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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Teatro da Trindade (Lisboa)

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Academic year: 2021

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Instituto Politécnico da Guarda

Escola Superior de Educação, Comunicação e

Desporto

Estágio Curricular no

Teatro da Trindade

Curso de Comunicação e Relações Públicas

Vanessa Sofia Martins Almeida e Silva

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Ficha Técnica

Estagiária: Vanessa Sofia Martins Almeida e Silva. Número de aluna: 5006818

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto. Curso: Licenciatura em Comunicação e Relações Públicas. Docente Orientador: Mestre Guilherme Monteiro

Organização Facultadora do Estágio: Teatro da Trindade Morada:

Largo da Trindade, 7-A 1200-466 Lisboa Telefone: 213 423 200

Site: http://www.INATEL.pt/trindadehome.aspx?menuid=113 email: teatro.trindade@INATEL.pt

Coordenador do estágio na instituição: Dr. Pedro Mendonça email: vivamendonca@gmail.com

Data de início: 31 de Agosto de 2011

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Agradecimentos

As minhas primeiras manifestações de reconhecimento terão de ter como destinatária a Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda, que me abriu caminho à obtenção da licenciatura no curso que sempre desejei.

Gostaria de seguida de agradecer a todos quantos sempre me apoiaram, encorajaram e estiveram ao meu lado. É neste contexto que menciono, com uma imensa gratidão, todos os professores, em especial o meu Orientador de Estágio e Professor, Mestre Guilherme Monteiro.

Deixo também uma palavra de reconhecimento e admiração à instituição que me acolheu, o Teatro da Trindade, particularmente à Drª. Cucha Carvalheiro, diretora do Teatro, à subdiretora Drª. Catarina Gonçalves e ao meu orientador na referida instituição, Dr. Pedro Mendonça, assim como a cada um dos seus colaboradores que sempre me souberam manter em contato com a dinâmica interna deste espaço cultural.

É-me igualmente indispensável explicitar o maior apreço à Dr.ª Dulce Sousa, ao Joaquim Diabinho, à Vanda Caio e à Cristina Novo, pelo empenho que tiveram, desde o primeiro dia de estágio, em me integrarem em todos os aspetos do trabalho exigido pelo quotidiano do Teatro da Trindade.

Nunca poderia deixar de ter presente, aqueles que há tanto tempo e de forma mais próxima, me acompanham: a minha mãe, Sandra Santos, o meu padrasto Joaquim Santos, os meus avós Maria Gertrudes e Abílio Cruz, os meus tios Isabel e Rui Cruz e o meu primo João Cruz. Sem o seu esforço e dedicação pessoais, não me teria sido possível percorrer as etapas da realização deste curso superior. Aqui fica o meu sentido e imenso obrigado.

Uma palavra também ao Marco Alves, pelo apoio, dedicação e paciência durante estes anos, à Joana Pinto, à Marisa Oliveira, ao João Duarte, à Ana Gonçalves, à Vanessa Alves, pelo apoio sempre prestado. Ainda à Egitunica (Tuna Feminina do Politécnico da Guarda), aos amigos e colegas: Vanessa Ferreira, Graciela Rodrigues, Cristiana Ribeiro, Sara Pires e Cátia Ribeiro, por me terem mostrado uma Guarda que eu não conhecia e que jamais vou esquecer. A todos e a cada um o meu muito obrigada.

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"Aprendam a amar a arte em vocês

mesmos, e não vocês mesmos na arte."

1

Konstantin Stanislavski

1

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GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS:

Marketing-mix: Junção de politicas (politica de produto, preço, de marketin que se conjugam

para atingir o mesmo fim.

Facebook: rede social informática.

Mailing List: Lista de contactos ou base de dados que contenha :nome, morada, telefone,

e-mail.

Clipping ou Press-Book: noticias que interessam à empresa que são selecionadas e cortadas

para um “livro”.

Illustrator: programa de design gráfico.

Indesign: programa informático de design e editoração eletrónico.

ÍNDICE DE SIGLAS:

SWOT: streghts (Pontos fortes), weaknesses (Pontos fracos), opportunities (Oportunidades)

and threats (Ameaças).

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Índice

INTRODUÇÃO ... 4

CAPÍTULO I ... ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO. TEATRO DA TRINDADE ... ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO. 1. TEATRO DA TRINDADE... 6

1.1. CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA ... 6

1.2. TEATRO DA TRINDADE - HISTORIAL ... 8

1.3. ESPAÇO FÍSICO ...10 1.4. MISSÃO E OBJETIVOS...11 1.4.1. Objetivos ...12 1.4.2 Público-alvo ...12 1.4.3. Valores ...12 1.5. RECURSOS HUMANOS ...12 1.6. METODOLOGIA DE TRABALHO ...14 1.7. PROGRAMAÇÃO CULTURAL ...16 1.7.1 Teatro ...16 1.7.2. Música ...16 1.7.3. Cinema ...16 1.8. IDENTIDADE VISUAL ...17 1.8.1. Nome ...18 1.8.2. Logótipo ...18 1.9. ANÁLISE SWOT ...20

CAPÍTULO II ... ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO. MARKETING CULTURAL E COMUNICAÇÃO ... ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO. 2. MARKETING CULTURAL ...22

2.1. MARKETING-MIX APLICADO AO TEATRO DA TRINDADE ...23

2.2. TIPOS DE COMUNICAÇÃO ...25

2.3. Comunicação Organizacional ...25

2.4. Comunicação Interna ...25

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2.6. Comunicação Mista ...26

2.7. Comunicação Descendente: ...27

2.8. Comunicação Ascendente ...28

2.9. Comunicação Horizontal ...28

CAPÍTULO III ... ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO. ESTAGIO CURRICULAR ... ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO. 3. TEATRO DA TRINDADE ...31

3.1. Porquê? ...31

3.2. Primeiro dia ...33

3.3. Acompanhamento do Trimestral ...33

3.4. Peça “Cegarrega” ...34

3.5. Criação de uma mailing list (base de dados) com todas as escolas de Lisboa e Vale do Tejo. ...34

3.6. Envelopamento das cartas de apresentação da peça Cegarrega ...35

3.7. Contacto telefónico direto ...35

3.8. Criação de “mailing list” pessoal da diretora ...35

3.9. “Sangue Jovem” ...36

3.10. Convites “Sangue Jovem” ...36

3.11. Estreia da peça “Sangue Jovem” ...36

3.12. Criação de Clippings ou Press-Book ...37

3.13. “Do Alto da Ponte” ...38

3.14. Início da preparação da estreia da peça “Do Alto da Ponte” ...38

3.15. Estreia da peça “Do Alto da Ponte” ...38

3.16. Promoção I – “Do Alto da Ponte” ...38

3.17. Promoção II – “Do Alto da Ponte” ...39

3.18. “Barioná – Mistério de Natal” ...39

3.19. Mailing de escolas católicas de Lisboa – “Barioná” ...39

3.20. Contactos Telefónicos “Barioná”...39

REFLEXÃO FINAL ...40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...42

Bibliografia ...42

Webgrafia ...42

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Índice de Figuras

Figura 1 – Salão Principal 11

Figura 2 – Salão Principal II 11

Figura 3 – Sala de Espetáculos Trindade 11

Figura 4 – Organograma do Teatro da Trindade

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Figura 5 – Gabinete de Comunicação 15

Figura 6 – Logotipo do Teatro 19

Figura 7 – Análise SWOT 20

Figura 8 – Pirâmide Comunicação Descendente 28

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Introdução

Este relatório propõe-se descrever os três meses de estágio curricular passados no Teatro da Trindade. Assim será plasmada toda a experiência, indispensável à conclusão da Licenciatura em Comunicação e Relações Públicas. Efetivamente o objetivo deste registo é fazer conhecer a realidade que foi vivida, durante três meses, na instituição supra identificada. Assim como, em simultâneo, dar a conhecer o trabalho desenvolvido, o esforço de integração no meio, a reflexão e consequente revisão literária que passou também pela informação recebida e sedimentada ao longo da licenciatura. Recorde-se, a título de enquadramento, que a unidade curricular de estágio se integra no plano de estudos da supra mencionada licenciatura, mais propriamente, no seu último ano.

O trabalho está, quanto à sua estrutura, divido por capítulos. No primeiro deles apresentam-se os dados geográficos e históricos referentes ao teatro, metodologia, recursos, entre outros. No segundo capítulo é feita a contextualização teórica referente à Comunicação e ao Marketing Cultural. O terceiro regista a informação sobre o decurso do estágio curricular. O quarto capítulo abrange a reflexão final da autora. O relatório inclui ainda as referências bibliográficas e a listagem de anexos onde constam todos os documentos identificados como Anexos.

Para elaboração deste relatório foi necessário utilizar metodologia específica de recolha de informação da qual se destaca a observação participante, consulta bibliográfica e documental. Assim, sendo o presente relatório pretende explanar toda a atividade que desenvolvi no gabinete de comunicação do Teatro da Trindade.

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Capítulo I

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1. Teatro da Trindade

1.1. Caracterização Geográfica

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Lisboa é a cidade capital de Portugal, sede de distrito e de concelho. É o centro nevrálgico da Região da Grande Lisboa. Fica situada na margem direita do rio Tejo, prolongando-se ao longo do seu estuário por alguns quilómetros e para o interior. Está unida à margem sul do mesmo rio pela Ponte 25 de abril, inaugurada em 1966, e pela Ponte Vasco da Gama, inaugurada a 29 de março de 1998. Tem uma área de 84,6 km2.

As teses sobre as origens da capital portuguesa são inúmeras. De qualquer modo sabemos hoje, pelas fontes documentais e arqueológicas, que nela viveram povos tão diversos como os Lígures, os Celtas, os Iberos ou os Lusitanos. Lisboa foi ocupada por Romanos, Visigodos e Mouros. Em 1147 D. Afonso Henriques, com o auxílio de cruzados estrangeiros, conquistou-a. Mas só em 1179 a cidade recebeu a primeira Carta de Foral. Para alguns autores a sua elevação a capital do Reino terá ocorrido no reinado de D. Afonso III, em 1255.

Lisboa tem uma cintura industrial que, no conjunto, constitui a maior concentração fabril do país. Nela trabalham largos milhares de pessoas, que constituem parte do enorme núcleo populacional formado por Loures, Amadora, linhas do Estoril e de Sintra e, na outra margem do Tejo, Setúbal, Almada, Barreiro e Seixal. Nesta produção do secundário incluem-se indústrias do ramo alimentar, química, de cimentos, de construção naval, metalo-mecânica, têxtil e de refinação.

A Olisipo de outrora é também o mais importante polo turístico do País. Na sua área de influência ficam as praias de Carcavelos, Estoril, Cascais, Guincho, Praia das Maçãs, Praia Grande e Ericeira. Na verdade o setor terciário tem uma forte implantação no distrito, nomeadamente na cidade de Lisboa, que, pela sua condição de capital política, reúne um vasto e diverso conjunto de serviços ligados à administração central do Estado, ocupando uma percentagem significativa da população ativa.

2

adaptado de http://www.infopedia.pt/$lisboa ( consultado no dia: 27 de Novembro de 2011)

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A agricultura ainda tem expressão, produzindo-se cereais, fruta, vinho e culturas hortícolas.

No tocante às comunicações falamos do primeiro centro ferroviário do país, possui um aeroporto de grande importância nacional e internacional (Portela de Sacavém), e o seu porto tem um movimento extraordinário de importações e exportações.

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1.2. Teatro da Trindade - Historial

3

O Teatro da Trindade fica situado entre o Chiado e o Bairro Alto (uma das zonas mais antigas e prestigiadas de Lisboa), foi construído no séc. XIX, à época o centro social e cultural da cidade. O espaço nasceu da iniciativa do empresário, homem de letras e diretor teatral, Francisco Palha (1824-1890). Foi ele que, em 1866, constituiu uma Sociedade destinada à construção do novo teatro, que viria a ser desenhado pelo arquiteto Miguel Evaristo de Lima Pinto. No Carnaval de 1867 abriu ao público o Salão do Trindade, uma sala de bailes, concertos e conferências anexa ao Teatro.

Testemunho da segunda metade de Novecentos, o Trindade transporta consigo a memória de um tempo em que a burguesia alfacinha ia às soirées ao Chiado, a um dos três teatros que ainda hoje se mantêm nessas poucas ruas: o S. Carlos, o S. Luís (então chamado rainha D. Amélia) e o Trindade. Mas, provavelmente devido à novidade e aos requintes, decoração e apetrechamento, (estes incluíam um engenhoso sistema de ventilação da sala e uma plateia que podia subir até ao nível do palco e assim permitir a realização de bailes), o Trindade rapidamente se transformou no teatro mais chique da capital, tal como Eça de Queirós plasmou nos seus romances.

Na verdade, a história do Teatro da Trindade está ligada a alguns dos acontecimentos culturais mais marcantes da cidade de Lisboa: foi no salão do Trindade que, em 1879, os lisboetas se espantaram com o fonógrafo de Edison, que o explorador Serpa Pinto narrou a a sua travessia de África, nele atuaram, anos mais tarde, intérpretes com o prestígio do violinista Sarrazate e do pianista Viana da Mota (que, com apenas 12 anos de idade, deu no Salão do Trindade o seu primeiro concerto público). E vivendo ao ritmo dos tempos, a partir de 1909, o Trindade apostou fortemente na exibição de cinema.

Em 1921 o edifício foi comprado pelo Sociedade Anglo-Lusa Telephone Company, e o Salão do Trindade demolido. Já o Teatro conseguiu sobreviver, embora todo o recheio original tenha sido vendido ao “desbarato”. A resistência do Trindade deveu-se ao empresário José Loureiro, que negociou com a Telephone Company a aquisição do Teatro e o seu reequipamento. Assim, a 5 de Fevereiro de 1924 a sala voltou a abrir as portas.

O espaço que existe hoje, dividido em vários locais de exibição de espetáculos e outros eventos – Sala Principal, Sala Estúdio, Bar, Salão Nobre, com uma decoração a azul e ouro

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assinada por Maria José Salavisa em 1967, é fruto essencialmente dessa aquisição e dos esforços que o Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores, INATEL, que desde 1975 herdou o património da FNAT, tem feito ao longo das últimas décadas para preservar, dinamizar e revitalizar o Teatro da Trindade.

Hoje, esta sala com uma capacidade para 495 espectadores constitui o mais bem preservado exemplar de teatro à italiana do país, com uma estrutura praticamente virgem de elementos de cimento em ferro, o que lhe permite manter uma acústica única, e uma maquinaria de cena (tablados, teia, máquinas de efeitos especiais) que constitui um património ímpar em termos de arqueologia teatral em Portugal.

Se juntarmos a isto o facto de se tratar de um dos mais ativos teatros da capital, conjugando a apresentação de nomes consagrados com as apostas mais jovens, experimentais ou ousadas, com que nos situamos permanentemente no movimento do mundo à nossa volta, podemos apresentar orgulhosamente o Trindade como uma pérola preciosa que usamos todos os dias e que por isso mesmo não morre: 140 anos após o seu nascimento, o Teatro da Trindade continua a ser, mais do que nunca, O Teatro de Lisboa. É inegável que este espaço de criação artística demonstra, diariamente, querer acolher um público generalizado, incluindo nesta perspetiva de versatilidade o trabalho para faixas etárias diversificadas. Assim, dá mostra de uma grande capacidade organizativa, com propostas ricas e variadas e que reúnem programas de teatro e espetáculos musicais.

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1.3. Espaço Físico

O Teatro da Trindade reparte-se, fisicamente, por quatro pisos.

O piso Zero inclui o bar, uma oficina para construções de cenários e não só, já que é nessa mesma oficina que estão também as ferramentas necessárias à manutenção do Teatro. No tocante ao bar devo explicar que este espaço só está aberto, quando ocorrem estreias com a afluência de muitos convidados. Este piso 0 apresenta ligação à rua, logo é nele que está localizado o átrio de receção a esses mesmos convidados em dias de estreia. E é ainda neste piso que fica a Sala Principal (tem capacidade para 495 espectadores).

O piso Um reparte-se entre o Salão Nobre (que, como já foi referido, mas merece um sublinhado, foi decorado por Maria José Salavisa em tons de ouro e azul), o gabinete da diretora e os lavabos para o público (um feminino e outro masculino).

O piso Dois, por sua vez, compreende o gabinete da subdiretora, Catarina Gonçalves, e das suas secretárias e uma casa de banho idêntica à do piso Um.

No derradeiro piso, o terceiro, estão inseridos a Sala Estúdio (sala pequena com lotação de cinquenta pessoas), e os gabinetes de comunicação, produção e design. Esta sala de menores dimensões é usada para espetáculos que visam espaços mais reduzidos, de companhias ou atores independentes, que a alugam, assim como ao respetivo material, podendo, ainda, optar por usufruir dos serviços dos gabinetes de comunicação, design e produção.

Para ilustração do que venho descrevendo, passo à apresentação de fotografias que considero significativas.

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1.4. Missão e Objetivos

Questionei o meu orientador, Dr. Pedro Mendonça, sobre a missão do teatro e os seus valores. Na verdade já os conhecia, mas pareceu-me indispensável consultá-lo para responder de forma, ainda mais sustentada, a este tema.

Figura 1 – Salão Principal

Fonte: Vanessa Silva

Figura 2 – Salão Principal II

Fonte: Vanessa Silva

Figura 3 – Sala de Espetáculos Trindade

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1.4.1. Objetivos

Os objetivos do Teatro da Trindade passam por ser um teatro com uma programação eclética, popular e com qualidade, onde qualquer pessoa possa entrar e desfrutar de um bom momento de teatro, sabendo que o teatro trabalhou o melhor que pôde e soube para esse acontecimento.

1.4.2 Público-alvo

O Teatro da Trindade tem um público-alvo variado; porém o primeiro público são os associados da fundação INATEL. Tem ainda um vasto leque variado e recheado de públicos que o teatro quer atingir, pois esse público-alvo terá que se enquadrar na peça: quando a peça muda o público-alvo também muda.

1.4.3. Valores

Em termos axiológicos o Teatro da Trindade reconhece como valores que defende, o serviço público, a lusofonia, a preocupação social e elege como valor principal o fazer meditar o seu público sobre o dia-a-dia sobre país que vivem com base nas peças que assistem.

1.5. Recursos Humanos

O Teatro da Trindade é gerido pela Dr.ª Cucha Carvalheiro (diretora desde Maio de 2009), tendo como subdiretora a Dr.ª Catarina Gonçalves. A sua organização está segmentada por departamentos:

1.5.1. Departamento de Comunicação, pelo qual é responsável o Dr. Pedro Mendonça.

Neste departamento inserem-se, os seguintes profissionais com os cargos de:  Frentes da Casa - Leonildo Ponce de Almeida, Cláudia Nunes, Francisco Revez, Gonçalo

Domingues, Margarida Pinto, Rita Espirito Santo, Maria João Parente.  Design – Cristina Novo.

 Tratamento de Públicos – Dr.ª Dulce Sousa.  Bilheteiras – Maria Paula e Margarida dos Santos.

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1.5.3. Departamento de Multimédia confiado a Cristina Novo e Adriano Silva.

(Os departamentos supra mencionados trabalham diretamente com a Diretora Dr.ª Cucha Carvalheiro.)

1.5.4. Departamento de Direção Técnica, cujo responsável é Carlos Garcia. Neste

departamento trabalham também: Nuno Pereira (contrarregra), Rui Santos (técnico de som), Sérgio Moreira, Anaísa Guerreiro (técnicos de luz), Filipe Bastos, Tiago Cortez (técnicos de palco), Victor Albuquerque e Francisco Cercas (manutenção).  Produção: Vanda Caio e Teresa Joel

 Tesoureiro – Telmo Martins.

 Técnicas de limpeza: Helena Sá, Fernanda de Jesus, Olívia Ferreira.

(Os departamentos acima referido trabalham diretamente com a subdiretora Dr.ª Catarina Gonçalves).

O Teatro da Trindade funciona como um todo, mas organiza-se em divisões de forma a agilizar o trabalho. Note-se que, em alguns departamentos, como o da comunicação, a ação desenvolvida obriga a um diálogo sistemático com a diretora da instituição, na medida em que, diariamente, têm de ser tomadas decisões sobre as quais a referida responsável necessita de se pronunciar. No Teatro da Trindade os colaboradores atuam em conjunto com a organização, ou seja, numa combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos, deste modo torna-se possível prosseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis individualmente.

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1.6. Metodologia de Trabalho

A metodologia de trabalho utilizada pelo Teatro da Trindade parte da direção artística, a cargo da diretora, Dr.ª Cucha Carvalheiro, a quem cabe definir o tipo de programação pretendido para este espaço de cultura dramática.

Após essa reflexão, a diretora optará por três possibilidades: procura; encomenda; análise de propostas. Assim, poderá encetar uma busca das peças que melhor se enquadrem nos valores defendidos pelo Teatro. Existe, em alternativa, a possibilidade de companhias entrarem em contacto com o Trindade, para a colaboração da instituição nas suas peças – nestes casos e na maior parte das vezes, cede-se a Sala Principal e serviços ou a Sala Estúdio e serviços.

Figura 4 - Organograma do Teatro da Trindade

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Após a escolha da peça é elaborado o orçamento com vista à sua levada à cena. As verbas são disponibilizadas pela Fundação INATEL, o que significa que esta poderá concordar ou não com o referido orçamento, indispensável, naturalmente, para se dar seguimento ao projeto.

Estando autorizado o orçamento, a direção desencadeia os procedimentos seguintes, distribuindo trabalho por todos os departamentos. De acordo com este processo, ao gabinete de produção cabe a montagem da peça, ao gabinete de comunicação a definição do público-alvo e a contratação dos artistas (caso seja necessário), ao gabinete de design o tratamento de cartazes e imagens, à direção técnica os aspetos relativos ao som, luz, manutenção do palco, etc.

Perante o que fica dito torna-se clara a complexidade que reveste a escolha de uma peça: o trabalho desenvolvido por trás é vasto e de grande responsabilidade, com cada um dos intervenientes a darem o seu melhor para que o espetáculo seja um sucesso.

Figura 5 - Gabinete de Comunicação (cima, lado Esquerdo). Sala de Reuniões (cima, lado direito). Gabinete Multimédia (baixo, central) – Fonte: Vanessa Silva

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1.7. Programação Cultural

A Fundação INATEL e o Teatro da Trindade trabalham para uma programação variada, que agrade diferentes públicos. Ao longo do meu estágio pude constatar o esforço constante que é desenvolvido, com o propósito de melhorar a prestação proporcionada ao público, assim como o empenho na busca da diversificação dos géneros das criações levadas à cena. E como o Trindade dispõe de duas salas (Sala Principal e Sala Estúdio), tem a possibilidade de manter em cartaz, simultaneamente, duas peças, o que permite ao espectador assistir àquilo que mais lhe agrada.

1.7.1 Teatro

Apesar da arte dramática ser hoje em dia um meio em que a oferta é superior à procura, o Teatro da Trindade esforça-se, quotidianamente, por fazer frente a esta nuvem escura que paira sobre toda a cultura. Honrando o seu historial o Trindade aposta na atualidade, como sempre, no teatro, trazendo peças únicas e elencos de luxo aos seus palcos, mesmo se isso infelizmente, nem sempre signifique casa cheia. E num contexto em que diversas companhias lutam pela sobrevivência, o Teatro e a Fundação INATEL, juntam-se a esse esforço, facultando a utilização da sala estúdio. Foram muitas as peças que passaram pelo Teatro no tempo em que lá estive, e todas elas vinham recheadas de histórias, encenações e grandes elencos. Exemplo disso é a peça Sangue Jovem, na Sala Principal que reuniu Elisa Lisboa, Lídia Franco, Teresa Faria e Romeu Costa com encenação de Beatriz Batarda.

1.7.2. Música

A música também não falta na Sala Principal do Teatro da Trindade. Apesar de a escolha musical ser mais seletiva do que na maioria dos teatros, o Trindade opta por recitais de piano, que deliciam quem ouve estas peças de beleza imensa. Durante a minha passagem pelo Teatro foram oferecidos ao público: Recital Metropolitana (fagote e piano), Big Band do Conservatório Nacional de Lisboa, entre muitos outros. Esta programação musical ocorria às quintas-feiras.

1.7.3. Cinema

Ao longo do meu estágio pude constatar que o Trindade proporcionou ao público a apresentação de vários filmes, na Sala Principal, às sextas-feiras, com entrada livre.

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1.8. Identidade Visual

A identidade visual é um agregado dos elementos gráficos, que representam determinado serviço de uma empresa ou instituição, deve ser algo identificativo (que automaticamente seja ligado à empresa/instituição) e é indispensável que exista, nessa entidade visual, um factor de diferenciação que garanta a unidade da instituição. Como sabemos, “A identidade de qualquer instituição começa, em termos de comunicação, pelo seu nome, pelo seu logótipo e também pelo seu slogan, que são os elementos primários para a identificação e reconhecimento desta junto do público” (Lampreia & J. Martins, 1998:48), desta forma observamos e comprovamos que é através da imagem que a organização se dá a conhecer.

A identidade visual é fundamental para o relacionamento institucional e até singular. É no primeiro contacto com a instituição que se criam os juízos de valor e se constroem opiniões negativas ou positivas.

Inúmeros são os fatores que colaboram na distinção da imagem de uma organização, contribuindo para a opinião que o público irá formar acerca desta instituição.

Existem os fatores de posse, “(…) que abrangem todos os elementos de qualquer instituição, quer queira quer não, possui à partida e lhe serão favoráveis ou desfavoráveis em termos de notoriedade(…) constituem o património-imagem da empresa.” (Lampreia & J. Martins, 1998: 42). Inserem-se neste tipo de fatores: o elemento humano, que é constituído pelas pessoas que colaboram no funcionamento da organização, desde o nível hierárquico mais baixo aos dirigentes, com importância crescente nas cadeias de liderança até chegar ao dirigente máximo, a quem, de certo modo, em termos de imagem, caberá a maior quota-parte de responsabilidade; o elemento físico diz respeito a todo o material da empresa (mesas, móveis, cadeiras, computadores, etc.); o elemento organizacional que resulta da articulação entre os elementos humanos e físico referidos anteriormente; o elemento-fim que diz respeito à qualidade/preço atribuída aos serviços oferecidos pela organização em questão.

Depois surgem os fatores dinâmicos que são essenciais à boa imagem institucional como a identidade visual – nome, slogan, logótipo, pois estes são os elementos primários para a identificação e reconhecimento desta junto do público. As campanhas de comunicação, que são o fator dinâmico por excelência, conseguirão nuns casos posicionar a empresa em termos de imagem, noutros aumentar a sua notoriedade e noutros ainda, alterar totalmente a imagem anteriormente instituída. É, pois, através das campanhas, que a organização pode elevar a sua notoriedade e as atividades institucionais através do patrocínio e das ações de mecenato.

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1.8.1. Nome

O nome de uma instituição é de extrema relevância, pois prevalecerá e é a partir dele que o público conhecerá a instituição. O logótipo e o slogan podem ser alterados caso seja necessário, o nome exige um processo mais complicado para ser modificado. Por isso é imprescindível que o nome de uma organização não seja escolhido arbitrariamente, tendo que ter um fundamento. Apesar de não ser algo regular, pois trata-se de uma decisão de extrema responsabilidade e muito dispendiosa, o nome da instituição poderá mudar.

Pode acontecer no caso de uma fusão ou aquisição, ou simplesmente por a política ou a atividade da empresa se alterar drasticamente.

Existem sete categorias de nome (Beirão, I. et al. 2008): 1. Nome individual (referente ao fundador da empresa);

2. Associação de nomes em função das pessoas que integram a sociedade inicialmente constituída (Exemplo: Castro&Costa, Lda);

3. Nome descritivo (descreve a atividade da empresa);

4. Nome abreviado (Exemplo: PAN-AM – Para panamérica companhia de aviação norte-americana);

5. Iniciais (Exemplo: N.A.S.A.);

6. Nome fabricado (Exemplo: nesquik);

7. Nome por analogia (Exemplo: Jaguar, Iglo).

O Teatro da Trindade tem um nome descritivo, pois descreve a atividade da empresa “Teatro da Trindade”.

1.8.2. Logótipo

O logótipo é outro dos complementos da identidade visual, “(…) é uma forma particular de identificar uma empresa(…)pode constituir a base de identificação global da empresa(…)é a imagem que sustenta a empresa(…)” (Beirão, Inácio et al, 2008: 68).

O logótipo deve ser único, de modo a ser facilmente identificado, memorizado e associado de imediato pelo público à organização.

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Figura 6 – Logótipo do Teatro da Trindade.

Fonte: Teatro da Trindade

Segundo Martin Joly (Martin, Joly, 2005) a análise semiótica comporta três fases: numa primeira fase denotam-se os signos plásticos não específicos como a cor. As cores são escolhidas em conformidade com o que pretendem transmitir. Neste logotipo a cor dominante é o preto. Apesar de a cor real do logotipo ser o branco irei fazer as duas avaliações: preto - transmite dignidade, mistério, sofisticação; branco - está associado à paz, pureza, inocência.

No campo da conotação, podemos observar que as linhas e formas remetem-nos para postura, força, firmeza.

Na segunda fase devemos observar os signos destacados ao nível do plano de conteúdo e de expressão, a forma como interagem os signos plásticos e os ícones, a relação icónico-plástica. A complementaridade dos signos plásticos e dos signos icónicos do Teatro da Trindade é evidente.

Na terceira fase analisa-se a relação icónico-linguística, ou seja, as palavras reforçam a mensagem. Podemos observar que existem as letras TT que simbolizam o Teatro da Trindade, demonstram firmeza.

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1.9. Análise SWOT

A análise SWOT é uma análise estratégica e consiste na avaliação dos aspetos internos e externos de uma organização de forma a observarmos eventuais problemas. Na análise SWOT é feita uma análise dos pontos fracos e fortes, oportunidades e ameaças à organização.“Este diagnóstico apresenta-se sob a forma de dois quadros, um para as forças e fraquezas da empresa, e outro para as oportunidades, identificadas ao longo da análise de mercado e da concorrência. Aos dois quadros reunidos, dá-se o nome de SWOT (strengths, weaknesses, opportunities and threats).” (Lindon et al., 2008: 451).

A análise SWOT não é mais do que um diagnóstico feito à organização em questão para uma mais abrangente e real prospeção de mercado.

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

Ótima localização geográfica Baixa disponibilidade orçamental geral Ótima sonoridade da Sala Principal Pouca aposta na promoção e no Marketing

Cultural

Sala Principal e Sala Estúdio Poucos meios financeiros para promoção Variedade de espetáculos Falta de estacionamento

Elenco de atores com elevada notoriedade Boas condições ergonómicas

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Deslocamento de cidadãos da periferia a Lisboa.

Situação económico-financeira do país.

Turistas Aumento da taxa de desemprego

Sócios da Fundação INATEL Aumento do iva na cultura Dinamismo Demográfico Grande diversidade de oferta Forte população jovem e estudantil Concorrência

Figura 7 – Análise SWOT Fonte: elaboração própria

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Capítulo II

Comunicação e

Marketing Cultural

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2. Marketing Cultural

Vivemos numa sociedade em que a utilização do marketing cultural é algo que começa a ser banal. Mas, apesar das questões políticas e socioeconómicas que a cultura atravessa hoje, a verdade é que, para muitas famílias, uma ida ao teatro continua a não ser comum. Estamos no séc. XXI onde a internet é um dos meios que nos consome a maior parte do tempo mas deveríamos trocar o tempo da internet por tempo de enriquecimento cultural mais efetivo. Muitos, eventualmente, pensarão que ir ao teatro ou a um museu é um desperdício de dinheiro ou um aborrecimento; eu vejo isso como um investimento: todos aprendemos algo quando saímos de um teatro depois de assistir uma boa peça, ou de um museu depois de ver uma boa exposição.

O marketing é a razão para a existência de um melhor relacionamento entre quem oferece um “produto” e quem o recebe, através das necessidades, ambições e valores do consumidor. De acordo com essa perspetiva o marketing cultural ajuda na colaboração/junção de utilizações de estratégias de marketing para fins que se prendem com a cultura. Na minha opinião, o marketing não é o que nos obriga a comprar. É claro que são muitas as vezes em que somos influenciados a fazê-lo, mas somos sempre nós que temos o livre-arbítrio, o poder da decisão e o discernimento para o fazer. Nesta linha de entendimento, o marketing cultural consiste na aproximação do público à cultura.

O marketing cultural utiliza a cultura como base para transmitir uma mensagem. Os objetivos do Marketing Cultural são:

 Estabelecer relações duradouras com a comunidade;  Melhorar a imagem da organização;

 Construir desde início uma comunicação direta e forte com o público-alvo;

 Demonstrar à sociedade quais os valores defendidos pela instituição para que se garante notoriedade.

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2.1. Marketing-mix aplicado ao Teatro da Trindade

O marketing-mix é conhecido por ser uma junção de políticas (política de produto, política de preço, política de distribuição, política de comunicação) que se conjugam para atingir o mesmo fim, que é um determinado público, com o intuito de responder às suas necessidades e expetativas, de modo a usufruir da oferta estabelecida pela organização.

O Teatro da Trindade sente diariamente a necessidade de atrair clientes para os seus serviços e para esse objetivo ser atingido, devemos, antes de mais, iniciar um estudo de mercado, que nos ajude a conhecer o que está a nossa volta e a equilibrar a oferta e a procura existentes. Após este processo estar concluído deve definir-se a política de produto e selecionam-se as atividades a apresentar ao público delineado pelo referido estudo de mercado. Uma empresa cria a sua marca, o seu valor, através dos serviços ou produtos que oferece ao público. Um serviço é qualquer coisa de intangível. Quando o cliente compra um bilhete para uma peça de teatro, a organização tem de se antecipar ao possível descontentamento do cliente e evitá-lo. Falo de um produto onde não existe reembolso, onde o cliente nunca tem a certeza de que é aquilo que quer até assistir.

Como o produto que a instituição “vende” é algo de não material, ela deve ter a certeza da sua venda e realçar os seus múltiplos benefícios. O produto deve, sem dúvida, responder às expectativas do cliente e ser rentável - é o dinheiro desses espetáculos que permite à entidade cultural fazer face ao quotidiano e melhorar os seus serviços. O produto do Teatro da Trindade apresenta um vastíssimo leque de espetáculos, desde música, cinema e claro teatro para todas as idades.

Um serviço de lazer deve conter três elementos essenciais (Caetano, J. et al, 2005:70):  O benefício fundamental para o consumidor;

 O benefício tangível que ajuda a obter o benefício fundamental (o local, a decoração, etc.);

 As características que diferenciam o evento (tipo de evento, os artistas, tipo de pessoas presentes no evento, facilidade de estacionamento, etc.).

A política de preço é a próxima etapa, mas esta é estabelecida com o objetivo de atrair novos públicos e garantir a sua fidelização através de descontos que o teatro oferece. Um

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espetáculo na Sala Principal do Teatro da Trindade tem os seguintes preços (exemplo da peça Barioná - Mistério de Natal):

DE 08 A 23/12/11 - TEATRO DA TRINDADE - SALA PRINCIPAL - LISBOA

1ª Plateia 14,00 € 1º Balcão Impar 10,00 € 1º Balcão Par 10,00 € 2ª Plateia 12,00 € 2º Balcão Impar 8,00 € 2º Balcão Par 8,00 €

Balcão Central Impar 14,00 €

Balcão Central Par 14,00 €

Plateia Móvel 14,00 €

Descontos:

Todas as quintas-feiras, preço reduzido a cinco euros. Dia 25 de Abril

Jovens (-25 anos) Grupos (+ 10 px) Séniores (+65 Anos)

Escolas Profissionais de Artes e Espetáculos Associados da Fundação

A política de distribuição consiste em gerir o espaço da instituição e todos os seus colaboradores, para isso é necessário existir uma boa metodologia de trabalho. Cada funcionário deve sentir-se parte da entidade na qual exerce funções. É importante existir uma boa relação entre todos os profissionais e é obrigatório haver comunicação entre os membros da instituição. Nestes três meses de estágio, isso fez parte das minhas aprendizagens: a comunicação terá de ser um fato entre todos os membros.

Para finalizar temos a política de comunicação, onde se demonstra quais os meios a utilizar para a transmissão da mensagem pretendida.

Os descontos divergem entre os 10% e os 50%.

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2.2. Tipos de comunicação

2.3. Comunicação Organizacional

Comunicar é um processo que consiste na troca de informações entre um ou mais indivíduos, onde um assume o papel de emissor e outro o de recetor e utilizam um ou mais códigos, com o propósito de construir e partilhar uma mensagem.

Numa organização, existe um conjunto de várias pessoas que realizam inúmeras tarefas de forma coordenada, com vista a atingir um objetivo determinado, através de diversos meios e recursos disponíveis, liderados ou não por alguém com as funções (entre outras) de planear, organizar, liderar.

A comunicação organizacional engloba as relações com todo o tipo de públicos, quer interno quer externo. Existe um conjunto de múltiplas situações comunicacionais que nos demonstra a importância de envolvimento com todos esses públicos (colaboradores; fornecedores; consumidores; comunicação social; entidades públicas com quem se relaciona), desta forma contribui-se para o aumento da notoriedade.

“Actualmente, a comunicação é entendida como parte vital de qualquer organização, uma vez que potencializa as relações de boa vontade entre todos os membros, dando a conhecer a cada um a sua função na hierarquia a que pertencem e a forma como devem actuar a fim de verem concretizados os objetivos pessoais e organizacionais.” (Lindon et al., 2008).

O relações públicas aparece como um elemento importante e indispensável em todo este processo: ele colabora na adaptação da instituição ao meio envolvente e, por outro lado, presta auxílio aos públicos nos caminhos do conhecimento da mesma. Utiliza inúmeras ferramentas de comunicação, a fim de conseguir notoriedade, confiança, estímulo, envolvimento e credibilidade.

2.4. Comunicação Interna

Ao nível interno, a comunicação desenvolve-se dentro da própria organização, centrando-se nos funcionários (público interno). Este tipo de comunicação é gerida tendo como metas informar, estimular, envolver, credibilizar e criar confiança entre a administração e os colaboradores. “A comunicação interna engloba todos os actos de comunicação que se produzem no interior de uma empresa. As suas modalidades variam de uma organização para a outra.” (Lindon et al., 2008: 359).

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O relações públicas responsável deve organizar jantares de empresa em alturas festivas, prémios para melhor colaborador do mês, seminários e congressos para debater ideias ou mudanças, caixas de sugestões, entre outros.

Quando bem coordenada, a comunicação interna estabelece como prática permanente o diálogo, fortalecendo o relacionamento entre a direção e o corpo funcional e entre os próprios funcionários.

2.5. Comunicação Externa

A comunicação externa parte da organização para o seu exterior, para os seus públicos externos. Fazem parte desse público: consumidores, distribuidores, fornecedores, líderes de opinião, sindicatos, órgãos de comunicação social, órgãos de soberania e a população em geral.

Na comunicação externa o objetivo é estabelecer uma relação mais próxima com o público externo, podendo desenvolver relações de confiança, através de dias de portas abertas, patrocínios, inaugurações, oferta de convites para peças de teatro, etc.

O Teatro da Trindade utiliza a oferta de convites para estreias, cartazes, folhetos promocionais distribuídos pessoalmente, envio de press-release (os press-release constituem suportes de comunicação desenvolvidos ao nível da assessoria de imprensa, visando projeção mediática).

2.6. Comunicação Mista

A comunicação mista destina-se aos públicos internos e externos e reúne uma série de ferramentas, que servem de meios de comunicação no contexto interno, entre todos os colaboradores, estabelecendo a comunicação interna, mas, também externamente, quer de dentro da instituição para fora (outbound), quer de fora para dentro (inbound).

No teatro observamos que os principais meios são o telefone, o correio eletrónico e as redes sociais.

O telefone é um dos canais de comunicação mais utilizados na comunicação com fornecedores, clientes, parceiros, órgãos de comunicação social e público em geral. O correio eletrónico tornou-se num importante método de comunicação e é indispensável a qualquer empresa moderna. A organização de um serviço de email é segura, cómoda e rápida permitindo a criação de listas de correio eletrónico.

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As redes sociais (o Teatro da Trindade só utiliza o Facebook) são formas de comunicação internas e externas, pois elas são um grande meio de divulgação para o público externo, e de comunicação interna (através do chat).

2.7. Comunicação Descendente

A comunicação descendente está englobada na estrutura empresarial e nas dependências hierárquicas. Baseia-se em comunicar de cima para baixo, ou seja, da direção até aos subordinados. “as informações devem ser transmitidas de modo descente, para que ocorra a difusão global dos dados importantes e oficiais, tais como as politicas da empresa, os objetivos e a sua posição no mercado.” (BEIRÃO, et al., 2008:32)

A comunicação descendente deve trabalhar na criação de melhores condições para que os seus subordinados/colaboradores, compreendam de forma clara a base as decisões da direção e que para isso estejam atentos a forma como comunicam.

Os meios mais utilizados neste tipo de comunicação são: manual de acolhimento, boletins informativos, carta pessoais dirigidas aos empregados. Quanto ao conteúdo, poderá abordar questões sobre o pessoal, sobre o posto de trabalho ou sobre a organização. Em relação ao pessoal, os temas podem ser: salário e gratificações, oportunidade de ascensão, procedimentos disciplinares, a sua posição na estrutura organizacional da empresa, entre outros. Com relação ao posto de trabalho, podem ser questionados: qualidade exigida do trabalho, normas de segurança, desempenho do pessoal ou outros similares. Tratando-se da organização, alguns itens podem ser discutidos, como: história e desenvolvimento da empresa, políticas de comercialização, cultura da empresa, sua posição em relação à concorrência e assim por diante.

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Figura 8 - Pirâmide Comunicação Descendente

Fonte: Elaboração Própria

2.8. Comunicação Ascendente

A comunicação ascendente provém das bases para o topo, ou seja, é o tipo comunicação que se dirige aos dirigentes mais altos. “ A comunicação ascendente permite conduzir todo o contingente informativo para o topo da pirâmide, podendo utilizar todas as técnicas de análise de conteúdo…” (BEIRÃO, et al. 2008: 33)

A utilização da comunicação ascendente facilita o estabelecimento de uma política interpessoal saudável que deve ser constituída por comunicações e informações informais para que, seja de fácil perceção conhecer a opinião dos empregados.

Deve proceder-se à elaboração de análise de reclamações e queixas, relatórios de desempenho, sugestões e iniciativas, que sejam relevantes para a empresa e para o seu meio envolvente.

2.9. Comunicação Horizontal

A comunicação horizontal ou lateral procura estabelecer a comunicação entre elementos de grupos de trabalho diferentes, sem qualquer relação hierárquica alcançando uma cooperação eficaz e uma coordenação horizontal (todos aos mesmo nível).

Subordinados Departamentos

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“É tão importante nas decisões do dia-a-dia como pode ser na preparação das decisões “estratégicas”, ou seja, nas decisões da administração da empresa…” (BEIRÃO, et al. 2008:33) Este tipo de comunicação deve estabelecer-se para ajudar na divulgação de informação e pode ser considerada uma mais valia para a resolução de problemas na instituição.

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Capítulo III

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3. Teatro da Trindade

3.1. Porquê?

Teria eu nove ou dez anos, quando, na companhia da minha tia Carolina, tive a oportunidade de assistir a uma revista no Parque Mayer. Digamos que foi aí que, pela primeira vez na minha vida, senti um grande nervosismo. Quando a cortina vermelha se levantou e o espetáculo começou fiquei em pleno êxtase. Aquela vivacidade que ali se apresentava aos meus olhos, as cores, os fatos e vestidos, os cenários, a própria sala… tudo era magistral. Foi nesse dia que a minha perspetiva sobre o teatro e o que é cultura, mudou: lia tudo o que tinha a ver com teatros, cultura e afins.

Na altura (apesar de ainda hoje acontecer, ocorre com menos frequência) eram transmitidas na televisão, revistas e peças de teatro, eu era a primeira a reservar o aparelho só para mim nesse dia. Intervim em todas as peças de teatro que a escola organizou. Esse sentimento de êxtase e de felicidade acompanha-me sempre que tenho a possibilidade de entrar numa sala de teatro ou quando vejo teatro de rua. Mas, com o passar do tempo, a minha paixão modificou-se e foi crescendo a vontade de participar.

Com nove ou dez anos queremos ser bailarinas ou médicas mas eu não sonhava com nada disso. E, por muito estranho que possa parecer, também não queria pisar os palcos e ser atriz. A minha curiosidade era a parte de trás de um teatro e de outro tipo de eventos; queria saber como tudo aquilo era produzido, como era realizado, quem era aquela pessoa que nos recebia de tão bom agrado como se o teatro fosse seu.

Até aos dias de hoje, foram muitas as carreiras ponderadas e pensadas, mas a minha decisão nunca se afastou da cultura. No início da minha licenciatura no curso de Comunicação e Relações Públicas, sabia perfeitamente o que pretendia quando fosse estagiar, e chegada a altura tinha a certeza que queria estagiar num teatro, queria verdadeiramente descobrir o que está por trás dos atores, quem organiza toda aquela indumentária que um espetáculo exige, onde durante duas horas nos esquecemos do que se passa lá fora.

Quando atingi essa fase dos meus estudos, escolhi para meu orientador o Mestre Guilherme Monteiro, que aceitou de imediato o meu pedido. Falámos logo na sala de aula sobre os sítios onde eu gostaria de estagiar. Na altura, sabia que queria teatro e foi essa a minha resposta, sendo Lisboa a cidade escolhida pois, como moro em Setúbal, pesava o fator proximidade. Mas a questão viria a ser outra: que teatro?

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Como sabemos, são inúmeros os teatros em Lisboa: há teatros antigos, há companhias de teatro com salas de espetáculo recentes, etc.

Falei com o gabinete de estágios e informaram-me que não constava nenhum teatro na lista de protocolos, apesar de já ter havido alunos a estagiar em arte dramática.

Percebi que seria eu a encontrar o meu local de estágio. Sentei-me em casa numa tarde de Inverno (iniciei a minha busca por instituições em fevereiro), criei uma base de dados com os teatros de Lisboa (que mais me convinham e que tinham prestigio nacional), pesquisei contactos, email e o nome da pessoa a quem me iria dirigir para definir o estágio. Foram inúmeras as cartas de apresentação que enviei por email de forma a alcançar o que me propunha (Anexo I). Quando passado algum tempo comecei a receber respostas, a primeira foi a do Teatro da Trindade (Anexo II), instituição que me convocou para uma reunião com a subdiretora, Dr.ª Catarina Gonçalves. Recordo-me, que na altura, fiquei muito empolgada e nervosa pois queria que tudo corresse pelo melhor.

Chegada a altura da entrevista, pensei nas respostas que deveria dar a algumas perguntas que me poderiam fazer e lá fui. Cheguei ao teatro (uma hora antes pois não queria atrasar-me), e perguntei na bilheteira onde poderia encontrar a subdiretora. Disseram-me então que seria mais abaixo, na porta 7, lá estaria um segurança que informaria a diretora da minha presença. Porta 7 e lá estava o segurança, o Sr. Covas, alguém de uma imensa gentileza que naquela hora me contou muitas histórias do teatro.

Passado hora e meia, o senhor Covas pediu-me que subisse ao primeiro piso, indicou-me o caminho e segui, pela porta dos artistas, nem querendo acreditar que lá estava eu, a passar por cima daquele palco, nos bastidores de tudo o que conhecia por fora. À medida que subia as escadas aumentava a minha ansiedade. A assistente da Dr.ª Catarina recebeu-me no piso 1 e seguimos para o gabinete da subdiretora. Cumprimentei a Dr.ª Catarina e sentámo-nos a conversar. Ela questionou-me sobre o meu curso, quis saber o que fazíamos, porque tinha ido eu para tão longe de casa, qual a área que em que mais gostava de trabalhar e porquê o teatro. Respondi a todas estas questões sempre com um sorriso nos lábios e com boa disposição.

Estava empenhada em demonstrar à Dr.ª Catarina como ansiava por aquela experiência, queria deixar-lhe claro que sou multifacetada e que não tenho receio de trabalhar. Penso que foi isso que ela viu em mim e no final da reunião a resposta era afirmativa. A frase foi: “Tínhamos muito gosto que viesse estagiar para o nosso teatro, Vanessa”. Senti um grande alivio e felicidade.

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Após esta fase contactei o gabinete de estágios e procedemos ao resto do processo. Regressei ao Teatro para definir datas tendo sido fixado o dia 31 de agosto para início das atividades, e um horário de trabalho das 10 às 17h, com uma hora de almoço, da 13 às 14h.

Chegado o dia 31 de agosto foi-me apresentado o meu orientador Dr. Pedro Mendonça e a diretora do Teatro Dr.ª Cucha Carvalheiro que me deu as boas-vindas. Subi até ao último piso onde seria o meu local de trabalho e iniciei de seguida a atividade como estagiária no Teatro da Trindade.

3.2. Primeiro dia

Conheci, como referi acima, o Dr. Pedro Mendonça responsável pelo departamento de comunicação e a diretora do Teatro Dr.ª Cucha Carvalheiro. Acompanhei o meu orientador até ao último piso, local onde funcionam os gabinetes de comunicação, multimédia, cinema e produção; o Dr. Pedro Mendonça empenhou-se, desde logo, em me fazer sentir plenamente integrada, pedindo-me até que o tratasse por tu pois seriamos colegas e apresentou-me a todos os elementos de cada departamento. Reunimos para discutir em que área gostaria mais de trabalhar, manifestando eu a vontade de me dedicar a tudo o que fosse possível, pois gostaria de aproveitar o facto de estar ali para ampliar a minha área de conhecimentos. Concordámos que o melhor seria observar primeiro o trabalho dos colegas, para entender o que se passava, e numa fase posterior ser-me-iam confiadas tarefas que concretizaria sob a sua supervisão.

O orientador deu-me dois livros de sala sobre duas peças que tinham estado em cena no Trindade e, já em casa, dediquei-me a estudá-los. Ele tinha-me pedido que entendesse a sua forma de construção para, no dia seguinte, o questionar sobre o assunto. Foi isso mesmo que fiz, pedindo-lhe esclarecimentos sobre a construção do teatro e a razão de os livros integrarem os curricula dos actores participantes nas peças, ao que ele me respondeu que tal é normal, pois é uma forma de tanto os jornalistas como o público em geral conhecerem as pessoas que estão em palco, uma maneira de se sentirem mais próximas deles.

3.3. Acompanhamento do Trimestral

A tarefa que, de seguida, me foi proposta passou pelo acompanhamento, com Cristina Novo (gabinete de design e multimédia), do trimestrall do teatro (Anexo III). O trimestral engloba a programação delineada para o Teatro nos três meses seguintes. No fundo é uma via para o público e os meios de comunicação, saberem o que podem esperar do Trindade no trimestre mais próximo. A minha intervenção resumiu-se a acompanhar o processo,

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constatando que a Cristina Novo utilizava o programa informático Illustrator, com que eu tinha aprendido a trabalhar na área disciplinar Comunicação Multimédia. Questionei-a sobre a utilização de outros programas como Indesign, mas ela explicou-me que o Illustrator facilitava mais a criação do trimensal.

3.4. Peça “Cegarrega”

A peça Cegarrega é uma fusão de dois textos O Romance da Raposa de Aquilino Ribeiro e Os Bichos de Miguel Torga, tendo a adaptação sido feita por José Azevedo e a encenação confiada ao do Dr. Pedro Mendonça Giestas. Trata-se de uma comédia, cujo público-alvo são escolas e famílias com crianças até aos doze anos. A peça está em cena desde o dia 22 de outubro até ao dia 18 de dezembro e é considerada um trabalho infanto-juvenil4. As marcações escolares poderão ser feitas de quarta a sexta-feira, pelas 11.00h; cada aluno pagará três euros (os professores não pagam) e o público em geral pagará cinco euros. Aos sábados as representações acontecem às 16.00h e aos domingos às 11.00h. Este espetáculo é uma coprodução do Teatro da Trindade, da Fundação INATEL com o Teatro Invisível, e a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso (através do Centro de Criatividade da Póvoa de Lanhoso e do Theatro Club) (Anexo V).

3.5. Criação de uma mailing list (base de dados) com todas as escolas de

Lisboa e Vale do Tejo.

No curso de comunicação e Relações Públicas a nossa atenção recaiu sobre aspetos como as mailing list. Uma mailing list é uma lista de nomes, moradas, contactos telefónicos e endereços eletrónicos. No Teatro chamavam-lhe somente base de dados (porque tem a mesma essência). A ideia principal da mailing list é ter todos os contactos necessários disponíveis a qualquer altura, organizados segundo um critério alfabético.

A pedido da Dr.ª Dulce Sousa (gabinete de tratamento de públicos), colaborei na organização da, já referida, peça de teatro Cegarrega. A minha intervenção passou pela criação de uma mailing list de contatos de todas as escolas do Algarve e de Lisboa e Vale do Tejo. Para a construção dessa base de dados recorri à ferramenta informática Microsoft Excel. Construi uma tabela no Microsoft Excel com os seguintes elementos: instituição escolar, morada, contato telefónico, email e responsável pedagógico. Essa base de dados foi-me

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solicitada com o propósito de, mais tarde, ser enviada uma carta a cada uma das escolas com a divulgação da peça Cegarrega (Anexo XII)

3.6. Envelopamento das cartas de apresentação da peça Cegarrega

Ao finalizar a base de dados, iniciou-se o envelopamento das cartas a serem enviadas. Para essa tarefa tive a ajuda da Dr.ª Dulce Sousa e da produtora da peça Cegarrega, para apressar o envio das cartas supra mencionadas. Note-se que estamos a falar da remessa de mais de mil e quinhentas cartas para escolas que usufruíam de um preço especial: três euros por aluno, sendo que os professores que acompanhassem as crianças não teriam qualquer encargo. As sessões só ocorreriam se houvesse marcação prévia da escola, o que foi expressamente referido na carta de divulgação. (Anexo VI).

3.7. Contacto telefónico direto

O contacto telefónico direto consiste, como o próprio nome indica, no contacto via telefone com a pessoa ou entidade em questão. No curso de Comunicação e Relações Públicas, recebemos formação sobre atitude a apresentar, modo de falar e maneira ideal de transmissão da informação.

Após o envio das cartas de divulgação, foi-me solicitado que contactasse telefonicamente as instituições que teriam recebido as cartas.

O dito contacto foi feito para confirmação da entrega da missiva de divulgação no local correto, para que fosse possível descobrir quem seria o responsável pela organização das visitas de estudo, de modo a poder falar diretamente com o mesmo e responder às questões que este entendesse colocar e, se assim o pretendesse, proceder a marcações. O Teatro tem uma lotação de quatrocentas e cinquenta crianças por sala e teriam de ser agrupadas (pois não seria adequado juntar um grupo de crianças de seis anos, com turmas de alunos de doze).

As marcações seriam feitas pela Dr.ª Dulce Sousa; assim, se o professor responsável pretendesse proceder à reserva, a minha tarefa terminaria com a transferência da chamada à referida responsável ou em fornecer o seu contacto.

3.8. Criação de “mailing list” pessoal da diretora

Foi-me dada uma folha de papel com os vários contactos de amigos e pessoas próximas da diretora, Dr.ª Cucha Carvalheiro. A minha tarefa foi, com recurso ao Microsoft Excel,

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organizar estes elementos por ordem alfabética, de modo a tornar mais fácil aceder aos mesmos (Anexo VII)

3.9. “Sangue Jovem”

A peça Sangue Jovem esteve em cena entre os dias 6 a 16 do mês de outubro, contando com um elenco de luxo: Lídia Franco, Elisa Lisboa, Teresa Faria e Romeu Costa. A encenação ficou a cargo de Beatriz Batarda. A peça reflete sobre uma reunião anual entre três amigas na casa dos sessenta anos, cada uma com a sua personalidade: Ingrid, uma delas, vive com a solidão, mas decidindo mostrar às amigas algo diferente, pede ao filho do vizinho que finja ser seu namorado. Uma história, que tendo uma vertente cómica, nos faz pensar sobre questões fundamentais da vida.

3.10. Convites “Sangue Jovem”

Tendo ficado a meu cargo o envio dos convites para a estreia da peça, foi necessária a impressão dos mesmos, cuja conceção coube ao gabinete de design entregue a Adriano Silva. A minha tarefa concreta foi envelopar os convites e envia-los, via CTT, para a listagem existente no Teatro de todos os convidados que a instituição escolhe para serem contemplados com um convite duplo.

Dois a três dias após esse envio, contactei telefonicamente os amigos e pessoas chegadas da diretora, Dr.ª Cucha Carvalheiro, com o propósito de os convidar a estarem presentes na estreia e de reservar os seus bilhetes em caso de resposta afirmativa. (Anexo VIII)

3.11. Estreia da peça “Sangue Jovem”

A estreia da peça Sangue Jovem foi no dia 6 de outubro pelas 21.00 e, a pedido do Dr. Pedro Mendonça, a minha tarefa foi observar todos os elementos do Teatro. Assim, estive especialmente atenta ao Frentes da Casa, Leonildo Almeida, que tinha uma placa identificativa na lapela e, à porta do teatro, recebia os convidados e cortava os respetivos bilhetes. Ao lado do Sr. Leonildo estava um jovem a distribuir informação (livro de sala) e um folheto trimestral do Teatro. O Dr. Pedro Mendonça circulava pela sala cumprimentando todos os convidados e a diretora Dr.ª Cucha Carvalheiro e a subdiretora Dr.ª Catarina Gonçalves, faziam o mesmo. Empenhavam-se num constante movimento pela sala,

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cumprimentando e conversando com os convidados. Note-se que os convidados, assim que entravam na sala, contavam com o auxílio de dois assistentes, que lhes indicavam os lugares. Foram muitas as caras conhecidas que estiveram presentes na peça, Cristina Cavalinho, Filomena Cautela, entre outros.

Eu tive o privilégio de, na primeira estreia a que assisti, estar sentada na primeira fila deste magnifico Teatro. Posso, desde já, desvendar um dos seus segredos: o Teatro da Trindade não precisa de microfones, a sala tem uma sonorização óptima e está muito bem construída o que significa que o que eu ouvi na primeira fila, a pessoa da última estaria a ouvir de igual forma (pude confirmá-lo em conversa com Dr.ª Dulce Sousa que ficou na última fila).

3.12. Criação de Clippings ou Press-Book

Vários autores falam da importância do Press-Book/Clipping/recortes de imprensa, referindo que as notícias que interessam à empresa devem ser selecionadas e recortadas.

Nos recortes assinalam-se os temas mais importantes e devem ser classificados de acordo com a sua relevância para a organização. Isto permite à empresa descobrir falhas, corrigir erros, estabelecer estratégias e medir o retorno da informação prestada. No Teatro da Trindade o Press-Book funciona informaticamente. Passarei a explicar.

Questionando o Dr. Pedro Mendonça sobre a existência de Press-Book no Teatro, tomei conhecimento que não existia. Parti daí para a criação do mesmo. De seguida, o meu orientador pediu-me que fizesse um Press-Book para as peças que estiveram e estavam em cena no Trindade e apresentou-me a forma como gostaria que este fosse feito e as ferramentas que poderia utilizar para a sua realização.

O Press-Book teria que ser em formato digital. Criei pastas para cada peça solicitada: Casamento em Jogo, Sangue Jovem, Cegarrega e Do Alto da Ponte.

As pastas continham a informação que saiu nos meios e comunicação social sobre as peças já mencionadas e após toda a recolha de informação criei uma nota sobre as mesmas com o valor total que se poupou em publicidade e o público-alvo atingido (Anexo IX)

Para a recolha de informação, o Dr. Pedro Mendonça indicou-me um site de nome Manchete5. Esse site é de uma empresa que recolhe toda a informação que sai nos media. A Fundação INATEL paga para que sejam registadas todas as referencias que lhe dizem

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respeito; como o Teatro da Trindade está inserido nessa fundação, bastou-me aceder ao site, fazer o login, escolher o Teatro da Trindade e decidir as datas de pesquisa. Este site possibilitou encontrar o que procurava, tornando a tarefa muito fácil, eficaz e rápida.

3.13. “Do Alto da Ponte”

A peça Do Alto da Ponte é um texto de Arthur Miller com encenação de Gonçalo Amorim. Foi levada à cena numa coprodução do Teatro da Trindade/Fundação INATEL com o Teatro Experimental do Porto/Câmara Município de Gaia. Estreou no dia 4 novembro e ficou em cena até ao dia 27 do mesmo mês, de quinta-feira a sábado pelas 21.00h horas. O público-alvo foi definido como sendo a partir dos doze anos, na medida em que o contexto, linguagem e perceção, não se adequavam a um público infantil. (Anexo X)

3.14. Início da preparação da estreia da peça “Do Alto da Ponte”

O Dr. Pedro Mendonça pediu-me que colaborasse no envio de cartas-convite para a estreia da peça Do Alto da Ponte. Para tal tive que as envelopar, com base na lista de convidados do Teatro. Dois ou três dias após o envio das cartas-convite, solicitaram-me que contactasse telefonicamente os amigos e pessoas próximas da diretora, Dr.ª Cucha Carvalheiro confirmando a receção do convite, divulgando a peça e indagando se estavam disponíveis para a estreia, com vista à reserva dos bilhetes.

3.15. Estreia da peça “Do Alto da Ponte”

Na estreia de Do Alto da Ponte, tive a possibilidade de participar um pouco mais, pois já sabia onde cada um iria ficar e qual seria a função que deveria desempenhar. Nesse sentido pude estar mais atenta ao trabalho desenvolvido e, caso faltasse algo, poderia entrar ativamente e resolver o que fosse necessário. Tal não foi preciso mas mantive-me atenta à ação do orientador, Dr. Pedro Mendonça e da diretora, Dr.ª Cucha Carvalheiro.

A sala não poderia estar mais repleta de convidados fantásticos. A estreia foi um sucesso o que permitiu antever uma boa época para a peça.

3.16. Promoção I – “Do Alto da Ponte”

Para promover a peça Do Alto da Ponte, o teatro optou por pacotes para grupos de cinquenta pessoas (ou mais) que poderiam beneficiar de um preço especial de sete euros e

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