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História da Filosofia antiga

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Academic year: 2021

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História da

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O nascimento da filosofia

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:

Prof. Ms. Anderson Luis Venâncio

Revisão Textual:

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• O nascimento da filosofia

• Condições históricas para o surgimento da Filosofia

• Do mito à Filosofia

Nessa unidade, iremos definir sucintamente a origem da Filosofia como ciência, explicando seus princípios e as diferentes formas de explicar a origem do mundo físico. Além disso, vocês terão uma ampla visão das primeiras escolas filosóficas, seus representantes e princípios. Vocês irão assistir aos vídeos e será disponibilizado o material teórico para melhor elucidar os conceitos que envolvem a cartografia.

No Fórum de Discussão, vocês terão a oportunidade de discutir sobre o tema com seus colegas e tutor. É muito importante fazer as leituras e expor sua opinião no Fórum, pois é o momento de aprofundarmos mais sobre o tema.

No Material Complementar, como sugestão de leitura, há a indicação de links relacionados à filosofia.

Fiquem atentos aos prazos de encerramento dessa unidade e procurem participar de todas as atividades.

·Nessa aula, iremos compartilhar os conceitos centrais que envolvem o surgimento do pensamento filosófico na antiguidade. Também abordaremos as primeiras escolas filosóficas e suas percepções.

O nascimento da filosofia

• Filosofia dos pré-socráticos • Tales de Mileto

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Contextualização

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O nascimento da filosofia

Os historiadores da Filosofia consideram que o nascimento do pensamento filosófico tenha sido entre o final do século VII e início do século VI a.C., na cidade de Mileto, na região denominada Jônia, sendo considerado como primeiro filósofo Tales de Mileto. Ele foi considerado o primeiro filósofo por ter formulado um conhecimento racional e sintético da ordem da natureza deu, portanto, início à chamada cosmologia, isto é, ao estudo da ordem das coisas naturais.

Você Sabia ?

Logia vem da palavra logos, que significa pensamento racional, discurso, estudo. A palavra cosmos significa ordenação do mundo e da natureza.

Condições históricas para o surgimento da Filosofia

Quais são as condições históricas para o nascimento da filosofia?

• as viagens marítimas, pois propiciavam o contato com as outras culturas; • a invenção do calendário, porque essa nova abstração possibilitava maior organização e planejamento; • a invenção da moeda, possibilitando uma troca não mais entre objetos concretos, mas uma troca abstrata feita a partir de valores que representavam os próprios objetos; • o surgimento da História da Filosofia Antiga e Medieval da vida urbana, ou seja, com o declínio da aristocracia rural e a ascensão dos comerciantes, eles buscaram nas artes uma maneira de prestígio, patrocinando assim os artistas e técnicos;

• a invenção da escrita alfabética, pois revelava uma nova capacidade de abstração, assim como a fixação das ideias pela escrita exigia um maior cuidado com o conteúdo e a organização do discurso;

• a invenção da política, que introduz, em primeiro lugar, a ideia de lei e, portanto, a expressão de uma coletividade que regula e ordena de modo racional a cidade; em segundo lugar, o espaço público, isto é, um novo espaço para o discurso político, permitindo que cada cidadão emitisse em público sua opinião, discutisse com os outros tentando persuadi-los e tomasse decisões racionais; em terceiro lugar, a ideia de que todos podem compreender e discutir pensamentos, possibilitando a deliberação a partir do diálogo, é fundamental para o nascimento da filosofia.

Tales de Mileto. Wikimedia Commons

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Do mito à Filosofia

São três as características fundamentais dos mitos gregos que favoreceram o surgimento da filosofia por conduzirem à racionalização:

• a humanização dos deuses;

• o não temor aos mortos, pois as almas ou espíritos iriam para o Hades e não interfeririam na vida dos homens;

• a exaltação dos valores da vida presente descritos em um mundo luminoso composto de deuses da luz (a palavra dios, genitivo de Zeus, dá origem aos termos deus e dia).

A característica da humanização dos deuses merece uma atenção especial. Tal antropomorfismo dos deuses possui um ponto negativo e outro positivo para a racionalização do mundo. Positivamente, tanto aproxima os deuses da compreensão humana, como valoriza as ações humanas virtuosas na medida em que os personagens mitológicos simbolizavam as virtudes morais. Negativamente, como havia intervenção divina no curso da vida, conforme as paixões dos deuses, isto é, o arbítrio dos deuses, podia-se alterar repentinamente o curso da vida dos homens, isso limitava a racionalização. Em contrapartida, a filosofia exigirá uma legalidade universal, exercida impessoal e logicamente.

Enfim, de modo geral, podemos concluir que essas três características afastavam o monstruoso e traziam racionalidade e clareza, o que conduzirá à visão filosófica do universo governado pela razão.

Vamos traçar agora algumas diferenças entre mito e logos?

Primeiramente, coloquemos a seguinte questão: o mito pertence a culturas inferiores, primitivas ou atrasadas, enquanto o pensamento lógico ou racional pertence a culturas superiores, civilizadas e adiantadas?

A partir do século XVIII, com a filosofia da Ilustração e do século XIX, com o positivismo de Comte, o mito era considerado uma fase de um processo evolutivo do espírito humano e da civilização anterior ao pensamento lógico e, portanto, próprio ao raciocínio primitivo e atrasado. Atualmente, porém, em contraposição a essa concepção evolutiva, acredita-se que mito e logos coexistem, mas são distintos e, muitas vezes, opostos. Enquanto o pensamento mítico pertence ao campo do pensamento e da linguagem simbólicos, o pensamento lógico pertence ao campo do pensamento e da linguagem conceituais. Enquanto a imaginação cria mitos, o pensamento elabora conceitos. Enquanto o mito possui um caráter mágico-maravilhoso e simbólico, o que é manifesto nas artes, logos possui um caráter conceitual, o que é próprio das ciências. Enfim, podemos concluir que o pensamento mítico não é próprio de uma civilização atrasada e primitiva, mas uma característica inerente à imaginação humana e existe atualmente. Segundo o antropólogo Claude Levi-Strauss, que procurou mostrar que os chamados “povos selvagens” não eram atrasados por operarem com o pensamento mítico, mitificar é como fazer bricolage, isto é, produzir um objeto novo a partir de pedaços e fragmentos de outros objetos.

Anaximandro. Fonte: Rafael, A Escola de Atenas (detalhe), 1510

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O pensamento mítico faz exatamente a mesma coisa, ou seja, vai reunindo as experiências, as narrativas, os relatos até compor um mito geral. Para o antropólogo, são três as funções do mito: a) explicativa: o presente é explicado por alguma ação passada; b) organizativa: organiza as relações sociais (o mito do Édipo, por exemplo, tem a função de garantir a proibição do incesto); c) compensatória: os erros passados foram corrigidos no presente. Em resumo, o mito organiza a realidade dando às coisas um sentido analógico, metafórico, e, portanto, simbólico.

Os símbolos formados a partir de analogias e metáforas são imagens com sentidos múltiplos que encarnam a própria coisa, ou seja, o símbolo mítico encarna o objeto simbolizado, portanto, ele não o representa, mas é o próprio objeto. Por exemplo, a luz pode simbolizar o fogo, o calor, a paixão, o divino e até o próprio conhecimento, na medida em que este ilumina a verdade. Como dissemos, o símbolo mítico encarna o simbolizado, ou seja, a luz não representa a coisa simbolizada, mas é a própria coisa, é o fogo, é o calor, é a paixão, é o divino e é o próprio conhecimento. Enfim, o pensamento mítico é um pensamento no qual as palavras dão existência ou morte às próprias coisas. Ele opera por bricolage, enquanto o pensamento lógico é por método, isto é, pela articulação racional de elementos. Um conceito ou ideia não simboliza algo, mas descreve, explica ou define seu objeto. Ele não encarna a própria coisa, mas exprime uma apreensão intelectual.

O raciocínio que concebe o conceito ou organiza a experiência ou formula uma síntese lógica a partir dela, buscando as causas universais e essenciais e, portanto, de modo geral, distinguindo o modo como a realidade aparece do que ela é em si mesma. O pensamento lógico não opera acrescentando ou agrupando elementos, como na bricolage, mas a partir de procedimentos metódicos, opera segundo princípios lógicos, tais quais os princípios de identidade, contradição, terceiro excluído, razão suficiente e causalidade. Tal distinção entre pensamento mítico e lógico torna-se evidente a partir da distinção entre pensamento cosmogônico e pensamento cosmológico elaborados na Grécia Antiga.

O primeiro busca explicar a origem da Natureza através de narrativas mitológicas sobre as relações sexuais entre as forças naturais divinas, como entre Urano -o céu - e Gaia - a terra -, primeira geração divina que deu origem a todas as outras, bem como a todas as coisas naturais. O segundo, o cosmológico, próprio dos filósofos pré-socráticos, buscava explicar a origem da natureza a partir das relações e transformações entre os elementos naturais (terra, fogo, água e ar).

Os primeiros filósofos explicavam a origem e a organização de todas as coisas a partir de tais elementos, considerando-os como forças divinas, mas não mais deuses ou heróis. Antes, com os mitos, tínhamos, por um lado, vontades divinas divergentes, por outro, Zeus como unificador, como soberano que impunha certa ordenação e unificação da ação. Depois, com o nascimento da filosofia, temos por um lado a multiplicidade dos particulares, por outro, a arqué, princípio neutro divino imparcial constituintes dos seres.

Vemos, portanto, que apesar das distinções fundamentais entre pensamento mítico e lógico, há um paralelo que nos permite inferir certa continuidade entre as narrativas míticas e a estrutura do pensamento sistemático filosófico nascente. Podemos concluir que o nascimento da filosofia se constitui pela busca de um princípio ordenador da realidade; busca que se traduz pela pergunta: o que é a realidade? Pergunta que se dirige ao objeto do conhecimento e não ao sujeito que conhece. Não se trata, portanto, de se perguntar como podemos conhecer a realidade. As coisas nos são dadas, basta conhecê-las.

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Não se põe a questão se somos capazes de conhecer, se tal conhecimento é possível. Não se coloca a pergunta: é possível conhecer x? Se é possível, como conhecemos x? A pergunta que se coloca no nascimento da filosofia é: o que é x? O que existe? Por que existe? Como é que existe? Responder a tais questões é buscar pelo princípio que causa e ordena tudo o que existe na natureza. Por isso eram denominados os primeiros filósofos, filósofos da natureza ou físicos, os que buscavam a physis, isto é, o movimento originário de todas as coisas.

Filosofia dos pré-socráticos

O período pré-socrático ou cosmológico, do final do século VII ao final do século V a.C., se distingue do período posterior, o socrático ou antropológico, tendo como referência o filósofo Sócrates de Atenas, ou seja, a filosofia produzida antes de Sócrates se ocupa essencialmente da origem e das causas do mundo, já a filosofia após Sócrates se ocupa das questões humanas, tais como a ética, a política e as técnicas, isto é, as questões do ântropos, que significa homem em grego. Tal divisão é um tanto problemática entre filosofia pré-socrática, que é uma cosmologia ou uma física e que, portanto, tem o mundo como principal objeto de investigação, e filosofia socrática, que é uma antropologia e que, portanto, tem as questões relativas ao homem como principal objeto.

De qualquer modo, os historiadores da filosofia a justificam segundo a divisão de dois grandes períodos, o arcaico, quando nasce a filosofia e esta precisa dar conta das explicações sobre o mundo, substituindo as explicações mitológicas, porém, não questionando as questões morais ensinadas pelos poetas e legisladores, e, em seguida, o período clássico que, ao contrário, com a grande prosperidade econômica, as transformações sociais e políticas que consolidaram a polis, os ensinamentos tradicionais já não se sustentavam diante de tantas mudanças, diante das necessidades do cidadão grego, impulsionando a filosofia a investigar os valores e comportamentos éticos.

Os pré-socráticos, que investigam o cosmos, que tratam de questões cosmológicas, buscando fornecer explicações racionais da origem de todas as coisas, segundo Burnet, possuem as seguintes características marcantes:

• é uma cosmologia e, portanto, uma explicação racional sobre a ordem do mundo, explicação esta que fornece a origem, as causas, a forma, as transformações, repetições e termino das coisas que passam a existir e das que deixam de existir;

• tem como pressuposto o fato de que “nada vem do nada”, isto é, de que a realidade é imortal, é uma força material ou imaterial que origina todas as coisas ao sofrer transformações visíveis e conforme um sistema interno de compensações ou proporções que asseguram a ordem estável do mundo;

Representação do possível mapa mundial de Anaximandro. Wikimedia Commons

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• tal força material ou imaterial de onde tudo brota e para onde tudo regressa é a physis, princípio primordial constituinte de todos os seres;

• tendo em vista a preocupação sobre a origem da multiplicidade dos particulares, os cosmólogos procuraram dar explicações sobre como as coisas vêm a ser, como se produz o devir, qual ou quais movimentos (kinesis) engendram do uno, da physis, da causa originária, todas as coisas que vêm a ser, ou seja, como os seres do mundo (cosmos), a multiplicidade brota e retorna para o uno, o idêntico a si mesmo, a physis, enfim, como é possível o múltiplo a partir do uno ou como o uno é possível diante da multiplicidade; • a partir da distinção entre ser e devir, entre uno e múltiplo, alguns dos pré-socráticos

começaram a distinguir realidade e aparência, os seres percebidos pelos nossos sentidos, e a verdade ou essência invisível aos olhos e visível apenas ao pensamento, desse modo, a physis, embora manifesta em todas coisas na medida em que as constitui, será visível aos olhos do espírito e invisível para apercepção sensorial.

Tais filósofos que buscam conceber a physis oculta, desvelando assim a verdade em suas filosofias, podem ser divididos segundo quatro grandes escolas que, em geral, coexistem:

1. Escola Jônica (Ásia Menor), cujos principais representantes são Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto e Heráclito de Éfeso;

2. Escola Pitagórica ou Itálica (Magna Grécia), cujos principais representantes são Pitágoras de Samos, Alcmeão de Crotona, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;

3. Escola Eleata (Magna Grécia), cujos principais representantes são Xenofanes de Colofão, Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia e Melissos de Samos;

4. Escola Atomista (Trácia), cujos principais representantes são Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera. Além dos atomistas e, diferentemente das três primeiras escolas que concebiam a physis como unitária, Empédocles de Agrigeto e Anaxágoras de Clazómena tratavam a physis como pluralidade. Tem-se, então, uma quarta escola, a Escola da Pluralidade, que inclui além dos atomistas Leucipo e Demócirto, Empédocles e Anaxágoras.

Os pré-socráticos encontraram diferentes physis para explicar racionalmente a causa primordial e constituinte de tudo. Enquanto para Tales, o princípio era a água, para Anaximandro, o princípio era o indeterminado, para Anaxímenes, o ar, para Heráclito, o fogo, para os atomistas, os átomos; e assim divergiam sobre a força originária de todas as coisas, o elemento primordial eterno, o princípio gerador dos seres que, por sua vez, são perecíveis, a physis imortal de onde todas as coisas físicas surgem e para onde retornam; a physis é eterna, enquanto as coisas são mortais, pois cada coisa, um vez nascida, outra vez perecida.

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Tales de Mileto

Tales de Mileto viveu no período entre o final do século VII e meados do século VI a.C. e parece ter sido um político atuante que pretendeu unir as cidades-Estados da Ásia Menor no intuito de formar uma confederação contra as ameaças de invasões persas.

Você Sabia ?

Mesmo segundo a tradição dos próprios gregos antigos, Tales foi considerado o primeiro filósofo por ter afirmado ser a água a origem de todas as coisas. Na verdade, ao afirmar que «tudo é água», afirma-se que «tudo é um» e isto, mesmo diante da multiplicidade percebida por nossos sentidos, é o que é o verdadeiro, a essência oculta.

A afirmação é filosófica de Tales, por ser absolutamente sintética, por conceber algo o mais universal, por apreender pelo pensamento que apenas um é.

E, se do um emerge todo o resto, então este universal está em relação aos particulares, esta unidade permanece mesmo determinando causalmente toda multiplicidade existente no mundo, esta que nos aparece aos sentidos. Não há, portanto, imagens ou fabulações mitológicas, mas apenas a síntese que concebe universalmente a realidade, que a explica racionalmente.

Tal postulado filosófico, tal generalização grandiosa, que de tantos é possível conceber um único elemento, a água, de onde toda existência singular parte e para onde retorna. Eis a origem da filosofia. Porém, há uma falha lógica, já notada por Aristóteles, o princípio universal para todas as coisas singulares também é, ele mesmo, o elemento água, singular, material.

Segundo Aristóteles,

A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são de natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos, e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem, enquanto a substância subsiste mudando-se apenas as afecções, tal é, para eles, o elemento, tal é o princípio dos seres; e por isso julgam que nada se gera nem se destrói, como se tal natureza subsistisse sempre… Pois deve haver uma natureza qualquer, ou mais do que uma, donde as outras coisas se engendram, mas continuando ela mesma. Quanto ao número e à natureza destes princípios, nem todos dizem o mesmo. Tales, o fundador da filosofia, diz ser água [o princípio] (é por este motivo também que ele declarou que a terra está sobre água), levando sem dúvida a esta concepção por ver que o alimento de todas as coisas é o úmido, e que o próprio quente dele procede e dele vive (ora aquilo de que as coisas vem e, para todos, o seu princípio. Por tal observar adotou esta concepção, e pelo fato de as sementes de todas as coisas terem a natureza úmida; e a água é o princípio da natureza para as coisas úmidas (…).”ARISTÓTELES. Metafísica, I, 3.983 b6 .

Hércules e Atena. Cerâmica grega antiga, 480–470 a.C.

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Conforme o que diz Aristóteles, temos que Tales, a partir de sua observação dos fenômenos empíricos, vincula a água às coisas que possuem vida, o que o permite inferir tal generalização de que a água é o princípio de todas as coisas. Além disso, a água é o princípio do devir, isto é, da mudança que sofrem todas coisas físicas, na medida ela própria se transforma em todas as coisas, enfim, tudo é uma modificação da água, todas as coisas não são senão variadas formas da própria água. É claro que isto parece ser cientificamente assombroso, improvável, mas não se trata de ciência, e sim de filosofia, portanto, do que é assombroso, difícil, oculto aos olhos do corpo, mas universal, generalizador, real, desvelado aos olhos do espírito.

E, mesmo que, segundo Aristóteles, já tenham dado explicações mitológicas parecida com a de Tales, isto é, de que o Oceano é o princípio de todos os outros deuses e de todas as coisas do mundo, mesmo assim,Tales não procura explicar racionalmente a origem de tudo e para onde tudo retorna, esta mesma, que subsiste na medida em que ela é todas as coisas, isto é, todas as coisas são modificações da própria água, do que é eterno, do que subsiste sempre, daquilo que não tem origem, mas que origina tudo o mais.

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Material Complementar

PARMENIDES. Pré-socráticos em quadrinhos. Disponível em http://veele. wordpress.com/filosofos-pre-socraticos-em-quadrinhos/presocraticospag7/

OLIVIERI, A. C. Pré-socráticos: Origens da filosofia e os primeiros filósofos

gregos. Disponível em http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/pre-socraticos-origens-da-filosofia-e-os-primeiros-filosofos-gregos.htm

MADJAROF, R. Os Pré-Socráticos. Disponível em http://www.mundodosfilosofos. com.br/presocratico.htm

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