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Tendência temporal da incidência da síndrome da imunodeficiência adquirida em adultos a partir dos 50 anos no Brasil em um período de 10 anos

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Tendência temporal da incidência da síndrome da imunodeficiência adquirida em adultos a partir dos 50 anos no Brasil em um período de 10 anos

Temporal trend of the incidence of acquired immunodeficiency syndrome in adults from the age of 50 in Brazil in a 10-year period

Tendência temporal da síndrome da imunodeficiência adquirida Temporal trend of acquired immunodeficiency syndrome

Resumo

Objetivo: Analisar a tendência temporal da incidência da AIDS em adultos a partir dos 50 anos no Brasil no período de 2006 a 2015. Método: Estudo ecológico de séries temporais realizado no Brasil, com base em 63.407 casos notificados ao SINAN de adultos com idade igual ou superior a 50 anos, diagnosticados com AIDS no período de 2006 a 2015. Foram calculadas as taxas de incidência geral e segundo sexo, faixa etária por sexo e regiões do Brasil para cada ano do período e também foi utilizado o número de casos absolutos de acordo com as variáveis mencionadas. Para as análises de tendência temporal, foi utilizado o método de regressão linear simples através do programa SPSS 18.0 e para significância estatística foi considerado o valor de p<0,05. Resultados: Embora as taxas de incidência geral e por sexo apresentem estabilidade, há uma tendência crescente do número de casos de AIDS (p<0,001), sendo mais expressivo no sexo masculino (β=168,297). A faixa etária de maior proporção é a de 50-59 anos para ambos os sexos (homens p<0,001; mulheres p=0,003). A região Sudeste foi a única a apresentar redução nas taxas de incidência, no entanto, mantém as maiores proporções de casos do país, seguida da região Sul. Conclusão: Em função do crescente número de casos de AIDS nessa população, surge como um grande desafio para o Brasil, o estabelecimento de políticas públicas voltadas à prevenção da doença.

Descritores: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Estudos de Séries Temporais. Incidência. Brasil.

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Abstract

Objective: To analyze temporal trend of the incidence of AIDS in adults from the age of 50 in Brazil from 2006 to 2015. Method: Ecological study of time series realized in Brazil based on 63,407 cases reported to SINAN of adults from the age of 50 diagnosed with AIDS. Were calculated the general incidence rates and by sexy, age group by sex and regions of Brazil for each year of the period and was used the number of absolute cases according to the cited variables. For the analysis of temporal trend was used the simple linear regression method by the SPSS 18.0 program and for statistical significance the value of p<0.05. Results: Although general incidence rates and by sex show stability, there is an increasing trend of the absolute numbers (p<0,001), being more expressive in males (β=168,297). The highest proportion age group is the 50-59 years for both sexes (men p<0.001, women p=0.003). The Southeast region was the only one that presented a reduction in trend of the incidence rate, however, it maintains the largest proportions of cases in the country, followed by the southern region. Conclusion: In view of increasing number of AIDS cases in this population, arises as a big challenge for Brazil the establishment of public policies aimed at disease prevention.

Keywords: Acquaired Immunodeficiency Syndrome. Time Series Studies. Incidence. Brazil.

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INTRODUÇÃO

O envelhecimento da população é um fenômeno mundialmente reconhecido e se tornou um desafio para a sociedade, especialmente para a área da saúde1,2. O aumento da expectativa de vida atrelado à disponibilidade dos recursos modernos, como o uso de medicações que influenciam no desempenho sexual e os tratamentos hormonais, proporcionaram um ambiente favorável à prática sexual na terceira idade3,4. No entanto, esse avanço expõe essa população a uma maior vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis (DST)4,5, entre elas, a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e, consequentemente, o desenvolvimento da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), tem ocorrido um aumento no número de casos de HIV/AIDS em adultos a partir de 50 anos6. No mundo, existem cerca de 36,7 milhões de pessoas vivendo com o HIV. Deste total, 5,8 milhões correspondem à faixa etária a partir dos 50 anos, sendo 3,3 milhões do sexo masculino e 2,5 do feminino6. No Brasil, desde os anos 80, foram registrados 111.510 mil casos de AIDS para essa faixa etária e 51.352 destes indivíduos evoluíram para óbito7.

Em relação às políticas públicas, o governo brasileiro possui iniciativas destinadas à população com HIV/AIDS, como o direito ao tratamento médico através da distribuição gratuita de antirretrovirais8 e pune condutas discriminatórias contra portadores do vírus9. No entanto, no que se refere às políticas educativas, poucas abordam o tema sexualidade na terceira idade, resultando em comportamentos de riscos10. Segundo dados do Ministério da Saúde (2013), apenas 24,9% dos indivíduos entre 50 e 64 anos relataram o uso de preservativo na última relação sexual, enquanto 76,9% dos jovens, entre 15 a 24 anos, confirmaram o seu uso11.

Diante do exposto, a incidência e letalidade da doença, associadas à tendência de longevidade dessa população requer importantes intervenções. Por estas razões, esta pesquisa objetiva analisar a tendência temporal da incidência de AIDS em adultos a partir dos 50 anos, no Brasil, em um período de 10 anos (2006 a 2015).

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MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais, cujas informações foram extraídas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)12. Fizeram parte do estudo adultos com idade igual ou superior a 50 anos, de ambos os sexos, nascidos nas diferentes regiões do Brasil e diagnosticados com AIDS (CID: B20-24), no período de 2006 a 2015, totalizando 63.407 participantes. As informações populacionais foram obtidas a partir do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, e demais projeções intercensitárias13.

Para cada ano do período, foram calculadas as taxas de incidência geral e segundo sexo, faixa etária por sexo e regiões do Brasil por 100.000 habitantes. Também foi utilizado o número de casos absolutos de acordo com as variáveis mencionadas. Para as análises de tendência temporal, foi utilizado o método de regressão linear simples através do programa SPSS 18.0 e para significância estatística foi considerado o valor de p<0,05.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Sul de Santa Catarina sob o CAAE 70566517.1.0000.5369.

RESULTADOS

A taxa de incidência de AIDS em adultos a partir dos 50 anos de idade era de 14,5, em 2006, e aumentou para 17,3 casos por 100.000 habitantes, em 2015 (Tabela 1).

Em relação aos números absolutos, foram diagnosticados 63.407 casos no período estudado, sendo 38.793 casos em homens e 24.614 em mulheres (Tabela 2).

Na Figura 1, observa-se que a tendência da taxa de incidência geral se manteve estável ao decorrer do período (p=0,294; β=0,095), tanto para o sexo masculino (p=0,081; β=0,18) quanto para o feminino (p=0,784; β=0,024).

Na Figura 2, verifica-se uma tendência crescente do número de casos geral no intervalo de tempo estudado (p<0,001; β=257,133), sendo o incremento

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anual mais expressivo nos homens (p<0,001; β=168,297) em comparação às mulheres (p<0,001; β=89,321).

Na análise das faixas etárias, a taxa de incidência no sexo feminino apresentou estabilidade, enquanto que no sexo masculino houve tendência ascendente a partir dos 60 anos (Tabela 1). Quanto aos números absolutos, observou-se tendência crescente em todas faixas etárias para ambos os sexos (Tabela 2).

A respeito das regiões do Brasil, as taxas de incidência no Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram tendência crescente ao longo do período, enquanto a região Sudeste apresentou redução (Tabela 1). Em relação aos números absolutos, a região Sudeste permaneceu estável, ao passo que as demais tiveram comportamento ascendente (Tabela 2)

DISCUSSÃO

O presente estudo demonstrou tendência crescente do número de casos de AIDS em adultos a partir dos 50 anos, acompanhada de estabilidade das taxas de incidência geral no período estudado.

Carvalho et al.14 mostraram tendência similar do número de casos entre 1980 a 2008, com notificação de 51.213 casos da doença nessa população e uma taxa de incidência média de 7,08 casos por 100.000 habitantes. Dados discordantes foram encontrados no estudo de Sousa et al.15 em relação à taxa de incidência, no período entre 1990 a 2003, com variação de 3,13 para 11,73 casos por 100.000 habitantes e aumento de 375%. Em comparação a outros países, observou-se que na Itália foram diagnosticados 6.645 casos de AIDS nessa população entre 1982 a 2011, com taxa de incidência de 1 caso a cada 100.000 habitantes16. No Chile, foram notificados 3.036 casos em adultos a partir dos 50 anos entre 1988 a 201217.

A população idosa aumentou proporcionalmente ao número de casos de AIDS, justificando a tendência estável das taxas de incidência no período analisado. Pode-se inferir que há um processo de desmistificação da sexualidade nessa faixa etária5. A disponibilidade de métodos que prolongam a atividade sexual proporcionou um cenário favorável a prática sexual4,5. No entanto, os números divulgados levantam a hipótese de sexo sem proteção,

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como mostram os dados do Ministério da Saúde, em 2013, no qual apenas 24,9% da população entre 50 e 64 anos declararam ter acesso a preservativo11. Além disso, o conhecimento sobre a doença é um aspecto importante a ser considerado. Estudo realizado com 510 idosos do Rio Grande do Sul, demonstrou que 86,3% não utilizavam preservativo, 41,4% acreditavam na transmissão através da picada do mosquito e 36,9% achavam que a doença era inerente a homossexuais masculinos, prostitutas e usuários de drogas18. Diante disso, considera-se que há lacunas na prevenção da AIDS no que diz respeito ao público idoso19, ressaltando, portanto, a necessidade de campanhas educativas direcionadas a terceira idade10.

Embora a taxa de incidência de AIDS por sexo apresente o mesmo comportamento da população geral, houve tendência crescente do número de casos para ambos os sexos, sendo mais expressivo entre os homens.

Ainda de acordo com Carvalho et al.14, foi observado uma maior proporção dos casos no sexo masculino (65.83%) em comparação ao feminino (34.16%). Segundo o boletim epidemiológico20, em 2015, a razão de sexo era de 17 casos em homens para cada 10 casos em mulheres na faixa etária de 50 anos ou mais.

É possível sugerir que a maior incidência no gênero masculino possa estar associada a um comportamento sexual de maior risco, como a multiplicidade de parceiras e a possibilidade de transmissão homossexual, além do desconhecimento das medidas preventivas21. Em relação aos casos femininos, deve-se considerar o fato da mulher não apresentar risco de concepção na menopausa, o que dificulta a adesão ao uso de preservativo22. Além disso, as mudanças fisiológicas que ocorrem nesse período, a exemplo a diminuição da lubrificação e o adelgaçamento da parede vaginal, podem predispor a lesões durante a atividade sexual, tornando-as vulneráveis às DST22.

Na análise da faixa etária por sexo, verificou-se uma tendência ascendente do número de casos de AIDS para ambos os sexos, com maiores proporções entre 50-59 anos.

Em consonância aos achados, Lima et al.23 mostraram que a idade média dos adultos a partir dos 50 anos com AIDS era de 55, 78 anos (± 5,10). Em outro estudo semelhante, Vieira et al.24 demonstraram que 77% correspondiam a faixa etária dos 50-59 anos.

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Uma possível hipótese é que com o avanço da idade, a frequência da atividade sexual diminua, sobretudo em função do declínio das condições físicas25, o que justifica o predomínio da doença entre os 50-59 anos. Outro aspecto importante é que cada vez menos o profissional da saúde suspeita da infecção pelo vírus HIV nessa população1. Além disso, susceptibilidade do idoso a várias doenças dificulta o diagnóstico, uma vez que é comum nessa idade apresentar sintomas não específicos da infecção, como o cansaço e perda de peso22.

Quanto às regiões do Brasil, observou-se uma tendência crescente da taxa de incidência em todas regiões, a exceção do Sudeste que apresentou redução. Em relação ao número de casos, as regiões Sul e Sudeste mantêm as maiores proporções do país.

Corroborando os resultados encontrados, Godoy et al.26 mostraram que há maior concentração de casos na região Sudeste (62,7%), seguido do Sul (19,6%), Nordeste (9,9%), Centro-Oeste (5,1%) e Norte (2,7%). Em estudo já citado15, foi comprovado que, no período 1990 a 2003, as regiões Sudeste e Sul alcançaram mais de 80% dos casos do país, com uma taxa de incidência de 10,5 e 8,3/100.000, respectivamente. Em relação a outros grupos etários, Teixeira et al.27 também mostraram queda da taxa de incidência geral no Sudeste e elevação nas demais regiões entre 1999 a 2007. Segundo o boletim epidemiológico20, em 2015, as regiões Sudeste e Sul apresentaram tendência de queda, no entanto, foram responsáveis por 73,1% do total de casos do país. É notável que a concentração de casos ocorra sobretudo nos grandes centros urbanos, onde há maior fluxo sociodemográfico e socioeconômico. Essa heterogeneidade regional pode estar associada a maior disponibilidade de acesso a serviços de saúde, insumos e medicamentos, e a melhor qualidade em notificar e diagnosticar os casos de AIDS28.

Em relação às limitações do estudo, o crescente número de casos de AIDS pode estar relacionado a maior eficiência progressiva do sistema de notificação, visto que a vigilância epidemiológica no Brasil é baseada em notificação compulsória desde os anos 80. Ademais, o uso dos dados secundários não permite ao pesquisador controlar possíveis erros decorrentes de digitação e de registro, além de possíveis subnotificações. Apesar disso,

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acredita-se que, por se tratar de dados nacionais oficiais, os resultados permitiram o alcance dos objetivos propostos.

CONCLUSÃO

Esse estudo permitiu ilustrar o panorama AIDS em adultos a partir dos 50 anos de idade no Brasil. A taxa de incidência geral e por sexo mantiveram-se estacionárias, entretanto, o número de casos apresentou tendência crescente ao longo do período estudado.

Diante desses achados, surge um grande desafio para o Brasil: o estabelecimento de políticas públicas e estratégias dirigidas à prevenção, diagnóstico e tratamento nessa população.

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Figuras

Figura 1. Tendência temporal da taxa de incidência geral e segundo sexo de indivíduos a partir dos 50 anos de idade diagnosticados com a síndrome da imunodeficiência adquirida no Brasil. DATASUS, 2006 a 2015.

Figura 2. Tendência temporal do número de casos geral e segundo sexo de indivíduos a partir dos 50 anos de idade diagnosticados com a síndrome da imunodeficiência adquirida no Brasil. DATASUS, 2006 a 2015.

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Geral β=257,133; p<0,001 Masculino β=168,297; p<0,001 Feminino β=89,321; p<0,001 0 5 10 15 20 25 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Geral β=0,095; p=0,294 Masculino β=0,18; p=0,081 Feminino β=0,024; p=0,784

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Tabela 1. Tendência temporal das taxas de incidência da síndrome da imunodeficiência adquirida em adultos a partir dos 50 anos de idade por 100.000 habitantes. Brasil. DATASUS, 2006 a 2015.

Para p<0,05, considerar β positivo como tendência crescente e β negativo como tendência decrescente; Para p>0,05, considerar tendência estacionária.

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 β Valor p

Total 14,5 15,5 17,0 16,6 16,5 16,6 16,5 17,6 17,5 17,3 0,095 0,294

Sexo

Masculino 19,4 20,6 22,3 21,4 21,8 22,0 21,8 23,6 23,6 23,6 0,180 0,081

Feminino 10,3 11,1 12,5 12,5 12,0 11,9 11,9 12,5 12,4 12,0 0,024 0,784

Faixa etária por Sexo Masculino 50-59 anos 28,4 30,3 32,6 30,8 32,4 32,4 31,5 33,3 33,4 33,5 0,178 0,234 60-69 anos 14,4 14,4 15,6 16,4 14,9 15,2 16,3 18,4 18,0 18,3 0,237 0,026 70-79 anos 5,5 6,8 7,2 6,2 6,8 7,4 6,8 8,2 9,0 7,9 0,198 0,018 ≥ 80anos 1,8 2,6 3,1 2,6 2,1 3,2 3,0 4,3 3,9 3,7 0,165 0,016 Feminino 50-59 anos 16,2 17,5 19,8 19,6 18,8 18,2 18,6 19,2 18,9 18,0 -0,028 0,840 60-69 anos 7,8 8,1 9,8 9,8 9,2 9,6 9,1 10,2 10,2 10,3 0,112 0,160 70-79 anos 2,3 3,1 2,1 3,0 2,9 3,6 3,5 3,5 3,2 3,4 0,090 0,097 ≥ 80 anos 0,9 0,6 0,9 0,6 0,8 0,7 1,1 0,6 1,4 1,1 0,028 0,262 Regiões do Brasil Sul 20,9 22,7 27,3 24,6 24,2 25,5 26,0 25,4 24,5 23,7 0,455 0,024 Sudeste 16,8 17,0 17,3 17,1 16,6 16,0 15,4 15,2 14,1 13,3 -0,273 <0,001 Norte 11,8 14,3 17,4 18,3 18,8 19,8 17,4 23,3 24,3 23,6 1,533 <0,001 Nordeste 7,2 8,6 9,8 10,2 10,7 10,9 11,9 13,1 13,1 12,7 0,745 <0,001 Centro-oeste 11,9 13,8 15,6 15,4 15,6 16,7 16,6 17,6 17,1 15,1 0,622 <0,001

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Tabela 2. Tendência temporal do número de casos da síndrome da imunodeficiência adquirida em adultos a partir dos 50 anos de idade, no Brasil. DATASUS, 2006 a 2015.

Para p<0,05, considerar β positivo como tendência crescente e β negativo como tendência decrescente; Para p>0,05, considerar tendência estacionária.

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 β Valor p

Total 4.788 5.303 6.026 6.112 6.295 6.562 6.773 7.232 7.202 7.114 257,133 <0,001

Sexo

Masculino 2.952 3.250 3.632 3.625 3.828 4.014 4.124 4.460 4.454 4.454 168,297 <0,001

Feminino 1.836 2.053 2.394 2.487 2.467 2.548 2.649 2.772 2.748 2.660 89,321 <0,001

Faixa etária por Sexo Masculino 50-59 anos 2.182 2.418 2.696 2.642 2.872 2.977 2.990 3.159 3.165 3.178 107,020 <0,001 60-69 anos 627 648 731 801 757 805 906 1.021 997 1.018 47,121 <0,001 70-79 anos 127 160 175 156 177 197 187 225 247 217 10,800 <0,001 ≥ 80anos 16 24 29 26 22 35 34 48 44 41 3,012 0,001 Feminino 50-59 anos 1.353 1.518 1.776 1.820 1.805 1.810 1.909 1.968 1.944 1.850 52,648 0,003 60-69 anos 399 427 537 557 548 596 589 660 660 664 28,939 <0,001 70-79 anos 71 98 67 99 100 129 127 128 116 125 6,242 0,004 ≥ 80 anos 13 10 14 11 14 13 29 12 26 21 1,212 0,021 Regiões do Brasil Sul 1.132 1.276 1.594 1.487 1.524 1.666 1.764 1.785 1.787 1.786 69,036 <0,001 Sudeste 2.609 2.737 2.892 2.977 2.998 2.993 2.979 3.048 2.925 2.862 26,509 0,072 Norte 207 261 332 364 391 430 394 551 598 608 43,588 <0,001 Nordeste 599 737 861 926 1.001 1.050 1.179 1.346 1.388 1.395 90,630 <0,001 Centro-oeste 241 293 346 359 381 426 446 494 502 464 27,370 <0,001

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