Universidade Estadual Paulista
RESOLUÇÃO UNESP Nº 81, DE 25 SETEMBRO DE 2002
Aprova o Regulamento do Programa de Pós-graduação em Música, Curso de Mestrado, do Instituto
de Artes de São Paulo
O Vice-Reitor, no Exercício da Reitoria da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, com fundamento no inciso IX do art. 24 do Regimento Geral da Unesp, e nos termos do Despacho 15/01-CCPG-SG, em sessão de 7-2-2001, da Câmara Central de Pós-graduação e Pesquisa, baixa a seguinte resolução:
Artigo 1º - O Programa de Pós-graduação em Música, Curso de Mestrado, do Instituto de Artes de São
Paulo, reger-se-á pelo Regulamento anexo a esta resolução.
Artigo 2º - Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação. (Proc. 472/35/01/2000 -
IA-SP).
Pub. DOE de 26/09/2002, p : 24
Regulamento do Programa de Pós-Graduação em Música - Instituto de Artes da Unesp - Campus de São Paulo
TÍTULO I
Dos Objetivos e Disposições Gerais
Artigo 1º - O Programa de Pós-Graduação em Música do Instituto de Artes, Campus de São Paulo, da Universidade Estadual Paulista - Unesp tem como objetivo a formação de docentes, pesquisadores e recursos humanos especializados na área de Música.
Artigo 2º - O Programa de Pós-Graduação em Música do Instituto de Artes da Unesp está organizado sob a forma de Mestrado Acadêmico "stricto sensu", com a área de concentração Música, entendida como domínio especifico de especialização, para a qual se dirigem as atividades didáticas, de formação e de pesquisa.
Artigo 3º - O Programa de Pós-Graduação em Música será coordenado, em nível central, pela Câmara Central de Pós-Graduação e Pesquisa (CCPG);
Parágrafo único - Na organização do Programa de Pós-Graduação em Música do Instituto de Artes, serão observadas as disposições fixadas pelo órgão federal competente e, na estrutura, as normas fixadas pelo Estatuto e Regimento Geral da Unesp, pelo Regimento Geral de Pós-Graduação e pelo Regulamento do Programa.
Artigo 4º - O Programa de Pós-Graduação em Música deverá:
I - compreender estudos avançados e atividades de investigação no domínio específico da área de Música;
II - exigir dos candidatos ao título de Mestre, freqüência e aprovação em disciplinas, atividades programadas, aprovação em exame geral de qualificação e defesa pública de dissertação ou trabalho equivalente.
Artigo 5º - A integralização das atividades necessárias à obtenção do título acadêmico de Mestre será expressa em unidades de crédito;
§ 1º - Cada unidade de crédito corresponderá a quinze horas de atividades programadas; § 2º - As atividades programadas incluirão aulas teóricas e práticas, trabalhos exigidos pela
programação das disciplinas, trabalhos relacionados à elaboração da dissertação ou trabalho equivalente, e outras atividades que visem à boa formação dos candidatos;
§ 3º - O candidato ao Mestrado deverá integralizar, pelo menos, noventa e seis unidades de
crédito.
TÍTULO II
Do Corpo Docente
Artigo 6º - O corpo docente do Curso de Pós-Graduação em Música será constituído por professores com titulação acadêmica igual ou superior à de Doutor, vinculados à Unesp, a outras instituições de ensino superior ou de pesquisa, com ou sem vínculo formal, credenciados nos termos do Regimento Geral da Pós-Graduação da Unesp e do Regulamento do Curso de Pós-Graduação em Música do Instituto de Artes, na qualidade de professores permanentes ou visitantes;
§ 1º - A indicação de docentes e orientadores será feita pelo Conselho do Programa, devendo ser apreciada e aprovada pela Congregação, à vista da documentação apresentada;
§ 2º - O credenciamento será revisto anualmente e mantido, desde que o docente comprove atividades de orientação, docência, pesquisa e produção intelectual, no relatório anual prestado ao Conselho do Programa;
§ 3º - A titulação do docente interessado, titulado no Brasil, deverá ter sido obtida em instituição de ensino superior cujo curso de Pós-Graduação tenha sido recomendado pela CAPES;
§ 4º - A exigência constante do § 3º não será considerada, no caso de pesquisador cujo título tenha sido obtido em instituição de reconhecida competência, fora do Brasil, a juízo do Conselho, com aprovação da Congregação;
§ 5º - A indicação e credenciamento de orientadores no curso de Mestrado em Música se fará a partir do exame da documentação do interessado: curriculum vitae, plano da disciplina e relatório da pesquisa em desenvolvimento, apresentados ao Programa em formulário próprio, assim como manifestação do Conselho do Programa e aprovação pela Congregação;
§ 6º - O descredenciamento do docente se dará a pedido do interessado, ou por indicação o Conselho de Curso, com a aprovação da Congregação, pela não observância das exigências contidas no § 2º deste artigo;
§ 7º - Cada orientador poderá ter, no máximo, quatro orientandos, mesmo considerando sua participação em outros Programas da Unesp;
§ 8º - O Programa poderá ter trinta por cento, no máximo, de orientadores não vinculados à Unesp; § 9º - O interessado em participar do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Música deverá oferecer disciplina compatível com uma de suas linhas de pesquisa;
§ 10 - O docente poderá estar vinculado a uma ou mais linhas de pesquisa do programa, desde que desenvolva pesquisas relacionadas a cada uma delas;
§ 11 - Os docentes serão impedidos de integrar bancas examinadoras desde que tenham, com algum candidato inscrito ou com outro membro da banca, relações familiares ou de parentesco em até terceiro grau. O impedimento previsto neste parágrafo se aplica também aos casos de aceitação de orientandos no Programa de Pós-Graduação;
Artigo 7º - São atribuições do orientador:
I - elaborar, de comum acordo com seu orientando, o plano de estudos e manifestar-se acerca das alterações supervenientes;
II - acompanhar o desempenho do aluno, orientando-o em todas as questões referentes ao desenvolvimento de suas atividades acadêmicas programadas;
IV - solicitar ao Conselho do Programa as providências para realização do Exame Geral de
Qualificação e da Defesa Pública da Dissertação ou trabalho equivalente, sugerindo, em cada caso, nomes de especialistas para a composição da banca examinadora;
V - participar, como membro nato, das comissões examinadoras e bancas de seu orientando; VI - justificar pedidos de contagem e aproveitamento de créditos, bem como solicitações de suspensão de matrícula.
Artigo 8º - Poderá o orientador, de comum acordo com seu orientando, indicar um co-orientador;
§ 1º - Cabe ao co-orientador:
I - colaborar na elaboração do plano de atividades e do projeto de pesquisa do aluno, no que se refere a aspectos específicos; II - colaborar no desenvolvimento de partes
específicas da pesquisa, a critério do orientador;
§ 2º - O co-orientador somente participará da banca examinadora, no impedimento do orientador;
§ 3º - O co-orientador não precisa, necessariamente, ser credenciado no Programa, mas deverá ser autorizado pelo Conselho, mediante a comprovação da titulação de Doutor.
TÍTULO III
Do Corpo Discente
Artigo 9º - O corpo discente do Curso de Pós-Graduação em Música será constituído por alunos regulares, aprovados em processo seletivo.
Artigo 10 - Havendo vagas e mediante aprovação pelo Conselho do Programa, poderá ser aceita a matrícula, em até duas disciplinas, de alunos especiais, obedecida uma das condições abaixo: I - ter se submetido a exame de seleção para ingresso no curso, não sendo classificado; II - ser aluno matriculado em Programa de Pós-Graduação do mesmo nível;
§ 1º - Excepcionalmente, poderão ser admitidos, como alunos regulares ou especiais, portadores de diploma de curso superior em outras áreas, desde que comprovada sua formação musical;
§ 2º - Aluno especial ficará sujeito às mesmas normas de freqüência e avaliação exigidas do aluno regular.
Artigo 11 - As vagas para alunos especiais corresponderão a vinte e cinco por cento do total oferecido anualmente no Programa, mantida a mesma proporção para cada disciplina.Parágrafo único - Se o número de candidatos exceder o número de vagas, a seleção será realizada em função da análise do curriculum vitae e da justificativa apresentada.
Artigo 12 - Para fins de aproveitamento de créditos, o aluno especial, não poderá ultrapassar oito créditos, correspondentes a duas disciplinas.
Parágrafo único - O aluno especial poderá tornar-se regular, se aprovado e classificado em exame de seleção para ingresso no Programa de Pós-Graduação em Música; nesse caso, poderá solicitar aproveitamento dos créditos obtidos, de acordo com o estabelecido no caput deste artigo. Artigo 13 - Para o ingresso no Programa de Pós-Graduação em Música, os candidatos deverão submeter-se ao processo seletivo, que será realizado anualmente;§ 1º No ato de inscrição o candidato deverá apresentar:
I - formuláriode inscrição devidamente preenchido;
II - cópia do diploma ou certificado de conclusão de curso superior, histórico escolar, cédula de
identidade e CIC;
III - uma foto três por quatro; IV - curriculum vitae comprovado;
V - pré-projeto de pesquisa, que deverá estar inserido em uma das linhas de pesquisa do Programa; VI - recibo de pagamento de taxa de inscrição;
§ 2º - Será dispensado da apresentação do diploma o candidato graduado pelo Instituto de Artes da Unesp;
§ 3º - Além dos documentos citados no § 1º, outros documentos poderão ser solicitados a critério da comissão de seleção.
Artigo 14 - O processo seletivo consta de:
I - prova escrita de conhecimentos relativos à área de concentração Música; II - entrevista;
III - análise do pré-projeto de pesquisa;
IV - análise do curriculum vitae e do histórico escolar;
V - prova prática de Instrumento, Regência ou Canto, para os candidatos ligados à linha de pesquisa Práticas Interpretativas.
Artigo 15 - A prova de proficiência em língua estrangeira fará parte do exame de admissão ao curso de Mestrado. A nota da prova de proficiência será juntada às notas das outras provas. O peso dessa nota será estipulado pela Comissão de Seleção, indicada, a cada ano, pelo Conselho;
§ 1º - O aluno reprovado no exame de proficiência mas aprovado e classificado nas outras provas, poderá fazer novamente esse exame, no prazo de seis meses;
§ 2º - Candidatos portadores de diploma de línguas fornecidos por instituições de reconhecida competência, a critério do Conselho, poderão ser dispensados da prova de proficiência;
§ 3º - Candidatos estrangeiros que tenham, como língua natal, outro idioma que não o português deverão realizar prova de Língua Portuguesa.
Artigo 16 - As bancas examinadoras enviarão ao Conselho do Programa a relação de todos os candidatos com as notas atribuídas em cada prova, a média final, bem como a relação dos candidatos classificados, em ordem alfabética;
§ 1º - Os candidatos serão classificados pela ordem decrescente de médias obtidas, até o limite das vagas oferecidas;
§ 2º - Em caso de empate na classificação final, o desempate se dará pelas maiores notas alcançadas na seguinte ordem: prova de conhecimento específico, entrevista, pré-projeto de pesquisa,
curriculum vitae, histórico escolar;
§ 3º - No caso de candidato a Práticas Interpretativas, a primeira nota de desempate será a da prova prática de Regência, Instrumento ou Canto, seguida dos demais quesitos já explicitados;
§ 4º - Será considerado aprovado o candidato que obtiver nota sete, no mínimo, em cada prova, com exceção da prova de proficiência em língua estrangeira.
Artigo 17 - O candidato aprovado no processo de seleção e classificado dentro do número de vagas oferecidas terá direito à matrícula.
Artigo 18 - O número de vagas será estabelecido a cada ano, de acordo com a disponibilidade dos orientadores, em suas respectivas linhas de pesquisa, com aprovação do Conselho do Programa e da Congregação.
Artigo 19 - O regime de matrículas será semestral. A exceção da primeira matrícula, as seguintes estarão condicionadas a apresentação do relatório semestral até a apresentação dos exemplares para a realização do exame geral de qualificação.
Artigo 20 - No ato de matrícula, o aluno deverá manifestar sua preferência por um orientador.
Parágrafo único - O Conselho do Programa indicará o orientador, considerando: a) a manifestação do aluno;
b) a vinculação do projeto à linha de pesquisa do orientador; c) a aceitação do orientador;
d) por decisão bilateral ou unilateral poderá ocorrer a mudança de orientador mediante justificativa
e ouvido o Conselho do Curso.
Artigo 21 - O aluno deverá freqüentar setenta e cinco por cento, no mínimo, das atividades programadas para a disciplina.
Artigo 22 - Após cursar o primeiro semestre, o aluno poderá solicitar suspensão de matrícula por prazo não superior a seis meses, com justificativa circunstanciada do orientador, ouvido o Conselho do Programa;
§ 1º - A suspensão de matrícula implica na interrupção, pelo tempo que durar, da contagem de prazo para integralização de créditos;
§ 2º - Em casos excepcionais, por motivo de força maior e a critério do Conselho do Programa, à vista de requerimento documentado e justificativa circunstanciada por parte do orientador, poderá ser concedido um segundo período de suspensão de matrícula, por, no máximo, mais três meses. Artigo 23 - Do prontuário do aluno deverão constar:
I - o resultado da prova de seleção; II - o requerimento de matrícula; III - a anuência formal do orientador;
IV - o plano de estudos, assinado pelo aluno e pelo orientador; V - a transferência de orientador, se for o caso;
VI - a ficha de assentamentos acadêmicos;
VII - o material relativo ao Exame de Qualificação e Defesa; VIII - a planilha de homologação do título.
Artigo 24 - Do histórico escolar e da ficha de assentamentos acadêmicos deverão constar as seguintes anotações:
I - disciplinas cursadas e atividades realizadas, no próprio Programa ou em outro, anteriormente à matrícula inicial;
II - disciplinas cursadas e atividades programadas realizadas no próprio Programa, após o ingresso; III - disciplinas cursadas e atividades realizadas em outro Programa, após o ingresso;
IV - resultado da prova de proficiência em idioma estrangeiro; V - data e conceito obtido no Exame Geral de Qualificação;
VI - conceito obtido na Defesa Pública da Dissertação ou trabalho equivalente, seguido da data do evento.
Parágrafo único - Dos registros deverão constar a carga horária, o número de créditos e o conceito, ou nota.
Artigo 25 - A critério do Conselho do Programa, poderão ser aceitas transferências de alunos regulares de Programas de Pós-Graduação de mesma nomenclatura ou áreas afins, para curso do mesmo nível.
§ 1º - As transferências de que trata este artigo somente serão consideradas nos casos em que o candidato comprovar as seguintes condições mínimas:
a) ser aluno regular de Programa reconhecido pelo MEC, em curso do mesmo nível; b) ser oficialmente aceito por orientador credenciado no Programa;
§ 2º - Cada orientador poderá ter apenas um orientando por transferência inter-programas; § 3º - O candidato cuja transferência for aceita, deverá cumprir no Programa as seguintes exigências:
a) pelo menos cinqüenta por cento dos créditos em disciplinas; b) Exame Geral de Qualificação e Defesa de Dissertação;
§ 4º - Para efeito de contagem de prazos, o aluno transferido terá descontado, do tempo total regulamentar do Programa, o período em que foi aluno regular do Programa de origem; § 5º - Os pedidos de transferência deverão ser instruídos com a seguinte documentação: a) requerimento à Coordenação do Programa, solicitando a transferência;
b) justificativa detalhada para o pedido de transferência; c) carta de aceitação do orientador;
d) histórico escolar original do programa de proveniência;
e) demais documentos exigidos na matrícula de alunos regulares; f) recibo de pagamento da taxa de transferência.
§ 6º - Caberá ao Conselho do Programa aprovar as solicitações de transferência, que serão homologadas pela Congregação.
TÍTULO IV Da Coordenação
Artigo 26 - A coordenação do Curso de Pós-Graduação em Música será exercida pelo Conselho do
Programa, presidido por um Coordenador;
§ 1º - O Coordenador será substituído, em suas faltas ou impedimentos e na vacância da função, por um Vice-Coordenador;
§ 2º - Os mandatos do Coordenador e do Vice-Coordenador são de dois anos e coincidentes, podendo haver uma recondução consecutiva;
§ 3º - No caso de vacância da função de Coordenador, ou de Vice-Coordenador, antes do término dos seus mandatos, será realizada eleição para a função vacante, no prazo de quinze dias, desde que restem três ou mais meses para o término do mandato;
§ 4º - O eleito nas circunstâncias apontadas no parágrafo § 3º, completará o tempo do mandato restante;
§ 5º - Na hipótese de vacância quando restarem até três meses para o término do mandato do Coordenador, assumirá suas funções o Vice-Coordenador;
§ 6º - Na hipótese de vacância quando restarem até três meses para o término do mandato do Vice-Coordenador, assumirá suas funções o docente mais titulado do Conselho do Programa e com mais tempo na Unesp;
§ 7º - As normas para eleição do Conselho serão estabelecidas pela Congregação, com base em proposta apresentada pelo Conselho do Programa.
Artigo 27 - O Coordenador e o Vice-Coordenador, escolhidos entre os membros titulares do Conselho do Programa, deverão ser docentes responsáveis por disciplinas e orientadores de alunos,
obrigatoriamente lotados no Instituto de Artes.
Parágrafo único - O Coordenador e o Vice-Coordenador serão escolhidos pelos membros eleitos do Conselho, na reunião de posse, mediante aclamação ou voto secreto, a critério dos conselheiros. Artigo 28 - O Conselho do Programa será composto:
I - por quatro docentes credenciados no Programa, eleitos por seus pares;
II - por um representante dos alunos regulares, matriculado no Programa, indicado nos termos da legislação em vigor.
§ 1º - Cada representante docente deverá ser eleito com o respectivo suplente, que o substituirá em suas faltas, impedimentos e na vacância da representação;
§ 2º - Cada representante discente deverá ser indicado com o respectivo suplente, que o substituirá em suas faltas, impedimentos e na vacância da representação;
§ 3º - Dentre os membros titulares do Conselho, pelo menos três deverão ser lotados no Instituto de Artes;
§ 4º - A representação docente terá mandato de dois anos e a representação discente, de um ano; § 5º - Nas ausências do Coordenador e do Vice-Coordenador, assumirá a Presidência do Conselho o docente membro mais titulado e com mais tempo na Unesp.
Artigo 29 - Cabe ao Coordenador do Programa:
I - presidir o Conselho, no qual terá, também, direito a voto de qualidade;
II - fazer os encaminhamentos das deliberações do Conselho, bem como da documentação de interesse da vida acadêmica dos alunos, à Congregação e aos outros órgãos;
III - preparar o calendário e a programação de atividades do Programa, e encaminhá-los ao Conselho e à Congregação;
IV - zelar pelo cumprimento do calendário e do programa de atividades;
V - preparar a documentação relativa ao Curso que possa vir a ser solicitada para fins de avaliação, financiamento, divulgação ou equivalente.
Artigo 30 - São atribuições do Conselho do Programa:
I - propor o calendário e a programação de atividades do Curso, bem como as alterações
supervenientes;
II - propor nomes de docentes e orientadores para credenciamento e descredenciamento, bem como de especialistas externos ao Instituto de Artes ou à Unesp, no desenvolvimento das atividades do Curso;
III - implementar mecanismos de auto-avaliação e melhoria da qualidade do Curso de Pós-Graduação;
IV - propor alterações e reestruturações curriculares;
V - propor o número anual de vagas a serem oferecidas e a distribuição por orientador; VI - propor anualmente as disciplinas a serem ministradas e aprovar os programas;
VII - selecionar os candidatos inscritos para ingresso ou indicar comissões para esse fim;
VIII - homologar a escolha de orientador, bem como aprovar propostas de mudança de orientador; IX - aprovar a indicação de co-orientadores;
X - aprovar o plano de estudos e o projeto de pesquisa de cada aluno, bem como suas eventuais alterações;
XI - aprovar os relatórios semestrais e atribuir créditos referentes às atividades programadas; XII - manifestar-se, ouvido o orientador, a respeito de:
a) pedidos de suspensão de matrícula no Programa; b) pedidos de cancelamento de matrícula em disciplinas; c) pedidos de desligamento do Curso, a pedido do aluno; d) pedidos de desligamento de alunos por parte do orientador;
XIII - estabelecer formas, condições e prazos para a realização do Exame Geral de Qualificação; XIV - indicar, ouvido o orientador, bancas examinadoras, para o Exame Geral de Qualificação;
XV - propor à Congregação, ouvido o orientador, a composição das bancas examinadoras das dissertações de Mestrado ou trabalho equivalente;
XVI - efetuar a distribuição de bolsas e a execução das dotações de recursos concedidos ao Programa, ou designar comissão específica para esse fim;
XVII - deliberar a respeito de pedidos de matrículas de alunos especiais em disciplinas e solicitações de transferência.
TÍTULO V
Do Regime Didático
Artigo 31 - O ano letivo do Programa será dividido em dois períodos, para melhor atender às
exigências do planejamento didático e administrativo.
§ 1º - O regime de matrícula será semestral;
§ 2º - Poderão ser oferecidas disciplinas de forma concentrada, para atender a necessidades docentes ou discentes, ou ainda para aproveitar a presença de professores nacionais ou estrangeiros, em visita à Unesp;
§ 3º - O dia da matrícula inicial do aluno no Programa será considerado como referência para a contagem de todos os prazos;
§ 4º - A matrícula deverá ser renovada a cada semestre letivo e está condicionada à apresentação do relatório semestral;
§ 5º - O aluno poderá requerer, com o aval do orientador, cancelamento de matrícula em uma ou mais disciplinas, desde que o requerimento seja apresentado à Seção de Pós-Graduação, antes de decorridos um terço da duração prevista para o desenvolvimento da disciplina em questão. Se o aluno desistir de freqüentar uma ou mais disciplinas, e não comunicar à Seção de Pós-Graduação, a disciplina em causa constará em seu histórico escolar, com o conceito D.
§ 6º - O cancelamento de matrícula fora do prazo poderá ser examinado pelo Conselho do Programa, desde que o aluno apresente requerimento contendo justificativa relevante, com manifestação do orientador.
Artigo 32 - O programa de atividades proposto para cada período letivo deverá indicar, para cada disciplina, o número máximo de vagas, a carga total de trabalho exigido, e sua caracterização. Artigo 33 - O ingressante, como aluno regular deverá apresentar ao Conselho do Curso um plano de estudos e pesquisa, elaborado em conjunto com o seu orientador, num prazo máximo de seis meses após o seu ingresso. Na proposta do plano de estudos de seu orientando, o orientador deverá indicar:
I - a vinculação das disciplinas a serem cursadas ao domínio específico ou conexo da área de concentração e à linha de pesquisa em conformidade ao projeto de pesquisa do aluno;
II - o planejamento das atividades programadas;
III - o planejamento do estágio em docência, quando for o caso.
Artigo 34 - O plano deverá ser flexível a ponto de permitir a realização de atividades e/ou disciplinas do Curso de Graduação, imprescindíveis ao trabalho e atividades de formação, com direito a créditos em atividades programadas.
Artigo 35 - O Programa de Mestrado compreende um mínimo de um mil, quatrocentos e quarenta horas, correspondentes a noventa e seis unidades de crédito.
§ 1º - Os créditos mencionados no caput deste artigo serão distribuídos da seguinte forma: vinte e quatro obtidos em disciplinas, vinte e quatro por participação comprovada em atividades programadas e quarenta e oito na elaboração da dissertação ou trabalho equivalente;
§ 2º - São consideradas atividades programadas as que fomentem a formação do aluno como pesquisador, tais como: participação em projetos e grupos de pesquisa, congressos, simpósios, oficinas, seminários temáticos e similares, apresentação de trabalhos em congressos e similares, redação e publicação de textos, traduções, elaboração de material didático, apresentações artísticas, estágios de diferentes natureza e outros. Serão consideradas como atividades programadas, as realizadas no estágio em docência, regulamentadas pelo Conselho do Curso do Programa;
§ 3º - O trabalho equivalente poderá ocorrer sob forma de composição, regência e execução instrumental ou vocal, que caracterizem a pesquisa acerca de um determinado tema, acompanhado de monografia, que demonstre a familiaridade do candidato com o tema escolhido e indique seu processo reflexivo; § 4º - Os créditos das atividades programadas relativas às disciplinas serão computados junto a elas, perfazendo um total de sessenta horas por disciplina, distribuídas do seguinte modo: quarenta e oito horas/aula mais doze horas de atividades necessárias à disciplina;
§ 5º - Para obter os vinte e quatro créditos, o aluno deverá cursar obrigatoriamente as disciplinas: "Seminários de Pesquisa" e "Metodologia da Pesquisa", cada uma com quatro créditos que serão somados aos créditos restantes;
§ 6º - Os vinte e quatro créditos das demais atividades programadas serão computados à parte, desde que estejam ligadas à linha de pesquisa e à dissertação;
§ 7º - O prazo para a conclusão do Mestrado, compreendendo, inclusive, a defesa da dissertação ou trabalho equivalente , será de um ano e meio no mínimo e de dois anos e meio no máximo;
§ 8º - Os prazos para integralização dos créditos em disciplinas serão de um ano e meio no máximo.
Artigo 36 - Créditos obtidos em disciplinas isoladas cursadas em Programas de mesma nomenclatura ou de áreas afins, da USP, Unicamp ou Unesp, serão automaticamente aceitos pelo Programa, até o limite de oito créditos, referente ao aproveitamento de créditos externos.
Artigo 37 - O aproveitamento ou contagem de créditos obtidos em disciplinas isoladas cursadas em Programas de Pós-Graduação de mesma nomenclatura ou de áreas afins em outras instituições poderão ser aceitos em até duas disciplinas de quatro créditos cada, apresentadas com justificativa do orientador e após submetidos à apreciação do Conselho do Programa de Pós-Graduação, ressaltando-se que somente serão apreciados os créditos provenientes de cursos recomendados pela Capes.
Artigo 38 - A avaliação de desempenho do aluno nas disciplinas e outras atividades se expressará de acordo com os seguintes conceitos:
A - excelente; B - bom; C - regular; D - reprovado; I - incompleto; T - transferência .
§ 1º - Os conceitos A, B e C dão direito aos créditos da respectiva disciplina;
§ 2º - O conceito I indica situação provisória do aluno que, tendo deixado, por motivo justo, de completar uma parcela dos trabalhos exigidos, fará juz ao conceito definitivo e aos créditos, quando completar sua tarefa, no prazo especificado pelo professor responsável pela disciplina ou pela atividade;
§ 3º - O conceito T indica transferência de créditos obtidos pelo aluno fora do Programa.
Artigo 39 - Tendo completado os créditos em disciplinas e atividades programadas, sendo considerado proficiente em idioma estrangeiro o aluno deverá submeter-se ao Exame Geral de Qualificação. Artigo 40 - Para a realização do Exame Geral de Qualificação, o aluno deverá apresentar relatório contendo:
I - sumário;
II - breve descrição das disciplinas cursadas (seminários realizados, bibliografia geral e específica) e exposição acerca da vinculação da disciplina ao tema da dissertação;
III - relato das atividades programadas;
IV - estrutura da dissertação (título, introdução, dois capítulos no mínimo, bibliografia geral e específica de acordo com as normas da ABNT e anexos, quando for o caso);
§ 1º - O relatório será analisado pelo orientador e, se aprovado, será apresentado em três vias ao Conselho do Programa, que constituirá a banca examinadora e estabelecerá o prazo de vinte dias, no mínimo, para a realização da argüição. Caso o relatório não seja aprovado, os exemplares serão devolvidos ao aluno, por intermédio do orientador, indicando por escrito, as alterações que deverão ser efetuadas;
§ 2º - A banca examinadora será designada pelo Conselho do Programa, com base na sugestão de 6 nomes, apresentados pelo orientador. A banca será composta por três docentes, um dos quais o próprio orientador, na qualidade de Presidente da banca. §
3º - os alunos pertencentes à linha de pesquisa Práticas Interpretativas, além do plano de trabalho final, realizarão um recital perante a banca examinadora, seguido de argüição;
Artigo 41 - O aluno será eliminado do programa quando: I - não cumprir os prazos estipulados pelo Regulamento; II - não cumprir as regras do Programa;
III - for reprovado no exame de proficiência em língua estrangeira ou no Exame Geral de Qualificação, após duas tentativas.
Parágrafo único. O aluno desligado do Programa só poderá reingressar, após haver se submetido a novo processo seletivo, sem o aproveitamento dos créditos obtidos anteriormente.
TÍTULO VI
Da Dissertação e do Trabalho Equivalente
Artigo 42 - Para a obtenção do título de Mestre, será exigida, além das outras atividades estabelecidas, a Defesa de Dissertação ou trabalho equivalente, conforme definido no presente Regulamento.
Artigo 43 - A Dissertação (ou o trabalho equivalente) será apresentada pelo candidato perante um banca examinadora, que o argüirá em sessão pública;
§ 1º - A comissão examinadora será composta por três membros titulares, indicados pelo Conselho do Programa, ouvido o orientador, e aprovados pela Congregação, sendo o orientador membro nato e presidente;
§ 2º - Dentre seus titulares, a comissão deverá ter, pelo menos, um membro não pertencente ao corpo docente do Instituto de Artes;
§ 3º - Deverão constar da banca examinadora dois suplentes, um dos quais, pelo menos, não pertencente ao quadro de docentes do Programa;
§ 4º - Todos os membros da banca examinadora deverão, no mínimo, ter o título de doutor, ou equivalente.
Artigo 44 - No julgamento da Dissertação ou do trabalho equivalente, serão atribuídos os conceitos de aprovado ou de reprovado, prevalecendo a avaliação de dois examinadores, no mínimo.
Parágrafo único - Ao candidato aprovado, a comissão examinadora, desde que pela unanimidade de seus membros, poderá atribuir as menções "com louvor", "com distinção" ou "com distinção e louvor". Artigo 45 - Ao aluno que cumprir todas as exigências regulamentares estabelecidas para o Mestrado, será conferido o título de Mestre.
Artigo 46 - Cabe à Congregação homologar os títulos de Mestre;
Parágrafo único - os títulos de Mestre serão homologados com o nome do Programa, seguidos da linha de pesquisa em que foram obtidos (Mestre em Música - Teoria e Análise, Musicologia, Práticas Interpretativas ou Educação Musical).
TÍTULO VII
Das Disposições Gerais
Artigo 47 - Os casos omissos deverão ser considerados de acordo com as normas estabelecidas pelo
Regimento Geral da Pós-Graduação, Estatuto e Regimento Geral da Unesp. Artigo 48 - O presente Regulamento estará sujeito as demais normas de caráter geral que vierem a
ser estabelecidas para os Cursos de Pós-Graduação na Unesp.
Artigo 49 - Este Regulamento entrará em vigor após sua aprovação pelo CEPE, ouvida a CCPG, revogadas as disposições em contrário.
TÍTULO VIII
Das Disposições Transitórias
Artigo 1º - partir da publicação deste Regulamento, todos os alunos matriculados no Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Artes, Área de Concentração Música, serão
automaticamente transferidos para o Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Música, Área de Concentração Música, respeitando o tempo de residência no programa antigo, e sem quaisquer prejuízos na contagem de créditos cursadas no tempo para a conclusão do Mestrado.