denominação (abrangência objetiva).
IRPF – PRINCÍPIOS
APLICÁVEIS E CRITÉRIOS
ORIENTADORES
IRPF – PRINCÍPIOS APLICÁVEIS E CRITÉRIOS ORIENTADORES
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
> É um imposto cumulativo,
> É um imposto pessoal, (considerações de características pessoais dos sujeitos passivos para sua incidência)
> É um imposto direto, o sujeito passivo suporta o ônus da tributação sem que seja possível a transferência da tributação;
> Seu fato gerador é periódico, ocorre
dentro de um determinado período de tempo previsto na legislação tributária, (em especial o Decreto Federal nº 3.000, de 1999 (RIR)).
IRPF – PRINCÍPIOS APLICÁVEIS E CRITÉRIOS ORIENTADORES
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade
econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer
natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO IR
capacidade contributiva, isonomia, irretroatividade; não-confisco; uniformidade geográfica; anterioridade anual; legalidade; Dentre outros.ATENÇÃO!
IMPOSTO DE RENDA:
EXCEÇÃO PRINCÍPIO DA NOVENTENA Aplicação prática?
Legislação aplicável ao IR
Art. 153, III e §2°, I, da Constituição Federal de 1988;
Arts. 43 a 45 do CTN;
Leis 7.713/1988 e 9.250/95 (Imposto de Renda de Pessoas Físicas – IRPF); Leis 8.981/1995, 9.249/95 e 9.430/96 (Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas – IRPJ);
Decreto 3.000/1999 (Regulamento do IR).
IRPF
Incidência (Fato gerador); Rendimentos Brutos;
Rendimentos Tributáveis;
Rendimentos Isentos e Não tributáveis; Deduções;
Contribuintes e Responsáveis.
Fato Gerador / Incidência / Rendimentos
Fato Gerador / Incidência / Rendimentos
“Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. § 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do
exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.”
Fato Gerador / Incidência / Rendimentos
E exatamente quando ocorre o fato gerador?
De acordo com a legislação do IR, o fato gerador do imposto ocorre entre 1º de
janeiro e 31 de dezembro de um
determinado ano, denominado de ano-calendário.
Espécies de rendimentos
Conforme o RIR são estas: · Rendimento Bruto;
· Rendimentos Tributáveis; · Rendimentos Isentos;
Rendimento Bruto
Conforme o RIR/99:
“Art. 37. Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do trabalho ou da combina-ção de ambos, os alimentos e
pensões percebidos em dinheiro, os proventos de qualquer natureza, assim também
entendidos os acréscimos patrimoniais não corresponden-tes aos rendimentos
IRPF
Existem alguma circunstância ou característica dos rendimentos que
façam com que os mesmos não fiquem sujeitos à tributação?
De acordo com o artigo 38 do RIR, nada interfere na tributação, exceto em
relação a isenções, deduções e
imunidades expressa. Vejamos o
IRPF
E os rendimentos do menores ou incapazes são tributados?
Em nome de quem são tributados? Resposta – Art. 4º do RIR
Como é calculado o imposto? Resposta – Art. 14 do RIR
“Art. 14. Para fins do disposto no artigo anterior, o
imposto devido será calculado mediante a utilização dos valores da tabela progressiva anual (art. 86), calculados proporcionalmente ao número de meses do período
abrangido pela tributação no ano-calendário (Lei nº 9.250, de 1995, art. 15)”.
IRPF
“Art. 38. A tributação independe da
denominação dos rendimentos, títulos ou
direitos, da localização, condição jurídica ou
nacionalidade da fonte, da origem dos bens produtores da renda e da forma de percepção das rendas ou proventos, bastando, para a
incidência do imposto, o benefício do contribuinte por qualquer forma e a qualquer título.” (Grifos nosso)
Atenção: dispositivo diretamente ligado ao princípio da universalidade.
RIR/99
artigo 38 do RIR:
“Parágrafo único. Os rendimentos serão
tributados no mês em que forem recebidos, considerado como tal
toda entrega de recursos pela fonte pagadora, mesmo mediante depósito em instituição financeira em favor
IRPF
E os rendimentos oriundos do exterior? Artigo 43, §2º, do CTN:
“§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade,
para fins de incidência do imposto referido neste artigo.”
Rendimentos Tributáveis
De acordo com o artigo 43 do RIR, são
tributáveis os rendimentos provenientes do trabalho
assalariado, as remunerações por trabalho prestado no exercício de empregos, cargos e funções, e
quaisquer proventos ou vantagens percebidos, tais como os apresentados
Rendimentos Tributáveis
Atenção: Serão também considerados rendimentos tributáveis a atualização monetária, os juros de mora e
quaisquer outras indenizações pelo
atraso no pagamento das remunerações previstas
Rendimentos relativos aos ausentes no Exterior a Serviço do País
De acordo com o artigo 44, no caso de rendimentos do trabalho
assalariado recebidos, em moeda
estrangeira, por ausentes no exterior a
serviço do País, de autarquias ou
repartições do Governo brasileiro, situadas no exterior, consideram-se tributável vinte e cinco por cento (25%) do total recebido.
Rendimentos de Pensão Judicial
São tributáveis os valores percebidos,
em dinheiro, a título de alimentos ou pensões, em cumprimento de decisão
judicial ou acordo homologado
judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais. Observe que
apenas os valores recebidos em dinheiro é que poderão ser tributados. Em outra natureza, não.
Rendimentos da Atividade
Rural
- Art. 57 a 71 do RIR/99;
- Resultado da atividade rural, considerado como a diferença entre o valor da receita bruta recebida e o das despesas pagas no ano-calendário;
- A legislação do RIR permite ao produtor
rural, a compensação de prejuízos apurados em anos-calendários anteriores com
resultados positivos obtidos na exploração da atividade rural (condicional);
Rendimentos da Atividade
Rural
Cuidado: é vedada a compensação de resultado positivo obtido no exterior, com resultado negativo obtido no País. Por sua vez, na atividade rural, exercida no Brasil por residente ou domiciliado
no exterior, é vedada a compensação de prejuízos apurados.
Rendimentos da Atividade
Rural
Atenção: o resultado da atividade rural, quando positivo, integrará a base de
cálculo do imposto, na declaração de rendimentos e, quando negativo,
constituirá prejuízo compensável.
Obs. o contribuinte, ao invés de optar pela sistemática de apuração
apresentada anteriormente, poderá
apurar o resultado da atividade rural de forma presumida, hipótese em que o
resultado da atividade rural limitar-se-á a 20% da receita bruta do ano-calendário.
RENDIMENTOS ISENTOS OU
NÃO TRIBUTÁVEIS
Art. 39ss RIR/99
Ajuda de custo; Alienação de bens de pequeno valor; Alienação de único imóvel;
Alimentação, transporte e uniformes;
Benefícios percebidos por deficientes mentais; Bolsa de Estudo; Cadernetas de poupança;
Cessão Gratuita de imóvel; Diárias;
Doações e heranças; Indenização Decorrente de Acidentes; Indenização por rescisão de contrato de trabalho e FGTS;
Letras hipotecárias; Lucros e dividendos distribuidos;
DEDUÇÕES
BASE DE CÁLCULO
IRPJ
IRPJ
CONTRIBUINTE E RESPONSÁVEL
De acordo com o artigo 146 do RIR, são
contribuintes e terão seus lucros
apurados conforme esse decreto: as pessoas jurídicas;
as empresas individuais (estas empresas estão reguladas no artigo 980-A do Código Civil Brasileiro
BASE DE CÁLCULO (218 e 219)
Art. 218. O imposto de renda das pessoas jurídicas, inclusive das equiparadas, das sociedades civis em geral e das sociedades
cooperativas em relação aos resultados obtidos nas operações ou
atividades estranhas à sua finalidade, será devido à medida em que os rendimentos, ganhos e lucros forem sendo auferidos (Lei nº 8.981, de 1995, art. 25, e Lei nº 9.430, de 1996, arts. 1º e 55).
Art. 219. A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o lucro real (Subtítulo III), presumido (Subtítulo IV) ou arbitrado (Subtítulo V), correspondente ao período de apuração (Lei nº 5.172, de
1966, arts. 44, 104 e 144, Lei nº 8.981, de 1995, art. 26, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º).
Parágrafo único. Integram a base de cálculo todos os ganhos e
rendimentos de capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma
específica de incidência do imposto (Lei nº 7.450, de 1985, art. 51, Lei nº 8.981, de 1995, art. 76, § 2º, e Lei nº 9.430, de 1996, arts. 25, inciso II, e 27, inciso II).
ISENÇÕES
As isenções previstas no RIR são conferidas às seguintes pessoas e
entidades:
- Sociedades Beneficentes, Fundações, Associações e
Sindicatos;
- Entidades de Previdência Privada;
- Empresas Estrangeiras de Transportes; - Associações de Poupança e Empréstimo;
- Sociedades de Investimento Com Participação de
Capital
Estrangeiro;
- Entidade binacional ITAIPU ;
- Fundo Garantidor de Crédito – FGC, abrange os ganhos líquidos mensais e a retenção na fonte sobre os rendimentos de aplicação financeira de renda fixa e de renda variável.
IMUNIDADES
pessoas previstas na CF/88: · Templos de qualquer culto;
· Partidos Políticos e entidades sindicais dos trabalhadores;
· Instituições de educação e de
IMUNIDADE
Quanto às instituições de educação e de assistência social sem fins
lucrativos, temos ainda o seguinte:
- Considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços para os
quais houver sido instituída e os coloque à
disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos.
- Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não
apresente superávit em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine o resultado, integralmente, à manutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais.
- Não estão abrangidos pela imunidade os
rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável pelas instituições de educação ou de
LUCRO REAL
O que é o Lucro Real? É a base de cálculo do IRPF (art. 219 RIR/99)
E quem está obrigado à apuração do lucro
real? (art. 246 do RIR) PJ com receita anual > 48 milhões de Reais (nova redação pela Lei
10637/02) ; Instituições financeiras; a PJ que tiver rendimentos, ganhos e lucros advindos do exterior; beneficiária de isenção ou
redução do imposto; PJ factoring; outras não obrigadas
ADIÇÕES
- os custos, despesas, encargos, perdas, provisões,
participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o RIR, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real;
- os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o RIR, devam ser computados na
determinação do lucro real.
Ou seja, nesse caso devemos adicionar valores que não foram considerados para fins apuração do lucro líquido, mas que
deverão ser
levados em consideração para fins de apuração do valor do lucro real.
EXCLUSÕES (Art. 250)
I - os valores cuja dedução seja autorizada por este Decreto e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração;
II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não sejam computados no lucro real;
III - o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração
anteriores, limitada a compensação a trinta por cento do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas neste
Decreto, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e
documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para compensação, observado o
disposto nos arts. 509 a 515 (Lei nº9.065, de 1995, art. 15 e parágrafo único).
LUCRO PRESUMIDO (art. 516)
Lucro presumido é a base de cálculo
Apurada com base numa receita presumida da pessoa jurídica. É uma forma de tributação
simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem
obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real.
LUCRO PRESUMIDO (APURAÇÃO)
§ 5º O imposto com base no lucro
Presumido será determinado por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31
de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário,
observado o disposto neste Subtítulo (Lei nº 9.430, de 1996, arts. 1º e 25).
ATENÇÃO!
- A Opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em
relação a todo o ano-calendário;
Como é apurada a base de cálculo no lucro presumido? Assim como no lucro real,
a receita bruta será determinante para
encontrarmos a base de cálculo. Mas, com uma diferença: ela será integralmente
utilizada, sem que sejam considerados ajustes ou complementações, como ocorre para o
APURAÇÃO
No lucro presumido, a base de
cálculo do imposto e do adicional, em
cada trimestre, será determinada
mediante a aplicação do percentual
de oito por cento sobre a receita bruta auferida no período de
CUIDADO!
A Única dedução possível para o cálculo pelo lucro presumido é o Imposto de Renda retido na fonte
referente a quaisquer receita incluida na receita bruta daquele período
LUCRO ARBITRADO (Art. 530)
O lucro arbitrado somente poderá ser utilizado nas situações expressamente previstas no RIR, mais precisamente em seu artigo 530. De acordo com esse
artigo, o imposto, devido
trimestralmente, no decorrer do
ano-calendário, será determinado com base nos critérios do lucro arbitrado, quando das hipóteses do art. 530
Lucro arbitrado (percentuais)
Art. 532. O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, observado o disposto no art. 394, § 11, quando conhecida a receita bruta, será determinado mediante a aplicação dos percentuais fixados no art. 519 e seus parágrafos, acrescidos de vinte por cento (Lei nº 9.249, de
1995, art. 16, e Lei nº 9.430, de 1996, art. 27, inciso I).
Serão acrescidos à base de cálculo os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações
financeiras, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pela receita bruta, auferidos no período de apuração;
Verificada omissão de receita, o montante omitido será computado para determinação da base de cálculo do
imposto devido e do adicional, se for o caso, no período de apuração correspondente;
No caso de pessoa jurídica com atividades diversificadas, não sendo possível a identificação da atividade a que se refere a receita omitida, esta será adicionada àquela que corresponder o percentual mais elevado;
O arbitramento do lucro não exclui a aplicação das
penalidades cabíveis. Poderá ser deduzido do imposto
apurado na forma deste Subtítulo o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de
cálculo, vedada qualquer dedução a título de incentivo fiscal.
ALÍQUOTA
Por sua vez, a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante da multiplicação de
vinte mil reais pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de dez por cento (10%).
EXEMPLO PRÁTICO
Imagine que em determinado ano calendário for apurado lucro real de R$ 500.000,00, já considerando qualquer tipo de adição, exclusão ou compensação. Esse valor, para fins de apuração do valor do IRPJ a pagar,
será multiplicado pela alíquota de 15%, o que resultará no seguinte:
IPRJ = R$ 500.000,00 x 15% = R$ 75.000,00.
Agora devemos apurar se haverá adicional de alíquota
relativa à parcela excedente ao previsto no RIR. Segundo o RIR, e considerando um período
de apuração de 03 meses, apuramos o seguinte: V = R$ 20.000,00 x 03 = R$ 60.000,00.
CONTINUAÇÃO
Observe que o valor apurado como lucro real é de R$
500.000,00, portanto, superior ao valor encontrado para o período de apuração e relativo ao adicional de alíquota.
A alíquota adicional de 10% incidirá sobre o valor que exceder os R$ 60.000,00 apurados. Esse valor será o seguinte:
VA = R$ 500.000,00 – R$ 60.000,00 = R$ 440.000,00 x 10% = R$ 44.000,00.
Desse modo, somando esse valor ao anteriormente encontrado para o IPPJ normal, chegamos ao seguinte valor final de IRPJ a pagar: